jardins de chaumont no mam do ibirapuera
DESCRIPTION
Festival de Jardins do MAM no Ibirapuera foi uma adaptação do festival francês de Chaumont aos jardins do parque na capital paulista, que além dos nove nichos criados no ambiente, gerou um livro com detalhes dos jardins, sua construção e textos de seus idealizadores. Sob a curadoria de Felipe Chaimovitch e Chantal Colleu-Dumont, o festival expôs o trabalho de Beatriz Milhazes, Ernesto Neto e Daisy Cabral Nogueira, Pazé, Florence Mercier, Louis Benech, Michel Racine e Béatrice Saurel, Christine e Michel Péna, Erik Borja, Dimitri Xenakis e Maro Avrabou. Quer saber mais sobre este e outros projetos? Acesse dinamodesign.co.TRANSCRIPT
9 7 8 8 5 8 6 8 7 1 4 9 8
I S B N 9 7 8 - 8 5 - 8 6 8 7 1 - 4 9 - 8
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
chaumont_catalogo_capa_1011245_saida.pdf 11/25/10 4:49:13 PM
patrocínio colaboraÇão parceria incentivo
22.09.2010 – 31.12.2010
PATROCÍNIO REALIZAÇÃO COLABORAÇÃO INCENTIVOPARCERIA
curatorship
patrocínio colaboraÇão parceria incentivo
22.09.2010 – 31.12.2010
PATROCÍNIO REALIZAÇÃO COLABORAÇÃO INCENTIVOPARCERIA
curatorship
sumário
contents
13 ApresentAção
introduction
Milú Villela
15 o FestivAl internAcionAl de JArdins de chAumont-sur-loire
17 the international Garden Festival oF the chaumont-sur-loire
17 você tem Fome de quê? JArdins e AlimentAção no século XXi
What are You hunGrY For? Gardens and Food access
in the tWentY-First centurY
Felipe chaiMoVich
23 JArdim: o pão e A pAz
Garden: Bread and Peace
Frei Betto
27 JArdins
gardens
29 Beatriz Milhazes, ArpoAdor
37 ernesto neto & daisy caBral nogueira, ovogênese, jArdim
45 pazé, Cereus
53 Florence Mercier, grAin de Couleur
61 louis Benech, vergé etouffé pAr le ChAmp
69 Michel racine & Béatrice saurel, pique-nique à l’ibirApuerA
77 christine & Michel péna, le jArdin Amuse-gueule
85 erik Borja, CeréAles
93 diMitri Xenakis & Maro aVraBou, le ConservAtoire des goûts et des Couleurs
102 montAgem
makinG oF
sumário
contents
13 ApresentAção
introduction
Milú Villela
15 o FestivAl internAcionAl de JArdins de chAumont-sur-loire
17 the international Garden Festival oF the chaumont-sur-loire
17 você tem Fome de quê? JArdins e AlimentAção no século XXi
What are You hunGrY For? Gardens and Food access
in the tWentY-First centurY
Felipe chaiMoVich
23 JArdim: o pão e A pAz
Garden: Bread and Peace
Frei Betto
27 JArdins
gardens
29 Beatriz Milhazes, ArpoAdor
37 ernesto neto & daisy caBral nogueira, ovogênese, jArdim
45 pazé, Cereus
53 Florence Mercier, grAin de Couleur
61 louis Benech, vergé etouffé pAr le ChAmp
69 Michel racine & Béatrice saurel, pique-nique à l’ibirApuerA
77 christine & Michel péna, le jArdin Amuse-gueule
85 erik Borja, CeréAles
93 diMitri Xenakis & Maro aVraBou, le ConservAtoire des goûts et des Couleurs
102 montAgem
makinG oF
12 13
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) destaca-se pelas iniciativas pioneiras nos campos da arte e da cultura. A realização do Festival de Jardins do MAM no Ibirapuera con-sagra esse pioneirismo ao proporcionar aos visitantes do parque mais querido de São Paulo uma mostra internacional de jardins, algo inédito no circuito brasileiro das artes.
Para esta exposição única, o MAM-SP convidou artistas e paisagistas brasileiros e franceses a refletir sobre os significados material e simbólico da alimentação, tema de importância crucial para a humanidade, sobretudo neste momento em que os modos de produção agrícola e de distribuição de alimentos têm forte impacto no ambiente e na sociedade. O tema da alimentação conduz, assim, a um outro tema fundamental no mundo contemporâneo: a ecologia.
Com a colaboração da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e do Domaine de Chaumont-sur-Loire, que organiza o festival na França desde 1992, o MAM-SP possibilita aos artistas investigar as relações entre arte e ecologia, e, ao público, vivenciá-las no contato com os jardins.
Apresentação
milú villelA
presidente do museu de Arte modernA de são pAulo
president oF the Museu de arte Moderna de são paulo
Introduction
The Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) stands out for its pioneering initiatives in the fields of art and culture. The MAM Garden Festival at Ibirapuera typifies this pioneering spirit
by offering visitors to the most beloved park of São Paulo an international show of gardens, an unprecedented event in the Brazilian art world.
For this unique exhibition, MAM-SP invited Brazilian and French artists and landscape designers to reflect on the material and symbolic meanings of food, a crucially
important issue to humanity, above all in these times in which the modes of agricultural production and food distribution greatly impact the environment
and society. The topic of food, therefore, leads to another fundamental theme in the contemporary world: ecology.
In collaboration with the Secretaria do Verde e do Meio Ambiente and of the Domaine de Chaumont-sur-Loire, which has organized its own
International Garden Festival in France since 1992, MAM-SP enables the artists to explore the relationships between art and ecology.
The public, in turn, is able to experience these relationships through contact with the gardens.
12 13
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) destaca-se pelas iniciativas pioneiras nos campos da arte e da cultura. A realização do Festival de Jardins do MAM no Ibirapuera con-sagra esse pioneirismo ao proporcionar aos visitantes do parque mais querido de São Paulo uma mostra internacional de jardins, algo inédito no circuito brasileiro das artes.
Para esta exposição única, o MAM-SP convidou artistas e paisagistas brasileiros e franceses a refletir sobre os significados material e simbólico da alimentação, tema de importância crucial para a humanidade, sobretudo neste momento em que os modos de produção agrícola e de distribuição de alimentos têm forte impacto no ambiente e na sociedade. O tema da alimentação conduz, assim, a um outro tema fundamental no mundo contemporâneo: a ecologia.
Com a colaboração da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e do Domaine de Chaumont-sur-Loire, que organiza o festival na França desde 1992, o MAM-SP possibilita aos artistas investigar as relações entre arte e ecologia, e, ao público, vivenciá-las no contato com os jardins.
Apresentação
milú villelA
presidente do museu de Arte modernA de são pAulo
president oF the Museu de arte Moderna de são paulo
Introduction
The Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) stands out for its pioneering initiatives in the fields of art and culture. The MAM Garden Festival at Ibirapuera typifies this pioneering spirit
by offering visitors to the most beloved park of São Paulo an international show of gardens, an unprecedented event in the Brazilian art world.
For this unique exhibition, MAM-SP invited Brazilian and French artists and landscape designers to reflect on the material and symbolic meanings of food, a crucially
important issue to humanity, above all in these times in which the modes of agricultural production and food distribution greatly impact the environment
and society. The topic of food, therefore, leads to another fundamental theme in the contemporary world: ecology.
In collaboration with the Secretaria do Verde e do Meio Ambiente and of the Domaine de Chaumont-sur-Loire, which has organized its own
International Garden Festival in France since 1992, MAM-SP enables the artists to explore the relationships between art and ecology.
The public, in turn, is able to experience these relationships through contact with the gardens.
18 19
propriedades: as hortas ornamentais. Tais jardins mesclavam flores com vegetais comestíveis, seguindo desenhos de canteiros geométricos e dispondo as plantas segundo suas cores, o que permitia criar um misto de jardim aprazível com horta utilitária. Tais jardins evoluí-ram para hortas e pomares experimentais, que permitiram o desenvolvimento de novas formas de cultivo de alimentos, aumentando a produtividade agrícola na França a partir do século XVII.
O festival do Parque do Ibirapuera toma o caminho contrário ao utilitarismo daqueles hor-tos alimentares: em vez de fomentar experimentos que aumentem a produtividade agrícola, buscou-se uma experiência do jardim como obra de artifício. Cada uma das dez unidades será recortada nos gramados e caminhos de pedrisco do tão conhecido parque paulistano. Diversas implantações, como altos cactos e labirintos, irrompem da paisagem plana, convidando a piqueniques ou à contemplação meditativa.
O Ibirapuera caracteriza-se por um ajardinamento que alterna imensos gramados e conjuntos densamente arborizados, simulando áreas de selva destacadas por extensões horizontais: nesse modelo de parque, cria-se a aparência de uma natureza selvagem suavizada por longas perspectivas abertas. No Brasil, tal tipo de paisagem artificial tende a ser con-fundida com a natureza mesma, pois biomas como a Mata Atlântica se assemelham aos bosquetes do Ibirapuera. De fato, a experiência com ambientes vegetais da população urbana que frequenta o Ibirapuera por vezes se restringe ao passeio nesse mesmo parque, pois é difícil o contato habitual do paulistano com locais fora da cidade. Mas no jardim tudo é conservado dentro de limites planeja-dos: as plantas são aparadas; as veredas, limpas; as árvores, podadas.
at the time, the arrival of the South American specimens aroused great interest among French château owners, who installed a new genre of gardens on their properties: ornamental food gardens. These gardens mixed flowers with edible vegetables, following designs of geometric
beds and arranging the plants according to color, which allowed for the comingling of the pleasure garden and the utilitarian food plot. Such gardens evolved into
experimental gardens and orchards, which allowed for the development of new forms of food cultivation, and in turn, an increase in agricultural
production in France from the 17th century onwards.
The festival at Ibirapuera Park takes an alternate path to the utilitarian-ism of those food gardens. Rather than fostering experimentation to increase agricultural production, this search is for an experience of the garden as a work of artifice. Each of the ten units will be cut into the lawns and gravel paths of the widely popular park. The diversity of plantings, such as tall cacti and labyrinths, erupt from the flat
landscape, inviting to picnics or meditative contemplation.
Ibirapuera is characterized by a design that alternates between immense lawns and dense tree hammocks, in simulation of prairies
marked by horizontal plains. This park model gives rise to the appear-ance of a natural woodland setting softened by long open perspectives. In Brazil, this type of artificial landscape tends to be confused with nature
itself, for biomes such as the Mata Atlântica [Atlantic Forest] look similar to Ibirapuera’s miniforests. As a matter of fact, for many of the urban
residents who usually go to the park, Ibirapuera provides the only expe-rience they have with plant environments, for it is difficult for residents of São Paulo to routinely visit areas outside of the city. But in the garden,
everything is conserved within planned borders: plants are trimmed; paths are cleaned; trees are pruned. Thus, frequenting Ibirapuera Park may rein-force a false image of nature as something stable and balanced.
18 19
propriedades: as hortas ornamentais. Tais jardins mesclavam flores com vegetais comestíveis, seguindo desenhos de canteiros geométricos e dispondo as plantas segundo suas cores, o que permitia criar um misto de jardim aprazível com horta utilitária. Tais jardins evoluí-ram para hortas e pomares experimentais, que permitiram o desenvolvimento de novas formas de cultivo de alimentos, aumentando a produtividade agrícola na França a partir do século XVII.
O festival do Parque do Ibirapuera toma o caminho contrário ao utilitarismo daqueles hor-tos alimentares: em vez de fomentar experimentos que aumentem a produtividade agrícola, buscou-se uma experiência do jardim como obra de artifício. Cada uma das dez unidades será recortada nos gramados e caminhos de pedrisco do tão conhecido parque paulistano. Diversas implantações, como altos cactos e labirintos, irrompem da paisagem plana, convidando a piqueniques ou à contemplação meditativa.
O Ibirapuera caracteriza-se por um ajardinamento que alterna imensos gramados e conjuntos densamente arborizados, simulando áreas de selva destacadas por extensões horizontais: nesse modelo de parque, cria-se a aparência de uma natureza selvagem suavizada por longas perspectivas abertas. No Brasil, tal tipo de paisagem artificial tende a ser con-fundida com a natureza mesma, pois biomas como a Mata Atlântica se assemelham aos bosquetes do Ibirapuera. De fato, a experiência com ambientes vegetais da população urbana que frequenta o Ibirapuera por vezes se restringe ao passeio nesse mesmo parque, pois é difícil o contato habitual do paulistano com locais fora da cidade. Mas no jardim tudo é conservado dentro de limites planeja-dos: as plantas são aparadas; as veredas, limpas; as árvores, podadas.
at the time, the arrival of the South American specimens aroused great interest among French château owners, who installed a new genre of gardens on their properties: ornamental food gardens. These gardens mixed flowers with edible vegetables, following designs of geometric
beds and arranging the plants according to color, which allowed for the comingling of the pleasure garden and the utilitarian food plot. Such gardens evolved into
experimental gardens and orchards, which allowed for the development of new forms of food cultivation, and in turn, an increase in agricultural
production in France from the 17th century onwards.
The festival at Ibirapuera Park takes an alternate path to the utilitarian-ism of those food gardens. Rather than fostering experimentation to increase agricultural production, this search is for an experience of the garden as a work of artifice. Each of the ten units will be cut into the lawns and gravel paths of the widely popular park. The diversity of plantings, such as tall cacti and labyrinths, erupt from the flat
landscape, inviting to picnics or meditative contemplation.
