jbg junho 2015

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 15 - Nº179 JUNHO 2015 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE P 12 P 8 P 9 P 9 Município descentraliza competências para as quatro Juntas de Freguesia Vai avançar a primeira praia fluvial do Plano de Ordenamento da Albufeira da barragem de Odeleite Terminada dragagem da barra do Guadiana há mais expectativa na dinamização marítimo-turística ALCOUTIM CASTRO MARIM VRSA VRSA celebrou 241 anos. Luís Gomes em entrevista Associação Odiana vai protagonizar partilha de competências municipais no Baixo Guadiana P 13 a 15

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Page 1: Jbg junho 2015

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 15 - Nº179

JUNHO 2015

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

P 12 P 8 P 9

P 9

Município descentraliza competências para as quatro

Juntas de Freguesia

Vai avançar a primeira praia fluvial do Plano de Ordenamento da

Albufeira da barragem de Odeleite

Terminada dragagem da barra do Guadiana há mais expectativa na dinamização marítimo-turística

ALCOUTIM CASTRO MARIM VRSA

VRSA celebrou 241 anos. Luís Gomes em entrevista

Associação Odiana vai protagonizar partilha de competências municipais no Baixo Guadiana

P 13 a 15

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

JBGJornal do Baixo Guadiana

Estamos a caminhar para um novo ciclo no que respeita aos territórios que abrangem o Baixo Guadiana. Segura-

mente com reflexos imediatos ainda muito diferentes em relação a cada um dos municípios, factor que perdu-rará por alguns anos, mas creio que se trata de um caminho que é neces-sário empreender para com outras condições enfrentar o futuro.

É nessa perspectiva que entendo o passo que está a ser dado no sen-tido de transferir, descentralizando, competências e poderes da adminis-tração central em áreas como orde-namento do território, saúde, gestão do litoral, frentes ribeirinhas, turismo medidas acompanhadas de outras respeitantes à partilha de serviços e equipamentos na área dos três municípios que compõem o Baixo Guadiana, designadamente quanto a transportes escolares e de doentes, gestão de resíduos sólidos, serviços

jurídicos, promoção turística, entre outras matérias, numa visão de pro-cura em optimizar equipamentos e serviços e ganhar capacidade de escala.

Torna-se necessário também entender em toda a sua dimensão a mudança que é contida nas regras de acesso aos dinheiros comunitários (2015/20), porque nelas está clara a linha verde que define prioridade a apoios dirigidos para projectos e obras que agrupem vários municí-pios.

O Acordo obtido delega a sua exe-cução na Associação Odiana, com-posta pelos municípios de VRSA, C.Marim e Alcoutim, estrutura actualmente presidida por Luis Gomes. Abre-se a partir de agora um longo caminho ganhando a Odiana uma nova centralidade pelas respon-sabilidades que lhe são atribuídas.

Haverá algum tempo para acerto de estruturas e para estudos que res-pondam na dimensão adequada a novos empreendimentos, públicos ou privados. Como seguramente se terá de percorrer um trajecto no qual a preservação e respeito pela individualidade que corresponde a cada município se terá em momen-tos dados que ajustar ao necessário esforço comum, sem o qual se per-

derá força, concretização e dimen-são de projectos, recursos humanos e financeiros.

É confiado nessa perpectiva e no seu valor estratégico quanto ao futuro, já que entendo que para além de todas as crises é absolutamente claro que a gestão dos dinheiros públicos, do ordenamento do ter-ritório, da gestão comum de equi-pamentos, da atracção e captação de investimento, publico e privado, tenderá a passar cada vez mais por acções de concertação entre municí-pios. E este facto não se me afigura contraditório com a necessidade de nos continuarmos a bater pela concretização da regionalização do País.

Aliás, como refere Luís Gomes na entrevista que presta ao JBG, o desas-soreamento da barra do Guadiana, obra sucessivamente prometida e sistematicamente adiada ao longo de anos, para a sua concretização, obra da responsabilidade do governo espanhol, em muito terá contribuído a existência da Eurocidade Associa-ção composta pelos municípios de VRSA, C. Marim e Ayamonte, a qual tornou possível vencer resistências, inércias, presentes na administra-ção dos dois países. Desejável agora, porque cabe ao governo português

essa responsabilidade, que o desas-soreamento de parte do percurso do rio e a sua sinalização até Alcoutim, se concretize nos prazos que estão anunciados, ou seja, obra adjudicada até finais de Junho a ser executada num prazo de cem dias. Também neste caso se justifica a atenção cuidada dos três municípios.

Uma palavra de solidariedade para todos os trabalhadores da Litográ-fica do Sul. O encerramento desta empresa emblemática para o con-celho de Vila Real, fonte de enor-mes talentos aí forjados na arte do desenho, do grafismo, da impressão, deixa mais pobre o universo empre-sarial e mais aguda a situação dos trabalhadores que aí ganhavam o seu sustento e o das suas famílias. Mais pobre também fica o Algarve com o seu encerramento.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

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Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

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Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

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Vox Pop

R: Me satisface enormemente ver que la desembocadura ya ha sido dragada, una demanda del sector muy necesaria para el bien del trafico fluvial .

R: Todos os investimentos são bons desde que haja retorno financeiro. Se a dragagem feita representa uma mais valia para o nosso concelho e para os concelhos vizinhos, claro que vejo com bons olhos.

Nome: Lígia MadeiraProfissão: Gerente restauração

R: A conclusão desta obra é a aproxima-ção de reabertura da “grande porta” da foz do Guadiana, que permitirá após 28 anos, a possibilidade de um crescimento turístico e económico para qualquer um dos municípios representantes da Euroci-dade do Guadiana.

Nome: Júlio BritoProfissão: Coordenador de Espaços Públicos

Nome: José Luis RuaProfissão: Professor aposentado

R: Na minha opinião, foi uma construção bastante vantajosa! Esta acção foi decisiva para proporcionar a melhoria das condi-ções de navegabilidade e de segurança a todas as embarcações que percorrem o rio Guadiana, além da mais-valia que repre-senta para o desenvolvimento económico das actividades inerentes ao nosso rio: acti-vidade turística e piscatória.

Nome: Daniel Saúde Profissão: GNR

Como vê a notícia da conclusão dragagem da foz do rio Guadiana?

Editorial

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 3

CRÓNICAS

Quando os municípios do Baixo Gua-diana, através da associação intermuni-cipal Odiana, acabam de celebrar com o Governo de Portugal um projecto-pi-loto para a descentralização de compe-tências, em áreas como os transportes, o ordenamento, a floresta ou a protec-ção civil, fazendo aumentar a eficácia da administração pública no território, a barra do Guadiana, o grande rio do Sul, está finalmente desassoreada depois de muita tormenta e de pro-messas não cumpridas pelos sucessivos Governos, gostaria de partilhar com os nossos leitores uma reflexão sobre as obras do POVT em desenvolvimento no concelho de Vila Real de Santo António.

Em 2005, quando o social demo-crata Luís Gomes chegou à presidência da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, o concelho definhava em áreas tidas como fundamentais para o progresso e desenvolvimento,

de que são exemplo elucidativo as redes de saneamento básico e abaste-cimento de água.

Os esgotos da cidade pombalina eram lançados directamente no rio Guadiana, os entupimentos nas con-dutas de esgotos eram constantes e o cheiro fétido daí resultante invadia as habitações dos vila-realenses. Também várias artérias da cidade ficavam inun-dadas na época das chuvas, causando incómodos aos residentes e visitantes e provocando prejuízos significativos à economia local.

Nas outras freguesias do concelho, o cenário não era substancialmente dife-rente. Quem não se lembra das situa-ções de cheias em Monte Gordo, com especial incidência na zona do Sertão, mas também na praia da Manta Rota ou nas Hortas de V.R.S.A, isto sem esquecer os problemas de abasteci-mento de água e de saneamento básico aos lugares mais distantes da sede do

concelho?

Confrontado com esta dura reali-dade comprometedora do futuro de Vila Real de Santo António, o autarca Luís Gomes tinha dois caminhos a trilhar: ou atirava os problemas para baixo do lodo do rio Guadiana ou colo-cava o melhor do seu saber e das suas competências ao serviço do concelho, na busca de soluções para os resolver.

Ao contrário de alguns actores do Poder Local, cuja política tresanda a pequenez e activismo mental embru-lhada numa caridade de misericór-dia mal disfarçada, o executivo por si liderado tomou a decisão política de avançar com um conjunto de obras estruturantes nas áreas do saneamento básico e abastecimento de água, ava-liadas em 60 milhões de euros, que decerto irão catapultar o concelho para patamares de desenvolvimento sem precedentes na sua história mais

recente. Do forte investimento levado a cabo

pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António nesta área nos últimos 10 anos, gostaria de destacar a obra de requalificação das infra-estruturas do abastecimento de água e saneamento básico, que está a ser realizada pela Sociedade de Gestão Urbana EM SA (SGU), inserida no Programa Opera-cional Temático Valorização do Ter-ritório (POVT), ao abrigo do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

Trata-se de um investimento de 30 milhões de euros, que integra as com-ponentes do abastecimento de água e tratamento de águas residuais, exten-sivo às freguesias do concelho - Vila Real de Santo António, Monte Gordo, Vila Nova de Cacela - pondo fim aos esgotos não tratados e lançados direc-tamente no rio Guadiana.

Esta intervenção quase concluída de

34 km de novas condutas e 33 Km de novas tubagens de água, que obrigou a uma logística nunca antes vista, trans-formando o concelho num autêntico estaleiro de obras, constitui uma marca impressiva do carácter visionário do autarca Luís Gomes.

Com a conclusão do projecto das obras do POVT, o concelho vai dar um passo decisivo para a modernidade. Se a isto associarmos todo o potencial da frente de mar, o Complexo Desportivo Municipal, enquanto centro de estágio para atletas de alta competição e o aproveitamento do rio Guadiana, que desagua na cidade outrora idealizada por Marquês de Pombal, Vila Real de Santo António reúne todas as condi-ções para ser um dos melhores des-tinos turísticos do Algarve e do sul da Europa.

Vítor Madeira

No tempo em que as crianças não tinham voz, os direitos na infância eram palavras ausentes da gramática dos afectos.

O mês de abril é assinalado, em todo o mundo, como o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância. Este combate teve início em 1989, nos EUA, aquando do ter-rível episódio que aconteceu com Bonnie Finney, uma avó cujos netos morreram às mãos do desamor maternal. Entre outros gestos para chamar a atenção sobre o assunto, Bonnie teve um simples: atar uma fita azul na antena da sua carrinha. Quem a visse passar perguntar-se-ia, porquê. O

- Não gostei muito daquela fotografia em bikini que puseste no outro dia, Ana... Quer dizer, não me entendas mal, mas acho que não precisas de mostrar tanto o corpo para te valorizares...

Normalmente (e mesmo desde os tempos da irreverente adolescência) as palavras da minha mãe são como men-sagens oraculares; revestem-se de um tal valor e importância que são sempre tidas em conta.

admiração, Samira deixou um legado. A sua heroicidade não desejada conjugou o verbo agir em vez de pensar. E impele-nos a fazer o mesmo.

Os direitos das crianças tornaram-se juridicamente relevantes, em 1989, com a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. Portugal ratificou-a menos de um ano depois. Porém, países como a Somá-lia e os EUA suspeitam da universalidade deste tratado e não emprestaram a sua assinatura, nesta luta pelos direitos huma-nos. Com a Convenção, a criança conquis-tou o poder de ser, pois nasceu aos olhos da lei como um cidadão de pleno direito. Porém, as prioridades políticas no nosso país têm sido mais lentas do que a reali-dade, pois a ideologia que as sustenta não configura o princípio orientador do supe-rior interesse da criança. Concordámos

musicar a desordem mental.“Ora então recapitulemos: é bom

partilhar pensamentos profundos, mas mostrar a coxa é mau; é bonito publicar textos bem construídos e artísticos, mas é feio aparecer com excesso de pele ao léu... E inspirar, ajudar, instigar reflexões, fazer rir, semear sorrisos, provocar bons sentimentos e melhores vontades, tudo isto é legítimo... mas aparecer em bikini é uma maneira errada de me valorizar? Caramba! É por isso que as pessoas têm os valores todos alterados: andam sempre a pensar o pior dos outros em vez de ten-tarem pensar o melhor ou, pelo menos, dar o benefício da dúvida!”

Habituaram-nos a aceitar dogmas!

em assegurar ‘’uma assistência adequada aos pais e representantes legais da criança no exercício da responsabilidade que lhes cabe de educar a criança e garantem o estabelecimento de instituições, instala-ções e serviços de assistência à infância’’. Contudo, estará por avaliar a dimensão do impacto sobre as crianças, das leis e normas meramente economicistas que ensombram as suas vidas nesta longa noite da recessão. Provam as estatísticas da Unesco, no último relatório de ava-liação (2014), sobre a violência sobre as crianças que estas são maltratadas onde se deveriam sentir seguras: nas suas comu-nidades, escolas e casas. Atestam que o problema é social, global e potenciado por desigualdades económicas e sociais e níveis de educação baixos.

No mês de maio, na Coreia do Sul, realizou-se o Fórum Mundial de Educação. Uma vez mais, definiu-se a agenda global de educação para 2030. Na Declaração

Enfiam-nos com eles pelo cérebro acima e pela alma abaixo ao longo da vida inteira! É tão simples quanto isto. E a grande maioria vive assim: conformado com o “devo fazer isto, porque parece bem”, “não devo fazer aquilo porque podem pensar coisas”, “vou calar a minha opi-nião, não quero dar a ideia errada”... E todos vão convivendo numa realidade pobre (e podre?), apaziguados com os outros mas em guerra consigo mesmos. Malvados dogmas, caramba! Que nos levam a calar as nossas virtudes e a esconder as nossas belezas por medo de parecermos convencidos ou detentores de exacerbados egos!

Terminei o debate comigo mesma com

de Incheon reiteram-se os príncipios da educação inclusiva, igualdade de oportu-nidades, qualidade e vêm-nos à memória os atuais e incansáveis relatórios de Faure e Delors sobre Educação. Na miscelânea de compromissos internacionais consta-tamos uma esquizofrenia institucional: os mesmos países que firmam o seu nome em tratados defendendo os direitos das crianças são aqueles que dispendem mais dinheiro com a Defesa do que com a edu-cação, saúde básica ou apoio internacional ao desenvolvimento.

E depois vem junho. O mês do Dia Mun-dial da Criança. Em que, ironicamente, os adultos marcam hora certa para a brin-cadeira. Onde bonés e balões, ao menos por um dia, brincam ao faz de conta e fingem que tudo vai de bem a melhor, na vida da infância.

Não fossem as crianças os seres mais corajosos do mundo e neste dia haveria pouco a celebrar.

a emoção à flor da pele e com certezas no meu âmago: desta vez, Mami, vais desculpar-me mas discordo! Mostrar o corpo não é vergonha nem autovalori-zaçao descabida! É assunção honrosa de uma das partes que nos compõe. Se ela for minimamente bonita, como o resto, tanto melhor! Quem pensar mal, que procure melhorar a fealdade que traz dentro! E vocês que estão a ler, pensem um pouco e ponderem se vergonha a sério não será o facto de vivermos vidas inteiras sem nos questionarmos sobre a forma vergonhosa, odiosa e intolerante como os dogmas sociais nos mandam viver a vida!

mesmo que ela fizera quando vira os hema-tomas no corpo dos netos. Desde esse dia e num ciclo contagiante, em abril, as fitas azuis relembram que o ser humano encerra em si, o pior e o melhor.

As crianças de Alcoutim, em abril, ouviram esta e outras histórias. E maio adentro, não pararam as notícias que nin-guém queria ouvir. Mas, lamentavelmente, os maus tratos sobre as crianças não têm dia nem hora.

Já em outubro tínhamos ouvido falar de Samira. A menina cuja coragem foi sufi-ciente para morrer ao salvar os irmãos dum incêndio, numa casa na Amadora onde ela fazia de pai e mãe. Samira reprovou muitas vezes. Mas, na escola da vida, passou com distinção. A sua determina-ção nunca caberá em nenhum ranking das melhores escolas. Para além da nossa

Engoli em seco, enquanto guiava, não tanto pela repreensão em si, mas mais pela falácia que suspeitei estar em tais palavras contida.

Ao chegar a casa atirei-me para o sofá e abri um debate mental: “Bem, vamos lá falar muito francamente e sem quais-quer rodeios, que é assim que as grandes questões se entendem e as melhores deci-sões se tomam! Mas porque raios é que uma mulher não pode ser muito boa e muito inteligente?!? Ana, se publicares algo assim vão pensar que és conven-cida...” Pensei. “E desde quando é que me importo com isso?”

Interrompi-me e respirei fundo. Chamei a voz sensual da Aurea para me

Ana Amorim DiasEscritora

Cristina Crista

O Insubmisso

Malditos dogmas!!

O silêncio de Samira

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Obras do POVT em Vila Real de Santo António – Um passo decisivo para a modernidade do concelho

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4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

Equipa de Futsal da Secundária vai a Malta depois de se sagrar campeã nacional de Futsal

Pais e encarregados de educação receberam formação sobre rotulagem alimentar

Evento solidário partiu da escola e contou com o apoio da comunidade

Aluna de Martinlongo ficou em 2.º lugar em concurso de leitura

EDUCAÇÃO

Lisboa fica na memória dos alunos que depois de se sagrarem campeões regionais rumaram até à capital e de lá vieram com a vitória e a euforia de quem viu o esforço de uma época recompen-sado. O professor Diogo Sobral explicou ao JBG que “esta escola tem já uma grande tradição de vitórias”, sendo que em 2014 também este docente levou até

Na EB1/JI Santo António decorreu a 7 de maio, uma sessão de esclarecimento sobre a forma de interpretar os rótu-los das embalagens dos alimentos que consumimos diariamente.

A escola está consciente de que uma nutrição adequada é essencial para a saúde e bem-estar das crianças, pelo que tem vindo a desenvolver diversas iniciativas no âmbito da alimentação, entre as quais se destacam alguns pro-jetos e atividades como o “enSOPA-te”, os Heróis da Fruta, a Mega Salada de Fruta, o Trocadilho de Frutos,… que, desde o ano letivo anterior, têm vindo a contribuir para a melhoria nos hábitos alimentares dos alunos deste estabele-cimento de ensino.

Neste âmbito foi dinamizada, pela aluna Ana Correia da Escola Supe-rior de Saúde de Faro, a estagiar na

Pela segunda vez consecutiva, no Dia da Mãe, a Educadora Fátima Valentim, da Sala 1 do Pré - escolar do Agrupamento de Escolas de Castro Marim organizou, juntamente com o apoio da instituição escolar, pais, alunos e um conjunto de entidades apoiantes da causa da Associação Oncológica do Algarve (AOA), a «Matiné do Laço Rosa».

“Tratou-se da realização de uma matiné dançante, que

A aluna Ana Dias do 3.º ciclo da 9.º A da escola de Martinlongo ficou em segundo lugar no concurso nacional de leitura, fase distrital.

A aluna premiada pelo esforço está agora como 1.ª suplente para a fase final promovida pela RTP em Lisboa e que deverá decorrer no final de Junho. E entrará «em ação» caso o premiado com o primeiro lugar distrital falhe a grande final.

O professor de português e professor bibliotecário em Martinlongo Paulo Cavaco disse ao JBG que este “é um estímulo para todos os alunos que de uma forma diferente e atractiva tomam contactos vários com a leitura e a escrita”.

Recorde-se que este concurso contou com a presença em competição de 20 alunos do Baixo Guadiana, sendo que uma aluna de Monte Gordo conseguiu também atingir a fase finalíssima de cinco onde os melhores cinco alunos classificados da distrital disputaram o pódio.

decorreu no dia 3 de Maio, no espaço gentilmente cedido pelo Sr. Leonel Brás, presidente da Sede do Campesino Monte Fran-cisco, em Castro Marim, o qual foi palco de mais um evento repleto de Solidariedade”, enal-tece a Associação Oncológica do Algarve. De acordo com a profes-sora Fátima Valentim mais uma vez “a comunidade, começando nos meninos logo do pré-esco-lar, mostrou-se muito solidária por esta causa que é de todos

nós”.A docente agradeceu a adesão

voluntária de todos os que tornaram possível esta festa, nomeadamente, “a direcção do Campesino Futebol Clube do Monte Francisco e o teclista-vocalista Zé Aníbal”.

Os fundos angariados rever-teram a favor da obra da AOA. Recorde-se que a primeira ini-ciativa do género aconteceu o ano passado e tratou-se de uma caminhada solidária.

Câmara Municipal de VRSA, uma sessão de esclarecimento dirigida aos pais e encarregados de educação sobre a leitura e interpretação dos rótulos das embalagens dos alimentos. Esta atividade consistiu no visionamento de uma apresentação em Powerpoint e num momento mais prático de leitura de rótulos. Foi também distribuído um memorando com dicas alimentares. Houve ainda tempo para construir ementas de lanches saudáveis, de baixo custo, bem como para degustar chás e batidos isentos de açúcar e gorduras.

A atividade teve como finalidade consciencializar os pais para a impor-tância da adoção hábitos alimentares saudáveis, motivando-os a consultar os rótulos dos alimentos antes dos adquiri-rem de forma a evitar os alimentos com excesso de açúcar, sal e gorduras.

à Áustria o colectivo de alunos de VRSA depois de se sagrarem campeões nacionais.

