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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 14 - Nº176 FEVEREIRO 2015 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE P 11 P 11 P 19 P 8 e 9 Escola Secundária de VRSA conta quatro anos de Inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA comemorou 125 anos

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Mensário do Baixo Guadiana

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 14 - Nº176

FEVEREIRO 2015

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

P 11

P 11

P 19P 8 e 9

Escola Secundária de VRSA conta quatro anos de Inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais

Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA comemorou 125 anos

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

JBGJornal do Baixo Guadiana

Creio não exagerar ao afir-mar que podemos estar no início de um novo ciclo,

quer político quer económico, cá dentro e lá fora. Novo ciclo que impõe novas práticas ao exercício do poder político e ao compor-tamento dos partidos perante a sociedade, em mudanças no seio da União Europeia, quanto às linhas programáticas até aqui seguidas as quais tiveram como resultado, em particular para as economias do Sul da Europa, situações marcadas pelo empobre-cimento, estagnação, profundos retrocessos no plano social; tudo em nome de uma austeridade levada ao extremo do insuportá-vel, aprisionando países e povos pelo garrote do pagamento de uma dívida pública e privada, que nos termos em que está colocada, se tornará impagável.

Neste início de novo ciclo que aqui invoco está presente a valori-zação das medidas recentemente

tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) no sentido de assumir compromissos de paga-mento de uma parte da dívida pública e privada junto dos países mais endividados (como é o nosso caso), injectando, simultaneamente, na economia abundantes recursos financeiros destinados a facilitar a vida das empresas e da economia em geral, medida idêntica a que os EUA e no mesmo sentido a Inglaterra, já haviam tomado há anos atrás e lhes permitiu enfrentar de outra forma a crise económica provo-cada pela especulação financeira, retomando a criação do emprego e os níveis de crescimento da sua economia.

Mas o que verdadeiramente interessa ter presente é que tais medidas se encontram no polo oposto daqueles que continuam a defender a austeridade pela austeridade, posição só possível de entender, perante os resul-tados opostos a que se propu-nham chegar, ou por fanatismo ideológico ou por profunda impreparação para os cargos e responsabilidade que ocupam nos

respectivos Governos.Neste quadro que parece emol-

durar um novo ciclo a que creio estarmos a chegar cabe referir o acontecimento que constitui a vitória do Syrisa na Grécia num país no qual a crise social, que desde há anos suportavam devida às politicas de extrema austeridade a que foram sujei-tos, se transformou numa crise humanitária tal a situação a que milhões de gregos foram humi-lhantemente votados. Trata-se de uma vitória contra o medo e a chantagem cujas consequências se farão a breve curso sentir em toda a UE.

No quadro de mudanças que se verificam traduzidas por uma outra atitude perante a adver-sidade que, particularmente, nos atingiu nos últimos anos, aqui sublinho, como modo de estar diferente, o esforço e a criatividade que a Associação Odiana expressa no seu Plano de Actividades através dos objectivos que se propõem alcançar para os próximos anos. Plano no qual se torna perceptível uma estratégia assente em vários e inovadores

projectos, voltados para a valo-rização das potencialidades que integram na sua diversidade os territórios do Baixo Guadiana, tra-duzidos na criação de novos pro-dutos dirigidos para a actividade turística, assentes na identificação e promoção do que de diferente estes territórios incorporam da paisagem ao saber fazer, na pro-cura de contribuir para a criação de novas empresas, a criação de riqueza e a fixação de população, sobretudo, mais jovem.

Finalmente, a boa notícia que constitui o avanço nas obras de dragagem da barra do Guadiana e a nova perspectiva que se abre para que o desassoreamento do seu curso se alargue para além da barra. Trata-se aqui também de uma importante viragem que desde há muito era esperada a qual seguramente contribuirá para a criação de novas activi-dades económicas, de emprego, de captação de novas correntes turísticas.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Alexandra GonçalvesAna Amorim DiasCarlos BrásEusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosJosé CruzPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Vox Pop

R: As eleições na Grécia são o reflexo de um povo descrente no poder central, a Alemanha, que não olha a meios para ter mais um país sob a sua alçada. A Grécia, tal como Portugal, Irlanda, Espanha, são uns meros subservientes da senhora Merkel e o povo, descontente e desconfiado, optou por mudar. Poderá a Grécia deixar o Euro? Pode, mas terá custos elevadíssi-mos no desenvolvimento do país. Estão amarrados ao dinheiro e à ajuda exterior. Mas pelo menos têm o bom senso de não virem dizer que está tudo bem e que já ultrapassaram o pior, tal como faz o nosso Primeiro-Ministro. A vontade de mudança é tanta que o partido vencedor totalmente de esquerda, aceitou o pacto de governar com outro de extrema direita. Veremos como se safam.

R: Vejo como muito positivo que, finalmente, haja um Governo soberano na Grécia que pode contrariar as políticas de austeridade da Comunidade Europeia.

Nome: Miguel NetoProfissão: Músico/DJ/Produtor de Eventos

R: Vi como um sinal de mudança. Pode ser que a corrupção diminua.

Nome: Ana Cristina SantosProfissão: Auxiliar Educadora de Infância

Nome: Hugo PenaProfissão: Instrutor de condução/Escritor

R: Vejo de duas perspectivas: por um lado preocupa-me que venha trazer uma nova forte instabilidade económica na zona euro e por outro lado fico satisfeito porque tive-ram a coragem de demonstrar uma revolta pela excessiva austeridade que nos estão a impor, e por demais consequências que possam advir.

Nome: António OliveiraProfissão: Gestor Marketing

Como viu os resultados das eleições da Grécia?

Editorial

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 3

CRÓNICAS

No passado mês de Janeiro, os Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António comemoraram, honrosamente, o seu 125º Aniversário e é sobre esta Associação Humanitária que gostaria de discorrer algumas linhas para enfatizar o altruísmo e a dedicação irrepreensível dos soldados da paz, que tudo fazem para salvar vidas e proteger florestas.Nos finais do século XIX, um punhado de homens bons e talentosos de Vila Real de Santo António percebeu que era imperioso proteger vidas e bens, atendendo aos frequentes incêndios ocorridos na região, que não raras vezes deixavam atrás de si um rasto de miséria na comunidade vilarealense. Assim, em 15 de Janeiro de 1890, foi fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António que, nos últimos 125 anos, tem enobrecido a causa dos bombeiros, travando um combate duro mas leal na defesa intransigente das populações e na preservação das florestas. Sob o lema “Vida Por Vida”, o Corpo de Bombeiros de Vila Real de Santo

António tem desempenhado um papel decisivo na protecção e emergência médica ao território do Baixo Guadiana, em particular aos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim, este último até 1984, ano em que criou a sua própria Corporação de Bombeiros, bem como à região algarvia e ao país. Tal como tem actuado muitas vezes em cenários dantescos numa luta desigual no combate aos fogos ou no socorro às vítimas onde todos os segundos contam, colocando em risco a sua própria vida. No decurso dos 125 anos de vida da Corporação, as sucessivas direcções, conjuntamente com os seus bombeiros trabalharam afincadamente para que a Associação Humanitária se consolidasse, constituindo-se desde há muito como uma referência dos Bombeiros Voluntários em Portugal. Numa análise diacrónica podemos constatar a evolução positiva da Corporação, quer pelo forte investimento realizado na melhoria das instalações, de que é um bom exemplo o actual quartel dos

Bombeiros, quer pela aquisição de viaturas ou, ainda, no que se refere à formação dos seus bombeiros, como atesta a Unidade Local de Formação, única no Algarve. Ao longo da sua história é assinalável a acção desenvolvida pelos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António no combate a grandes incêndios, tais como o da baixa pombalina de Vila Real de Santo António há 115 anos, do porto comercial de V.R.S.A em 1964 ou mais recentemente no combate aos fogos de Portalegre, Serra de Monchique e concelho de Tavira. Também no campo do auxílio e socorro há a destacar a participação do Corpo de Bombeiros de V.R.S.A nas operações de salvamento às vítimas do acidente de aviação com um DC 10 da Martinair, no aeroporto de Faro, em Dezembro de 1992. Um dos feitos da Corporação de Bombeiros de Vila Real de Santo António, foi a criação pioneira no país, em 1968, de um serviço de emergência permanente chamado «Serviço 202», destinado a acudir às

necessidades urgentes das populações dos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim, Alcoutim e outros. O «Serviço 202» deu origem ao «115» e posteriormente ao «112 – Número Europeu de Emergência». Nas comemorações oficiais dos 125 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, a Direcção do Corpo de Bombeiros homenageou a título póstumo o Comandante Sérgio Filipe Marques Baptista, um visionário da causa dos bombeiros, que a par dos relevantes serviços prestados aos bombeiros, percebeu a importância da comunicação na sua acção. Foi responsável por várias publicações que contribuíram para um melhor conhecimento dos soldados da paz, de que se destacam a Revista “Prevenir”, da qual foi director e editor, mas também as brochuras “Crescer e aprender a viver em segurança”, “O bombeiro é teu amigo” ou o livro do Centenário da Associação. Do seu vasto palmarés ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António há a destacar o

cargo de Presidente da Direcção da Corporação. Outra das suas marcas indeléveis enquanto responsável pela Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Real de Santo António foi a construção do novo quartel, inaugurado a 4 de Julho de 1993, pelo então primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva, e que teve nele um dos grandes impulsionadores.Hoje, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, que já escreveu uma história de bravura no socorro à comunidade, e a sua direcção continuam empenhadas para obter os meios necessários, de forma a garantir o saneamento financeiro da Corporação, pois só assim poderão levar por diante a missão altruísta no socorro de vidas humanas e na preservação da nossa floresta, em especial nos concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim, único concelho do país que não dispõe de um corpo de Bombeiros.

Vítor Madeira

As mortes nas urgências dos hos-pitais têm alarmado a população portuguesa. Não se dá o caso dos nossos médicos terem falta de conhecimentos clínicos para salvar essas vidas. Nada disso. Inacredita-velmente, alguns doentes perece-ram sem direito a uma maca, sem direito a uma observação médica. Morreram sentados em cadeiras, tentando desesperadamente fazer

- Mãe, estou farto de estar aqui...- Cala-te e espera. Ainda só cá estamos há duas horas e há quem espere quinze e morra sem ser atendido!- Credo, mãe...- É a verdade, infelizmente. - Mas estou mal disposto e tão farto!- Agora imagina eu, que não me dói nada e tenho que estar aqui à espera contigo...

- Não gozes. Podias era entreter-me.Sob o olhar espantado e incrédulo dos demais pacientes pacien-tes, pus-me a fazer palhaçadas para entreter o meu filho de 13 anos e meio! Saímos com o veredito do “deve ser vírus” e ele pediu-me canja. Mas enquanto a canja sai e não sai, tenho-o feito rir que nem um perdido... Caso seja mesmo algum vírus, matá-lo-emos à gargalhada!

e social, o que é?Estas mortes aterrorizam, e ater-rorizam muito, porque acontecem no local que imaginamos ser o mais seguro e o mais competente para nos salvar a vida. Morrer em eternas esperas, numa urgência hospitalar, é o mesmo que ser assaltado dentro de um posto da polícia. Há insti-tuições que não nos podem defrau-dar. A credibilidade e assertividade dos hospitais são pilares da nossa segurança enquanto sociedade de primeiro mundo. Infelizmente para os portugueses,

em especial para os mais desfavo-recidos, a saúde à moda do Inte-rior do País chegou ao Litoral e aos grandes centros urbanos. Há muitos anos que as populações do Interior vivem com escassos meios médicos; com hospitais a oitenta, a cem ou mais quilómetros de suas casas; no Interior, as pessoas levantam-se às seis da manhã para conseguirem uma consulta, que acontece uma ou duas vezes por semana; há muito que as grávidas do Interior têm os seus filhos nas ambulâncias; há muito que se morre por falta de

médico ou por demora na urgência médica. O Interior do País, há muito que deixou de contar para os nossos governantes. O que é novidade, desde a implementação das cas-trantes medidas de austeridade, é que agora nenhum português, incluindo a sua própria vida, vale mais do que um punhado de euros. Por que não trata o Estado a saúde dos portugueses como trata a saúde dos bancos?

crer o quanto estava a sua vida presa por fio. Mas os meios huma-nos disponíveis nos hospitais são, desde há muito, insuficientes para acudir a todos os que deles preci-sam. Calculadamente insuficiente, poderá dizer-se, por conta da pou-pança financeira que o Ministério da Saúde impõe àqueles. O direito à Saúde, constitucionalmente garan-tido, não passa de uma fantasia. O dinheiro sobrepõe-se à vida das pessoas, que passaram a ser insig-nificantemente um número. Se isto não é um retrocesso civilizacional

Ana Amorim Dias

Carlos Campaniço

O Insubmisso

Farto de estar aqui

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

125 anos dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António – Uma história de bravura no socorro à Comunidade

[email protected]

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4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

Terapia da Fala já apoiou cerca de 80 pessoas e mantém-se em 2015

Alunos de Alcoutim dão vida aos resíduos

Tertúlia dedicou-se ao associativismo juvenil

JUVENTUDE&EDUCAÇÃO

Desde Maio de 2014 até ao momento a terapia da fala através da associa-ção Odiana já auxiliou cerca de 80 munícipes dos concelhos de Alcou-tim, Castro Marim e Vila Real de Santo António. O público é eclético, desde crianças a idosos, sendo que os mais pequenos estão entre a maio-ria dos apoios dados neste âmbito. De acordo com um comunicado de imprensa da associação “atualmente estão a ser apoiadas diretamente 36 crianças e 24 sob supervisão. São apoiadas 12 crianças por municí-pio de entre os 12 meses e os 18 anos”.

Este apoio gratuito conta com a terapeuta Raquel Botelho que se desdobra em consultas por todo o território. “Considerando a elevada

Trata-se do segundo ano consecutivo em que a Escola Básica Integrada de Alcoutim e a Escola Básica Prof. Joaquim Moreira, em Martinlongo, participam no projeto «Vamos dar vida aos resíduos», lançado pela ALGAR com o apoio da Sociedade Ponto Verde. A iniciativa em curso no atual ano letivo arrancou em Setembro de 2014. Para melhorar as condições preservação do meio-ambiente a iniciativa pretende sensi-bilizar toda a comunidade escolar e população local para a importância da separação e valorização dos dife-rentes tipos de materiais recicláveis, passando pelo estímulo à adoção de comportamentos que respeitem a natureza e o meio ambiente.

“Tendo na base a planificação

No passado dia 16 de Janeiro o Jornal do Baixo Guadiana em parceria com a biblioteca munici-pal Vicente Campinas levou a cabo uma tertúlia dedicada ao associativismo juvenil. Estiveram presentes duas das cinco associações de jovens do concelho, BACKUP e Associação Juvenil Social Cultural e Desportiva de Monte Gordo. A apa-drinhar esta iniciativa esteve o vilarealense Luís Romão, diretor regional do Instituto Português do Desporto e da Juventude.

Neste encontro informal debateu-se o cresci-mento do número de associações no concelho, em consonância com restante Algarve. Sendo que nos últimos três anos a região viu crescer de 3 para 30 o número de associações juvenis. Abordou-se o novo quadro comunitário e as oportunidades que apresenta a quem trabalha nesta área, bem como se discutiu o futuro de uma autêntica casa da juventude para o concelho pombalino, uma vez que a sede é sempre um dos grandes problemas que afeta as associações.

procura deste serviço e o tempo despendido para cada consulta, foi definido um número limite de vagas, atribuído por ordem de solicitação e de acordo com as carências eco-nómicas dos agregados familiares”, informa a Odiana.

2015 é ano de continuidade

Em 2015 a Odiana continua a

dispor da valência de terapia da fala, até porque tem sido “imensa” a procura por este serviço. Recorde-se que a população-alvo é carenciada, por isso com menos recursos para recorrer a estas terapias.

“Uma vez que os apoios públicos são escassos, que os tratamentos

das atividades criada pela ALGAR, a fiscalização da correta separação dos resíduos está, neste momento, a cargo da «Brigada da Reciclagem», composta pelos alunos do 3º e 4º ano. Para que tal aconteça com o maior sucesso possível, foram colo-cados equipamentos de recolha sele-tiva de resíduos, nomeadamente, de eletrodomésticos, de radiografias e de rolhas”, lê-se num comunicado de imprensa de Alcoutim.

Até ao final do ano letivo é pre-tendido que seja feita a avaliação pela entidade promotora e, assim, apurar entre as escolas participantes o melhor resultado no «Ranking de Resíduos Recicláveis Recolhidos».

Para isso ambas as escolas formu-laram os respetivos planos de gestão

de resíduo. A Câmara Municipal de Alcoutim também se aliou à iniciativa e, para além, de colaborar na recolha de determinados tipos de resíduos, aposta no desenvolvimento de ações de sensibilização sobre o tema. Colabora ainda com a realização de visitas de estudo ao Aterro Sanitário e à Estação de Triagem da ALGAR.

requerem a deslocação a outros concelhos, e que o preço dos tra-tamentos é avultado, surgiu assim o projeto «Terapia da Fala no Baixo Guadiana». Trata-se de um apoio especializado e gratuito, que pre-tende colmatar uma lacuna há muito sentida no território”, pode ler-se na nota de imprensa da Odiana que recorda que a intervenção mostra-se necessária sempre que se apresen-tem “alterações em uma ou várias áreas de intervenção, comunicação, linguagem, fala, deglutição, leitura e escrita”.

Para mais informações sobre este serviço contacte a Odiana através do email: [email protected] ou através do telefone 281 531 171.

Parceria com Algar e câmara de Alcoutim

O ano de 2015 marca a continuidade deste apoio que ao longo de todas as sema-nas percorre os concelhos de Alcoutim, Castro Marim e VRSA

Participaram nesta iniciativa as associaçoes BACKUP e Associação Juvenil, Social, Cultural e Desportiva de Monte Gordo. Luís Romão, diretor do Instituto Português do Desporto e da Juventude no Algarve também participou na iniciativa e ouviu os jovens

Escolas integram entidades escolares que vão constar num ranking de resíduos recicláveis recolhidos

ANDRÉ OLIVEIRA

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 5

Janeiro marca início de Universidade Sénior em Alcoutim

Aluna de Martinlongo premiada em desafio nacional

Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar visitou Agrupamento de escolas de Castro Marim

Jovens da E.B.1 J/I Santo António sensibilizados para o consumo de sopa

EDUCAÇÃO

A Universidade Sénior de Alcoutim foi anunciada para Janeiro de 2015 e é um projecto municipal que une diversas parcerias que atingem nível intercon-celhio. “Orientado para o desenvol-vimento sustentável e equilibrado da sociedade, trata-se da Universidade Sénior de Alcoutim. Desenvolvida em parceria com o Agrupamento de Escolas do Concelho de Alcoutim e a Associação Alcance e com a colabora-ção da Escola Profissional ALSUD, de Mértola, esta iniciativa socioeducativa e cultural pretende responder aos níveis de envelhecimento da população do concelho”, pode ler-se num comuni-cado de imprensa da câmara municipal de Alcoutim.