Ibirapuera is characterized by a design that alternates between immense lawns and dense tree hammocks, in simulation of prairies
marked by horizontal plains. This park model gives rise to the appear-ance of a natural woodland setting softened by long open perspectives. In Brazil, this type of artificial landscape tends to be confused with nature
itself, for biomes such as the Mata Atlântica [Atlantic Forest] look similar to Ibirapuera’s miniforests. As a matter of fact, for many of the urban
residents who usually go to the park, Ibirapuera provides the only expe-rience they have with plant environments, for it is difficult for residents of São Paulo to routinely visit areas outside of the city. But in the garden,
everything is conserved within planned borders: plants are trimmed; paths are cleaned; trees are pruned. Thus, frequenting Ibirapuera Park may rein-force a false image of nature as something stable and balanced.
14 15
Criado em 1992, o festival é instalado à sombra do castelo de Chaumont-sur-Loire com o objetivo de evidenciar a riqueza e a diversidade da arte dos jardins de hoje e de mostrar a abundância de tendências nesse campo.
Nossos jardins efêmeros são renovados anualmente a partir de um tema, ensejando a rea-lização de um concurso internacional. A escolha dos paisagistas, a criatividade e a diversi-dade das técnicas e das propostas apresentadas, assim como o entusiasmo exponencial do público pela natureza e pelos jardins, fazem de Chaumont um lugar de encontros especiais, um canteiro de talentos e de ideias novas.
Juntamente com o festival, o parque de paisagens, o vale das brumas, a senda dos ferros selvagens, a horta biológica e o jardim infantil propõem ao público jardins permanentes que, evoluindo ao longo das estações, valeram a Chaumont o título de “jardim notável”.
Desde 2008, o festival está inscrito em um Centro de Artes e Natureza que desenvolve um projeto de arte contemporânea que permite acolher anualmente no Domaine, desde então propriedade da Région Centre, vinte exposições e instalações de artistas vindos do mundo inteiro.
É uma grande honra para o Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire ser con-vidado do MAM-SP. A melhor resposta a esse convite é levar ao Brasil grandes paisagistas franceses da atualidade. Louis Benech, Michel Racine & Béatrice Saurel, Christine & Michel Péna, Dimitri Xenakis & Maro Avrabou, Erik Borja, Florence Mercier conceberam para o Parque do Ibirapuera, com muito entusiasmo e imagina ção, jardins sobre o tema da alimentação, essencial para o mundo de hoje e de amanhã.
Established in 1992, this festival is held in the shadows of the Château Chaumont-sur-Loire to showcase the richness and diversity of the art of today’s gardens and to display the multiple tendencies in the field.
Our ephemeral gardens are renovated annually based on a theme, providing the opportunity to hold an international contest. The selection of designers, the creativity, and the diversity
of techniques and the perspectives presented all make Chaumont an indisputable meeting place, a nursery for talent and new ideas.
In conjunction with the festival, the landscape park, the valley of the mists, the wild iron pathway, the organic vegetable garden, and the children’s garden present permanent
gardens to the public which, evolving throughout the seasons, justify Chaumont’s rec-ognition as a “remarkable garden.”
In 2008, the Domaine was acquired by Région Centre. Since 2008, the festival has been registered with the Center for Art and Nature which conducts contemporary art projects bringing twenty artist exhibitions and installations from around the
world to the Domaine each year.
It is a great honor for the International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire to be a guest of MAM-SP. The best reply to this invitation is to bring to Brazil a
few of today’s great French landscape designers. Louis Benech, Michel Racine & Béatrice Saurel, Christine & Michel Péna, Dimitry Xenakis & Maro Avrabou,
Erik Borja, and Florence Mercier, with great enthusiasm and imagination, have conceived gardens for Parque do Ibirapuera around the theme of food access, essential for the world of today and tomorrow.
O Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire
chAntAl colleu-dumond
diretorA do domAine e do FestivAl internAcionAl
de JArdins de chAumont-sur-loire
director oF the doMaine and oF the international garden FestiVal
oF the doMaine de chauMont-sur-loire
The International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire
14 15
Criado em 1992, o festival é instalado à sombra do castelo de Chaumont-sur-Loire com o objetivo de evidenciar a riqueza e a diversidade da arte dos jardins de hoje e de mostrar a abundância de tendências nesse campo.
Nossos jardins efêmeros são renovados anualmente a partir de um tema, ensejando a rea-lização de um concurso internacional. A escolha dos paisagistas, a criatividade e a diversi-dade das técnicas e das propostas apresentadas, assim como o entusiasmo exponencial do público pela natureza e pelos jardins, fazem de Chaumont um lugar de encontros especiais, um canteiro de talentos e de ideias novas.
Juntamente com o festival, o parque de paisagens, o vale das brumas, a senda dos ferros selvagens, a horta biológica e o jardim infantil propõem ao público jardins permanentes que, evoluindo ao longo das estações, valeram a Chaumont o título de “jardim notável”.
Desde 2008, o festival está inscrito em um Centro de Artes e Natureza que desenvolve um projeto de arte contemporânea que permite acolher anualmente no Domaine, desde então propriedade da Région Centre, vinte exposições e instalações de artistas vindos do mundo inteiro.
É uma grande honra para o Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire ser con-vidado do MAM-SP. A melhor resposta a esse convite é levar ao Brasil grandes paisagistas franceses da atualidade. Louis Benech, Michel Racine & Béatrice Saurel, Christine & Michel Péna, Dimitri Xenakis & Maro Avrabou, Erik Borja, Florence Mercier conceberam para o Parque do Ibirapuera, com muito entusiasmo e imagina ção, jardins sobre o tema da alimentação, essencial para o mundo de hoje e de amanhã.
Established in 1992, this festival is held in the shadows of the Château Chaumont-sur-Loire to showcase the richness and diversity of the art of today’s gardens and to display the multiple tendencies in the field.
Our ephemeral gardens are renovated annually based on a theme, providing the opportunity to hold an international contest. The selection of designers, the creativity, and the diversity
of techniques and the perspectives presented all make Chaumont an indisputable meeting place, a nursery for talent and new ideas.
In conjunction with the festival, the landscape park, the valley of the mists, the wild iron pathway, the organic vegetable garden, and the children’s garden present permanent
gardens to the public which, evolving throughout the seasons, justify Chaumont’s rec-ognition as a “remarkable garden.”
In 2008, the Domaine was acquired by Région Centre. Since 2008, the festival has been registered with the Center for Art and Nature which conducts contemporary art projects bringing twenty artist exhibitions and installations from around the
world to the Domaine each year.
It is a great honor for the International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire to be a guest of MAM-SP. The best reply to this invitation is to bring to Brazil a
few of today’s great French landscape designers. Louis Benech, Michel Racine & Béatrice Saurel, Christine & Michel Péna, Dimitry Xenakis & Maro Avrabou,
Erik Borja, and Florence Mercier, with great enthusiasm and imagination, have conceived gardens for Parque do Ibirapuera around the theme of food access, essential for the world of today and tomorrow.
O Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire
chAntAl colleu-dumond
diretorA do domAine e do FestivAl internAcionAl
de JArdins de chAumont-sur-loire
director oF the doMaine and oF the international garden FestiVal
oF the doMaine de chauMont-sur-loire
The International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire
16 17
A alimentação é um problema mundial que afeta particularmente o Brasil. Por outro lado, o mercado de biocombustíveis compete por espaços com as plantações de comida. Como o Brasil é uma potência agrícola, a disputa torna-se acirrada: nossa prioridade é alimentar o planeta¹ ou substituir o petróleo por álcool e biodiesel?
Para refletir sobre o desafio agrícola contemporâneo, foram reunidos no Parque do Ibirapuera dez criadores de jardins em torno ao tema da alimentação. Criaram-se espontaneamente duas interpretações sobre o assunto entre os participantes: alimentação do corpo ou do espírito. A questão foi enfrentada poeticamente, ampliando as possibilidades de reflexão sobre os desafios da alimentação mundial.
A parceria com o Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire possibilitou um intercâmbio com a França, país de longa experiência em jardinismo. Paisagistas europeus foram convidados para criar seis dos jardins, juntamente com quatro artistas brasileiros que executam suas primeiras obras de jardinagem; aqueles representam a organicidade do jardinismo à cultura europeia, enquanto estes continuam a tradição de Roberto Burle Marx, que, sendo um artista de habilidades múltiplas, usou o paisagismo como um de seus meios de expressão plástica.
Os jardins alimentares unem as histórias da França e do Brasil. Nos séculos XVI e XVII, a França nutriu um projeto de colonização da América do Sul, tendo mantido territórios no Brasil, primeiro de 1555 a 1567, no Rio de Janeiro, depois de 1594 a 1615, no Maranhão. Entre os produtos americanos então levados para a França, estavam legumes e verduras, que foram recebidos como tesouros. Apesar da restrita variedade de vegetais admitidos na dieta dos nobres europeus daquele período, a chegada dos espécimes americanos despertou grande interesse entre castelãos franceses, que implantaram um novo gênero de jardins em suas
Food access is a global problem particularly affecting Brazil. Simultaneously, the biofuel mar-ket is competing for space with food crops. Given that Brazil is an agricultural power,
the dispute has become challenging. Is our priority to feed the planet¹ or to substitute petroleum with ethanol and biodiesel?
In order to reflect on the current agricultural challenges, ten artists were brought to Parque do Ibirapuera to create gardens around the issue of food. Two interpretations of the matter arose spontaneously among the participants: feeding the body or the spirit. The question was confronted poetically, expanding the possibilities of reflecting on the challenges of global access to food.
A partnership with International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire led to an exchange with France, a country with a long history
in gardening. European landscape designers were invited to create six of the gardens, along with four Brazilian artists who are executing their
first gardens. The former represent the organicity of garden design to European culture, and the latter continue the tradition of Roberto Burle Marx,
who, as a multitalented artist, used landscape design as one of his means of artistic expression.
Food gardens unite the histories of France and Brazil. In the 16th and 17th centuries, France nurtured a South American colonial project, maintaining territories in Brazil, first
from 1555 to 1567, in Rio de Janeiro, and then from 1594 to 1615, in Maranhão. Vegetables and greens were among the products exported to France and were received as treasure.
Despite the restricted variety of vegetables admitted onto the plates of the European nobility
Você tem fome de quê?
Jardins e alimentação no século XXI
Felipe chAimovich
curAdor do mAm-sp
curator oF MaM-sp
What Are You Hungry For?
Gardens and Food Access in the Twenty-First Century
¹ According to the World Trade Organization (WTO), in 2007 Brazil was responsible for the following percentages of global exports: 28.4% of beef; 35.5% of poultry; 14.9% of pork; 42.1% of sugar; and 27% of vegetable oil (particularly soy). “Do campo ao mundo,” in O Estado de S. Paulo (São Paulo: O Estado de S. Paulo, 29 Nov. 2009), p. A3.
¹ Segundo a organização Mundial de comércio (oMc), em 2007 o brasil era responsável por 28,4% das exportações mundiais de carne bovina; por 35,5% das de carne de frango; por 14,9% das de carne suína; por 42,1% das de açúcar; e por 27% das oleaginosas (principalmente soja). cf. “Do campo ao mundo”, em O Estado de S. Paulo (São paulo: O Estado de S. Paulo, 29/11/2009), p. a3.
16 17
A alimentação é um problema mundial que afeta particularmente o Brasil. Por outro lado, o mercado de biocombustíveis compete por espaços com as plantações de comida. Como o Brasil é uma potência agrícola, a disputa torna-se acirrada: nossa prioridade é alimentar o planeta¹ ou substituir o petróleo por álcool e biodiesel?
Para refletir sobre o desafio agrícola contemporâneo, foram reunidos no Parque do Ibirapuera dez criadores de jardins em torno ao tema da alimentação. Criaram-se espontaneamente duas interpretações sobre o assunto entre os participantes: alimentação do corpo ou do espírito. A questão foi enfrentada poeticamente, ampliando as possibilidades de reflexão sobre os desafios da alimentação mundial.
A parceria com o Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire possibilitou um intercâmbio com a França, país de longa experiência em jardinismo. Paisagistas europeus foram convidados para criar seis dos jardins, juntamente com quatro artistas brasileiros que executam suas primeiras obras de jardinagem; aqueles representam a organicidade do jardinismo à cultura europeia, enquanto estes continuam a tradição de Roberto Burle Marx, que, sendo um artista de habilidades múltiplas, usou o paisagismo como um de seus meios de expressão plástica.
Os jardins alimentares unem as histórias da França e do Brasil. Nos séculos XVI e XVII, a França nutriu um projeto de colonização da América do Sul, tendo mantido territórios no Brasil, primeiro de 1555 a 1567, no Rio de Janeiro, depois de 1594 a 1615, no Maranhão. Entre os produtos americanos então levados para a França, estavam legumes e verduras, que foram recebidos como tesouros. Apesar da restrita variedade de vegetais admitidos na dieta dos nobres europeus daquele período, a chegada dos espécimes americanos despertou grande interesse entre castelãos franceses, que implantaram um novo gênero de jardins em suas
Food access is a global problem particularly affecting Brazil. Simultaneously, the biofuel mar-ket is competing for space with food crops. Given that Brazil is an agricultural power,
the dispute has become challenging. Is our priority to feed the planet¹ or to substitute petroleum with ethanol and biodiesel?