Este ano a vitória vai levá-los até Malta no início de Julho. “Acreditamos que a amizade e cumplicidade têm sido decisivas para os nossos resultados”, diz-nos o professor orgulhoso por o trabalho de uma equipa que conta com jovens que treinam a sério

uma vez por semana, sendo que a prática ocupa-os duas horas e a teoria uma outra, sempre às quar-tas-feiras. No total são cerca de 19 jovens que constituem o grupo de futsal masculino da secundária de VRSA e que aderiram a esta modalidade de desporto esco-lar que faz parte de um leque de oferta de modalidades que o agrupamento apresenta.

Mais uma iniciativa da EB1/JI Santo António

A equipa masculina de Futsal da Secundária de VRSA mais uma vez campeã

No ano letivo 2014/15 a equipa de Futsal da escola Secundária de Vila Real de Santo António sagrou-se uma vez mais campeã nacional. No início de Julho estará em Malta a competir.

Iniciativa foi dinamizada por aluna da Escola Superior de Saúde do Algarve e integrou-se num conjunto de atividades da escola EB1/JI Santo António.

Desporto escolar

Castro Marim

Alcoutim

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 5

Associação Juvenil realizou primeira edição de «Laboratório de Ideias»

«O Silêncio de Sara» abordou os Direitos das Crianças

Férias Desportivas animam verão de crianças alcoutenejas

JUVENTUDE&EDUCAÇÃO

A associação juvenil Backup levou a cabo no pas-sado dia 15 de maio à noite uma iniciativa que de acordo com os seus mentores pretende ser “a primeira de muitas”. André Oliveira, que esteve a moderar a conversa informal, mas séria, com os jovens, lembrou a “importância do debate de ideias e de motivação dos jovens”.

No total participaram cerca de uma dezena de jovens que foram acolhidos pela parceria da junta de freguesia de Vila Real de Santo António, liderada por Luís Romão. Temas como a cultura, movimento artístico, criatividade empresarial, espaço de diálogo social, co-working, comunicação e acesso às tecnologias foram alguns dos temas em debate que fizeram prolongar a reunião até perto da meia-noite. Nova reunião ficou marcada para meados de Junho para continuar o debate e

A Biblioteca Municipal de Castro Marim recebeu a 26 de Maio à noite a produção da ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve), “O Silêncio de Sara”, um monólogo, que abordou a temática dos Direitos Humanos, dos Direitos da Criança e, mais especifi-camente, o tema dos abusos sexuais e maus-tratos na infância.

A atriz Tânia da Silva interpretou o papel de uma jovem mulher que, na adolescência, se viu mergulhada num pesadelo de abusos e violações. Durante quatro anos ela sofreu os tor-mentos da exploração e degradação

O Município de Alcoutim vai pro-mover, durante os meses de verão, um programa ocupacional que pro-porciona um conjunto de atividades para crianças e jovens a frequentar o 1º, 2º e 3ºciclos de escolaridade em escolas do concelho.

O programa «Férias Desportivas» visa ocupar os tempos livres dos alunos, durante as férias, através do desenvolvimento de atividades capazes de proporcionar momen-tos de aprendizagem e convívio de forma saudável. Passeios, visitas a parques temáticos como o Zooma-rine e Aquashow, jogos didáticos e a prática de diversos desportos, desig-nadamente equitação, canoagem, futebol, natação, tag-rugby e vela fazem parte do plano de atividades deste programa, contribuindo para o desenvolvimento e formação dos inscritos.

sexual até encontrar força para dizer «Não!».

Jovens, professores, educadores e encarregados de educação estiveram presentes no evento, que terminou com um debate improvisado sobre a temática, em que foram abordados os indícios destes abusos, numa sensibi-lização para a deteção do problema e posterior atuação.

A iniciativa foi desenvolvida no âmbito de uma parceria entre a Comis-são de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Castro Marim, a ACTA e a Câmara Municipal de Castro Marim.

As crianças abrangidas pela iniciativa são divididas em grupos que, durante uma semana, entre 15 de junho e 7 de agosto, usufruem das várias dinâmicas desportivas.

As inscrições requerem autorização prévia dos pais e devem ser efetuadas no Serviço de Desporto da Câmara Municipal até ao dia 22 de maio.

formas de ação para a construção de um espaço mais consistente para os jovens do território.

“Este vai ser o teu espaço de partilha onde as tuas ideias podem começar a ganhar asas, onde podes conhecer as ideias de outros jovens e encontrar os parceiros certos para arrancares com o teu projeto. Este será, também, o espaço onde poderás encontrar o apoio que necessitas para descolares”, afirma André Oliveira.

O evento foi organizado pela BACKUP em par-ceria com o CLDS+VRSA e a Junto de Fregue-sia de Vila Real de Santo António. “A primeira pedra foi lançada! I Laboratório de Ideias juntou 10 jovens que aceitaram o desafio de pensar o presente, criar sinergias e partilhar ideias\projetos que marquem a diferença”, sublinha André Oliveira. André Oliveira (à esq.) dinamizou encontro informal promovido pela Backup

Esta foi uma iniciativa que partiu da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro Marim

As atividades das férias desportivas em Alcoutim são muito diversas

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6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

XXIV edición de las XII Horas de Tenis de Mesa de Ayamonte

Exposicion en Galeria Passage de los pintores locales, Pepe Garces y Emilio Borrego hijo

Se presenta el cartel de las fiestas de la Punta del Moral

El pabellón municipal de Ayamonte fue el escenario de la XXIV edición de las XII Horas de Tenis de Mesa de Ayamonte, una cita importante en el deporte de la paleta no solo en nuestra provincia, sino en territorios limítrofes. En esta edición, la coincidencia de fecha con otras competiciones en el Algarve portugués y Sevilla, rebajaron en algo la presencia de palistas. Pero ello no fue impedimento para presenciar en acción a jugadores de clubes proceden-tes de Carmona, Coria, Jerez, Sevilla, Huelva, San Juan, Gibraleon, Lepe o Ayamonte amen de representantes de Loulé, Madeira, Faro o Tavira.

Desde primeras horas de la mañana fueron llegando los jugadores a la insta-lación deportiva, donde bajo la atenta mirada de los árbitros del Colegio Onu-bense de Tenis de Mesa, fueron acer-cándose para obtener la información sobre hora, mesa, contrincante y así, estudiar las posibilidades de acceder a la siguiente ronda.

En esta ocasión la exposición era compartida. Passage había inventado o mejor dicho, había hermanado de manera discreta a dos artistas. Distan-tes en el tiempo y en el estilo, pero idénticos en las ilusiones y las temáti-cas. Juntos en muchas ocasiones frente a escenarios reales, con caballetes y paletas dispuestas a interpretar esos paisajes o esas marinas tan nuestras. Pepe Garcés y Emilio Borrego hijo, exponen frente a frente, en una galería que de esto sabe mucho. Y ambos son novicios en lo de exponer y ambos se reencuentran con los pinceles desde hace poco tiempo, pero aquí están, sorprendiendo y arrancando excla-maciones de admiración.

Pepe Garcés se enfrentó a un lienzo hace más de 50 años y lo hacía de la mano de un gran pintor, Ángel Guer-rero. Pintar al natural era su obsesión, su referencia. Autodidacta, creador por sí mismo de los colores y la distri-bución sobre el soporte. Dibujante de precisión. Carpintero de renombre y tallista de una enorme personalidad. Admirado por obras como el retablo de la Bella de Lepe o del Mayor Dolor, del paso del Cautivo o del Angelito o restaurador y dorador del Caído, todo obras de Ayamonte.

Y desde hace unos cuantos años, compañero junto a Esury, Rasco o Borrego de esas salidas al campo para recrearse con el natural. Enamorado de las huertas del entorno de la ciudad, la de los Palos o los Naranjos. Con obras que cuelgan en la exposición y en la oficina de su carpintería. Pinta al óleo, sobre lienzo, justo de color pero preciso de geometría, nunca emborra-

Las campanas daban el aviso y hacían la llamada a las gentes de la barriada de Punta del Moral y a todos aquellos que, ante el acto anunciado y que iba a desarrollarse en la Ermita, estaban deseosos de asistir a la presentación del cartel que pregona a los cuatro vientos las Fiestas en honor de San Antonio de Padua. Carmen Sánchez Ruda, su autora. Una mujer especializada en temas religiosos, restauradora por igual de cualquier obra caída en desgracia y pintora de enorme solvencia. Pero ella no era la protagonista, era la madre de la criatura, era la creadora del cartel.

La ermita se llenó, como suele ser costumbre en estas ocasiones, hasta la bandera. En lugar destacado las auto-ridades locales y la Junta de Gobierno de la Hermandad de San Antonio. El calor como invitado especial y además repartido equitativamente por todo el espacio. Azucenas rojas y blancas vis-tieron el interior del recinto. Sobre un caballete cubierto de negro, la obra esperada y finalmente las palabras de Rocío Concepción, desgranando cada detalle, cada pincelada del cuadro y cada sensación vivida. El sonido en directo lo puso el grupo musical “Punta Mar” y las exclamaciones de admira-ción el público, cuando la ermita se hizo oscura y la luz de un foco inundó la obra que representa las fiestas de este año en la barriada marinera de la Punta del Moral. Un acto muy emotivo y cargado de sentimiento.

Este es el segundo cartel que hace Sánchez Ruda para las Fiestas de la barriada. El primero fue en 2007. En aquella ocasión lo regaló a la Herman-dad y en esta, lo vendió antes de haberlo creado. Anticipo del éxito. Si el anterior fue festivo, este es claramente religioso. Es un óleo sobre lienzo, realista con una

figura neobarroca y flanqueado por una oración distribuida sobre un fondo de pergamino, revestido de historia y anti-güedad. Destaca el rostro de las figuras y la peana, como el mejor jardín de azucenas blancas. Dos meses de trabajo y muchos más de plantearse la realiza-ción del objetivo, de buscar inspiración y de resolver problemas de composición y colorido. Los pliegues de las túnicas, el oro del mantón o la armonía, han sido sus principales dificultades. Una vez superado todo ello, ha dejado la obra en manos del público, para que disfruten y participen del trabajo.

Visto el resultado final, es más fiel al original, la fotografía como portada de la revista de las Fiestas que el propio cartel anunciador. Pero ya este, pregona en la ciudad de Ayamonte que durante los próximos días del 11 al 14 de junio, Punta del Moral honrara a su patrón y hará que la barriada se inunde de ale-gría y colorido y la hospitalidad de sus gentes sea su tarjeta de visita. Carmen hizo de pregonera colorista y lo dejará en la memoria para las próximas gene-raciones. Gracias Carmen.

A lo largo de la mañana se fueron dis-putando los partidos de todas las cate-gorías, disfrutando de encuentros de un alto nivel de juego, lo que ha permitido apreciar, especialmente, el progreso de los más pequeños. Así como ver que las niñas toman posiciones en este deporte tan espectacular, y de poder valorar el prestigio que tiene esta competición atendiendo al número y nombre, tanto de clubes como de jugadores.

El cuadro de vencedores fue: en prebenjamin, vencedor Raúl Vázquez de Ayamonte, 2º Alejandro Fernández también de la ciudad fronteriza. En benjamín la victoria fue para Ludo-vico Crespo de Ayamonte seguido de Sergio López del DKW de Jerez de la Frontera. En alevín vencía Jesús Fabra de DKW Jerez y la plata era para Ale-jandro Medina del Mercantil de Sevilla En femenino victoria para Rosalía Flor de DKW Jerez y el segundo puesto para Lucia Pedroso del Mercantil de Sevilla. En la categoría juvenil 1º Manuel Ataide

cha de pintura la obra y se evade de clasificación de estilos, se desenvuelve por igual entre ese realismo y aquel impresionismo. Pero es cierto que escapa a la figura humana, nunca la lleva al lienzo.

Y junto a él, el hijo de su amigo y maestro, Emilio Borrego. Nacido a la pintura bajo el paraguas de su padre y sin embargo jamás ha recibido una lección de color, composición o equi-distancias. Y como hizo Pepe, dejó los pinceles para volver a retomarlos hace un par de años, cuando la llama del taller La Escalera llamó a la puerta de su inquietud. Sus amigos de la infancia le han despertado de nuevo la curiosidad por manchar lienzos. Por compartir habitación y olor a aceites o aguarrás. Ángel, Arturo, Pablo o Galán le están empujando por la senda de la creatividad del color. Entre las cuatro paredes está trasmitiendo lo que el entorno y la naturaleza le inspiran. Las salidas al campo, los certámenes de pintura rápida, los cursos con modelos al natural le están no solo despertando

del Híspalis de Sevilla seguido de su com-pañero de equipo Salvador Bianco. Fina-lizada la jornada de mañana, se procedía a la entrega de premios que presidia la concejala de Deportes del ayunta-miento ayamontino, Marta Navarro, acompañada del presidente del CTM Ayamonte, Francisco Gamero.

En la jornada de tarde y tras la cele-bración de encuentros de un enorme nivel técnico y una enorme competiti-vidad, el pódium quedó configurado en veteranos con la victoria de José Luis F. Luna de Sevilla siendo la segunda plaza para el jugador del Conservas Concep-ción, Demetrio Martin. En cuanto a la categoría reina de esta XXIV edición, la victoria fue para el jugador de Loulé, Joao Pedro, siendo el segundo puesto para el jugador del Conservas Lola Ayamontino, José Manuel Caballero, siendo su compañero de equipo Adrián Robles el que se subió a la tercera plaza del pódium. El jugador local mejor cla-sificado fue Jimi Rúa.

los sentidos sino agrandando su con-cepto creativo.

Emilio se recrea en el paisaje, en la marina, y sin embargo no soba el cuadro con excesivas manchas. Sim-plifica todo lo posible y luego deja el cuadro reposar. Pero abusa de los colores fuertes, provocadores, los que podríamos definir como transgresores, y sin embargo quedan magníficos en el lienzo.

La viejas pateras de madera a penas se ven, las traíñas ya no existen ahora son paisajes de puertos deportivos, de fuerabordas. Como dice Pablo Lanuza “ Uno es hijo de su tiempo”, pinta lo que ve y donde vive. La imaginación en este caso es pura realidad.

Galería Passage dará cobijo a esta muestra hasta el próximo día 11 de junio. Una magnifica excusa para per-derse por la Plaza de la Laguna en Ayamonte y pasear lentamente entre paisajes y marinas, entre pateras y huertas, entre ilusión y creación. Pepe Garcés y Emilio Borrego hijo, van de la mano en esta ocasión.

XXIV edición de las XII Horas de Tenis de Mesa de Ayamonte

En esta ocasión la exposición era compartida

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Pequecircuito andaluz, una competición que viene de la mano de Federación Andaluza de Golf

Molino del Pintado una nueva posibilidad para gentes inquietas

Fiesta de actividades recreativas en Ayamonte

La mañana se merecía algo especial. Antes nunca habíamos podido disfru-tar de esta competición de golf que tiene como protagonistas a los más pequeños. En algunas ocasiones hemos podido tener la sensación que el palo es quien da soporte al deportista. En otras, el golfista de corta edad sor-prende por la armonía con la que se maneja tanto en las distancias largas como en el juego de Green.

Y es que Isla Canela Golf celebraba la cuarta jornada del Pequecircuito andaluz, una competición que viene de la mano de Federación Andaluza de Golf y que está distribuida en tres zonas a lo largo de nuestra comunidad. Por esa razón veíamos en la alfombra verde de Isla Canela a jugadores proce-dentes de nuestra provincia, de Sevilla, Córdoba y Cádiz. Y ahora, después de cerrase esta jornada hay parón hasta pasado el verano . Luego vendrán las dos últimas jornadas en septiembre en Jerez, en noviembre en La Cartuja y en diciembre la final, con la presencia de los mejor clasificados de los tres grupos, a celebrarse en Málaga.

Es una gozada ver como compiten estos peques, con la seriedad que lo hacen, el estilo tan sorprendente y el gesto tan perfectamente marcado en cada golpe. La plasticidad de la mayo-ría de los golpes enamora a la cámara de tal manera, que el objetivo vuela solo en busca del golpeo. El tiempo en esta mañana, ha volado de manera un tanto especial y la vida animal del entorno nos ha confundido y sorpren-dido de la misma manera.

Después de cerrarse el recorrido,

A lo largo del invierno, como una activi-dad novedosa y sin más ambiciones que la de ofrecer una nueva posibilidad a gentes inquietas, nació el Mercadillo de artesanía, segunda mano y antigüeda-des en el Molino del Pintado. Fue una convocatoria abierta a toda la gente con ciertas inquietudes en estos términos de mercadeo, y la verdad que tuvo su aceptación, sus incondicionales y los curiosos que no terminaban de creerse este tipo de actividad en nuestra ciudad y que al final aceptaron por su enorme agrado.

Y no solo Paula en un principio y Rocío casi en el final, dirigieron sus pensamientos a los puestos de venta. Facilitaron y ofrecieron las instalacio-nes de esta construcción en medio de las marismas de Ayamonte, para ser un referente en este y otros tipos de actividades. Así fue como mes tras mes,

Un año más se clausuran las Escuelas Deportivas Municipales de Ayamonte a través de una fiesta celebrada en el pabellón municipal y en el que participaron críos de todas las edades dentro de una amplia gama de actividades recreativas.

Junto a las exhibiciones de judo, gimnasia y danza se pudo ver los diversos juegos y divertimentos, como el castillo hinchable, donde de la mano de los técnicos y monitores se desarrolló la jornada en clave de diversión.

Para finalizar se hizo entrega, por mano de los responsables políticos y deportivos, de las cerca de cincuenta distinciones a los alumnos distinguidos en las diversas escuelas deportivas. Mientras en el graderío se pudo observar un lleno total que disfrutó con cada actuación de estos jóvenes deportistas. El acto se clausuro con la clásica foto de familia de los deportistas premiados.

después de haberse paseado por la alfombra verde de este Isla Canela Golf, hemos podido curiosear la lista de ganadores. En esta ocasión la sonrisa ha sido el denominador común, cada uno de los jugadores ha sido consciente de la tarjeta presentada y ahora solo tendrá que hacer balance de su actua-ción para poder optar, aunque hay dos jornadas aun en juego, a la fase final donde solo estarán los mejores.

En féminas de 11 años, la vencedora ha sido la ayamontina de la Acade-mia de Golf Chris Truter, Laura López, seguida de su paisana Alba Vázquez Postigo del Isla Canela Golf. En mas-culino de 9 a 11 año, el ganador ha sido el también jugador del club de Isla Canela, Kostka Horno y en la cate-goría masculina de 8 años y menos, la primera plaza ha sido para Marcos Ramírez Martin de la Academia de Golf Chris Truter de Ayamonte. Un éxito para los jugadores ayamontinos que han copado los primeros puestos en sus respectivas categorías y que les dan muchas opciones de poder estar en la final de Málaga.

Esta competición ya no volverá por nuestros campos en lo que queda de temporada, pero estamos seguros que en cualquier momentos vamos a poder disfrutar de sus entrenamientos, no solo en los campos ayamontinos, sino en el vecino “Quinta do vale” en Portugal, donde los alumnos de la Academia Chris Truter tienen su base de operaciones. Seguiremos de cerca sus pasos para estar atentos a como evolucionan estas futuras promesas del golf ayamontino.

vimos con satisfacción diversas exposi-ciones en las paredes de su salón mul-tiusos. Escuchamos sin distraernos la presentación de poemarios de la mano de los Poetas del Guadiana, que hicie-ron un esfuerzo para trasladar hasta el Molino sus últimas creaciones. La música fue inundando la explanada jornada tras jornada, de la mano de expertos en el tema y que supieron captar no solo la atención sino dar ambiente a cada momento. Así es como transcurrió mes a mes esta acti-vidad hasta llegar a la del otro día, la última de esta temporada. Parón por los calores que se avecinan y convoca-toria anticipada de su regreso tras las fiestas patronales de la ciudad.

Y por ser la última convocatoria, pudimos escuchar en las voces de sus autores, los poemas presentes en el poemario ¡Apontamentos da

margen!. Perro Andaluz dio libertad a su música. ¡Bailando! La academia portuguesa de salsa inundo de ritmo, colorido y alegría la zona central del Molino. Pintores locales se reunie-ron para decirle a través del color, un adiós efusivo al mercadillo, con ese primer encuentro de pintura al aire libre en las marismas.

Se fue la actividad, la vida y la ale-gría que nacía cada segundo domingo de mes en el propio Molino y en sus alrededores, dando sentido y razón de ser a un edificio y unas marismas quizás poco visitadas para el valor que en si tienen. Pero el regreso está a la vuelta de la esquina. En septiem-bre de nuevo, con otros aires y con algo más de experiencia, volverán a mostrarse al público los objetos del deseo. Pero eso será después de los calores……

José Luis Rúa

José Luis Rúa

Resultados elecciones municipales en Ayamonte y Sanlúcar de Guadiana

AYAMONTE

Sanlúcar de Guadiana

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LOCAL

Barragem de Odeleite vai ter Zona de Lazer e Praia Fluvial

Bandeira azul em todas as praias de VRSA e Castro Marim

Algarve completa Reserva Ecológica Nacional com delimitação de Castro Marim A Câmara Municipal de Castro

Marim vai construir uma das praias fluviais previstas no Plano de Orde-namento da Barragem de Odeleite. Para o efeito, formalizou a escritura de um terreno, por cerca de 18 mil euros.