Esta universidade tem como púbi-

A aluna Alice Costa Correia da Escola Básica Professor Joaquim Moreira, Martinlongo – foi premiada no desafio nacional «ALEA». Os desafios do ALEA são problemas do dia-a-dia, baseados em notícias publicadas em órgãos de comunicação social, e destinam-se a alunos do Ensino Básico e Secundário. Os alunos que responderem correta-mente ao problema proposto ficam habilitados a um prémio. A acompa-nhar a resposta é necessário indicar a designação da turma, ano de escolari-dade e endereço da escola.

Neste caso a aluna Alice Costa Cor-reia do 9.A foi premiada, uma vez que respondeu corretamente aos desafios propostos de nível I.

O que é o «ALEA»

O ALEA - Acção Local Estatística Aplicada - constitui-se no âmbito da Educação, da Sociedade da Informação Estatística, da Formação para a Cida-

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, visitou em janeiro a sede de agrupamento de escolas de Castro Marim, numa visita que realizou ao Algarve no âmbito da remoção das coberturas de fibrocimento das esco-las. Naquele concelho do Baixo Gua-diana teve oportunidade de conhecer melhor o Agrupamento de Escolas presidido por José Nunes, tendo o conjunto de escolas sido apresentado como “um exemplo de sucesso no envolvimento com a comunidade”, segundo nota de imprensa da câmara municipal de Castro Marim.

Atualmente com 608 alunos, o Agrupamento de Escolas de Castro Marim integra a Escola Básica de Castro Marim (Sede do Agrupa-mento), a Escola E.B.1 de Castro Marim, o Jardim de Infância de Castro

co-alvo “pessoas com mais de 50 anos com disponibilidade, abertas a novas experiências e interessadas em partilhar conhecimentos, competências e expe-riências de vida”, sendo os objetivos “incentivar a cultura, o saber, o con-vívio e a integração dos mais idosos”. Vai funcionar em Alcoutim, no Centro de Artes e Ofícios, e em Martinlongo, na Escola Prof. Joaquim Moreira, com um leque de formadores em regime de voluntariado, promovendo atividades em regime não formal e num contexto de formação ao longo da vida.

Nesta primeira fase vão ser leciona-das, no polo de Alcoutim, as discipli-nas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), Inglês, Costura e Moda, Português para a Vida, Teatro,

dania e da Literacia Estatística como um contributo para a elaboração e disponibilização de instrumentos de apoio ao ensino da Estatística para os alunos e professores do Ensino Básico

e Secundário, tendo como principal suporte um sítio na web.

Melhorar a literacia estatística é, assim, uma condição importante para, por um lado, garantir uma melhor pres-tação de um serviço de utilidade pública

Marim, a Escola E.B. 1/JI de Altura e a Escola E.B. 1 de Odeleite.

Possuindo uma larga oferta de atividades extracurriculares o Agru-pamento de Escolas de Castro Marim participa regularmente nos eventos culturais do território e prima ainda por participar e desenvolver diver-sas ações de solidariedade. “Estamos empenhados nos resultados escolares,

Bem-estar, saúde e segurança; no polo de Martim Longo decorrem as aulas de Tecnologias de Informação e Comu-nicação (TIC), Português para a Vida, Teatro, Artes Decorativas e Bem-estar, saúde e segurança.

Está ainda prevista a criação de cursos em várias localidades do con-celho, designadamente Artes Decora-tivas, no Pereiro, Artesanato Local, em Giões, Artes Decorativas, em Vaquei-ros, Macramé e Bainhas Abertas, em Barrada, Costura, em Laranjeiras, Bor-dados, em Santa Justa, Arraiolos, em Balurcos.

A inscrição na Universidade Sénior de Alcoutim é gratuita a as aulas decor-rem de segunda a sexta-feira.

Para mais informações e inscrições

e, por outro lado, fomentar ambientes e experiências de aprendizagem diversifi-cados recorrendo às novas tecnologias de informação.

Intervenientes

O ALEA nasceu de um projeto con-junto da Escola Secundária de Tomaz Pelayo e do Instituto Nacional de Estatística, tendo evoluído para uma realidade em que a Direção Geral de Estabelecimentos Escolares incorporou o núcleo das entidades que o dinami-zam.

A supervisão científica é assegurada pela Profª Doutora Maria Eugénia da Graça Martins, docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em particular, é de destacar, os cursos de Noções de Estatística e de Noções de Probabilidades (em desenvolvimento), cujos conteúdos são da sua autoria e seguem o programa oficial de Mate-mática do ensino secundário.

mas também em envolver os nossos alunos com todos os aspetos culturais e sociais da comunidade”, declarou José Nunes. Nesse sentido, o Agrupamento tem participado em vários concursos nacionais, conquistando diferentes pré-mios e distinções, como o Selo Escola Intercultural, o Selo Europeu para as Línguas ou 1º lugar no Concurso Nacio-nal “Imagem Contra a Corrupção”.

Já vai para a terceira edição a iniciativa «Ensopa-te» e decorre no concelho de Vila Real de Santo António, neste caso na E.B.1 J/I Santo António. A terceira edição vai ter lugar a 5 de fevereiro. Esta iniciativa “tem por finalidade promover e incentivar o consumo de sopa. Este ano escolhemos as “sopas dos avós” e o tema definido para a pales-tra aos pais é a interpretação dos rótulos (embalagens)”, como nos explica a organização.

Em destaque na parceria deste ação estão a Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA, a Administração Regional do Algarve, a Universidade do Algarve e Câmara Municipal de VRSA.

deverá ser contactado o gabinete de Ação Social, Saúde e Educação da Câmara Municipal de Alcoutim através do telefone 281 540 559 ou do email: [email protected]; a EBI de Martim Longo, através do telefone 281 490 100 ou o Centro de Artes e Ofícios, através do telefone 281 546 428.

Universidade Sénior pretende ser um espaço de conhecimento, sobretudo de partilha intergeracional de saberes

Secretário de Estado (à esq.da) acompanhado de edil castromarinense (centro) e diretor do agrupamento de escolas de Castro Marim (à d.ta)

ANDRÉ OLIVEIRA

Page 6: Jbg fev2015

6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

«Para Contar y describir» de António Cabrita

Libro «Un año en Ayamonte»

Medio maratón Ciudad de Ayamonte

Volvían al estrado los Poetas del Guadiana, de la mano de una nueva presentación literaria, de un nuevo trabajo poético. Bueno no es cor-recto, se presentaba el poemario del poeta Luso Antonio Cabrita, en la Biblioteca Municipal de Villa Real de San Antonio, “ Para Contar y des-cribir”, obra de uno de los líderes del movimiento poético del Baixo Gua-diana, en su territorio portugués.

El salón de actos de la Biblioteca Municipal como en otras tantas oca-siones, se quedó pequeño. El público pobló los asientos y los espacios libres del auditorio. El acto comenzó casi a la hora prevista y de manera perfec-tamente ensamblada. Joao Viegas, amigo del autor y prologuista del poemario hizo un recorrido por lo divino y lo humano del bueno de Antonio Cabrita. Arrancó sonrisas con la misma facilidad que aplausos,

De nuevo llega la hora del café en días donde la rutina y la vuelta a lo cotidiano se hermanan. Una con-versación amena y cercana, que va lentamente desentrañando historias viejas y nuevas que se van a convertir en actualidad en cualquier momento. Javier Losa Salvador, joven, impulsivo e ilusionado va desgranando la trama de una ilusión que ya ha tomado cuerpo, un trabajo que ya tiene alas y una sonrisa que pone de manifiesto el haber llegado a buen puerto.

“ Un año en Ayamonte” es un libro de 165 páginas, cientos de fotografías, setenta y un artículos y muchas horas derramadas en torno a una buena his-toria o una gran fotografía. Javi Losa básicamente fotografía para Huelva Buenas Noticias, pero siempre o casi siempre se acompaña de un texto. Sufre por lograr la gran foto, pero

Ayamonte llega a la treinta edición del medio maratón Ciudad de Ayamonte. Muchos años estando en vanguardia de la actividad física y el deporte y muchos años luchando por man-tener edición tras edición, aquellas actividades que tienen el respaldo de los deportistas y participantes. Esta edición hace justicia al trabajo bien hecho y a la responsabilidad de quie-nes dedican muchas horas al día a dar respuesta a los ciudadanos no solo de la ciudad, sino de aquellos puntos de la geografía nacional que se sienten atraídos por esta tierra con un encanto especial.

Los pronósticos daban mucha lluvia y mucho viento, pero afortunadamente todo se produjo a lo largo de la pasada noche. La carrera ha transcurrido tal

e hizo los honores a un hombre que es todo poesía, Pedro Tavares. Breve pero intenso hizo alguna referencia a la publicación y leyó alguno de los poemas.

De momento y tras estas palabras, el espacio se cubrió de música creada por la guitarra de Nelson, que dejó a todos, pero especialmente a quie-nes no les conocíamos esa faceta, impresionados, maravillados. Y en una segunda interpretación nos emocionó mas si cabe, cuando inter-pretó “entre dos aguas” del maestro Paco de Lucia. Los españoles presen-tes vibramos. Magnifico, especial, distinto.

José Cruz en las antípodas polí-ticas del autor, hizo referencia a ello, a su placer por leer todos y cada uno de los poemas de Cabrita. Serio, cargado de madurez poética y vendedor de ilusiones también dejó

suda para escribir un buen artículo. Pero con todo, encuentra el enfoque adecuado y la palabra justa, armoniza lo uno con lo otro y hace que los lecto-res revivan la secuencia de un hecho en su ciudad, Ayamonte. Así y todo, no dejará escapar la oportunidad de traer en una imagen, mucho más que mil palabras. Para Javi lo importante es anunciar a los cuatros vientos la noticia, a través de su fotografía.

A lo largo del libro podemos ver reflejadas muchas de las actividades y acontecimientos que se han prodigado en la ciudad fronteriza, en el periodo que transcurre de junio del 13 a junio del 14. La política está ausente, o los Reyes Magos, incluso las Fiestas de San Antonio y sin embargo ha sufrido para cubrir la Semana Santa, el Carnaval o las Fiestas Patronales, pero las cubrió al completo. El deporte y la cultura se

y como estaba prevista, solamente se tuvo que evitar la rotonda de la playa de Isla Canela por el agua acumulada con la lluvia. Incluso la climatología ha beneficiado a los corredores a lo largo del recorrido.

Junto al medio maratón se han celebrado las carreras populares y de las categorías inferiores “Virgen de las Angustias”, dejando a los más pequeños el protagonismo de la com-petición durante un tiempo. Y a la hora prevista se dio inicio a esta 30 edición del “Ciudad de Ayamonte”, con una participación cercana a los quinientos corredores y procedentes no solo de nuestra geografía andaluza sino del país vecino.

En silla de ruedas el vencedor fue Juan José Lara del Club Portufísico de

en el ambiente una lectura breve. Y finalmente el propio autor, Anto-nio Cabrita, fue deshojando su poe-mario con anécdotas, referencias, historias y conceptos de la misma vida. Supo alternar la lectura de algunos de sus poemas por parte de los Poetas del Guadiana de la vecina Villa Real, con referencias a la esencia de algunos versos, de muchas inquietudes o pensamientos que el tiempo aun no fue capaz de borrar. Y todo ello, con una deli-cadeza especial, complementado con la música del Dj´s ayamon-tino “Perro Andaluz”. Sonó bien, acompañó perfectamente y casó el ambiente, la emoción y la poesía como algo que nace cada día.

“Para contar y describir.” El nuevo poemario de Antonio Cabrita, un poeta que siendo de allí, es un gran Poeta del Guadiana. Un

placer ser testigo de un nuevo nacimiento literario en la misma Foz do Guadiana.

asoman con altanería. Y la experiencia de esta inmersión fotoperiodística ha sido su master de iniciación.

Ha tenido que ir aprendiendo sobre la marcha. Desde la redacción del HBN ha tenido no solo palabras de aliento sino de orientación profesio-nal. Ha bregado con lo desconocido e incluso en alguna ocasión, ha tenido que soportar la incomprensión de los protagonistas, heridos en su ego. Pero siempre contó con la facilidad para realizar su trabajo, aunque no siempre llueve a gusto de todos. Y es que Javi es así y él sabe que se aprende a base de lucha, de disgustos y como hoy, de la satisfacción en forma de recompensa escrita. Y para esta primera ocasión, ha sabido rodearse de firmas comerciales locales, que han creído en su proyecto y se han aventurado a patrocinarle este magnífico libro-testimonio.

Sevilla. Por participación de atletas por clubes, Ayamonte se llevó el primer puesto seguido de Alentejanos de Faro y Canecas, también de Portugal. La clasificación por equipos fue para el Club Alturense de Portugal, seguido de Canecas de Portugal y Punta Umbría. En féminas el cajón estuvo compuesto por Carolina Palma de Alentejanos de Faro con 1:34:01. Seguida de Eunice Fernandes de Lagoa-Algarve con un crono 1:32:20 y vencedora absoluta Carla Ribeiro de Running, Amadora que marco un tiempo de 1:25:50. En masculino la tercera plaza fue para Rafael Menau de Tavira con un tiempo de 1:11:14, segundo puesto para el portugués de Altura, Nelson Mestre que marco un crono de 1:10:54 y campeón de esta treinta edición el

Así que este sábado día 10 de enero a partir de las 12.30 h en el Patio de la Jabonería de Ayamonte, se presenta la obra “ Un año en Ayamonte”, fruto de la publicación en la prensa digital de nuestra provincia, del trabajo periodístico del joven Javier Losa. Un lugar mágico para una obra mágica. Gracias Javi.

puntaumbrieño Daniel Andivia Soto con un tiempo de 1:10:15.Muchísimo ambiente por los alrededores del estadio y en las gradas del mismo

y regalo de aplausos y gritos de ánimo para los corredores conforme hacían acto de presencia en las pistas del Blas Infante. Llegado el último corredor casi unos minutos antes de las dos horas treinta minutos desde la salida, se procedió al acto de entrega de premios a los ganadores. El acto lo presidio el concejal de deportes en funciones, acompañado por sus compañeros de corporación.

«Para contar y describir» El nuevo poemario de Antonio Cabrita

“Un año en Ayamonte” es un libro de 165 páginas, cientos de fotografías, setenta y un artículos

Ayamonte llega a la treinta edición del medio maratón Ciudad de Ayamonte

José Luis Rua

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Desde el Club Deportivo de Sordos de Huelva se está intentado realizar la celebración del Campeonato de Europa de fútbol sala para sordos 2016

Desde el Club Deportivo de Sordos de Huelva se está inten-tado realizar la celebración del Campeonato de Europa de fútbol sala para sordos 2016 en nuestra provincia, y Ayamonte, a través de su Patronato Municipal de Deportes, apuesta por ser su Sede Principal.

Así, el pasado fin de semana, los días 24 y 25 de enero, tras ser recibidos en la Diputación Pro-vincial de Huelva, y en la Dele-gación Provincial de Deportes de la Junta de Andalucía, visitaron la localidad representantes del Comisionado de Fútbol Sala, Rosario Di Caro; el presidente de la DCL ( Deaf Champions League ), Juan Carlos Basilio, y represen-tantes del Club de Fútbol Sala de Sordos de Huelva. Recordemos que este Club fue nuestro repre-sentante español a nivel europeo de la temporada 2012-2013, y campeón en el 2014, además

Entrados en el mes de Febrero, comienza un mes lleno de actos en la ciudad Ayamontina con ocasión de una de sus fiestas más importantes, el Carnaval.

Con actos que ya han dado inicio en el mes de Enero, como la presen-tación del Cartel, Pregonero, Damas y Carnavalero del año y la lectura del pregón a cargo de Beni Mena Costa, el mes de Febrero nos brinda la oportunidad de asistir a un buen número de actos que detallamos a continuación:

CALENDARIO CARNAVALERO AYAMONTE 2015 – Mes de Febrero

1 de Febrero. Eleccion y coronacion reina infantil6 de Febrero, Teatro cardenio 20.30hXL Concurso Local de Agrupacio-nes7 de Febrero, Teatro cardenio 18,00 hXL Concurso Local de Agrupacio-nes8 de Febrero, Teatro cardenio 18,00hXL Concurso Local de Agrupacio-nes12 de Febrero, Teatro cardenio 20.30hXL Concurso Local de Agrupacio-nes13 de Febrero, Teatro cardenio 20.30hXL Concurso Local de Agrupacio-nes14 de Febrero, Teatro cardenio 18,00hFinal XL Concurso Local de Agrupa-

Cumpliendo con el compromiso adquirido con nuestros lectores, queremos infor-marles de las novedades y gestiones realizadas con relación a las zonas de pago para el aparcamiento en la ciudad de Ayamonte.

Siendo que todavía no está en funcionamiento la iniciativa del Ayuntamiento y de la Asociacion de comerciantes de Ayamonte, mediante la cual se anunció en diferentes medios de comunicación de la gratuidad del aparcamiento en las zonas del centro, hemos sido informados de que se ha introducido un sistema de pago que facilita la gestión al usuario.

Mediante una aplicación que fácilmente puede descargarse en el móvil (telpark) , ya podemos hacer efectivo el pago del estacionamiento directamente mediante el móvil. Se trata de una aplicación disponible en los sistemas Android e IOS, de fácil instalación. La aplicación permite almacenar en nuestro dispositivo hasta tres matrículas, renovar el ticket si nos encontramos por ejemplo haciendo una gestión y se nos ha agotado el plazo de aparcamiento, o anular una denuncia.

Mientras tanto, esperamos que la decisión tomada por Ayuntamiento y Asociación de Comerciantes para la supresión del parkímentro en los horarios de tarde de los meses de invierno, sea una realidad de la que iremos informando puntualmente.

de contar con tres victorias en el Campeonato de España en tres ocasiones.