In order to reflect on the current agricultural challenges, ten artists were brought to Parque do Ibirapuera to create gardens around the issue of food. Two interpretations of the matter arose spontaneously among the participants: feeding the body or the spirit. The question was confronted poetically, expanding the possibilities of reflecting on the challenges of global access to food.
A partnership with International Garden Festival of the Chaumont-sur-Loire led to an exchange with France, a country with a long history
in gardening. European landscape designers were invited to create six of the gardens, along with four Brazilian artists who are executing their
first gardens. The former represent the organicity of garden design to European culture, and the latter continue the tradition of Roberto Burle Marx,
who, as a multitalented artist, used landscape design as one of his means of artistic expression.
Food gardens unite the histories of France and Brazil. In the 16th and 17th centuries, France nurtured a South American colonial project, maintaining territories in Brazil, first
from 1555 to 1567, in Rio de Janeiro, and then from 1594 to 1615, in Maranhão. Vegetables and greens were among the products exported to France and were received as treasure.
Despite the restricted variety of vegetables admitted onto the plates of the European nobility
Você tem fome de quê?
Jardins e alimentação no século XXI
Felipe chAimovich
curAdor do mAm-sp
curator oF MaM-sp
What Are You Hungry For?
Gardens and Food Access in the Twenty-First Century
¹ According to the World Trade Organization (WTO), in 2007 Brazil was responsible for the following percentages of global exports: 28.4% of beef; 35.5% of poultry; 14.9% of pork; 42.1% of sugar; and 27% of vegetable oil (particularly soy). “Do campo ao mundo,” in O Estado de S. Paulo (São Paulo: O Estado de S. Paulo, 29 Nov. 2009), p. A3.
¹ Segundo a organização Mundial de comércio (oMc), em 2007 o brasil era responsável por 28,4% das exportações mundiais de carne bovina; por 35,5% das de carne de frango; por 14,9% das de carne suína; por 42,1% das de açúcar; e por 27% das oleaginosas (principalmente soja). cf. “Do campo ao mundo”, em O Estado de S. Paulo (São paulo: O Estado de S. Paulo, 29/11/2009), p. a3.
20 21
A trip through the diverse gardens of the festival, then, counters the illusion of being eternally sus-pended in a splendid cradle and being fenced in by an inexhaustible nature, just as we are inspired by the well-maintained environment of Ibirapuera. While experiencing the ten creations, visitors will notice the artificiality of agri-cultural cultivation, since each garden creates a private world in the middle of the vast park.
Food access depends on the realm of technology and its use to turn nature into artifice. We are responsible for the current use of the planet in order to feed humanity. To perceive such a responsibility requires the distinction between cultivation and nature.
A frequentação do Ibirapuera pode assim reforçar uma falsa imagem da natureza como algo estável e equilibrado.
Portanto, o passeio pelas diversas construções jardinescas do festival opõe-se à ilusão de estarmos deitados eternamente em berço esplêndido e cercados por uma
natureza inesgotável, tal como nos inspira a bem cuidada ambientação do Ibirapuera. Experimentando as dez criações, o visitante identifica a artificialidade do cultivo agrícola,
pois cada jardim cria um mundo particular em meio ao amplo parque.
A alimentação depende do domínio da tecnologia e de seu uso transformador da nature-za em artifício. Somos responsáveis pelo uso contemporâneo da Terra para alimentar a
humanidade. Perceber tal responsabilidade exige a distinção entre cultivo e natureza.
20 21
A trip through the diverse gardens of the festival, then, counters the illusion of being eternally sus-pended in a splendid cradle and being fenced in by an inexhaustible nature, just as we are inspired by the well-maintained environment of Ibirapuera. While experiencing the ten creations, visitors will notice the artificiality of agri-cultural cultivation, since each garden creates a private world in the middle of the vast park.
Food access depends on the realm of technology and its use to turn nature into artifice. We are responsible for the current use of the planet in order to feed humanity. To perceive such a responsibility requires the distinction between cultivation and nature.
A frequentação do Ibirapuera pode assim reforçar uma falsa imagem da natureza como algo estável e equilibrado.
Portanto, o passeio pelas diversas construções jardinescas do festival opõe-se à ilusão de estarmos deitados eternamente em berço esplêndido e cercados por uma
natureza inesgotável, tal como nos inspira a bem cuidada ambientação do Ibirapuera. Experimentando as dez criações, o visitante identifica a artificialidade do cultivo agrícola,
pois cada jardim cria um mundo particular em meio ao amplo parque.
A alimentação depende do domínio da tecnologia e de seu uso transformador da nature-za em artifício. Somos responsáveis pelo uso contemporâneo da Terra para alimentar a
humanidade. Perceber tal responsabilidade exige a distinção entre cultivo e natureza.
22 23
Uma das primeiras imagens da Torá, incluída na Bíblia cristã, é a do Paraíso (Éden) como jardim. Imagem recorrente, encontrada nos livros históricos, poéticos e sapienciais da tradição hebraica.
Na descrição preliminar do Gênesis, o jardim (a Criação) antecede ao aparecimento do ser humano. Este, no entanto, transforma a selva em bosque, a mata em jardim, a natureza em cultura.
A razão moderna, instrumental, criou um abismo entre humanidade e natureza ao interpretar o preceito bíblico de “domínio” da Criação como exploração, e não como cuidado. O resulta-do é dramático: degradação ambiental, aquecimento global, secas e inundações. Felizmente cresce a mobilização mundial em prol da preservação de nossa matriz e casa comum: a Terra, denominada Gaia pelos gregos antigos e Pachamama pelos indígenas andinos.
Assim como plantas, flores e frutos emergem do solo e constituem o jardim, o mesmo ocorre com o ser humano. Em hebraico, Adão significa “terra”; Eva, “vida”. Também a vida humana brotou da Terra, pela via da evolução do Universo que, iniciada pelo big bang há 13,7 bilhões de anos, veio a gerar a nossa espécie, dotada de olhos e consciência reflexa, capaz de contemplar a harmonia da Criação e denominá-la Cosmo – palavra grega da mesma raiz de cosmético, o que imprime beleza.
Há, pois, íntima interação entre jardim e jardineiro. Nós, humanos, somos o fruto inteligente do jardim. Dele proveem os nossos alimentos. A cada vez que sentamos à mesa, nutrimos nosso ser com os frutos do jardim. O poeta diria: damos um beijo na boca da natureza. O teó-logo afirma: eis a eucaristia.
Jardim: o pão e a paz
Frei Betto
Autor de A Arte de semeAr estrelAs, entre outros livros
author oF A Arte de semeAr estrelAs, aMong other Books
Garden: Bread and Peace
One of the first images of the Torah, included in the Christian Bible, is that of Paradise (Eden) as a garden. This is a recurring image, found in texts of history, poetry, and wisdom throughout
Hebrew tradition.
In the preliminary description of Genesis, the garden (Creation) precedes the appearance of the human being. Humankind, though, transforms the jungle into the woodland,
the forest into the garden, nature into culture.
Modern, instrumental reason created an abyss between humanity and nature by interpreting the biblical notion of “dominion” of Creation
as exploitation, rather than stewardship. The result is dramatic: environmental degradation, global warming, droughts, and
floods. Fortunately global mobilization is growing around the preservation of our mother and shared home: Earth, named Gaia by the ancient Greeks and Pachamama by the indigenous
Andean peoples.
Just as plants, flowers, and fruits emerge from the ground to make up the garden, the same occurs with the human being. In Hebrew, Adam means
“earth”; Eve, “life.” Human life also sprang from the Earth, by way of the evolution of the Universe which, initiated by the big bang some 13.7 billion years ago, has produced
our species, gifted with eyes and reflexive consciousness, capable of contem-plating the harmony of Creation and naming it Cosmo—a Greek word from
the same root as cosmetic, that which produces beauty.
22 23
Uma das primeiras imagens da Torá, incluída na Bíblia cristã, é a do Paraíso (Éden) como jardim. Imagem recorrente, encontrada nos livros históricos, poéticos e sapienciais da tradição hebraica.
Na descrição preliminar do Gênesis, o jardim (a Criação) antecede ao aparecimento do ser humano. Este, no entanto, transforma a selva em bosque, a mata em jardim, a natureza em cultura.
A razão moderna, instrumental, criou um abismo entre humanidade e natureza ao interpretar o preceito bíblico de “domínio” da Criação como exploração, e não como cuidado. O resulta-do é dramático: degradação ambiental, aquecimento global, secas e inundações. Felizmente cresce a mobilização mundial em prol da preservação de nossa matriz e casa comum: a Terra, denominada Gaia pelos gregos antigos e Pachamama pelos indígenas andinos.
Assim como plantas, flores e frutos emergem do solo e constituem o jardim, o mesmo ocorre com o ser humano. Em hebraico, Adão significa “terra”; Eva, “vida”. Também a vida humana brotou da Terra, pela via da evolução do Universo que, iniciada pelo big bang há 13,7 bilhões de anos, veio a gerar a nossa espécie, dotada de olhos e consciência reflexa, capaz de contemplar a harmonia da Criação e denominá-la Cosmo – palavra grega da mesma raiz de cosmético, o que imprime beleza.
Há, pois, íntima interação entre jardim e jardineiro. Nós, humanos, somos o fruto inteligente do jardim. Dele proveem os nossos alimentos. A cada vez que sentamos à mesa, nutrimos nosso ser com os frutos do jardim. O poeta diria: damos um beijo na boca da natureza. O teó-logo afirma: eis a eucaristia.
Jardim: o pão e a paz
Frei Betto
Autor de A Arte de semeAr estrelAs, entre outros livros
author oF A Arte de semeAr estrelAs, aMong other Books
Garden: Bread and Peace
One of the first images of the Torah, included in the Christian Bible, is that of Paradise (Eden) as a garden. This is a recurring image, found in texts of history, poetry, and wisdom throughout
Hebrew tradition.
In the preliminary description of Genesis, the garden (Creation) precedes the appearance of the human being. Humankind, though, transforms the jungle into the woodland,
the forest into the garden, nature into culture.
Modern, instrumental reason created an abyss between humanity and nature by interpreting the biblical notion of “dominion” of Creation
as exploitation, rather than stewardship. The result is dramatic: environmental degradation, global warming, droughts, and
floods. Fortunately global mobilization is growing around the preservation of our mother and shared home: Earth, named Gaia by the ancient Greeks and Pachamama by the indigenous
Andean peoples.
Just as plants, flowers, and fruits emerge from the ground to make up the garden, the same occurs with the human being. In Hebrew, Adam means
“earth”; Eve, “life.” Human life also sprang from the Earth, by way of the evolution of the Universe which, initiated by the big bang some 13.7 billion years ago, has produced
our species, gifted with eyes and reflexive consciousness, capable of contem-plating the harmony of Creation and naming it Cosmo—a Greek word from
the same root as cosmetic, that which produces beauty.
24 25
Todas as vezes em que celebramos a vida – aniversário, formatura, casamento etc. – há que ter comida e bebida. Voltamos ao jardim, ainda que ele não seja visível e apenas seus frutos estejam sobre a mesa. É essa comensalidade que funda nossa irmandade. Ela é recorrente nas tradições religiosas.
Há, hoje, enorme distância entre símbolo e realidade. Hoje, milhões se encontram excluídos do jardim. Segundo a FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação], há 1,2 bilhão de desnutridos crônicos no mundo. A cada ano, morrem 18 milhões de pessoas em decorrência da fome, a maioria crianças.
Esta exposição no Parque do Ibirapuera é um apelo a cuidarmos do jardim, de modo a pos-sibilitar que todos, sem exceção, tenham acesso a ele e a seus frutos. Dele vem “o pão nosso de cada dia”. E só haverá paz quando todos tiverem pão.
There is an intimate interaction, then, between the garden and the gardener. We humans are the intelligent fruit of the garden. Our food
comes from the garden. Every time we sit at the table, we nurture our beings with the fruit of the garden. The poet would say that we kiss nature
on the mouth. The theologian affirms, this is the Holy Communion.
Every time that we celebrate life (birthdays, graduations, weddings, etc.) we must have food and drink. We return to the garden, even if it is not visible and only its fruit
are on the table. It is this gathering around the table that forms our brotherhood. This is recurrent throughout religious traditions.
Today there is an enormous distance between symbol and reality. Today, millions are excluded from the garden. According to the FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations),
there are 1.2 billion chronically undernourished people in the world. Each year, eighteen million people die of hunger, most of them children.
This exhibition at Ibirapuera Park is a call for us to take care of the garden, so that all, without exception, may access it and its fruit. The garden
gives us “our daily bread.” And we will only know peace when all have their bread.
24 25
Todas as vezes em que celebramos a vida – aniversário, formatura, casamento etc. – há que ter comida e bebida. Voltamos ao jardim, ainda que ele não seja visível e apenas seus frutos estejam sobre a mesa. É essa comensalidade que funda nossa irmandade. Ela é recorrente nas tradições religiosas.
Há, hoje, enorme distância entre símbolo e realidade. Hoje, milhões se encontram excluídos do jardim. Segundo a FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação], há 1,2 bilhão de desnutridos crônicos no mundo. A cada ano, morrem 18 milhões de pessoas em decorrência da fome, a maioria crianças.
Esta exposição no Parque do Ibirapuera é um apelo a cuidarmos do jardim, de modo a pos-sibilitar que todos, sem exceção, tenham acesso a ele e a seus frutos. Dele vem “o pão nosso de cada dia”. E só haverá paz quando todos tiverem pão.
