jbg junho 2014

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 14 - Nº169 JUNHO 2014 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE VRSA comemora 240 anos e inaugura clínica médica Contrabando Tradicional: primeira monografia do Baixo Guadiana de João Tomás Rodrigues ASSEMBLEIA MUNICIPAL APRESENTA MOÇÃO PARA DRAGAGEM DO GUADIANA LUSITANO É CAMPEÃO DISTRITAL MÉDICOS VÃO A CASA DOS MAIS CARENCIADOS

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Mensário de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2014 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 14 - Nº169

JUNHO 2014

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

VRSA comemora 240 anos e inaugura clínica médica

Contrabando Tradicional: primeira monografia do Baixo Guadiana

de João Tomás Rodrigues

ASSemBLeIA mUNICIpALApReSeNTA mOçãO pARADRAGAGem DO GUADIANA

LUSITANO é CAmpeãO DISTRITAL

méDICOS VãO A CASA DOS mAIS CAReNCIADOS

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JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

As Eleições Europeias para além dos resultados obtidos por cada uma das principais forças políticas, resultados que dita-ram a vitória do PS; a derrota do PSD/CDS-PP; uma significativa subida da CDU; o afundamento do Bloco e a surpresa da eleição de Marinho Pinto pelo MPT. Ficam igualmente negativamente marca-das pela elevadíssima abstenção verificada, realidade amarga em números que no Algarve atingi-ram mais de 70%.

Haverá seguramente outros registos a ter presente, entre os quais, avulta a pulverização de votos em forças extremistas, radicais, de extrema direita, eurocépticos ou mesmo xenófo-bas marcadamente contra este modelo Europeu. A situação que os resultados reflectem comporta perigos e avisos sérios quanto ao percurso que a EU tem seguido após a crise económica e finan-ceira que tem abalado sobretudo

países como o nosso. Neste distanciamento expri-

me-se o desencanto que atinge milhões quanto às representa-ções partidárias, a vida politica, ou o modo de fazer politica, bem como ao juízo, a opinião, sobre o desempenho das várias lideran-ças. Pressente-se um momento de viragem, de fim de ciclo. Importa antever em que sentido, porque o que se afigura mais evidente é que nada pode ficar como antes.

Voltando ao território para testemunhar que mais uma vez o Algarve e em particular o Sotavento é penalizado pelas opções tomadas em Lisboa. Não é de todo compreensível, não só o adiamento da requalificação da EN 125, como incompreensível é que nos remendos que estão anunciados se exclua de qual-quer obra significativa, mesmo nesse mitigado sentido, todo o Sotavento Algarvio. Estamos a falar da principal região turística do País, cujo postal promocional, neste caso, se assemelha a um País de terceiro mundo.

O mesmo poderia ser invocado

quanto à contínua promessa sempre adiada do desassorea-mento da barra do Guadiana, à degradação a que se assiste quanto à prestação de cuidados de saúde, ao encerramento de ser-viços de proximidade (correios, finanças, agricultura, educação, entre outros) medidas avulso, sem plano estratégico de Reforma do Estado, mas antes a representa-ção de uma governança exercida longe do País real, traduzida na imposição, de cima para baixo, de cortes cegos, que fogem ao entendimento comum, porque não respondem à necessidade de encurtar de facto as gorduras do Estado Central mas antes e só significam a destruição de servi-ços públicos sem os quais a vida do cidadão comum se transforma num verdadeiro inferno.

No dia em que Vila Real de Santo António comemorou 240 anos de existência foi inaugurado o Centro Médico Internacional que entre outras valências inte-gra uma equipa de recuperação física a cargo de especialistas cubanos. Trata-se de uma pedrada

no charco da inércia e na ausência de coragem e de iniciativa que marca grandes áreas do País. A clínica não substitui nem é desti-nada a competir com a existência do Serviço Nacional de Saúde. É uma alternativa de qualidade para quem de imediato necessita de assistência médica e o SNS não está em condições de responder. Não é para os mais pobres. Mas constitui uma solução para situa-ções de aflição que não se compa-decem com esperas intermináveis. Dá negócio aos seguros de saúde, mas representa para quem os pode ter uma opção de que VRSA não dispunha. É assim, por si mesma, uma boa noticia.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Eusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosJosé CruzPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

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JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

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Vox Pop

R: Parece que a «abstenção técnica», a emigração dos jovens, a dispersão de votos, os eurocéticos, etc. foram argumentos que não convenceram, e enquanto alguns se regozijam e outros teimam, há uns tantos que assobiam para o lado a ver o que isto dá. Portugal dos pequeninos...

Nome: Nélia EstróiaProfissão: Consultora Sénior na área de Sistemas Informáticos

R: A leitura, talvez fácil, que faço da taxa de abstenção elevada, é que as pessoas sentem que não têm o poder de decidir, que as deci-sões se tomam independentemente delas. Mas devem existir investigações sérias sobre este assunto, que respondem melhor do que eu. Talvez eu apenas esteja a dizer o que eu próprio sinto.

Nome: Luís NogueiraProfissão: Funcionário Público

R: Na minha opinião, a abstenção registada deve-se sobretudo pelo mau trabalho dos nossos políticos/governantes, em explicar a importância das eleições europeias para o país e para todos. A maior parte do país não tem noção efetiva para o que é que está a votar, não percebe que benefícios/melhorias podem advir de uma votação para a Europa.

Nome: João Duarte VictorProfissão: Actor

R: Por um lado questiono-me se os portugue-ses estarão mais descrentes quanto à União Europeia em si, ou quanto ao impacto que os euro-deputados que elegemos poderão ter entre outros “tubarões”. Por outro, acho bastante provável que o maior descrédito seja relativamente aos próprios candidatos portugueses. Tenho pena que a população no geral não aproveite a oportunidade de expressar a sua preferência numas eleições que, mascaradamente, acabam por ter quase tanto impacto no nosso dia-a-dia como as restantes.

Nome: Gonçalo GuerreiroProfissão: Estudante

Que leitura faz dos valores da abstenção em portugal nas eleições europeias, e que atingiu os 66,1%?

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CRÓNICAS

Com o Partido Socialista em estado de efervescência pela disputa da liderança interna entre António Costa e António José Seguro e a realização de um con-gresso extraordinário no horizonte, gosta-ria de partilhar com os leitores do Jornal do Baixo Guadiana uma análise sobre as eleições para o Parlamento Europeu e o comportamento do líder da oposição.

Num claro triunfo da abstenção, que atingiu os 66,1%, o Partido Socia-lista ganhou as eleições europeias com 31,4% dos votos expressos nas urnas e a Aliança Portugal (PSD/CDS) perdeu-as, não indo além dos 27,7%, numa der-rota pesada para os partidos do Governo. Em contrapartida, o MPT – Partido da Terra, o partido de Marinho e Pinto, foi a surpresa das eleições, conseguindo dois lugares em Bruxelas. A CDU obteve um

dos melhores resultados de sempre e o Bloco de Esquerda sofreu um rude golpe político ao perder 2 dos 3 eurodeputados que havia conquistado em 2009.

Ainda que os maus resultados dos partidos da maioria não tenham sido tão desastrosos quanto os 17% obtidos por François Hollande em França, não podem deixar de merecer uma leitura crítica e de serem assumidas responsabili-dades políticas, isto se o PSD e o CDS-PP quiserem ganhar as eleições legislativas do próximo ano.

Todavia, e em nome da honestidade intelectual que deve assistir a cada um de nós, importa denunciar a desonesti-dade política dos partidos de esquerda, em especial do Partido Socialista, que

transformou as eleições europeias em legislativas.

Ao longo da campanha eleitoral, Fran-cisco Assis e o seu líder António José Seguro não foram capazes de discutir a Europa, nem sequer apresentar uma proposta válida para defender os inte-resses nacionais em Bruxelas. Montados no cavalo da Mudança, mais não fizeram do que responsabilizar o Governo pela austeridade e pelas dificuldades sentidas pelos portugueses nos últimos três anos, quando foram José Sócrates e o Partido Socialista que negociaram o resgaste financeiro e trouxeram a troika para Portugal.

Independentemente do divórcio latente dos portugueses face às questões

europeias, em consciência não podemos dormir o sono dos justos, quando Portu-gal, em eleições, bateu o recorde da abs-tenção a nível europeu (66,1%). Para isso muito contribuiu toda a batota política orquestrada pela oposição, que denun-ciando uma enorme irresponsabilidade política e falta de ética, tudo fez para que estas eleições fossem o rastilho para a queda do Governo de Portugal.

O exemplo mais paradigmático foi dado pelo Partido Socialista, que ainda em campanha apregoava um resultado retumbante nas eleições, com uma diferença de 10 pontos relativamente à Aliança Portugal, para depois da conta-gem dos votos não ir além dos 31%, isto é, uma vitória técnica, o que não inibiu

o sofista José Sócrates de reclamar uma grande vitória para o seu partido.

António José Seguro, embalado pelos aplausos dos camaradas, foi mais longe na noite da vitória, ao pedir a demissão do primeiro-ministro, quando afirmou: “Este Governo acabou”. Será que este desabafo do líder do PS foi uma tenta-tiva frustrada para evitar que António Costa pedisse a convocação de um con-gresso extraordinário com a finalidade de o mandar embora da liderança do partido?

Por último, e como algarvio, não posso deixar de manifestar o meu profundo desagrado pelo facto dos algarvios não terem revelado a latitude política de eleger José Mendes Bota para o Parla-mento Europeu. O Algarve, enquanto região periférica, e os algarvios, acabam de perder mais do que um eurodepu-tado, a oportunidade de terem em Bru-xelas um lutador inigualável pela defesa intransigente das causas e dos superiores interesses da nossa região.

[email protected]

Vítor Madeira

Os resultados das eleições de 25 de Maio na União Europeia fizeram regressar a política à vida dos cidadãos de vários países. Pela primeira vez, o velho e pachorrento procedimento da euro-burocracia dá sinais de inca-pacidade de resposta aos anseios dos governados.

Saltou a tampa de uma panela que há muito estava ao lume e todos fingiam não ver o fogo ateado pelos inúmeros acordos de bastidores contra os interesses dos povos e a favor do sistema financeiro, criador, pai e con-trolador das criaturas sem rosto a que

Éramos jovens e decidimos fazer a revolução. Mas para mudar o mundo era preciso começar por mudar a geo-metria da curva da estrada do rio onde por mais do que uma vez nos espetá-mos regressando dos copos às três da manhã. A nossa primeira luta foi contra o presidente da câmara e depois contra a junta autónoma das estradas quando o edil civilizadamente nos explicou que a via não era municipal. Escrevemos cartas. Mas a junta autónoma devia ser tão autónoma que não respondeu

centrão europeu, saído dos centrões nacionais que compõem a Europa. Decidiu governar num agora governas tu, agora governo eu, agora governas tu mais eu.

A certa altura. tomou a realidade por eterna e foi por aí, criando o monstro do empobrecimento e da austeridade, aumentando o número de ricos e os pobres, na direta propor-ção da pergunta de Almeida Garret.

Ou seja, fazendo cair sempre a balança para o lado dos mais fortes.

Chegou e não de forma sorrateira a descrença que se fez abstenção e o castigo expresso nas múltiplas opções que pulverizaram o espectro político.

por controlo remoto no instante pre-ciso em que o sr. engenheiro-diretor das estradas a subisse com a pastinha de calfe do despacho debaixo do braço. Mas alguém mais avisado propôs a alternativa de pedir-se mas era uma audiência no governo civil e resolver-se logo o assunto. Pedimos a audiência. Quatro meses depois fomos recebidos. E o senhor governador assegurou que tomaria boa conta do processo e que não havia de passar muita água por baixo da ponte até que a curva da estrada tivesse o perfil corrigido. E a verdade é que decorridas poucas semanas um ofício com os melhores cumprimentos do chefe de gabinete do governador

Deu o claro sinal de que é cada vez maior o número de cidadãos que já acredita que existe alternativa, mas que simplesmente vota por esta ou aquela opção mais coerente a seu ver, para dar solução aos problemas. A ausência de debate político pro-fundo na sociedade leva-os, porém, a optar por soluções enganadoras e a dar voz a populismos e justicialis-mos que podem vir amargar a nossa vida futura.

Tirar ilações das derrotas profun-das que sofreram os partidos que se renderam à política de austeridade dos senhores da alta finança, hoje reunidos no que se convencionou chamar de troika, é uma urgência.

civil explicava que o assunto havia sido remetido ao cuidado do sr. secretário de estado dos transportes. Mas nessa altura já a revolução não podia contar com o entusiasmo inicial destes seus tão fervorosos membros. Até porque o armando tinha ido para tancos cum-prir o serviço militar e lá ficou como miliciano. O luís alberto emigrou. O mendes arranjou emprego numa mul-tinacional e passava o tempo a viajar. A teresa entrou em engenharia civil. Encontrávamo-nos cada vez mais espa-çadamente e começávamos a sentir a estranha sensação de faltar-nos espaço para mudar o mundo e construir os ali-cerces de uma sociedade nova. O tempo correu e a curva da estrada ainda lá está sem ninguém lhe bulir. Não somos velhos mas é como se tivéssemos enve-lhecido mais depressa do que o tempo

Fazer com que política volte a estar ao comando da economia, a econo-mia ao serviço do desenvolvimento e este ao serviço das necessidades dos portugueses e restantes europeus é o desafio maior que enfrentamos nos dias de hoje.

As eleições europeias colocaram as opções de governação em estado interessante, perene de propostas alternativas. Compete aos cidadãos não se ficarem pelo voto e darem início a uma participação cívica, de cidadania ou de militância partidá-ria, todas elas muito respeitáveis na sociedade nascida de Abril. Em casa é que não se fica, quando é possível a participação.

que foi passando por nós. O luís alberto tem uma empresa de construção de obras públicas nos estados unidos e regressa de dois em dois ou de três em três anos. Eu abri um restaurante. O mendes deixou a multinacional e trabalha agora por conta própria em consultoria financeira. O armando morreu num acidente de automóvel. A teresa meteu-se na política e é actu-almente secretária de estado dos trans-portes. Às vezes penso em telefonar-lhe. A lembrar-lhe que está nas suas mãos resolver o velho problema da regulari-zação do perfil da curva da estrada do rio. Mas o tempo passou. E eu receio que a teresa ainda se começasse a rir na minha cara se eu tivesse a ingenuidade de lhe recordar o nosso sonho antigo de arranjarmos uma curva da estrada e depois mudarmos o mundo.

chamam os mercados.Aqueles de quem todos os dias

temos notícia de um escândalo, um assomo de corrupção, uma falência fraudulenta ou um roubo descarado a inocentes criaturas que apenas pro-curam dar um rumo seguro às suas poupanças.

A velha banca, a banca da ética, a banca que era a seiva do capitalismo emergente e revolucionário contra a aristocracia feudal, já há muito morreu à mão do Império, embora ainda se arrastassem pelos anos alguns exem-plos, por esse mundo fora, de gente que pensava com a cabeça e não com a carteira.

Durante anos formou-se, um enorme

a nenhuma. Então fomos pessoalmente entregar uma petição exigindo a ime-diata intervenção no asfalto e nas bermas e a reposição das indispensáveis condições de segurança. Recebeu-nos um funcionário zeloso que não nos per-mitiu passar além dos bancos corridos de madeira da salinha de espera e nos despachou dizendo «bom dia» e que estivéssemos descansados que a peti-ção seguiria os trâmites normais. Um ano passou e nem um oficiozinho da junta autónoma dizendo por exemplo «o assunto mereceu a nossa melhor atenção». Foi então que pensámos em meter uma bomba na escadaria das traseiras do edifício-sede acionando-a

José Carlos Barros

José Cruz

O Insubmisso

Estado interessante

A curva da estrada

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

A vitória e as tropelias do Partido Socialista nas eleições para o Parlamento Europeu

“A vitória do PS, infelizmente, foi uma vitória de Pirro”

Mário Soares

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escola de Altura vence concurso de imagem

escolas de Castro marim levam história de amor de D. pedro I e Inês de Castro a Itália

mascote eurocidade do Guadiana foi desenhada por jovem castromarinense

Alunos de Alcoutim estiveram em Blain

EDUCAÇÃO

O 1º ciclo da Escola Básica de Altura, do Agrupamento de Escolas de Castro Marim, conquistou a vitória no «Concurso Imagem Contra a Cor-rupção 2013/14», organizado pelo Conselho de Prevenção da Corrupção em colaboração com o Ministério da Educação.

A atribuição de prémios aconteceu no passado dia 7 de maio e foram sete as escolas premiadas pelas imagens e vídeos criados com o objetivo de elucidar e promover o combate à corrupção. A Escola de Altura venceu na categoria do 1º ciclo, com uma pintura mural da turma do 4.º L - «Queremos crescer com honestidade».

No âmbito do Programa COMENIUS, que visa reforçar a dimensão europeia da educação, alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Castro Marim participaram no Festival Europeu de Teatro Escolar. Este agrupamento é parceiro do projeto «The books on the stage during the European School theatre festival» (e que já passou por Castro Marim), juntamente com uma escola polaca (de Smardzewice) e uma escola italiana (de Pisticci). O terceiro encontro de teatro escolar, baseado na adaptação de livros de cada um dos países envolvidos, decorreu entre 4 e 10 de maio, na cidade de Pisticci, Itália. O Agrupamento de Escolas de Castro Marim fez-se representar por 10 alunos da Teatroteca (grupo de teatro escolar) e do Clube de Música, pelo Diretor do Agrupa-

mento de Escolas e por professores envolvidos neste projeto. Durante este encontro, para além das atividades relacionadas com a literatura e o teatro, foi possível os alunos ficarem a conhe-cer algumas palavras básicas da língua italiana, aprender um pouco sobre geografia e história de Itália e participar em vários workshops. Visitaram reservas naturais, conhecer museus e monumentos histórico-culturais. Ao nível das adaptações literárias para teatro o Agrupamento de Escolas de Castro Marim levou a palco «Suspiro do Amor», adaptado do livro «Histórias e Lendas de Portugal», que, através da dramatização e respetivo acompanhamento musical, retratou o amor vivido entre D. Pedro I e D. Inês de Castro.

O grupo que se deslocou a Blain, França, foi constituído por 22 alunos (19 alunos do 8ºano e 3 alunos do 9ºano) e três professo-res do Agrupamento de Escolas de Alcoutim.A visita a Blain decorreu de 11 a 19 de abril, celebrou-se a 5ª edição do Intercâmbio Escolar com o Collège Saint-Laurent de Blain e mais de uma década de geminação entre Alcoutim e Blain.Quanto às atividades, os alunos e professores visitaram as salinas de Guérande, os principais locais de interesse de Blain, o Castelo e catedral de Nantes.Esta visita teve lugar depois de em Março os jovens de Blain terem

estado em Alcoutim. Recorde-se que em Alcotim os franceses visitaram o Castelo, jogaram os jogos de origem árabe, parti-ciparam no mercado solidário no centro da vila, onde vende-ram produtos típicos de Nantes, confecionaram folares típicos da Páscoa na escola de Martinlongo, visitaram os sítios arqueológicos de Mértola, a exposição da dieta mediterrância de tavira e visita-ram a cidade de Évora.