La candidatura para la cele-bración del Campeonato ha sido enmarcada y presentada a través de la Eurociudad del Guadiana.

Más tarde, acompañados por un representante de Isla Canela, Manuel Germain, se completaría con la visita al Complejo hotelero de Hoteles Playa, ubicado en la Playa de Punta del Moral, y a las instalaciones deportivas cubier-tas de Ayamonte y municipios adyacentes como Castro Marín o Villa Real de Santo Antonio ( Portugal ) e Isla Cristina.

Para la disputa de todos los encuentros se necesitarían cuatro pabellones cubiertos, siendo los propuestos por el municipio el Pabellón Cubierto Municipal y Pabellón María Auxiliadora de Pozo del Camino, en territorio local.

ciones15 de Febrero, Paseo de la Ribera, a partir de las 13 h.Piropo a mi Pueblo y entrega de premios concurso de agrupacionesA beneficio del Comedor social y Economato16 de febrero, Lunes de carnavalAmbiente en la carpa, disfraces callejeros17 de Febrero, Martes de carnaval11 de la mañana desfile de guarderías. Plaza de la coro-nación16h, desfile de colegios, plaza de España Por la noche, Ambiente en la Carpa del TeatroOrquesta y disfraces callejeros.18 de febrero, 21,00h, Avenida de Andalucía “Cepa”Tradicional Entierro de la Sardina22 de febrero, 16 hGran Cabalgata de Carnaval.

Ayamonte, candidata a organizar el Europeo de fútbol sala para sordos 2016

Informaciones Aparcamiento de Pago en Ayamonte

Llega nuevamente el Carnaval a Ayamonte

José Luis Rua

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No Baixo Guadiana não existe nenhum Centro de Recursos à Inclu-são (CRI). Estas estruturas são acre-ditadas pelo Ministério da Educação e Ciência e desenvolvem diversas ações de apoio a alunos com Neces-sidades Educativas Especiais (NEE) de caráter permanente integrado no ensino regular. Assim, a resposta para as crianças e jovens do Baixo Guadiana com NEE existe nas esco-las através do Ensino Especial.

Na escola secundária de Vila Real de Santo António vai já para o quarto ano letivo um projeto que tem arrancado sorrisos a toda a comunidade educativa. Trata-se de «Uma História, um Sorriso». Na verdade, constitui-se de um projeto que tem como grande objetivo pre-parar para a vida jovens que estão no ensino secundário e que têm um percurso à sua medida, e o mais personalizado possível.

É com lágrimas que revelam um misto de emoção e de alegria que Ana Cabrita, vice-presidente da direção do agrupamento de esco-las de VRSA, nos faz uma visita guiada a «Uma História, um Sor-riso». Explica, desde logo, que “ [o projeto] surgiu pela necessidade de integrar os alunos que precisam de um acompanhamento constante”. Daqui saem com certificado de fre-quência de secundário, equivalendo os três anos de frequência aos 10.º, 11.º e 12.º. “O objetivo é dar-lhes autonomia através do desenvolvi-mento das capacidades de leitura, escrita e matemática”, referindo, a este nível, sobretudo a matemática para a vida.

A primeira aluna que integrou este projeto é portadora de Tris-somia 21 e já terminou o secun-dário. “Constata-se que graças a este plano de acompanhamento os alunos ganham autonomia como, por exemplo, andarem sozinhos a pé ou de transportes públicos, bem como socializarem não apenas com a comunidade escolar, mas com toda a sociedade que está para lá dos portões da escola.

Obrigatoriedade do 12.º ano motivou criação de projeto

Tal como todas as outras secundá-rias do país, a de Vila Real de Santo António [que serve os concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António] teve de se adap-tar à obrigatoriedade dos 12 anos de escolaridade, tal como consagrou a Lei 85/2009. Receber estes alunos mostrou-se tarefa urgente e alvo das maiores diligências. O objetivo pri-meiro passava por que estes “alunos fossem alvo da maior inclusão pos-sível”. Ana Cabrita explica-nos que no primeiro ano letivo o projeto foi desenhado, pensando em algo mais abrangente “e envolver não apenas

os docentes afetos ao projeto, mas também todos os que a eles se qui-sessem juntar. E se ao início era necessário saber quem se queria juntar agora passa por responder às muitas solicitações de professores que querem integrar o projeto com contributos variados”.

Tal como testemunha Ana Sil-veira, presidente do executivo deste agrupamento, “a maturidade deste projeto foi acontecendo de forma natural e hoje revela-se uma abor-dagem acertada que tem sido impor-tante para percurso de vida destes rapazes e raparigas que frequentam

o ensino secundário”. A responsável lembra a importância de desenhar este projeto de forma muito idiossin-crática. “Podendo participar os pro-fessores que sintam vontade, temos constituído atividades muito diversas e interessantes, desde a expressão corporal, expressão plástica, natação, culinária, inglês, Informática, entre outras”. De resto, esta abrangência vai de encontro ao que defende o Ministério da Educa-ção, e transcrevemos: “no quadro da equidade educativa, o sistema e as práticas educativas devem assegu-rar a gestão da diversidade, do que

decorrem diferentes tipos de estra-tégias que permitam responder às necessidades educativas dos alunos. Deste modo, a escola inclusiva pres-supõe individualização e persona-lização para todos os indivíduos”, define, entretanto, o Ministério da Educação”.

Inclusão social aos vários níveis

Na opinião de Ana Silveira e Ana Cabrita o facto de a comunidade estudantil da secundária ter uma atitude inclusiva tem ajudado para

que o projeto seja bem sucedido. “Os alunos respeitam-se e têm tido uma aceitação excelente deste projeto, o que é de louvar”.

Também é salientado por ambas o apoio que tem vindo a ser dado por parte de entidades sociais e empre-sas privadas, bem como autarquias, que têm recebido estes jovens para a realização de tarefas onde desen-volvem as suas competências.

Ao longo do ano letivo os alunos frequentam assiduamente entida-des diversas e empresas através de protocolos estabelecidos e que as responsáveis da escola salientam

como “uma enorme ajuda da parte dessas entidades que são de uma abertura e inclusão extraordinária”. A título de exemplo, temos o caso da Frusoal, da Cruz Vermelha Por-tuguesa de VRSA, Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e da homóloga em VRSA, Bombeiros, entre muitas outras.

Ao longo dos três anos essas expe-riências vão-se acentuando com o grande objetivo de desenvolver as capacidades e despertar novas com-petências dos alunos.

Faz falta docentes do

Ensino Especial

De acordo com Ana Cabrita seria muito importante este agru-pamento ter mais um docente na área da Educação Especial “de modo a que o projeto ‘Uma História, um Sorriso tivesse um professora de educação especial a tempo inteiro e outro docente acompanhasse os casos menos graves”. Neste agru-pamento de escolas existem perto de 100 alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Na sala de aula com alunos, professores e auxiliar

Na sala de aula onde funciona o projeto logo pela manhã encontra-mos Ana Ferreira, a professora de Educação Especial, que desdobra as suas aulas entre português e mate-mática. Nós chegámos pelas 10 da manhã, depois de um intervalo. À professora vale-lhe a preciosa ajuda da sua auxiliar porque, por exem-plo, nem sempre regressam todos os alunos à sala após um intervalo. “Sem a ajuda da nossa auxiliar o meu trabalho seria muito mais difí-cil”, refere-nos desde logo a docente que explica que cada aluno tem o seu tempo.

Encontrámos o sorriso no olhar de cada um deles, cada um à sua maneira. Um dos alunos mostrou-nos orgulhosamente os seus dese-nhos e projetos. “É o melhor aluno da sua turma a desenho e um dos melhores da escola inteira”, teste-munha-nos Ana Ferreira.

A aula de matemática decorria com exemplos do dia-a-dia e um dos alunos, que teimava em não vir do intervalo, confessava-se apaixonado. Ana Ferreira, atenta, tentou perceber logo o que ia no coração do seu aluno e partilhar palavras sábias.

O ritmo aqui é variável. As pro-blemáticas também. “Há jovens que nos chegam vindos das outras escolas estimulados, mas falta-lhes muito a parte da socialização”. A docente, explica que esta sala e este projeto têm as portas abertas para o mundo e que um dos objeti-

Escola Secundária de VRSA conta quatro anos de Inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais

Susana H. de Sousa

A Escola Secundária de Vila Real de Santo António tem a funcionar desde há quatro anos um projeto que surge como solução para dar resposta a uma necessidade eminente: a Inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE) também na reta final da escolaridade obrigatória. Chama-se «Uma História, um Sorriso» e damos a conhecer a equipa técnica que desenvolve este projeto.

GRANDE PLANO

«Uma História, Um Sorriso»

Em cima, da esquerda para a direita: Psicólogo José Azevedo, auxiliar Lena, Prof. Ana Ferreira, Prof. Domingos. Em baixo: Prof. Lénia Gonçalves (Inglês), Prof. Ana Cabrita, Prof. Carla Santos. À equipa técnica do projeto «Uma História, Um Sorriso» juntam-se também as professoras Sílvia Basto, Teresa Sequeira, Cristina Gomes e Augusta Azevedo

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 9

vos é que ganhem hábitos de con-vívio. A sociabilização no primeiro ano é mais morosa para todos, mas depois, aos poucos, essa batalha vai sendo ganha. “Quando chegam, por vezes, querem desistir por se encontrarem numa escola maior e com muitos alunos, mas depois começam o seu processo de inclu-são e essa fase é ultrapassada”. Na sala do projeto estão jovens entre os 17 e os 19 anos. É-lhes pergun-tado o que gostariam de fazer fora da sala de aula, nomeadamente, nos estágios que lhes estão reserva-dos. “A parceria com as entidades recetoras mostrou-se fundamental para a integração destes alunos em contexto de trabalho”, sublinha a professora, contando que existem

casos de alunos que poderão ficar com emprego assegurado quando terminarem o secundário.

Os alunos de «Uma História, Um Sorriso» têm uma turma atribuída onde vão às aulas que mais se encaixa nas suas capaci-dades. No entanto, todos vão às aulas de desporto. E a esta sala vêm cinco professores ensinar áreas muito diversas.

Professora do ensino especial e a docente que passa mais tempo com estes alunos, Ana Ferreira consi-dera que o projeto em causa repre-senta um grande desafio. “Temos de ir ao encontro das capacidades de cada aluno e respeitar cada per-sonalidade”. Quanto à inclusão a docente também testemunha ao

JBG que tem sido “muito boa” Desenvolve um jornal onde

insere as notícias sobre as ativi-dades do projeto através do qual os pais têm acesso ao que vai aconte-cendo nos dias de escola dos seus filhos. Quanto às condições de tra-balho, Ana F. considera que “são ótimas, uma vez que o edifício foi totalmente remodelado”, mas mais um docente de Educação Especial no agrupamento iria otimizar todo o trabalho a este nível.

O papel do psicólogo mostra-se fundamental

José Azevedo é psicólogo do agrupamento de escolas de VRSA e é a ele que os professores recor-

rem com frequência para obter apoio de modo à melhor atuação junto dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, sendo que as reuniões semanais dos docentes afetos ao projeto é um momento cirúrgico para os esclarecimentos e ajustamento ou continuidade dos procedimentos adotados.

Responsável no Serviço de Psico-logia e Orientação conhece todos os processos dos cerca de 100 alunos com necessidades especiais do agrupamento. Apologista de projetos como «Uma História, um Sorriso», também nos conta que existem casos que chegam mais tarde do que deveriam. “Existem alunos que deveriam ter acompa-nhamento antes de chegarem ao

ensino secundário e não o têm”, lamenta, dizendo que no meio de muitos casos existem também os “casos escondidos” e que apenas se revelam quando chegam ao seu gabinete. Este psicólogo considera que nunca é tarde demais, mas lamenta a falta de sinalização de casos que atingem níveis de pro-blemática que poderiam ser evi-tados. Tal como nos explica no caso do projeto «Uma História, um Sorriso» existem problemáti-cas variadas. Desde défice de aten-ção, hidrocefalia, agnésia de corpo caloso, Trissomia 21, sequelas de Traumatismo Crânio Encefálico, entre outros. “Cada caso é um caso e o acompanhamento tem de ser específico”, defende também.

Escola Secundária de VRSA conta quatro anos de Inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais

GRANDE PLANO

Os alunos para além das disciplinas de Matemática e português desenvolvem atividades físicas, artísticas e outras

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LOCAL

De acordo com um comunicado de imprensa da câmara municipal de Castro Marim, “já avançou com a beneficiação de arruamentos na Foz de Odeleite, na freguesia de Odeleite”. Vão ser beneficiadas cerca de 20 ruas e toda uma população que há muito anseia por esta obra por habitarem num lugar à beira-rio “onde muitas ruas ainda não têm qualquer tipo de pavimentação” e “outros arruamen-tos em xisto já existentes encontravam-se bastante degradados”. A beneficiação de arruamentos no concelho é, segundo o executivo liderado por Francisco Amaral, “uma das preocupações da autarquia castromarinense, visando a melhoria das condições de mobilidade para os moradores e a facilitação de acesso dos transportes às povoações”.

A Câmara Municipal de Alcoutim apro-vou, em reunião do executivo, um apoio financeiro superior a 172 mil euros para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim. Este encargo financeiro com aquela associação, agora significativamente reforçado, prende-se com a renovação de três protocolos de colaboração entre as duas instituições no sentido de garantir não só a continui-dade como também o reforço de diver-sos serviços na área social, de socorro, de saúde e apoio à infância.“Considerando alguns constrangimentos identificados no diagnóstico social do concelho de Alcoutim e dado que a polí-tica municipal na área da ação social se orienta no sentido de incentivar o apoio nas mais diversas áreas, um dos proto-colos agora renovados visa um reforço dos serviços gratuitos de terapia da fala, aumentando o número de horas de aten-dimento da especialidade para a popula-ção em geral, assim como a integração de um nutricionista na equipa da área

da saúde que acompanha as crianças das escolas e infantários do concelho”, lê-se no comunicado à imprensa.A autarquia explica que “os serviços gratuitos do nutricionista, agora dispo-nibilizados, vêm colmatar uma lacuna identificada pelos técnicos de saúde que acompanham as crianças, visto que o Centro de Saúde deixou de prestar este serviço. Já o aumento da carga horária dos serviços de terapia da fala permite dar resposta a solicitações da população em geral e em especial o acompanha-mento de idosos e doentes encaminha-dos pelo Hospital Distrital de Faro por terem sofrido AVC´s e outras doenças limitadoras da fala”. Este apoio financeiro garante também a manutenção dos serviços prestados pelos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, nomeadamente no combate a incên-dios, na proteção civil, no socorrismo e transporte de doentes e ainda nos socorros a náufragos e apoio a outras atividades fluviais.

São no total cerca de 73 mil euros numa obra que se divide entre recuperação e beneficiação do arranjo paisagístico situado na envolvente da vila de Castro Marim. A obra está a ser levada a cabo pela câmara municipal local e comporta o melhoramento do jardim e a reabilitação da fonte ornamental. Deverá estar conluída entre Fevereiro e Março.“Desativados há algum tempo e depois de 20 anos de funcionamento, a fonte ornamental e espelho de água deste espaço encontravam-se com as paredes e pavimentos muito fissurados, pelo que serão agora reabilitados com novas camadas de suporte e cobertura e também valorizados com a colocação de nova iluminação (projetores subaquáticos). A referir ainda que a antiga zona de repuxos será convertida num espaço ajardinado”, explica a autarquia. Uma fatia da obra de cerca de 41 mil euros é comparticipada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Esta Zona de lazer por excelência da vila de Castro Marim complementa a substituição de dois núcleos de equipamentos infantis e que foi, entretanto, concluída no ano passado.

Alcarias Grandes localiza-se na fre-guesia do Azinhal, no concelho de Castro Marim, e foi a seguinte locali-dade a receber a obra de água potável numa iniciativa que se insere numa obra global que pretende ao longo do mandato levar água domiciliária tratada às mais de 50 povoações serranas do concelho onde o abas-tecimento ainda é feito através de fontanários públicos ou furos dos pró-prios habitantes. “A empreitada, que engloba as cerca de 50 povoações, será desenvolvida ao longo do man-dato e realizada por administração direta, o que reduz significativamente os custos da instalação”, pode lerb-se num comunicado de imprensa. O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral,

refere que “a autarquia esperou muitos anos por um hipotético financiamento comunitário, a situação era insustentável. Estamos a falar de cerca de 1000 pessoas, a maior parte idosos e com muitas dificuldades de mobilidade”.

20 ruas da Foz de Odeleite estão a ser melhoradas

Município de Alcoutim reforça apoio financeiro aos Bombeiros

Decorre recuperação e beneficiação de Zona de Lazer de Castro Marim

Alcarias Grandes recebe água potável

Uma obra muito aguardada pela população que vivem à beira-rio Guadiana

Alcarias Grandes localiza-se na freguesia do Azinhal

Castro Marim

A obra deverá terminar entre Fevereiro e Março próximos e decorra numa zona para lazer em parte desativada há alguns anos

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LOCAL

As prioridades em 2015 assumi-das na elaboração do Orçamento Municipal de Vila Real de Santo António (VRSA)mantém-se nas grandes áreas: ação social, edu-cação e saúde. Este orçamento ascende aos 37 milhões de euros.

500 mil euros para Educação e um milhão para ação social

De acordo com informação oficial da câmara municipal de VRSA “para a educação está con-templado um investimento pró-ximo de meio milhão de euros, enquanto os serviços de ação social serão dotados com uma verba de um milhão de euros”.

100 mil euros para a saúde

Por seu turno, o executivo des-tinou a quantia de 100 mil euros para a saúde, onde se destaca o programa de cuidados de saúde

No início do ano as ruas de Castro Marim, e com maior incidência as que estão próxi-mas das escolas, viram surgir uma campanha anti-tabagismo. O executivo liderado por Francisco Amaral mostrou-me, especialmente, preocupado com as camadas mais jovens e que já são fumadoras ou que são afetadas, negativamente, por fatores pró-tabaco. O slogan desta campanha diz tudo: «Fumar fica-te a matar». E apesar desta campanha com uma imagem gráfica que diz muito aos jovens, pretende-se que a mesma atinja toda a comunidade que adotou ou pensa vir a adotar o vício do tabaco.

Esta campanha prevê, tal como informa a câmara municipal de Castro Marim, a realiza-ção de palestras nas escolas, “alertando para os perigos do tabaco, que é hoje a principal causa de morte evitável”.