A praia fluvial contempla 6100m2 de área. Em terreno contíguo, um particular está a avançar com um projeto de infraestruturas comple-mentares à praia, nomeadamente de um parque de auto carava-nismo.

A Barragem de Odeleite, cons-truída entre 1992 e 1998, serve para abastecimento público de água e está ligada por um túnel à barragem vizinha de Beliche. É a principal infraestrutura de arma-zenamento de água do sotavento algarvio e está localizada junto à

Os concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim voltaram a conquistar, em 2015, a Bandeira Azul em todas as praias vigiadas, garantindo, uma vez mais, a qualidade ambiental das suas zonas balneares.

Santo António, Monte Gordo, Lota e Manta Rota são os areais de VRSA que, este Verão, irão receber o distintivo anualmente atribuído pela Associação Ban-

deira Azul da Europa (ABAE) que premeia a sua excelência. Da parte de Castro Marim as praias de Alagoa, Praia Verde e Retur também foram galardoadas.

Este galardão volta a dar des-taque à qualidade ambiental, à informação, à segurança e ao conforto que as praias oferecem a todos os visitantes, reconhecendo o seu mérito turístico.

A Bandeira Azul é anualmente

atribuída às praias, portos de recreio e marinas que se cumpram um conjunto de critérios relacio-nados com quatro grupos funda-mentais: a informação e educação ambiental, a qualidade da água, a gestão ambiental e equipamentos e a segurança e serviços.

Alcoutim perdeu a sua ban-deira devido a uma análise que não estava nos parâmetros exi-gidos.

localidade com o mesmo nome, sede de freguesia do concelho de Castro Marim.

Nos últimos anos, a Barragem de Odeleite tem sido procurada por banhistas como zona de lazer, “a construção desta praia permi-tirá acabar com a utilização ilegal e insegura desta barragem para banhos, como tem vindo a acon-tecer”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, acrescentando que este é o primeiro passo previsto para no Plano de Ordenamento da Barragem de Odeleite, que estava há uma década pendente no Minis-tério do Ambiente.

A localização da Barragem de Odeleite, junto ao IC 27, que faz atualmente a ligação entre Castro Marim e Alcoutim e, quando con-

cluído, fará a ligação a Mértola e a Beja, é um dos fatores previstos para o sucesso deste empreendi-mento.

“Estabelecendo, pelo interior, uma alternativa á A 2 e ao IC 1 nas deslocações de e para o Algarve esperamos atrair muitos veranean-tes que por aqui passam”, sublinhou Francisco Amaral.

“Pela experiência que tive com a praia fluvial de Alcoutim, que é a maior atração turística da vila, uma praia fluvial na barragem de Odeleite irá dinamizar aquela zona, sobretudo de uma perspetiva económica”, afirmou o autarca. A arquiteta responsável pelo projeto da praia fluvial de Castro Marim é a mesma que desenvolveu o da praia fluvial de Alcoutim, Ana Paula Carvalho.

A delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN) de Castro Marim, aprovada pela Portaria n.º 143/2015, do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natu-reza, foi publicada no Diário da República no passado dia 22 de maio, encontrando-se já em vigor.

Com a conclusão do processo de Castro Marim, todo o território do Algarve fica abrangido por delimitações concelhias da REN, situação que acontece pela primeira vez desde a instituição do regime jurídico da REN, na sua versão de 1990.

Até à publicação desta portaria, Castro Marim permanecia o único município algarvio sem delimitação da REN específica da sua circunscrição territorial, vigorando contudo as regras gerais e transitórias decorrentes do respetivo regime jurídico.

A proposta de delimitação da REN de Castro Marim apresentada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve obteve o parecer favorável da Comissão Nacional da REN e mereceu a concordância prévia da Câmara Municipal.

Os elementos que constituem a REN de Castro Marim encon-tram-se disponíveis para consulta na CCDR/Algarve, bem como, na Direção-Geral do Território.A praia fluvial contempla 6100m2 de área

Com a conclusão do processo de Castro Marim, todo o território do Algarve fica abrangido por delimitações concelhias da REN

O Galardão é atribuído anualmente depois de realizadas as análises

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A Odiana assinou a 13 de Maio com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, e com o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional Miguel Poiares Maduro, um projeto-piloto para iniciar a descentralização de competências nos municípios do Baixo Guadiana.

LOCAL

Terminada dragagem da barra do Guadiana há mais expectativa na dinamização marítimo-turística

Odiana assinou protocolo pioneiro com o Governo

Os governos de Portugal e Espanha ter-minaram a obra de desassoreamento da barra do Guadiana, devolvendo a navegabilidade à foz do rio, que agora recuperou uma profundidade mínima de 3,5 metros. A intervenção - avaliada em 850 mil euros - teve por base o memorando de entendimento assinado em Lisboa, em 2014, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e foi conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Andaluzia.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “a operação irá aumen-tar as valências marítimo-turísticas do território do Baixo Guadiana e amplia as potencialidades de requalificação da frente ribeirinha de VRSA”.

Esta obra tem um caráter histórico, uma vez que concretiza um desejo ambicionado pelos algarvios há quase 30 anos e permite a navegação, em segurança, das embarcações turísticas, desportivas e pesqueiras.

A dragagem incidiu numa zona de

Os municípios do Baixo Guadiana – Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António – que compõem a associação Odiana estão confiantes que o acordo que a associação assinou com o Governo vai trazer escala e maior poder de decisão sobre deter-minadas matérias. De acordo com o presidente da associação Odiana, edil vilarealense Luís Gomes, a medida representa “um passo em frente nos modelos de gestão autárquica”, aumentando a competitividade e quantidade dos serviços prestados por cada um dos municípios “sem que isso represente um custo acres-cido para cada uma das Câmaras Municipais”.

A iniciativa junta os municípios do Baixo Guadiana e permitirá a gestão supramunicipal de setores comuns como os transportes ou a floresta, aumentando a eficácia da administração pública e evi-tando a duplicação de recursos e serviços na mesma zona geo-

1250 metros de comprimento por 60 metros de largura, tendo sido retira-dos cerca de 63 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que foram utilizados para realimentar as praias mais próximas da foz.

Para o presidente da autarquia de VRSA, “as dragagens represen-tam igualmente uma clara vitória da Eurocidade do Guadiana», tendo destacado que, «pela primeira vez, se passou dos projetos a uma intervenção no terreno”.

A obra de desassoreamento da barra do Guadiana foi financiada pelo Programa Europeu de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP), em Portugal conduzido pela Comissão de Coordenação e Desenvol-vimento Regional do Algarve.

Obra de dragagem até Alcoutim em fase de concurso

Ao que o JBG conseguiu apurar, em

gráfica.No caso do Baixo Guadiana,

o objetivo é fazer a administra-ção conjunta de áreas como o ordenamento, a proteção civil, a recolha e valorização de resíduos sólidos urbanos, a gestão florestal e dos transportes, ou a promoção dos setores da cultura e turismo, simpli-ficando a gestão do território.

“Estes são exemplos de respon-sabilidades comuns ao território dos três municípios que ganharão em qualidade e eficácia ao serem administradas em conjunto. No caso concreto de VRSA, não faz sentido gerirmos isoladamente a limpeza das nossas praias quando partilhamos geograficamente toda a linha de costa e possuímos uma área territorial contínua”, explica Luís Gomes.

Gestão das zonas ribeirinhas

Na proposta que foi assinada, o Governo compromete-se ainda a

finais de Maio estava em fase final o concurso para a dragem e baliza-mento desde a ponte Internacional do Guadiana até Alcoutim. A obra terá de ser adjudicada até ao final de Junho, sendo que terá um prazo

descentralizar, para os três municí-pios, a gestão das zonas ribeirinhas, marítimas e fluviais e ainda outras competências na área da saúde.

A assinatura do «acordo quadro para o estabelecimento dos projetos-piloto de partilha e integração de serviços dos municípios» envolve, além da associação Odiana (com-posta por três concelhos), a Comu-nidade Intermunicipal de Aveiro (composta por 11 autarquias).

A implementação do projeto inicial de transferência de com-petências, que avançará desde já, terá o apoio técnico e financeiro do Governo.

3,5 milhões de euros

“Abrimos uma linha de finan-ciamento para ajudar a suportar os custos de transição” para uma gestão partilhada, explicou o secre-tário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, na cerimónia. “São 3,5 milhões de euros de uma verba prevista no

de execução de cerca de 100 dias. A dragagem será até uma cota -2 e serão seis os pontos mais proble-máticos a resolver. As embarcações que poderão navegar terão até 70 metros de cumprimento e 1,80

Orçamento do Estado que ajuda os municípios neste esforço de agre-gação”, sustentou.

Para aceder a esta verba as câmaras terão que apresentar, no contexto da respectiva comunidade intermunicipal (CIM), um projecto em que expliquem quais as poupan-ças que pretendem atingir e em que garantam que não haverá duplica-ção de serviços.

metros de calado. Recorde-se que a obra de desas-

soreamento da Foz estava a cargo da vizinha Espanha, enquanto que esta está a cargo do Governo por-tuguês.

Leitão Amaro explicou que o objectivo da reforma, a última do Governo no sector local, é aumentar a sustentabilidade e dar mais possi-bilidades às câmaras. “Quando antes o mesmo serviço era feito isolada-mente ou nem era feito, porque o município não tinha capacidade de o criar, agora, por fazer em conjunto, o serviço é sustentável, é viável e até pode ser melhor”, antecipa.

O rio agora recuperou uma profundidade mínima de 3,5 metros

O acordo quadro foi assinado a 13 de maio

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DESENVOLVIMENTO

O Centro Cultural António Aleixo recebeu a 15 e 16 de maio a I Feira do Empreendedorismo. O evento foi dividido em duas áreas, com um espaço de exposição com stands de empreendedores e entidades e outro onde irão decorreram seminários, workshops e debates.Para além da presença dos responsáveis de entidades como a Universidade do Algarve, o IAPMEI, o Gabinete «Cria» da Universidade do Algarve, o Instituto para o Fomento e Desenvolvimento do Empreendedorismo em Portugal e o Instituto de Emprego e Formação de Emprego e Formação Profissional, marcou presença na sessão de abertura a vice-presidente da câmara munici-pal de Vila Real de Santo António e vereadora com o pelouro de acção social Conceição Cabrita. A autarca disse, na ocasião que “gostava que os jovens e todos os desempregados explo-rem todas as situações que existem no mercado de trabalho e de tudo fizessem para necessitar o menos possível dos apoios da segurança social e do Instituto de Emprego porque esses um dia termi-nam…”. Susana Castro, coordenadora do CLDS + de VRSA enalteceu a “ajuda de todas as entidades que têm apoiado

o projecto”, fazendo especial referên-cia “ao Dr. Álvaro Araújo [director] do Instituto de Emprego e Formação Profissional pela sempre grande dis-ponibilidade para ajudar sempre que solicitado pelo CLDS+”.A organização esteve a cargo do gabinete CLDS + (Contrato Local de Desenvolvimento Social) da Câmara Municipal de Vila Real de Santo Antó-nio, estrutura que pretende promover a inclusão social e o emprego como forma de combater a pobreza e a exclusão.

Jovens criativas fazem sucesso com latas

Um dos casos de empreendedorismo presentes nesta Feira foi o projecto «Can’dalata». Trata-se da união de duas designers e jovens criativas que se uniram, para desde logo, reciclar de forma inovadora as latas que tanta história têm em Vila Real de Santo António e ao mesmo tempo criar um souvenir único.“Sentimos que havia a lacuna em Vila Real de Santo António por não existir um souvenir autêntico e que represen-tasse o concelho”. Filipa Ribeiro conta-nos o princípio deste projeto que para

ser mais sustentável já foi alvo de cria-ção de t-shirts e sacos. “Os utilitários vêm dar uma maior sustentabilidade à produção de peças decorativas”. Para Andreia este é um projecto “promis-sor, mas que para singrar leva o seu tempo”. Filipa Ribeiro e Tatiana Faleiro conta-ram desde o início do projecto com o apoio das escolas “que ajudaram na recolha das latas”, sendo que “os alunos elaboraram desenhos que inspiraram a criação artística”.Outra das componentes deste projecto é que vai «beber» à tradição conserveira, nomeadamente à litografia que está em exposição no arquivo histórico locali-zado na zona ribeirinha da cidade. “É importante sermos inovadores também conjugando a nossa história”, frisa Andreia. Para quem como elas também está a começar Andreia diz que é preciso ter “muita persistência e amor ao projecto!”. Fica o recado aos poten-ciais futuros empreendedores.Para já, e ainda sem loja, o mais acessível para conhecer este projecto é via redes sociais: https://www.facebook.com/candalata?fref=ts

Decorreu no Auditório Espaço Gua-diana, em Alcoutim no passado dia 13 de Maio o evento final da segunda fase do Projeto TASA, pro-movido pela CCDR Algarve e pela ProAciveTur – Turismo Responsável. A sessão de abertura esteve a cargo do presidente da CCDR Algarve, David Santos, e do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves.Para além da apresentação dos produtos que resultaram da cola-boração entre designers e artesãos do Algarve, Alentejo e Andaluzia; decorreu um debate sobre vários aspetos relacionados com a produ-ção, comercialização e sustentabili-dade das artes tradicionais.Recorde-se que o objetivo princi-pal do TASA é afirmar o artesanato como uma profissão de futuro, valorizando, re-identificando e re-intrepretando os produtos artesa-nais no sentido de valorizar o seu estatuto cultural e responder a necessidades contemporâneas que reabilitem igualmente o seu estatuto comercial.

A CCDR Algarve promoveu esta segunda fase do TASA para conso-lidar e expandir sustentadamente esta projeto reforçando o tecido socioeconómico das Áreas de Baixa Densidade do Algarve. Esta fase do projeto integrou treze artesãos, novas técnicas tradicionais e maté-rias locais do Algarve, da região do Alentejo e de Andaluzia. Houve um reforço do investimento em design de comunicação, o qual permitiu conceber etiquetas que contam a história e características de cada produto, criar embalagens próprias para os acondicionar, produzir um novo catálogo e outros meios de comunicação.

Projeto trabalhou com três escolas do Algarve

O projeto trabalhou com três esco-las da região algarvia, o que resul-tou, nomeadamente, na criação de propostas gráficas para aplicar em algumas das peças.Os novos produtos de artesanato TASA são 15 criações inovadoras,

inspirados na cultura da Dieta Mediterrânica, entre elas, um selim e punhos para bicicleta feitos em cor-tiça, e também uma cesta de pique-

nique concebida manualmente com a técnica artesanal da construção dos “tamboriles rocieros” andaluzes.O Projecto TASA é financiado pelo

FEDER no âmbito do PO Algarve 21 (QREN) e do POCTEP (Programa Operacional Cooperação Transfron-teiriça Espanha Portugal).

Produtos e resultados da segunda fase do projecto do TASA foram apresentados em Alcoutim

I Feira de Empreendedorismo pretendeu estimular os mais jovens

Os Jovens têm tido um papel muito importante na dinamização do TASA

O CLDS + de VRSA levou a cabo mais esta ação junto da população

CLDS +

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LOCAL

Depois de diversas manifestações e acções sindicais a Litográfica do Sul foi declarada insolvente. A sentença de declaração de insolvência da Empresa Lito-grafica do Sul foi proferida em Olhão a 18 de Maio.

De acordo com o que o JBG conseguiu apurar a assembleia de credores vai realizar-se a 13 de Julho de 2015.

Recorde-se que em causa estão 44 postos de trabalho numa empresa em que a maioria dos trabalhadores era da casa há mais de 35 anos.

A efeméride foi assinalada pela câmara municipal de Castro Marim que lembrou que “há 20 anos foi criada em Alcoutim a primeira Unidade Móvel de Saúde (UMS) do país. A iniciativa revelou-se a melhor forma de prestar cuidados de saúde à população que vivia mais isolada e vulnerável e foi exemplarmente seguida em muitos outros munic íp ios do país. Há um ano, em Castro Marim, a UMS foi revitalizada com a oferta de consultas médicas de proximidade, a primeira no país perma-nentemente com médico”. Esta unidade conta com três médi-cas – Helena G o n ç a l v e s , Susana Valsassina e Isa Frazoa -e a enfermeira Angelina Rocha e o motorista Carlos Horta. A equipa da UMS de Castro Marim percorre há um ano as freguesias do conce-lho – Altura, Castro Marim, Azinhal e Odeleite. A autarquia explica que a maior atenção e cuidado dirige-se às freguesias do interior, Azinhal e Odeleite, com uma densidade populacional de 5,1 habitantes por km2 e uma área geográfica de 250,33km2, para além dos índices de envelhecimento, 686,7% em Azinhal e 980,8% em Odeleite. “Trata-se de uma população que

Perspectivando a abertura da Estru-tura Residencial para Pessoas Idosas, o Centro Paroquial de Martim Longo está a levar a cabo uma consulta pública de eventuais interessados como colaboradores e/ou utentes. De acordo com um comunicado daquela entidade podem efectuar a sua pré-inscrição na secretaria do Centro Paroquial de Martinlongo , das 10h -12h e das 15h- 17h. Para colaboradores a manifestação de

interesse tem como data limite 9 de Junho, sendo que a formação está prevista ser dada “em breve” de acordo com a entidade. Já no que diz respeito aos utentes não existe data limite para inscrição. “Ainda não há uma data prevista para a abertura do equipamento, mas esta manifestação de interesse torna-se necessária. Para mais informações, favor contactar o 281498177”, é adiantado em comu-nicado.

vive em locais de difícil acesso e com enorme carência de cuidados de saúde pela alta prevalência de doenças crónicas causadoras de ele-vada mortalidade e morbilidade”, declarou a coordenadora do pro-jeto, Dr.ª Helena Gonçalves. Um ano depois, o balanço é muito positivo. “Com a atuação

persistente e de proximidade dos profissionais de saúde, em que se geram elos afetivos que promovem a confiança e adesão dos doentes ao planos de atuação negociados para o controlo da sua doença crónica, conseguimos retardar a progressão do problema e evitar a cascata de internamentos hospitala-res com altíssimos custos para o país e elevados prejuízos para o doente e família”, garantiu a médica Helena Gonçalves. Durante este ano foram efetuadas 1242 consultas a 519 utentes com uma média de idade de 76 anos.

Dos 519 utentes, 202 têm uma idade superior a 80 anos e 26 superior a 90 anos. 43% do número total de uten-tes são analfabetos. A hipertensão arterial foi a patologia crónica mais sinalizada, 324 pessoas. Seguiram-se a osteoartrose, com 286 diagnósti-cos, e a dislipidémia, com 221. A registar ainda a identificação de 77

utentes (21%) com deterio-ração cogni-tiva ligeira. A UMS de Castro Marim é fruto de uma colabo-ração entre a Administra-ção Regional de Saúde do Algarve (ARS A l g a r v e ) , C â m a r a Municipal de Castro Marim e Associação Social da F regues ia de Odeleite

(ASFO). Sobre a iniciativa, o médico e agora autarca da Câmara Muni-cipal de Castro Marim, mentor da primeira UMS do país quando era presidente do município vizinho, Alcoutim, declara tratar-se de “um ato de justiça para com esta popula-ção envelhecida, que levou uma vida de sacrifício. Que tenham agora, ao menos, algum conforto na doença, proporcionado por esta equipa médica nos seus domicílios”. Desde o arranque deste projeto até ao final deste ano, a UMS repre-senta um investimento autárquico inicial de cerca de 40.000 euros.

Litográfica do Sul foi declarada insolvente

Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim completa um ano de consultas de proximidade

Centro Paroquial de Alcoutim e Martinlongo faz consulta pública para emprego

No total são 44 trabalhadores, muitos com mais de 30 anos de casa, que ficam no desemprego.

Esta Unidade tem maior atenção ao Interior do concelho devido à desertificação A Obra decorre e a consulta pública procura colaboradores

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12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

LOCAL

No âmbito da delegação de compe-tências nas juntas de freguesia, a Câmara Municipal de Alcoutim vai transferir para as quatro juntas de freguesia do concelho uma verba num montante superior a 210 mil euros. Os procedimentos adminis-trativos, designadamente contratos interadministrativos, contratos pro-grama e protocolos de colaboração foram assinados.

“A delegação de competências é um instrumento legal de ful-cral importância já que permite, em especial no âmbito da presta-ção de serviços de apoio direto à comunidade local, uma resolução mais eficaz das situações dada a maior proximidade das juntas de freguesia com as populações”, lê-se no comunicado.

Os contratos interadministrati-vos, no montante anual aproximado de 120 mil euros, preveem que as juntas de freguesia assegurem a limpeza dos arruamentos urbanos pertencentes ao domínio público, em localidades e rede viária loca-lizadas no seu território.

A 9 de Maio comemorou-se o Dia da Europa e, simultaneamente, a transferência da presidência da Eurocidade do Guadiana para o município de Castro Marim, que até aqui estava em Ayamonte, onde ficará ao longo dos próxi-mos dois anos.

Em declarações ao Jornal do Baixo Guadiana o edil castroma-rinense Francisco Amaral quer que este segundo mandato fique marcado por uma maior proxi-midade entre os municípios de Castro Marim, Vila Real de Santo António e Ayamonte. O autarca considera que é necessário haver uma maior recolha de experiên-cias junto de outras eurocidades e acredita que é preciso que as acti-vidades realizadas envolvam toda a comunidade. “A eurocidade não pode ser uma entidade de elite, mas de todos”, defendeu.