Atividades em aula

Tanto em Alcoutim como em Blain os alunos realizaram ati-vidades nas aulas de várias dis-ciplinas.

A Eurocidade do Guadiana completou a 9 de Maio o primeiro ano de vida a três municípios – Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António. Para assinalar a data realizaram-se diversas iniciativas. Desde logo a apresentação da mascote da Eurocidade em que a escolha do júri recaiu sobre o desenho de um jovem de Castro Marim. Submetidos a escrutínio estiveram 400 desenhos provenientes das escolas dos três municípios da Eurocidade. Foi a criação de André Serafim que se destacou numa proposta em que a utilização das duas cores da Bandeira da Eurocidade do Guadiana e a inclusão de elementos distintivos dos territórios eram os únicos critérios exigidos para a participação no concurso.

Os alunos e a professor vencedores pertencem a uma turma do 1.º ciclo de Altura

No total foram a França 22 alunos e três professores de Alcoutim

Este desenho vencedor é da autoria de André Serafim do 1.º ciclo

A iniciativa integrou-se no programa COMENIUS e decorreu em Maio

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2014 | 5

médica e assistente social dão consultas ao domicílio dos mais carenciados

LOCAL

Trata-se de um inovador modelo de assistência em que uma equipa de médica, enfermeira e assistente social desloca-se numa carrinha à casa dos fregueses de Odeleite e Azinhal. Recorde-se que nestas freguesias em Outubro passado encerraram as extensões de saúde, circunstância que se acumulou ao facto de serem freguesias muito dispersas e muito despovoadas, logo carenciadas. Contudo esta unidade móvel de saúde de última geração, e que é agora impulsionada pelo município lide-rado pelo também médico Francisco Amaral, não surge para substituir as extensões de saúde, entretanto fecha-das. “Aliás, está a ser dada continui-dade ao processo de reabertura das extensões de saúde”, sendo que nos conta que o processo da reabertura da extensão do Azinhal “está bem encaminhado”, confirmou ao JBG Francisco Amaral.

Sonho com 20 anos

Ter uma Unidade Móvel de Saúde com serviço médico é um projeto que Francisco Amaral “já tinha na cabeça há mais de 20 anos e que agora se concretiza”. O autarca foi, de resto o mentor deste género de assistência ao

domincílio, tendo criado a primeira Unidade Móvel na década de 90 do século passado. “Agora, finalmente, conseguimos concretizar esse sonho através de um protocolo com a Admi-nistração Regional de Saúde (ARS).Depois de um período experimental de dois meses, com resultados con-siderados excelentes formalizou-se o acordo entre ARS e Câmara Muni-cipal de Castro Marim, levando, em articulação com os serviços de saúde locais, as consultas médicas à porta de casa dos munícipes”, disse o edil castromarinense..

ARS cede médicaAtravés do protocolo a ARS Algarve

compromete-se ceder médicos para colmatar a falta de assistência médica a esta população e levar a prestação dos cuidados de saúde primários até à casa das pessoas.

O Presidente do Conselho Diretivo da ARS João Moura Reis, destacou o papel neste processo da autarquia que de “forma positiva e ativa” se tem empenhado “para defender e assegurar os cuidados de saúde dos seus munícipes de forma adequada, eficiente e eficaz”.

Por seu lado, o Presidente da Câmara de Castro Marim, Francisco

Amaral, destacou o dia de assinatura do protocolo [23 de Maio] como “um dia importante e com muito signifi-cado por se realizar um sonho com 20 anos que agora permite que um médico do Centro de Saúde vá à casa

das pessoas”.

Detetadas carências sociais

Ao JBG Francisco Amaral frisou que ao longo deste dois meses no terreno através da Unidade Móvel de Saúde “foi possível descobrir carências diversas e com gravidade” na serra de Castro Marim.

Desde o início do mês de Abril que os cuidados primários de saúde vão a casa das famílias mais isoladas das freguesias de Azinhal e Odeleite, no concelho de Castro marim. Depois de um período experimental avançou o protocolo entre município e Administração Regional de Saúde.

Para além dos médicos a carrinha transporta uma enfermeira e assistente social. Iniciativa já sinalizou carência extrema

(Esq.ª para D.ta) Edil de Castro Marim, Francisco Amaral, com Presidente da Administração Regional de Saúde, Moura Reis

Odeleite e Azinhal

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EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Libro de actividad física

mundo de la pintura en Casa Grande

Una mariposa

Como estaba previsto, se presentó al público el nuevo libro deportivo que habla de la ciudad fronteriza como punto de referencia, donde el turismo, la actividad física o la recreación se unen para hacer de esta zona geográfica, un destino perfecto para el visitante. El Centro Cultural Casa Grande fue el esce-nario donde tuvo lugar el aconte-cimiento, asistiendo cerca de un centenar de personas al mismo y donde se podía ver a jóvenes vin-culados a muchas de las actividades deportivas a las que se hace refe-rencia.

Luis Romao, Director Regional del Algarve del Instituto Portugues de Juventud y Deportes, tuvo palabras de elogio hacia la labor de los auto-res del libro, por su vinculación con la actividad física a través de todos

estos años de amistad y relación pro-fesional. Destacó el enorme valor de la publicación por cuanto pone al alcance de la gente esta obra, que no se sabe a ciencia cierta donde encuadra mejor, si en turismo o en deporte. Así como la relevancia en lo que es la actividad en el Bajo Guadiana, dado que muchas de las actividades deportivas expuestas son comunes a ambas orillas del Guadiana.

Antonio Wanceulen, editor, des-tacó el cariño con el que saca al mercado la obra, por su relación de amistad con los autores y por su conocimiento personal del poten-cial de la zona de la desemboca-dura del Guadiana. Y uno de los autores, José Luis Rúa, dado que Andrés Rúa estaba participando con su equipo de voleibol en el

Cadeba en Cartaya, relató a gran-des rasgos las razones de la publi-cación y la intencionalidad de la misma. Más de 200 fotografías, 33 actividades deportivas y un poten-cial espectacular para una zona que llega mas allá de la frontera del rio.

Cerró el acto el concejal de deportes Francisco Blázquez quien se sintió muy satisfecho por la inquietud de los autores y su generosidad al poner al alcance de la gente el fruto de su trabajo de años. El público asistente al acto salió muy satisfecho del mismo, con palabras de elogio y agra-decimiento por esta nueva obra publicada en la ciudad fronteriza y por la ilustración fotográfica de la misma.

Un nuevo libro que añadir a los

publicados en Ayamonte en las últi-mas fechas y que en esta ocasión pone en valor el potencial turístico-

deportivo no solo de la ciudad, sino del entorno, de lo que se viene en llamar el Bajo Guadiana.

El interesante y atractivo mundo de la pintura, ha sido y es uno de pun-tales culturales de la ciudad fron-teriza. Tanto para los nativos como para los visitantes, sentirse atraí-dos por una exposición en alguna de las salas de la ciudad es algo normal. Galería Passage o la Casa Grande, incluso alguna de las cafe-terías, suelen ofrecer exposiciones de manera continuada, pudiendo uno recrearse en los diversos esti-los, técnicas o formatos. Nombres de prestigio o pinceles jóvenes se muestran con la ilusión de la pri-mera vez.

Y en estas fechas de buen tiempo, donde la luz de Sorolla inspira a muchos de los autores ayamontinos, o cuando esta estación primaveral repleta de mil colores, busca cobijo en los lienzos que se muestran en blanco tanto en estudios como en plena naturaleza. Es cuando nos dejamos llevar por anuncios o chi-vatazos, para poder disfrutar del horneado de trabajos que en pocas fechas colgaran de alguna exposi-ción individual o colectiva, en nues-tra ciudad o en cualquier otra, para venderse o sencillamente para hacer una obra de caridad a beneficio de alguien o a favor tan solo del espec-tador, esa opinión que muchas veces determina futuras composiciones.

Y así es como atraído por una invitación silenciosa, nos enteramos de las gestiones del próximo “Paseo por el Arte”, de las inquietudes de los talleres de pintura, de próximas exposiciones o de una reunión para

Una mariposa,la más bella del lugar,

vuela sola sobre las floresa punto de marchitar;

ya no tienen polenni dulces aromascon que deleitar

el olfato de la mariposacansada de aletearporque el viento

roza sus alasy le impide avanzar.

Tiene sus alitas dañadasporque el camino nunca acaba,

tiene un largo camino,tal vez de varias semanas.

Pero la mariposa no se rinde,sabe que llegará

al final del senderodonde las rosas simbolizan el amor

y las margaritas la amistad,donde el amor nunca acaba

y será feliz hasta la eternidad.

Leticia Mestre

Dedicada en memoria de la escritora y poetisa Mar Velasco.

captar la belleza de los rincones naturales de Ayamonte. Compo-nentes del taller “ El rellano”, del Ateneo Ayamontino y pinceles de un enorme prestigio se han reunido en una huerta desconocida para la inmensa mayoría de los mortales y han trasladado al lienzo a ritmo de atardecer, lo mejor que la natura-leza ofrece en semejante territorio. Los pinceles de Ángel Guerrero, de los ateneístas, Manolo Rodrí-guez, Rosa Cabalga, Rosa Gómez o Mari Carmen Arroyo y del taller “El rellano”, Fátima Concepción o Emilia Rasco.

Una huerta que mantiene vesti-gios de no se sabe cuántos siglos atrás. Que sus propietarios han respetado, como no queriendo herir la historia y dejar que futu-ras generaciones algún día puedan apreciarlo. Que cerrando los ojos,

uno se siente transportado en el tiempo, con esos sonidos del agua, los frutales rompiéndose por el peso de su fecundidad, los aromas tan variados por tanta presencia de plantas, los claroscuros del atarde-cer y el paso del tiempo definido en las construcciones que enveje-cen como todo ser vivo.

Una experiencia que se repite cada vez que los pintores convier-ten el campo en estudio improvi-sado, cada vez que la libertad de ese estudio se transforma en obras sobre lienzos que luego colgaran de las más diversas paredes. El arte de la ciudad de la luz robada por instantes con la mejor de las inten-ciones. Magnifica manera de per-derse del tiempo en el que vivimos y de esconderse de todo aquello que no nos gusta para provocar una expresión de admiración.

Se presentó al público el nuevo libro deportivo que habla de la ciudad fronteriza como punto de referencia

El interesante y atractivo mundo de la pintura, ha sido y es uno de puntales culturales de la ciudad fronteriza

José Luis Rua

José Luis Rua

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2014 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Salmorejo de conejo al estilo del Andévalo de Huelva

Ingredientes

1/2Kg Pimientos verdes de asar1/2 Kg Pimientos rojos de asar3/4 Kg Tomates maduros1 Conejo (a ser posible de campo)SalAceite de olivaVinagreComino1 Cabeza Ajosa

Preparación

Paso 1 - Se limpia bien el conejo. Le quitamos el hígado y lo dejamos a parte.Paso 2 - Lavamos bien los tomates y pimientos, los asamos. Los pimientos se meten en una cacerola que tenga tapa para que sude, de esta manera cuando esten frios se pelan mejor.Paso 3 - Pelamos los pimientos y los tomates, los cortamos y preparamos y lo echamos todo en una fuente.Paso 4 - Ahora asamos bien el conejo, el hígado y la cabeza de ajos. El conejo lo picamos bien y se lo echamos al preparado de pimietos y tomates.Paso 5 - En un mortero echamos el hígado, comino al gusto, la cabeza de ajo pelada y lo machacamos todo bien. Esta mezcla se la echamos al preparado anterior. Le echamos sal, aceite y vinagre y removemos.Paso 6 - Se mete en el frigorífico, se toma bien frio. ¡Está bue-nísimo!

En reunión mantenida el martes 7 de mayo en la Casa Ducal de Puebla de Guzmán, a la que asistieron inversores dispuestos a transformar sus fincas en rega-dío y el presidente acompañado de técnicos de la Comunidad de Regantes, se llegó a un acuerdo para formar la Agrupación de Regantes, que permitirá crear un núcleo de riego en Puebla de Guzmán y El Almendro de 1.470,5 hectáreas.

Los futuros regantes se compro-metieron a abordar cuanto antes las

La Federación Portuguesa de Vela y la Asocia-ción Regional de Vela del Sur son los responsa-bles de anunciar la realización de las Regatas. La competición está organizada por el Ginásio Clube Naval de Faro con la coorganización del Club Náutico de Isla Canela y con el apoyo del Marina de Isla Canela, entre otros.

La programación será la siguiente:Día 03/Jul/2014: Regata desde Costera Isla

Canela hasta Tavira (Salida – 13:00h)Día 04/Jul/2014: Regata desde Costera

Tavira hasta Albufeira (Salida – 11:00h)Dia 06/Jul/2014: Regata desde Técnica Por-

timão hasta Portimão (Sailida – 11:00h)Y Regata Costera desde Portimão, pasando

por Ponta da Piedade hasta Lagos(Salida – 13:00h)Las cuotas para la inscripción a la competición

será de 50€ para el patrón del crucero y de 25€ para la tripulación.

Los barcos participantes tendrán derecho a atraques de manera gratuita desde el día 28 de junio hasta el 6 de julio en los Puertos: Marina de Isla Canela (del 28/ jun hasta 3/jul), en el Porto de Recreio do Guadiana (del 28/ jun hasta 3/jul), en Marina de Albufeira (4/ju) y en

Marina de Portimão (5/jul). Por último, en Marina de Lagos, las embarcaciones que participan en la XXII Vuelta al Algarve y XXV Regata dos Portos dos Descobrimentos, beneficiarán de atraque gratuito de 6 a 11 julio. De otra manera, el mismo ofrecerá un descuento del 20% en el atraque entre el 7 y 13 de julio.

El Grupo de Desarrollo Rural del Andévalo Occidental pone en marcha once cursos on line para mujeres del entorno rural a través del proyecto de coope-ración ‘Mujer Rural. Empleo y Nuevas Tecnologías’ en el que participan otros siete GAL. En la plataforma online están dis-ponible el siguiente listado de cursos y programas:

- Community Manager aplicado a una pequeña empresa

- Creación del plan de empresa.

obras de transformación, mientras que los técnicos elaborarían a partir de entonces los proyectos.

Según Antonio Beltrán, Alcalde de Puebla de Guzmán, esta fase tiene el decidido apoyo de la Dirección General de Planifica-ción Hidráulica y de la Dirección General de Estructuras Agrarias de la Junta de Andalucía, y supone un paso firme hacia la consecución del tan aspirado deseo de poner en marcha los regadíos en la zona tras la construcción de la Presa del Andévalo.

- Creación del plan de empresa y consolidación de empresas.

- Gestión y trámites de la empresa.

- Dirección, coordinación y tra-bajo en equipo.

- Liderazgo y empoderamiento social.

- Creación de empresas de eco-nomía social.

- Marketing digital aplicado a una pequeña empresa.

- Diversificación y alternativas productivas aplicadas al sector primario.

- Capacidades emprendoras y liderazgos.

El plazo de inscripción perma-necerá abierto hasta el próximo 16 de junio día en el que comen-zarán los cursos. Los cursos son totalmente gratuitos. Hasta el momento, gracias a este tipo de cursos, se han formado unas 400 mujeres en aspectos de gestión y organización empresarial.

Las inscripciones deben de formalizarse a través del portal http://formacion.mujeryempleo.com/

Creada la agrupacion de regantes de puebla del Guzmán y el Almendro

La XXII Vuelta al Algarve a Vela 2014 comienza este año en Isla Canela y se disputará entre los días 3 y 6 de julio de 2014.

Interesante oferta formativa para las mujeres del entorno rural del Andévalo Occidental

Proyecto «Mujer Rural. Empleo y Nuevas Tecnologías»

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GRANDE PLANO

Jornal do Baixo Guadiana: Qual a importância da elabo-ração desta monografia para o seu percurso pessoal, aca-démico e profissional?

JTR: A nível pessoal, o meu aprofundamento de noções sobre um imaginário, que, quiçá, se encontrava fragmentado ou baseado em pressupostos distan-tes da realidade - e em muitos de nós, raianos - que por esse estudo aprofundado me deixou entender o traço de heroísmo que se encerra na árdua luta pela sobrevivência do “homem e mulher” comum, em busca do seu sustento e que refor-çou o meu respeito ao sofrido povo da nossa região. A nível académico, representou a consubstanciação de um humilde legado à minha cidade e região, a partir daquilo que pro-duzi e de poder lançar bases de aprofundamento a um outro nível do entendimento antropológico, sociológico e de dinâmicas frontei-riças nas mais diversas dimensões – sejam jurídico-legais, políticas, económicas e culturais. Com isto, não desejo cristalizar conclusões de investigação e assumo o desejo de continuar a desenvolvê-las a um outro nível, assim os apoios e capa-cidade financeira para investigação mo permitam. A nível profissional, de momento procuro interlocutores nas forças vivas do Baixo Guadiana – autarquias, associativismo, priva-dos-, do lado de cá e de lá da raia, para implementar projectos que permitam através da promoção do referencial da actividade do Contra-bando Tradicional, a salvaguarda desta como memória e assim estru-turar e reforçar a nossa identidade no presente e futuro, promovendo através do património, o combate à periferia e aos problemas com que ancestralmente as zonas de fron-teira se vêem confrontadas.

JBG: O que descobriu de mais importante no meio de

tanta investigação?JTR: Sem pretender excluir

alguns aspectos que considero de vital importância na investigação, creio que o aspecto que mais des-taco em termos de interesse geral e que me prendeu igualmente a aten-ção, foi o da “ciência” das formas rocambolescas, como os contraban-distas tradicionais - nomeadamente os do Nordeste Algarvio e limite sul do conce-lho de Mértola - faziam as tra-vessias do Gua-diana. Debaixo da enorme pres-são do risco de deteção pelas autoridades, muitas vezes de Inverno e com enormes volu-mes de água no rio ou mesmo no afluente Chança, dis-pondo de um conhecimento profundo de zonas de corren-tes fluviais e da conjugação de factores como luas e da sua influência na actividade, do peso de cargas e dos tipos de cargas passadas, onde se inclu-íam, por vezes, gado vivo, sendo o contra-bando reflexivo de um impressio-nante conjunto de conhecimentos empíricos sobre o Rio Guadiana e sobre a forma de “dominá-lo” como chave ao sucesso da actividade.