There is an intimate interaction, then, between the garden and the gardener. We humans are the intelligent fruit of the garden. Our food
comes from the garden. Every time we sit at the table, we nurture our beings with the fruit of the garden. The poet would say that we kiss nature
on the mouth. The theologian affirms, this is the Holy Communion.
Every time that we celebrate life (birthdays, graduations, weddings, etc.) we must have food and drink. We return to the garden, even if it is not visible and only its fruit
are on the table. It is this gathering around the table that forms our brotherhood. This is recurrent throughout religious traditions.
Today there is an enormous distance between symbol and reality. Today, millions are excluded from the garden. According to the FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations),
there are 1.2 billion chronically undernourished people in the world. Each year, eighteen million people die of hunger, most of them children.
This exhibition at Ibirapuera Park is a call for us to take care of the garden, so that all, without exception, may access it and its fruit. The garden
gives us “our daily bread.” And we will only know peace when all have their bread.
JARDINSGARDENS
JARDINSGARDENS
29
Beatriz MilhazesRIO de JAneIRO, RJ, 1960
ArpoAdor, 2010
Este jardim tem a forma de um sol, fonte de vida e de alimento. É uma espécie de labirinto solar. O girassol é uma flor solar muito rica em nutrientes, podendo ser aproveitada na culinária de diversas maneiras, com benefícios à saúde. O amarelo do girassol é único e vibrante como a vida.
Este é o primeiro jardim desenhado pela artista plástica carioca, que sempre teve a natureza presente em sua obra, principalmente como pintora. A execução
do projeto proporcionou a Beatriz Milhazes aplicar seu interesse latente por temas como nutrição e preparo dos alimentos, além de expandir suas experiências plásticas
para o campo da jardinagem.
ArpoAdor, 2010
This garden is in the shape of a sun, source of life and food. It is a solar labyrinth of sorts. The sun-flower is very rich in nutrients and it can be used in cooking in multiple ways, thus promoting good
health. The yellow of the sunflower is unique and vibrant like life.
This is the first garden designed by this carioca [native of Rio de Janeiro] visual artist, who has always had nature present in her work, particularly as a painter. This project allowed Beatriz Milhazes to apply
her latent interest in issues like nutrition and food preparation, in addition to expanding her artistic experi-ences to the field of garden design.
29
Beatriz MilhazesRIO de JAneIRO, RJ, 1960
ArpoAdor, 2010
Este jardim tem a forma de um sol, fonte de vida e de alimento. É uma espécie de labirinto solar. O girassol é uma flor solar muito rica em nutrientes, podendo ser aproveitada na culinária de diversas maneiras, com benefícios à saúde. O amarelo do girassol é único e vibrante como a vida.
Este é o primeiro jardim desenhado pela artista plástica carioca, que sempre teve a natureza presente em sua obra, principalmente como pintora. A execução
do projeto proporcionou a Beatriz Milhazes aplicar seu interesse latente por temas como nutrição e preparo dos alimentos, além de expandir suas experiências plásticas
para o campo da jardinagem.
ArpoAdor, 2010
This garden is in the shape of a sun, source of life and food. It is a solar labyrinth of sorts. The sun-flower is very rich in nutrients and it can be used in cooking in multiple ways, thus promoting good
health. The yellow of the sunflower is unique and vibrant like life.
This is the first garden designed by this carioca [native of Rio de Janeiro] visual artist, who has always had nature present in her work, particularly as a painter. This project allowed Beatriz Milhazes to apply
her latent interest in issues like nutrition and food preparation, in addition to expanding her artistic experi-ences to the field of garden design.
32 33
32 33
34 35
34 35
37
ernesto neto & daisy Cabral nogueira
RIO de JAneIRO, RJ, 1964; RIO de JAneIRO, RJ, 1942
ovogênese, jArdim, 2010
Este jardim se relaciona com a obra ovo (1965), de Lygia Clark. O ovo de Lygia é um círculo negro com uma borda branca quase completa, como uma boca. Embora o órgão da alimentação forneça a estrutura básica
do trabalho, ele amplia o tema, propondo uma parceria entre mãe e filho: o ovo esconde a mãe, o ovo revela a mãe. O ovo de Lygia se reflete na maternidade de Daisy, parceira que também é mãe do artista.
O jardim apresenta uma célula da Mata Atlântica que reúne espécies nativas com a intenção de alimen-tar nossas matas/cidades/país/planeta. Como se fosse um conto dentro de um romance, ovogênese, jardim se inscreve no parque para reviver a ideia de paisagem em evolução.
ovogênese, jArdim, 2010
This garden relates to Lygia Clark’s ovo (1965). Lygia’s egg is a black circle with a nearly complete white border, resembling a mouth. Although this digestive organ provides the work’s basic structure, it expands the idea, proposing a partnership between mother and son: the egg hides the mother, the egg reveals the mother. Lygia’s egg is reflected by Daisy’s motherhood, for she is the artist’s collabo-rator and mother.
The garden presents a cell of the Mata Atlântica [Atlantic Forest], gathering native species with the intention of feeding our forests/cities/country/planet. Like a story within a novel, ovogênese, jardim is inscribed on the park to revive the notion of a landscape in evolution.
37
ernesto neto & daisy Cabral nogueira
RIO de JAneIRO, RJ, 1964; RIO de JAneIRO, RJ, 1942
ovogênese, jArdim, 2010
Este jardim se relaciona com a obra ovo (1965), de Lygia Clark. O ovo de Lygia é um círculo negro com uma borda branca quase completa, como uma boca. Embora o órgão da alimentação forneça a estrutura básica
do trabalho, ele amplia o tema, propondo uma parceria entre mãe e filho: o ovo esconde a mãe, o ovo revela a mãe. O ovo de Lygia se reflete na maternidade de Daisy, parceira que também é mãe do artista.
O jardim apresenta uma célula da Mata Atlântica que reúne espécies nativas com a intenção de alimen-tar nossas matas/cidades/país/planeta. Como se fosse um conto dentro de um romance, ovogênese, jardim se inscreve no parque para reviver a ideia de paisagem em evolução.
ovogênese, jArdim, 2010
This garden relates to Lygia Clark’s ovo (1965). Lygia’s egg is a black circle with a nearly complete white border, resembling a mouth. Although this digestive organ provides the work’s basic structure, it expands the idea, proposing a partnership between mother and son: the egg hides the mother, the egg reveals the mother. Lygia’s egg is reflected by Daisy’s motherhood, for she is the artist’s collabo-rator and mother.
The garden presents a cell of the Mata Atlântica [Atlantic Forest], gathering native species with the intention of feeding our forests/cities/country/planet. Like a story within a novel, ovogênese, jardim is inscribed on the park to revive the notion of a landscape in evolution.
45
PazéSãO PAuLO, SP, 1962
Cereus, 2010
Este jardim é constituído de uma única espécie de planta, a Cereus jamacaru, conhecida como mandacaru. Além de bela, essa planta produz frutos que servem de alimento a homens e animais no período de seca de sua região de origem, o semiárido brasileiro. Não há no Parque do Ibirapuera nenhum exemplar adulto dessa planta. O local escolhi-
do para a instalação do jardim foi junto ao Auditório, cuja arquitetura o artista paulista considera árida.
Com este jardim, Pazé espera que os frequentadores do Ibirapuera possam apreciar a beleza de uma espécie típica da caatinga, onde as plantas se encontram em constante fru-tificação. No jardim do artista, as frutas dos mandacarus são feitas de vidro e iluminadas
por dentro durante a noite, evocando o efeito da frutificação natural. Os mandacarus adultos se assemelham a candelabros, por isso o nome Cereus.
Cereus, 2010
This garden consists of a unique plant specimen, the Cereus jamacaru, known as mandacaru. In addition to its beauty, this plant bears fruits that serve as human and animal food during drought
in its region of origin, the Brazilian semiarid Caatinga. Ibirapuera park contains no mature speci-mens of this plant. The Paulista artist chose to place his garden installation next to the Auditorium,
the architecture of which is deemed arid by the artist.
With this garden, Pazé hopes that Ibirapuera visitors might appreciate the beauty of this species native to the Caatinga, where plants are constantly bearing fruit. In the artist’s garden, the mandacaru’s
fruits are made of glass and illuminated from within at night, evoking the effect of the natural produc-tion of fruit. Mature mandacarus resemble candelabras, hence the Latin name Cereus.
45
PazéSãO PAuLO, SP, 1962
Cereus, 2010
Este jardim é constituído de uma única espécie de planta, a Cereus jamacaru, conhecida como mandacaru. Além de bela, essa planta produz frutos que servem de alimento a homens e animais no período de seca de sua região de origem, o semiárido brasileiro. Não há no Parque do Ibirapuera nenhum exemplar adulto dessa planta. O local escolhi-
do para a instalação do jardim foi junto ao Auditório, cuja arquitetura o artista paulista considera árida.
Com este jardim, Pazé espera que os frequentadores do Ibirapuera possam apreciar a beleza de uma espécie típica da caatinga, onde as plantas se encontram em constante fru-tificação. No jardim do artista, as frutas dos mandacarus são feitas de vidro e iluminadas
por dentro durante a noite, evocando o efeito da frutificação natural. Os mandacarus adultos se assemelham a candelabros, por isso o nome Cereus.
Cereus, 2010
This garden consists of a unique plant specimen, the Cereus jamacaru, known as mandacaru. In addition to its beauty, this plant bears fruits that serve as human and animal food during drought
in its region of origin, the Brazilian semiarid Caatinga. Ibirapuera park contains no mature speci-mens of this plant. The Paulista artist chose to place his garden installation next to the Auditorium,
the architecture of which is deemed arid by the artist.
With this garden, Pazé hopes that Ibirapuera visitors might appreciate the beauty of this species native to the Caatinga, where plants are constantly bearing fruit. In the artist’s garden, the mandacaru’s
fruits are made of glass and illuminated from within at night, evoking the effect of the natural produc-tion of fruit. Mature mandacarus resemble candelabras, hence the Latin name Cereus.
53
Florence MercierPALAISeAu, FRAnçA, 1961
grAin de Couleur [GRãO DE COR], 2010
Este jardim é concebido como um labirinto formado por telas agrícolas utili-zadas em culturas delicadas, carentes de proteção. O público pode transitar por esse espaço e imergir em um ambiente luminoso que, visto de longe, se parece com um suflê, uma fruta ou ainda uma crisálida. A estrutura evoca também um alimento espiritual: como em um jardim zen, o coração deste jardim põe o público em contato com suas paisagens internas.
O jardim propõe uma relação de continuidade com o parque e com os outros jardins do festival. Ele está abrigado entre árvores e um cruzamento de vários
caminhos, proporcionando ao público uma experiência espacial e sensorial que o faz questionar-se sobre sua relação com a natureza e o mundo.
grAin de Couleur, 2010
This garden is conceived as a labyrinth formed by agricultural screen used on delicate crops that need protection. The public may pass through this space and sink into a lumi-
nous environment that, seen from afar, resembles a soufflé, a fruit, or even a chrysalis. The structure also evokes spiritual nourishment. As if in a Zen garden, the heart of this garden places
visitors in contact with their internal landscapes.
The garden proposes a relationship of continuity with the park and with the other festival gardens. It is nestled among trees and a crossing of various paths, providing the public with a spatial and sensorial
experience, and encouraging thought on relationships with nature and the world at large.
53
Florence MercierPALAISeAu, FRAnçA, 1961
grAin de Couleur [GRãO DE COR], 2010
Este jardim é concebido como um labirinto formado por telas agrícolas utili-zadas em culturas delicadas, carentes de proteção. O público pode transitar por esse espaço e imergir em um ambiente luminoso que, visto de longe, se parece com um suflê, uma fruta ou ainda uma crisálida. A estrutura evoca também um alimento espiritual: como em um jardim zen, o coração deste jardim põe o público em contato com suas paisagens internas.
O jardim propõe uma relação de continuidade com o parque e com os outros jardins do festival. Ele está abrigado entre árvores e um cruzamento de vários
caminhos, proporcionando ao público uma experiência espacial e sensorial que o faz questionar-se sobre sua relação com a natureza e o mundo.
grAin de Couleur, 2010
This garden is conceived as a labyrinth formed by agricultural screen used on delicate crops that need protection. The public may pass through this space and sink into a lumi-
nous environment that, seen from afar, resembles a soufflé, a fruit, or even a chrysalis. The structure also evokes spiritual nourishment. As if in a Zen garden, the heart of this garden places
visitors in contact with their internal landscapes.
The garden proposes a relationship of continuity with the park and with the other festival gardens. It is nestled among trees and a crossing of various paths, providing the public with a spatial and sensorial
experience, and encouraging thought on relationships with nature and the world at large.
Louis BenechneuILLY SuR SeIne, FRAnçA, 1957
vergé etouffé pAr le ChAmp [POMAR SUFOCADO PELO CAMPO], 2010
Este é um jardim em miniatura que, no entanto, está na escala do parque. É uma escultu-ra vegetal que remete ao açúcar, às frutas, à sobremesa. Essa escultura em forma circular
propõe uma narrativa leve, em um percurso labiríntico.
Formados por pés de milho entremeados de árvores frutíferas, esse jardim proporciona ao público sensações de serenidade e doçura, embora as árvores esgalhadas criem obstáculos no percurso, como
num pomar que se fechasse sobre si mesmo.
vergé etouffé pAr le ChAmp, 2010
Albeit miniature, this garden is on the scale of the park. It is a vegetable sculpture that alludes to sugar, to fruits, to dessert. This circular sculpture proposes a light narrative, in a labyrinthine route.