Quanto à capacidade de mobi-lização Francisco Amaral acredita que “existe na sociedade civil organizada bastante capacidade de dinamismo e mobilização”.

“Para garantir a execução dessas tarefas foram também assinados protocolos de colaboração com a União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro e com a Junta de Freguesia de Martim Longo que, não necessi-tando de transferência financeira, visam a cedência de uma Mini Pá Carregadora de Rodas e um Dumper multiusos, respetivamente. Os protocolos de colaboração assi-nados com a Junta de Freguesia de Vaqueiros destinam-se à aquisição de uma Autobetoneira, implicando a atribuição de um apoio financeiro de 25 mil euros, e à concessão de uma comparticipação financeira de 6 mil euros para fazer face a obras de construção de passagens submersíveis em linhas de água”, diz a câmara em comunicado.

Na cerimónia foram ainda cele-brados diversos contratos pro-grama entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia para apoio financeiro, no montante total de 27. 725,00 euros, à realização de festividades nas quatro juntas de freguesia do concelho, e um com

Torneio de Golfe marca início de presidência em Castro Marim da Eurocidade do Guadiana

A abertura do circuito de Golfe da Eurocidade do Guadiana rea-lizou-se no passado sábado, dia 9 de maio, no campo da Quinta do Vale Golf Resort, em Castro Marim.

Nesta primeira prova do circuito de Golf da Eurocidade, registou-se a participação de desportistas por-tugueses, espanhóis, ingleses e alemães, que puderam contar com condições climatéricas excecio-nais para a prática.

Como vencedores da prova, qualificaram-se diretamente para a final os jogadores Juanjo Her-nández e Ruth Fernández.

A prova final do circuito rea-lizar-se-á num dos considerados entre os melhores campos de golfe da Europa Continental, o campo do Monte Rei Golf & Country Club.

Marco Oliveira, diretor do clube anfitrião, recebeu os jogadores com um almoço de gastronomia típica algarvia. Após o almoço, no qual também esteve presente o Presidente da Câmara Munici-pal de Castro Marim, Francisco Amaral, houve um espetáculo musical de guitarra e acordeão, seguido da entrega de prémios aos vencedores e de um sorteio de brindes para todos os parti-cipantes.

Na apresentação deste circuito, foram evidenciadas a diversidade e a qualidade das instalações situ-adas no território da Eurocidade do Guadiana para a prática deste desporto. Para além disso, refe-riram-se ainda como motivos de atração o facto de esta ser uma zona com condições climatéricas propícias para a prática do golfe e a diversificada oferta turística existente em todo o território.

O acordo de cooperação que está na base da Eurocidade do Guadiana foi assinado há dois anos atrás com o principal obje-

tivo de partilhar infraestruturas e projetos entre os três municípios que a integram. Desta forma, a equipa de trabalho tem vindo a estruturar projetos que, tal como este, pretendem potencializar sinergias ao unir a oferta existente nas três localidades.

O circuito de golfe da Euroci-dade do Guadiana continuará a disputar-se durante os próximos

meses nos campos existentes no território. A segunda prova terá lugar no campo de Isla Canela Golf, no dia 11 de julho, e no campo de Castro Marim Golf & Country Club, no dia 12 de julho. Também nesta prova os jogado-res terão oportunidade de qualifi-car-se para a final que, como já foi referido, se realizará no campo de Monte Rei Golf & Country Club.

a Junta de Freguesia de Giões, que implica uma transferência de aproximadamente 32 mil euros, para a realização de obras na cobertura do seu edifício sede.

O processo de delegação de competências, assim como a colaboração prevista, através da concretização de protocolos e contratos programa, irá permitir, dotar as freguesias dos meios necessários para a prestação de um serviço público de maior qualidade, nas diferentes vertentes, contribuindo desta forma para a aproxi-mação do poder de decisão das populações, para a promoção da coesão social e territorial e para a melhoria das condições de vida dos cidadãos.

Câmara de Alcoutim descentraliza competências nas quatro freguesias

Castro Marim assume presidência da Eurocidade do Guadiana

Executivo liderado por Osvaldo Gonçalves acompanhado pelos presidentes de junta e vereadores

Presidente Amaral assume presidência da Eurocidade do Guadiana

O presidente Amaral, edil castromarinense, defende que a eurocidade deve estar em maior proximidade com os cidadãos. Autarca está confiante no seu mandato em que procurará estabelecer um dinamismo de eurocidade junto, nomeadamente, da sociedade civil organizada.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 13

Mais uma comemoração de aniversá-rio da cidade de Vila Real de Santo António. Qual a mensagem que gos-taria de deixar nesta data?

A mensagem é uma mensagem de parabéns por mais um aniversário da nossa cidade que foi fundada em 1776 e naturalmente quero deixar uma mensagem de confiança, estima amizade e dizer que o município, a câmara municipal está aqui. Acho que é visível demais aquilo que estamos a fazer com as obras, nas estradas, nas ruas, por todo o concelho. São obras essenciais e fundamentais. É preciso termos a noção clara que chegámos em 2005 com esta equipa à câmara municipal e que tínhamos um conjunto grande de necessida-des em todo o concelho. Não tínhamos água na Corte António Martins, não tínhamos água na Ribeira da Gafa, havia zonas na fregue-sia de Cacela que não tinha abastecimento de águas residuais, havia um conjunto de redes que não funcionava por todo o con-celho; havia inundações em Monte Gordo, uma rede de águas unitárias em vez de haver separativas em grande parte da povoação de Monte Gordo, não havia esgotos na Aldeia Nova, nem esgotos numa parte importante das Hortas. Estávamos a drenar uma esgoto para o rio Guadiana e só agora é que se vai deixar de fazer isso. Tínhamos a parte sul da cidade para onde há décadas se prome-tia fazer águas e esgotos novos. Na parte norte, apesar de em 1993 se ter terminado uma intervenção importante, os esgotos não funcionavam, não estavam ligados, tinham sinais de trânsito, pedras e sacos de areia lá dentro. Os tubos estavam contra-pendente,

Claro que não. Ainda há pouco um comerciante queixava-se que perdeu clientes por causa das obras. Evidentemente que lamen-tamos que isso aconteça, mas a verdade é que não há forma de colocar esgotos sem partir as ruas das pessoas. Mas, acima de tudo, temos a convicção clara que estas obras tinham de ser feitas para bem da cidade. Aliás, Vila Real de Santo António era das poucas terras do país que estava a drenar esgotos para o rio Guadiana e por isso Portugal foi multado pela União Europeia...

No que diz respeito à saúde financeira como está a câmara municipal de Vila Real de Santo António depois do PAEL [Programa de Apoio à Economia Local, no valor de 25,6 milhões de euros] e dos contratos de empréstimo junto de sindi-cato bancário [33,3 milhões de euros], bem como de um Plano de Contenção Finan-ceira instalado na edili-dade?

Por vezes eu ponho-me a pensar o seguinte: como é possí-vel a situação em que se encontra um país, e uma cidade e uma autarquia como Vila Real de Santo António em que há uns anos perdeu 50% da sua receita estar a fazer obras como esta que falámos e outras. É preciso ter alguma coragem para o fazer! Claramente, devido a estas obras a câmara tem um nível de endi-vidamento importante porque esse nível de endividamento foi acelerado pela diminuição clara das nossas receitas, mas reduzir o endividamento seria acabar com marcas que são claras para nós. Por um lado a obra que temos na área da saúde com políticas inovadoras como por exemplo o programa «Cuidar» na área da oftalmologia com uma equipa de permanência a trabalhar no concelho de alto nível de espe-cialização e que em parceria intermunicipal já fez um total de quatro mil consultas [o pro-grama teve início em Agosto de 2014]. Só Vila Real já constituiu 150 cirurgias. E, portanto, redu-zir o endividamento seria acabar com estas políticas sociais. Nós achamos que tem de haver aqui um meio termo. Temos procu-rado diminuir a nossa despesa corrente e por outro lado pro-curado suprir o nosso endivida-

ou seja, não escoava para onde tinha que escoar. Não tínhamos nenhuma Estação de Tratamento de Águas Residuais. Em maté-ria de saneamento básico urgia uma intervenção de fundo que hoje estamos a fazer no âmbito do POVT [Programa Operacio-nal Temático de Valorização do Território]. São 28 milhões de euros de grandes intervenções em sistemas de abastecimento de águas potáveis e residuais.

Sentes orgulhoso por esta obra?

Claro que sinto orgulhoso por estas obras que eram deter-minantes. Mas por outro lado estou também orgulhoso pela equipa que temos na câmara e na empresa municipal. Recordo que para darmos postos de tra-balho fizemos uma opção clara: a equipa de engenharia e a equipa de fiscalização passarem para a empresa municipal, sendo escusado estarmos a contratar empresas fora. E só por amor à terra têm feito um trabalho desta envergadura e minimizando o impacto negativo que decorre das mesmas.

Certamente tem recebido queixas de moradores e comerciantes… As obras não podiam ser feitas de outra forma!?

Reduzir o endividamento seria acabar com estas políticas sociais. Nós

achamos que tem de haver aqui um meio termo

Luís GomesPresidente da Câmara de VRSA

Susana H. de Sousa

A celebrar 10 anos à frente dos destinos de Vila Real de Santo António, Luís Gomes assinalou a 13 de Maio mais um aniversário da cidade. Dá-nos conta das obras feitas, das prioridades, do endividamento e da nova forma de fazer política. Temas como a requalificação patrimonial para ativo turístico , bem como a cada vez maior aposta nas potencialidades naturais do concelho são premissas de governação numa altura em que desempenha, na União Europeia, um papel no Comité das Regiões onde contacta mais de perto com as possibilidades de financiamentos comunitários com vista a desenvolver o município pombalino.

“”

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14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

ESPECIAL

mento de curto prazo através do PAEL e agora com a candidatura ao FAME. Naturalmente, fala-se muito em endividamento e eu quase que diria que é um bom sinal porque quando a oposição só fala do endividamento e não fala que é preciso fazer isto ou aquilo isso demonstra que já não consegue inventar obras que faça falta à autarquia realizar.

Quando chegámos à câmara municipal, para além das carên-cias que já falei, tínhamos quase 200 crianças em fila de espera para a creche e pré-escolar. Hoje não temos porque dotámos o con-celho de infraestruturas. Natural-mente que o dinheiro não cai do céu… Só aí gastámos cerca de 7 milhões de euros. Mas também é importante que se refira que cerca de 70% do endividamento da câmara municipal foi apro-vado em sede de câmara e assem-bleia municipal por unanimidade; e não é um endividamento de festas e foguetes… é de obra, de infraestruturas, de melhoria na qualidade de vida das pessoas e não me arrependo disso, claro. Lamento, sim, a crise que veio abalar os cofres da autarquia.

E com esta crise a verdade é que nada voltará a ser como dantes. Houve mudan-ças que foram profundas. Nomeadamente, na estra-tégia, operacionalização, prioridades municipais. O que é que esta crise trouxe de positivo naquilo que são as prioridades munici-pais?

Esta crise veio mostrar-nos que temos que ser muito mais criteriosos nos gastos do dinheiro público. E essa é uma mea culpa que todos temos de fazer. Por outro lado, veio mos-trar-nos que precisamos de ter uma economia e um município devidamente estruturado para podermos receber os ensinamen-tos da crise. E Vila Real de Santo António ao longo destes anos teve oito Planos de Pormenor que nos preparou o novo Parque de Campismo de Monte Gordo de que possivelmente teremos novidades em breve quanto à sua transformação; estamos a nego-ciar um investimento na ordem dos 200 milhões de euros para a zona ribeirinha… E é necessá-rio investir em áreas diferentes. Enquanto que antes da crise a grande base da economia do concelho era a nova construção civil hoje estamos muito mais virados para a reabilitação do património. Ainda bem que tínha-mos essa visão em 2006 quando conseguimos aprovar o Plano de Salvaguarda do Centro Histórico de Vila Real de Santo António que deve ser dos poucos a sul do país onde foi aprovado no curto espaço de tempo. No Algarve temos apenas o exemplo de Vila Real de Santo António e que nos permitiu candidatar ao JESSICA e aceder a fundos comunitários para reabilitarmos património, que nos permitiu criar a área de reabilitação urbana através da SGU que permitiu a redução de IMI e IMT às pessoas, bem como a atribuição de benefícios fiscais

de requalificação do património habitacional e que, acima de tudo permitiu-nos criar a marca do Centro Histórico de Vila Real de Santo António com um comér-cio mais competitivo, cuidado e com melhor imagem e, acima de tudo, capacidade de atração de

visitantes. Colocámos na agenda do Algarve e do país o Centro Histórico de Vila Real de Santo António. A implementação do programa JESSICA cá é umas das grandes boas práticas que existe a nível nacional de intervenção de requalificação no quadro dos cen-tros históricos. Hoje ocupamos a presidência da rede internacional das cidades iluministas que nos permite captar um conjunto de

investidores. Estamos em via de assinar o contrato final de adju-dicação do Hotel do Guadiana, estamos em negociação para que sejam criados novos equipamen-tos hoteleiros no Centro Histórico e isso pressupõe a criação de duas centenas de postos de trabalho.

E em que ponto está a revi-são do PDM [Plano Diretor Municipal] de Vila Real de Santo António?

Estamos a aguardar que saia o novo regime jurídico dos ins-trumentos de gestão territorial no quadro da nova lei de bases de Ordenamento do Território. O

novo PDM permite a criação de novas zonas de expansão urbana e eu pergunto: e essa é a prio-ridade hoje para Vila Real?... Eu considero que a prioridade é requalificar. Para que queremos mais áreas de expansão urbana se ainda estão uma centena de apar-

tamentos para vender. Nós não precisamos de um novo PDM para fazer a nova a Zona Industrial de VRSA, pois já está no PDM actual. Já assinámos em sede de reunião de câmara o novo contrato com a Docapesca para ali instalarmos a nova zona industrial. Não preci-samos do novo PDM para requa-lificar a zona ribeirinha, também não precisamos de novo PDM para o novo parque de campismo

de Monte Gordo… Às vezes vezes fala-se do novo PDM porque não há mais nada para falar. Temos de requalificar e não construir novo. E transformar as zonas das anti-gas fábricas, da zona portuária em novos produtos urbanos.

Com a crise a ação social tem sido determinante e uma prioridade para o exe-cutivo…

Tem sido muito importante esse

apoio porque a câmara municipal tem dado a cara pela situação social das pessoas. Hoje talvez se tenha tornado um hábito, mas há 10 anos quando eu cheguei cá

não havia nem um terço dos pro-gramas sociais que temos hoje. E esteve aqui de nós uma câmara comunista e outra, supostamente, socialista. Demos uma resposta para uma centena de famílias que se não fosse a câmara municipal estariam totalmente destrutura-

das. Acusam-nos de endivida-mento, mas se terminássemos com o endividamento termináva-mos com os apoios sociais. Temos tentado o equilíbrio entre os dois pesos.

De alguma forma já pode-mos falar de uma retoma em Vila Real de Santo Antó-nio?

Ainda não podemos falar nisso. Estamos a dar passos para que as

coisas melhorem. Espero daqui a três meses apresentar dois gran-des projetos que impulsionem a economia. Devo dizer que muitas vezes diz-se que o presidente está sempre fora, mas a verdade é que o presidente está sempre fora porque está à procura de investimentos para o concelho. Há um fundo em Inglaterra que quer investir 100 milhões de euros em Vila Real de Santo Antó-

nio [esta entrevista foi feita em vésperas do 13 de Maio, sendo que a reunião aconteceu a 14]. E hoje os presidentes de câmara não devem ficar sentados a uma

secretária e fazerem de Santa Casa da Misericórdia porque há os serviços sociais e estruturas na câmara que o fazem muito bem. Um presidente de câmara hoje tem de vender o seu concelho no exterior. Temos de lutar pelas nossas populações, em termos mais empresas a investir aqui; e isso significa criar mais postos de trabalho e dar sustentabilidade à economia local. O presidente está a vender o município e oportuni-dades de negócio do município e essa é a minha função hoje. A vice-presidente tem feito um trabalho exemplar no que diz respeito às necessidades sociais das pessoas, gerir os programas de saúde, habitação, conjunta-mente comigo. Hoje a minha função enquanto presidente da câmara é ir buscar investimento para Vila Real de Santo António e isso significa que se eu con-seguir cumprir esse desígnio as nossas famílias terão outra espe-rança e qualidade de vida. Não quero que as pessoas continuem a depender de Programas Ocu-pacionais, quero que as pessoas ganhem emprego estável com boa base remuneratório e sejam mais felizes.

Recentemente assistimos à insolvência de uma empresa com história em Vila Real de Santo António. São 44 famí-lias que agora vão para o desemprego. Como vê este drama social?

O caso da Litográfica do Sul é muito lamentável. Acompa-nhámos de perto o caso de uma empresa com mais de 40 postos de trabalho de pessoas que dedi-caram uma vida à Litográfica e que merecem a minha homena-gem e solidariedade. Sinto-me triste porque é mais uma ativi-dade económica tradicional que se vai embora do concelho.

Terminou a obra da draga-gem do rio Guadiana. Qual a expetativa para o desen-volvimento concelhio face a esta obra?

Depois de 30 anos de promes-sas... Eu acho que a dragagem é um grande feito da eurocidade. É um exemplo paradigmático do papel da eurocidade porque con-seguimos mobilizar força política dos dois lados da fronteira e criar um lobby claro para criar aquilo que dependia da boa vontade dos dois países. Foi quase um mito em Vila Real porque quase todos os partidos prometiam as draga-gens no Guadiana. E eu agora pergunto: esses partidos políti-cos porque não têm uma posição pública a louvar a obra final-mente executada? Eu acho que é muito bonito reconhecer quando as coisas são bem feitas.

E esta obra satisfaz as necessidades; trata-se de uma obra de 600 mil euros!?

Parece inacreditável que uma obra de 600 mil euros tenha esperado tanto tempo!... E estava dependente de uma autorização mútua em sede de Comissão de Limites [Comissão que representa entidades de Portugal e de Espa-nha e que tem de tomar decisões sobre intervenções que são feitas

“não é um endividamento de festas e foguetes… é de obra, de

infraestruturas, de melhoria na qualidade de vida das pessoas e não

me arrependo disso”

“hoje os presidentes de câmara não é para ficarem sentados a uma

secretária e fazerem de Santa Casa da Misericórdia porque há os

serviços sociais e estruturas na câmara que o fazem muito bem.

Um presidente de câmara hoje tem de vender o seu concelho no

exterior”

“faço aqui um mea culpa. Esta crise veio mostrar-nos que temos

que ser muito mais criteriosos nos gastos do dinheiro público. E

essa é uma mea culpa que todos temos de fazer. Por outro lado,

veio mostrar-nos que precisamos de ter uma economia e um

município devidamente estruturado para podermos receber os

ensinamentos da crise”

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ESPECIAL

nas fronteiras dos dois países]. No que diz respeito à

Saúde e Bem Estar que tem sido uma aposta do execu-tivo que lidera em que fase nos encontramos do impacto desse investimento que pre-tende vender o destino de Vila Real de Santo António o ano inteiro?

Eu felicito os meus antecesso-res por terem tido a visão clara de apostar neste produto. Eu acho que o papel que este execu-tivo tem vindo a desempenhar é comercializá-lo. Exemplos claros: Copa Foot 21 e Mundialito de Futebol. Internacionalizámos e demos outras valências como a conjugação da saúde que é essen-cial nos dias de hoje. São apostas claras e que se mostram inovado-ras numa época contemporânea que apresenta desafios. Antes os atletas vinham cá quando esta-vam bem fisicamente para fazer as suas preparações intensivas, mas hoje podem vir no pós-lesão. Somos dos poucos centros euro-peus e mundiais que temos meios complementares de diagnóstico inseridos no espaço de treino.

E no turismo tradicional como está este destino a desempenhar a sua comer-cialização?

Passados dois anos de eu ter assumido o cargo não deixámos de ter a maior taxa de ocupa-ção turística em termos médios anuais. Enquanto outros acharam que estivemos a gastar dinheiro desnecessariamente aqui estão os resultados.

Recentemente conside-rou infeliz o novo Mapa de Zonas de Baixa Densidade. Está esperançado que esse mapa mude?

Acho absolutamente ridículo. Eu tomei as diligências neces-sárias na AMAL [Comunidade Intermunicipal do Algarve] para que esse mapa fosse revisto e vamos esperar. Acredito que haja mudanças.

Pediu uma Assembleia Geral extraordinária da Sociedade Polis Ria For-mosa. O que o preocupa neste campo?

O que eu pedi para discutir foi uma política para o Litoral do Algarve. Estou preocupado com o POOC [Plano de Ordenamento da Orla Costeira]. Estamos em 2015 e significa que vamos chegar ao final dos 10 anos de vigência do POOC. As praias de Monte Gordo, Santo António, Retur, metade da Praia Verde, Altura e Lota estão por requalificar, e são interven-ções estruturantes para o nosso território. No meio de tantos com-promissos será que as demolições são prioritárias? Como é possível para uma região cuja actividade principal é o turismo sol e praia que não se aposte seriamente na requalificação das suas praias.

Foi assinado um acordo-quadro para a descentrali-zação de competências dos municípios de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim para a associação Odiana, a que preside. O que nos traz este Acordo-Quadro?