JBG: De que forma conse-guiu chegar às informações

e aos factos?JTR: Penso que o testemunho

contido na oralidade, com todos os problemas que em termos científi-cos nele se condensam e da vali-dação deste como facto, foram o elementos decisivos. A pesquisa, pela sua natureza académica, teria, pois, que abordar necessariamente duas perspectivas fundamentais, a

primeira puramente cientifica da análise quantitativa da fronteira do Baixo Guadiana e das suas dinâmi-cas políticas, económicas e sociais desde que a Reconquista Cristã, fez do Guadiana a fronteira mais a sul entre Portugal e Espanha (Castela)

e durante os quase oito séculos seguintes até aos nossos dias. A segunda perspectiva do trabalho é aquela que reporta à busca de informações e factos do contra-bando tradicional no séc. XX e a mesma que se condensa na memó-ria e oralidade; a de análise quali-tativa em termos da antropologia social da região. É nesta, onde o

misto da memória e do esquecimento dos intervenientes, valida o relato, como facto sendo de validade cien-tífica, e apoian-do-me na proposta de método do antropólogo fran-cês Marc Augé sobre a validade dos relatos orais, contido na sua obra Les Formes de l´Oubli (As Formas do Esque-cimento).

JBG: Uma investigação que antece-deu a saída de campo...JTR: Através desta análise, o trabalho de campo com condução de entrevistas que foram dinâmicas e não obedecendo a um guião está-tico de perguntas, abriu as possibili-dades da narrativa

conduzir a outros elos- entenda-se pessoas e situações encadeadas ao relato – e assim enriquecer o número de relatos e entrevistas levadas, posteriormente, a cabo.

A partir das entrevistas passei depois à tentativa de contrastá-

las com elementos já publicados e aqui entra o meu agradecimento ao Jornal do Baixo Guadiana e à jornalista Susana de Sousa, ao meu colega da Universidade do Algarve, Luis Filipe Maçarico, que produziu a obra Memórias do Contrabando em Santana de Cambas, a partir de um amplo número de entrevistas contidas na mesma, ou ainda das publicações promovidas por autar-quias do Baixo Guadiana, como a de Alcoutim e de José Manuel Simão intitulada «A Nordeste de Todas as Histórias», onde as entre-vistas que alguns intervenientes me deram, encontraram concordância às dadas pelos mesmos, anterior-mente, nas referidas publicações. Este facto vem contribuir à vali-dade do relato e assim tornar-se elemento científico, para futuras pesquisas a partir do que explicito na minha monografia

“As novas gerações conhecem mal o fenómeno”

JBG: Como classifica o conhecimento que a comu-nidade local detém deste tema?

JTR: Considero que as novas gerações conhecem mal e o que conhecem é estruturado em bases de um preconceito que, em regra as classes dominantes e informação dominante, geraram. A tipologia do contrabando dos dias de hoje, é, quiçá, determinante para esta leitura errónea. Eu faço na mono-grafia, claramente, a análise do contrabando do Baixo Guadiana como o contrabando tradicional e que, entenda-se, levado a cabo apenas pela sobrevivência e pra-ticado por homens e mulheres dos estratos mais desfavorecidos da sociedade e como solução in extremis que permitia pouco mais que alimentar núcleos familiares

Contrabando Tradicional: primeira monografia do Baixo Guadiana

João Tomás Rodrigues tem 38 anos, nasceu em Faro, mas é com orgulho que se assume raiano do Guadiana, de Vila Real de Santo António. Licenciado em património Cultural, pela Universidade do Algarve é atualmente Técnico de Sistematização Arquivistica e integra o núcleo de investigação do GeSSA -Grupo de estudios Sociales Aplicados de la Universidad de extremadura. este jovem é o autor da primeira monografia dedicada exclusivamente ao «Contrabando Tradicional no Baixo Guadiana», contribuindo, assim, para o enriquecimento do conhecimento e investigação sobre o tema no território.Apresenta-nos o contrabando tradicional como actividade “de heroísmo que se encerra na árdua luta pela sobrevivência do homem e mulher comum, em busca do seu sustento”. estas e outras ideias já teve oportunidade de apresentar no Alentejo e no Algarve.em entrevista ao JBG, João Tomás Rodrigues diz que com a monografia pretende desde logo “lançar bases para um entendimento antropológico e sociológico do fenómeno do Contrabando tradicional no Baixo Guadiana”, bem como procurar interlocutores de um lado e outro da raia para salvaguardar esta memória e reforçar identidade do lugar.

Susana H. de Sousa

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GRANDE PLANO

numerosos. O contrabando da actualidade nas suas complexas redes, é conduzido por grandes organizações criminosas, com lucros fabulosos e inclusive com envolvimento de altas esferas do mundo “lícito”, que sendo prati-cado a espaços na nossa região – com notas de evidência de exis-tência, essencialmente, pela notícia de apreensões-, é totalmente alheio à nossa gente, à nossa identidade e até á nossa tolerância para com a mesma.

JBG: Há uma leitura des-contextualizada, é isso?

JTR: Este mundo soturno da cri-minalidade organizada, quiçá tenha um peso desproporcionado na lei-tura que a pessoa comum, hoje tem sobre o contrabando até de outros tempos e sobre a tendência genera-lista em associar realidades distin-tas. E quero deixar aqui bem claro que o contrabando tradicional está diametralmente num polo distinto ao contrabando dos dias de hoje. O contrabando de então, é o da nossa gente e da sua sobrevivência…o de hoje, cruel, criminoso e estranho a nós e uma ferramenta paralela de acumulação de lucro de quem o fomenta e respalda por via dos seus interesses espúrios. Apenas o que não mudou, foi a tendência de quem não é contrabandista, rotular o contrabandista como criminoso e se hoje assim é, há noventa anos, o humilde camponês ou o faminto pescador eram os contrabandis-tas, assim a desdita ou a fome, os empurrassem a tal.

JBG: Qual a importância de fazer apresentações desta monografia no território? Acredita que vai valorizar mais a temática?

JTR: Sem sombra de dúvida, porque as apresentações na região do Baixo Guadiana, vinculam

a raison d´être da nossa gente. Porque falar das sagas dos anti-gos contrabandistas é algo que sinto no público, que os toca e que os leva a querer partilhar a sua própria memória e experiên-cia e em resposta aos motivos que vou expressando, registo de forma comovente, essencialmente, esse brilho nos olhos de quem ouve, não tanto por aquilo que digo, mas por aquilo que o sentimento con-tido na memó-ria representa intimamente em cada um e da lembrança agridoce dos tempos passa-dos.

O contra-bando tradicio-nal é e deverá ser, um impor-tante fulcro da identidade da região e isto porque ao longo do Baixo Gua-diana importa referir que as novas gerações têm vindo a perder, pelo paradigma polí-tico existente, idiossincrasias transcendentes da nossa iden-tidade como as que represen-tavam a indús-tria e sector de pescas junto à foz e que, na minha opinião, são elementos sine qua non da própria existência de Vila Real de Santo António. Nas regiões mais a montante, os problemas do envelhecimento, da desertificação e de descaso do poder político cen-

tral - que continua a postergar, por exemplo, a ponte entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana -, podem e devem ser combatidas com propos-tas de integração da comunidade em projectos que se agreguem pela égide do contrabando como uma janela ao futuro e polo de desenvol-vimento social e económico destas regiões.

JBG: Tem a agenda pronta a marcar mais apresentações, depreendo!?

JTR: Espero poder continuar a receber convites e estar presente em sessões que têm sido bastante

concorridas e onde entre amigos, temos tido a oportunidade de poder trocar experiências que nos cons-troem. Ter estado como estive no Pomarão nas «Conversas do Rio», no ano passado, e estar com várias dezenas de pessoas que se dedica-ram ou conheceram em primeira mão o contrabando, originários dos montes da circunscrição da Mina

de São Domin-gos/Santana de Cambas e de ouvi-los em rela-tos em lágrimas sobre a emoção dos tempos de sobreviventes e da memória aos que tombaram pelas balas da lei ou de escutar também sobre as artimanhas da tra-vessia do Chança, é profundamente emocional a quem investigou sobre o tema e dá-me a noção da responsa-bilidade de ter que procurar ampliar as apresentações da monografia ao maior número de pessoas possível e claro por todo esse Baixo Gua-diana – português e espanhol - e sem desprezar outros horizontes geo-gráficos.

JBG: De que forma gostava

de ver tratado o tema do contrabando por esta comu-nidade – ao nível institucio-nal, nomeadamente?

JTR: Em primeiro lugar, que haja o entendimento de que o contrabando tradicional da região

insere-se na perfeição, pelas deter-minações das mais altas instâncias, através de cartas patrimoniais e convenções internacionais, como é o caso da de Paris da UNESCO de 2003, naquilo que é a impor-tância do Património Imaterial e Intangível na salvaguarda da memó-ria e identidade das comunidades em torno de uma actividade que representa também um referente de cultura e do que o Património Imaterial representa como poten-cial de desenvolvimento futuro nas diversas dimensões e não só a cul-tural, nas comunidades. Segundo aspecto, que Portugal enquanto estado subscritor destes princí-pios de actuação internacionais encontre efectiva tradução destes nas suas políticas culturais e que promova activamente este aspecto e que este possa ser a alavanca para que em termos locais exista a sensibilidade de entender que o binómio cultura-turismo são a perspectiva de inovação que permite oferecer um diferencial de atractivo turístico a quem nos visita. Que seja possível e haja a visão em termos locais, de um entendimento em que o tema do contrabando tradicional possa ser fomentado como atractivo da região, permitindo capitali-zar eventos culturais a partir da optimização e rentabilização dos equipamentos culturais existen-tes e porque não, criar especifica-mente à luz dos actuais conceitos de museologia e de artes e mostra de ofícios, a partir de uma defi-nição estratégica, centros inter-pretativos que pese a sua pequena dimensão não deixem de ser acti-vos de interesse de comunidades com acontece com a proposta que rompe a interioridade em Santana de Cambas, a do seu Museu do Contrabando, ou da vila museu do contrabando em Espanha, Oliva de la Frontera.

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LOCAL

“A candidatura das praias de Castro Marim ao galardão bandeira azul é resultado de um trabalho rigoroso e exigente da Unidade Orgânica de Administração Urbanística, Ambiente e Serviços Urbanos, que teve como premissas a informação e educação ambiental; a qualidade da água; a gestão ambiental e ainda a segu-rança e serviços (postos de socorros, existência de um nadador-salvador e sinalização / informação)”, pode ler-se num comunicado de imprensa da edilidade. Para o Presidente da Câmara Municipal, Francisco Amaral, a atribuição da bandeira azul às três

A Câmara Municipal de Castro Marim tem em curso a empreitada de repavi-mentação do acesso à Praia Verde, de modo a garantir a melhoria das condições de circulação e segurança aos residentes e turistas que se deslocam àquela estância balnear.

A intervenção contempla a repavimentação do piso danificado e a remoção das raízes das árvores existentes junto às bermas das faixas de rodagem, que são em grande parte responsáveis pela degradação acentuada do mesmo.

O custo da intervenção no acesso a uma das praias mais frequentadas do sotavento algarvio, que recuperou o galardão bandeira azul em 2014, é de 90 mil euros e estará terminado em Junho.

qualquer estância balnear de Castro Marim ao galardão, limitando-se a afixar todos os indicadores ambien-tais e de segurança nas praias.

Em 2014 Francisco Amaral quebra, assim, um ciclo e vê as praias do concelho, nomeadamente Alagoa/Altura, Verde e Cabeço recupera-rem o galardão “Bandeira Azul da Europa”.

VRSA e Alcoutim mantêm bandeira azul

No Baixo Guadiana os concelhos de Vila Real de Santo António e

Alcoutim viram todas as suas praias-galardoados com a bandeira azul, seguindo uma tendência habitual nos últimos anos. Sendo que os autarcas encaram este distintivo não apenas como mais-valia no campo ambiental, mas também na atratividade turís-tica.

Algarve: região mais galardoada

A região do Algarve foi a que obteve o maior número de galardões da ban-deira azul para 2014, com 82 distin-ções num universo de 298 praias.

praias do concelho é “um motivo de orgulho e regozijo para os castroma-rinenses, que muito legitimamente vêem reconhecida a excelência e a qualidade de ouro das suas praias e, ao mesmo tempo, é também um ele-mento de atratividade para os milha-res de turistas que procuram Castro Marim para fazer as suas férias em segurança e tranquilidade”.

Novo ciclo após tomada de posição irascível

A posição tomada vem quebrar um ciclo iniciado em 2005, ano em que

Associação da Bandeira Azul (ABA) decidiu retirar o galardão à praia de Altura. De acordo com a ABA a lagoa do Álamo manteve em plena época balnear água poluída a 300 metros daquela praia, não cumprindo “um dos critérios imperativos para a atri-buição do galardão, o critério 2, que diz respeito às descargas de águas residuais”.

O anterior autarca, José Estevens, sentiu que o município foi “desrespei-tado e humilhado”, pelo que retirou a bandeira azul das restantes praias a que tinham sido atribuídas e desde então nunca mais quis candidatar

Depois de em 2005 a bandeira azul ter sido retirada à praia de Altura, concelho de Castro marim, pela associação responsável pela sua atribuição o anterior executivo, liderado pelo social-democrata José estevens, nunca mais candidatou as suas praias ao galardão. Nove anos depois, liderado por Francisco Amaral (pSD), o município candidata-se e vê as suas praias distinguidas com atestado de qualidade e de excelência.

praias de Castro marim recuperam Bandeira Azul

Acesso à praia Verde estará reabilitado em Junho

Altura, e Praia Verde integram agora lista de excelência da Associação da Bandeira Azul

Trata-se de uma obra que há muito era reinvindicada pelos turistas e proprietários de habitações e empresas na Praia Verde

A Feira Terra de Maio atraiu este ano mais visitantes e colabora-dores espanhóis. Decorrei de 9 a 11 de maio e consagrou-se como certame da Eurocidade, “dando corpo a um dos principais obje-tivos deste projeto transfron-teiriço, que é a criação de uma marca turística conjunta, baseada numa maximização da coopera-ção entre os três municípios, que passa pela partilha de equipa-mentos, realização coordenada de eventos, promoção conjunta, entre outras”, diz a autarquia em comunicado.

Raça algarvia como ex libris

O grande pretexto que está sub-jacente a este evento é a promo-ção da Cabra de Raça Algarvia. Mas o certame é promove pro-dutos locais e regionais resul-tantes das atividades ligadas à agricultura e à criação de gado, bem como as próprias atividades em si, e aumentar o volume de vendas através da comercialização direta.

Gastronomia e produtos endógenos marcam a diferença

A gastronomia, correlacionada com todos os produtos locais foi uma das grandes atração deste cer-tama. Entre outros, esteve em des-taque uma cataplana de frutos do mar, da responsabilidade do Chef

Abílio Catarina, produtos locais e regionais, como o queijo, o pão e o sal de Castro Marim.Animação constante

Estes saberes e sabores foram servidos sob animação constante de artesanato, folclore e música tradicional, workshops, exposições de animais, entre muitas outras ati-vidades, “que fizeram mais uma edição da Terra de Maio, que, de ano para ano, aumenta o número de visitantes e colaboradores, registando-se este ano um acrés-cimo da adesão espanhola, fruto da integração de Castro Marim na Eurocidade”, afirma a autarquia.

Organização partilhada

A Terra de Maio foi uma orga-nização da Câmara Municipal de Castro Marim, Junta de Fregue-sia de Azinhal, Associação Nacio-nal de Criadores de Caprinos de Raça Algarvia (ANCCRAL) e tem a colaboração da Eurocidade do Guadiana, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP), da Entidade Regional do Turismo do Algarve (ERTA), da Escola de Hotelaria do Algarve e da Confraria de Enófilos e Gastró-nomos do Algarve.

Terra de maio consagrou-se como «evento eurocidade»

Espaço Multiusosos do Azinhal ganha vida com a «Terra de Maio» e ao longo do ano tem a funcionar uma queijaria

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DESENVOLVIMENTO

A Câmara Municipal de Alcoutim, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim e a empresa Eurosistra Portugal, Lda. celebraram, recentemente, um protocolo de coo-peração no sentido de implementar um serviço municipal de prevenção e segurança rodoviária que, em situações pós acidente, restabeleça rapidamente as condições de circulação nas estradas do município em consonância com os princípios legais em matéria de defesa do ambiente.

Designado «Serviço de restabeleci-mento pós-acidente» e prestado pela a empresa que detém a certificação de unicidade, em todos os países da União Europeia, da sua estrutura e das meto-dologias utilizadas, o serviço consiste na lavagem e limpeza do pavimento, remoção de resíduos líquidos e sólidos da faixa de rodagem e o seu posterior transporte e tratamento nos termos da legislação em vigor.

“Este serviço agora protocolado não acarreta quaisquer custos para a Câmara Municipal, nem para o cidadão, sendo

Foram recolhidas cerca de 10 tone-ladas de resíduos sólidos e monos na jornada de limpeza nas reservas de caça e praias de Castro Marim, levada a cabo por cerca de 300 caçadores no passado domingo, dia 4 de maio.

A ação foi promovida pela Federa-ção de Caçadores do Algarve (FCA) com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim e aconteceu no âmbito do Dia do Caçador pelo Ambiente, tendo por finalidade, com o dinheiro da venda do ferro e do material recolhido, oferecer eletrodomésticos a Instituições de Solidariedade Social ou a famílias carenciadas identificadas pelas autarquias.

Município dá apoio para desmatação e aceiros

No mesmo dia, depois de um almoço convívio, a Câmara Munici-pal de Castro Marim assinou com as cerca de duas dezenas de clubes e associações de caça do conce-lho, protocolos de colaboração no sentido de prevenir os incêndios florestais.

A cada zona de caça foram cedidos 1.500 euros, destinados à realização de desmatações e limpeza de aceiros, privilegiando o redor das povoações e habita-ções. O objetivo é proteger os haveres e as gentes deste conce-lho que no verão, tal como todo o país, tão fustigados são pelas chamas.

os mesmos exclusivamente imputados às companhias de seguros. Estará dis-ponível 24 horas por dia, durante todo o ano, sendo acionado mediante uma chamada dos Bombeiros Voluntários para a Central Operacional da Euro-sistra. Deste modo, evita-se a interven-ção das corporações de bombeiros e do piquete municipal, como habitualmente se processa aquando de um acidente rodoviário”, pode ler-se em nota de imprensa da autarquia.

A empresa compromete-se ainda, no âmbito deste protocolo de cola-boração, a apoiar, sempre que se jus-tifique, as iniciativas da Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Alcoutim no âmbito das atividades que esta desenvolva em prol da segurança rodoviária.

De referir que todo o processo de definição e implementação desta parceria foi impulsionado pela Comunidade Intermunicipal do Algarve, entidade que fará a moni-torização anual dos resultados do projeto na região.

protocolo garante segurança rodoviária em Alcoutim

Caçadores apoiados para combater incêndios

Protocolo pretende o restabelecimento rápido em situações de pós -acidente

A Assembleia Municipal AM de Alcoutim aprovou, por unanimi-dade, uma moção onde recomenda ao Governo a execução urgente dos trabalhos acordados entre Portugal e Espanha para o desassoreamento da barra do Guadiana e a melhoria da navegabilidade do rio.

