jbg outubro 2013

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 13 - Nº161 OUTUBRO 2013 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE 58 milhões de euros aprovados para saldar dívidas 90 mil pessoas visitaram época medieval Escavações revelam imponente edifício romano com mais de 2 mil anos

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Em destaque o resultado das autárquicas 2013. Também em «Grande Plano» um destaque para as inaugurações e encerramentos anunciados em Setembro. Muitas crónicas, diversas colunas culturais, rubricas desportivas, artigo de psicologia, juventude, cartoon exclusivo... O Jornal do Baixo Guadiana é, sem dúvida, uma boa companhia de informação e conhecimento o mês inteiro! Boas leituras

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Page 1: Jbg outubro 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 13 - Nº161

OUTUBRO 2013

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

58 milhões de euros aprovados

para saldar dívidas

90 mil pessoas visitaram época

medieval

Escavações revelam imponente edifício romano

com mais de 2 mil anos

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

Vox Pop

R: Bastava a concretização dos programas dos autarcas eleitos, para que o concelho já melhorasse substancialmente... Mas como residente em Altura poria ênfase na requalifi-cação da Rua da Alagoa, com a melhoria das condições para os milhares de turistas que nos visitam, e toda a estrutura envolvente, bem como a criação de balneários públicos, a criação de um parque de caravanas regu-lamentado, entre outros projetos..

Nome: Desidério SilvaConcelho: Castro Marim

Nome: Elizabete BecasConcelho: Alcoutim

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando Esteves PintoFernando PessanhaFrancisco AmaralGilda PereiraHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosMaria Celeste SantosPedro PiresRui RosaVítor BarrosAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:Postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

As eleições autárquicas marcaram as últimas semanas da vida política do País. Tratava-se de eleger novos eleitos para Câmaras, Assembleias, e Juntas de Freguesias, num con-texto diferente de todas as eleições anteriores, já que era expectável, como acabou por se verificar, que a Lei de limitação de mandatos que obrigou à saída de Presiden-tes de Câmara em municípios que dirigiam em três mandatos conse-cutivos e, pese embora, o facto de lhe vir a ser a ser permitido, já em período muito avançado no tempo, a candidatura desses cidadãos a outros municípios tratava-se, como se veio a provar, de uma alteração com eventual incidên-cia nos resultados das forças polí-ticas envolvidas em tal processo.

No mesmo sentido, embora com menor significado, a arrumação das freguesias, com agrupamentos que deram origem à extinção de alguns destes órgãos, perturbou e influenciou, da mesma forma, resultados obtidos.

A estes factores somou-se a maior abstenção de sempre em eleições autárquicas realidade a que se associa a duplicação de número de votos nulos ou em branco. Ou seja, perto de metade dos eleito-res não votou, ou fê-lo como uma espécie de voto de protesto. Para esta preocupante realidade con-correm, a meu ver, factores múl-tiplos: degradação e desinteresse pela vida politica ; insatisfação e descrença perante um quadro de arrastado incumprimento de pro-messas ; guerras tribais no interior de alguns partidos em torno da escolha de candidatos a encabeçar listas para Câmaras, mas, sobre-tudo, uma fortíssima penalização ao Governo e ao PSD, que acaba, no plano nacional, obtendo os

piores resultados de sempre.No Algarve a realidade autár-

quica sofre igualmente profundas alterações com o PSD a perder 4 Câmaras ( 3 para o PS e uma para a CDU que regressa de novo à maioria em Silves ). Com estes resultados inverte-se a correlação de forças, cabendo agora ao PS a maioria das Câmaras na região, facto que, entre outros aspectos, seguramente irá pesar no futuro da Presidência da Associação de Municípios do Algarve.

No Baixo Guadiana também se produziram algumas alterações de vulto assinaladas no suplemento que dedicamos a estas eleições, prestando assim uma actualizada informação aos nossos leitores. Das mudanças mais significativas, relevamos a vitória da Câmara, Assembleia Municipal e a maioria da Presidência de três das quatro Juntas no concelho de Alcoutim por parte do PS; a vitória do PSD em Castro Marim, apesar da mudanças de candidato à Câmara e, final-

mente, e não menos importante, a renovação da maioria absoluta do PSD em VRSA, apesar da perda de dois vereadores. À esquerda, sublinha-se o regresso da CDU à vereação de VRSA e a eleição de um membro do Bloco à Assembleia Municipal.

No horizonte dos próximos quatro anos, apesar das dificuldades que o País enfrenta, espera-se de todos os agora eleitos, o cumprimento das promessas incluídas nos seus programas eleitorais, consolidando obra, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos, cuidando do espaço público, abrindo caminho a atração de investimento que crie postos de trabalho, superando difi-culdades impostas pela burocracia centralista. Na boa tradição do poder local, tendo sempre pre-sente que acção politica se deve fazer com e para as pessoas. Boa sorte a todos!

Carlos Luís Figueira

[email protected]

R: Penso já ser hora de colocar infraes-truturas de saneamento básico em vários montes do concelho, abrir ao público e rentabilizar todas as infraestruturas que foram construídas, onde se gastaram vários milhões de euros e que estão fechadas há muito tempo ou que só abrem uma vez por ano, não deixarem fechar a Repartição de Finanças nem mais Unidades de Saúde, terminar o bloco de apartamentos sociais em Altura, bem como o Lar também em Altura, recuperar a Bandeira Azul nas praias do concelho, apoiarem mais o Desporto que quase desapareceu no concelho e delegarem competências de forma justa e igual a todas as Juntas de Freguesia do concelho.