Este acordo-quadro vai colocar o Baixo Guadiana na história do poder autárquico. É claramente um novo paradigma em que os municípios deixam de ser egoístas e de estarem de costas voltadas entre si e passem a partilhar com-petências para ganharem escala e competitividade. Estes três muni-cípios vão delegar na associação Odiana, do qual sou presidente, um conjunto de competências em matérias de Ordenamento do ter-ritório, Saúde, Gestão do Litoral das praias, das frentes ribeiri-nhas, Turismo, Cultura, Gestão dos resíduos sólidos, transportes escolares e de doentes. O objetivo é centralizar e partilhar isto na associação Odiana e o Estado dar um sinal de descentralização e de aproximar a decisão das pes-soas.

Estruturas que estão sedeadas em Lisboa e desconcentradas no Algarve, mas sem níveis de decisão têm adiado as decisões relativamente a estas matérias. Pretendemos centralizar com-petências na Odiana, mas que o Estado descentralize. Vamos ter mais poder de decisão e de gestão, mais autonomia das deci-sões no Baixo Guadiana.

Está no Comité das Regi-ões. Que importância tem esta posição para o conce-lho de Vila Real de Santo António?

Em primeiro lugar passamos a ter acesso a um conjunto de infor-mação comunitária que era difícil ter de outro modo. E é impor-tante poder contribuir através de um voto para matérias em diver-sos domínios. E por outro lado fazer política na Europa. Neste momento sou relator de uma iniciativa do Comité que versa o papel da economia social no crescimento económico e criação de emprego.

A União Europeia está longe?

Está longe e devíamo-nos aproximar muito mais. Na União Europeia são discutidas e deci-didas matérias relevantes para a vida de todos nós e devemos estar próximos e atentos para ajudar a desenvolver o nosso território.

Daqui a dois anos termina o seu mandato e não se poderá recandidatar.

Tenho muita pena de deixar de ser presidente da câmara de Vila Real de Santo António, mas a vida é como é e temos de cumprir as leis; é bom que haja rotatividade. Estou certo que alguém da equipa que eu trabalho irá ser candidato nas próximas eleições com tantas ou melhores qualidades que eu tenho e fará tão bem ou melhor do que eu.

Já há nomes para avan-çar…!?

Ainda é tão cedo para estar a avançar com nomes!... Estamos numa democracia. O partido na altura certa discutirá alguns nomes em cima da mesa, mas todos sabemos quem será um bom substituto; embora caiba ao partido decidir.

Vila Real de Santo António assinalou a 13 de maio o 241º aniversário da sua fun-dação com um programa que incluiu uma feira de época, um cortejo histórico, con-certos e um espetáculo de vídeo mapping que retrata a história da cidade e os seus locais e personalidades mais emblemáticos.

As celebrações inicia-ram-se no dia 9, com a aber-tura da Feira Histórica, às 10h00, na Praça Marquês de Pombal. Até 13 de maio, entre as 10h00 e as 23h00, a Praça recua à Idade das Luzes, com um conjunto de recriações de época.

No dia 13 de maio, feriado municipal, as celebrações houve lugar para a inau-guração do monumento em honra do Comandante Sérgio Batista, na Avenida das Comunidades Portugue-sas, às 9h30.

Às 10h30 teve início a Sessão Solene Comemora-tiva da Fundação de VRSA, no Centro Cultural António Aleixo.

Durante a cerimónia, foram distinguidas diver-sas personalidades de VRSA e entregues diplomas de mérito aos melhores alunos do concelho e aos funcioná-rios com 20 ou mais anos de serviço.

Também no dia 13, às 18h00, realizou-se o Cor-tejo Histórico e Etnográfico, cujo percurso, com início no Arquivo Histórico Munici-pal, percorrerá as principais ruas de VRSA e terminará na Praça Marquês de Pombal.

Ao serão, às 22h00, a Praça Marquês de Pombal recebeu um espetáculo de fado com Nádia Catarro, Neusa Brito e Renato Nené.

A programação do dia da cidade encerrou com uma projeção de Vídeo Mapping, no edifício da Alfândega (Avenida da República), entre as 22h00 e as 23h30.

No anterior Domingo havia-se realizado um encontro de bandas da orga-nização da Associação Cul-tural de VRSA.

Comunidade de VRSA festejou o Dia da Cidade

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DESENVOLVIMENTO

Durante 3 dias, de 15 a 17 de maio, o Azinhal recebeu milhares de visitan-tes à procura dos saberes e sabores mais genuínos da serra algarvia. A câmara municipal considerou, entre-tanto, que a grande afluência de vizi-nhos espanhóis no certame deve-se aos “bons resultados da cooperação entre os três municípios que cons-tituem a Eurocidade do Guadiana [Ayamonte, Vila Real de Santo Antó-nio e Castro Marim]”.Na abertura oficial, na tarde de dia 15, marcaram presença o diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Fernando Severino, o presi-dente, Francisco Amaral, e vereado-res da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra e Nuno Pereira, o presidente da Assembleia Municipal de Castro Marim, José Luís Domingos, os presidentes das juntas

de freguesia do Azinhal e de Ode-leite, António Martins e Valter Matias, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, o presidente da Junta de Freguesia de Alcoutim, João Simões, e repre-sentantes da ANCCRAL (Associação Nacional de Criadores de Caprinos de Raça Algarvia). “Promover a Cabra de Raça Algarvia é o mote deste evento, que tem vindo a crescer e a conquistar espaço no calendário de programação cultu-ral do Algarve e agora também na andaluza. O objetivo do certame é promover produtos locais e regionais resultantes das atividades ligadas à agricultura e à criação de gado, bem como as próprias atividades em si, e aumentar o volume de vendas atra-vés da comercialização direta”, diz a autarquia em comunicado.

O Concurso da Cabra de Raça Algar-via animou mais uma vez o certame da Terra de Maio. A competição, que escolhe os melhores exemplares da Cabra de Raça Algarvia, contou com a participação de 11 produtores do território do Baixo Guadiana, num total de 55 animais. A entrega de prémios decorreu no domingo. A Cabra de Raça Algarvia é um animal corpulento, que atinge cerca de 50kg em adulto. Com pelo curto, branco e com malhas castanhas de várias tonalidades, a cabra algarvia resulta de um cruzamento entre a cabra charnequeira do Algarve com a cabra marroquina (no séc. XIX) e do cruzamento posterior com a cabra alpina espanhola (no início do séc. XX). O número de efetivos da cabra de raça algarvia está em crescimento no concelho de Castro

Marim. Além de ser rentável em termos de produção de carne, a cabra algarvia tem um excelente potencial leiteiro, permitindo não só a comercialização do mesmo, mas também a produção de derivados. O queijo desta cabra é um produto muito procurado e reconhecido pela elevada qualidade e características organoléticas singulares, sendo já vendido em grandes superfícies comerciais e servido nos restaurantes da região. O Concurso da Cabra de Raça Algarvia foi uma organização da Associação Nacional dos Criado-res de Caprinos de Raça Algarvia (ANCCRAL) em colaboração com o Município de Castro Marim.Nesta edição da Terra de Maio, des-taque também para a inauguração da exposição “Passeio Fotográfico pela Nossa Serra”, do Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim, para a apresentação do Guia de Vinhos do Algarve e, no âmbito da gastronomia, para os “Laboratórios de Gostos”, com conceituados chefs de cozinha e pratos inspirados em produtos da serra algarvia. A gastronomia local

também se fez representar nas tasqui-nhas, com deliciosas tapas e pratos típicos da região Baixo Guadiana. Artesanato, folclore e música popu-lar e tradicional, workshops, exposi-ções de animais, exposição de cabras anãs, entre muitas outras atividades, fizeram mais uma edição da Terra de Maio, que, de ano para ano, aumenta o número de visitantes e colaboradores. Nesta edição foram ainda convidados DJ’s para encerrar as noites de sexta e sábado, inova-ção que aproximou mais jovens do certame. A Terra de Maio foi uma organi-zação da Câmara Municipal de Castro Marim e Junta de Freguesia de Azinhal e teve a colaboração da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP), da Região de Turismo do Algarve (RTA), da Associação Nacional de Criado-res de Caprinos de Raça Algarvia (ANCCRAL), Confraria de Enófilos e Gastrónomos do Algarve, Tertúlia Algarvia, Gran Plaza Tavira, Euroci-dade do Guadiana, Qualifica, Asso-ciação Odiana e Associação Terras do Baixo Guadiana.

Teve lugar entre 15 e 17 mais uma edição da «Terra de Maio». O certame decorre anualmente no centro multiusos do Azinhal e em cada edição transporte até esta sede de freguesia os saberes e sabores do Baixo Guadiana, sendo que aqui é rainha a cabra de raça algarvia.

Terra de Maio afirma-se ano após ano

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POLÍTICA

Pedro Pires foi reeleito presidente do PSD em VRSA

Partido «Livre/Tempo de Avançar» esteve em VRSA e deu a conhecer o projecto que se assume como uma «candidatura cidadã»

JBG: Depois de uma reeleição que balanço pode fazer do mandato anterior?

Pedro Pires: Posso definir o man-dato anterior como de consolidação. Era necessário que o partido se entro-sasse com o tecido sócio-económico-cultural do nosso concelho. Assim, fomos paulatinamente reunindo com as Juntas de Freguesia, com os clubes e associações desportivas, recreativas, religiosas e culturais, com empresá-rios da restauração, do comércio e da hotelaria e, finalmente, reunimos com o executivo camarário a quem transmitimos todas as preocupações e anseios recolhidos.

Foi um mandato muito enriquece-dor pela qualidade dos contributos recebidos, pela maneira amistosa e cordata como fomos recebidos e também pela profundidade que alguns dos intervenientes trouxeram a diálogo.

De resto, sempre procurámos prestar contas das nossas ativida-des e muitas foram as iniciativas que levámos a cabo para construir uma verdadeira política de proxi-midade, envolvendo os militantes, simpatizantes e a sociedade civil no crescimento de VRSA. Disso são exemplo as jornadas participativas e as «Jornadas 20-30» que reuniram centenas de pessoas para debater as

Ana Drago esteve em Vila Real de Santo António a 23 de Maio para debater com os cidadãos a situação económica e social do País e a Candida-tura Cidadã Livre/Tempo de Avançar. Desde logo este foi um encontro que contou com muito pouca adesão dos cidadãos. Aliás, Ana Drago, no seu discurso em VRSA, reconheceu que esta é “uma estrutura frágil em que cada um tem de retirar do seu pouco tempo livre e de família para levar a cabo acções de esclarecimento aos cidadãos”. Mas esta é a “forma mais acertada de dar a conhecer a candida-tura” também defendeu Ana Drago que está convicta que este projecto “só se desenvolverá através da proximidade com as pessoas”. Ana Drago lembrou a Convenção realizada a 31 de Janeiro e onde foram aprovados os estatutos que contou com a presença de 700 pessoas o que “sem dúvida representa um reconhecimento do nosso traba-lho”, afirmou.

Questões como a TSU, o endivida-

melhores soluções para o futuro de VRSA.

JBG: E que perspetivas para este mandato?

PP: As perspetivas para este mandato são de mais trabalho e de maior responsabilidade ainda. Todos temos consciência que vamos entrar num período elei-toral de extrema impor-tância para o nosso país, com inegáveis reflexos no nosso concelho.

Se pensarmos que os partidos da oposição não têm uma ideia para o concelho, se pensar-mos que defendem uma política de pão para hoje e de fome para amanhã, concluiremos que os olhos da população, na sua generalidade, centram-se na nossa maneira de ser e de estar na política.

E não podemos desi-ludir todas as pessoas que sucessivamente tem visto em nós o porta-voz dos seus anseios, o ombro amigo com quem têm vencido as dificuldades da vida. Trabalhar em prol de toda

mento das pessoas, a carga fiscal, a Banca, Trabalho e Precariedade e a Segurança Social são “temas pouco discutidos na política em Portugal e que deveriam unir os partidos com o objetivo de resolver os problemas dos portugue-ses”. Ana Drago lembrou que o «Livre» tentou um diálogo com os outros partidos, mas sem sucesso, defendendo que estas “são questões prioritárias em Portugal”.

Movimento inovador na política nacional

O Partido Livre/Tempo de Avançar mostra-se como um projeto inovador por apresentar eleições pri-márias. Ana Drago lamen-tou, no entanto, em VRSA o “boicote informativo que tem havido na comunica-ção social” e por isso “tem de ser ainda maior o esforço de estar

uma população é difícil, manter o grau de confiança que se estabeleceu connosco torna esta nossa atividade ainda mais complexa. Estamos aqui

para servir o povo na sua totalidade e tudo faremos para continuar a mere-cer a confiança que depositaram con-secutivamente no nosso projeto.

nas ruas”. “As eleições primárias visam defi-

nir a composição e a ordenação das

listas de candidatos a deputados a

JBG: Qual o papel do PSD no concelho de VRSA?

PP: Com o desaparecimento dos conceitos tradicionais de esquerda e

direita emergem conceitos caídos em desuso como os de progressismo e humanismo e bandeiras como as da fraternidade e solidariedade.

E é aqui que o PSD se move, nomeadamente no concelho de Vila Real de Santo António. E isto não é mais que a resolução concreta dos problemas concretos da população, procu-rando os mais amplos consensos na nossa sociedade, de modo a que ninguém se sinta excluído ou margina-lizado, dando voz a quem tanto lutou pela sua terra, mas que por circunstâncias várias se viu afetado pela crise que se abateu entre nós. É este o nosso papel: o de dar voz à vontade

popular.PSD: E quais as priorida-

des do partido no concelho pombalino?

apresentar pela candidatura cidadã LIVRE/Tempo de Avançar, às eleições para a Assembleia da República de

2015, tendo como finali-dade seleccionar, entre os seus apoiantes, aqueles que melhor defendam as suas orientações políticas junto do eleitorado nacio-nal e, como resultado das eleições, aqueles que, na Assembleia da República, melhor representem o movimento na defesa das suas bases programáticas”. O partido Livre/Tempo de Avançar lembrou que “o modelo de eleições pri-márias definido no regu-lamento visa granjear uma ampla participação de subscritores e apoian-tes da candidatura, sendo subordinado aos princí-pios gerais de democrati-cidade e de igualdade de tratamento entre todos os candidatos”.

Histórico comunista faz

PP: As prioridades do PSD no nosso concelho são claras: sermos os representantes inequívocos dos mais profundos anseios da popu-lação, proporcionando bens essen-ciais como trabalho, habitação, saúde e cultura, tudo no mais transparente exercício do poder. E jamais regatearemos esforços para atingirmos tais objetivos.

Depois, queremos colocar em prática os contributos recolhidos nas «Jornadas 20-30», estabele-cendo um trabalho de parceria com o executivo da Câmara Muni-cipal e Assembleia Municipal de VRSA, Juntas de Freguesia, clubes e associações do concelho. Tudo isto sem esquecer o diálogo com a JSD VRSA e a Comissão Política Distrital do PSD Algarve.

Na mesma linha, procuraremos contribuir para o crescimento do número de militantes e simpati-zantes do PSD VRSA, mantendo o partido aberto à participação de todos, com uma dinâmica de pluralidade.

Disso será o exemplo o novo website da Comissão Política de Secção do PSD VRSA, que se encontra neste momento em fase de conclusão, ou o nosso reiterado apoio aos grandes momentos do partido, como a Festa do Pontal.

uma vez mais história

Carlos Brito, histórico comunista que deixou o PCP por divergências e que ajudou a fundar a Associação Renova-ção Comunista está ao lado do Livre, uma vez que a Associação de que é presidente do Conselho Nacional, se uniu a este novo partido. Na reunião em VRSA Carlos Brito lembrou que é preciso “correr contra o tempo” nesta caminhada que se aproxima das elei-ções, lembrando que “há um número já interessante de candidaturas distri-tais para as eleições primárias”. Carlos Brito disse que “é determinante dia-logar com o PS e que o LIVRE apenas terá de assumir aquilo que estiver na base do acordo que fizer com os socialistas.

As prioridades do Algarve

Do encontro em VRSA saíram as linhas prioritárias de trabalho do Livre para Agenda Algarve. Entre elas estão a Sáude, Exploração Petrolífera na Costa Algarvia, Vias de Comunicação, Transportes Públicos, Desertificação da Serra e Regionalização.

Pedro Pires foi reeleito presidente da concelhia social-democrata em Vila Real de Santo António. Mostra-se empenhado em mobilizar cada vez mais militantes para a concelhia laranja pombalina.

Ana Drago, ex-Bloco de Esquerda, dá a cara pela candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar que se assume como um projeto inovador.

Pedro Pires foi reeleito pelos militantes e defende maior proximidade à população

Ana Drago defende que Livre deve estar nas ruas

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DESENVOLVIMENTO

Mortes na EN125 aumentam em 50%

Plataforma contra o Petróleo mobiliza cidadãos com debate depois de várias acções nas ruas

Campanha «Tampinha só com garrafinha»

De acordo com a Autoridade Nacio-nal de Segurança Rodoviária “nos últimos 12 meses, entre 8 de maio de 2014 e 7 de maio de 2015, morre-ram no Algarve 30 pessoas (mais de 2 por mês), a maioria na EN 125, o que representa um aumento de 50% em relação aos 12 meses anteriores, com 20 mortes; entre 1 de janeiro e 7 de maio de 2015 verificaram-se 11 mortes contra 10 no mesmo período do ano passado, 50 feridos graves contra 44 em 2014, enquanto os acidentes de viação somaram 2651 quando em 2014 atingiram 2399, ou seja, mais 252 acidentes do que no mesmo período do ano anterior. O distrito de Faro figura no topo da sinistralidade a nível nacional, com uma média anual de 30 mortos e 150 feridos graves e a aumentar cada vez mais; na região ocorre uma média de 23 acidentes por dia, ou seja, quase 700 acidentes por mês. “Um verdadeiro estado de guerra permanente no Algarve”, diz em comunicado a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI).

No final do passado mês de março o movimento social Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), criado na sequência da iniciativa de um conjunto de cidadãos e entidades da região do Algarve, deu-se a conhecer, formalmente, aos orgãos de comuni-cação social regionais e nacionais. Na sequência da sua última reunião, em Faro, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) decidiu escrever uma carta aberta aos por-tugueses com o objectivo de alertar a população do Algarve e de Portugal para a importância desta se mobilizar contra a exploração de Petróleo e Gás Natural na costa algarvia. Para além do risco dos impactos negativos no ambiente, no turismo e na vida das populações que residem na região do Algarve, esta Plataforma alerta também para a quase ausência de contrapartidas económicas e financeiras para o Estado Português que deixa nas mãos da empresa privada de exploração petrolífera o lucro e nas mãos dos cidadãos portugueses os riscos e os custos de tão ruinoso contrato e desta péssima decisão política.

A ALGAR, S.A., com o apoio da Sociedade Ponto Verde, lançou uma nova campanha de sensibilização a que deu o nome «Tampinha só com garrafinha». A partir de 1 de junho, garrafas e garrafões de plás-tico com a tampa colocados no eco-ponto amarelo, contribuem para a aquisição de Material Ortopédico e Terapias Associadas. Por cada tone-lada destas embalagens recicláveis, 20€ revertem a favor da campanha. Para colaborar, basta esvaziar as garrafas e os garrafões de plástico, espalmá-los, colocar-lhes a tampa e depositá-los no ecoponto amarelo. Toda a informação sobre esta cam-

“Passados quase três anos e meio sobre a introdução das portagens na Via do Infante, pelo governo, a 8 de Dezembro de 2011, os resulta-dos desta medida trágica e injusta estão à vista de todos, com destaque para o aumento da sinistralidade na EN 125, uma muito perigosa “rua urbana” e que, de novo, se transfor-mou na “estrada da morte” de má memória”. Neste mesmo comuni-cado a CUVI .

Reunidos em Almancil, zona onde o final de maio foi pródigo em acidentes na EN125, os utentes da Via do Infante e outros cidadãos aprovaram, entre outros, “exigir ao Governo que proceda à suspensão imediata da cobrança de porta-gens na Via do Infante”, “exigir a requalificação imediata e total da EN 125” e apelou “à AMAL, autar-cas, associações empresariais, sin-dicais, cívicas e outras forças vivas do Algarve, para que, num ambiente de um grande consenso regional, constituam e reforcem uma ampla plataforma da sociedade civil do

Entretanto, organizou a 30 de Maio o 1º Encontro Público - Algarve Livre de Petróleo, com a participação de repre-sentantes da Quercus, da Almargem, da Liga Para a Protecção da Natureza, do Movimento Algarve Livre de Petró-leo, da Glocal Faro, da Sociedade Portuguesa Para o Estudo das Aves, da Peace and Art Society e da New Loops.

Este encontro pretendeu discutir as possíveis consequências da explo-ração de petróleo e gás natural na região do Algarve.

panha poderá ser consultada no site da ALGAR (www.algar.com.pt.).

Quanto mais garrafas e garrafões com a tampa colocar no ecoponto amarelo, mais pessoas poderemos ajudar.

De acordo com a ALGAR “esta ini-ciativa surge após se verificar que cada vez mais as pessoas separam as tampinhas das respetivas garrafas e garrafões, no entanto estas nem sempre são colocadas no ecoponto e acabam por ter como destino o aterro sanitário, não sendo por isso material reaproveitado para a reci-clagem. Dai a campanha chamar-se “Tampinha só com garrafinha”.