Alcoutim é um dos concelhos do Baixo Guadiana que tem o seu terri-tório separado de Espanha pelo rio e a AM está “preocupada com o adia-mento sucessivo dos trabalhos de desassoreamento e melhoramento da navegabilidade do canal inter-nacional”, que impedem um maior desenvolvimento das actividades ligadas ao turismo náutico.

Por unanimidade a AM lem-brou que os trabalhos têm sido “sucessivamente adiados” apesar de as obras serem “necessárias” e

Já começaram as obras naquele que vai ser o Centro de Interven-ção, Desenvolvimento e Apoio da Freguesia de Odeleite. Com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim, a Associação Social da Freguesia e a Junta de Freguesia de Odeleite avançaram com a obra de reabilitação da antiga “Casa da Paróquia”.

A obra foi adjudicada por cerca de 200 mil euros e obteve do ProDeR (Programa de Desenvolvi-mento Rural) uma comparticipação de 75%. Deverá estar concluída no prazo de seis meses.

“fundamentadas” e contarem com “garantias oficiais de financiamento, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP)”.

ÉFoi lembrado que no fim de Março, a Comissão de Coordena-ção e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve anunciou que tinha sido assinado um “memorando de entendimento” para avançar com a dragagem da barra do rio.

Estes trabalhos de dragagem da barra, da foz até à Ponte Internacio-nal do Guadiana, ficariam a cargo da Agência de Portos da Andaluzia e a melhoria das condições de nave-gabilidade do rio, da ponte até ao Pomarão, no concelho de Mértola, ficariam sob a responsabilidade das autoridades portuguesas, segundo o memorando.

O Centro de Intervenção, Desen-volvimento e Apoio da Freguesia de Odeleite (CIDAFO) propõe uma intervenção social mais dinâmica, ativa e continuada, através da implementação de um conjunto diversificado de ações que responda e combata as dificuldades sociais identificadas, nomeadamente pro-blemas de isolamento, mobilidade, formação, condições de habitabili-dade, entre outros.

Do projeto do CIDAFO consta ainda a criação de uma loja social e de um espaço UTL-Universidade de Tempos Livres.

Mas a Assembleia Municipal de Alcoutim recordou anúncios anterio-res feitos pela CCDR a dar conta de prazos para início das obras, que não se verificaram, e apontou notícias recentes publicadas na imprensa a reportar “dificuldades financeiras” do Estado português para avançar com obras de melhoria da navega-bilidade a montante da ponte inter-nacional do Guadiana.

Navegabilidade fulcral para dinamização socioeconómica

A navegabilidade do rio entre Vila Real de Santo António, no Algarve, e o Pomarão, Alentejo, a cerca de 50 quilómetros, é para a AM de Alcou-tim “fundamental para a dinamiza-

ção dos tecidos socioeconómicos dos concelhos ribeirinhos de Portugal e Espanha”. As obras são, por isso, “decisivas para melhorar a oferta de serviços e proporcionar a melhoria das condições de navegabilidade e

de segurança” às embarcações de recreio que entram e percorrem o rio, defendeu a AM, que pede ao Governo a “execução urgente” dos trabalhos, com informação sobre prazos para início e fim das obras.

A moção foi apresentada por unanimidade e recomenda ao Governo urgência no desassoreamento do rio Guadiana

A obra representa um investimento de cerca de 200 mil euros

Assembleia municipal de Alcoutim aprova moção para dragagem do Guadiana

Odeleite vai ter Centro de Intervenção, Desenvolvimento e Apoio à freguesia

A moção foi aprovada por unanimidade e lembra que a obra considerada “estruturante” tem sido sucessivamente adiada.

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DESENVOLVIMENTO

Fernando Severino, diretor regional da agricultura e pescas do Algarve frisou no certame «Terra de Maio», realizado no Azinhal, que os con-celhos de Castro Marim e Alcou-tim estão acima da média regional no que diz respeito à agricultura. “Alcoutim tem 47 agricultores e Castro Marim 28. São dos concelhos com mais investimento agrícola”, destacou o responsável. Fernando Severino lembrou que “no que diz respeito à questão do jovem agricul-tor “há que ter em conta que basta exitir pouco mais de 50% de investi-mento jovem e o resto pode ser uma

sociedade com familiares, amigos ou parceiros para facilitar, por vezes, o processo de investimento”.

No seminário «O regresso ao Mundo Rural, numa nova trajetó-ria económica» o diretor regional apelou aos jovens agricultores para olharem para a terra como mundo de oportunidades, lembrando também que nos dias de hoje os jovens agri-cultores têm maior formação e mais conhecimento, alimentando uma fileira de uma atividade empre-sarial agrícola que precisa de ser apoiada.

Como elementos potenciadores

A Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António levou a cabo no passado dia 22 de Maio um encontro de valo-rização da Dieta Mediterrânica, sobretudo os recursos endóge-nos. “A pedra de toque foi dina-mizar herança e riqueza de dieta mediterrânica, mas acrescentar a promoção dos produtos que aqui existem e divulgá-los às gerações mais novas”, disse ao JBG no dia do encontro David Murta, diretor daquela escola. Para realizar o evento foi necessário a parceria com diversas entidades privadas e públicas. “Foi uma adesão fácil e muito abrangente”, sublinhou

para nichos de negócio o responsável enumerou produções como o queijo de cabra, o sal marinho artesanal, o medronho, alfarroba e a pecuária. “O Algarve tem um problema estru-tural que é o problema associativo e o problema organizacional, mas o próximo Quadro Comunitário de Apoio apela às parcerias e tem um sentido discricionário, ou seja, haverá majoração a quem estiver em organização de produtores”, sublinhou o diretor regional em jeito de apelo a um maior associa-tivismo no setor agrícola na região do Algarve.

o diretor. Em 2013 o evento «Sol e Sal» foi a primeira edição de um certame que se volta para as heranças gastronómicas e em 2014 a terra e o mar estiveram em destaque. “Se queremos que os nossos formandos prestem o melhor serviço no mercado de trabalho temos de proporcionar a melhor aprendizagem divul-gando os nossos valores”, acen-tuou David Murta.

A valorização dos recursos endógenos foi feita neste evento através de diversas formas. Desde conferências, passando pela con-feção de produtos locais como são o caso do atum e figo da índia.

Os dados mais recentes da direção regional de agricultura e pescas do Algarve mostram que os concelhos de Alcoutim e Castro marim estão a crescer no que diz respeito ao número de empresários ligados à agricultura, sendo apenas ultrapassados por Faro, Tavira e Loulé. Uma tendência que “deve ser vista como uma oportunidade”, defendeu no Azinhal o diretor regional.

Alcoutim e Castro marim destacam-se no crescimento agrícola do Algarve

escola de Hotelaria divulga produtos da terra e do mar

Diretor regional da agricultura lembrou a importância do associativismo para angariação de apoios europeus

Iniciativa valorizou, entre outros produtos, o Figo-da-Índia

O presidente da Comunidade Inter-municipal do Algarve considerou que a renegociação do contrato da subconcessão Algarve Litoral pela empresa «Estradas de Portugal» (EP) promove uma “discriminação” entre algarvios do sotavento e do barla-vento.

Jorge Botelho (PS), que preside também à Câmara de Tavira, disse à agência Lusa que foi apanhado “completamente de surpresa” com o anúncio da renegociação do con-trato pela EP, que deixa de fora da requalificação da Estrada Nacional 125 (EN125) o troço entre Olhão e Vila Real de Santo António.

“A Estradas de Portugal apanha-nos completamente de surpresa, porque estava à espera do retomar das obras com a renegociação do contrato de concessão, não espe-rava era que a Estradas de Portugal e o Estado português tratassem os algarvios de forma discriminatória”, afirmou o autarca.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) considerou que, ao prever apenas a requalificação da EN125 entre Vila do Bispo e Olhão, o novo contrato cria “algarvios de primeira, aque-les que têm acesso a uma estrada reabilitada agora nesta segunda versão do contrato de concessão, e algarvios de segunda, aqueles que são remetidos para um tratamento de proximidade das Estradas de Portugal”.

Jorge Botelho considerou ser

uma decisão “lamentável” porque “o Algarve não merece ser tra-tado desta forma e os algarvios, e nomeadamente do sotavento, não merecem ser discriminados, nem pela Estradas de Portugal nem pelo Governo.

O presidente da AMAL disse à Lusa que o Governo fez “uma reti-rada de um conjunto de quilómetros para aliviar o contrato de conces-são” e defendeu que isso “não é renegociação nenhuma”, mas sim uma “redefinição do objeto do con-trato”, sem se poder dizer que a 125 vai ser requalificada, “A requalifi-cação é uma emergência de todo o tempo.

É fundamental que a obra avance com grande rapidez. Mas também quero dizer que esta notícia sai a três dias das eleições e o que queremos não é promessas de que vamos fazer, mas quando é que a obra começa”, disse ainda o autarca, referindo que é apontado o prazo de julho para o recomeço das obras, suspensas em

2011, mas o novo contrato ainda tem de ser submetido ao Tribunal de Contas.

Alcoutim negoceia requalificação

O concelho de Castro Marim é dos que apresenta o troço da EN 125 mais degradado do Algarve. Em declarações ao JBG o presidente da câmara, Francisco Amaral, lamen-tou a decisão e considerou que “os algarvios foram mais uma vez enga-nados pelo poder central”.

Francisco Amaral frisou ainda “as praias do sotavento são de primeira qualidade, mas são servidas por “uma estrada de terceiro mundo”.

Ao JBG o autarca já anunciou que está em contacto com a Estradas de Portugal para a requalificação do troço de Castro Marim, bem como estão a ser estudadas as obras de construção de duas rotundas “determinantes”. É o caso do cru-zamento de Altura e o cruzamento da Praia Verde.

Na totalidade a EN 125 precisa de urgente requalificação

Requalificação da eN125 é “discriminatória” para Sotavento

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ou estrangeiros, desde que apresentem a obra em língua portuguesa, devendo os trabalhos entregues ser originais, inéditos e não premiados anteriormente.

O prazo de receção das obras concorrentes termina a 31 de dezembro de 2014, devendo o júri tomar decisão até 15 de maio de 2015. O prémio será posteriormente entregue ao autor da obra vencedora, nos Paços do Concelho de Vila Real de Santo António, no dia 21 de maio de 2015.

De acordo com Luís Gomes, presidente da Câmara Munici-pal de VRSA, “este concurso, cujo prémio de valor expressivo o torna num dos maiores a nível nacional, honra o nome e obra de Rosa Mendes e faz do município uma referência ao nível da cultura, da investigação histórica e da promoção do património”.

Para efeitos de atribuição de prémio, o júri será consti-tuído por cinco personalidades convidadas pelo Município de Vila Real de Santo António.

Do painel de jurados fazem parte os seguintes elementos: Prof. Doutor Joaquim Romero de Magalhães (Universidade de Coimbra); Prof. Doutor Esteves Pereira (Universidade Nova de Lisboa); Prof. Doutor José Eduardo Horta Correia (Universidade do Algarve); Prof. Doutor Luís Filipe Oliveira

balina enumerou “a conclusão das obras de saneamento básico que totalizam cerca de 28 milhões de euros de investimento, o pojeto de expansão da zona pedonal que vai aproximar Centro Histórico ao mercado de VRSA e requalificação e dinamização da Avenida da República”. Disse que tudo vai fazer para “junto do Governo fazer com que arranque o processo de requalificação da Praia de Monte Gordo”. Até Julho arrancarão “as obras do Hotel Guadiana pelo concorrente que ganhou o concurso público. O objetivo é em 2015 ter a funcionar um hotel de 5 estrelas em pleno Centro Histórico”. Adiantou ainda que “há um grupo de empresários que quer abrir uma fábrica de conservas gourmet na cidade e em breve vai ser assinado um acordo de colaboração turística com Cancun.

O Arquivo Histórico Municipal de Vila Real de Santo Antó-nio passou a chamar-se «António Rosa Mendes». A placa foi descerrada no dia 13 de Maio e tratou-se da primeira homenagem ao historiador. Nesse mesmo dia foram anun-ciadas as outras homenagens num ciclo que se vai prolongar ao longo do ano.

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António lançou o «Prémio Nacional de Ensaio Histórico António Rosa Mendes», um concurso nacional, de caráter bienal, com o propósito de promover, de forma contínua, a investigação e a literatura sobre história no nosso país.

Este concurso, lançado no âmbito da homenagem da autarquia de VRSA e da Universidade do Algarve a Antó-nio Rosa Mendes, desaparecido entre nós recentemente, destina-se a galardoar o melhor trabalho inédito na moda-lidade de ensaio histórico, com tema livre, mas circunscrito ao período da Idade Moderna.

O prémio tem um valor pecuniário de 10 mil euros – o que o transforma num dos maiores do país –, havendo a possibilidade de a obra vir a ser editada por uma editora comercial.

Serão admitidos a concurso todos os cidadãos nacionais

Em dia de Município, 13 de Maio, Luís Gomes distinguiu funcionários com mais de 25 anos ao serviço da câmara, destacou os melhores alunos das escolas do concelho no ano lectivo 2012/2013, bem como enalteceu os atletas que mais se destacaram ao longo de 2013.

No seu discurso, o autarca recordou objetivos e con-cretizações dos mandatos que tem desenvolvido ao longo dos últimos oito anos. No presente realçou “o novo modelo de cooperação” em que se constitui a Eurocidade do Guadiana “que promove convergência económica, social, cultural, turística e ambiental”. “Estes oito anos e meio de governação “considerados por muitos os mais difíceis desde o 25 de Abril foram tempos que testaram a nossa ousadia e valores; tempos em que fomos incompreendidos também”, referiu.

No campo das concretizações o autarca enlecou “o fim das listas de espera para pré-escolar e creche”, o apoio “aos clubes que dão formação aos nossos jovens”, “melhorámos as entradas da cidade, revitalizámos as frentes de praias, nomeadamente a Fábrica, Manta Rota e VRSA, acabámos com as cheias que afetavam as casas das pessoas, classificámos e reabilitámos o Centro Histórico”. Luís Gomes continuou lembrando “a inovação na área social, bem como conseguimos por VRSA no mapa”.

Admite que o município se endividou, mas subinha que “ninguém preveria crise mundial que chegaria em 2007 e que nos fez perder quase 60% da nossa receita”, lembrando que “o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), recentemente visado pelo Tribunal de Contas, vai permitir pagar as dívidas e injectar alguns milhões na economia local e regional”.

Quanto ao futuro o presidente da edilidade pom-

(Universidade do Algarve); e Arq. José Carlos Barros (Assem-bleia Municipal de Vila Real de Santo António).

Natural de VRSA, António Rosa Mendes foi um professor emérito, respeitado e admirado por alunos e colegas e por toda a comunidade das suas relações, tendo contribuído para impulsionar a investigação científica em torno da His-tória do Algarve.

Foi, durante a sua vida, reconhecido publicamente como um homem íntegro, culto, humanista, desprendido, humilde, com caráter, princípios e coragem cívica, tendo as raízes algarvias marcado toda a sua intervenção académica, cívica, social e política.

Duas obras literárias sobre vida e obra de Rosa Mendes

Para homenagear este eminente vulto da cultura algarvia, a autarquia de VRSA irá também editar duas obras literárias sobre a vida e obra de António Rosa Mendes: uma primeira denominada «Subsídios para a Monografia de António Rosa Mendes» e uma segunda denominada «Biografia de António Rosa Mendes».

ESPECIAL

Autarquia de VRSA lança prémio literário de ensaio histórico «António Rosa mendes» no valor de dez mil euros

Luís Gomes faz balanço de oito anos à frente dos destinos de VRSA

Há um programa de homenagem a António Rosa mendes, historiador vilarealense falecido em 2013, que já está a ser levado a cabo pelo município pombalino.Foi atribuído o nome de Rosa mendes ao Arquivo Histórico municipal. Também nesse dia foi anunciado o prémio nacional de ensaio e divulgada a criação de duas obras literárias sobre a sua vida e obra.

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reabilitação”. “É com base nestas excelentes referências que dezenas

de pessoas continuam a procurar em Cuba uma última solução para os seus problemas de saúde. Entendemos, por isso, que estava na altura de trazer este conhecimento de Cuba para Portugal, particularmente para Vila Real de Santo António”, nota o autarca.

Espaço médico inaugurado ocupa dois pisos

O novo espaço médico foi inaugurado na presença do presidente da Câmara Municipal de VRSA, Luís Gomes, da embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre, e do presidente do conselho de administração do HPA, João Bacalhau. Fica repartido por dois pisos do Complexo Desportivo onde se incluem diversos gabinetes de consultas, salas de tratamentos vocacionadas para a medicina física e de reabilitação, uma sala de raio-x, um gabinete de enfermagem, uma sala de observação e gabi-netes de consultas de especialidade.

Vasta oferta de consultas externas

Terá uma vasta oferta de consultas externas como nutrição, pediatria, dermatologia, reumatologia, urologia, obstetrícia, clínica geral, otorrinolaringologia, psicologia, oftalmologia, reumatologia, medicina e radiologia dentá-

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e o Grupo Hospital Particular do Algarve inauguraram a 13 de maio, o Centro Médico Internacional de Vila Real de Santo António. É considerada pelos parceiros “uma estrutura de excelência que dotará a cidade algarvia com um conjunto de serviços e tratamentos médicos inovadores, desenvolvidos em parceria com os serviços de saúde cubanos”.

Além de oferecer um serviço de atendimento per-manente, várias especialidades médicas e meios comple-mentares de diagnóstico, o equipamento, localizado no Complexo Desportivo de VRSA, pretende afirmar-se como uma referência nacional e internacional na área da medicina física de reabilitação e desportiva.

Equipa multidisciplinar

A equipa multidisciplinar luso-cubana é composta por médicos fisiatras, ortopedista, fisioterapeutas e preparadores físicos reconhecidos internacionalmente, todos com larga experiência na reabilitação de atletas de renome nacionais e estrangeiros.

De acordo com Luís Gomes, presidente da Câmara Muni-cipal de VRSA, “esta estrutura dá seguimento aos acordos de cooperação estabelecidos - desde 2008 - entre os ser-viços de saúde da República de Cuba e o Município de VRSA e beneficia do know-how de médicos especialistas, terapeutas e profissionais nas áreas da medicina física e

ria, entre outras especialidades, possuindo acordos com subsistemas de saúde.

Medicina Física e de Reabilitação

A área da Medicina Física e de Reabilitação engloba consultas especializadas relacionadas com lesões muscu-lares e tendinosas e problemas neurológicos ou respirató-rios e integra médicos fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais e neuropsicólogos que operam com modalidades inovadoras e em múltiplas áreas de intervenção.

O Centro irá também disponibilizar uma consulta específica para situações ou síndromes de dor crónica ou recorrente, cujas intervenções serão baseadas em novas abordagens, minimamente invasivas mas com resultados eficazes.