Para a população em geral, será também realizada uma palestra na Biblioteca Muni-cipal de Castro Marim com a médica pneumologista do Hospital de Faro, Dra. Fernanda Nascimento.

Esta campanha de combate ao tabagismo tem o apoio da Pulmonale, Associação Portu-guesa de Luta contra o Cancro do Pulmão.

intermunicipal «Cuidar», desen-volvido em parceria com o muni-cípio de Olhão.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “sem abdicar de qualquer redu-ção nas políticas sociais, como são os casos dos programas de apoio à saúde, à terceira idade ou os programas de apoio escolar, a autarquia de VRSA responde de uma forma eficaz à situação con-juntural de crise e mantém a ajuda a quem mais necessita”.

14 milhões para Fundo de Apoio Municipal

Na nota enviada às redações pode ler-se que “o orçamento para 2015 destina igualmente uma verba de 14 milhões de euros para a adesão voluntária do município ao Fundo de Apoio Municipal. Com esta medida, a autarquia prossegue a sua polí-tica de consolidação das finanças municipais, cumprindo os seus compromissos e injetando liqui-

dez na tesouraria”.

Saldadas dívidas no âmbito do PAEL

“Neste momento, a autarquia de VRSA concluiu também o paga-mento de todas as dívidas abran-gidas pelo Programa de Apoio à

Economia Local (PAEL). Através deste programa, o município saldou as dívidas vencidas há mais de 90 dias e registadas até 31 de março de 2012, tendo uma parte substancial das verbas recebidas se destinado a liquidar faturas e a injetar liquidez na economia local”, enfantiza a nota.

No seguimento desta infor-mação a edilidade informa que “também através do programa de reequilíbrio financeiro, a Câmara Municipal liquidou as obrigações com data de fatura até 31 de dezembro de 2012, estabilizando as contas municipais e aliviando a tesouraria”.

Orçamento de VRSA mantém em 2015 prioridades para as áreas de ação social, saúde e educação

Morte devido ao tabaco é evitável. Campanha incentiva jovens a deixar de fumar

Castro Marim

No total o orçamento de Vila Real de Santo António é de 37 milhões de euros

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LOCAL

Os apoios prestados através do Cartão Social criado pelo município de Alcoutim vigoram entre 1 de Janeiro e 31 de Dezem-bro de 2015. O grande objetivo é minorar as dificuldades dos agregados alcoute-nejos mais carenciados, sendo que já vai ser atribuído Cartão Social a 80 famílias sinalizadas.

“De acordo com o regulamento em vigor, o Cartão Social do Município concede reduções de 50% no pagamento de taxas e tarifas cobradas pelo município, designa-damente no que concerne ao pagamento mensal de água domiciliária, saneamento básico e recolha de resíduos sólidos; cons-trução de ramais domiciliários de água e esgotos domésticos; ligação à rede geral

de abastecimento domiciliário de água; na obtenção de alvará de licença/autorização de construção; limpeza de fossas céticas; entrada na Piscina Municipal”, pode ler-se no comunicado enviado ao JBG.

Como requerer Cartão Social

Pode requerer este apoio na câmara o munícipe que pertença a um agregado familiar cujo rendimento mensal per capita seja igual ou inferior ao valor do Regime Especial de Segurança Social das Ativida-des Agrícolas ou, sendo deficiente (Grande deficiente), desde que o rendimento mensal per capita do agregado familiar seja igual ou inferior ao salário mínimo nacional.

José Carlos Pereira, presidente da Mesa de Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros de Alcoutim, acusa sócios afetos à lista A, liderada por Francisco Xavier, de terem “tomado de assalto” aquela associação numa reunião extraordinária “que tinha como ponto único na ordem de trabalhos agendar novas eleições.” O presidente garante que nessa reunião foi “insul-tado e ameaçado, pelo que às tantas não estavam reunidas as mínimas condições para continuar a desenvolver normalmente os trabalhos”. José C. P. conta-nos que “foi apresentada e aprovada por parte dos sócios afetos à Lista «A», [que constituíram a maioria presente naquela reunião] uma proposta sem qualquer fundamento legal e que para além de propor eleições concorrendo unicamente a Lista A, propôs a rejeição do pre-sidente da Mesa”. Perante “este desenrolar de acontecimentos irregulares num ambiente agres-sivo e anti-democrático” José C.P. conta-nos que não teve “outra alternativa senão suspender os trabalhos”.

Francisco Xavier acusa presidente de “se demitir das suas funções”

Ao JBG o cabeça-de-lista a estas eleições pela Lista A, Francisco Xavier refuta estas acusações, advo-gando que “o senhor presidente da Mesa permitiu que fosse apresentada a nossa proposta que, ao

contrário que ele diz, não pedia a sua demissão, mas apenas apresentou um voto de reprovação pela forma como todo este processo eleitoral foi conduzido”. Este candidato da Lista A, fala mesmo em “incompetência”, porque, conta, “fui eu que detetei que a Lista B candidata a estas eleições estava ferida de ilegalidade, pois à lista faltavam dois membros nos órgãos sociais”. F. Xavier explica que comunicou essa irregularidade à Mesa e que “fora do tempo previsto nos estatutos [48 horas]” a sua Lista “ recebeu um ofício, dando conta que um dos nossos sócios subscritores não tinha as quotas em dia”. Contudo, F. Xavier garante que “esta comunicação já foi feita fora dos prazos legais não permitindo as devidas correções em tempo útil” pelo que considera que “não existe fundamento para a lista A ser penalizada, “porque apenas não fez essa correção a tempo por falha dos serviços administrativos da Mesa, além de que não estamos a falar de falha nos órgãos, mas apenas de um sócio subscritor”. Quanto à constituição da nova Mesa na reunião extraordinária de, 9 de janeiro, Francisco Xavier conta que “apenas foi constituída com sócios pre-sentes nova Mesaporque o seu presidente e restan-tes membros se demitiram das suas funções”.Desta reunião saiu a marcação de novas eleições para 9 de Fevereiro em que a Lista A concorre sozinha.José Carlos Pereira disse ao JBG que vai recorrer aos tribunais e que está confiante que esta “situa-ção ilegal e anti-democratica vai ser travada”.

A Biblioteca Municipal de Alcoutim acolheu, nos dias 15 e 16 de janeiro, a Exposição Itinerante «PROFORBIOMED». A iniciativa, cuja organização esteve a cargo do INUAF, Município de Alcoutim e Associação Cumeadas, teve como mote a promoção da biomassa florestal residual na bacia do Mediterrâneo.

Inserido no Projeto MED estratégico 2010-2014, o projeto “PRO-FORBIOMED”, desenvolvido por uma parceria entre 18 entidades, pretendeu propagar o desenvolvimento de uma estratégia integrada onde a biomassa florestal é usada como fonte de energia.

No âmbito da fase de encerramento do projeto, a exposição itinerante “PROFORBIOMED” apresentou os seus resultados finais, sendo também distribuídos materiais de divulgação e prestados esclarecimentos sobre a temática.

Cartão Social vai beneficiar 80 famílias carenciadas

Listas a eleições nos Bombeiros de Alcoutim envolvidas em polémica

Alcoutim aposta na promoção da biomassa florestal

Para requerer apoio o munícipe deve dirigir-se à divisão de ação social do município de Alcoutim

Alcoutim

«Casa dos Condes» recebeu exposição relativa a Biomassa

O processo eleitoral na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim ficou marcado por polémica. Presidente da assembleia-geral admitiu recorrer aos tribunais, contestando “tomada de assalto de lista A”. Por sua vez, o cabeça-de lista da «A» acusa aquele presidente de cometer ilegalidades e de se demitir das suas funções.

Susana H. de Sousa

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 13

Foram duas semanas de comemorações onde marcaram presença diversas iniciativas sempre em torno da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António. Desde exposições de colecionismo, apresentação as viaturas do Quartel, lançamento do Inteiro Postal até, entre outras ações, à Sessão Solene presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna. Homenagens e distinções marcaram também pontos altos destas celebrações numa Associação que a título pioneiro e único no país serve dois concelhos: Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Textos: Susana H. de Sousa / Fotos cedidas

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ESPECIAL

Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA comemorou 125 anosA efeméride foi assinalada com popa e circunstância por uma dire-ção presidida por Nuno Pereira. Em declarações ao JBG, no dia do lançamento do Inteiro Postal (que contempla os respetivos selo e carimbo alusivos aos 125 anos da corporação) o presidente desta Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Real de Santo António lembrava que “apesar das condições financeiras não serem nesta altura as melhores a data pede uma comemoração à altura”. E assim foi.

Ao longo de duas semanas os 125 anos desta associação, que serve os concelhos vizinhos de Castro Marim e Vila Real de Santo Antó-nio, foram assinalados por diver-sas iniciativas. Foram chamados a participar todos os membros da corporação e a sociedade civil foi a convidada de honra.

Nomeadamente, as escolas, tive-ram a oportunidade de levar os seus alunos ao quartel e visitar a exposição e demonstração de meios. Mas esta foi uma mostra que transformou o Quartel aberto

para toda a população. Ao longo de duas semanas a exposição de cole-cionismo da seção de colecionismo da associaçãomarcou também pre-sença, desta vez no gimnodespor-tivo do quartel. Neste campo o professor Albano responsável pela mesma lembrou ao JBG “o carácter pedagógico que a caracteriza por nos trazer a his-tória e relevar o papel desta asso-ciação”.

No dia 15 houve a apre-sentação de um inteiro postal dos CTT alusivo aos 125 anos. E no mesmo dia can-tou-se os para-béns numa confraternização com a comunidade.

Governo presidiu a sessão solene comemorativa

E foi na presença do secretário de

Estado da Administração Interna que a sessão solene comemorativa dos 125 da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros de Vila Real de Santo António decorreu. E este, para além de um momento solene, foi espaço de foco de diversos temas que estão em cima da mesa

dos bombeiros a nível nacional.Desde logo as questões que

dizem respeito à tão aguardada lei de financiamento dos bombeiros foi abordada tanto pela Liga dos Bombeiros Portugueses, como pela Federação dos Bombeiros Portu-gueses, bem como pelo João Pinho

de Almeida, secretário de Estado. Este governante recordou que a legislação para o financiamento das corporações está concluída e que vai representar um aumento de cerca de 10% no financiamento. João Pinho de Almeida assegurou que se trata de um aumento que

“não coloca em causa os apoios que as corporações já recebem”.

No entanto, esta não se tratou de uma questão pacífica no seu período de elaboração porque o Governo não conseguiu reunir os três pilares que gostaria para a elabora-ção da nova lei de finan-ciamento. A Associação Nacional de Municípios não assinou por baixo,

alegando que as câmaras já con-tribuem para os bombeiros, e deste modo ficou de fora desse financia-mento. A lei fez-se com os outros dois pilares: Governo e sociedade civil.

Abordando esta questão no seu discurso Paulo Morgado, da Fede-

ração dos Bombeiros do Algarve, lembrou que esta é uma lei que carece de “urgência”, sendo que António Rodeia Machado da Liga dos Bombeiros Portugueses garan-tiu que “existem autarquias no país que não contribuem com um único tostão para os bombeiros”, lamentando que não tivesse havido acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Castro Marim e VRSA distinguidas pelo apoio prestado

O apoio dado pelos municípios de Castro Marim e Alcoutim aos bombeiros foi motivo de distin-ção da parte da Liga que atribuiu medalha de ouro por Serviços Distintos, tendo sido sublinhado o apoio prestados nos últimos anos.

Transporte de Doentes mantêm-se competência dos bombeiros

A questão do transporte dos

O apoio dado pelos municípios de Castro Marim e Alcoutim aos bombeiros foi motivo de distin-ção da parte da Liga que atribui medalha de ouro por Serviços

Distintos

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ESPECIAL

Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA comemorou 125 anos

doentes foi também abordada naquela sessão solene, e é, de resto, um tema que muito diz a este tipo de corporações. O secre-tário de Estado recordou que cabe às associações humanitárias desempenhar estas funções, lem-brando o investimento feito, subli-nhando que esta capacidade “não pode ser desvalorizada”. O novo regulamento estará concluído e foi Rodeia Machado que garantiu que “falta acertar o preço por qui-lómetro”.

Comandante Paulo Simões enfatiza importância da formação

O comandante Paulo Simões, que deu nota nesta cerimónia que por razões familiares pediu a demissão, enfatizou a importância de se apostar mais na formação de modo a cativar sangue novo para os bombeiros. Recorde-se que a Associação Humanitária de Bombeiros de VRSA é um exemplo a nível nacional com a escola de

Infantes e Cadetes. O comandante lamentou que desde 2010, “altura em que foi prometida por parte da Associação Nacional de Proteção Civil legislação sobre a Forma-ção nada tenha sido feito”. Sobre o tema João Pinho de Almeida assumiu a importância da forma-ção e garantiu que “o Governo está a trabalhar nesta matéria”.

Cartão Social do Bombeiros em cima da mesa

Depois de Rodeia Machado anunciar que vai ser criado o cartão social, que trará alguns benefícios aos bombeiros, João Pinho de Almeida explicou que nesta matéria “será feito o que for possível numa altura em que o Governo está a recuperar”. O governante explicou que “foi um grande avanço “os bombei-ros como parceiros sociais, inte-

grando o Conselho Económico e Social, sendo, por isso, uma voz ativa”.

Francisco Amaral enalteceu papel dos bombeiros

No seu discurso o presidente da câmara municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, acen-tuou a importância que esta corporação teve numa altura em que Alcoutim não tinha bombeiros e ele era médico e por diversas vezes solicitava a “preciosa ajuda” dos bombeiros

de VRSA. Hoje à frente dos des-tinos de Castro Marim garante que do que si depender “não vai faltar dinheiro para a protecção civil”.

Conceição Cabrita, vice-presi-dente da câmara municipal de VRSA, falou desta corporação

com “orgulho” no presente e no pas-sado, lembrando dois nomes: Comandan-tes Luís Figueiredo e Sérgio Batista [este último homenageado este ano. Ler ao lado]. A autarca salientou a taxa municipal de pro-tecção civil criada pelo executivo a que per-tence e a importância

que tem no financiamento destes bombeiros.

Ajudem os bombeiros

O anfitrião desta cerimónia, o presidente da Associação, Nuno Pereira, apelou para que haja um apoio constante aos bombeiros.

“Não se pode pensar nos bombei-ros só quando temos falta deles”, disse.

O responsável salientou todo o trabalho da associação, lem-brando que a Unidade Local de Formação já ministrou cerca de 50 cursos para mais de 700 bom-beiros da região.

Homenagens e distinções

A sessão solene foi também espaço para distinguir o trabalho dos bombeiros de VRSA. Várias foram as medalhas atribuídas naquela tarde.

Houve também uma sentida homenagem ao antigo coman-dante Sérgio Batista a quem vai ser dado o nome da rotunda da Avenida das Comunidades, numa proposta feita pelos bombeiros. E nessa rotunda vai ser colocada o busto deste comandante que serviu a corporação entre 1978 e 2001.

Para receber esta homenagem estiveram a viúva e os filhos.

O comandante Paulo Simões enfatizou a importância de se apostar mais na formação de modo a cativar sangue novo

para os bombeiros

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DESENVOLVIMENTO

Depois da foz, dragagem sobe o rio Guadiana em Março

Mobilidade e Transportes no Algarve em discussão na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve

Os trabalhos da segunda fase do projeto de desassoreamento do Guadiana estão previstos arran-carem em meados de março e ter-minar em junho. Esta última fase da intervenção incluirá dragagens pontuais entre a Ponte Interna-cional do Guadiana e Alcoutim, balizamento e sinalética e será da responsabilidade da DGRM (Direção Geral de Recursos Marí-timos). A confirmação foi dada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg).

Primeira fase da obra apresentada em Ayamonte

Entretanto a CCDRAlg, a Junta de Andaluzia, e as Câmaras Muni-cipais de Vila Real de Santo Antó-nio e Ayamonte apresentaram, no dia 21 de janeiro, no cais de Aya-monte, a obra de dragagem da foz do Rio Guadiana, cujos trabalhos arrancaram no início de 2015.

Esta, que é a primeira fase do desassoreamento do Guadiana, permitirá que a barra do rio recu-pere uma profundidade mínima

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) vai realizar uma sessão sobre o tema «Mobilidade e Transportes no Algarve» a qual terá lugar no próximo dia 4 de fevereiro de 2015, quarta-feira, pelas 14h15, no Auditório da CCDR Algarve, em Faro.

“Um sistema de mobilidade mais eficiente e de articulação mais eficaz entre os centros urbanos de maior dimensão deverá contribuir para a melhoria dos padrões de mobilidade e a redução da dependência auto-móvel, bem como o menor consumo de energia e redução de emissões, e criar economias de aglomeração e de complementaridade. A pro-moção de condições de mobilidade sustentáveis implica a necessidade de repensar o modelo de mobili-dade vigente na região, criando as condições adequadas para a promoção dos transportes públi-cos regionais e locais, por forma a reduzir a importância relativa do transporte rodoviário individual”, lê-se num comunicado à imprensa. Nesse sentido, a CCDR Algarve adjudicou um estudo, à empresa

de 3,5 metros e está avaliada em 723 mil euros.

A intervenção, que se prolon-gará até março, tem por base o

memorando de entendimento assinado em Lisboa, em 2014, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e está a ser

conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Andalu-zia.

Recorde-se que a dragagem

incidirá numa zona de 1250 metros de comprimento por 60 metros de largura, devendo ser retirados cerca de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que serão utili-zados para realimentar as praias mais próximas da foz.

O presidente da CCDR Algarve, David Santos, no decorrer da cerimónia destacou a importân-cia da EURORREGIÃO neste pro-cesso, e enumerou as vantagens económicas e turísticas desta intervenção para os municípios raianos de VRSA, Castro Marim e Ayamonte, que representam a Eurocidade do Guadiana.

“As dragagens que ocorreram no foz do Guadiana foram em 1955, 1969, 1978 e 1987. Há assim 28 anos que a foz não era dragada”, sublinhou David Santos.

Para o presidente da autarquia de VRSA, Luis Gomes “as draga-gens irão aumentar também as potencialidades marítimo-turís-ticas da marina de VRSA e da Eurocidade do Guadiana”, tendo destacado que, “pela primeira vez, se passou dos projetos a uma intervenção no terreno”.