Formed by corn plants, interspersed with fruit trees, this garden offers sensations of serenity and sweetness, yet the fruit trees create obstacles in the path, as if in an orchard that is
closing in on itself.
Louis BenechneuILLY SuR SeIne, FRAnçA, 1957
vergé etouffé pAr le ChAmp [POMAR SUFOCADO PELO CAMPO], 2010
Este é um jardim em miniatura que, no entanto, está na escala do parque. É uma escultu-ra vegetal que remete ao açúcar, às frutas, à sobremesa. Essa escultura em forma circular
propõe uma narrativa leve, em um percurso labiríntico.
Formados por pés de milho entremeados de árvores frutíferas, esse jardim proporciona ao público sensações de serenidade e doçura, embora as árvores esgalhadas criem obstáculos no percurso, como
num pomar que se fechasse sobre si mesmo.
vergé etouffé pAr le ChAmp, 2010
Albeit miniature, this garden is on the scale of the park. It is a vegetable sculpture that alludes to sugar, to fruits, to dessert. This circular sculpture proposes a light narrative, in a labyrinthine route.
Formed by corn plants, interspersed with fruit trees, this garden offers sensations of serenity and sweetness, yet the fruit trees create obstacles in the path, as if in an orchard that is
closing in on itself.
69
Michel Racine & Béatrice Saurel
RABAT, MARROCOS, 1942; PARIS, FRAnçA, 1967
pique-nique à l’ibirApuerA [PIqUENIqUE NO IBIRAPUERA], 2010
Este jardim evoca uma toalha estendida no chão, como em um piquenique. Feito de roupas vindas de todas as partes do mundo amarradas, este trabalho une essa forma de convívio informal ao ar livre ao costume de pendurar roupas nas árvores, comum a vários povos, para afastar os males e atrair saúde.
Com esta grande toalha Arlequim para um piquenique ideal, a dupla formada pelo arquiteto paisagista e pela artista paisagista celebra os alimentos e a vida —
alimentos geneticamente modificados ou contaminados com pesticidas não são bem-vindos. Uma nova democracia, um novo elo vital entre terra e comida, podem
ser conhecidos por quem se reúne a outros para partilhar desta refeição.
pique-nique à l’ibirApuerA, 2010
This garden evoques a tablecloth laid out on the ground, as for a picnic. Made of clothes coming from all over the world tied together, this work joins this informal manner of out-
door socializing with the custom of hanging clothes on trees, common to various cultures, in order to make a wish or recover health.
With this great Arlequin tablecloth for an ideal picnic, the duo of landscape architect and land-scape artist celebrate food and life—food that has been genetically modified or contaminated with
pesticides is not welcome. Those who gather with others to share this meal may get in touch with a new democracy, a new vital link between earth and food.
69
Michel Racine & Béatrice Saurel
RABAT, MARROCOS, 1942; PARIS, FRAnçA, 1967
pique-nique à l’ibirApuerA [PIqUENIqUE NO IBIRAPUERA], 2010
Este jardim evoca uma toalha estendida no chão, como em um piquenique. Feito de roupas vindas de todas as partes do mundo amarradas, este trabalho une essa forma de convívio informal ao ar livre ao costume de pendurar roupas nas árvores, comum a vários povos, para afastar os males e atrair saúde.
Com esta grande toalha Arlequim para um piquenique ideal, a dupla formada pelo arquiteto paisagista e pela artista paisagista celebra os alimentos e a vida —
alimentos geneticamente modificados ou contaminados com pesticidas não são bem-vindos. Uma nova democracia, um novo elo vital entre terra e comida, podem
ser conhecidos por quem se reúne a outros para partilhar desta refeição.
pique-nique à l’ibirApuerA, 2010
This garden evoques a tablecloth laid out on the ground, as for a picnic. Made of clothes coming from all over the world tied together, this work joins this informal manner of out-
door socializing with the custom of hanging clothes on trees, common to various cultures, in order to make a wish or recover health.
With this great Arlequin tablecloth for an ideal picnic, the duo of landscape architect and land-scape artist celebrate food and life—food that has been genetically modified or contaminated with
pesticides is not welcome. Those who gather with others to share this meal may get in touch with a new democracy, a new vital link between earth and food.
77
Christine & Michel PénaMeTz, FRAnçA, 1958; BORdeAuX, FRAnçA, 1955
le jArdin Amuse-gueule [JArDIM APErITIVO], 2010
Este jardim remete a um aspecto da alimentação muito importante na cultura francesa: o menu, a refei-ção composta por vários pratos que são apresentados em sequência. O aperitivo é uma introdução
à refeição, em que os convidados se preparam para desfrutar o menu. A forma do jardim é inspirada na cobertura da entrada do Auditório do Ibirapuera, que se parece com uma
grande língua vermelha, evocando mais uma vez o tema da alimentação.
Como em outros jardins desenvolvidos pela dupla de artistas paisagistas, este busca valorizar as características do local onde está instalado. Ao explorar as possibilidades oferecidas pelo solo, a vegetação e o clima locais, a dupla mostra ao público a riqueza natural do meio em que vive, que muitas vezes é
duro demais.
le jArdin Amuse-gueule, 2010
This garden alludes to an important aspect of food in French culture: the menu, the meal comprised of various dishes presented in sequence. The appetizer precedes the meal and prepares guests for enjoy-
ing the menu. The garden’s form is inspired by the covering of the entrance to the Ibirapuera Auditorium, which resembles a large red tongue, once again evoking the theme of food.
As in other gardens developed by this duo of landscape artists, this project seeks to value the characteristics of the installation site. In exploring the possibilities offered by local soil, vegetation, and climate, the artists show
viewers the natural riches of their surroundings, which can be quite harsh.
77
Christine & Michel PénaMeTz, FRAnçA, 1958; BORdeAuX, FRAnçA, 1955
le jArdin Amuse-gueule [JArDIM APErITIVO], 2010
Este jardim remete a um aspecto da alimentação muito importante na cultura francesa: o menu, a refei-ção composta por vários pratos que são apresentados em sequência. O aperitivo é uma introdução
à refeição, em que os convidados se preparam para desfrutar o menu. A forma do jardim é inspirada na cobertura da entrada do Auditório do Ibirapuera, que se parece com uma
grande língua vermelha, evocando mais uma vez o tema da alimentação.
Como em outros jardins desenvolvidos pela dupla de artistas paisagistas, este busca valorizar as características do local onde está instalado. Ao explorar as possibilidades oferecidas pelo solo, a vegetação e o clima locais, a dupla mostra ao público a riqueza natural do meio em que vive, que muitas vezes é
duro demais.
le jArdin Amuse-gueule, 2010
This garden alludes to an important aspect of food in French culture: the menu, the meal comprised of various dishes presented in sequence. The appetizer precedes the meal and prepares guests for enjoy-
ing the menu. The garden’s form is inspired by the covering of the entrance to the Ibirapuera Auditorium, which resembles a large red tongue, once again evoking the theme of food.
As in other gardens developed by this duo of landscape artists, this project seeks to value the characteristics of the installation site. In exploring the possibilities offered by local soil, vegetation, and climate, the artists show
viewers the natural riches of their surroundings, which can be quite harsh.
erik BorjaARGeL, ARGéLIA, 1941
CeréAles [CEREAIS], 2010
Este jardim de grandes dimensões tem a forma do ideograma chinês hé, que significa cereal, alimento fundamental à nutrição. O ideograma é desenhado no chão em pedra. Em cada ponto car-
deal há um torii, um pórtico tradicional japonês, com um painel que explica a origem dos cereais, sua relação com a religião e a civilização, e os aspectos econômicos e ecológicos envolvidos em sua
produção em todas as partes do mundo.
A arte dos jardins zen é a mais difícil e também a mais acessível, pois solicita todos os sentidos de quem a contempla. Além da beleza da forma, ela oferece aos visitantes um espaço em que ele pode apaziguar
suas tensões, abrir o coração e elevar o espírito em comunhão com a natureza.
CeréAles, 2010
This garden of large dimensions is in the shape of the Chinese ideogram hé, which means grain, a food that is fundamental to nutrition. The ideogram is designed on the ground in a yellowish-orange gravel. At each cardinal point there is a torii, a traditional Japanese gate, with a panel explaining the origin of grains, their relation to reli-gion and civilization, and the economic and ecological aspects involved in their production around the world.
The art of Zen gardens is the most difficult and also the most accessible, for it appeals to all the senses of the person contemplating it. In addition to the beauty of the form, it provides the visitors with a calming space
for opening the heart and lifting spirits in communion with nature.
erik BorjaARGeL, ARGéLIA, 1941
CeréAles [CEREAIS], 2010
Este jardim de grandes dimensões tem a forma do ideograma chinês hé, que significa cereal, alimento fundamental à nutrição. O ideograma é desenhado no chão em pedra. Em cada ponto car-
deal há um torii, um pórtico tradicional japonês, com um painel que explica a origem dos cereais, sua relação com a religião e a civilização, e os aspectos econômicos e ecológicos envolvidos em sua
produção em todas as partes do mundo.
A arte dos jardins zen é a mais difícil e também a mais acessível, pois solicita todos os sentidos de quem a contempla. Além da beleza da forma, ela oferece aos visitantes um espaço em que ele pode apaziguar
suas tensões, abrir o coração e elevar o espírito em comunhão com a natureza.
CeréAles, 2010
This garden of large dimensions is in the shape of the Chinese ideogram hé, which means grain, a food that is fundamental to nutrition. The ideogram is designed on the ground in a yellowish-orange gravel. At each cardinal point there is a torii, a traditional Japanese gate, with a panel explaining the origin of grains, their relation to reli-gion and civilization, and the economic and ecological aspects involved in their production around the world.
The art of Zen gardens is the most difficult and also the most accessible, for it appeals to all the senses of the person contemplating it. In addition to the beauty of the form, it provides the visitors with a calming space
for opening the heart and lifting spirits in communion with nature.
dimitri Xenakis & Maro Avrabou
LeVALLOIS PeRReT, FRAnçA, 1964; ATenAS, GRéCIA, 1960
le ConservAtoire des goûts et des Couleurs [ArMAzÉM DE gOSTOS E cOrES], 2010
Este jardim é formado por estantes metálicas e latas de conserva que evocam a maneira como frutas e hor-taliças são comercializadas. A lata de conserva revolucionou a relação do homem com os alimentos, pois
prolonga sua existência e facilita seu transporte. A maneira como o homem percebe os alimentos também se modificou com essa revolução. Por esse motivo, a dupla de artistas questiona se a maneira como os
vegetais são apresentados ao consumo revolucionará a percepção de seu gosto e aspecto.
Ao encontrar este jardim, o visitante do parque acrescenta o prazer da reflexão ao do passeio. Espaços de classificação, embalagens e etiquetas caricaturais levam a pensar como o gosto é condicionado.
le ConservAtoire des goûts et des Couleurs, 2010
This garden is composed of metallic shelves and storage cans evocative of the manner in which fruits and vegetables are commercialized. The storage can revolutionized the way man relates
to food, for it prolongs the existence of foods and facilitates their transportation. The way in which man perceives food also changed with this revolution. For this reason, the duo
questions whether the manner in which vegetables are presented for consumption will revolutionize perceptions of taste and appearance.
Upon finding this garden, the pleasure of reflection will enhance the visitor’s park experience. Spaces for classification, packaging, and caricaturized labels
explore how taste is conditioned.
dimitri Xenakis & Maro Avrabou
LeVALLOIS PeRReT, FRAnçA, 1964; ATenAS, GRéCIA, 1960
le ConservAtoire des goûts et des Couleurs [ArMAzÉM DE gOSTOS E cOrES], 2010
Este jardim é formado por estantes metálicas e latas de conserva que evocam a maneira como frutas e hor-taliças são comercializadas. A lata de conserva revolucionou a relação do homem com os alimentos, pois
prolonga sua existência e facilita seu transporte. A maneira como o homem percebe os alimentos também se modificou com essa revolução. Por esse motivo, a dupla de artistas questiona se a maneira como os
vegetais são apresentados ao consumo revolucionará a percepção de seu gosto e aspecto.
Ao encontrar este jardim, o visitante do parque acrescenta o prazer da reflexão ao do passeio. Espaços de classificação, embalagens e etiquetas caricaturais levam a pensar como o gosto é condicionado.
le ConservAtoire des goûts et des Couleurs, 2010
This garden is composed of metallic shelves and storage cans evocative of the manner in which fruits and vegetables are commercialized. The storage can revolutionized the way man relates
to food, for it prolongs the existence of foods and facilitates their transportation. The way in which man perceives food also changed with this revolution. For this reason, the duo
questions whether the manner in which vegetables are presented for consumption will revolutionize perceptions of taste and appearance.
Upon finding this garden, the pleasure of reflection will enhance the visitor’s park experience. Spaces for classification, packaging, and caricaturized labels
explore how taste is conditioned.