Quanto à Medicina Desportiva, será dirigida tanto para atletas de alta competição, tanto para atletas amadores, incluindo qualquer modalidade.

Complexo Desportivo amplia projeção

Com estas novas valências, o Complexo Desportivo amplia ainda mais a sua projeção junto das centenas de atletas de alta competição que anualmente ali efetuam estágios de preparação, permitindo a consolidação do projeto de turismo de desporto que há décadas se iniciou em VRSA, agora no binômio turismo-saúde.

ESPECIAL

O dia da cidade de Vila Real de Santo António, assinalado a 13 de maio, teve como um dos pontos altos a inauguração e abertura do Centro médico Internacional de Vila Real de Santo António. Trata-se de um projeto inovador e que resulta de uma parceria estratégica com a República de Cuba.

Clínica traz tratamentos inovadores na área da reabilitação

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Batismo de Voo com crianças de VRSA

No passado dia 28 de maio a sala dos Amiguinhos no centro infantil «A Borboleta» da Santa Casa da Misericordia de Vila Real de Santo António proporcionou aos seus educandos o batismo de voo. A viagem de Faro- Porto/ Porto-Faro teve ainda como objetivo a visita ao Zoo da Maia.

“Foi um dia bem passado e certamente inesquecível para todos nós, miúdos e graúdos! Este mini projeto não poderia ser concretizado sem a preciosa colaboração de toda a comunidade educativa (educadora Filipa Gomes, auxiliar Luisa Pinto, educandos, familias, centro infantil “A borboleta`, e contexto envolvente). Um bem haja a todos os que tornaram possível a realização deste sonho”, disseram os elemntos envolvidos nesta aventura, em que claramente se constituiu este dia para os mais pequenos.

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DESENVOLVIMENTO

Municípios da Eurocidade do Guadiana querem avanços inéditos na Saúde

Foram assinados vários protocolos com clínicas privadas de VRSA

O PS venceu as Eleições Europeias com 31,5% dos votos, tendo sido o partido com mais mandatos para o Parlamento Europeu.Os Socialistas bateram coligação PSD/CDS por 3,74%. A coligação Aliança Portugal registou 27,70% dos votos, a CDU conseguiu 12,67%, o MPT sagrou-se como a quarta força política com 7,15% dos votos e o Bloco de Esquerda conseguiu 4,6% dos votos.

Com estes valores o PS elegeu maior número de eurodeputados, 8, seguido pela coligação PSD/CDS, «Aliança Portugal», com 7, a CDU com 3, o MPT, de Marinho e Pinto, com 2 e o Bloco de Esquerda que elege apenas 1, a cabeça de lista Marisa Matias.

No Algarve o PS venceu com uma percentagem de 31,01%, tendo sido vencedor também em todos os 16 concelhos algarvios.

eleições europeias:partido Socialista venceu

eurocidade aponta desafios na Saúde e protocoliza descontos nas especialidades médicas

Foi um fórum de reflexão onde tiveram espaço para intervir não apenas os presidentes dos municípios que constituem a Eurocidade, mas também a Presidente do Conselho Clínico de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Sotavento, uma médica e enfermeiro de saúde pública de Ayamonte e empresários privados do setor.

Luís Gomes, presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António sublinhou que a Eurocidade veio “trazer escala ao território que é cons-tituído por 50 mil habitantes”, juntando Ayamonte, VRSA e Castro Marim. Neste workshop o autarca pretendeu desafiar os agentes na área da saúde para a partilha de ideias e informações com o intuito de potencializar parcerias várias que permitam melhorar os serviços prestados, nomeada-mente o aumento do número e especialidades médicas na esfera geográfica da Euroci-dade do Guadiana.

“Já foi criado o cartão do eurocidadão que abriu caminho para um conjunto de vantagens aos munícipes, nomeadamente em descontos em clínicas privadas”, lembrou Luís Gomes, lan-çando o desafio “ao setor público presente para se discutir de que forma podem ser estabelecidas sinergias”. Luís Gomes e Francisco Amaral, edil castromarinense, alertaram que “as autarquias intervêm mais do que são as suas competências”, sendo por isso necessário “gerar serviços parti-lhados no quadro da área da saúde”.

As maiores dificuldades na saúde pública

Do lado espanhol a médica Romina Valdés Gar-cete, disse que o maior problema que se assiste na saúde pública é sensibilizar os utentes para estilos de vida saudável. Também na área das especialidades são muitas as lacunas.

Por seu turno, a médica Maria José Salgueiro, Presidente do Conselho Clínico de Saúde do

Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Sotavento, enlencou um conjunto de fragilida-des que comprometem a gestão e funcionamento daquele agrupamento que congrega os concelhos de Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim.

Convicta que “é preciso encontrar soluções conjuntas” a médica lembrou que tiveram lugar há poucos anos “mudanças estruturais e funcionais muito grandes, não tendo sur-gido em simultâneo os recursos físicos, huma-nos e materiais necessários para fazer face às alterações provocadas”.

Por isso mesmo, “tem sido extremamente difícil fazer esta gestão”, testemunha a responsável que tem levado a cabo uma reorganização constante

no ACES em resposta do abandono por parte dos médicos que “não têm aguentado a pressão destas mudanças”, conta.

Já no que diz respeito aos assistentes operacio-nais “a maioria está a pedir as reformas antecipa-das” e “gerir um quadro de pessoal “com POC’s [Programas Ocupacionais] não permite a especia-

lização das tarefas porque por melhores que desempenhem as suas funções não podem ver os seus contratos renovados,,,”, elucida a responsável.

Quanto à área dos transpor-tes esta afigura-se, e de acordo com as palavras de Maria José Salgueiro como “um drama”, pois “entre o transporte que está para abate e o que está avariado sobra-nos uma carrinha que é francamente insuficiente para o serviço que temos em mãos”. A médica apela em jeito de esperança aos autarcas da euro-cidade no sentido de encontra-rem uma solução para auxiliar na resolução dos problemas,

nomeadamente ao nível dos transportes.

Clínicas privadas portuguesas assinaram protocolos

No final do workshop foram várias as empresas que assinaram protocolos com a Eurocidade, o que permite que com o cartão do eurocidadão os utentes de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António tenham descontos em diversas consultas da especialidade.

Para mais informações os munícipes podem dirigir-se às respetivas câmaras municipais para solicitar junto do gabinete da Eurocidade toda a informação disponível sobre direitos e deveres de eurocidadão.

Decorreu no passado dia 24 de maio um workshop de Saúde, na biblioteca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, com o título «Recursos existentes, Limitações, Rentabilização e planeamento de Atividades preventivas Conjuntas». Tratou-se de um encontro entre representantes da eurocidade, bem como responsáveis na área da saúde pública e empresários do setor privado da saúde.

Susana H. de Sousa

Alterações na Biodiversidade da Ue acauteladas por Luís Gomes no Comité das Regiões

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, apresentou, no Comité das Regiões, diversas propostas de alte-ração ao projeto de parecer sobre a Governação a Vários Níveis na Promoção da Estratégia de Biodi-versidade da EU para 2020.

O conjunto de alterações apela à Comissão Europeia para elaborar uma avaliação dos estados-mem-bros quanto ao nível de governação da biodiversidade e reitera a identi-ficação do papel ativo dos governos regionais e locais nesta matéria.

As seis propostas de alteração submetidas por Luís Gomes incidem sobre áreas de gestão cuja biodi-versidade se encontre comprome-tida por ausência de um modelo de governação articulado entre os estados-membros, os governos regionais e locais e o respetivo tecido económico e associativo.

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CULTURA

Destacadas figuras mundiais reúnem-se em VRSA para três dias de debate sobre SolidariedadeEntre os dias 3 e 5 de junho, Vila Real de Santo António recebe a IX Reunião do Conselho Mundial do Projeto José Martí para a Soli-dariedade Internacional, evento que, pela primeira vez, terá lugar na Europa.

Esta reunião internacional con-grega um conjunto de personali-dades do mundo ibero-americano e estende-se a quatro cidades do sul da Península Ibérica: Vila Real de Santo António, Faro, Huelva e Sevilha.

Realizada em parceria com a Uni-versidade do Algarve, a IX Reunião do Conselho Mundial do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional prevê a realização de uma série de conferências e sessões de reflexão com personalidades de notável mérito, como Frei Betto, destacado intelectual e Teólogo brasileiro; Raúl Torres, Presidente da Casa de Cultura do Equador; Pedro Monreal, Representante da UNESCO; Hectór Hernández Pardo, Coordenador Executivo do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional, entre outros.

De acordo com Luís Gomes, pre-sidente da Câmara Municipal de VRSA, “a realização desta conferên-cia em Portugal, particularmente em VRSA, constitui uma oportu-nidade única no aprofundamento dos laços de solidariedade entre os continentes europeu e americano e representa um desafio na forma de observar e avaliar as diferentes correntes políticas e de pensamento mundiais”.

À comunicação social o autarca

disse que “de uma forma inédita, vamos receber, no nosso país um conjunto de pensadores de reco-nhecida influência ideológica e filo-sófica, facto que cimenta a longa parceria já estabelecida entre VRSA e a República de Cuba ao nível da cultura, saúde, solidariedade e desenvolvimento”.

Para Hectór Hernández Pardo, coordenador executivo do Pro-jeto José Martí, “esta reunião representa, de forma inequívoca, a difusão do conhecimento do pensamento social e político da América Latina e do Caribe na Europa e potencia o reforço dos laços culturais com todos os países desta região do mundo”.

Além de ser apresentado o Projeto José Martí para a Soli-dariedade Internacional, vários temas serão debatidos pelos mais influentes pensadores e figuras mundiais, nomeadamente as ques-tões da América Latina e da Europa perante os desafios da integração ou as problemáticas da crise da modernidade e da espirituali-dade.

O Conselho Mundial José Martí tem como missão coordenar todos os eventos que se destinem a homenagear o influente pensador, poeta, político e filósofo cubano José Martí, nascido há 160 anos, a 28 de janeiro de 1853.

De recordar que o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, inte-grou o Conselho Mundial do Pro-jeto José Martí de Solidariedade Internacional em 2013.

REGRESSO ÀS OBRAS - A empresa Estradas de Portugal quer poupança de 1451 milhões de euros em duas subconcessões, quando, obtiver luz verde para os acordos celebrados da parte dos sindica-tos bancários, tutela e Tribunal de Contas

No caso da subconcessão do Algarve Litoral, e segundo a empresa pública, o acordo “assegura a requalificação da EN125 entre Vila do Bispo e Olhão, bem como a conclusão das Variantes de Faro, Lagos e S. Lourenço/Troto”, sendo as restantes estradas - num total de 100 quilómetros - também reinte-gradas na jurisdição da empresa e ficando a requalificação da EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António, de ser “equacionada” pela companhia à luz do plano de proxi-midade, o que gerou protestos em todo o Algarve, que quer o mais depressa possível a obra concluída na íntegra.

DESCOBRIMENTOS MARÍ-TIMOS NA INTERNET - O portal dos Descobrimentos sobre a epopeia que juntou há cinco séculos nave-gadores numa aventura por mares desconhecidos já pode ser visitado online.

O objectivo é dar conhecimento do papel dos portugueses e espa-nhóis nas expedições marítimas da época como fito de atrair cente-nas de internautas para férias no Algarve. Pode encontrar este museu virtual em http://www.portaldesco-brimentos.pt .

Este espaço interativo é uma das ações do projeto «Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos», que une o Algarve e a Andaluzia numa rota turística criada para promover a cultura, a história e o património das duas regiões de onde partiram as primeiras embarcações rumo à descoberta do mundo, entre os séculos XV e XVII.

CONSERVA «LA ROSE» - A Ramirez & Cª (Filhos), SA, relançou a marca La Rose, no âmbito do 6.º aniversário do Museu de Portimão.

A marca – que durante boa parte do século XX internacionalizou os nomes de Portimão e de Portugal através do esforço promocional rea-lizado pela casa Feu em países como Inglaterra, Bélgica, França, Alema-nha, EUA, Holanda, entre outros – deixou de ser produzida no final da década de 1970 e regressa agora ao edifício onde nasceu, em 1902, a antiga fábrica Feu Hermanos, hoje Museu de Portimão.

QUERCUS E ACRAL INDIG-NADAS COM IMPACTO DO IKEA - A associação ambientalista Quercus e a associação de comer-ciantes do Algarve ACRAL estão indignadas e desagradadas com a anunciada intenção de implemen-tar o projeto do IKEA numa zona já classificada outrora como Reserva Agrícola Nacional (RAN). Conside-ram que a mesma, a situar entre Faro e Loulé, foi “desclassificada com o único propósito de satisfazer interesses de grupos empresariais de grande dimensão geradores de grande influência junto dos poderes públicos”.

No comunicado, relembram que, durante a consulta pública, já pedi-ram a “avaliação negativa” do pro-jeto à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, que tem a competência de avaliar o EIA.

NO ALGARVE

Fotografar à distância sem lá irClaramente inspirada no Mars Exploration Rover, da NASA, a agência de marketing Cheil UK do Reino Unido colocou no braço do robot NX Rover a câmara fotográfica Galaxy NX. Este robot é controlado remotamente através de um navegador web , permitindo que tiremos fototografias de qualquer lugar, sem proximidade física.

A Samsung Galaxy NX, passe a publicidade, é uma câmara de lente intercambiável com plataforma baseada em Android. Tem um sensor de 20,3 megapixels APS- C . com processador quad-core de 1.6GHz Pega-Q e versão Android 4.2.2, Jelly Bean.

O écran é sensível ao toque, de 4,8 polegadas e oferece a mesma funcionalidade de um smartphone Android. A máquina está equipada com Wi -Fi e chips LTE, para partilha de fotos em movimento.

O braço é totalmente controlável e pode chegar a até 2 metros . A câmera em si pode ser rodada a 360 graus, com controle total de foco e zoom disponível.

A série de luzes LED azuis, na parte frontal do flash rover, acende quando uma foto está a ser tirada. Com o braço erquido a pouco menos de um metro, o rover é suficientemente pequeno para se meter em espaços difíceis de atingir permitindo obter fotos de lugares até agora quase inantigíveis por uma pessoa normal.

Infelizmente , as aplicações para orientar o Rover estão restritas a

residentes no Reino Unido , mas isso não impede que acompanhe-mos o progresso deste robot enquanto não está disponível em toda a Europa.

José Cruz

José Cruz

Conselho Mundial do Projeto José Martí para a Solidariedade palco de conferência e debates de reflexão

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CULTURA

Festival do Caracol acontece em Castro Marim

Feira de Artesanato e Etnografia de Alcoutim

Alcoutim aposta nos

festivais gastronómicos

Já foram anunciados os ingredientes base para a próxima edição do Festival do Caracol de Castro Marim. Vai decorrer entre 6 e 8 de Junho e terá caracóis, cerveja, doçaria regional e música popu-lar portuguesa. O palco será a Colina do Revelim de Santo António.

“Milhares de visitantes, ao longo de três dias, nas tasquinhas espalhadas pelo recinto, vão poder apreciar os melhores caracóis confecionados no Algarve e no país mas, também, por chefes de cozinha espanhóis, franceses, italianos e mar-roquinos, que, decerto, irão surpreender com novas receitas, como o pastel de nata e empada de caracol, deste afamado petisco”, anuncia a organização.

Na sexta-feira, dia 6 de junho, a abertura do festival acontece, às 19h, com a Banda Musical

Castromarinense, seguindo-se a música dos “Uns & Outros” e o grupo de animação de rua, “Us Sai de Gatas”.

No sábado, além dos caracóis e da música popu-lar portuguesa, é a vez do fado com a fadista Elsa Jerónimo e Virgílio Lança à guitarra.

A encerrar a edição de 2014 do festival, dia 8 de junho, a anteceder a atuação do “Mato Bravo”, haverá animação de rua com “Fanfarra Farratuga” e o grupo de flamenco “Raices Flamencas de Inês Romero con Pape de la Punta”.

“Afirmar Castro Marim como destino dos melho-res caracóis do Algarve e potenciar os produtos tradicionais, a cozinha e a cultura mediterrânicas é o grande objetivo da autarquia com a realização do Festival Internacional do Caracol”, destaca a câmara municipal de Castro Marim.

A 7 e 8 de Junho vai decorrer a Feira de Artesanato e Etnografia de Alcoutim. Como habitualmente este certame vai decorrer na Praia Fluvial de Alcoutim que é transformada numa vila antiga onde os saberes e sabo-res ancestrais são reis. As memórias da paisagem da serra algarvia são ingredientes fortes deste certame.

É possivel assistir a artesãos a trabalhar ao vivo, grande diver-sidade etnográfica e artesanal, variadíssima gastronomia regional servida em “tapas” e muita música tradicional.

A primeira edição do Festival Gastronómico do Concelho de Alcoutim «Sabores da Serra ao Rio» dedicada aos Sabores da Primavera, terminou no passado dia 18 de maio em clima de grande festa que uniu as duas margens do Guadiana. Houve lugar para uma mostra de produtos do concelho, no Cais da Vila, de resto muito concorrida. O município numa clara aposta na gastronomia já anunciou a segunda edição do Festival ainda em 2014 e será dedicada aos «Sabores de Outono».

Certame vai decorre entre 7 e 8 de Junho

Certame vai realizar-se no Revelim de Santo António com vista privilegiada

Tive o prazer de apresentar em Alcoutim, no passado 16 de Maio, o livro de Manuela Sabino intitulado «A GAVETA DA MEMÓRIA – Entre Duas Ditaduras».A sessão decorreu na Casa dos Condes, no âmbito das já consagradas Tertúlias «Palavra Sexta à Noite».

Foi uma sessão muito concorrida. Sabia-se que grande da parte da acção romanesca decorre em Alcoutim e Sanlúcar. E por essa mesma razão, o debate foi muito vivo e interessado.

O livro de Manuela Sabino vem num momento muito oportuno. É um livro sobre a Guerra Civil de Espanha vista na perspectiva das populações raianas. Além da zona de Alcoutim-Sanlúcar também da zona de Barrancos-Encinasola.Conta uma «estória» de amor feliz passada nas terríveis condições da guerra e sobretudo nas trágicas consequências que ela deixou na vida e na memória dos que a viveram.

È um libelo contra a guerra, as ditaduras, o fascismo, a opressão, o autoritarismo, a intolerância, o sectarismo.É um elogio da paz, da liberdade, da democracia, da cidadania participativa, da tolerância, da alegria de viver.O livro é isto tudo. Mas não é um manifesto político. A sustentação destes conceitos emerge da acção das personagens, da história e da teia romanesca.