Algarve pela suspensão imediata das portagens”. Esta moção foi enviada Primeiro Ministro, ao Ministro da Economia, ao Presidente da República, ao Secretário – Geral do Partido Socialista, ao Presidente da AMAL, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República e a outras entidades do Algarve.

A Comissão de Utentes da Via do Infante enviou moção para travar as porta-gens na Via do Infante

Nova campanha está a ser divulgada desde Maio

Plataforma tem cada vez mais apoiantes no Algarve. Cidadãos de várias áreas.

A Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar marcou presença nas comemorações do Dia da Europa a 7 e 8 de maio de 2015, com o apoio da CCDR Algarve, através do Centro Europe Direct do Algarve, numa iniciativa que decorreu no concelho de Por-timão, uma iniciativa do Agrupamento de Escolas da Bemposta.

“Dia da Europa Solidária” foi o tema esco-lhido para as comemorações, que tiveram início no dia 7 de maio pelas 10h20, com a gravação de um vídeo da construção de uma moldura humana do lema: “POR UMA UE SOLIDÁRIA” e da bandeira da EU. Par-ticiparam cerca de 700 alunos do 2.º e 3.º ciclos da Bemposta e da EB 2,3 D. João II – Alvor. Um grupo de alunos do ensino inte-grado de música cantou o Hino da Europa com o Coro de Idosos do Centro de Convívio da Aldeia das Sobreiras.

Pelas 14h30, decorreu a Sessão Come-morativa do Dia da Europa “O Papel da Europa na manutenção da paz” com a pre-sença Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar, representantes político-partidários e da sociedade civil. A Esta sessão foi aberta a toda a comunidade educativa. O Agru-pamento, o Rotary Club e a organização intermediária M.A.E. apresentaram projetos solidários em curso. As turmas de artes deste Agrupamento introduziram a sessão com a performance “a Europa e a Paz”, apoiada pelo Espaço Europa da Representação da Comissão Europeia em Lisboa.

As atividades tiveram uma vertente soli-dária no âmbito do projeto Rede de Escolas Associadas da UNESCO, que procura ir ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

Simultaneamente às comemorações do Dia da Europa em Portimão, decorreu na baixa da cidade de Faro o Concurso de Mon-tras da Europa, que teve lugar entre os dias 4 a 9 de Maio, iniciativa do Centro Europe Direct e organizado pela ACRAL https://www.facebook.com/ACRAL

O Dia da Europa assinala-se desde 1985 no dia 9 de maio, por decisão dos chefes de Estado e de Governo europeus, em memó-ria da data em que é preferida a Declaração Schuman. No dia 9 de Maio comemora-se a paz e a unidade no continente europeu e promovem-se atividades que aproximam a Europa dos cidadãos e os povos europeus entre si. Para mais informações sobre o dia da Europa

objetivo é facilitar a cooperação entre autoridades consulares e reforçar o direito dos cidadãos europeus a proteção consular.

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do AlgarvePraça da Liberdade, 2, 8000-164 Faro

(+351) 289 895 272 [email protected]

http://europedirect.ccdr-alg.pt

«Perto daEuropa»

“Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar no Dia da Europa no Algarve”

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CULTURA

Biblioteca Municipal de Castro Marim recebeu apresentação da Revista nº 18 “O Pelourinho”

Platibandas – Uma dimensão do Algarve

VRSA entrega maior prémio literário de ensaio histórico do país

Na senda das III Jornadas de Valorização do Património Aba-luartado da Raia Transfronteiriça, que decorreram em Castro Marim em setembro de 2014, foram ontem apresentadas as atas que resultaram das conferências dos especialistas da área e que constituem agora a publicação nº 18 da revista “O Pelourinho” (boletim de Relações Transfronteiriças da Diputación de Badajoz, onde se procura desenvolver e aprofundar o estudo referente ao património abaluartado situado na zona de fronteira entre Por-tugal e Espanha).

A revista nº 18 “O Pelourinho” apresenta assim diferentes temas

relacionados com o património existente na zona de fronteira, com especial destaque ao território da Eurocidade do Guadiana. Foi distribuído um exemplar da revista a todos os presentes.

Na mesa de apresentação estiveram o diretor da Revista “O Pelourinho”, Moisés Cayetano Rosado, o arquiteto Guillermo Duclos Bautista, responsável pelo artigo “La Fortificación de la Raya Sur Peninsular”, a historiadora Natércia Magalhães, na publicação com o artigo “A Arquitetura Militar no Algarve, Um Património em Busca de Valorização”, e a vice-presidente e vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra.

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António entregou o «Prémio Nacional de Ensaio Histórico António Rosa Mendes», no valor de 10 mil euros, com o objetivo de promover a investigação e a literatura sobre história no nosso país.

Daniel Norte Giebels, autor do traba-lho «D. João de Melo e Castro», e Marco Sousa Santos, autor da obra «A repre-sentação da honra feminina no Algarve na Época Moderna: o recolhimento de S. João Baptista de Tavira», foram os vencedores desta primeira edição do prémio, que será repartido pelos dois concorrentes.

Este concurso, lançado no âmbito da homenagem da autarquia de VRSA e da academia algarvia ao ilustre vila-realense António Rosa Mendes, falecido em 2013, destinou-se a galardoar o melhor ensaio histórico inédito na modalidade, com tema livre, mas circunscrito ao período da Idade Moderna.

A escolha da data de 21 de maio para a entrega do prémio foi propositada, já que neste dia António Rosa Mendes com-pletaria 61 anos.

Ainda no âmbito desta primeira edição,

Decorreu a 8 de Maio na Casa do Sal, em Castro Marim, a inauguração da exposi-ção de fotografia «Algarve – Desvelando Vívidas Imagens de uma Plasmada Região na Monocultura do Turismo», por Filipe da Palma, em conjunto com a apresentação do livro «Algarve em 3D», de Jacinto Palma Dias. “Um público inte-ressado acolheu este evento, com a pre-sença dos criadores e da vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra”, Lê-se em comunicado da organização.

Os trabalhos dos dois autores encontram-se na arquitetura popular do Algarve, nos pormenores das pla-tibandas, chaminés, terraços, portas coloridas, janelas simples e exuberantes, numa associação de linguagens que quer resgatar a identidade da região, ofuscada pelo turismo de massas de sol e praia que se associa agora à história do sul.

Dentro de expositores de vidro, cobertos por areia da praia, as foto-grafias revelaram aos visitantes um património arquitetónico esquecido, cuja memória nos é também trazida pelas palavras de Jacinto Palma Dias na apresentação do seu livro “Algarve em

3D”. “Entre 1900 e 1930 a arquitetura algarvia manifestou-se num movimento de alegria e entusiasmo, proveniente do desenvolvimento económico trazido pela criação do caminho-de-ferro para o Algarve [1906]”, relata o escritor, acrescentando que a região sofreu uma “revolução” hortofrutícola que fornecia Lisboa com quase um mês de antece-dência em relação a outros produtores. Com a I Guerra Mundial (1914-1918), a indústria conserveira algarvia cresce

a olhos vistos e a riqueza trazida pela exportação de conservas espelha-se na construção das casas algarvias, extro-vertidas e ricas em detalhes arquite-tónicos. Mas este “boom” económico trazia no entanto uma contrapartida, a dependência dos ciclos económicos mundiais e com a Grande Depressão, em 1929, a prosperidade algarvia foi ao fundo. E foi assim, “vazio, morto”, nas palavras de Jacinto Palma Dias, que o turismo encontrou a região

na década de 60. “Não tenho nada contra o turismo de sol e praia, só acho que é preciso abrir outras jane-las”, refere também o escritor. Sobre o mesmo, Filipe da Palma salienta “este turismo de massas está a apagar o pouco que ainda resiste, estas imagens da exposição estão a desaparecer dia a dia”.

Filipe da Palma estudou foto-grafia no AR.CO (Centro de Arte & Comunicação Visual) e traba-lha atualmente como fotógrafo na Câmara Municipal de Portimão. O seu trabalho de recolha fotográfica do património no Algarve nos últi-mos vinte anos é um registo valioso da diversidade e riqueza cultural da região.

Jacinto Palma Dias, natural de Castro Marim, é licenciado em História pela Universidade de Paris VIII, mas conhecido como pioneiro da agricultura biológica no Algarve e produtor de flor de sal.

o júri deliberou atribuir menções hon-rosas às obras «Idade moderna: (Des)concerto do Mundo», de Leonor Taborda, e «Um ensaio sobre a virtude», de Ale-xandre Honrado.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, «este con-curso, inédito no país, honra o nome e o legado de António Rosa Mendes e faz do município uma referência nacional ao nível do impulsionamento da cultura e da investigação histórica».

Do painel de jurados fizeram parte os seguintes elementos: Prof. Doutor Joaquim Romero de Magalhães (Uni-versidade de Coimbra); Prof. Doutor José Esteves Pereira (Universidade Nova de Lisboa); Prof. Doutor José Eduardo Horta Correia (Universidade do Algarve); Prof. Doutor Luís Filipe Oliveira (Universidade do Algarve); e Arq. José Carlos Barros (Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António).

Natural de VRSA, António Rosa Mendes foi um professor emérito, res-peitado e admirado por alunos e colegas e por toda a comunidade das suas relações, tendo contribuído para impulsionar a

investigação científica em torno da História do Algarve.Foi, durante a sua vida, reconhecido publicamente como um homem íntegro,

culto, humanista, desprendido, humilde, com caráter, princípios e coragem cívica, tendo as raízes algarvias marcado toda a sua intervenção académica, social e política.

Para homenagear este eminente vulto da cultura algarvia, a autarquia de VRSA irá também editar duas obras literárias sobre a vida e obra de António Rosa Mendes: uma primeira denominada «Subsídios para a Monografia de António Rosa Mendes» e uma segunda denominada «Biografia de António Rosa Mendes».

Em cima Daniel Giebels e em baixo Marco Santos vencedores do prémio

Filomena Sintra, ladeada à esquerda por Jacinto da Palma Dias e direita por Filipe da Palma

Luís Leite – Nomeado alcaide de Arenilha há

460 anos

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Já aqui referimos António Leite, alcaide de Arenilha por nomeação do rei D. João III, em Agosto de 1542. Porém, é claro que este não foi o único alcaide desta antiga vila piscatória. Não sabemos exactamente quando morreu António Leite, mas calculamos que terá sido algures entre 1554, ano em que ainda foi referido como Senhor de Arenilha nas Visitações da Ordem de Santiago, e 1555, ano em que a alcaidaria passou para o seu filho Luís Leite, ou seja: há exactamente 460 anos. O certo é que depois da morte de António Leite, a sucessão do senhorio foi alvo de disputa entre Jerónimo de Melo, fidalgo da Casa Real e alcaide-mor de Castro Marim, e Luís Leite, frei da Ordem de Cristo e filho de António Leite. A questão acabou por se resolver porque entretanto morreu Jerónimo de Melo, acabando o título por recair no filho do anterior alcaide, em 1555. Resta-nos indagar as razões para tal contenda. Não era Arenilha uma “vileta pequena (…) nem ela nem seu termo têm que lhe façamos mais larga memória”? Sim, de facto! Mas temos que ter em consideração que Santo António de Arenilha e Castro Marim eram as duas únicas Comendas da Ordem de Cristo do Algarve, ou seja; o Senhorio das ditas alcaidarias eram motivo de honra e prestígio social numa sociedade ainda bastante influenciada pelas antigas tradições medievo-feudais.

Mas perguntemo-nos: quem é este Luís Leite, Senhor de Arenilha? Terá a sua nomeação seguido o mesmo critério aplicado no caso de António Leite? Ou tratar-se-á de uma nomeação que seguiu o simples princípio da hereditariedade? Com efeito, o princípio da hereditariedade parece estar presente num documento publicado por Hugo Cavaco, em 1995, e que refere “a dita alcaidaria mor da quoal lhe asi fis merce em vida delle ditto Antonio Leite e de hum seu filho maior barão lidimo que ao tempo de seu falecimento”. Contudo, e ainda que o factor hereditário fosse muitas vezes determinante na atribuição de mercês, não devemos descartar outras razões que poderiam influenciar as decisões dos monarcas. Vejamos; é o próprio António Leite que, ainda como capitão de Azamor, em Março de 1541, refere ter um filho a servir em Mazagão, com Baltasar Rodrigues (Carta de António Leite a D. João III, em Março de 1541. Documento publicado in Les Sources Inédites de l’histoire du Maroc, Vol. III, doc. LXXXVIII, pp.313-317). Tudo indica, portanto, que se trataria de Luís Leite, filho legítimo do anterior Senhor de Arenilha, cavaleiro da Ordem de Cristo e homem experimentado no combate contra o mouro, tal como fora o seu pai. Assim sendo, o candidato natural para suceder o anterior alcaide na defesa da margem portuguesa do Guadiana. De resto, é Luís Leite que detém o título aquando da visita de D. Sebastião, em 1574, passando-se o mesmo quando Frei João de São José se refere a Arenilha, em 1577: “É senhor dela, ao presente, Luís Leite, filho de António Leite”.

Fernando PessanhaHistoriador

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

AGENDA

A G E N D ACasa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)

Exposição “Minha Fukushima”8 de maio a 19 de junhoMega mostra internacional com obras de cerca de 70 artistas de todo o mundo inspiradas no livro “My Fukushima”, do poeta japonês Taro Aizu.Local: nas sedes de freguesia e em Sanlúcar de Guadiana (Espanha)

Teatro Revista à Portuguesa “Mau Tempo no Sapal”6 junhoO Grupo de Teatro Amador do CCD (Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim) vai apresentar em Martin Longo a peça “Mau Tempo no Sapal”. 21h00 / Salão da Junta de Freguesia Martim Longo

Castro Marim

06 de junho | Comemorações do Dia Mundial do Ambiente – Limpeza de Praia Praia de Altura / 0h30

8 de maio a 30 de junho| Exposição de Fotografia por Filipe Palma “Algarve – Desvelando Vívidas Imagens de uma Plasmada Região na Monocultura do Turismo”Casa do Sal – Castro Marim

10 de junho | XXII Grande Prémio “Memorial Adílio Gomes” | Comemorações do Aniversário do Clube Recreativo Alturense Clube Recreativo Alturense (sede) 09h00

11 de junho | Comemoração do aniversário da Junta de Freguesia de Altura

De 12 a 30 de junho | Festa da Cataplana Concelho de Castro Marim

De 12 a 14 de junho| Feira de Artesanato e Festas em Honra do Imaculado Coração de Maria Altura / 19h00 – 00h00

14 de junho | VI Passeio BTT “Trilhos do Azinhal”

21 de junho | IX Concurso Internacional de Pesca Desportiva no Rio Guadiana 23 de junho | Arraial de S. João (Santos Populares)

Praça 1º de Maio – Castro Marim 21h30

24 de junho | Comemorações do Dia do Município Castro Marim

SANTOS POPULARES

06 de junhoMonte Francisco (sede do Campensino R.F. Clube)

09 de junho Rio Seco (sede do Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco)

12 de junhoJunqueira (Polidesportivo)

13 de junho Alta Mora (sede da ARCDAA)

19 de junhoCastro Marim (junto à sede da Banda Musical Castromarinense)

Azinhal (Largo de Santa Bárbara)

20 de junhoJunqueira (Polidesportivo)

Odeleite (Largo 25 de Abril)

Monte Francisco (sede do Campesino R.F. Clube)

Barrocal (Escola)

26 de junhoJunqueira (polidesportivo)

Altura (Associação Amendoeiras em Flor, antiga Escola Primária)

27 de junhoFunchosa de Cima

VRSA

Arquivo Entre Histórias «Ânforas Romanas no Arquivo António Rosa Mendes» pelo arqueólogo Marcelo Jerónimo25 junho / 18h00Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes

10 junho > Barcos do Algarve um Litoral em MudançaPraia de Monte Gordo/ Praia da Lota Documentário de Sofia Trincão e Óscar Clemente

17 junho > O Labirinto do AtumDocumentário de João Romão e Vico

Ughetto

I Concurso de Leitura do Baixo Guadiana9 junho / 10h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Apresentação do livro «Memória dos sabores do Mediterrâneo»coordenação de Susana Gómez Martínez11 junho / 18h00 / Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Exposição «As casas dos nossos avós»1 > 15 junho Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

«José Saramago: os nomes da arquitetura»Conferência sobre pensamento arquitetónico na obra literária de José Saramago por José Juaquín Parra Bañón, professor catedrático da Universidade de Sevilha e arquiteto5 junho / 18h00Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Tertúlia no Baixo GuadianaTema: A terapia da fala18 junho / 17h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas

III Encontro Internacional de Colecionismo6 junho / Centro Cultural António Aleixo

Espetáculo Pluridisciplinar da Escola Secundária12 junho / 21h30Centro Cultural António Aleixo

Exposição dos trabalhos dos alunos da Universidade dos Tempos Livres - UTL19 junho > 4 julhoCentro Cultural António Aleixo

Exposição «BIOCOS»De Joana Brandeira4 junho > 12 julhoCIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita

PASSEIOS

Passos Contados - «Biodiversidade nas hortas. Sementes e sazonalidade»*7 junho / 9h30 Santa Rita

Open Juvenil Fundação da Cidade 13 e 14 junhoClube ténis | Complexo Desportivo VRSA

VI Campus de Guarda-Redes 201514 > 20 junhoComplexo Desportivo de Vila Real de Santo

António

VI Clinic de Treinadores de Guarda-Redes 201515 > 19 junhoComplexo Desportivo de Vila Real de Santo António

III Edição - A Copa do Guadiana19 > 27 junhoComplexo Desportivo de Vila Real de Santo António

Torneio Bom Petisco - O mundo do Tunas 25 > 28 junhoClube ténis | Complexo Desportivo

Programa ANDA +Projeto de combate à obesidade infantil terças e quintas-feiras18h00 > 19h30Complexo Desportivo

Prevenção e Revisão Médica Básica para as Crianças da Eurocidade do Guadianaabril > junho16h00 > 18h00Escolas Concelho

III Feira Internacional de Floricultura e Artesanato de VRSA6 e 7 junho / 10h00 > 20h00Praça Marquês de Pombal

Mercadinho da Vila27 junho9h00 > 17h00Parque Estacionamento CCCA

Mercadinho de Verão21 junho / 17h00 > 23h00Cacela Velha

Espetáculo «Kings & Queens»7, 13, 14, 21 e 28 junho22h30Casino de Monte Gordo

Cinema em VRSA - «O pequeno Quinquin» De Bruno DumontData: 12 junho / 21h30Sala do Glória Futebol Clube

Encontro de Cultura Cubana18 > 20 junhoVila Real de Santo António

Exposição de Automóveis Antigos 28 junho / 10h00 > 13h00Praça Marquês de Pombal

Santos Populares 201512 a 29 junho / 21h30marginal Monte GordoSantos Populares 201512 a 28 junho / 21h00 > 1h00 / VRSA

Alcoutim

30ª Feira de Artesanato e Etnografia de Alcoutim - 13 e 14 de junho16h00 Praia Fluvial de Alcoutim

Feira do Corpo de Deus 4 de junho Martim Longo

Mercado do Pereiro28 de junho (domingo)Largo da Igreja - Pereiro

Feira de São Pedro29 de Junho Vaqueiros

III Concurso de Fotografia1 de abril a 15 de junhoFarelos

Dia da Criança1 de junhoAtividades lúdicas e desportivas com as crianças a frequentar as escolas e infantários do concelho

Sardinhada de São João27 de junho / 12h00 Parque de Merendas do Pereiro

Marchas Populares27 de junho21h30Largo central do Pereiro

Marchas Populares S. Pedro27 de junhoVaqueiros – Clube Desportivo

Santos Populares27 de junho21h30Farelos e Giões

Festival de Natação Infantários11 de junho18h00 Martim Longo

Torneio de Futsal 7 – Benjamins14 JunhoAlcoutim - campo de relva sintética

Encerramento das Atividades Seniores9 de junho

Férias desportivas15 de junho a 7 de agosto

Exposição da Universidade Sénior de Alcoutim2 a 30 de Junho

POR CÁ ACONTECE

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 21

CULTURA

Splash realizou festival internacional de dança «Arte sem Fronteiras»

Concerto de Acordeão em Altura assinalou Dia Mundial do Acordeão

Casa dos Condes acolheu concerto de guitarras

A companhia de dança Splash levou a cabo mais uma edição do Festival de Dança «Arte sem Fron-teiras». Com uma companhia da Ucrânia como convidada este foi um festival que esteve em dois dias seguidos em dois palcos diferentes:

A Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve – organi-zou um concerto de Acordeão com Silvino Campos, Fernando Inês, Hugo Madeira e Sérgio Concei-ção, inserido nas comemorações do Dia Mundial do Acordeã, a 6 de maio. Com sala cheia, o Cine Estúdio Alagoa, em Altura, acolheu um público animado e entusiasta da musicalidade do acordeão.

A comemoração do Dia Mundial do Acordeão é promovida em todo o mundo pela Confédération Inter-nationale des Accordéonistes (CIA) Membro Oficial Internacional Music Council da UNESCO (IMC) e (NGO)

No passado dia 23 de Maio a biblioteca municipal de Alcoutim, conhecida como «Casa dos Condes, acolheu um concerto de guitarras. O espetáculo foi levado a cabo pelos alunos da Associação de Guitarras do Algarve –A.G.A. De referir que esta associação tem pólos neste concelho nas localidades de Martinlongo e Alcoutim.