MONTAgEMMAKING OF
MONTAgEMMAKING OF
Festival de Jardins do Mam
no Ibirapuera
109
diretoriAManageMent Board
presidente
president
Milú Villela
vice-presidente eXecutivo
eXecutiVe Vice-president
Alfredo Egydio Setúbal
vice-presidente sênior
senior Vice-president
José Zaragoza
vice-presidente
internAcionAl
international Vice-president
Michel Claude Julien Etlin
diretor Jurídico
legal director
Eduardo Salomão Neto
diretor FinAnceiro
Finance director
Alfredo Egydio Setúbal
diretores AdministrAtivos
adMinistratiVe directors
Claudio GaleazziSérgio Ribeiro da Costa Werlang
diretores
directors
Cesar Giobbi
Eduardo BrandãoOrandi Momesso
superintendente eXecutivo
eXecutiVe superintendent
Bertrando Molinari
curAdor
curator
Felipe Chaimovich
conselhocouncil
presidente
president
Alcides Tápias
vice-presidente
Vice-president
Carmen Aparecida Ruete de Oliveira
conselheiros
MeMBers
Adolpho LeirnerAna Maria Lima de NoronhaAngela GutierrezAntonio Hermann Dias de AzevedoAntonio MatiasBenjamin SteinbruchChella SafraChieko AokiDaniel GoldbergDanilo MirandaDenise Aguiar Alvarez Edmundo Safdié
Festival de Jardins do Mam
no Ibirapuera
109
diretoriAManageMent Board
presidente
president
Milú Villela
vice-presidente eXecutivo
eXecutiVe Vice-president
Alfredo Egydio Setúbal
vice-presidente sênior
senior Vice-president
José Zaragoza
vice-presidente
internAcionAl
international Vice-president
Michel Claude Julien Etlin
diretor Jurídico
legal director
Eduardo Salomão Neto
diretor FinAnceiro
Finance director
Alfredo Egydio Setúbal
diretores AdministrAtivos
adMinistratiVe directors
Claudio GaleazziSérgio Ribeiro da Costa Werlang
diretores
directors
Cesar Giobbi
Eduardo BrandãoOrandi Momesso
superintendente eXecutivo
eXecutiVe superintendent
Bertrando Molinari
curAdor
curator
Felipe Chaimovich
conselhocouncil
presidente
president
Alcides Tápias
vice-presidente
Vice-president
Carmen Aparecida Ruete de Oliveira
conselheiros
MeMBers
Adolpho LeirnerAna Maria Lima de NoronhaAngela GutierrezAntonio Hermann Dias de AzevedoAntonio MatiasBenjamin SteinbruchChella SafraChieko AokiDaniel GoldbergDanilo MirandaDenise Aguiar Alvarez Edmundo Safdié
110 111
Edo RochaFabio C. BarbosaFernando Moreira SallesGeraldo José CarboneGilberto ChateaubriandGraziella Matarazzo LeonettiGustavo HalbreichHenrique LuzIdel ArcuschinIsrael VainboimJoão Carlos Figueiredo FerrazJoão Rossi CuppoloniJosé Ermírio de Moraes NetoJosé Olympio da Veiga PereiraLeo SlezyngerLily MarinhoLuciano da Silva AmaroLuiz Antonio VianaManoel Felix Cintra NetoMarcos ArbaitmanMaria da glória ribas BaumgartMauro SallesMichael Edgard PerlmanOtávio MalufPaula P. Paoliello de MedeirosPaulo SetúbalPedro PivaPeter CohnPlínio Salles SoutoRoberto B. Pereira de AlmeidaRoberto Mesquitaroberto Teixeira da costaRolf Gustavo R. BaumgartSimone SchapiraThiago Varejão FontouraVera Lúcia dos Santos Diniz
conselho internAcionAl
international council
Alexis RovzarDavid Fenwick
Donald E. BakerEduardo CostantiniJosé Luis VittorPatricia CisnerosRobert W. Pittman
conselho consultivo
de Arte
art consultatiVe council
Annateresa FabrisLauro CavalcantiLuisa Duarte
sócios pAtrocinAdores
sponsor partners
Alfredo Egydio SetúbalAna Maria P. Santos Lima de NoronhaEdo RochaIsrael VainboimJosé Carlos Moraes AbreuJosé EsteveLuciano da Silva AmaroManoel Félix Cintra NetoMauro SallesMichel Claude Julien EtlinMichel Edgard PerlmanPaulo Setúbal NetoPlínio Salles SoutoRoberto B. Pereira de Almeida Filhoroberto Teixeira da costaRolf Gustavo Roberto BaumgartRosana C. de Arruda BotelhoSérgio Ribeiro da Costa WerlangSuzana Pereira L. de Medeiros
sócios pAtronos
patron partners
Antonio José Zillo(Açucareira Zillo Lorenzetti S.A.)Chella SafraFernão Carlos B. Bracher
Geraldo José CarboneHenrique Luz(PricewaterhouseCoopers)Milú VillelaVera Lúcia dos Santos Diniz
stAFF
presidênciApresidency
presidente
president
Milú Villela
Assistentes
assistants
Anna Maria Temoteo Pereira,Angela de Cássia AlmeidaBarbara L. G. Daniselli da Cunha LimaMaria Lúcia MacielValeria Moraes N. Camargo
superintendênciAsuperintendent
superintendente eXecutivo
eXecutiVe superintendent
Bertrando Molinari
depArtAmento de curAdoriAcuratorial departMent
curAdor
curator
Felipe Chaimovich
produtA eXecutivA
eXecutiVe producer
Maria Paula de Souza Amaral
Assistentes
assistants
Ana Cristina Pinheiro FrancoCarla OgawaPaula Volpi
setor de pesquisA e puBlicAçõesresearch and puBlications
coordenAdorA
coordinator
Magnólia costa
Renata CarretoSaulo Alencastre
BiBliotecAliBrary
coordenAdorA
coordinator
Maria Rossi Samora
Léia Carmen Cassoni
estAgiáriAs
interns
Daniela Sipriano da SilvaCarolina Filardo Lauretti
setor de documentAção e conservAção do AcervodocuMentation and conserVation oF the collection
coordenAdorA
coordinator
Ana Paula dos Santos Salvat
Lívia Lira
setor educAtivoeducation
coordenAdorA
coordinator
Patrícia Manhães Naka
Assistente
assistant
Eleonora Macedo de Souza
educAdores
art instructors
Leonardo Polo Tavares (supervisor de equipe / crew chief)Diana TubenchlakMirela Agostinho Estelles
orientAdores
Visit guides
Aline Costa BuiatiAmanda de Fátima CuestaDaniele Barros dos SantosDante Filipe Felgueiras dos SantosFernanda KleinJosé Roberto Lima SantosLeandro Eity Yamao Watanabe
Luana Fida RossiMariana Cruz Barbosa ReisRaul Narevicius dos SantosShugo Gomes Shirota
progrAmA de visitAção
Visitation prograM
Patrícia Naomi Ozawa
produção de Ateliê
studio production
José Ricardo PerezMaria Iracy Ferreira Costa
setor de AcessiBilidAdeaccessiBility
coordenAdorA
coordinator
Daina Leyton
produtor educAdor
art instructor
Leonardo Barbosa Castilho
relAções eXternAseXternal aFFairs
Patrícia Manhães Naka
AdministrAçãoadMinistration
gerente
Manager
Nelma Raphael dos SantosBruna de AndradeJorge Cavalcanti Araújo NetoLuiz custódio da Silva JuniorMarcelo da Conceição
110 111
Edo RochaFabio C. BarbosaFernando Moreira SallesGeraldo José CarboneGilberto ChateaubriandGraziella Matarazzo LeonettiGustavo HalbreichHenrique LuzIdel ArcuschinIsrael VainboimJoão Carlos Figueiredo FerrazJoão Rossi CuppoloniJosé Ermírio de Moraes NetoJosé Olympio da Veiga PereiraLeo SlezyngerLily MarinhoLuciano da Silva AmaroLuiz Antonio VianaManoel Felix Cintra NetoMarcos ArbaitmanMaria da glória ribas BaumgartMauro SallesMichael Edgard PerlmanOtávio MalufPaula P. Paoliello de MedeirosPaulo SetúbalPedro PivaPeter CohnPlínio Salles SoutoRoberto B. Pereira de AlmeidaRoberto Mesquitaroberto Teixeira da costaRolf Gustavo R. BaumgartSimone SchapiraThiago Varejão FontouraVera Lúcia dos Santos Diniz
conselho internAcionAl
international council
Alexis RovzarDavid Fenwick
Donald E. BakerEduardo CostantiniJosé Luis VittorPatricia CisnerosRobert W. Pittman
conselho consultivo
de Arte
art consultatiVe council
Annateresa FabrisLauro CavalcantiLuisa Duarte
sócios pAtrocinAdores
sponsor partners
Alfredo Egydio SetúbalAna Maria P. Santos Lima de NoronhaEdo RochaIsrael VainboimJosé Carlos Moraes AbreuJosé EsteveLuciano da Silva AmaroManoel Félix Cintra NetoMauro SallesMichel Claude Julien EtlinMichel Edgard PerlmanPaulo Setúbal NetoPlínio Salles SoutoRoberto B. Pereira de Almeida Filhoroberto Teixeira da costaRolf Gustavo Roberto BaumgartRosana C. de Arruda BotelhoSérgio Ribeiro da Costa WerlangSuzana Pereira L. de Medeiros
sócios pAtronos
patron partners
Antonio José Zillo(Açucareira Zillo Lorenzetti S.A.)Chella SafraFernão Carlos B. Bracher
Geraldo José CarboneHenrique Luz(PricewaterhouseCoopers)Milú VillelaVera Lúcia dos Santos Diniz
stAFF
presidênciApresidency
presidente
president
Milú Villela
Assistentes
assistants
Anna Maria Temoteo Pereira,Angela de Cássia AlmeidaBarbara L. G. Daniselli da Cunha LimaMaria Lúcia MacielValeria Moraes N. Camargo
superintendênciAsuperintendent
superintendente eXecutivo
eXecutiVe superintendent
Bertrando Molinari
depArtAmento de curAdoriAcuratorial departMent
curAdor
curator
Felipe Chaimovich
produtA eXecutivA
eXecutiVe producer
Maria Paula de Souza Amaral
Assistentes
assistants
Ana Cristina Pinheiro FrancoCarla OgawaPaula Volpi
setor de pesquisA e puBlicAçõesresearch and puBlications
coordenAdorA
coordinator
Magnólia costa
Renata CarretoSaulo Alencastre
BiBliotecAliBrary
coordenAdorA
coordinator
Maria Rossi Samora
Léia Carmen Cassoni
estAgiáriAs
interns
Daniela Sipriano da SilvaCarolina Filardo Lauretti
setor de documentAção e conservAção do AcervodocuMentation and conserVation oF the collection
coordenAdorA
coordinator
Ana Paula dos Santos Salvat
Lívia Lira
setor educAtivoeducation
coordenAdorA
coordinator
Patrícia Manhães Naka
Assistente
assistant
Eleonora Macedo de Souza
educAdores
art instructors
Leonardo Polo Tavares (supervisor de equipe / crew chief)Diana TubenchlakMirela Agostinho Estelles
orientAdores
Visit guides
Aline Costa BuiatiAmanda de Fátima CuestaDaniele Barros dos SantosDante Filipe Felgueiras dos SantosFernanda KleinJosé Roberto Lima SantosLeandro Eity Yamao Watanabe
Luana Fida RossiMariana Cruz Barbosa ReisRaul Narevicius dos SantosShugo Gomes Shirota
progrAmA de visitAção
Visitation prograM
Patrícia Naomi Ozawa
produção de Ateliê
studio production
José Ricardo PerezMaria Iracy Ferreira Costa
setor de AcessiBilidAdeaccessiBility
coordenAdorA
coordinator
Daina Leyton
produtor educAdor
art instructor
Leonardo Barbosa Castilho
relAções eXternAseXternal aFFairs
Patrícia Manhães Naka
AdministrAçãoadMinistration
gerente
Manager
Nelma Raphael dos SantosBruna de AndradeJorge Cavalcanti Araújo NetoLuiz custódio da Silva JuniorMarcelo da Conceição
112 113
Nadia Ludmila da Silva PataraNilma Maria de OliveiraRafael Aurichio Pires
estAgiáriA
intern
Nathalia Sofiatti Yoshida
Jurídico
legal aFFairs
Mariana Giorgetti Valente
recursos humAnos
huMan resources
Paulo Rodrigues da Silva
tecnologiA
technology
Gilmar Mesquita SoaresRogério Cano
setor de conservAção de pAtrimôniopreMises
coordenAdor
coordinator
Estevan Garcia Neto
Adilto Souza do MonteCarlos José SantosJosé Nilton Santos Carvalho
pArceirospartnership
coordenAdor
coordinator
Wilson Roberto Bueno Filho
relAcionAmento
com pArceiros
partners relationship
Laís Musetti Ramos de Souza
estAgiáriA
intern
Renata Fonseca Moura
AssociAdosMeMBers
coordenAdorA e AssessorA
do conselho e diretoriA
coordinator and
adVisor to the Board and
eXecutiVe ManageMent
Roberta Alves
Ana Paula de Oliveira PiresAna Paula PedrosoTayana Pereira Barbosa Santos
estAgiários
interns
Marcio Candido de LimaNatalie de Souza Bezerra
núcleo contemporâneo
coordenAdorA
coordinator
Flavia Velloso
estAgiáriA
intern
Camilla Silva Roberts
negócios e mArketingBusiness and Marketing
coordenAdorA
coordinator
Julie Belfer
eventoseVents
coordenAdorA
coordinator