A autora apresenta uma investigação muito ampla e original sobre a guerra. Não sobre as batalhas, mas sobre a forma terrível como as populações as sofreram. Igualmente sobre o apoio de Salazar a Franco e sobre o êxodo de espanhóis para o nosso país e para França pata fugirem da guerra e da brutalidade fascista. Responde aos que tentam apresentá-la como fruto da alegada «boçalidade da soldadesca», citando os discursos dos generais e as leias que as autoridades franquistas já faziam durante a guerra.É o caso, por exemplo, de uma alocução do general Queipo de Llano feita na Rádio Sevilha, onde proclamou: «Em todo o grémio onde se produza uma greve ou um abandono do trabalho que pela sua importância possa definir-se como tal, serão passadas pelas armas imediatamente todas as pessoas que componham a direcção do grémio e além disso, um número igual de indivíduos, discricionariamente escolhidos.»

Esta revisitação da história vem mesmo a calhar como um importante alerta, quando a extrema-direita toma de novo a ofensiva em vários países da Europa. Sem pretensões estilísticas rebuscadas e com uma narração diversificada, a quatro vozes, o livro lê-se com gosto e rapidez, apesar das suas 500 páginas.

(Veio a público com a chancela da «Chiado Editora» e vende-se nas livrarias.)

A GAVETA DA MEMÓRIA

de Manuela Sabino

L I V R O Spor Carlos Brito

Ibn Ammar – um poeta e político controverso

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Já aqui referimos incontornáveis personagens da História do Algarve durante o domínio islâmico, como ibn Darraj al-Castalli, ibn Qasi, ou al-Mutamid. É nesse sentido que não podemos deixar de mencionar um indivíduo tão talentoso quão controverso: o poeta e político Ibn Ammar. Nasceu em Xanbras (São Brás de Alportel), no ano de 1031, o mesmo ano que assistiu ao colapso do califado omíada no al-Andaluz e à emergência dos designados reinos taifas. De origens humildes, cedo se terá apercebido das suas capacidades intelectuais e artísticas. O arabista José Garcia Domingues, em “ibn Ammâr de Silves: o maior poeta árabe do Algarve” (in Portugal e o al-Andalus), apresenta-nos a biografia deste algarvio. Ainda em tenra idade abandonou São Brás com destino a Silves, de onde partiu, posteriormente, para Córdova. Tornou-se um poeta errante, não obstante as suas habilidades literárias. Contava com 22 anos quando o destino o levou à corte de al-Mutadid, o rei de Sevilha, onde conheceu e travou amizade com o príncipe al-Mutamid. Em 1063, o rei al-Mutadid submeteu o pequeno reino independente de Silves, passando este a ser governado pelo príncipe al-Mutamid. Ibn Ammar acompanhou o príncipe durante os anos da sua governação em Silves, onde ambos levaram uma vida assaz abundante em noitadas regadas de vinho, poesia e donzelas. Com o objectivo de afastar o príncipe da má influência de ibn Ammar, al-Mutadid baniu o poeta algarvio. Porém, após a morte do soberano, al-Mutamid foi coroado rei de Sevilha, pelo que mandou trazer de volta o seu amigo intimo.

Nomeado vizir, acabou por revelar-se um político inteligente, cuja acção muito contribuiu para a governação do reino. Para além disso, Ibn Ammar era conhecido por ser um invencível jogador de xadrez, razão pela qual aqui apresentamos um episódio bem representativo da sua astúcia. Quando Sevilha se viu ameaçada pelo exército de Afonso VI de Castela, ibn Ammar mandou fazer um tabuleiro de xadrez de inigualável qualidade artística. Ao partir para negociar com o rei cristão, o vizir levou o tabuleiro que prontamente foi cobiçado por Afonso VI, ele próprio um grande apreciador de xadrez. Ibn Ammar propôs, então, um jogo entre ambos, desde que Afonso VI concordasse com a sua condição: se perdesse, o tabuleiro ficava para o cristão; se perdesse o cristão, teria de assinar um acordo com ibn Ammar. Como exímio jogador que era, ibn Ammar venceu Afonso VI da Castela, que não escondeu a cólera ao ter de assinar um tratado que determinava a retirada do exército castelhano das fronteiras do reino de Sevilha. Mas a ganância foi o fim do vizir: ao planear a anexação de Múrcia ao reino de Sevilha, convenceu al-Mutamid a nomeá-lo seu governador. No entanto, autoproclamou-se rei, cortando relações com al-Mutamid. Acabou por ser capturado e aprisionado em Sevilha, onde veio a ser executado pelo próprio Al-Mutamid, o seu grande amigo dos tempos passados em Silves.

Fernando PessanhaHistoriador

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2014

CULTURA E AGENDA

POR CÁ ACONTECE A G E N D A

Mês de junhoExposição “Árvores de Páscoa”Local: Centro de Artes e Ofícios (Alcoutim)Hora: De segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 17h30

De 02 a 30 de junhoExposição “Cursos sócio educativos 2014”Horário: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 17h30

01 de junho - Baja Terras de Alcoutim Local: Alcoutim

21 e 22 de junhoTaça Ibérica de Jet SkiLocal: Rio Guadiana, em Alcoutim

16 de junho a 7 de agostoFérias DesportivasLocal: Alcoutim e Martim Longo

Castro Marim

1 de junho Comemoração do Dia Mundial da Criança Local: Castro Marim – Praça 1º de Maio Hora: 10h00Local: Altura – Parque da Associação Desportiva e Cultural de Altura (junto ao Central Sports Café)Hora: 15h00

1 de junhoExposição de Produtos Local: Monte Francisco Hora: a partir das 10h00

7 de junhoBaile Local: Monte Francisco Hora: a partir das 22h00

8 de junho 5º Passeio de BTT “ Pelos Trilhos do Azinhal”

Local: Azinhal Hora: 09h00

6 a 8 de junhoFestival Internacional do Caracol Local: Castro Marim (Colina do Revelim de Santo António)Hora: 19h00 (dia 06) e às 16h00 (dias 07 e 08)

14 de junhoSerões de Acordeão com “Mato Bravo”Local: Corte Gago Hora: 21h00

15 a 30 de junhoFesta da Cataplana (Roteiro Gastronómico) Local: Restaurantes da freguesia de Altura

23 de junhoArraial de S. JoãoLocal: Praça 1º de Maio (Castro Marim)Hora: 20h00

24 | Dia do Município Local: Castro Marim Hora: a partir das 11h00

27, 28 e 29 de junhoFestas em Honra do Coração Imaculado de Maria Local: Altura Hora: a partir das 19h00

27, 28 e 29 de junhoFeira de Artesanato de Altura Local: Altura Hora: a partir das 19h00

29 de junhoMarcha Passeio Local: Monte Francisco (Sede do Campesino Recreativo Futebol Clube) Hora: 09h00

VRSA««Arquivo Entre Histórias»Data: 13 e 27 junhoHora: 18h00Local: Arquivo Histórico Municipal | VRSADia 13 junhoA Calçada da Avenida da Repú-blica, por Alexandra CordeiroDia 27 junho / A utopia das luzes, por João Pereira

CURSO«Meditação Raja Yoga» Data: 14 junhoHora: 16h00 > 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSAOrg.: Brahma KumarisEntrada livre

«Apresentação do livro - «Choques mentais» de Eduardo CatarinoData: 7 junhoHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSA

Apresentação do livro infantil - «A senhora da floresta» de Maria AfonsoData: 11 junhoHora: 10h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSA

«Da terra e do fogo» - Oficina de cozedura de cerâmica em fogueira* Com a escultora Sara Navarro para adultos e/ou famíliasData: 21 e 22 junhoHora: 10h30 > 12h30Local: CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita

«Fitday Solidário» a favor do Canil

Municipal de VRSAZumba | Comby Fitness | StepData: 8 junho Hora: 9h30 > 12h00Local: Marina junto á Sede da Associação Naval do Guadiana | VRSAInscrição: alimentos | produtos higiene | acessórios

V Campus de Guarda-Redes de FutebolExclusivo para Guarda-Redes entre os 8 e os 18 anosData: 15 > 21 junho Local: Complexo Desportivo | VRSA

«Copa do Guadiana»Torneio de futebol infantilData: 22 a 28 junhoHora: Local: Complexo Desportivo | VRSA

II IbermanTriatlo longa distânciaData: 14 junho Hora: 7h00Local: Praia Monte Gordo

16ª Campanha de Recolha de Ali-mentos do Banco Alimentar Contra a FomeData: 31 maio e 1 junhoHora: 9h00 > 13h00 | 13h00 > 17h00 | 17h00 > 21h30Local: Supermercados do concelho VRSA

II Feira Internacional de Floricul-tura e Artesanato de VRSAData: 7 e 8 junho Hora: 10h00 > 21h00 Local: Praça Marquês de Pombal | VRSA

Santos Populares 2014Data: 12 a 29 junhoLocal: Hortas | Praça Marquês de Pombal

Alcoutim

12 de JunhoMercado de VaqueirosLocal: Rua do Poço Novo - Vaqueiros

19 de junho Feira do Corpo de DeusLocal: Rua Dr. Antero Cabral - Martim Longo

29 de JunhoFeira de São PedroLocal: Rua do Poço Novo - Vaqueiros

2 de JunhoComemorações do Dia da CriançaHora:10h00Local: Alcoutim

7 e 8 de Junho29ª Feira de Artesanato e Etnografia de AlcoutimLocal: Praia Fluvial do Pego Fundo, em Alcoutim

13 de junhoComemorações do Santo AntónioHora: 21h30Local: Pátio da Casa dos Condes, em Alcoutim

21 de junhoSardinhada de São JoãoHora:11h00Local: Pereiro

21 JunhoMarchas PopularesLocal: PereiroHora:21h00

21 e 22 de JunhoFesta dos Montes do RioLocal: Cais dos Guerreiros do Rio – Guerreiros do Rio

28 de junhoFesta dos Santos PopularesLocal: Farelos

Banda Musical Castromarinense comemorou 90 anos de vida A praça 1.º de maio recebeu o concerto comemorativo dos 90 anos da banda musical castromarinsense que celebrou o seu aniversário junto de toda a comunidade. Com nove décadas de história conta com alargada camada juvenil e a instituição orgulha-se de prestar educação musical gratuita no concelho de Castro marim.

Trata-se da instituição cultural mais antiga do concelho de Castro Marim. A Sociedade Recreativa e Popular - Banda Musical Castromarinense assinalou a 4 de Maio o 90º ani-versário com um conjunto de atividades comemorativas.

As comemorações iniciaram cedo com uma arruada da filarmónica pelas ruas da vila, tendo lugar de seguida a celebração de uma missa na igreja matriz, em memória dos músicos e dirigente já falecidos.

Na Praça 1º de Maio, às 18h, realizou-se o concerto come-morativo do qual se destaca a participação dos alunos da Escola de Música. Foi um concerto muito aplaudido pela assistência.

A encerrar o programa das comemorações dos 90 anos da Banda Musical Castromarinense realizou um jantar com a participação das entidades locais, nomeadamente, o Presidente da Assembleia Municipal e a Vice-Presidente da autarquia.

Recorde-se que esta instituição tem desempenhado um

papel muito relevante na democratização do ensino da música e na elevação do nível cultural no concelho castromarinense.

Durante o jantar o presidente da direção, José Silva, mostrou-se orgulhoso pelos 90 anos de vida da filarmónica, agradecendo o apoio de todos aqueles que se associaram à data, lembrou a evolução técnica e o crescimento instrumental da mesma, afir-mando que “a Banda Musical Castromarinense dispõe de grupo de músicos bastante jovem, em crescimento, e é por isso hora de pedir ajuda para a construção da sede social, que permita dar condições à Escola de Música e, ao mesmo tempo, conseguir uma sala de ensaio para todos os seus executantes”.

Por sua vez, o Presidente da Assembleia Municipal, José Luís Domingos, felicitou a Banda Musical, homenageando os seus músicos, falou da sua importância para a identidade e a cultura de Castro Marim.

A concluir, interveio a Vice-Presidente da Câmara Municipal, Filomena Sintra, que, congratulando-se pelos anos 90 anos da Banda Musical castromarinense, ao serviço da cultura, referiu a

importância da música na sua vida, pois tocou trompa da harmonia durante 13 anos, garantindo que consegue “avaliar bem” o papel das filarmónicas no crescimento artístico das comunidades. A autarca mostrou-se sensível às preocupações manifestadas pela banda e sublinhou o apoio da Câmara Municipal, com a cedência da Casa da Música, em 2003, à filarmónica castromarinense, mas também os apoios financeiros concedidos determi-nantes na evolução de uma instituição desta natureza. Não obstante as restrições financeiras do município, mostrou a disponibilidade da autarquia para continuar a ajudar a banda musical, visto que ela representa um dos grandes patrimónios da cultura de Castro Marim.

No jantar o JBG testemunhou o ambiente de festa e união que se vive nesta banda que, sem dúvida, anseia por uma nova sede.

O concerto dos 90 anos foi muito aplaudido pela assistência que se deslocou à Prala 1.º de Maio

Page 21: Jbg junho 2014

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2014 | 21

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

Os telheiros localizam-se geralmente na zona do barrocal, área onde se extrai a matéria-prima fundamental para a produção de telhas, tijolos e ladrilhos: o barro. No Baixo Gua-diana, os telheiros já deixaram de cozer, mas sobrevivem os seus vestí-gios, sobretudo na área envolvente a Castro Marim e São Bartolomeu. Os designados fornos do sapal, assim designados por associação ao tipo de terreno onde se instalaram e de onde provinha a matéria-prima, constituem o principal aglomerado destas peque-nas industriais artesanais na região,

outrora importante na dinâmica económica de Castro Marim, que possuía ligação privilegiada, por via fluvial, com Mértola, Pomarão e Mina de S. Domingos. Na serra eram praticamente inexistentes, à excepção dos telheiros do Barranco do Caldeirão (Fernão Gil, Castro Marim) e do Pessegueiro (Alcou-tim).

Os telheiros artesanais laboravam todos os dias, de sol a sol, entre Março e Outubro, aproveitando o clima favorável. Destes fornos saíram telhas de meia cana ou de canudo – de influência islâmica e por isso também chamada de mou-risca –, e o ladrilho, mas também adobinhos, tijoleiras, tijolos de burro, tijolos maciços, empregues nas coberturas das casas, nos bei-rados, nos pavimentos e remates, nos poiais, nas chaminés, nos vãos e arcos, nas abobadilhas e nos fornos de pão.

Do barreiro ao forno: os telheiros no Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

O barro era retirado do barreiro, virado e amassado com outro barro diferente e colocado na “pila”, o buraco onde repousava dois a três anos, à chuva e ao sol, até derre-gar e ficar pronto para a produção. O barro do sapal, por ser salgado, necessitava de maior cuidado para evitar o salitre que podia causar fis-suras na “obra cozida”.

O mestre-de-telheiro, proprietá-rio do forno e respectivo barreiro, supervisionava todo processo de fabrico, desde a escolha e mistura dos barros, passando pela amassa-dura, corte das peças, cozedura e, por fim, armazenamento. Os amas-sadores preparavam pasta de barro, amassando-a na eira, antes do trabalho de corte. Aos cortadores, lançadores e atiçadores, aspirantes a mestres, davam-lhes o nome de “trabalhadores da roda-de-fora”. Os cortadores, tal como o nome indica, cortavam o barro para a molda das

peças. Os moldes-de-forma, em ferro, tinham orelhas para facilitar a desenforma. Existia um molde para cada tipo de peça. Para a moldagem de telha, é ainda utilizado o galapo. O lançador transportava e distribuía as peças na zona de pré-secagem, na eira, previamente polvilhada com cinza, para não aderir ao pavimento. O enfornador montava as fiadas – adagues – de peças no forno: em baixo eram colocados os tijolos maciços, por necessitarem de temperaturas mais elevadas para a sua cozedura, seguidos pelos ladri-lhos e pelas telhas. O atiçador con-trolava a temperatura do forno e, quando havia necessidade de cozer durante a noite, era ele que ficava com esse turno.

No sapal encontramos alguns telheiros com forno abobadado, de forma arredondada, com duas entradas, adaptados dos comuns telheiros quadrados, sem cobertura

e com apenas uma entrada. Esta adaptação permitia uma cozedura mais eficaz, sem perdas de calor. A lenha vinha de Vila Real de Santo António, Santa Rita, Azinhal, Ode-leite e Montinho das Laranjeiras, em carradas transportadas por carros de besta ou em pequenos feixes car-regados nos burros. Mas também chegava por barco, quando acar-tada dos montes do rio, e alguma era até fornecida por particulares locais em troca de um determinado número de telhas, tijolos ou ladri-lhos.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

A alimentação tem uma importân-cia fundamental para o desenvol-vimento adequado das crianças e dos adolescentes. A manutenção de um padrão alimentar apro-priado reflecte-se na saúde física e mental, no entanto esse padrão por vezes é desconhecido tanto para os adolescentes como para os adultos que com eles vivem.

A adolescência é um período de grande vulnerabilidade, pois o adolescente tem um profundo desejo de exercer a sua indepen-dência, procurar a sua identidade e imagem corporal ideal, tomar as suas próprias decisões, expe-rimentar novos estilos de vida e muitas vezes negar os valores já existentes. Estes factos levam à adoção de novos padrões ali-mentares por vezes com motiva-ções de independência familiar ou de influência dos seus pares ou heróis. Também nesta idade uma autoimagem satisfatória e o facto de serem vistos de forma atraente pelos outros, constitui uma prioridade.

Os comentários desagradáveis acerca do peso e forma corpo-rais entre pares têm um efeito directo na insatisfação corporal e na adopção de Perturbações do

Comportamento Alimentar.Estas perturbações, representa-

dos pela Anorexia Nervosa, Buli-mia Nervosa e pelas Perturbações do Comportamento Alimentar sem Outra Especificação, são trans-

tornos frequentemente crónicos e associados a um elevado índice de morbilidade.

Caracterizam-se por uma pre-ocupação mórbida com o peso e imagem corporal, como principal fonte de autoestima, conduzindo a um comportamento alimentar progressivamente ritualizado e provocando graves distúrbios somáticos que comprometem a saúde e põem em risco a própria vida.

Vários factores de risco têm sido implicados no desenvolvimento desta perturbação, como a ado-lescência, no sexo feminino, viver

numa sociedade ocidental; com história familiar de PCA, alcoo-lismo, abuso sexual, depressão e obesidade.

As características da família (relações interpessoais, opinião

sobre o corpo, hábitos alimenta-res, abuso de substâncias) podem também constituir importantes factores na génese e manuten-ção destes problemas. Em muitos casos, a família pode manter, mediatizar e complicar a evolu-ção da doença, pelo que no seu tratamento, por vezes são usadas técnicas de terapia familiar.

Os comportamentos de dieta na família são aprendidos e podem ser adoptados pelos adolescentes que vêm a desenvolver mais tar-diamente estas doenças.

Outro factor de risco importante são os casos de Alcoolismo e de

abuso de outras substâncias em familiares em primeiro grau dos indivíduos com Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa; nestes doen-tes os comportamentos mais fre-quentemente observados são os episódios bulímicos, a recorrência ao vómito, ao abuso de laxantes e outros medicamentos ao longo da doença.