Castro Marim e Vila Real de Santo António. A 9 e 10 de Maio aconte-ceu magia nas duas localidades que contaram com um público bastante entusiasmado por ver brilhar em palco dezenas de bailarinos «Estiveram em palco neste Festi-

e celebra a data em que foi apresen-tada a patente do acordeão, 6 de Maio de 1829 em Viena – Áustria, por Cyrill Demian.

Este concerto esteve enqua-drado no plano de eventos das comemorações do Dia Mundial do Acordeão, organizado pela Mito Algarvio, que decorreu entre Castro Marim e Silves.

Em Castro Marim, a 8 de Maio, foi exibido o filme «Quem manda aqui sou eu», seguido de um concerto de acordeão por Sérgio Conceição e Silvino Campos, a partir das 21h, na sede ARCA, no Azinhal.

val, diferentes culturas e diversos grupos nacionais e estrangeiros num conjunto de coreografias únicas, que espelham as suas tradições e valores. Em palco estiveram vários estilos, a saber, hip-hop, contemporâneo, danças de salão,

dança latina, danças tradicionais e sapateado, pelas Escola “Klas-sic” (Lisboa), Academia “Langa” (Málaga), Companhia de Dança “Idade de Ouro” (Vila Real de St. António), Companhia de Dança “Splash” (Vila Real de St.

António), Companhia de Dança “Konvalya” (Ucrânia), Grupo de Dança “Jazz Moderno” (Zebrei-ros) e Escuela de Danza Orien-tal “María Terrada” (Huelva)», comunicou a Câmara Municipal de Castro Marim.

Mais uma vez a Mito Algarvio mobilizou acordeonistas de todas as idades

Alunos de Alcutim e Martinlongo cativaram o público que assistiu ao espetáculo

Companhia de Dança protagonizou mais um festival que mobilizou centenas de pessoas

Adriano Pena

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22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

PASSATEMPOS&LAZER

Não pagar portagem pela passagem num dos pórticos de uma auto-estrada pode dar início a um processo que trará muitas dores de cabeça aos proprietários das viaturas. São eles que recebem a primeira notifi-cação emitida pela concessionária depois de fotografar a matrícula do veículo infractor.

Mas se o registo de propriedade do veículo não tiver a morada actuali-zada, é possível que o dono nunca chegue a ter conhecimento da notifica-ção e esta desencadeie a abertura de um processo de execução fiscal.

A partir daqui, o proprietário passa a ter contas a ajustar com as Finan-ças e o não pagamento, por exemplo, de uma portagem de €0,20 pode transformar-se numa coima que, acrescida de custas, soma €101,50.

Foi precisamente a desproporcionalidade entre o valor da portagem e o da coima que levou a DECO a apresentar queixa ao Provedor de Justiça. Perguntámos como são calculados os valores mínimos e máximos das sanções por incumprimento. E questionámos a legitimidade de serem as Finanças a instaurar, instruir e cobrar os processos de contra-ordenação associados às portagens.

Por fim, não nos parece proporcional a instauração de vários proces-sos de contra-ordenação relativos a uma mesma viagem, já que cada passagem pelos pórticos de uma antiga SCUT dá origem a um processo autónomo.

Tratando-se do mesmo veículo a cumprir um trajecto único numa mesma auto-estrada, reunir os processos de cada viagem num só dimi-nuiria os custos e promoveria a economia processual.

Só no ano passado deram entrada na DECO 270 reclamações relacio-nadas com a cobrança de portagens nas antigas SCUT. Algumas remon-tam a 2012 e a 2013, mas estas dívidas apenas prescrevem ao fim de cinco anos, pelo que nenhum dos processos terá ainda expirado.

O valor final das coimas tem sido um dos factores que mais controvér-sia têm gerado e constitui, por isso, um dos fundamentos da queixa que apresentámos ao Provedor de Justiça.

Susana Correia

Carlos Brás

jurista

Esqueci-me de pagar a portagem pela passagem numa antiga SCUT. Agora recebi uma carta das

Finanças com um valor muito elevado. “

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º131

Auto

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Jogo da Paciência n.º 137

«Visitar Lisboa»

É proibido usar telemóvel, beber bebidas alcoólicas e não usar cintos de segurança quando não se conduzem viaturas. Também deveria ser proibido fumar a todos os ocupantes das viaturas enquanto estas circulam poi so fumo é prejudicial e o borrão aceso do cigarro quando cai no colo ou o mesmo salta com o vento para os olhos do condutor, este larga o volante pela dor e aflição que sente em ambos os casos e quando acontece aos restantes ocupantes o alarido é tão grande que atrapalha a atenção do condutor. Quando estacionada a viatura, os ocupantes não devem atirar as «beatas» para o espaço público porque o conspurcam, é usar o cinzeiro da viatura porque é para isso que ele existe, mas só com a viatura estacionada. (Anotação: - é proibido por lei deitar para o espaço público seja o que fôr. Esta lei existe porque alguns/algumas cidadãos/M/F têm falta de educação e cultura cívica).Os despejos dos cinzeiros ou as «beatas» embrulham-se num papel ou saqueta de plástico e colocam-se nas papeleiras ou contentores públicos. Não custa nada e todos teremos os espaços limpos e higiénicos. PELO CAMINHO CORRECTO DO QUADRATIM VÁ AO ENCONTRO DE - NÃO FUME.

(Museu dos) Coches1.

(Mosteiro dos) Jerónimos2.

(Padrão dos) Descobrimentos3.

Torre (de Belém)4.

(Museu da) Presidência (da República)5.

(Mudeu da) Água6.

(Museu do) Azulejo7.

(Igreja da Madre de) Deus8.

(Basílica da) Estrela9.

(Mosteiro de) São Vicente10.

Sé (de Lisboa)11.

(Igreja Museu de) Santo António12.

(Igreja da) Memória 13.

(Museu de) Arte Antiga14.

(Museu da) Marioneta15.

Pastéis (de Belém)16.

(Museu) História (Natural)17.

(Museu de Arte) Contemporânea18.

(Palácio da) Ajuda19.

(Museu) Militar20.

Noções sobre Microbiologia

Porque nem tudo é mau, e são estes momentos que nos enchem de Alegria e Força para continuar este árduo tra-balho. A pequena Gina estava a viver no canil há 11 meses e hoje foi Adoptada!As fotografias falam por si!!!

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e 927167755 (12:30 às 14:00)NIB - 0035 0234 0000 6692 13002

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GUADI

Os microrganismos são seres vivos, extremamente pequenos sendo apenas visíveis ao microscópio. Tal como qualquer outro ser vivo, respiram, alimentam-se e reproduzem-se. Encontram-se na água, na terra, no ar, nos alimentos, nos animais e no Homem.BactériasMultiplicam-se rapidamente quando encontram condi-ções favoráveis de humidade, temperatura, ph e oxi-génio.Uma bactéria pode dividir-se em duas, de 20 em 20 minutos originando milhares de bactérias em poucas horas.LevedurasSão utilizadas no fabrico de pão, cerveja, queijo, e outros alimentos. Podem provocar alterações não desejadas em alguns alimentos, contudo são facilmente destruídas a tem-peraturas elevadas.BoloresPodem ser observados a olho nu, no pão, enchidos, fruta, …Os bolores, apesar de causarem mau cheiro e degra-darem o sabor dos alimentos, produzem ainda toxinas que podem serem bastante perigosas para a saúde humana; no entanto, são utilizados no fabrico de alguns produtos alimentares, como por exemplo o queijo.

Carlos BrásEng. Alimentar

Ideias a Conservar

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 23

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

Na comunidade do Baixo Guadiana de meados do século XX, maioritaria-mente rural e dedicada ao trabalho no campo, os sapateiros eram essenciais. Hoje, o ofício de sapateiro é praticado por poucos, mas recordados por aque-les que tiveram calçado feito à medida ou remendado por estes mestres no manuseamento do couro. O conheci-mento era transmitido de mestres para ajudantes, muitas vezes membros da mesma família, e a oficina era a escola onde se ensinava através da experi-

ência, fazendo sapatos finos, botins, botas cardadas, botas caneleiras, botas mexicanas com presilha, cei-fões ou sandálias por medida.

Os sapateiros trabalhavam em casa, na sua “loja” ou oficina, local de encontro, onde os fregueses que se deslocavam traziam notí-cias de fora. Outros deslocavam-se ao domicílio, de monte em monte, transportando às costas a mochila com as ferramentas. Trabalhavam por jornada, até concluir o trabalho, muitas vezes pela noite fora, à luz do candeeiro de petróleo, outras vezes demoravam-se nas grandes proprie-dades, onde faziam botas novas ou remendavam as botas gastas dos trabalhadores do campo.

A oficina estava repleta de formas de ferro de três pés ou formas de diferentes números em madeira, solas, riscados e cabedais, com-prados na venda mais próxima ou a algum vendedor ambulante. Ao

Ofícios tradicionais no Baixo Guadiana: o sapateiro

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

centro, o banco onde se sentava o artesão, protegido pelo avental de cabedal, junto da bancada, pequena mesa em madeira, cujo tampo, com pequenos comparti-mentos acanhados onde colocava as ferramentas: martelo de base larga para bater as solas, pregos de ferro ou de cobre consoante o uso, talas de madeira, alicate de puxar, aplicar botões e ilhós, turquês de bico, sovela para fazer furos, faca, ferros de brunir – ou “pé-de-chibo” – e de cartilhar, entre outros. No canto estava o alguidar de barro ou plástico com água, que servia para pôr a sola de molho. Depois de embrandecida, batia repetida-mente na sola com o martelo, em cima de um seixo grande, acomo-dado entre as pernas. Batia até esta ficar roxa, tornando-se mais com-pacta e durável.

No calçado velho colocavam-se solas ou meias-solas, remenda-vam-se capas, biqueiras, tombas

ou meia gáspea para aguentar mais algum tempo. Nos sapatos das senhoras, substituam os saltos em madeira. Durante o inverno, as botas eram ensebadas, para a água escorrer e não destruir o calçado, tornando-as mais duráveis.

O calçado novo era feito por medida, e o sapateiro tirava as medidas do freguês, do calca-nhar, do peito do pé em especial da barriga da perna, quando se tratavam de botas caneleiras. O sapateiro cortava, manipulava e cosia o cabedal, usando o molde em madeira, onde assentava o couro. Antes de o pregar na sola, esticava-o bem com a turquês de bico. Os furos para coser eram feitos com a sovela, para depois se passarem os fios encerados com cerol, a cera retirada dos cortiços das abelhas. Para apertar conve-nientemente o cabedal, o fio tinha de ser bem esticado. Para isso, o sapateiro puxava as extremidades

do fio, utilizando manguitos em madeira que protegiam as mãos das fissuras provocadas pelo esti-car da linha. Nas solas colocavam tachas ou cardas, consoante a função do calçado, para evitar as escorregadelas. O forro interior, em tecido, era por vezes colado com papas feitas com farinha de trigo. No final, a faca fazia os acer-tos e o ferro de brunir alisava as laterais da sola, antes de dar brilho ao novo calçado e de o entregar ao freguês.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

Afinal o que é para nós o DIA DA CRIANÇA? O que queremos e desejamos realmente que seja comemorado neste dia? Qual a noção/aprendizagem que queremos passar às nossas crianças?

É certo que a comemoração do DIA DA CRIANÇA deixou de atingir o seu real significado, passando a fazer parte de mais um dia festivo, ao qual está estritamente associada a ideia de consumo. Digamos que, na generalidade, o mais importante é que a criança receba nesta data um determinado bem material, como se esse bem conferisse a identidade e o significado ao DIA! E, afinal de contas, a criança espera realmente receber este presente, para que possa mostrá-lo e compará-lo com os seus amigos. E, nós (Pais), quase que sem escapatória, participamos de forma involuntária neste jogo do consumismo, sentindo-nos persuadidos e acurralados pela sociedade que nos rodeia. Muitas vezes, também, sentindo-nos culpados por não podermos dedicar mais tempo às nossas crianças e procurando compensar esta ausência através de bens materiais (amplamente desejados pelos mais pequenos). E esta solução, rápida e simples, funciona momentaneamente acalmando os sentimentos de culpa, embora saibamos que de nada servirá ter uma coisa quando na verdade necessitamos de outra! Este jogo do consumismo, aparentemente fácil mas bastante complexo, gera alguma conflitualidade interna e pressão externa, principalmente quando o nosso desejo é transmitir uma directriz diferente, com outro tipo de valores, mas que temos consciência trará frustração às nossas crianças, simplesmente por estas poderem (ou não) sentir-se diferentes da maioria. E será isto mau? A diferença enriquece-nos, no mínimo ao nível do conhecimento que podemos daí adquirir, e a frustração é algo inerente ao desenvolvimento humano, portanto, parte fundamental no desenvolvimento infantil. Não lidar com diferenças e frustrações acarreta consequências graves ao nível da qualidade de vida humana, tais como maiores níveis de ansiedade, agressividade, egocentrismo, stress, entre outras. Logo, privar as nossas crianças de situações deste género, reforçando os atos de consumismo, pode não ser com certeza a melhor solução!

Consumir sem justificação, sem prudência, sem priorização, apenas pelo poder de “ter” e “ser reconhecido”, trará certamente consequências negativas no futuro, tais como instabilidade emocional, comportamentos impulsivos, dificuldade de auto controlo e auto regulação, baixa auto-estima, egocentrismo, problemas de relacionamento interpessoal, etc. E neste ponto é importante relembrar que ninguém nasce consumista, mas que aquilo a que somos sujeitos ao longo do nosso desenvolvimento tem uma importância extrema e torna-se quase que um modelo a aplicar no futuro. Perante isto, e tendo em conta que nós adultos somos responsáveis pela educação das nossas crianças, devemos definir então o que queremos valorizar!

Tendo por base que todos os pais querem o melhor para os seus filhos, com a perspetiva de os tornar cidadãos responsáveis (e aqui claro depende do que cada um entende por este conceito), mas digamos que, inteligentes, respeitadores, que valorizem a família e conquistem futuros risonhos, é então importante ensinar isto. E ensinar não é apenas dizer, é mostrar através de ações coerentes, diariamente, os valores que queremos que

sejam transmitidos e salvaguardados. Chegados a este ponto, a maior

grandeza a oferecer às nossas crianças é (sem dúvida alguma) o amor, o afeto, os gestos de carinho e compreensão. Encher o “depósito emocional” das nossas crianças com afetividade é uma aposta na criação de adultos emocionalmente saudáveis, equilibrados e felizes. Devemos assim, e como nos refere o pediatra Mário Cordeiro, “divertir-nos mais com coisas naturais, não dispendiosas, e ensinar as crianças a amarem a vida”. Devemos apostar em coisas simples, que causem diversão, empatia, envolvimento, afetividade e crescimento. Porque na simplicidade, na humildade, no contacto diário e nas ações não intencionais, se desenvolvem inúmeras capacidades e laços afetivos eternos, que potencializam o bem-estar da criança e a capacidade desta se desenvolver de forma única (além de nos reconfortar a nós adultos!). “Otimizar

a convivência no ambiente familiar é assim uma das melhores contribuições que podemos fazer para o equilíbrio e o desenvolvimento pessoal de todos e de cada um dos membros da família” (Ballenato, 2009, p. 24).

E é este o desafio que queria deixar para o(s) DIA(S) DA CRIANÇA, o desafio de ponderar entre a oferta de um bem material ou uma interação familiar gratuita, enriquecedora e única… sem receios, sem grandes planificações, apenas com toda a disponibilidade e amor! Dedique este dia (e se possível todos os outros) exclusivamente aos mais pequenos e experimente

desfrutar de momentos simples, tais como: inverter papéis (por umas horas seja você a criança!), brincar ao faz-de-conta e mascarar-se de acordo com as sugestões dos mais pequenos, fazer um bolo e deixar-se “chafurdar” de farinha, ou se preferir, desfrutar da natureza e realizar um pic-nic, uma corrida (de sacos, de bicicletas, ou seja lá do que for!), o mais importante é que desfrute em plenitude do momento de interação. Ah! E não se esqueça que para tudo funcionar é crucial minimizar os fatores externos, portanto, sugiro umas dicas: desligue o telemóvel e o tablet (se não conseguir, coloque em modo silêncio), desligue a televisão da corrente elétrica (para que não caia em tentações), desligue a campainha e viva o momento… tentando descobrir porque é tão importante, gratificante e enriquecedor dedicar tempo de qualidade às crianças.

Aproveite… o mundo não para por um dia e, certamente, a imaginação avançará e a afetividade também! Desfrute…

Dia(s) da Criança

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) – Adelaide Ruivinho, Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrí-cia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia

Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário, Juliana Martins

www.facebook.com/[email protected]

“As crianças precisam de ouvir até à exaustão que são amadas para poderem pensar em ser

felizes.”Mário Cordeiro

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

EDITAIS

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM

A CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia trinta de Abril de dois mil e quinze foi lavrada neste Cartório, de folhas vinte e oito a folhas trinta verso Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:Manuel José e mulher, Maria Catarina Pereira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, onde residem em Preguiça, contribuintes fiscais números 152 243 704 e 196 957 931.Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial daquele concelho: UM. Prédio rústico sito em Eira dos Cardos, composto por terra com amendoeiras, cultura arvense e vinha, com a área de dois mil e duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com Florêncio Armando Francisco, a Sul com Maria José e a Poente com Barranco, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 224, da secção 091, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e sessenta e sete euros e setenta e quatro cêntimos, igual ao atribuído;DOIS. Prédio rústico sito na Corga do Forno, composto por terra de alfarrobeiras, cultura arvense e oliveiras, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria José, a Sul com Adelino Bento Pereira Gonçalves, José Cristina e Eduardo Manuel Pereira, a Nascente com Estado Português e Eduardo Manuel Pereira e a Poente com João Custódio Cristina, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 257, da secção 091, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de trezentos e dezoito euros e dois cêntimos, igual ao atribuído; TRÊS. Prédio rústico sito no Corgo do Curral Velho, composto por terra com cultura arvense e mato, com a área total de mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com José Custódio Cristina, a Sul com Arnaldo Bento Guerreiro, a Nascente com Custódio José e a Poente com Florêncio Armando Francisco, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 277, da secção 091, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de dezoito euros e cinquenta e três cêntimos, igual ao atribuído;QUATRO. Prédio rústico sito em Alfarrobeirão Doce, composto por terra com mato, cultura arvense e amendoal, com a área de sete mil novecentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Mariano, a Sul com José Costa, Januário Francisco Pereira e Estado Português, a Nascente com Manuel Mariano, Adelino Bento Pereira Gonçalves e Januário Francisco Pereira e a Poente com Barranco e Estado Português, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 518, da secção 092, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e três euros e oitenta e três cêntimos, igual ao atribuído;CINCO. Prédio rústico sito em Eira da Romeira, designado por Umbria da Pereira, composto por terra com cultura arvense, com a área de quatro mil metros quadrados, a confrontar a Norte com Barranco, a Sul com João Custódio Cristina e Estado Português, a Nascente com Estado Português e Adelino Bento Pereira Gonçalves e a Poente com Estado Português e António Francisco, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 546, da secção 092, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cinquenta e sete euros e noventa e um cêntimos, igual ao atribuído.SEIS. Prédio rústico sito em Umbria da Pereira, designado por Soalheira da Fonte Velha, composto por terra com cultura amendoeiras, cultura arvense, oliveiras e sobreiros, com a área de dois mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com João Custódio Cristina, a Sul com Barranco e Custódio José, a Nascente com Barranco e a Poente com Florêncio Armando Francisco, Manuel Mariano e Custódio José, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 554, da secção 092, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e três euros e quarenta e sete cêntimos, igual ao atribuído.Que os referidos prédios entraram na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, por óbito dos pais do primeiro outorgante marido, José João e mulher, Teresa Domingas, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Preguiça, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, ambos já falecidos.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de trinta anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo seus frutos, arando suas terras, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original.

Castro Marim, aos 30 de Abril de 2015.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/5, conforme despacho de autorização da

Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 08.01.2015, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado

e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 96/04

Factura / Recibo n.º 4901

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM

A CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e cinco de Maio de dois mil e quinze foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa e um a folhas noventa e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:Martinho Pereira Domingos e mulher, Maria Otília Ribeiros Vicente Pereira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia da Conceição de Tavira, concelho de Tavira, ela natural da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, residentes no Montinho da Conveniência, na freguesia de Altura, concelho de Castro Marim, contribuintes fiscais números 124 692 753 e 170 213 854.Que o justificante é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Monte dos Vais, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, composto por terra com mato, alfarrobeiras e cultura arvense de sequeiro, com a área de quatro mil e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com Herdeiros de António José Domingos, a sul com Herdeiros de António Rodrigues Martins e a Nascente com José Lapa, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 272, da secção L, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e oitenta e nove euros e quarenta e dois cêntimos, igual ao atribuído.Que o referido prédio entrou na sua posse, ainda no estado de solteiro, maior, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e um, por óbito da mãe do justificante, Isabel Custódia, casada que foi com José Domingos, e residente que foi no Sítio de Miguel Eanes, na freguesia de Conceição de Tavira, concelho de Tavira.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, colhendo seus frutos, arando suas terras, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original.