Marina Olivia
Auditório
auditoriuM
Alekiçom LacerdaDouglas Peçanha da Silva
cluBes de colecionAdores de grAvurA, FotogrAFiA e designprint, photo and design collectors cluBs
coordenAdorA
coordinator
Maria de Fátima Perrone PinheiroKeli Regina Sousa
shopmAm
coordenAdorA
coordinator
Solange Oliveira Leite
Daniela Cristina da Silva ReisFernando Ribeiro SilvanoFilomena Pitta Pecego
cursoscourses
coordenAdorA
coordinator
Celisa Maria Beraldo dos Santos
mArketingMarketing
Fernando MininelliLucas Palácios Rottgering
núcleo contemporâneo
Abrão Lowenthal Adriana Dequech SolaAdriano CasanovaAlessandra Campiglia Alessandra Rabello Monteiro de CarvalhoAlexandra GrosAlexandra LimaAlexandre FehrAlexandre Felipe ReiAlexandre GrynbergAlexandre Roesler de Castro e SilvaAlfredo Américo Hertzog da SilvaAna Carmen LongobardiAna Maria Davids FerliniAna Paula Carneiro ViannaAna Paula CestariAndrea da Veiga PereiraAndréa GonzagaAndré KovesiAngela M. N. AkagawaAntonio Augusto DuvaAntonio Correa MeyerAntonio de Figueiredo Murta FilhoArturo ProfiliAugusto Inácio de Moura
Augusto Lívio MalzoniBassy N. Arcuschin MachadoBeatrice EsteveBeatriz M. G. Pimenta CamargoBeatriz Yunes GuaritaBerenice Villela de AndradeBernardo FariaBruna Riscalicacilda Teixeira da costaCamila Schmidt VeigaCamila SiqueiraCarla Dichy HadidCarla Penna Bandeira de MelloCarlos Alberto de Mello IglesiasCarolina AmaroCarmo Augusto Megale GuaritaCecília IsnardChristina BicalhoChristiane de Godoy Alves IglesiasClaudia Guildi FalconClaudia JaguaribeClaudia Maria de Oliveira SarpiCláudio Fernandes FilhoClaudio Palaiacleusa g. garfinkelClotilde RoviraltaCristiane B. GonçalvesCristiane Rebelo WienerCristiano MellesCristina BaumgartDaniel HorovitzDaniel RoeslerDaniel SonderDaniela GallucciDaniela M. VillelaDany RappaportDécio Hernandez Di GiorgiDenise PorcelliDoralice SalemEduardo Augusto Vieira LemeEduardo Mazzili de Vassimon
Eliana Rios Salomão de SouzaElizabeth SantosFabiana SonderFelipe FeitosaFelipe Pedroso LealFernanda Cardoso de AlmeidaFernanda D. FeitosaFernanda Mil-Homens CostaFernanda RamirezFernanda SabóFernando C. O. AzevedoFernando LorenzFlavia BritoFlávia quadros VellosoFlavio Isaias Simonetti CohnFlorence CurimbabaFlorian BartunekFrancisco MendesFrederic GueisbuhlerFrederico LohmannGabriela Affonso Ferreira GiannellaGabriella PalaiaGeorgiana RothierGeraldo Rondom da Rocha AzevedoGraziela CalfatGustavo ClaussHeloisa Désirée SamaiaHenry LowenthalIlaria Garbarino AffricanoIsabel Abucham cândidoIsabel Ralston FonsecaIvo Vel KosIsabela CapetoIzabela Luchési AndradeIzabella Predebon P. BarbozaJayme Vargas da SilvaJoão Maurício Teixeira da costaJoaquim DiasJosé Antônio EsteveJose Antonio MartonJosé Barreto Dias Filho
112 113
Nadia Ludmila da Silva PataraNilma Maria de OliveiraRafael Aurichio Pires
estAgiáriA
intern
Nathalia Sofiatti Yoshida
Jurídico
legal aFFairs
Mariana Giorgetti Valente
recursos humAnos
huMan resources
Paulo Rodrigues da Silva
tecnologiA
technology
Gilmar Mesquita SoaresRogério Cano
setor de conservAção de pAtrimôniopreMises
coordenAdor
coordinator
Estevan Garcia Neto
Adilto Souza do MonteCarlos José SantosJosé Nilton Santos Carvalho
pArceirospartnership
coordenAdor
coordinator
Wilson Roberto Bueno Filho
relAcionAmento
com pArceiros
partners relationship
Laís Musetti Ramos de Souza
estAgiáriA
intern
Renata Fonseca Moura
AssociAdosMeMBers
coordenAdorA e AssessorA
do conselho e diretoriA
coordinator and
adVisor to the Board and
eXecutiVe ManageMent
Roberta Alves
Ana Paula de Oliveira PiresAna Paula PedrosoTayana Pereira Barbosa Santos
estAgiários
interns
Marcio Candido de LimaNatalie de Souza Bezerra
núcleo contemporâneo
coordenAdorA
coordinator
Flavia Velloso
estAgiáriA
intern
Camilla Silva Roberts
negócios e mArketingBusiness and Marketing
coordenAdorA
coordinator
Julie Belfer
eventoseVents
coordenAdorA
coordinator
Marina Olivia
Auditório
auditoriuM
Alekiçom LacerdaDouglas Peçanha da Silva
cluBes de colecionAdores de grAvurA, FotogrAFiA e designprint, photo and design collectors cluBs
coordenAdorA
coordinator
Maria de Fátima Perrone PinheiroKeli Regina Sousa
shopmAm
coordenAdorA
coordinator
Solange Oliveira Leite
Daniela Cristina da Silva ReisFernando Ribeiro SilvanoFilomena Pitta Pecego
cursoscourses
coordenAdorA
coordinator
Celisa Maria Beraldo dos Santos
mArketingMarketing
Fernando MininelliLucas Palácios Rottgering
núcleo contemporâneo
Abrão Lowenthal Adriana Dequech SolaAdriano CasanovaAlessandra Campiglia Alessandra Rabello Monteiro de CarvalhoAlexandra GrosAlexandra LimaAlexandre FehrAlexandre Felipe ReiAlexandre GrynbergAlexandre Roesler de Castro e SilvaAlfredo Américo Hertzog da SilvaAna Carmen LongobardiAna Maria Davids FerliniAna Paula Carneiro ViannaAna Paula CestariAndrea da Veiga PereiraAndréa GonzagaAndré KovesiAngela M. N. AkagawaAntonio Augusto DuvaAntonio Correa MeyerAntonio de Figueiredo Murta FilhoArturo ProfiliAugusto Inácio de Moura
Augusto Lívio MalzoniBassy N. Arcuschin MachadoBeatrice EsteveBeatriz M. G. Pimenta CamargoBeatriz Yunes GuaritaBerenice Villela de AndradeBernardo FariaBruna Riscalicacilda Teixeira da costaCamila Schmidt VeigaCamila SiqueiraCarla Dichy HadidCarla Penna Bandeira de MelloCarlos Alberto de Mello IglesiasCarolina AmaroCarmo Augusto Megale GuaritaCecília IsnardChristina BicalhoChristiane de Godoy Alves IglesiasClaudia Guildi FalconClaudia JaguaribeClaudia Maria de Oliveira SarpiCláudio Fernandes FilhoClaudio Palaiacleusa g. garfinkelClotilde RoviraltaCristiane B. GonçalvesCristiane Rebelo WienerCristiano MellesCristina BaumgartDaniel HorovitzDaniel RoeslerDaniel SonderDaniela GallucciDaniela M. VillelaDany RappaportDécio Hernandez Di GiorgiDenise PorcelliDoralice SalemEduardo Augusto Vieira LemeEduardo Mazzili de Vassimon
Eliana Rios Salomão de SouzaElizabeth SantosFabiana SonderFelipe FeitosaFelipe Pedroso LealFernanda Cardoso de AlmeidaFernanda D. FeitosaFernanda Mil-Homens CostaFernanda RamirezFernanda SabóFernando C. O. AzevedoFernando LorenzFlavia BritoFlávia quadros VellosoFlavio Isaias Simonetti CohnFlorence CurimbabaFlorian BartunekFrancisco MendesFrederic GueisbuhlerFrederico LohmannGabriela Affonso Ferreira GiannellaGabriella PalaiaGeorgiana RothierGeraldo Rondom da Rocha AzevedoGraziela CalfatGustavo ClaussHeloisa Désirée SamaiaHenry LowenthalIlaria Garbarino AffricanoIsabel Abucham cândidoIsabel Ralston FonsecaIvo Vel KosIsabela CapetoIzabela Luchési AndradeIzabella Predebon P. BarbozaJayme Vargas da SilvaJoão Maurício Teixeira da costaJoaquim DiasJosé Antônio EsteveJose Antonio MartonJosé Barreto Dias Filho
114 115
José Eduardo NascimentoJosé Luiz Carneiro ViannaJosé Olympio da Veiga PereiraJosé Roberto ÓpiceJudith KovesiJuliana AndradeJuliana Neufeld LowenthalJuliana Penna de CarvalhoKatia Angelini DepieriLucas GiannellaLuciana BritoLuciana Lehfeld DaherLuis Felipe SolaLuis Henrique CampigliaLuisa Malzoni StrinaLuiz Antunes Maciel MüssnichLuiza BarguilMarcelo Penna Bandeira de MelloMarcia Igel JoppertMarcio SilveiraMarcos de Alcântara MachadoMaria Amalia Schmidt OliveiraMaria Aparecida Frauche MallmannMaria Augusta BuenoMaria Beatriz RosaMaria Claudia CurimbabaMaria das Graças Santana BuenoMaria Eugênia M. B. Barretto DiasMaria Helena VidigalMaria Isabel Müssnich PedrosoMaria Lúcia Alexandrino SegallMaria Marcela Chede RazukMaria Regina A. Pinho de AlmeidaMaria Regina do Nascimento BritoMaria Rita DrummondMariana S. I. da Costa WerlangMariê TchilianMarilia Chede RazukMarilisa Cunha CardosoMarina Nogueira BatistaMaristela FaccioliMarlise Corsato
Marta Tamiko T. MatushitaMaura BresilMaurício Penteado TrentinMauro André Mendes FinattiMaythe BirmanMiguel ChaiaMonica ManginiMonica Pimentel de VassimonNadja Cecilia Silva Mello IsnardNicolas WienerPatricia HorovitzPatricia Piva de A. NeudingPatrick GontierPaula DepieriPaula Melo da Rocha AzevedoPaulo Augusto Vieira LemePaulo César queirozPedro Twiascmak KuczynskiPhilippe racy TaklaRafael SantosRaquel NovaisRaquel quadros VellosoRaquel SteinbergRenata CoelhoRenata de Castro e SilvaRenata MellesRenata Nogueira BeyrutiRicardo Weinschenck de FariaRita de Cássia Guedes DepieriRoberta LaurindoRoberta Montanariroberto Profiliroberto Teixeira da costaRodolfo VianaRose KlabinSabina LowenthalSandra Continentino de Araújo PennaSergio FigueiredoSérgio FigueiredoSergio RenaultSérgio Ribeiro WerlangShirley goldflus
Sibilla AssineSilvio SteinbergSônia Regina GrossiSonia Regina ÓpiceSonia TerepinsSuleima ArrudaSylvia da Costa FacciollaTania chreimTânia de Souza rivittiTeresa cristina ralstonTeresa grynbergTeresa IgelTitiza NogueiraTomas YazbekValéria C. ComolattiVera DorsaVera Lucia ChaiaVitor MallmannWagner PorcelliWilson Pinheiro JaburYara BaumgartYeda Saigh
pArceirospartners
mAntenedores
BradescoGerdauItaúSantanderFundação Telefônica
senior plus
Credit SuisseLevy & Salomão Advogados
senior
3M do Brasil AbrilAlmanaque BrasilBanco Espírito Santo
Banco SafraBNP ParibasCompanhia de Seguros Aliança do BrasilDecaDPZFolha de S.PauloItautecPirelliRádio Bandeirantes
pleno
Banco DaycovalBloombergEditora EscalaFarol FilmesgNT/globosatItaú CulturalItaú SegurosLivraria CulturaPricewaterhousecoopersSaint Paul Escola de NegóciosTicketTV globoRevista DASartes
mAster
DM9DDBCasa da ChrisGusmão & Labrunie – Prop IntelectualJokerman PostaisSeven English – Español
Apoio culturAl
Alves TegamCentury ConsultingComplexo Educacional FMUCristáliaD-LinkFiapFundação Victor CivitaGrupo BelfortInterfile
James Lisboa Escritório de ArteKPMG Auditores IndependentesLeonor Flores e DecoraçõesMarítima SegurosPaulista S.A. EmpreendimentosRevista DiVinoSão Paulo Convention & Visitors Bureau
proJetos especiAisspecial projects
setor educAtivoeducation
pAtrocínio
sponsorship
Banco Santander
Apoio
support
Instituto Votorantim
setor de AcessiBilidAde
accessiBility
Banco Itaú BBAComgás
incentivo
incentiVe
Ministério da CulturaInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionalSecretaria de Cultura do Estado de São PauloAssembleia Legislativa do Estado de São PauloSecretaria da Educação do Estado de São PauloPrefeitura da Cidade de São Paulo Secretaria Municipal de CulturaSecretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo
114 115