Entre os fatores socioculturais é possível destacar: a cultura ocidental com as suas mudanças dietéticas, a influência dos meios de comunicação na transmissão dos actuais padrões de beleza e sucesso social e a moda.

Somos diariamente confron-tados, através dos meios de comunicação social, com verda-deiros modelos estéticos, que nos impõem ou criam o desejo da pro-cura de um enquadramento nesses padrões, podendo-se afirmar que o ideal de magreza é cobiçado por todos. No entanto, muitas vezes, os corpos perfeitos difundidos pelos media, não passam de ima-gens manipuladas e artificiais.

Todos estes factores de risco podem influenciar o desenvol-vimento das Perturbações do Comportamento Alimentar. Con-sidera-se importante denunciar

junto dos nossos adolescentes o ideal de magreza, minimizar a aparência como principal razão de admiração, enfatizando outras características, como a compe-tência e o esforço, para além da aparência.

Em suma, as perturbações do comportamento alimentar devem ser entendidas como doenças que reflectem a confluência entre a psicologia individual, os determi-nantes biológicos, as dinâmicas familiares e os fatores socio-culturais. O entendimento, a interpretação e a compreensão dos comportamentos e atitudes disfuncionais perante o corpo e a alimentação, só farão sentido numa perspectiva multidimen-sional, cada um destes fatores por si só, é necessário, mas não suficiente.

Os Factores de Risco e manutenção das perturbações do Comportamento Alimentar na Adolescência

NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Cle-

mente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos,

Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Andreia Alves,

Andreia Guerreiro, Inês Morais, Jorge Hilário

Vivemos livres numa prisão.

Daniel Sampaio

www.facebook.com/[email protected]

Page 22: Jbg junho 2014

22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2014

PASSATEMPOS&LAZER

Já foi aprovada a nova directiva sobre produtos de tabaco que prevê regras mais restritas. No entanto, os Estados-membros terão um período de transposição de 2 anos, pelo que provavelmente grande parte das normas só serão aplicadas no primeiro trimestre de 2016.

As principais alterações traduzem-se essencialmente no aumento das advertências de saúde nas embalagens, na proibição de certos aromas e na regulamentação de cigarros electrónicos.

Por forma a sensibilizar os consumidores, as advertências sobre os malefícios do tabaco deverão ocupar 65% de cada uma das faces do maço, em imagem e texto, e passarão a constar das suas laterais.

Ainda assim, os produtos similares com uma quota de mercado pouco significativa, poderão ficar isentos desta obrigação, seguindo regras de rotulagem menos rigorosas.

A revisão da directiva ditou também a interdição da utilização de aromas distintivos nos cigarros e tabaco de enrolar. O aroma de mentol, contudo, por assumir maior relevância no mercado, apenas terá de ser excluído daqui a 6 anos. Na mesma senda de tornar o tabaco menos atrativo, o diploma igualmente proíbe os maços idênticos às embalagens de batom.

Os eurodeputados votaram também no sentido de os cigarros electróni-cos serem considerados produtos de tabaco, mas mesmo para isso terão de conter um nível de nicotina inferior a 20mg. Já para poderem ser comer-cializados enquanto medicamentos, terão de obedecer a obrigações legais mais exigentes.

A DECO aplaude a aprovação de normas mais endurecidas, quer por melhorar o funcionamento do mercado interno europeu, quer pelo con-tributo para o sucesso na luta contra o tabagismo, sobretudo entre os jovens.

No entanto, não podemos deixar de lamentar o facto de a directiva não harmonizar regras sobre ambientes sem fumo de tabaco, cabendo a cada Estado-Membro regulamentar essa matéria.

Susana Correiajurista

“Tabaco: Regras mais restritas a partir de 2016”

“O que vai mudar na lei do tabaco?”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º120

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Jogo da Paciência n.º 126

TERRITÓRIOSSe com início em janeiro de 2011, o salário mínimo nacional seria de €500,00, conforme acordo em sede de concertação social e publicado em Diário da República e miseravelmente colocaram-no em €485,00, não cumprindo o acordo é lógico que passados mais de 3 anos a sua evolução seja em 2014 de €600,00 mensais ou até mais e também aumentar o valor das pensões e reformas pois têm estado estagnada. é preciso desenvolver o compra/vende = vende/compra interno, fazer mexer/circular o pequeno retalho, micro e pequenas empresas e activar o produzir português. Será correcto perguntar se os orgãos de soberania e outros elementos da Administração recebessem €500,00 ou mesmo €600,00 mensais ilíquidos viviam com a alegria para sorrir sempre como é habitual? é preciso devolver já os valores usurpados aos cidadãos nos salários, pensões e reformas, baixar para 6% o IVA na restauração e similares e para 17% a taxa máxima. A austeridade, miséria, fome, falências, desemprego não desenvolvem portugal, assim como vender activos rentáveis e património nacional. Foram eleitos para governar, não para desbaratar portugal sem consultar os concidadãos. Nós também temos de ser ouvidos.pelo caminho correcto do quadratim vá ao encontro do: Salário mínimo já, €600,00.

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País1. Distritos2. Concelhos3. Freguesias4. Rios5. Lagos6. Barragens7. Serras8. Avenidas9. Ruas10.

Travessas11. Becos12. Alamedas13. Estradas14. Candeeiros15. Jardins16. Largos17. Praças18. Pracetas19. Pontes20.

Apelo à doação de latas de comida para gato e cão.

Locais de entrega:- Canil/gatil intermunicipal - até

às 14:00 horas- Posto de Turismo do Centro

Cultural António Aleixo - VRSA- Município de VRSA - Divisão de

Acção Social

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2014 | 23

COLABORADORES

Versos dos Santos Populares

Eu voto no Santo AntónioPorque é Santo Padroeiro

É muito popularMuito casamenteiro

Hoje é festa do Santo AntónioQue é Santo padroeiro

Temos muito que dançarÉ o Santo casamenteiro

Eu voto no São JoãoPorque é muito divertido

Tudo o que eu quero é ficarSempre contigo

São Pedro porque estás no céuÉs um velhote que estás cansado

Dá-lhe a chave do céuPorque é um Santo abençoado

Vou na marcha com alegriaE tudo o que eu quero é ficar

Com o Zé Maria

Maria Emília Rosa

Toda a Gente é pessoa

Rosa… Ó Rosa!?... Moça?... tu “na me oves”!? “Má rás” partam os namori-cos… Não há meio de dares conta do que te digo?...Ó raio!...olha lá!?...O moço

bebeu o “banacau”!?...Tenho a cabeça “desvaída” e aquele enfezado cada dia está mais “deslaiado”.

Maria Maria!?...Ele na quer o “banacau”… quer sopas de cavalo cansado…Olhe lá!... na “ove”!?... Viu passar por aqui o Lárinho!?...

O Lárinho?...Senhora!?... Na me diga que na conhece o Lárinho?

Outra coisa na conheça eu!? Lá porque é baixinho!?...Baixinho é, mas dizem que é bem composto…

Moça… tem vergonha nessa cara, tas sempre com “a canina n’água”…Rosa, empurra-me o 2banacau” a esse moço!... Na vês como ele anda “mel-

riço”…na tem nada do pai…Amanhã vou mostrá-lo ao Doutor Gomes …já sei a sentença que vou ouvir!...

Sentença?... Mana Maria!...“Ora-ai-tens”!?...

Tu na sabes como ele é!...Na haja dúvida que trata todos por igual, mas com as crianças!?...

Valha-me Deus, É UM AI Jesus…Os moços, no dizer dele…

E tantos que por aquelas mãos passa.Quando descobre que não estamos a fazer as coisas como manda o preceito,

desanca na gente que é um regalo.Pudera: Toda a gente sabe que não é homem de “camelices” mas muito lhe

devemos e muito mais a “moçanhada”… Na te lembras das “bácinas”?O cuidado que ele tinha…

E a maternidade?Maternidade? Aqui em Castro Marim?

“Oleques”!...É verdade Rosa, os moços aqui nasciam aqui e, tanto o Dr. José Afonso Gomes, como a parteira, Maria Marques, não tinham mãos a medir.

Um sismo, ou um balo de terra, não sei como se diz isso… o que sei é que a Terra tremeu e a uma quinta-feira pela noite a dentro do dia 28 de Fevereiro

de 1969 toda a zona da Maternidade que estava no primeiro andar do Hospital Ribeira Ramos ruiu e veio abaixo.

Ai Mana Maria, não me diga nem me conte…

Antº. de Castro

Um sorriso

É dizer muito sem falar nada,Está nele a expressão do sentido.

É falar de boca fechadaDizendo tudo a sorrir!

É a bonita expressão de alegriaNa boca de qualquer donzela

É uma nova PrimaveraNo sorriso de cada dia.

E o sorriso de uma criançaCom tanto amor e felicidade

Dá-nos uma grande lição

Naquele sorriso não há vingançaNele só existe amor e saudadeNaquele pequenino coração.

Relógio

Tenho Tudo

Piso a terra, tenho tudo o que ela tem, tudo me rodeia, sol e lua. Eu sou o eixo, sou livre, há uma relação de respeito.

Esta é a terra, para uns, remota, complexa. Não é fácil, são desafios diferen-tes, alguns conseguem, muitos não.

Posso não ser muito livre, mas o que me rodeia é livre, lubrifico essa união, não sendo mais um, sou um que acredita, com objectivos não elevados, tiro

partido desta fonte; a vida, tenho regras, também rio e choro. Não se deve fugir do que não se vê, mais ou menos, todos giram, uns só

riem, outros choram, também pisam a terra, têm a noite e o dia. Nada compli-cado, abra a imaginação, tenha preciosos desafios, procure uma fonte de apoio, partilhe uma forma de ser , é altura de poder mudar, há dias de incrível beleza.

Muitos não são capazes, não sabem, nunca ouviram que há outra forma. Gostamos da crítica, sem estar à altura da apreciação de valores.

Pode prosperar e evoluir de forma diferente, há uma variedade de soluções, apresentam desafios, mas com vontade consegue-se.

Manuel tomaz

Tristeza e Solidão

Passava na rua um velhinhoQue seguia o seu caminho

Quase não podia andarTive dó e compaixão

Peguei-lhe na sua mãoLevei-o para o seu lar.

Falou-me do sofrimento vividoFiquei triste e comovido

E nele tanto penseiDesse pobre filho de Deus

Eu ouvi conselhos seusNunca mais esquecerei.

Disse-me desejo verQuem me está a esquecerSem motivo e sem razãoFui um pai trabalhador

Aos meus filhos dei amorNunca lhes faltou pão.

Sentindo esta agoniaEspero pelo meu dia

Que em breve chegaráO meu corpo vai curvando

A minha voz vai-se apagandoPouco mais me resta já.

Henrique Roberto

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DESPORTO

Com apenas 11 anos Joana sabe que é preciso conciliar desporto com vida escolar, familiar e com os amigos, mas “há tempo para tudo”, garante-nos com um sorriso tranquilo.

Recentemente foi distinguida pelo município de Vila Real de Santo António por estar a fazer uma época de muito bons resultados. Em Novembro passado atingiu o ter-ceiro lugar no campeonato regio-nal sub-12 que decorreu no Jamor. Contribuiu para colocar o nome do Algarve do pódio e isso deixa-a “muito feliz”, como nos conta.

Pratica esta modalidade há quatro anos e quer singrar no ténis. No Clube de Ténis de VRSA encontra “todas as condições para ser uma boa atleta”. Ídolos no ténis também os tem; é o caso, entre outros, de Nadal, Feher, Shaparova e Selena Williams.

No palmarés esta jovem residente

A 3° prova da Taça do Algarve XCO disputada em Loulé foi consi-derado pelos ciclistas um “circuito exigente e com subidas longas onde as diferenças rapidamente se faziam”. Mas os atletas do núcleo sportinguista de BTT garantem que deram o seu melhor. Alcançaram o 3° lugar por equipas, individualmente nos escalões de escolas, os mais juniores deste núcleo ocuparam lugares no pódio. Já nas classes competição destaque em master50 onde Mário Alpiarça alcançou o 3°lugar e master30.

em Monte Gordo tem dois primeiros lugares em competição, nomeada-mente em Vila Real de Santo Antó-nio e Vale do Lobo, e dois terceiros lugares, em Portimão e Lisboa.

Quanto à distinção feita pelo município deixa–la “muito feliz”, sendo uma “motivação bastante grande para acreditar e continuar em frente”.

Esta jovem é apenas um exemplo entre muitas crianças e jovens que se têm destacado no desporto no Baixo Guadiana. E como conselho deixa a todos os que não praticam desporto que o façam, bem como garante que muitas das competências que adquire ao praticar desporto utiliza-las noutras áreas como a escola, por exemplo. “A organização, o método e a disciplina que praticamos ao fazer desporto ajuda-nos a estudar com organização também”, aponta a jovem tenista que quer “aprender muito”.

Jovem é esperança no ténis

BTT Sportinguista traz taça para VRSA

Joana Neto estevão é uma das esperanças do ténis do Baixo Guadiana. Foi distinguida recentemente pelo município de Vila Real de Santo António e alimenta o sonho de ser uma grande tenista. é atleta do Clube de Ténis de VRSA.

Jovem Joana Neto Estevão tem 11 anos e há quatro que pratica ténis

Os atletas de BTT do Sporting de VRSA conseguiram subir ao pódio, atingindo o 3.º lugar

Caminhada solidária angariou apoio para doentes oncológicos

A parceria entre o Agrupamento de escolas de Castro Marim e a Associa-ção Oncológica do Algarve permitiu que cerca de 500 pessoas fizessem uma marcha-passeio que se manifes-tou uma autêntica onda solidária da qual resultou a angariação de cerca de 2 mil euros. “Não há palavras para definir o entusiasmo com que as pessoas desta terra e amigos de outras localidades abraçaram esta iniciativa transformando esta Cami-nhada Simbólica, numa caminhada de Gente solidária, que pretendeu desta forma apoiar com o seu dona-tivo e participação a construção da Casa das Dunas, em Faro”. Fátima

Valentim professora da sala 1 do pré-escolar de Castro Marim, e uma das mentoras da iniciativa, mostrava-se visivelmente satisfeita, lembrando a “causa nobre” em que a crianças desde tenra idade se envolvem. “O projeto da associação visa de um modo geral apoiar todos doentes oncológicos, que eventualmente necessitem de cuidados terapêuti-cos ou de permanecer internados em fase de tratamento”, lembrou a professora.

As cerca de 500 pessoas cami-nharam simbolicamente cerca de 5 km pela vila de Castro Marim sob o slogan «E quando os passos

se transformam em laços».No final da marcha, os res-

taurantes “O Infante” e “A Tasca Medieval” sortearam dois vou-chers.

A iniciativa integrou as come-morações do Dia da Mãe e foi organizada pelo Agrupamento de Escolas de Castro Marim, Asso-ciação Oncológica do Algarve e Câmara Municipal de Castro Marim. Colaboraram também os Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, a Guarda Nacional Republicana de Castro Marim e a Sociedade Columbófila Castromarinense.

Iniciativa atravessou a vila de Castro Marim e no total foram angariados perto de 2 mil euros

DR

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DESPORTO

O Lusitano de Vila Real de Santo António sagrou-se campeão do Distrital de futebol do Algarve, quando ainda faltavam disputar quatro jornadas. A equipa orientada por Ivo Soares levou ao rubro os adeptos vilarealenses.

A festa aconteceu no final do jogo com jogadores e adeptos no campo a celebrar. O Lusitano de Vila Real de Santo António subiu ao Campeonato Nacional de Seniores. E mais que as

palavras a imagem fala por si. Na próxima edição uma entrevista ao presidente do clube vai dar-nos conta dos projetos acalentados.

O Sporting, em femininos, e o Benfica, em masculinos, sagraram-se vice-cam-peões europeus de atletismo em pista, após a competição que se realizou em Vila Real de Santo António. Os italia-nos do Fiamme Gialle revalidaram o título, enquanto que, no setor femi-nino, a ausência do Luch, de Mos-covo, abriu o caminho à vitória das espanholas do Valência Terra i Mar. O Sporting chegou a liderar na primeira jornada, perdendo o comando na desclassificação dos 4x100 metros, mas hoje as espanholas confirma-ram mais facilmente a superioridade, ganhando com 111 pontos, contra 98,5 das “leoas”. Com 90 pontos, o

O Padel Clube de Vila Real de Santo António – Secção de Veteranos, orga-niza pelo quarto ano o Torneio Inter-nacional de Futebol Veterano, no dia 14 de junho no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. O tor-neio será composto por 12 equipas que se organizaram em 4 grupos.O IV Torneio Internacional de Fute-

A 2.ª edição do evento “4H00 de Resis-tência Noturna by RODACTIVA” vai decorrer na Vila de Castro Marim no dia 19 de Julho pelas 19 h. Terá início e conclusão no Revelim de Santo António em Castro Marim. Trata-se de uma prova de resistência noturna com uma duração de total de 4 horas, cuja participação poderá ser a solo ou em equipas de dois elementos, e que se irá desenrolar num circuito fechado que abrangerá a parte nobre do períme-tro urbano da Vila de Castro Marim e toda a zona do casco histórico da vila, nomeadamente o Revelim de Santo António, o Castelo de Castro Marim

Enka, da Turquia, fechou o pódio. Líder desde a primeira prova dis-putada, o Fiamme Gialle encerrou com 124,5 pontos, contra 111,5 do Benfica. Em terceiro ficou o Playas de Castellon, com 106 pontos. Em termos individuais, há a destacar, por parte das equipas lusas, os triunfos de Irina Rodrigues (lançamento do disco), Diogo Ferreira (salto com vara) e Marco Fortes (lançamento do peso). Com um lançamento de 56,92 metros no disco, Irina Rodri-gues confirmou os mínimos para os Europeus de atletismo e registou a marca mais interessante entre os atletas portugueses.

bol Veterano conta com a participa-ção de equipas de Portugal, França e Espanha. Organizado em jeito de despedida da época futebolística, os clubes inscrevem-se neste torneio com a intenção de unir os jogadores e as suas famílias e agradecer-lhes a sua atitude positiva, dedicação e entrega ao longo da época que termina.

e os trilhos do Forte de São Sebastião, local de excelência para a prática do btt e antigo palco da Taça de Portugal de XCO. O percurso proposto para esta segunda edição do evento terá uma distância total de aproximadamente 7km por volta e conta com um desnível acumu-lado positivo de cerca de 100 m,.Para além da prova de btt propria-mente dita, iremos ter à disposição dos participantes e respetivos acompa-nhantes, entre outros, aula de zumba, bar, stand de massagens, stand de ves-tuário desportivo da marca “BICYCLE LINE”, stand da “STARBALM”, zona de animação com música ao vivo do grupo rock “OS ALLMARIADOS” .

Os municípios da Eurocidade do Gua-diana (Vila Real de Santo António, Castro Marim e Ayamonte) querem transformar esta área geográfica como capital internacional do turismo e apresentaram um calendário de provas da modalidade.