Terraforma, Sociedade de Estudos e Projetos, Lda., que vai ser apresen-tado nesta sessão, para identificar os estrangulamentos, especificar os instrumentos de política mais ade-quados no domínio da mobilidade e dos transportes, numa lógica inte-grada de promoção de uma estraté-gia sustentável de desenvolvimento regional e coesão territorial, dado que o território constitui o elemento agregador e transversal a todas as políticas sectoriais.

Será, também, apresentado o Portal da Mobilidade e Transpor-tes - projecto desenvolvido pela CCDR Algarve em parceria com o Centro de Cartografia da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa -, uma plataforma web dedi-cada à divulgação regular e perió-dica dos indicadores dos fluxos de tráfego e de passageiros na Região do Algarve. A informação divulgada resulta de um trabalho entre a CCDR Algarve, entidades públicas com a tutela dos diversos modos de trans-porte e os operadores regionais, per-mitindo uma perspectiva regional e dinâmica da evolução dos diversos indicadores.

A obra de dragagem do Guadiana foi apresentada em Ayamonte

O objetivo da CCDR Algarve é projetar um sistema de mobilidade mais eficaz entre os centros urbanos

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DESENVOLVIMENTO

Turismo de Natureza do Baixo Guadiana divulgado na Holanda

Odiana recolhe contributos da comunidade para combater desemprego, exclusão social e abandono escolar

A Associação Odiana foi até aos Países Baixos promover o turismo ativo, com enfoque nas vertentes de trekking e o biking. Sendo a Holanda um dos principais mer-cados emissores de viagens de turismo de natureza, a Odiana levou o Baixo Guadiana até à Feira Internacional «Fiets en Wan-delbeurs» que decorreu entre 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro.

É a primeira vez que a Asso-ciação Odiana se desloca até Holanda, Amesterdão, para par-ticipar naquela que é uma das maiores feiras da Europa de Turismo Ativo. O certame inter-nacional «Fiets en Wandelbeurs» e é considerada uma das mais influentes feiras europeias em produtos de trekking e biking, sendo a mais completa feira do Benelux para os ciclistas de lazer e caminhantes.

A ida a esta feira pretende

No final do mês de Janeiro a Odiana realizou diversos encontros na faixa litoral urbana do território do Baixo Guadiana para recolher contributos da sociedade civil de modo a preparar candidatura a fundos comunitários.

Cerca de duas centenas de pes-soas colaboraram ao longo de três sessões nos concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim. De acordo com um comunicado da Odiana “sazonalidade, ausência de suporte financeiro e alavancagem económica, baixa qualificação, saturação do setor do turismo, nomeadamente a área da hotela-ria, e a falta de comunicação entre agentes locais, foram os principais problemas anotados”.

Quanto a soluções avançadas estão a “revitalização da indústria, a criação de uma escola profissio-nal, implementação de um fundo de investimento local, mais par-cerias entre as entidades e a cria-ção de uma entidade agregadora

aumentar a notoriedade do des-tino «Baixo Guadiana» e provar que este território tem potencia-lidades vastas e segredos naturais imensos à espera de serem percor-ridos. O objetivo é não focar uni-camente no binómio sol e praia, mas sim num turismo de interior, um turismo de qualidade, um turismo integrado e sustentável que pretende derrubar a barreira sazonal e destacar uma região de excelência turística apostando no pedestrianismo, cicloturismo/BTT e na ornitologia, que nos últimos anos tem ganho grande expressão no território e no qual a Odiana já editou um roteiro ornitológico e itinerários alusivos.

A destacar que países como a Alemanha e Holanda são os principais mercados emissores de viagens de Turismo de Natureza, concentrando, conjuntamente, 45% do total das viagens de

encarregue da assessoria e apoio na implementação de ideias de negócio”.

A Odiana explica que “é no âmbito do instrumento territorial Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) de tipologia Urbano, que a Associação Odiana, juntamente com os agentes locais, está a candidatar-se para aceder a fundos comunitários que pro-movem respostas aos elevados níveis de desemprego e índices de pobreza na faixa litoral do territó-rio do Baixo Guadiana”.

A salientar que o DLBC pretende uma concertação estratégica e ope-racional orientada para o empre-endedorismo e a criação de postos de trabalho, em coerência com o Acordo de Parceria – Portugal 2020 – e no quadro da prossecução dos objetivos da estratégia Europa 2020.

Pode enviar o seu con-tributo para [email protected]

natureza realizadas pelos europeus.

Recorde que a Odiana imple-mentou uma rede de 135 km de per-cursos pedestres de pequena rota, uma Grande Rota do Guadiana (GR15) prestes a ser «inau-gurada» e que irá ligar o interior ao litoral a pé, e ainda a Ecovia do Algarve e a Via Algarviana.

A participação da Associação Odiana neste certame inter-nacional realiza-se enquanto associada da Associação de Turismo do Algarve (ATA), tendo portanto um balcão específico no

stand do Região do Algarve para efeitos de divulgação.

A Associação Odiana volta a dar formação no território do Baixo Guadiana nas áreas de informática, turismo, trabalho social e produção agrícola e animal

Governança

São 19 agora os Estados-membro que per-tencem à zona euro. As primeiras notas de euro chegaram à Lituânia de barco no dia 23 de Outubro, mas só a 1 de janeirto de 2015 é que começam a ser usadas em detrimento da moeda nacional, a litas (com cada euro a valer 3,45 litas). Fabricadas no banco central alemão, pesavam 114 toneladas, no valor de 132 milhões de euros, e foram transportadas em segredo por questões de segurança.

Guardadas nos cofres dos bancos, chegou agora a vez de iniciarem uma nova viagem, através das mãos dos lituanos, espalhando-se depois pelo resto da zona euro que, a partir desta quinta-feira, é composta por 19 países membros.

Em declarações ao PÚBLICO, Mauricas Zygi-mantas, economista-chefe do Nordea Bank da Lituânia e professor na Universidade de Gestão e Economia (ISM) de Vilnius, realça que a adesão ao euro reforça as ligações ao Ocidente e irá trazer benefícios económicos ao país. “O euro representa mais um passo na direcção” da Europa Ocidental, que, realça, é “próspera, democrática, tolerante e transparente”, e mais um passo para se distanciar do Leste europeu, “empobrecido, autocrático, intolerante e cor-rupto”. Mauricas Zygimantas destaca que a moeda única tem “vários benefícios para ofe-recer”, destacando quatro elementos-chave: facilita a livre movimentação de bens, serviços, pessoas e capital, potenciando os benefícios do mercado único; elimina riscos que ainda sub-sistiam de desvalorização da moeda (apesar da litas orbitar junto do euro desde 2002); permite influenciar as políticas do Banco Central Euro-peu; e vai facilitar o comércio, investimento e turismo entre os três países bálticos.

A Estónia e Letónia usam, respectivamente, a moeda única desde 2011 e 2014 (a Letónia foi o membro mais recente), e a entrada da Lituânia coloca o país em pé de igualdade com os dois vizinhos, além de representar o fim de um período em que cada um dos pequenos países do Báltico tinha a sua própria moeda.

http://www.publico.pt/economia/noticia/lituania-fecha-ciclo-de-adesao-ao-nucleo-de-paises-da-zona-euro-1680861

Todas as semanas uma história: https://europa.eu/eyd2015/pt-pt/stories.

A União Europeia está presente e ativa na maioria dos países do mundo. As suas 139 delegações em todo o mundo são uma preciosa fonte de informação da UE no terreno. Todos os dias contribuem para a criação de parcerias sólidas e duradouras, por vezes, em condições extremamente difíceis e perigosas.

Tendo defendido acerrimamente os objeti-vos de Desenvolvimento do Milénio da ONU, a UE participa agora na elaboração de uma agenda para o desenvolvimento mundial com vista a obter uma mudança duradoura e a aproximar-nos do objetivo final: uma vida digna para todos.

+info Sitio oficial https://europa.eu/eyd2015/

pt-pt Facebook Portugal https://www.facebook.

com/anoeuropeudesenvolvimento2015 Plataforma online para parceiros http://

capacity4dev.ec.europa.eu/ História da semana: https://europa.eu/

eyd2015/pt-pt/european-union/stories/week-2-reina-valladarez-has-sewn-success

Lituânia já pertence à Zona euro

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

«Perto daEuropa»

Odiana já é entidade formadora certificada

A Associação Odiana volta a dar forma-ção no território do Baixo Guadiana nas áreas de informática, turismo, trabalho social e produção agrícola e animal. O objetivo é aumentar as competências dos recursos locais e contribuir para a empregabilidade dos jovens.

Desde meados de Janeiro que a Odiana é uma entidade formadora cer-tificada pela Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) nas áreas de educação e formação: 482 – Informática na ótica do utilizador; 621 – Produção agrícola e animal; 762 – Trabalho social e orientação: 812 – Turismo e lazer. Estas áreas pretendem sobretudo satisfazer lacunas formativas e de competências no mercado labo-ral, aumentando as qualificações da população ativa. Neste âmbito a Odiana pode ainda estabelecer protocolos com outras entidades relevantes para exe-cução do seu plano formativo.

A certificação, nos termos do Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), abre portas à Odiana para a realização de cursos de formação (financiada e não financiada) de forma a aumentar as competências dos recursos locais, bem como contribuir para a empregabili-dade de jovens, nas áreas de maior desenvolvimento atual no território.

A destacar que esta certificação constitui um requisito obrigatório de acesso aos programas de financiamento público, nacional ou comunitário, ao nível da formação profissional, sendo que se avizinha a entrada em vigor do novo Quadro Comunitário de Apoio.

Atualmente ainda não há previsão de datas para o início dos cursos, sendo que atempadamente a Odiana irá efe-tuar a sua divulgação.

Para informações acerca da Formação contacte: [email protected]

Várias áreas

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 19

CULTURA

Colecionador, investigador e jornalista juntos pela história da Rádio

Mito Algarvio comemora aniversário com inauguração da sede social em Altura

Encontro de Clássicos em VRSA todos

os meses

«Memórias da Telefonia» foi exposição que deu mote à presença de Adelino Gomes na «Casa dos Condes». O con-sagrado jornalista português, uma das grandes vozes da rádio, apresentou a 23 de Janeiro na Casa dos Condes, a biblioteca de Alcoutim a obra «A Rádio em Portugal: sempre no Ar, sempre con-sigo», do investigador e professor uni-versitário Rogério Santos. A presença de Adelino Gomes, responsável naquela noite por uma autêntica viagem no tempo, foi um bónus que a editora deu à organização destas tertúlias. “Quando nos disseram que Adelino Gomes viria apresentar o livro ficámos muito feli-zes”, comentou-nos Cristina Arherns, co-organizadora com Carlos Barão do evento, numa noite onde não faltou o som de uma grafonola.

Relembremos que a Casa dos Condes, Biblioteca Municipal de Alcoutim, rece-beu entre os dias 6 e 30 de janeiro a exposição «Memórias da Telefonia», do colecionador Orlando José. Esta é uma coleção de telefonias de outros tempos cada uma responsável pela prisão de um olhar pausado sobre a sua beleza

A Sede Social da Mito Algarvio – Asso-ciação de Acordeonistas do Algarve está localizada na antiga escola primária do Barrocal, em Altura, cedida pelo muni-cípio de Castro Marim. A inauguração foi feita no âmbito do programa das comemorações do 3º Aniversário da associação que teve lugar no dia 1 de Fevereiro. Para esta sessão, presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, foram convidadas diversas individualidades, entre as quais, a Diretora Regional da Cultura, Alexandra Gonçalves, autarcas e sócios da Mito Algarvio, houve um momento musical com a atuação dos acordeonistas João Frade (campeão do

Decorreu em Janeiro o I Encontro de Clássicos em Vila Real de Santo António e contou com a par-ticipação de 20 automóveis clássicos. A ideia é a adesão ir crescendo e a Praça Marquês de Pombal ser um local de afirmação destes encontros que acontecem no último domingo de cada mês.

A organização foi da Associação de Empresá-rios de VRSA.

e particularidades. A colecção tem resi-dência na casa do colecionador, que se caracteriza como “um coleccionador muito organizado” e que tem um amor profundo pelas suas peças.

O colecionismo na sua vida tomou tais proporções que actualmente detém 1500 peças e um museu etnográfico em Alcaria dos Javazes, em Mértola, no Alentejo. Os rádios, porém, mantém-se na sua casa. “A rádio tem essa capacidade de nos alicia para colocar a nossa imagi-nação a imaginar. E não nos pode-mos esquecer do papel importante que teve numa época em que não havia televisão”, comentou ao JBG momentos antes do início da tertúlia. São 120 telefonias, em que a mais antiga, da marca Philips remonta ao ano de 1927.

Viagem no tempo

A celebrar a 50.ª edição de «A Palavra Sexta à noite» a Casa dos Condes brindou os alcoutenejos e visitantes com uma tertúlia/pales-

mundo), Emanuel e Simone Marçal.

3.º Aniversário da Mito Algarvio

As comemorações do 3º Aniversário da Mito Algarvio tiveram lugar no salão de festas da Quinta do Sobral, em Castro Marim, às 13 horas, com um Almoço de Gala para o qual foram esperadas cente-nas de pessoas, numa festa de celebração e, simultaneamente, de homenagem ao acordeão e aos acordeonistas algarvios.

Durante a tarde, depois do almoço, realizou-se o Festival Internacional de Acordeão, tendo como convidado espe-cial o prestigiado acordeonista francês

Michel Sapateado, a par de uma plêiade de grandes acordeonistas nacionais que, durante a tarde, desfilaram pelo salão de festas da Quinta do Sobral, tais como, João Filipe Guerreiro (Vice-campeão do mundo), Acordeões em Sintonia, Jéssica Guerreiro (vencedora do concurso rainha do acordeão da RTP), Manuel Guerreiro Matias, Fernando Inês, Daniel Silva, João Sabóia, Pedro Constâncio e Rui Briceño. Para a Câmara Municipal, a realização das comemorações do 3º Aniversário da Mito Algarvio e o Festival Internacional de Acordeão constituem um forte contributo para que Castro Marim se afirme, cada vez mais, como a capital do Acordeão no Algarve.

tra que transportou por anos idos da rádio. Em Alcoutim, Rogério Santos, autor do livro «A Rádio em Portugal: sempre no Ar, sempre consigo» foi escutado por uma sala cheia e entu-siasmada. O seu livro foi apresentado por quem tem legitimidade no tema e um conhecimento enorme sobre a temática. O jornalista Adelino Gomes falou sobre a «Emissora Nacional» na época da ditadura, do Rádio Clube Português , da Renascença. Falou-nos das grandes vozes, dos grandes nomes, das radionovelas, fazendo a ponte para os dias de hoje em que se vive a época dos «1000 media». Classificou o livro de Rogério Barroso como uma obra que “convoca para a nossa própria memória”.

O jornalista aproveitou a presença de Carlos Brito, resistente anti-fascista e fundador do Jornal do Baixo Gua-diana, para relevar o seu papel para a democracia portuguesa.

O livro de Rogério Santos foi edi-tado pela Colibri e o editor Fernando Mão de Ferro também esteve presente na «Palavra Sexta à Noite».

A coleção de rádios marcou o cenário da apresentação do livro que nos fala da história da Rádio em Portugal

Escola do barrocal, em Altura, é a nova sede da «Mito Algarvio»

A praça Marquês de Pombal recebeu 20 automóveis clássicos

50.ª «A Palavra Sexta à Noite»

Várias áreas

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

CULTURA&AGENDA

Música para bebés e crianças na Biblioteca Municipal de VRSA

Exposição em VRSA assinala 150 anos da Cruz Vermelha

A Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, recebeu, no dia 31 de janeiro, sábado, o primeiro espetáculo do ciclo «Música para Bebés e Crianças». A iniciativa destinou-se a crian-ças dos 0 aos 5 anos e preten-deu, através de uma série de atividades musicais, proporcio-nar um ambiente adequado para que cada bebé ou criança possa desenvolver a linguagem gestual, a coordenação motora e as capa-cidades musicais. As sessões são conduzidas pelo

Em 1864, Portugal participou da Convenção de Genebra que constituiu o primeiro marco para aquilo a que hoje se chama o direito internacional humanitá-rio. Foi então representado pelo Dr. António Marques, médico militar. Após o seu regresso a Lisboa, foi organizada a Comis-são Provisória de Socorro a Feridos e Doentes em Tempo de Guerra, 11 de fevereiro de 1865, data considerada como a da fundação da Cruz Vermelha

músico Ricardo Silva, que conta já com 23 anos de experiência na área de educação musical pré-escolar e editou vários trabalhos com temas infantis. É professor de educação musical, contador de histórias, maestro de um grupo coral, bem como promotor de atividades musicais para todas as idades. Com a duração de 30 a 45 minu-tos, as sessões estão segmenta-das para bebés dos 0 aos 2 anos (15h30) e para crianças dos 3 aos 5 anos (17h00), que devem ser sempre acompanhadas por

Portuguesa.A Delegação da CVP de Vila Real de Santo António associa-se à comemoração desta efeméride com a organização de uma expo-sição alusiva ao tema a ter lugar na Biblioteca Municipal António Vicente Campinas, entre 7 e 11 de fevereiro, que integrará um pequeno historial da Organiza-ção e documentos/testemunhos da ação que tem sido desenvol-vida a nível global e, mais espe-cificamente, a nível local.

um adulto. As inscrições têm um custo de 5 euros por criança e podem ser efetuadas pelo email [email protected] ou pelo telefone 281 510 050, não sendo necessário os participantes levarem qual-quer tipo de material para a atividade. Organizado pela Câmara Muni-cipal de VRSA e pela Biblioteca Municipal Vicente Campinas, o ciclo «Música para Bebés e Crian-ças» irá regressar à biblioteca nos dias 21 de março e 23 de maio, no mesmo horário.