Castro Marim, aos 25 de Maio de 2015.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/5, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia

Conceição, publicado a 08.01.2015, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 61/05 Factura / Recibo n.º 4948

1 de junho de 2015Jornal do Baixo Guadiana

COMUNICADO

1 de junho de 2015Jornal do Baixo Guadiana

Tendo em conta que a Direção da Delegação de Vila Real de Santo António da Cruz Vermelha Portuguesa, presidida pela Enfermeira Maria Judite Romeira de Sousa, cessou funções em 15 de maio do presente ano, agradece-se todo o apoio e colaboração prestados pelas entidades que a seguir se identificam:

- Câmara Municipal de Vila Real de Santo António,- Câmara Municipal de Castro Marim,- Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António,- Junta de Freguesia de Monte Gordo,- Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela,- Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António,- Jornal do Baixo Guadiana,- Agrupamento de Escolas de Vila Real de Santo António,- Agrupamento de Escolas D. José I,- Agrupamento de Escolas do Concelho de Castro de Marim,- Centro de Saúde de Vila Real de Santo António,- Santa Casa de Misericórdia de Vila Real de Santo António,- Associação “Odiana”,- Akivida,- Associação “Mão Amiga”,- Biblioteca Municipal Vicente Campinas,- Guarda Nacional Republicana,- Polícia de Segurança Pública,- Conferência de S. Vicente de Paulo Nossa Senhora da Encarnação,- Hotel Duna Mar,- Hotel Alcazar,- Empresas de Paulo Calvinho;- Médicos e Enfermeiros.

A Delegação Local de Vila Real de Santo António irá dar continuidade aos projetos em curso, sendo a Direção presidida pelo Dr. Manuel Almeida Martins, em acumulação com o cargo de presidente da Delegação Local de Tavira da CVP.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 25

DESPORTO

Rodactiva no «Portugal de Lés a Lés»

João Fernandes em 1.º lugar em prova de pista

Yoana Dudova campeã regional sub 12 - singulares e pares

Um grupo de 10 «atletas amadores» da Associação RODACTIVA, está a preparar-se para mais um reto des-portivo, que consiste na travessia de Portugal, na diagonal, em bicicleta, mais concretamente desde Caminha até Castro Marim.

Estes jovens pretendem concre-tizar esta travessia em apenas seis dias de actividade ciclista.

O que os motivou a enfrentar este desafio foi, além do convívio e do simples gosto pelo “pedal”, a von-tade de promover a partilha de cul-turas. Pretendem conhecer um pouco da cultura dos locais por onde vão passar e em simultâneo dar a conhe-cer a nossa cultura regional, divulgar o nosso património e economia local, interagindo com outras Associações,

No seu primeiro ano no escalão de sub 10 com apenas 10 anos de idade Yoana Dudova arrecada o titulo de campeão do Algarve. No ano passado, e nos sub 10 já tinha ganho os pares femininos e mistos, sendo que este ano atinge o titulo mais desejado: o individual.

Yoana Dudova do CTVRSA venceu na final individual 63 61 a atleta Rita Trocado(CTFaro). Nos Pares Femininos Yoana Dudova/Rita Trocado venceram 61 63 Carolina Pereira/Diana Lemeshko(CTPRocha) .

Yoana Dudova e a sua equepa técnica Ricardo Ribeiro e Vitor Palma estão de parabéns. Mais uma vez as escolas de ténis do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António colocam o concelho no topo desportivo, sendo que estes resultados são fruto de “muitas horas de trabalho e sacrificio por parte da jugadora e equipa técnica”, confirma ao JBG a equipa ganhadora.

Campeonato Regional Veteranios +35

Entretanto, decorreu no Carvoeiro Clube de Ténis do Carvoeiro no fim de semana de 15/16 e 17 de Maio o Campeonato Regio-nal de Veteranos, prova rainha do Algarve no escalão de Veteranos e contou com os melhores jogadores de Ténis do Algarve. André Nunes do CTFaro venceu tornou-se bicampeão Algarvio vencendo na final o jogador Vítor Palma do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António com os parciais de 6/4 ; 6/4. Na variante de pares Masculinos venceram na final os jogadores Nuno Delfino do ATJS e Ricardo Fonseca CTLagos aos atuais Campeões Nacionais em título Vitor Palma CTVRSA e André Nunes do CT Faro numa partida muito equilibrada e que só terminou no 3ª set num supertiebreak com os parciais de 4/6 : 6/3 e 10/6.

Juntas de Freguesia e Municípios.Todo o percurso será feito por estra-

das secundárias de forma a maximizar a segurança do grupo.

A partida de Caminha será já no dia 14 de junho e como está previsto um dia de descanso no meio das etapas, a chegada a Castro Marim será no dia 20 de Junho, onde darão por conclu-ído o desafio.

O grupo criou uma página do face-book com a denominação «Portugal de Lés a Lés» para divulgar toda a preparação que antecede este evento inclusive os apoios que muito gentil-mente têm recebido de várias enti-dades e para que, num futuro muito próximo, todos os interessados possam acompanhar o dia-a-dia desta aventura.

No dia 11 de Maio o atleta João Fernandes, do Clube de Padel de VRSA, e depois de um dia de trabalho, deslocou-se a Huelva para participar na primeira prova de pista desta época , onde obteve o 1º Lugar nos 3000m do «2º Controlo de ar-livre – Huelva».

Em declarações ao JBG o atleta explicou que “a ideia era realizar um teste á minha forma e ver em que ponto estava, não correu bem como eu queria, visto ter corrido iso-lado desde inicio sem ninguém para me ajudar a realizar uma boa marca. Mas a luta continua em busca de melhor!”.

Em comunicado ao nosso jornal a direção do clube de PAdel de VRSA felicitam o atleta e agradecem por “elevar o nome do clube de uma forma tão exemplar e profissional”.

No Total são 10 os atletas da Rodactiva que vão pedalar de Caminha a Castro Marim. Partem a 14 de Junho

Jovem do Padel de VRSA deixa orgulhoso o seu clube.

Esta jovem de 10 anos tem carreira promissora. Aqui acompanhada pela equipa técnica

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26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

DESPORTO E LAZER

Festival de Caminhadas de Alcoutim atraiu mais de 600 participantes

Peddy Paper animou Rio Seco

VIII Grande Prémio de Atletismo CAT - Alcoutim

VIII Campeonato Municipal de Malha com mais participantes

De acordo com os dados avançados pela organização forma cerca de 600 as pes-soas que participaram no Festival de Caminhadas, sendo a segunda edição e a denotar sucesso pela adesão. No total foram três dias a caminhar sob pretexto de vários motivos. Houve a observação e interpretação da natureza, observa-ção de aves, observação astronómica, passeios de barco, concertos, cinema e muita animação.

“Depois do sucesso da edição de 2014, esta segunda edição consolida o Festival de Caminhadas de Alcoutim como um evento de referência para os amantes das caminhadas, do turismo ativo e de natureza, não só no território do Baixo Guadiana, mas também em toda a região do Algarve e na vizinha Andaluzia”, diz a organização.

Na sexta-feira, primeiro dia de fes-tival, a programação da manhã teve como público-alvo a população esco-lar do município, com caminhadas ao longo de etapas da Via Algarviana e com jogos e atividades para os mais pequenos. “Mas seguramente o per-curso mais entusiasta e motivante e um dos mais dinâmicos do programa foi “A Rota da Felicidade”. Neste percurso, que decorreu ao final da tarde de dia 8 de maio, para além de uma componente lúdica, onde esteve sempre presente a diversão e o bom humor, estimulou-se

Um dia diferente, de encontro com a natureza e os saberes locais, foi proporcionado a 10 de maio pelo Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco, na 4ª edição do Peddy Paper do Rio Seco. Mais de 20 equipas e cerca de 150 participantes, per-correram 7km de charadas, testes à cultura geral e desafiantes jogos tradicionais.

Um almoço de confraternização e a entrega de prémios fecharam este dia de animação Foram premiadas as 5 primeiras equipas, a saber “Tudo

Decorreu no domingo, 24 de maio, no campo de aviação de Martinlongo a 8ª Edição do Campeonato Muni-cipal de Malha.O jogo é composto de regras simples, sem restrições de idade, onde apenas é exigida perí-cia. É um jogo popular praticado ao ar livre, que valoriza o convívio e o espirito competitivo proporcionando momentos de lazer aos praticantes.

O CAT - Centro de Apoio aos Trabalha-dores da Camara Municipal de Alcoutim organizou mais o VIII Grande Prémio de Atletismo. A edição de 2015 contou com mais de duzentos atletas de várias classes, e contou com um numero expressivo de atletas do Concelho que concretizaram o seu esforço com vários Pódios. A Prova integrada no calendário da Associação de Atletismo do Algarve, contou com os apoios da Comissão Regional de Juizes de Atletismo, Camara Minicipal de Alcou-tim, BV de Alcoutim, GNR, comerciantes e naturalmente a Junta de Freguesia de Alcoutim e Pereiro.

o desenvolvimento de uma atitude positiva, contribuindo assim, não só para a melhoria imediata do bem-estar, como também para o reforço de uma atitude positiva e motivada perante a vida, de todos os participantes”, diz a organização.

No sábado, dia 9, iniciaram os percursos temáticos do festival com destaque para “Trilhos de Ronda no Guadiana”, passeio que versou sobre a atividade do contrabando na fron-teira, e para “Olhar o Céu, Gravar na Pedra”, percurso subordinado ao tema da arqueoastronomia. O primeiro teve como momentos altos a passagem pela Ribeira de Cadavais e por um caminho com vista sobre o Guadiana, entre os sítios de Premedeiros e da Lourinhã. Ao longo do segundo dia de festival houve ainda lugar para a realização de diversas atividades complementares às caminha-das como o concerto de guitarras pelo Quarteto Concordis ou o “Workshop de Bastões de Caminhantes”, onde os participantes aprenderam a utilizar um recurso natural da paisagem local, a cana, transformando-o em objetos de utilidade para as caminhadas, como bastões ou copos para água.

No último dia do evento, domingo dia 10, realizaram-se os percursos que na edição do ano anterior tiveram mais sucesso. Às 8h00 o ponto de encontro

ao Molho” (1º), “All Inclusive” (2º), “CCD” (3º), “Escaldões no Cachaço” (4º) e “Tartarugas Ninja” (5º).

Na organização desta iniciativa estiveram envolvidos cerca de 50 voluntários do Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco. A iniciativa teve os apoios da Câmara Muni-cipal e da Junta de Freguesia de Castro Marim e da Eurocidade do Guadiana. A realçar também o patrocínio de muitas empresas do território, informou em comunicado a edilidade de Castro Marim.

O evento contou com um acrés-cimo de participantes, estiveram presentes 18 equipas, compostas por dois elementos naturais e/ou residentes no concelho de Alcoutim, de onde se apuraram as seguintes classificações:

1º Classificados: Romeu e Celso (Pessegueiro);

2º Classificados: Bruno Teresa e

José Custódio (Pessegueiro);3º Classificados: Renato Pereira e

Daniel (Pessegueiro).Após a competição, teve lugar nas

instalações da Associação Inter-Vivos, um lanche e a entrega dos prémios, que contou com a presença do pre-sidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gon-çalves.

foi o cais da vila de Alcoutim, de onde os caminhantes iniciaram um passeio de barco rumo ao Pomarão incluído no percurso “Algarve, com aroma a Alen-tejo Espanha”. Este percurso emblemá-tico do evento, com 21 quilómetros, revelou-se este ano muito duro pelo aumento de temperatura registado neste dia. Ainda assim, esta não foi razão para desanimar os participantes que, ao longo dos caminhos naturais do Guadiana, puderam disfrutar de fabulo-sas paisagens sobre o rio e de momentos únicos de convívio. A caminhada termi-naria em Sanlúcar de Guadiana, onde os caminhantes puderam degustar um

gaspacho espanhol.Na Corte da Seda, povoação da fre-

guesia de Alcoutim, teve lugar a “Manhã com o Pastor”, outra das caminhadas repetentes do evento e que este ano foi também um passeio fotográfico. Perto de 25 participantes acompanharam o pastor com as suas cabras pelos campos do monte e tiveram ainda a oportu-nidade de provar uma merenda com produtos gastronómicos locais, com destaque para os queijos de cabra frescos.

Há mesma hora, no Pereiro, rea-lizou-se a caminhada “Há vida no Monte?”, que contou com perto de

seis dezenas de participantes. Um dos pontos altos da atividade foi a visita à povoação de Silveira, uma povoação deserta, situada nas proximidades da aldeia de Pereiro, onde o grupo parou cerca de meia hora. Envolvidos na organização desta atividade estiveram também os alunos da Universidade Sénior e outros elementos da Associa-ção e Grupo Etnográfico de Pereiro que foram responsáveis pela confeção de dois pratos de gastronomia tradicional (jantar de celgas e gaspacho), posterior-mente saboreados pelos participantes da caminhada, num convívio final.

O programa contemplou ainda o VIII Grande Prémio de Atletismo, pelo Centro de Apoio aos Trabalhadores da Câmara Municipal de Alcoutim. O evento foi organizado pelo Município de Alcoutim em colaboração com os ayuntamientos de Sanlúcar de Gua-diana e El Granado, União das Juntas de Freguesia de Alcoutim e Pereiro, das associações Odiana, Almargem, Cumeadas, Alcance, Amigos dos Farelos e Clarines, Amigos do Zambujal, Grito d’ Alegria, Grupo Desportivo de Alcoutim, Clube Desportivo de Vaqueiros, Alfa, Teatro Experimental de Alcoutim, Bom-beiros Voluntários de Alcoutim, Clube do Optismo e Centro de Apoio aos Trabalhadores da Câmara Municipal de Alcoutim.

Este Festival de Caminhadas cativa cada vez mais participantes

Equipa vencedora no podio

No total participaram 200 atletas

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2015 | 27

DESPORTO

Mário Bibe soma e segue no Culturismo

GDA de pedra e cal no TOP 10 Nacional

Três amantes do BTT fizeram 900 kms em 10 dias

Triatletas dos Leões do Sul no pódio em Albufeira

O mês de Maio foi um mês intenso para o atleta de Cultu-rismo Mário Bibe. No passado dia 1 de Maio em Carcave-los, realizou-se o Campeonato Regional Sul IFBB Portugal, nas modalidades de Culturismo e Mens Physique, onde ficou em primeiro lugar na categoria de +85 quilos. Passado uma semana foi até Santo Tirso onde no cam-peonato nacional se classificou em terceiro lugar na categoria de 85/90 quilos. A 17 de maio o culturista foi campeão na primeira «champions league» na geral e na categoria dos 75 kg a mais de 90 Kg. Para esta três semanas de glória “foram precisos nove meses de intensa preparação”, contou ao JBG Mário Bibe.

Conheça melhor na próxima edição este vilarealense que tem uma paixão e que luta por ela com toda a garra e soma sucesso.

Depois de no Mês de Março se ter realizado a Taça de Portu-gal de Pista só em embarcações monolugares, no final de Maio teve lugar o das tripulações, onde o GDA esteve em grande desta-que.Representado por 15 atletas obteve um total de nove finais A

No total foram 900 quilómetros em 10 dias e os amantes de BTT, que também são amigos, conseguiram este feito e foram recebidos em terra pombalina pelos abraços de amigos e familiares. Paulo Ribeiros, Luís Lampreia e Nuno Costa são já apelidados de «heróis» por quem acompanhou esta viagem de perto, até porque as actualizações no facebook foram sendo constantes.“Para nós foi um desafio superado”,

Foi brilhante a prestação dos atle-tas dos Leões do Sul Futebol Clube, coletividade de S. Bartolomeu do Sul do concelho de Castro Marim, na 1ª Edição do Triatlo de Albufeira, a primeira prova do Campeonato Regional do Sul, que abrange os distritos de Faro, Beja, Évora e Setú-bal, disputada no dia 10 de Maio na praia da Galé.

O triatleta dos Leões do Sul, Nelson Mestre foi o vencedor abso-luto tendo completado os 750 m de natação, 20.5 km de ciclismo e 5 km de corrida com o tempo de 1h02. 19, levando de vencidos o júnior José Cabeça (Clube Kainà-gua-Évora) com o tempo de 1h02. 56 e Rui Dolores (do clube Amiciclo – Grândola, com 1h03. 09.

Subiram ao lugar mais alto do pódio, vencendo os seus escalões, sagrando-se, também, Campeões da Zona Sul:

Luís Viegas, dos Leões do Sul – Vet. 2 Com o tempo de 1h13. 28

Amândio Norberto, dos Leões do Sul – Vet. 5 Com o tempo de 1.h 36. 49

Classificação, individual, abso-luta dos atletas dos Leões do Sul: 1º Nelson Mestre, 15º João Mestre, 26º Tiago Cristo, 35º Nuno Nor-berto, 40º Luís Viegas, 69º João

e três Finais B em 14 possíveis. A destacar uma medalha de prata e duas de bronze conseguidas. O GDA atingiu o 8º lugar coletivo, fechando o top 10 Nacional na junção das duas provas da taça, mantendo-se o GDA entre os melhores clubes Nacionais.

contaram os três desportistas ao JBG orgulhosos da amizade que também os uniu ainda mais depois desta aventura pelo Interior de Portugal. Viajaram em autonomia e pelo cami-nho foram encontrando terras e gentes afáveis. “Graças ao Paulo [Ribeiros]tivemos uma viagem planeada ao milímetro o que nos facilitou muito a vida”, conta-nos Luís Lampreia. Por sua vez, Nuno Costa também nos fala

da afabilidade “que se encontra muito ainda no nosso Portugal”.Maravilhados com a experiência já inspiram outros que gostariam de seguir também viagem. Repre-sentantes da associação «BTT do Baixo Guadiana», estes três prati-cantes de BTT de regresso ao Baixo Guadiana lembram que “aqui exis-tem condições excelentes para a prática da modalidade!”.

Martins e 108º Amândio Nor-berto.

Atletas Femininos Vencedores absolutos:

1ª. Sofia Brites, do Clube (Ami-ciclo de Grândola), tempo de 1h14.23

2ª Isa Parreira, do (Clube Portinado de Portimão) tempo de,1h14.50

3ª Liliana Veríssimo, do (Clube (O2-Triatlo de Portimão) com1h15.11

Por equipas: 1ºLouletano, 2ºKainàgua – Évora, 3º, Leões do Sul

Participaram nesta prova 134 atletas em representação de 9 clubes e individuais tendo con-cluído a mesma 114.

Mário Bibe participou em três provas no mês de Maio e sempre com sucesso

Atletas continuam a somar vitórias e a representar Alcoutim

Mais uma vez Nelson Mestre sobre ao pódio e eleva o Nome do Leões do Sul de Castro Marim

Estes amigos são já considerados heróis.

João Conceição

Alberto Cortez

José Armando Romeira

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2015

Esteja atento para a manuten-ção do seu veículo. Filtros de ar e combustível obstruídos, válvulas injetoras sujas, velas de ignição desgastadas e defei-tos nos sensores e atuadores da injeção eletrônica poderão aumentar consideravelmente o consumo. Tire uma hora da sua semana para esta tarefa e sinta-se mais leve!

Vila Real de Santo António recebe, entre os dias 19 e 27 de junho, a III edição de «A Copa do Guadiana». Ao longo de uma semana, a cidade irá reunir 4000 desportistas (atletas e corpo técnico), tornan-do-se, uma vez mais, na capital do futebol infantil.

A festa de abertura está marcada para o dia 22 de junho, a partir das 20h00, no Estádio Municipal de Vila Real Santo António, onde todas as equipas terão a oportunidade de participar no desfile inau-gural e de assistir a um espetáculo repleto de luz e som, seguido de um concerto do cantor Anselmo Ralph, que trará a VRSA toda a sua banda e bailarinos.

Em campo, e ao longo de uma semana, vão estar 224 equipas, repartidas por nove escalões (futebol 11 - 2000, 2001 e 2002; futebol 7 - 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006; e futebol 5 - 2007/2008), que irão disputar mais de meio milhar de jogos nos 20 relvados do Com-plexo Desportivo de VRSA, Lusitano e Beira-mar.

Além do Benfica, Porto e Sporting, outros grandes nomes do fute-bol como o Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, SC Braga, Aca-démica de Coimbra, Atlético de Madrid, Sevilha e Bétis de Sevilha vão marcar presença na «Copa do Guadiana». É também esperada a presença de vários atletas da 1ª liga para sessões de autógrafos e convívio com atletas e adeptos.

Para Conceição Cabrita, vice-presidente da autarquia de VRSA, “a realização de mais um grande torneio coloca o município na linha da frente do desporto e consolida a capacidade do Complexo Despor-tivo para organizar, ano após ano, competições que são uma referên-cia nacional e internacional e mobilizam clubes vindos de todos os pontos do país e do estrangeiro”.

«Esta é, sem dúvida, uma oportunidade de convívio para milhares de jovens que encontram em VRSA a oportunidade de se projetarem junto dos maiores nomes e clubes de futebol. Por outro lado, este é um ponto de encontro para as famílias que, durante uma semana, fazem a festa do futebol e contribuem para as boas taxas de ocupa-ção hoteleira de VRSA e Monte Gordo», afirma Conceição Cabrita.

Para ajudar a organização vão estar disponíveis dezenas de volun-tários que guiarão atletas e equipas no recinto do torneio.

A III edição da «Copa do Guadiana» tem o apoio da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e da VRSA SGU e afirma-se como uma prova desportiva de referência no país.

ECOdica

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Festival das Caminhadas de Alcoutim mobilizou 600 pessoas

Obra da dragagem da Foz do Guadiana já terminou

Aumentou 50% mortes na EN125

Anselmo Ralph dá o pontapé de saída da III edição da «Copa do Guadiana»

Cartoon