Os três municípios fronteiriços estão a desenvolver um conjunto regular de competições de triatlo de média e longa distância, cujos percur-sos incluem a travessia da fronteira do Guadiana, internacionalizando o triatlo e ampliando a projeção das potencialidades da Eurocidade.

Do calendário de provas faz parte um triatlo de longa distância, que terá lugar em VRSA, um Triatlo Cross, que terá lugar em Castro Marim, um tria-tlo de distância média, que decorrerá em Ayamonte, e uma prova dedicada aos mais novos, que terá rotatividade anual por cada um dos municípios.

Este conjunto de eventos despor-tivos é desenvolvido através de uma parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de VRSA, a Federação de Triatlo de Portugal e o Clube Despor-tivo Iberman, coletividade desportiva sediada em Huelva (Espanha), que, nos últimos anos, tem impulsionado a difusão do triatlo no sul da Penín-sula Ibérica.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “a inclusão do muni-

cípio neste calendário mostra, uma vez mais, as suas potencialidades na área do desporto de alto rendimento e amador, e contribui para a manu-tenção das boas taxas de ocupação hoteleira”, tendo em consideração que cerca de 70% dos atletas parti-cipantes ficarão alojados em VRSA.

Opinião idêntica é partilhada pelo presidente da Federação de Triatlo de Portugal, Fernando Feijão, que consi-derou VRSA “como um dos melhores locais da Europa para a prática do triatlo, tendo em consideração as condições climáticas, as instalações do Complexo Desportivo de VRSA, bem como o enquadramento natu-ral do concelho”. Em conferência de imprensa este responsável adiantou que “a Federação Europeia de Triatlo está na fase final de instalação de um centro de estágios europeu e VRSA é

uma das hipóteses prováveis para vir a acolher o equipamento. Isto atesta de forma expressiva a qualidade das instalações vila-realenses”

A primeira prova deste calendário ibérico terá lugar no dia 14 de junho, em Vila Real de Santo António, com partida da praia de Monte Gordo. Designada «Iberman Eurocidade do Guadiana», a competição inclui uma extensão até ao Alentejo, uma incursão a Espanha, bem como o regresso a Portugal através da tra-vessia da Ponte Internacional sobre o Rio Guadiana.

O desafio inclui 3,8 kms de natação, 180 kms de ciclismo e 42,1 kms de corrida e é organizado pela Câmara Municipal de VRSA, pelo Clube Desportivo Iberman e pela Federação Portuguesa de Triatlo.

Lusitano é campeão do Distrital de Futebol

Sporting e Benfica vice-campeões no Atletismo

Torneio Internacional de Futebol Veterano

Rodactiva organiza prova de resistência nocturna

Atletas de triatlo de Portugal e Espanha competem em VRSA

Os atletas do Lusitano Futebol Clube foram recebidos pelo executivo municipal de Vila Real de Santo António

Taça dos Clubes Campeões Europeus em Vila Real de Santo António

As federações ibéricas de triatlo uniram-se para esta prova

JOÃO CONCEIÇÃO

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DESPORTO

Futebolândia

Antes de mais, gostava de referir para não induzir em erro alguém menos atento, que não sou apologista de patriotismo exa-gerado e nem dou a vida pela pátria em guerra nenhuma porque em primeiro lugar não gosto de guerras e em segundo levar um tiro ao que parece, e já está mais que confirmado, dói e até podemos morrer e deve ser muito chato morrer, digo eu.

Dito isto, o povo português que até já foi conquistador e guerreiro, (volta Afonso), agora é um povo calmo, sereno, adorme-cido, é tipo «Whatsapp».

Dou alguns exemplos:Temos neste momento o melhor joga-

dor do mundo, Cristiano Ronaldo, vai daí Joseph Blatter depois de beber Libidium Fast (Bebida milagrosa do Paulo Futre, basta ver o sorriso da mulher que está com o ex-jogador de futebol no anúncio televi-sivo, resta informar que a bebida em ques-tão é um estimulante sexual), decidiu gozar com o jogador português depois veio pedir desculpa.

Platini referiu que preferia a Juventus na final da Liga Europa em vez do Benfica. A final foi o que se viu, mais uma falta de res-peito com os portugueses numa arbitragem que lembra os últimos 30 anos em Portugal, onde alguém no norte do país controlava tudo e todos, até a Carolina Salgado que agora é escritora e o desdentado (desden-tado: Que deixou de possuir ou perdeu alguns dentes), do guarda Abel.

De referir só como cariz informativo que a língua portuguesa é a quinta mais falada no mundo e não aparece em nenhum edifício oficial da União Europeia, só para terem uma ideia da importância que temos para estes “marretas” (Peço desculpa ao “Cocas”, “Miss Piggy”, “Gonzo” e ao meu preferido “Monstro das bolachas” mas não me refiro a vocês).

São constantes faltas de respeito desta gente que gere o futebol mundial, e que coloca em baixo um país que há muito perdeu a sua identidade, muito por nossa culpa que na hora de nos unirmos por uma causa fazemos rigorosamente o contrário. Mas não é de estranhar, se somos gover-nados por pessoas que de governar perce-bem pouco e têm de vir três “estarolas” do estrangeiro para ensinar, penso que está tudo dito.

Após a derrota do Benfica na Liga Europa em mais uma injustiça e uma arbitragem escandalosa, as redes sociais foram inun-dadas de mensagens por parte de adeptos de alguns clubes portugueses a felicitar o Sevilha. Por um lado o clube do estádio das cadeiras coloridas (que até tiveram um gesto nobre em oferecer lugares no estádio para a Liga Portuguesa de Cegos e Amblí-opes atrás dos ecrãs eletrónicos - aqui fui sarcástico) que em 30 anos ganhou dois campeonatos, e que até já ficam contentes com o segundo lugar, por outro lado os adeptos do clube a norte, até os entendo e fico por aqui.

Por fim, uma pequena referência à con-vocatória final de Paulo Bento para o Mun-dial do Brasil. Deixou Quaresma de fora e leva para o país do “Samba” o Raúl Meire-les, Hélder Postiga, Hugo Almeida, Vieiri-nha, entre outros. Já estou a ver como isto vai acabar, secalhar neste assunto alguém falou de mais e deu no que deu, mas alguém deveria ter dito a Paulo Bento que é o campeonato do mundo e não o mundial de veteranos ou de final de carreira. Além de Ronaldo não se encontrar na sua melhor condição física, o Real Madrid “espremeu” tanto o jogador que ficou sem sumo. Eu se fosse selecionador levava o “Marinho Pinto” que agora é eurodeputado e a Manuela Moura Guedes. Para motivar o ex-bastoná-rio dos advogados só a “Manela” devia ser lindo, abaixo do pescoço era canela... E já agora, o António Costa que está doido para ser presidente do PS, o “tacho” de primei-ro-ministro está ao virar da esquina, é caso para dizer como no anúncio, “eu é que não sou parvo!”.

www.facebook.com/futebolandia

Eusébio Costa, técnico superior na área da

comunicação da junta de freguesia de VRSA

[email protected]

Numa fase em que a época de ciclismo já rola em grande velocidade e com toda agente de olhos postos na «Grandíssima» como é reconhecida a «Volta a Portugal». Os concelhos do Baixo Guadiana receberam no passado dia 24 de Maio a 1ª prova da Taça de Portugal de estrada, que ligou o Restaurante Alpendre a Vila Nova de Cacela num total de 164,6 quilómetros. Os 111 corredores das 13 equipas presentes serpentearam, assim, com um banho de cores as estradas do litoral e do interior dos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim, levando o espetáculo do ciclismo ao «quintal das pessoas».

Esta prova contou com cinco metas volantes, consa-grando-se Carlos Oyarzun (Efapel/Glassrive) como o líder deste prémio e dois prémios de montanha de ter-ceira categoria que deram lugar no pódio a Henrique Casimiro (Banco BIC/Carmim/Tavira) como melhor trepador.No final em Vila Nova de Cacela, e aplaudido por cente-nas de pessoas, Daniel Freitas (LA Alumínios/Antarte) foi o grande vencedor colocando-se como o primeiro líder da Taça de Portugal, seguindo por Rafael Silva (Efapel/Glassdrive), em segundo lugar, e Vicente Garcia de Mateos (Louletano/Dunas Douradas) em terceiro, ambos com o mesmo tempo do vencedor.

5.º Challenge de Tavira

Também neste fim-de-semana correu-se o 5.º Challenge de Tavira. Esta prova homenageou mais uma vez o Eng.º Brito da Mana, falecido em 2007. Brito da Mana foi um dos fundadores do Clube de Ciclismo de Tavira, em 1979, e o grande impulsionador da equipa profissional.Esta prova consistiu num circuito urbano de 20 voltas, com 3 quilómetros cada, perfazendo os 60 quilómetros totais, compreendidos nas principais artérias da cidade de Tavira. A pisar o primeiro lugar do pódio e como vencedor este ano tivemos César Fonte (Rádio Popular/Onda/Boavista), seguido de Luís Gomes (Maia/Bicicletas Andrade) e o terceiro o sprinter do Baixo Guadiana, Samuel Caldeira (OFM/Quinta da Lixa).Para finalizar um fim-de-semana em cheio no que diz respeito a ciclismo no Algarve, rolou-se em Loulé a 2ª Edição do Challenge da Cidade de Loulé, prova esta que também se desenrolou em circuito urbano ao longo de 63 quilómetros. Desta feita Pedro Paulinho (LA Alumínios-Antarte) o irmão do ciclista Protour Sérgio Paulinho da equipa Team Tinkoff-Saxo, foi o ven-cedor cortando a meta isolado depois de ter escapado ao pelotão a cinco voltas do final, relegando Luis Fernandes (EC - OFM / Quinta da Lixa) e Luís Gomes (Maia / Bici-cletas Andrade) como segundo e terceiros classificados respetivamente.

Humberto FernandesCiclismo de alta competição volta às estradas do Baixo Guadiana

Atualmente a associação escolinha de guarda-redes Luís Rodrigues conta com 30 inscritos. Com quase 10 anos de atividade esta associa-ção pretende formar os melhores e orgulha-se de receber também alunos da outra ponta do Algarve. “Os jovens têm cada vez mais guarda-redes ídolos e querem ser como eles. Nós aqui pretendemos dar o melhor ensina-mento possível”. É com orgulho que Luís Rodrigues fala de um projeto que criou e que tem evoluído positi-vamente ao longo dos nove anos. “Estamos a criar parcerias com clubes espanhóis para dar mais oportuni-dade aos jovens, pois em VRSA apenas têm o Lusitano em compe-tição”. Assim, este ano iniciaram-se as parce-rias voltadas para o outro lado da ponte do Guadiana. “Fizemos já com o Clube Desportivo São Vicente de Ayamonte e uma vez por semana nós vamos treinar lá os guarda-re-des e eles vêm cá, sendo que neste momento já temos dois miúdos de Vila Real de Santo António a com-petir em Espanha a graças a esta parceria”. Em 2014 haverá parce-ria com o San Diego de Ayamonte,

adiantou o responsável ao JBG.

Sonhos acautelados

A Escolinha é uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo a formação de crianças e jovens, com idades compreendidas entre os seis e 14 anos na área da iniciação do treino específico de Guarda-Redes. Aqui os treinadores têm que trabalhar tanto a parte física como psicológica dos jovens. “Este é um sonho que pode não

se tornar realidade e eles também têm de estar preparados para isso”, sublinha Luís Rodrigues. Aqui reinam os meninos, mas já houve

uma menina que experimentou e apenas ficou um mês. “Gos-tava de ter mais, mas a menina que aqui esteve não se adaptou, precisamente, porque é um des-porto ainda que eles estão mais habituados do que elas”, explica o treinador. Nesta associação os alunos podem inscrever-se a partir dos seis anos, sendo que as aulas

decorrem no campo sintético do Complexo desportivo de VRSA.

V Campus de Guarda-redes

Entre 15 e 21 de Junho vai decorrer a quinta edição do Campus Guar-da-redes. “Pretende-se que este evento seja um encontro de jovens com um interesse comum, o Futebol, mais concre-tamente a posição de Guarda-Redes e colo-car à sua disposição a aprendizagem e o aper-feiçoamento da técnica. Pretende-se também, entre os participantes, fomentar a cultura e a convivência desportiva com fins educativos e lúdicos procurando de maneira significativa os valores que consolidarão uma formação humana integral”, diz-nos Luís Rodrigues.

Durante este período vai decorrer também um Clinic para treinadores, como oferta de formação nesta área.

Para os interessados em mais informações estão disponíveis os contactos [email protected] ou telemóvel 962791767. Mais informações no site da Escolinha em www.esco-linhaguardaredes.com

Escolinha de Guarda-Redes Luís Rodrigues estabeleceu parceria com clubes espanhóisSão cada vez mais as crianças e os jovens que auspiciam um lugar como guarda-redes de futebol. Luís Rodrigues, antigo guarda-redes e fundador desta escolinha sediada em VRSA contou ao JBG que para ajudar a concretizar este sonho estão a ser feitas parcerias com clubes espanhóis.

As parcerias que já foram estabelecidas envolvem clubes de Ayamonte. É o caso do San Vicente e San Diego. Dois atletas de VRSA já jogam nas competições espanholas

A época do ciclismo já se rola em grande velocidade e em Maio no Sotavento algarvio decorreram Taça de Portugal e Challenge de Tavira

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DESPORTO

Captar o público nem sempre é tarefa fácil, mas a esse nível a organização do certame «Festi-val de Caminhadas» não se pode queixar. Contudo, conta-nos Júlio Cardoso, um dos membros da câmara municipal que esteve na organização do festival, o maior impacto e procura de informação aconteceu a posteriori. “Depois do evento ter acontecido é que as pessoas tomaram noção do que se tratava e da potencialidade que tem”. O técnico da autar-quia alcouteneja mostrava-se, por isso, bastante satisfeito com o retorno em relação a este festi-val, que se revelou um balão de ensaio para uma segunda edição que tudo indica será feita em par-ceria. “Já estamos a pensar na próxima edição e vamos estabele-cer contactos com várias pessoas e entidades ligadas ao turismo de natureza para recolhermos os melhores contributos e chegar ao melhor programa possível”. Júlio Cardoso também acredita que o terceiro fim-de-semana de Maio “foi tarde por causa do calor que já se faz sentir”, fazendo antever uma data diferente para 2015.

Estão lançadas as pistas para um novo festival de caminha-das que, recorde-se, teve como grande objetivo potencializar os recursos naturais para a otimi-zação do turismo no nordeste algarvio.

Parcerias várias

O Festival de Caminhadas foi uma iniciativa organizada pelo Município de Alcoutim e contou com caminhadas guiadas em colaboração com as associações Alcance, Odiana, Grupo Despor-tivo de Alcoutim, Grito d’ Alegria, Clube Desportivo de Vaqueiros, Amigos dos Farelos e Clarines e ProActiveTur. No programa cons-taram percursos com dificuldade alta, média e baixa, nas fregue-sias de Alcoutim e Pereiro, Giões, Vaqueiros, Martim Longo e ainda em Sanlúcar de Guadiana, com temáticas como observação de aves, interpretação da natureza, história, pastorícia, observação astronómica, entre outros.

As caminhadas temáticas foram guiadas e orientadas por guias especializados,de modo a explo-rar novas formas de lazer aliadas

ao exercício físico e à descoberta das paisagens culturais e natu-rais de Alcoutim e de Sanlúcar de Guadiana.

“Procurou-se promover os per-cursos pedestres existentes mas explorar também novos percursos sobre novas temáticas, alargando assim a oferta turístico-cultural do território”, disse a organiza-ção.

Diversas atividades

As atividades foram variadas, desde «Manhã com o Pastor», que incluiu a realização de um per-curso pedestre de 5 km, guiado pelo pastor Nuno Coelho acom-panhado do seu rebanho de cabras, e uma prova de queijos. «Em Busca das Mouras Encan-tadas e Outros Tesouros», con-substanciou-se num percurso pedestre noturno de 7km pela Vila de Alcoutim, com observação astronómica.

A atividade «Algarve, com aroma a Alentejo e Espanha», proporcionou um passeio de barco até ao Pomarão (Mértola) e uma caminhada de 19 km até Sanlúcar de Guadiana.

Já a atividade «Alcoutim à Vista...Desde Espanha» incluiu a realização de um percurso pedes-tre de 8 km, desde Sanlúcar de Guadiana até à Ribeira Grande, sempre com a margem portu-guesa do Guadiana à vista.

A atividade «Entre Castelos e Menires» desenvolveu um per-curso pedestre de 19 km, que passou pelos montes das Cortes Pereiras, São Martinho e Afonso Vicente.

Na Casa dos Condes houve espaço para a sessão de contos «Estórias com Pão», dinamizada pelo Teatro do Elefante.

A Mesa Redonda «De Sedentá-rio a Maratonista, a Motivação Também se Treina», realizada a 17 de maio na Câmara Muni-cipal de Alcoutim, contou com a presença de José de Guima-rães, corredor de trail running e ultramaratonas.

A atividade «Corre, Corre Guadiana», incluiu a rea-lização de um percurso pedestre de 8 km, que passou pelas localidades de Laranjeiras, Guerreiros do Rio, Álamo e Corte das Donas.

Festival de Caminhadas em Alcoutim mobilizou gente das duas margensO fim-de-semana de 17 e 18 de maio em Alcoutim foi palco de um certame que em primeira edição marcou a paisagem do nordeste algarvio. Realizou-se um «Festival de Caminhadas» que teve como objetivo potencializar os recursos naturais para a otimização do turismo no nordeste algarvio e que contou com 170 participantes.

Turismo de Natureza

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2014

Junho é o mês da criança. Dedique-se neste mês a mostrar aos mais pequenos de que forma podemos salvar o planeta Terra no campo ambiental. Ou descubra com as crianças o que elas têm para lhe ensinar a este nível. As gerações futuras são, sem dúvida, mais pró-ambiente, sendo desta mudança de mentalidade que a Terra precisa.

Em 1959 a ONU (Organização das Nações Unidas) escreveu e aprovou a “Declaração dos Direitos da Criança”. Esta declaração é composta por 10 artigos, muito simples, que dizem respeitos ao que podes fazer e ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro. (É claro que tu também tens responsabilidades para com as outras crianças e para com os adultos para que também eles gozem dos seus direitos.)

Princípio 1º - Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!

Princípio 2º- Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.

Princípio 3º - Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.

Princípio 4º - As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.

Princípio 5º - Crianças com deficiência física ou mental devem rece-ber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.

Princípio 6º - Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.

Princípio 7º - Toda a criança tem direito a receber educação primá-ria gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!

Princípio 8º - Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.

Princípio 9º - Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer activi-dades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.

Princípio 10º - A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

Se tudo isto for cumprido, no futuro as crianças poderão viver em sociedade como bons adultos e contribuir para que outras crianças também vivam felizes!

Fonte: Site Junior

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