A G E N D A

4 horas TT Pereiro - Alcoutim28 de fevereiro - Pereiro

Aulas de Zumba, step, bodycombat, pilates, ginástica localizadaAtividade gratuita Pavilhão da EBI de AlcoutimHorário: terças e quintas-feiras às 19h30 Ginásio da EBI de Martim LongoHorário: segundas e quartas-feiras às 19h0

Ginástica de Manutenção SéniorLocal: Martim Longo - Pavilhão Desportivo José Rosa PereiraHorário: quartas-feiras das 10h00 às 11h00 Local: Alcoutim - Pavilhão da EBI de AlcoutimHorário: Sextas-feiras das 10h00 às 11h00

Exposição - «Coisas da Minha Avó»3 a 27 de fevereiroHora: De segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30Casa dos Condes

Castro Marim

Fevereiro| Exposição “Histórias de Sal”Casa do Sal – Castro Marim 10h00 - 18h00

1 de fevereiro | Marcha-Corrida Regional Pavilhão Municipal de Castro Marim 10h00

1 de fevereiro | Grandiosa Festa do AcordeãoQuinta do Sobral, Castro Marim 11h00

1 de fevereiro | Passeio Pedestre “Amendoeiras em Flor” Alta Mora - 09h00

7 de fevereiro | Debate “Cultura & Animação” Biblioteca Municipal de Castro Marim - 15h00

8 de fevereiro | Por Trilhos de Castro Marim Pavilhão de Castro Marim - 9h00+ Informação: [email protected]

14 e 15 de fevereiro | Carnaval de Altura Altura - 15h00

21 de fevereiro | Encontro para Bebés Piscina Municipal de Castro Marim - 10h30

21 de fevereiro | 1º Triatlo Castro Marim – Altura Altura - 16h00

Alcoutim

Desfile de Carnaval13 de fevereiro - Vila de Alcoutim

Tertúlia - «Encontro sobre os elementos da família Swane»13 de fevereiro - 18h00Casa dos Condes

Baile de Carnaval 14 de fevereiro

«Couves de Carnaval» Almoço convívio de São Valentim14 de fevereiroSede da Associação Grito D`Alegria

Concerto pela Orquestra Clássica do Sul - Ciclo “A Sinfonia Clássica” - Obras de Works by Jerónimo Francisco de Lima, Wagner, Mozart26 de fevereiro - 18h00Igreja Matriz de Alcoutim

Campeonato distrital de futsal – Benjamins e Juniores masculinosoutubro a maioPavilhão José Rosa Pereira – Martim Longo

Campeonato Municipal de SuecaFevereiro e MarçoVárias localidades do concelho

Torneio de Sueca21 de fevereiro - 14h30 Sede da Associação dos Amigos de Farelos e Clarines

POR CÁ ACONTECE

CARNAVAL NO BAIXO GUADIANA

Alcoutim

Desfile de Carnaval13 de fevereiroBaile de Carnaval 14 de fevereiro

«Couves de Carnaval» - Almoço convívio de São Valentim14 de fevereiroSede da Associação Grito D`Alegria

14 e 15 de fevereiroCarnaval de Altura Altura - 15h00

Castro Marim

14 e 15 de fevereiroCarnaval de Altura Altura - 15h00

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 21

CULTURA

II Edição de Jornadas de História do Baixo Guadiana decorreu no arquivo António Rosa Mendes

Diego Mesa apresenta em fevereiro «Viagem ao Algarve»

Miguel Godinho, novo coordenador da divisão de cultura da câmara munici-pal de VRSA, fez as honras do arquivo municipal que acolheu jornadas

Diego Mesa vai apresentar sua obra na biblioteca municipal Vicente Campi-nas no próximo dia 12 de Fevereiro

O Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes recebeu a 23 de Janeiro a primeira sessão da II edição das Jornadas de História do Baixo Guadiana.

As jornadas estão divididas em três sessões durante as quais investi-gadores de diferentes áreas historio-gráficas vão partilhar com o público temas subordinados à história do Baixo Guadiana, onde o Grande Rio do Sul assume um papel central.

O primeiro encontro trouxe a debate o tema das “Ordens Milita-res em Castro Marim durante Idade Média”, numa palestra conduzida por Luís Filipe Oliveira, da Univer-sidade do Algarve.

A sessão inaugural abordou, igualmente, a questão da “Emi-gração Andaluza para Vila Real de Santo António, Monte Gordo e Loulé (1800-1950)”, apresentação que será conduzida por João Romero Chagas Aleixo, da Universidade Nova de Lisboa.

Já noticiámos nas nossas páginas de El Andevalo Sur Occidental a obra de Diego Mesa. Em castelhano tem o nome de «Viaje al Sur de Portu-gal», mas agora traduzido para por-tuguês por António Cabrita ganhou o título «Viagem ao Algarve». Este novo nome foi uma sugestão do também escritor José Cruz que, tal como nos explicou Diego Mesa, “pretendeu ganhar um título mais incisivo e fiel ao texto”.

Este livro agora publicado é a tradução do que surgiu na segunda metade de 2014 e que foi escrita por inspiração da obra «Viagem a Portugal», de 1981, do Nobel da Literatura José Saramago. Diego Mesa, amante das obras de Sara-mago e professor do Curso de Sara-mago, que decorre em Vila Real de Santo António, Faro e Huelva, sentiu vontade de fazer a viagem do escritor, mas apenas a parte do Algarve, que sendo vizinha de Diego Mesa não era, de todo, muito conhecida por ele.

30 anos depois de Saramago, Diego Mesa encontrou um Algarve “fascinante”, sendo que alguns dos locais que na altura de Saramago estavam em ruína estão agora totalmente reabilitados. São os

À tarde, a partir das 14 horas, as jornadas reservram uma visita a Cacela Velha, guiada pelo coordena-

casos, por exemplo, das Ruínas de Milreu e da Pousada de Estoi. Além de que a viagem que Diego fez prolongou-se tanto pelo Litoral como pelo Interior. “Percorri os 16 concelhos do Algarve e fiquei com uma inveja sã da preservação que os portugueses fazem, nomeada-mente do seu património e da sua

dor da Divisão de Cultura e Patrimó-nio Histórico da Câmara Municipal de Vila Real, Miguel Godinho.

história”, confidenciou-nos. E tal como acontece num típico livro de viagens, Diego Mesa conta-nos sobre o que não gostou de ver. Entre outras coisas, não gostou das portagens na Via do Infante pelo seu impacto negativo na economia da região.

As Jornadas de História do Baixo Guadiana são organizadas pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António/Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes e contam, entre outros oradores, com a colaboração de investigadores, docentes univer-sitários, técnicos do património, editores, entre outros.

Estão inseridas na programa-ção cultural da Eurocidade do Guadiana, projecto que envolve os municípios fronteiriços de Vila Real, Castro Marim e Ayamonte e tem como missão a partilha de equipamentos e a realização de eventos comuns em ambos os lados da fronteira.

As próximas sessões das jor-nadas estão agendadas para os dias 20 de Março e 8 de Maio. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição através do email [email protected].

Tradução fiel ao idioma de origem

Para traduzir este seu livro sobre o Algarve Diego Mesa escolheu um amigo. Antó-nio Cabrita explicou-nos que “aceitar o desafio de traduzir um livro de um amigo permitiu muitas conversas entre ambos para chegar ao melhor pro-cesso”, referindo que “nestas coisas da tradução não podemos tratar as expressões idiomáticas como uma tradução à letra; há que dominar os dois idiomas [o de partida e o de chegada] bem como conhecer bem a cultura”, neste caso da raia banhada pelo Guadiana. António Cabrita aconselha, vivamente, o livro de Diego Mesa “por duas razões essenciais: uma escrita de exce-lente qualidade e porque este livro é um autêntico roteiro turístico que vai para além da receita tradicional algarvia de sol e praia!”.

«Viagem ao Algarve» vai ser apresentado no próximo dia 12 de fevereiro pelas 18 horas na biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA.

Abdalah Ibn Ubaine Aia– Um governador

independentista na Tavira muçulmana

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Como é do conhecimento geral, o domínio almorávida chegou ao fim antes de entrarmos na segunda metade do séc. XII, voltando o al-Andaluz a fragmentar-se em pequenos reinos independentes: as designadas segundas taifas. Este foi um período de curta duração e caracterizado por diversas convulsões, traições, revoltas internas e até coligações com os cristãos. A esse respeito, já aqui falámos em Ibn Qasi, o líder religioso, político e homem de guerra que procurou tornar o Algarve independente entre os fins do domínio almorávida e o domínio almóada no al-Andaluz, mais precisamente entre 1144 e 1151. Porém, um outro líder independentista é digno de registo. Trata-se de Abdalah Ibn Ubaine Aia, um líder muçulmano que foi contemporâneo de Ibn Qasi e que conseguiu manter independente a pequena taifa de Tavira até 1168. De acordo com o cronista Ibn Sahib al-Sala, este líder independentista – a quem tece comentários nada abonatórios - tinha-se rebelado no princípio do ano de 546, isto é; o ano de 1151 da era cristã. Ora, seria intolerável todo o Algarve encontrar-se controlado pelo poder almóada à excepção de Tavira e Cacela, então fortemente defendidas. Mas esta relativa autonomia estava condenada a ser sol de pouca dura. Após a conquista de Cacela, os almóadas acabaram por cercar o “traidor” por terra e por mar. Segundo Ibn Sahib al-Sala, a nova dinastia oriunda do sul de Marrocos estabeleceu-se no castelo de Cacela com o seu numeroso exército, atacando o Tavira dia e noite. Diz-nos ainda o cronista muçulmano que então encontrava-se concentrada na cidade “meliantes de toda a espécie, aventureiros e ladrões que perturbavam e se rebelavam e faziam dano aos muçulmanos por terra e por mar em todas as regiões. E era uma preocupação para as gentes do outro lado do Estreito e do Andaluz o saque dos bens dos viajantes e dos comerciantes em terras e mares. O emir Almumine sitiou (Tavira) duas vezes nos dias do seu emirato em Sevilha, mas resistiu-lhes e defendeu-se com os seus malvados contra ela até que a rendeu Deus no seu califado, por sua boa fortuna, no final do mês de Dulcada (Setembro de 1168) do ano que historiamos”. Porém, perguntemo-nos: seriam Abdalah Ibn Ubaine Aia e os habitantes de Tavira ladrões e gentes da pior espécie? Dificilmente. Recordamos que a História é frequentemente escrita pelos vencedores… Que eram, então, Abdalah Ibn Ubaine Aia e os homens de Tavira? Eram homens que todos os dias se batiam na luta pela subsistência, nem que para isso recorressem às tradicionais cavalgadas por terra e às práticas da pirataria. Mais: eram homens que aspiravam viver num mundo não controlado pelos vizinhos do outro lado do estreito. Por outras palavras, os últimos resistentes das designadas segundas taifas no Algarve.

Fernando PessanhaHistoriador

Tradução portuguesa de «Viaje al Sur de Portugal»

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RECENSÃO CRÍTICA/ARTIGO DE OPINIÃO

Tive a oportunidade de estar pre-sente, no debate sobre a temática dos “Dias Medievais de Castro Marim” promovido pelo Município, iniciativa que, suponho inédita e a vários títulos, meritória.

Foi uma grata surpresa, constatar que a “mesa” e nomeadamente quem tem mais responsabilidades, na con-ceção, desenvolvimento e organiza-ção do evento, tem uma “fotografia” muita clara e nítida, do evento, das razões do seu sucesso e do caminho a seguir. Também transpareceu um grande consenso, quanto à noção da sua importância, como fator dina-mizador da economia local.

Em suma e pelo que concluí: Manter o conceito, introduzindo alguma inovação, (na medida em que o evento atingiu um certo grau de maturidade, impondo-se alguns ajustamentos) e cuidar do rigor his-tórico, (fator que determinou que os “Dias medievais de Castro Marim”, se tornassem uma referencia a nível nacional) são as “chaves” para asse-gurar o futuro.

Presenciei quase todo o debate, mas optei por não intervir, porque me pareceu que, a abordagem que agora proponho, seria pouco opor-tuna.

A conceção dum evento desta natu-reza, baseia-se fundamentalmente, na experiencia, no conhecimento, na sensibilidade e muitas vezes até, na intuição. O que proponho é uma

abordagem mais sistematizada, uti-lizando uma metodologia cara aos “marketeers” e muito utilizada em processos de tomada de decisão.

O método será “pegar” nos 4 P´s clássicos do Marketing e analisá-los um a um, concluindo com uma indicação estraté-gica ou sugerindo determinados ajus-tamentos.

Nos 4 P´s, ou seja no nosso “Marketing Mix” teremos: Produto ( o evento em si), Praça (o local onde decorre o evento e os respetivos espe-táculos), Preço (custo do evento para o espectador) e por ultimo o P de Promoção.

Quanto ao pro-duto (o primeiro dos P´s) não havendo, salvo melhor opinião, uma definição estratégica e como já foi referido, há que manter o conceito, inovar sobretudo naquilo que tem maior visibilidade, concre-tamente, espetáculos e encenações, fazer um pouco de “benchmarking”, inspirando-nos, no que de melhor se faz “lá fora” e por ultimo, melhorar a sinalética, a informação ao visitante e a segurança física.

Uma ultima palavra, para refe-

rir, que, não me parece, haver uma relação direta entre a duração do evento e o numero de visitantes. Ou seja aumentar a sua duração, não garante o aumento do numero de visitantes e só por si, não constitui um fator, que seja determinante na

consecução do objetivo de dinamizar o comercio local. Quando muito, ten-derá a distribuir um numero idêntico de visitantes, por mais dias.

Quanto ao nosso segundo P, de local (Praça), reconhece-se a neces-sidade de alargar o espaço onde tendem a concentrar-se os visitantes, quer por questões de conforto, quer por questões de segurança. Haverá portanto necessidade de rever a dis-tribuição espacial do evento.

Em relação ao P de preço, aparen-temente o mais polémico, afigura-se-me, bastante pacifico. Entrar num “Universo Mágico”, poder disfrutar duma experiencia sensorial única, poder assistir a sete ou oito espe-táculos de qualidade, deve ter um

“preço”. Quem even-tualmente, optar por não vir aos Dias Medievais de Castro Marim, porque tem que pagar (perdo-em-me a rudeza) não faz falta nenhuma, porque quem se recusa a pagar, uma simples entrada, em troca de tanto, (como atrás referi), certamente não vem consumir os nossos produtos, as nossas ofertas gastro-nómicas, enfim, tudo o que temos para ofe-

recer, acabando por não contribuir, para que se crie riqueza e se dinamize a economia.

Por outro lado, para a “Conta de exploração do evento” , que como a Sra. Vereadora referiu, gera uma multiplicidade de “ganhos”, nomea-damente auto estima, intervenção e sentido de pertença, etc. mas todos de difícil quantificação, permitiria; porque esta conta é de facto, bastante atípica (as despesas são facilmente quantificáveis e os proveitos, pelo

menos parte deles, são intangíveis e portanto não são mensuráveis), per-mitiria que, os visitantes, mediante o pagamento duma entrada no recinto, contribuíssem objetivamente, para a melhoria dos resultados financeiros da conta de exploração dos “Dias Medie-vais”, ajudando a preservá-los.

O nosso ultimo P é o de Promo-ção. Face às características do que propomos e duma serie de variáveis exógenas, nomeadamente fluxos migratórios, condições atmosféricas, distribuição espacial, afigura-se o mais importante de todos os P´s. É aquele que fará a diferença, quanto ao numero e “qualidade” de quem nos visita. No verão proliferam even-tos de toda a natureza, com menor ou menor prestigio, com maior ou menor “cartaz” e destacam-se aque-les que melhor trabalham esta vari-ável. Temos mais de cinco milhões de turistas na Andaluzia Ocidental, a que se juntam cerca de um milhão no Algarve, por altura do Verão, há portanto um “Target” que para atingir, trabalhando “sobre” este P.

Assim a dimensão, o prestigio e a notoriedade do evento, dependem em grande parte do Investimento, que se fizer na sua promoção.

Dias Medievais de Castro Marim – “Adenda” ao debate

Vitor Emanuel BarrosCastro Marim

Do blog ao livro – recensão à nova obra de António Cabrita por Pedro Tavares

Cabrita já definiu um conceito de escrita: original, criativo e, por vezes, corrosivo. É assim que nos desperta, curiosos leitores, sempre e com renovada vontade, para os seus textos que espelham a sociedade; quer seja na reflexão do autor sobre o mundo quer seja na influência que o mundo exerce sobre o estado de espírito do autor.

Após a coedição de Urbanidades: dois quarteirões de poemas e da participação em duas antologias poéticas de autores do conhecido grupo Poetas do Guadiana, Antó-nio Cabrita regressa às publicações, desta vez a solo, com a edição de BLOG Livro – para contar e des-crever…-.

Atento ao contexto em que vive-mos, fruto de uma longa e diver-sificada experiência, adquirida em diversos planos (político, cultu-ral, desportivo, transfronteiriço), António Cabrita recorre à ironia vicentina (como se confirma na pas-sagem “Dizia um senhor, nos fóruns da rádio que não percebe como é que o país, com tantos eruditos, está como está (…) mas estamos bem…

mal”, p.15), às farpas queirosianas (leia-se o excerto “Compreendo a necessidade de encontrar alterna-tivas, mas mais da mesma coisa de sempre não me parece alternativa alguma”, p. 34) e à criatividade dos tempos modernos para apresentar as suas reflexões. Mas BLOG Livro é muito mais. É também uma reflexão sobre a inquietude humana “Hoje, acordei com a claridade própria de um dia solarengo. Tento redo-brar as minhas esperanças, tento reprogramar a minha vida, tento olhar para a frente”, p. 33. E, claro, é também um campo lírico, onde António Cabrita navega no seu mar poético “Sou de água/Barrenta,/Para os tempos que correm./Sou de água/Límpida e azul,/Para os tempos que espero./Sou de água/Porque nada tenho,/Mas trans-porto.”.

BLOG Livro é ainda uma marca dos tempos que correm. As nossas reflexões, escritas em diversos géneros literários, e, muitas vezes, apontadas em cadernos de notas, são posteriormente publicadas de forma digital; neste caso, com

recurso habitual à utilização do blogue, muito do agrado do autor (POMBALINO, http://pombalino.blogspot.pt), mas também com recurso à utilização recorrente do facebook. Nestes espaços digitais, António Cabrita conquistou um número muito interessante de seguidores e, com os seus contri-butos diários, soube estimular o debate e o comentário.