José Eduardo NascimentoJosé Luiz Carneiro ViannaJosé Olympio da Veiga PereiraJosé Roberto ÓpiceJudith KovesiJuliana AndradeJuliana Neufeld LowenthalJuliana Penna de CarvalhoKatia Angelini DepieriLucas GiannellaLuciana BritoLuciana Lehfeld DaherLuis Felipe SolaLuis Henrique CampigliaLuisa Malzoni StrinaLuiz Antunes Maciel MüssnichLuiza BarguilMarcelo Penna Bandeira de MelloMarcia Igel JoppertMarcio SilveiraMarcos de Alcântara MachadoMaria Amalia Schmidt OliveiraMaria Aparecida Frauche MallmannMaria Augusta BuenoMaria Beatriz RosaMaria Claudia CurimbabaMaria das Graças Santana BuenoMaria Eugênia M. B. Barretto DiasMaria Helena VidigalMaria Isabel Müssnich PedrosoMaria Lúcia Alexandrino SegallMaria Marcela Chede RazukMaria Regina A. Pinho de AlmeidaMaria Regina do Nascimento BritoMaria Rita DrummondMariana S. I. da Costa WerlangMariê TchilianMarilia Chede RazukMarilisa Cunha CardosoMarina Nogueira BatistaMaristela FaccioliMarlise Corsato
Marta Tamiko T. MatushitaMaura BresilMaurício Penteado TrentinMauro André Mendes FinattiMaythe BirmanMiguel ChaiaMonica ManginiMonica Pimentel de VassimonNadja Cecilia Silva Mello IsnardNicolas WienerPatricia HorovitzPatricia Piva de A. NeudingPatrick GontierPaula DepieriPaula Melo da Rocha AzevedoPaulo Augusto Vieira LemePaulo César queirozPedro Twiascmak KuczynskiPhilippe racy TaklaRafael SantosRaquel NovaisRaquel quadros VellosoRaquel SteinbergRenata CoelhoRenata de Castro e SilvaRenata MellesRenata Nogueira BeyrutiRicardo Weinschenck de FariaRita de Cássia Guedes DepieriRoberta LaurindoRoberta Montanariroberto Profiliroberto Teixeira da costaRodolfo VianaRose KlabinSabina LowenthalSandra Continentino de Araújo PennaSergio FigueiredoSérgio FigueiredoSergio RenaultSérgio Ribeiro WerlangShirley goldflus
Sibilla AssineSilvio SteinbergSônia Regina GrossiSonia Regina ÓpiceSonia TerepinsSuleima ArrudaSylvia da Costa FacciollaTania chreimTânia de Souza rivittiTeresa cristina ralstonTeresa grynbergTeresa IgelTitiza NogueiraTomas YazbekValéria C. ComolattiVera DorsaVera Lucia ChaiaVitor MallmannWagner PorcelliWilson Pinheiro JaburYara BaumgartYeda Saigh
pArceirospartners
mAntenedores
BradescoGerdauItaúSantanderFundação Telefônica
senior plus
Credit SuisseLevy & Salomão Advogados
senior
3M do Brasil AbrilAlmanaque BrasilBanco Espírito Santo
Banco SafraBNP ParibasCompanhia de Seguros Aliança do BrasilDecaDPZFolha de S.PauloItautecPirelliRádio Bandeirantes
pleno
Banco DaycovalBloombergEditora EscalaFarol FilmesgNT/globosatItaú CulturalItaú SegurosLivraria CulturaPricewaterhousecoopersSaint Paul Escola de NegóciosTicketTV globoRevista DASartes
mAster
DM9DDBCasa da ChrisGusmão & Labrunie – Prop IntelectualJokerman PostaisSeven English – Español
Apoio culturAl
Alves TegamCentury ConsultingComplexo Educacional FMUCristáliaD-LinkFiapFundação Victor CivitaGrupo BelfortInterfile
James Lisboa Escritório de ArteKPMG Auditores IndependentesLeonor Flores e DecoraçõesMarítima SegurosPaulista S.A. EmpreendimentosRevista DiVinoSão Paulo Convention & Visitors Bureau
proJetos especiAisspecial projects
setor educAtivoeducation
pAtrocínio
sponsorship
Banco Santander
Apoio
support
Instituto Votorantim
setor de AcessiBilidAde
accessiBility
Banco Itaú BBAComgás
incentivo
incentiVe
Ministério da CulturaInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionalSecretaria de Cultura do Estado de São PauloAssembleia Legislativa do Estado de São PauloSecretaria da Educação do Estado de São PauloPrefeitura da Cidade de São Paulo Secretaria Municipal de CulturaSecretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo
116 117
eXposiçãoeXhiBition
reAlizAção
realization
Museu de Arte Moderna de São Paulo
colABorAção
collaBoration
Domaine de Chaumont-sur-LoireSecretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
curAdoriA
curatorship
Felipe ChaimovichChantal Colleu-Dumond
consultoriA de pAisAgismo
landscape consultants
Cynthia BianchiThea Standerski
coordenAção
coordination
Barbara D. Cunha Lima
produção
production
Tatiana BadraTelma BadraSetor de Produção MAM-SP
eXecução dos proJetos
project eXecution
Squadart Serralheria e Marcenaria
equipe de JArdinAgem
garden creW
Projeto Crer SerCoordenação/Coordination Fabianna dos Santos BraccoAngélica de Oliveira Soares
Ana Carolina Silva de CarvalhoBruno William da SilvaCamila Ribeiro de FariasDanilo Neves de Melo BentoDanilo Oliveira da SilvaDyogo Jacintho Leal MoreiraEuclides de Alencar Costa JuniorEverton Leite do NascimentoGabriel Peixoto de LimaGabriel SilvaGerson Flores VieiraHenrique Rosseto da SilvaHeverson Rodrigo da Silva PrazeresJessica Ester de Oliveira SouzaJoão Igor Lobo BentoJoão Pedro Barbosa Ferreira MilitãoKleber Alves FerreiraLucielly Maria Regis da SilvaRobson Henrique MartinsRodnei Santos SouzaRodolfo Silva de SouzaRodrigo João Ferreira LimaRodrigo Souza SantosStephany Mariano SantosVinicius Leite Ramiro Silva
Consulado da França em São PauloCyra Malta Olegário da CostaElton de Sousa SantosEmerson FernandesÉrika Gartner Hopfgartnerglobal Táxi AéreoGuilherme ZerwesHelena quintana MinchinHeraldo GuiaroJean-Martin TidoriJosé Estanislau SpinolaKbocoMarcio Amaral YamamotoMillenium TransportesRaquel Keller de Carvalhorita câmaraRodolfo Paulussi
cAtálogocatalogue
reAlizAção
realization
Museu de Arte Moderna de São Paulo
coordenAção editoriAl
editorial coordination
Magnólia costa
produção editoriAl
editorial production
Renata Carreto
prepArAção de teXtos
e revisão
teXt preparation
and prooFreading
Regina StocklenSaulo AlencastreSetor de Pesquisa e Publicações MAM-SP
teXtos
teXts
Chantal Colleu-DummondFelipe ChaimovichFrei BettoMilú VillelaSetor de Pesquisa e Publicações MAM-SP
trAdução pArA o inglês
english translation
Cristiano Astolphi Mazzei
proJeto gráFico
design project
Tecnopop (André Lima, Alexsandro de Souza)
Fotos
photos
Douglas Garcia
trAtAmento de imAgens
iMage treatMent
Jorge Bastos
impressão
printing
Ipsis gráfica e Editora
AgrAdecimentos
acknoWledgeMents
Regina Sousa
educAtivoeducation
coordenAção
coordination
Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva
Érica Marta Costa dos Santosgregório Ferreira contreras SanchesJosiane CavalcantiLuis Felipe Cambuzano de OliveiraMurillo Peretti LopesPatricia Guilhoto
sinAlizAção
signage
Tecnopop(Clara Meliande, Juliana Yue, Alexsandro de Souza)Artifício(Flavia D’Amico, Juliana Silveira)
plAntAs
plants
Bela Vista Garden CenterViveiro Harry BlossfeldViveiro Manequinho Lopes
trAdução pArA o inglês
english Version
Cristiano Astolphi Mazzei
AssessoriA de imprensA
coMMunication
Conteúdo Comunicação
AgrAdecimentos
acknoWledgMents
Assucena Tupiassúcaio TarantinoCelso Lourenço de Andrade
116 117
eXposiçãoeXhiBition
reAlizAção
realization
Museu de Arte Moderna de São Paulo
colABorAção
collaBoration
Domaine de Chaumont-sur-LoireSecretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
curAdoriA
curatorship
Felipe ChaimovichChantal Colleu-Dumond
consultoriA de pAisAgismo
landscape consultants
Cynthia BianchiThea Standerski
coordenAção
coordination
Barbara D. Cunha Lima
produção
production
Tatiana BadraTelma BadraSetor de Produção MAM-SP
eXecução dos proJetos
project eXecution
Squadart Serralheria e Marcenaria
equipe de JArdinAgem
garden creW
Projeto Crer SerCoordenação/Coordination Fabianna dos Santos BraccoAngélica de Oliveira Soares
Ana Carolina Silva de CarvalhoBruno William da SilvaCamila Ribeiro de FariasDanilo Neves de Melo BentoDanilo Oliveira da SilvaDyogo Jacintho Leal MoreiraEuclides de Alencar Costa JuniorEverton Leite do NascimentoGabriel Peixoto de LimaGabriel SilvaGerson Flores VieiraHenrique Rosseto da SilvaHeverson Rodrigo da Silva PrazeresJessica Ester de Oliveira SouzaJoão Igor Lobo BentoJoão Pedro Barbosa Ferreira MilitãoKleber Alves FerreiraLucielly Maria Regis da SilvaRobson Henrique MartinsRodnei Santos SouzaRodolfo Silva de SouzaRodrigo João Ferreira LimaRodrigo Souza SantosStephany Mariano SantosVinicius Leite Ramiro Silva
Consulado da França em São PauloCyra Malta Olegário da CostaElton de Sousa SantosEmerson FernandesÉrika Gartner Hopfgartnerglobal Táxi AéreoGuilherme ZerwesHelena quintana MinchinHeraldo GuiaroJean-Martin TidoriJosé Estanislau SpinolaKbocoMarcio Amaral YamamotoMillenium TransportesRaquel Keller de Carvalhorita câmaraRodolfo Paulussi
cAtálogocatalogue
reAlizAção
realization
Museu de Arte Moderna de São Paulo
coordenAção editoriAl
editorial coordination
Magnólia costa
produção editoriAl
editorial production
Renata Carreto
prepArAção de teXtos
e revisão
teXt preparation
and prooFreading
Regina StocklenSaulo AlencastreSetor de Pesquisa e Publicações MAM-SP
teXtos
teXts
Chantal Colleu-DummondFelipe ChaimovichFrei BettoMilú VillelaSetor de Pesquisa e Publicações MAM-SP
trAdução pArA o inglês
english translation
Cristiano Astolphi Mazzei
proJeto gráFico
design project
Tecnopop (André Lima, Alexsandro de Souza)
Fotos
photos
Douglas Garcia
trAtAmento de imAgens
iMage treatMent
Jorge Bastos
impressão
printing
Ipsis gráfica e Editora
AgrAdecimentos
acknoWledgeMents
Regina Sousa
educAtivoeducation
coordenAção
coordination
Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva
Érica Marta Costa dos Santosgregório Ferreira contreras SanchesJosiane CavalcantiLuis Felipe Cambuzano de OliveiraMurillo Peretti LopesPatricia Guilhoto
sinAlizAção
signage
Tecnopop(Clara Meliande, Juliana Yue, Alexsandro de Souza)Artifício(Flavia D’Amico, Juliana Silveira)
plAntAs
plants
Bela Vista Garden CenterViveiro Harry BlossfeldViveiro Manequinho Lopes
trAdução pArA o inglês
english Version
Cristiano Astolphi Mazzei
AssessoriA de imprensA
coMMunication
Conteúdo Comunicação
AgrAdecimentos
acknoWledgMents
Assucena Tupiassúcaio TarantinoCelso Lourenço de Andrade
FeStival De JarDinSDo MaM no ibirapUera
1a eDiÇão: noveMbro 2010
Miolo inner paperpapel couché fosco · 150 gramas · image matt
capa cover paperpapel couché brilho · 150 gramas · image mattGuardas em colorplus · 180 gramas · pequim liso
tipoGraFia typefacepoliticaHelvetica neue
iMpreSSão printingipsis Gráfica e editora
FeStival De JarDinSDo MaM no ibirapUera
1a eDiÇão: noveMbro 2010
Miolo inner paperpapel couché fosco · 150 gramas · image matt
capa cover paperpapel couché brilho · 150 gramas · image mattGuardas em colorplus · 180 gramas · pequim liso
tipoGraFia typefacepoliticaHelvetica neue
iMpreSSão printingipsis Gráfica e editora
Festival de Jardins do Mam
no Ibirapuera
MUSeU De arte MoDerna De São paUlo.
Festival de Jardins do MaM no ibirapuera. Felipe chaimovich e chantal colleu-Dumond (curadoria); Milú villela (apresentação); Frei betto (texto); Magnólia costa (coord. editorial); tecnopop (Design Gráfico); cristiano astolphi Mazzei (tradução).
São paulo: Museu de arte Moderna de São paulo, 2010. 120 p.: il.
textos em português e inglês. exposição realizada no Museu de arte Moderna de São paulo, de 22 de setembro a 31 de dezembro de 2010. ISBN 978-85-86871-49-8
1. Museu de arte Moderna de São paulo. 2. arte contemporânea. século XXi. i.título. ii. chaimovich, Felipe. iii. colleu-Dumond, chantal.
cDU: 712 (81) cDD: 712.01