Esta obra, nascida também graças à Editora Guadiana e com um interessante prefácio escrito pelo professor João Viegas, é (por tudo aquilo que aqui foi escrito) uma aventura rumo à complexidade do ser humano. A melhor forma de apelar à leitura de BLOG Livro é recordar as palavras do próprio autor “Ainda que não me cale ou que me cale / Assumo que sou incó-modo”. É com este conceito bem definido, baseado nas ideias espe-lhadas neste texto, que se elabora o paradigma da escrita do autor. Aqui estamos nós, curiosos leitores, preparados para contar e descrever as reflexões proporcionadas pela nova obra de António Cabrita.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 23

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

Entre Janeiro e Fevereiro, os campos do Baixo Guadiana ves-tem-se de tons brancos e róseos, devido à floração das amendoei-ras. Terão sido os árabes que trou-xeram a amendoeira para a região, onde permaneceu até aos dias de hoje, integrando o mosaico de cariz mediterrânico da paisagem algarvia. Com especial incidência no litoral, onde o relevo dos terre-nos e as temperaturas propiciam o seu desenvolvimento, também encontramos amendoais junto ao Guadiana, ou em cercados na zona serrana, estes de menor porte e com desenvolvimento mais lento, devido aos terrenos acidentados e xistosos, bem como às geadas que podem destruir a flor. De entre

as várias castas, entre doces e amargas, maiores ou menores, de casca mole ou dura, como a “molar das Furnazinhas”, desta-cam-se os três principais grupos: “cocas”, de casca extremamente mole; “molares”, de menor resis-tência; e as “duras” ou “durázias”, de casca dura. A madeira da amendoeira, rija e oleosa, é ideal para fazer brasas.

Depois de feita, a amendoeira, resistente às pragas e às intempé-ries, necessita apenas da água da chuva e de podaduras pontuais, o que a torna financeira sustentável. Os terre-nos ao redor, brandos pela humidade, eram limpos pelas mulheres, que apanhavam o “relvão” acabado de despontar para impedir a infestação dos terrenos.

Entre Agosto e Setembro faz-se o varejo e a apanha da amêndoa, consoante o clima e da mão-de-obra, que nou-tros tempos sobrava, pois era durante o Verão que o trabalho

Do varejo aos usos da amêndoa no Baixo GuadianaRUBRICA DE PATRIMÓNIO

abundava. Nesse tempo, grupos de homens e mulheres partiam para os amendoais ao nascer do sol, aproveitando a “fresca”. Para o varejo, as mulheres utilizavam canas longas para varejar da árvore as amêndoas

mais resistentes, que depois recolhiam para dentro dos cestos de cana. Era costume provar sempre a amêndoa e se fosse amarga colocava-se uma pedra no tronco para se fazer o corte para enxertia. Quando cheios, eram despejados para sacas de linho e transportadas aos pares no dorso dos animais de carga até ao celeiro, onde

eram armazenadas. Cabia aos homens ensacar as amêndoas e, consoante as cargas, levar os animais do amendoal até ao armazém as carreiras que fossem necessárias. Com o calor do meio-dia, recolhiam

a casa, para almoçar e dormir a folga, a fim de recuperar energias antes de retomar o trabalho em casa do patrão. Aí, pelavam as amêndoas que eram depois deixa-das ao sol um ou dois dias, para ficarem bem secas, antes de serem novamente ensacadas para venda. Alguns proprietários aprovei-tavam o Inverno para pôr o pessoal a descas-

car as amêndoas. O melhor modo para partir a casca era usar como martelos as pedras da ribeira, duras, alongadas e de contornos arredondados pelo constante rebolar nos ribeiros.

Nos nossos dias, embora o processo se mantenha, uma grande parte das tarefas está mecanizada. Tal como as sacas

de linho, entretanto substituí-das por sacas de plástico

Quanto aos usos, cedo as doceiras descobriram que ao mesclar uma pequena quanti-dade de amêndoas amargas aos seus doces, estes tomavam um gosto genuíno e muito parti-cular. Das amêndoas que não seguiam para venda noutras paragens, antes pesadas em balanças romanas e vendi-das à arroba, faziam-se doces que adoçavam o paladar das gentes desde o dia de finados até à quadra natalícia. No dia da cozedura do pão faziam-se também bolinhóis de amên-doa, suspiros enfeitados com aparas de amêndoa, nogados, figos em estrela ou cheios de amêndoa.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

Tem sido amplamente difundido que a crise económica e finan-ceira levou a um aumento das doenças mentais, designada-mente patologias de ordem depressiva e ansiosa. Aumentou, com isto, o consumo de antidepressivos e ansiolíticos, bem como o consumo de substâncias psicoativas como o álcool e outras drogas.

A crise de valores morais e éticos tem sido apontada como estando associada a este ambiente e justificando alguns dos comportamentos violentos, quer em jovens quer em adultos, que se pensa terem vindo a agravar-se.

O trabalho de psicólogos humanistas, como Fromm ou Rogers, produzido ao longo da segunda metade do século XX, permite-nos reflectir sobre algumas destas questões à luz da psicologia.

O modelo social em que vivemos aponta como sentido fundamental da vida moderna, a pro-cura da felicidade o que tem sido visto como sinónimo da satisfação de todos os desejos. A ideia de que colocar o prazer acima de tudo, torna-se perigosa, porque significa que as deci-sões que tomamos serão assentes num certo egoísmo. Este pensamento traduzido ao concreto supõe uma exploração do prazer imediato, criando pessoas mais impulsivas e com dificuldade em adiar as necessidades de curto prazo. Tornamo-nos assim e criamos os nossos filhos assim, incapazes de lhes negar algo com medo que isso os traumatize.

Nessa lógica, a forma como procuramos a felicidade, imedia-tista, inadiável e desenfreada, tem o efeito perverso de nunca poder atingir o objectivo, ficando sempre à mercê de uma nova necessidade.

Este modo de viver, baseado no Ter, de acordo com as teorias de Erich Fromm, manifesta-se quer na necessidade de posses materiais, mas mais gravemente na posse dos outros seres. Com ou sem posses materiais vemos todos os dias pessoas que procuram dominar o seu cônjuge, os seus filhos e até os seus animais.

Quando este sistema falha, quer porque o rendimento dis-

ponível não permite acompanhar os desejos imediatos, quer porque os que desejos imediatos de uns colidem com os de outros, deparamo-nos com a frustração e um enorme vazio, que muito rapidamente se pode transformar em violências várias, dos maus-tratos à violência doméstica.

É quando se perde a sensação de controlo que encontramos frequentemente sentimentos de raiva, medo, depressão, desam-paro, desespero. Aquilo que desejamos, quando nos depara-mos com a situação actual é que a crise passe para podermos recuperar rapidamente aquilo que tínhamos e voltar à vida

que tínhamos.A proposta, no entanto, poderia ser uma mudança de para-

digma para uma cultura mais baseada no Ser. Aquilo que somos, enquanto pessoa com uma vivência experiencial e relacional, e não naquilo que temos ou não.

Por exemplo, ter um filho é diferente de ser pai. Quem tem um filho, estará sujeito às frustrações de quem não conseguiu dar ao filho tudo o que queria ou fazer do filho aquilo que pretendia e neste conflito, pelo menos uma das partes sairá frustrada porque o seu desejo não se concretizou. Ao invés, ser

pai, ao pôr a tónica na experiência construtiva significa cuidar, amar, e ajudar a crescer, nunca envolverá perdas, mesmo que a vida crie desencontros, porque todas as experiências contribuem para enriquecer a sua história de vida.

Este modo de estar na vida mais autêntico foca-se naquilo que se pode oferecer ao outro, na experiência de vida, na sabedoria, e como tal a pessoa define-se por aquilo que é e que tem para oferecer e não apenas por aquilo que possui ou pode controlar. Este modo de viver tem como pilares a independência, a liber-dade e o sentido crítico. Como diz Carl Rogers, procurar ir para

além das fachadas, para além da ideia do dever, para além do que os outros esperam, para além de agradar aos outros, procurando uma direcção para si, para uma abertura à experiência, para uma aceitação dos outros e de si mesmo.

A procura do ser humano poderá muito bem ser a felicidade, no sentido em que esta repre-sente o bem-estar e a paz consigo próprio, com a sua história e com os que o rodeiam, e não tanto a avidez de possuir, dominar, de ser escravo dos desejos e das necessidades que lhe tentam incutir.

Por isso, e como já aqui escrevemos anteriormente, mudar a forma de viver, embora por vezes se torne imperativo, pode ser assustador, e aquilo que procuramos fazer, ao fornecermos ajuda psicológica, é que a pessoa possa alcançar uma mudança de longo prazo que lhe permita o seu bem-estar. Requer tempo e compromisso, conceitos que por diversas razões não se coa-dunam com o imediatismo e constante urgência que imperam na sociedade. Cabe-nos a tentativa de criar esse espaço de mudança sob pena de continuarmos a medir a nossa felicidade pelos indicadores económicos.

À procura da felicidade: uma visão da psicologia humanista

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) – Adelaide Ruivinho, Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrí-cia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia

Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário, Juliana Martins

www.facebook.com/[email protected]

“As pessoas não deveriam preocupar-se tanto

com o que irão fazer e mais com aquilo que são”

Mestre Eckhart

Adês, vila de Alcoutim

Cercada de amendoêras

Onde o mê amor passêa

Todas as quintas-fêras.

Anónimo, Alcoutim, “Alcoutim, Capital do Nordeste

Algarvio”

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

PASSATEMPOS&LAZER

A compra de produtos online é cada vez mais uma opção para os consumidores. Contudo, quer através de publicidade digital, quer através de publicações nas redes sociais, são promovidos produtos com determinadas características que acabam por não ter resultado prático.

Os produtos de emagrecimento e rejuvenescimento são os mais promovidos, sendo em regra publicitados resultados eficazes e em curto período de tempo.

Relembramos que a venda de “produtos milagrosos” sem prova em concreto dos resultados práticos decorrentes da sua aplicação/utilização é considerada uma prática comercial desleal e enganosa, podendo o consumidor em última instância exigir a resolução do con-trato.

Face às reclamações que nos chegam sobre esta matéria aconse-lhamos os consumidores a:

• Antes de adquirir estes produtos verifique a fiabilidade da empresa e do produto;

• Certifique-se que a entidade tem contacto físico em Portu-gal ou na Europa e serviço de apoio pós-venda;

• Guarde cópia da publicidade onde consta a informação sobe o produto, resultados e condições de reembolso, para devida prova;

• Caso se arrependa da compra, lembre-se que tem 14 dias para cancelar o contrato através de carta registada com aviso de receção, para a morada indicada no contrato/nota de encomenda. Se a empresa não tiver morada física, o cancelamento do contrato poderá ser feito por e-mail;

Se o vendedor não cumprir com as condições publicitadas, não respeitar o direito de livre resolução, ou não reembolsar dos mon-tantes pagos no prazo de 14 dias após o cancelamento do contrato, pode sempre contactar a DECO que informará e diligenciará no sen-tido da resolução do conflito existente, bem como denunciará estas práticas às entidades competentes.

Susana Correia

Carlos Brás

jurista

“Vi na Internet a publicidade a um produto que promete fazer desaparecer as rugas

em 5 dias. Que cuidados devo ter?”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º128

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Jogo da Paciência n.º 134

«Museus de Portugal - III»

Algumas pessoas não atendem telefonemas quanto não estejam identificados com o n.º do telefone de quem está a ligar - desconhecido, n.º privado, etc. Lembro que quando não havia mostradores de chamadas nos aparelhos, todas as ligações eram atendidas, fossem de quem fossem e eram mais civilizados esses atendimentos. Não existiam telemóveis, tablet`s, redes sociais, etc. Éramos mais calmos e tinhamos tempo para jornais, livros, conviver saudavelmente com amigos e familiares. Hoje com tanta tecnologia não há tempo para tudo e andamos sempre a correr, com ansiedade, pressão, se agradar continua-se a falar, caso contrário, despedimo-nos com cortesia e acabou a conversa e a ligação, fácil, simples e correcto. Pode acontecer um acidente a um familiar e este pedir a um deconhecido que informe alguém do sucedido e o desconhecido pode ter o telefone em privado e o destinatário da ligação que não gosta de atender não identificados fica sem saber o que aconteceu. Quando chega a casa ou a locais de encontro verifica que a pessoa não parece e se for ao fim do dia, estará em pânico e ansiedade toda a noite sem saber o que poderá ter acontecido à esposa/esposo, mãe/pai, filhos, etc. Só e apenas porque não quis atender uma chamada não identificada e mesmo que estivesse não sabia quem era um deconhecido. Só porque identificava, embora desconhecido - já atendia. Não identificado, continuava a ser um desconhecido, mas mesmo assim não atendia - Absurdo, totalmente absurdo. Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro de - ATENDA O TELEFONSE SEMPRE.

Soluções Jogo da Paciência - n.º133

(Municipal de V.F. de) Xira1. (Municipal de) Santarém2. (Municipal de) Loures (Conventinho)3. (Municipal) Leonel Trindade (T. Vedras)4. (Municipal de) Coruche 5. (Municipal) Carlos Reis (T. Novas)6. (Dr. António Gabriel Ferreira) Lourenço (Benavente)7. (Municipal de) Alcochete8. (de) José Malhoa (Caldas da Rainha) 9. (Ferreira de) Castro (Sintra)10.

Anjos Teixeira (Rio do Porto / Sintra)11. (da Villa Romana do) Rabaçal (Penela)12. (da) Pedra (Cantanhede)13. (de) Machado (De Castro - Coimbra)14. Monográfico (de Conímbriga - Condeixa-a-Velha)15. (de) Laníficios (Covilhã)16. (José Luciano de Castro) - Anadia17. (da) Imagem (Em Movimento) (Leiria)18. (da) Guarda19. Grão Vasco (Viseu)20.

Carne de CaçaOs carrinhos de mão dos funcionários do Canil/Gatil estão muito velhos...Um deles já está mesmo nas ultimas frown emoti-conÉ com estes carrinhos de mãos que os funcionários vivem o dia à dia do Canil/Gatil, e os ajudam neste trabalho tão árduo. Não pedimos um novo, mas pedimos a alguém que tenha um em melhores condições e que já não use.Alguém por ai que nos possa ajudar neste sen-tido?Agradecíamos heart emoticonContacto: [email protected]

The wheelbarrows of the employees that work in the Shelter/Cattery are too old....With these wheelbarrows that the employees live day by day in the shelter/cattery, and help in this work so arduous.We don’t ask a new one, but we ask if someone has one in better condition and no longer use.Can someone help us in this?We would appreciate it heart emoticonContact: [email protected]

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e 927167755 (12:30 às 14:00)NIB - 0035 0234 0000 6692 13002

[email protected]/http://associacaoguadi.blogspot com FACEBOOK

GUADI

A carne de caça tem características bastante peculiares, que fazem dela uma carne única em termos sabor e qualidade nutricional. O tipo de alimentação e o facto destes animais não se encontrarem em cativeiro são fatores determi-nantes para a sua qualidade. Este tipo de carne requer um cuidado especial, derivado ao modo como é obtido. Como são animais abatidos em ato de caça, não sofrerem sangria nem evisceração após o abate. Esta situação tem como consequên-cia uma diminuição do período de vida útil da peça. Após abate a caça deverá ser colocada de imediato a uma temperatura inferior a 4ºC, diminuindo assim a taxa de crescimento micro-biano e a consequente degradação do alimento. Esta temperatura é valida tanto para caça de maior como de menor porte. Outro fator a ter em conta neste tipo de carnes é a confecção. Antes de ser consu-mida, deve ser bem cozinhada. Relativamente às espécies maior porte ( javali, veado) é aconselhado congelar a carne durante 30 dias, inativando assim pelo frio a Trichinella spiralis. Este é um parasita que se pode encontrar em suínos e animais silvestres, sendo transmissível ao homem e causando tri-quinose. Não é aconselhado manter peças de caça con-geladas por mais de 6 meses.O mês de fevereiro encerra por norma a tempo-rada de caça. É então altura de “disparar” os últimos cartuxos.

Carlos BrásEng. Alimentar

Ideias a Conservar

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 25

EDITAIS

QUE DEMOCRACIA

Há dias, vi na televisão um político e ex governante. Comentava um pouco da sua vida como politico. Sabemos que aplicou a sua politica com arte e honestidade, sabemos também, que na sua juventude foi técnico numa arte que não sei dizer qual. Fico a pensar que juntando a técnica com a teoria, dá de certeza bons resultados, não sei se foi o caso.

Os políticos partem com acção, vontade e entusiasmo, depois campeões nas afirmações, falham nas soluções e falham porquê? Pela ambição do poder, da autoridade e do idealismo. Alguns ousam ser diferentes e conseguem, outros não conseguem mudanças, não desenvolvem relações, não sabem partilhar, esquecem a dimensão humana. Não têm sabedoria na procura da criatividade, sociabilidade e da harmonia,

Os eleitores partem uma vez mais em procura de melhorias, saberão o que estão a fazer? Não! Mas é a participação a motivação na procura de soluções que nunca chegam. Todos têm direitos, manda assim a democracia. “O povo exerce a sabedoria” frase bonita, mas na rea-lidade não é assim, o povo não propõe o candidato, é ele ou o partido que o propõe. Estaria certo se fosse o povo a propor o candidato, por isso vota naquele que pensa que cumprirá todas as promessas declaradas.

Um politico está longe de saber o outro lado da teoria. Depois; manda assim a democracia:

-Eu trabalha e faço greves e, se a empresa for vendida quero ser accionista!-Eu não tem trabalho, perdi a casa, perdi tudo, nada tenho! Temos aqui dois lados. Na política também há dois lados, os que ganham e os que perdem. Há democracia, e os

que estão de um lado, podem dizer o que querem do outro lado, exaltam-se, chegam a ter comportamentos agressivos para com seus opositores, dai as vitórias de pouca duração, seria mais racional; perdi vou sondar porque perdi, vou fazer balanços para que daqui a quatro anos esteja preparado, com todos os trunfos e na altura certa, dá-los a conhecer. Ai sim criticar com firmeza. Presentemente a política é assim:

-Outra vez bêbado homem! -Tem mas é cuidado contigo, não te quero ver a olhar para os outros homens. É de baixo nível. Manuel Tomaz

O horizonte do meu sonho

Desliso no sonho promissorÀ procura de comprrener o sentido

O caminho tortuoso só traz suorNão encontro o horizonte, estou perdido

Perdido no horizonte do meu sonhoMas não perco a vontade de sonhar

Quem sonha tem um futuro mais riosonhoAinda que a realidade possa enganar

«O sonho comanda a vida», diz o poetaNum monólogo que se afirma no conselho

Cheio de carinho, ternura e emoção

Na vida faço do sonho a minha metaQuantas vezes o sonho é um espelho

Que a realidade do futuro nos dá razão

Manuel Gomes

ESTE VELHO TÃO NOSSO AMIGO(Poema adivinha)

Do tecto do Mundo pendiaa candeia que alumiaestes pigmeus aflitos

e a Humanidade aos gritoscom os olhos postos no cais,

solta suspiros e ais.

Horrorizada assistiaà tragédia nesse dia;um velho distraído

foi pelo fosso engolido,enquanto o diabo pariaa noite que escurecia.

O milagre levanta o véu;esse louco não morreu;

nas asas dum bicho aladovoou, foi p’ra outro lado

e escondeu-se bem no fundoatrás, das brumas do fim do Mundo.

E, quando amanheceu,radiante ele apareceu;

dá os bons dias à gente,diz vir lá do Orientee inicia a caminhada

sem querer saber de mais nada.

Incansável caminheiro,amigo e companheiro,

eleva-se nas alturasindiferente às amarguras,nem uma lágrima derrama

e vai ao sol-posto para a cama.

Já nem sabe a sua idade;anda desde a mocidadeneste percurso diário

e porque é este o seu fadárioà vista de toda a gente,

está nele, eternamente!...

Quem é o sujeito?

Manuel Palma

Viver com Pacemaker

*Artigo de Opinião Dr. Carlos Morais, Cardiologista e Presidente da Associação Bate Bate Coração.

O pacemaker é um aparelho eletrónico, extremamente sofisticado, que vai moni-torizar o ritmo do coração. Quando existe uma perturbação da atividade elétrica do coração, este dispositivo médico vai emitir um estímulo elétrico que desen-cadeia a contração do músculo cardíaco, permitindo desta forma um número de batimentos cardíacos adequados a uma normal atividade da pessoa.

Hoje em dia, os pacemakers são aparelhos seguros, de tamanho reduzido, com baterias de longa duração (7 a 10 anos), que vão gravando dados sobre a evolução da doença, bem como das perturbações do ritmo cardíaco, registando o tipo, a data, a duração das arritmias.

A implantação de um pacemaker exige uma pequena cirurgia que é normalmente realizada com anestesia local. Através de uma pequena incisão na pele, abaixo da clavícula, o médico introduz cuidadosamente o elétrocateter no coração, através de uma veia. O procedimento é controlado através de raios X.

O portador de pacemaker deve ter sempre o cuidado de não faltar às consul-tas programadas que têm por objetivo avaliar o local da implantação, detetar eventuais problemas com o funcionamento do equipamento e, dependendo das queixas apresentadas, otimizar a programação de forma a melhorar a qualidade de vida do doente.

Existe ainda um vasto conjunto de mitos sobre a utilização e funcionamento dos pacemakers, relacionados especialmente com:

- Detetores de metais: Os doentes com pacemaker podem utilizar qualquer meio de transporte incluindo o avião. Devem viajar sempre levando o cartão internacional de portador de pacemaker e mostrá-lo, para que os alarmes não sejam ativados.

-Exercício Físico: Se não houver outros problemas que o contra-indiquem, o desporto é totalmente seguro e aconselhado, à exceção de desportos de contacto como karaté.

- Eletrodomésticos: Todos estes aparelhos geram campos eletromagnéticos tão pequenos, que não têm qualquer interferência no funcionamento do pace-maker.

- Telemóveis: O seu uso é seguro desde que mantido a dez centímetros de distância da zona do equipamento.

Para mais informações visite: www.batebatecoracao.pt

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26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

DESPORTO

Câmara Municipal de Castro Marim promove Encontros de Hidroginástica

I Torneio de Karate do concelho de Alcoutim mobilizou uma centena de participantes

Prova de resistência de 4 horas para motos no Pereiro

Escola Sócio Desportiva da Fundação Real Madrid já deu formação a meio milhar de alunos

Com uma política assente na pro-moção do desporto como fator de crescimento da qualidade de vida e bem-estar da população, a Câmara Municipal de Castro Marim pro-move, entre os meses de janeiro e maio, encontros de hidroginástica gratuitos.

Estes encontros mensais decor-rem na Piscina Municipal de Castro Marim, pelas 16h00, e são dirigidos a toda a população, estando apenas constrangidos pelo limite máximo de 40 inscrições por sessão.

Os Encontros de Hidroginástica são uma das muitas e variadas iniciativas desportivas que a autarquia castro-marinense tem vindo a promover. A salientar também os Encontros para Bebés na Piscina Municipal, o programa “Põe-te em Forma”, com aulas de ginástica gratuitas na sede de concelho e em Altura, e a criação de um Gabinete de Aconselhamento e Prescrição de Atividade Física. Para

Decorreu a 24 de janeiro, no Pavilhão José Rosa Pereira, em Martim Longo, o primeiro Torneio de Karate do concelho. A iniciativa foi organizada pelo Clube de Karate de Alcoutim e Martim Longo e contou com os apoios do Município de Alcoutim, da Liga de Karate do Sul e da Federação Nacional de Karate.

Com o objetivo de promover o for-talecimento das relações entre os pra-ticantes da modalidade e transmitir à população a essência desta arte mar-cial, o evento concentrou perto de uma centena de participantes, oriundos do Clube de Karate da Conceição de Faro, do Karate Clube Capristano de Olhão, do Sakura – Academia Marcial de Loulé e do Clube de Karate de Almodôvar. Presente esteve também o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves, que presidiu à entrega de prémios.

A iniciativa decorreu ao longo de todo o dia de sábado e dividiu-se em provas de Kata (demonstração) ao longo da manhã e de Kumite (com-bate) durante a tarde. Em ambas as competições, o clube da casa viu reco-nhecido o empenho e dedicação dos seus cadetes. Na modalidade de Kata, o segundo lugar foi conquistado por Alexandre Guerreiro e Beatriz Gon-çalves. Por sua vez, Ricardo Martins, Emília Vicente e Mariana Afonso arre-cadaram um honroso terceiro lugar. Na modalidade de Kumite, o atleta Ricardo Martins alcançou o segundo lugar do pódio e os atletas Alexandre Guerreiro e Emília Vicente classificaram-se em terceiro lugar na tabela.

A Associação de Jovens do Nordeste Algarvio (Inter-Vivos) e o Grupo Desportivo de Alcoutim (GDA) organizam, no próximo dia 28 de fevereiro de 2015, no Pereiro, uma prova de resistência de 4 horas para motos, 1 ou 2 pilotos por equipa, uma ou duas motos.

Aproveitando as características naturais da nossa região para este tipo de modalidades e numa altura de pré temporada, em que a maio-ria dos pilotos que participam no Campeonato Nacional e Espanhol de Todo o Terreno e em provas do Campeonato do Mundo, preparam a época de 2015, estão reunidos os ingredientes para um grande evento, que a curto prazo poderá projetar-se numa prova de referên-cia Nacional.

O Circuito tem cerca de 6 km ao redor de uma barragem junto da localidade de Pereiro, com zonas especiais para o público, onde pode-rão assistir ao desenrolar da prova em segurança e com uma quase total visibilidade do percurso.

A iniciativa conta com a colabo-ração do Município de Alcoutim da União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro e do Grupo Motard da Serra do Caldeirão (Cortelha)

Informações: 964472576 / 961897477 ou na página do Facebook : 4 horas TT Pereiro - Alcoutim

As inscrições pelo link :h t tp : / /goo .g l / fo rms/WQMd5FHYnK

Tendo por objetivo a integração de jovens em situação de risco, com dificuldades de aprendizagem ou que estejam inseridos em meios onde não é possível a prática desportiva, a escola tem desenvolvido um pro-grama educativo em parceria com os agrupamentos e as autarquias, regis-tando excelentes resultados já com-provados no terreno pelo emblema madrileno.

As aulas decorrem nas localidades de Monte Gordo (futebol), Vila Nova de Cacela (basquetebol), Vila Real de Santo António (futebol e basquetebol) e Castro Marim (basquetebol). Os 135 alunos já inscritos são coordenados por seis técnicos (quatro em VRSA e dois em Castro Marim).

Esta, que foi a primeira escola do Real Madrid a nível nacional, conta, no ano letivo 2014-2015, com cinco turmas, engloba as modalidades de futebol e basquetebol e envolve crianças com idades entre os 6 e os 11 anos.

Ao longo dos seus quatro anos de atividade, a escola deu já formação a meio milhar de alunos, incentivando formas de vida saudáveis e incutindo nos jovens sinalizados pelas entidades

além disto, a Câmara Municipal de Castro Marim esforça-se para, anual-mente, conceder apoios e incentivos às coletividades do concelho que pro-movem várias atividades e eventos nas áreas do desporto e da saúde.

“A aposta na área do desporto como forma de promover a saúde e o bem-estar dos cidadãos sempre foi uma das minhas políticas. A atividade des-portiva, e outras atividades lúdicas, têm-se revelado muito eficazes no combate e prevenção de problemas psicológicos ou dependências, para além de fomentarem, de uma forma geral, as relações interpessoais. Mas, para que isso aconteça, é necessário tornar estas atividades acessíveis a toda a população e tem sido essa a aposta da nossa autarquia”, realça o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral.

Os Encontros de Hidroginástica estão integrados no calendário de atividades da Eurocidade do Gua-

parceiras valores como a solidariedade ou o espírito de equipa.

De acordo com a vice-presidente da Câmara Municipal de VRSA, Conceição Cabrita, «de forma a garantir um acom-panhamento integrado dos jovens, o trabalho dos formadores é desenvol-vido em paralelo com os professores, centros de saúde e encarregados de educação, que são regularmente cha-mados a conhecer o percurso dos seus educandos».

Além disso, as metodologias utili-zadas visam premiar o mérito e têm em conta fatores como as notas esco-lares, o comportamento, bem como a assiduidade dos alunos a frequentar as atividades da fundação.

De forma a garantir o bom desempe-nho da escola, os técnicos responsáveis pelo projeto desenvolvem regulamente ações de formação e monitorizam os resultados, que são periodicamente enviados para a sede da Fundação.

Por ter obtido resultados de exce-lência, neste ano letivo a Fundação irá oferecer os equipamentos desportivos a todos os alunos. Esta iniciativa junta-se a outras já desenvolvidas e que pro-porcionaram momentos de convívio e visitas de estudo.

diana, sendo por isso acessíveis aos munícipes deste território.

Para mais informações ou inscri-ções, deve utilizar o contacto da Piscina Municipal de Castro Marim: 281 510 748.

Calendarização:

Piscina Municipal de Castro Marim

16h0024 de janeiro28 de fevereiro14 de março11 de abril09 de maio

A Era é a mesma mas a época muda, estamos a rolar para a nova época velocipédica de 2015. Enquanto em outros países de outros continentes já se vibram com as primeiras pedaladas, os tugas têm de esperar até meados do mês de Fevereiro para ler as primei-ras notícias de resultados das provas nacionais.Lá por fora na terra dos Can-gurus (Austrália), já se dispu-tou o Tour DownUnder, com o português Tiago Machado a representar as suas novas cores da equipa Protour, Katusha. Foi assim o primeiro a subir para a bicicleta a sério neste novo ano, onde obteve um ótmo 12º lugar na geral final, ganha pelo Australiano Dennis Rohan (BMC).A “Algarvia”, com os melhores do mundo, será a primeira competição a ir para a estrada e onde as equipas nacionais se irão estrear e debater com o pelotão de classe mundial, que mais uma vez se deslocará até ao Algarve entre os dias 18 e 22 de Fevereiro. Entre eles estarão os ciclistas da região de onde destacamos os três atletas do Baixo Gua-diana. Ricardo Mestre (Tavira): De regresso à casa que o viu crescer e onde venceu a Volta a Portugal de 2011. Mestre encara esta nova época com muita ambição, querendo dar um pontapé no azar que o tem perseguido nas últimas tempo-radas. Assume-se assim como o principal “dono” da equipa, nas provas mais duras.Amaro Antunes (Tavira): Apontado como uma promessa em afirmação no ciclismo por-tuguês. Deu bem conta de si na duríssima Volta a Portugal do ano passado, onde termi-nou no top 10. Este ano estará ao lado de Ricardo Mestre como braço direito e terá de assumir a responsabilidade em algumas provas.Samuel Caldeira (W52 - Quinta da Lixa - Jetclass): A maturidade faz dele um dos ciclistas mais rápidos do pelo-tão nacional, mas também um dos mais trabalhadores. O ano passado foi apelidado de talismã, por estar presente nas equipas vencedoras da Volta a Portugal, dos últimos 6 anos (exceto 2012). “A Volta ao Algarve vai ser a minha pri-meira prova da época, por isso estarei presente para ganhar rodagem e preparar as pró-ximas provas”, disse Samuel Caldeira que aponta a Volta ao Alentejo como sendo o seu principal objetivo deste início de época.

Humberto Fernandes

Encontros de Hidroginástica já têm calendário fixo

Nova época de Ciclismo a caminho

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2015 | 27

DESPORTO

Juventude Basquetebol Clube sagra-se campeão do Algarve pela sétima vez consecutiva

António Palermo, presidente do Juventude Basquetebol Clube, e Sara Gomes, treinadora das Juniores Sub-19, falam-nos do título alcançado no final de Janeiro com um orgulho e ale-gria, convictos que as palavras «dedicação» e «perseverança» têm ditado resultados gloriosos deste clube vilarealense.

As jovens deram ao clube o título de campeão regional num ano de muitas mudanças. “Quando iniciámos esta época não tínhamos elevadas expecta-tivas quanto ao futuro, porque houve várias saídas devido à idade de jogadoras que faziam parte desta categoria e também o treinador principal mudou [antes era o professor Nuno Alves]”. A treinadora, antes adjunta e agora principal explica-nos que a postura da sua equipa deter-minou os resultados. “São rapa-rigas extremamente dedicadas, incansáveis”, afirma.

Os treinos decorrem três vezes por semana, com cerca de hora e meia, e tanto nestes momen-tos como nos jogos a postura aguerrida das jogadoras a juntar aos resultados começava afazer prever que a época poderia ser exemplar. E foi. Jogar sem perder e atingir o sétimo ano de primeiro lugar no campeo-nato.

Raparigas em destaque

Neste clube são as raparigas que obtém mais títulos. “Um fenómeno interessante a assi-nalar”, regista António Palermo, que acredita que a justificação poderá ser atribuída, para além da qualidade técnica, ao facto de os rapazes estarem em mino-ria nesta modalidade no clube. “Mas, sem dúvida, que temos aqui gerações incríveis de joga-doras de basquete”.

De referir que algumas das atletas deste clube têm integrado seleções regionais e nacionais e houve uma atleta do clube que atualmente pertence à seleção irlandesa de basquetebol.

Segredo para o sucesso: Apoio incondicional dos pais

dos atletas

No total, rondam as 200 pes-soas aqueles que acompanham com fervor os vários escalões de equipas do JBC. Os pais mos-tram-se “incansáveis”, ajudando financeiramente já que “quando não há transporte eles seguem nos seus carros para transportar os atletas, organizam-se para fazer angariação para poder-mos competir quando assim se mostra necessário”, conta o presidente. O segredo para o sucesso está, acredita este res-ponsável “na grande entreajuda que marca o clube desde que surgiu, e até antes”.

Criado formalmente em 1986, o coletivo que viria a formar o clube já estava a competir em 1979. Começou no Náutico do Guadiana, depois extinguiu-se a modalidade e os atletas inte-graram um clube de basquetebol na escola secundária, mais tarde fizeram parte de um clube de futebol que se chamava «Leões do Bairro» até que foi criado o JBC em meados dos anos 80.

Formação: principal objetivo

Desde o início que este clube está virado para a Formação, daí o nome de Juventude. A prória treinadora Sara, hoje com 24 anos, está no clube desde os 5. E a formação mantém-se no topo das prioridades de presente e futuro deste clube. Nos obje-tivos que a direção desenhou estão a manutenção do clube, a forte aposta na formação e a participação em competição”. No total são 70 atletas e sete treinadores.

Atualmente o JBC tem duas equipas de formação a competir no Nacional: sub-14 masculino e sub-14 feminino.

E este ano pela primeira vez o clube tem uma equipa de senio-res com jovens que pertenceram já ao clube, mas que quiseram continuar a jogar aqui.

A entreajuda que António Palermo realçou inclui também os patrocinadores. Neste caso são: Burguer Ranch VRSA, LUPAMI, Migalhas, AHP e Câmara Municipal.

Época sem derrorotas

Foi o sétimo ano consecutivo a ganhar o campeonato de juniores sub-19. Para além deste palmarés invejável outro fenómeno regista-se com esta equipa; é que neste campeonato chegaram ao lugar mais alto do pódio sem perder um único jogo.

O presidente e a treinadora traçam largos elogios a uma equipa de jovens basquetebolistas que no feminino afirmam a modalidade no Algarve e no país. Todos os escalões deixam este clubem bem visto na modalidade.

DR

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2015

Sabia que existe muita energia fantasma?! De acordo com a sensibilização da DECO sempre que deixamos ligados fontes de captura de energia sem utilidade estamos a conumir energia. A título de exemplo, não deixe o carregador do seu telemóvel ligado à tomada sozinho! A fatura não perdoa e o ambiente fica mais pobre.

Foi em Vila Real de Santo António que «José, el Pere-grino», conhecido pelos quatros cantos do mundo, encontrou lugar para repousar antes de um regresso à estrada que era desejado e que o faria entrar no seu país-natal: Espanha. O JBG cruzou-se com José depois de um contacto que nos foi feito pelo Posto de Informação Turística IVRSA. O tempo não deu para uma longa conversa porque José precisava de descansar para ganhar forças para os últimos 200 quilómetros até casa, em Cádiz. A este encontro juntou-se um também peregrino, desta feita vila-realense: o «Peregrino Algarvio». Juntos ouvimos o que José tinha para nos contar. Testemunhámos a história de um homem de fé. Por gratidão à Virgen del Carmen decidiu percorrer todos os caminhos do mundo em peregrinação para passar por todos os Santuários. Durante 10 anos este humilde homem caminhou, após ter sido o único sobrevivente de um naufrágio em que dos 17 tripulantes de uma embar-cação da pesca do bacalhau apenas José sobreviveu. Foi uma década nos caminhos da fé, longe da famí-lia, que entretanto cresceu, pois, nasceram-lhe. Na noite que passou em VRSA viu as portas serem aber-tas pelos Bombeiros da terra, onde dormiu, tomou as suas refeições e fez novas amizades.

ECOdica

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Dragagem sobe o Guadiana a partir de Março de 2015

«Uma História, Um Projecto» promove inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais

Gera polémica o momento eleitoral na Associação Humanitária dos Bombeiros de Alcoutim

«José, El Peregrino» caminhou 100 mil quilómetros a pé antes de chegar a VRSA

-DR