Nome: Hugo PenaConcelho: Castro Marim

R: Eu gostava que houvesse mais atvidades para os jovens ao fim de semana e mesmo durante a semana, mas sem se pagar ou pagar pouco. Cinema, desporto, cursos de inglês, pesca... Era bom que houvesse um parque como em Tavira para irmos andar de skate e de bmx. E parques infantispara as crianças mais pequenas como as minhas irmãs para poderem brincar a vontade e em segurança.

R: Gostaria de ver mais incentivos à formação de empregos, mas de forma neutra. Ou seja: quem está apto para o emprego está, quem não está não está. Independentemente dos primos, amigos, etc....

Nome: Pedro SilvaConcelho: Vila Real de Santo António

ABERTURA

Tendo em conta que já foram eleitos novos autarcas que projetos/iniciativas gostaria de ver levados a cabo no concelho onde reside?

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

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CRÓNICAS

Enquanto uns comemoram o êxito da vitória, outros vão lambendo as feridas da derrota nas eleições autárquicas e ainda há aqueles que digerem vitórias agridoces. É neste fervilhar de sentimen-tos antagónicos que gostaria de partilhar com os nossos leitores uma reflexão sobre as eleições realizadas no passado dia 29 de Setembro.

Com uma abstenção recorde em elei-ções locais, 47,4%, onde quase metade dos portugueses não foram votar, o Partido Socialista alcançou o melhor resultado de sempre, conquistando 150 câmaras das 308 que constituem o terri-tório nacional.

Em contrapartida, o Partido Social Democrata teve uma derrota histórica ao ganhar apenas 86 municípios, perdendo

para o PS a Presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), que detinha desde 2001 e gran-des municípios como Porto, Coimbra, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Portalegre. A conquista ao PS de dois bastiões, Braga e Guarda e a manutenção das capitais de distrito de Aveiro, Bragança, Viseu, San-tarém e Faro não conseguiram impedir a derrocada eleitoral do partido de Pedro Passos Coelho.

A CDU recuperou câmaras importan-tes ao PS, nomeadamente Évora, Beja e Loures, fazendo subir o seu score eleitoral, em especial a Sul do Tejo. O CDS também conquistou 4 câmaras e manteve Ponte de Lima e o Bloco de Esquerda deu um tram-bolhão político e perdeu a única autarquia que liderava, Salvaterra de Magos.

Uma das leituras incontornáveis destas eleições autárquicas é uma derrota ine-

quívoca do Partido Social Democrata, porque não conseguiu alcançar o desi-derato traçado pelo seu líder, que era conquistar a maioria das câmaras.

Em virtude da pesada factura paga pelo PSD nestas eleições, António José Seguro ganha aqui um novo fôlego para manter a liderança do Partido Socialista, porque os portugueses quiseram com o seu voto penalizar as políticas do Governo e transformar estas eleições autárquicas em eleições nacionais.

Percebendo a indignação e a legitimi-dade democrática do povo, em procurar sancionar o Governo PSD/CDS, aquilo que não é politicamente sério é meter, no mesmo saco, eleições com especificidades distintas. Uma coisa são as políticas nacio-nais para a governação do país. Outra é o sufrágio de programas eleitorais de candidatos a uma câmara municipal.

Será que os portugueses, ao infringirem uma pesada derrota eleitoral aos candi-datos do centro direita nestas eleições autárquicas, tiveram consciência de que estavam a contribuir fortemente para o bloqueio e entropia de alguns projetos estruturantes para o poder local em desenvolvimento e, ao mesmo tempo, premiando o partido que conduziu Portu-gal à perda de soberania financeira?

Não basta a António José Seguro afir-mar que existe uma relação de confiança entre os portugueses e o PS ou que o seu partido respeita os portugueses, quando as soluções que apresenta é pedir a baixa dos impostos e simultaneamente exigir o aumento da despesa do estado, quando este não tem meios financeiros para garantir as funções sociais a que está obrigado!

Por último, gostava de dar uma pin-

celada no mapa autárquico algarvio. Também aqui o vendaval autárquico fez abanar fortemente o laranjal, conferindo 10 câmaras ao PS, 5 ao PSD e uma à CDU. Do meu ponto de vista, a perda de algumas câmaras emblemáticas para o PSD no Algarve não pode ter como única explicação a conjuntura política nacional.

Importa que os dirigentes partidários tenham a disponibilidade mental e a humildade política para perceber onde falharam: porque é que permitiram que o partido se fechasse na sua carapaça e dei-xasse de ouvir as pessoas? Porque é que não foram capazes de avaliar o seu pró-prio desgaste político ou ainda se alguns dos candidatos tinham perfil e robustez para travar este combate difícil e tenaz? Como tudo poderia ser tão diferente a bem do futuro do poder local algarvio!

Vitor Madeira

Nunca nos conhecemos verdadeira-mente. A vulgaridade deste conceito só encontra correspondência na obser-vação da tua própria imagem inscrita numa fotografia. É apenas um exem-plo. Quando alguém se observa numa fotografia, se admira em busca de um sentido que o identifique, é o seu olhar psicológico que faz o reconhecimento e estigmatiza todos os elementos estéti-cos da sua imagem. Com efeito, há uma ausência de expressão ligada aos senti-

Aí temos com toda a clareza a vontade do povo. Está expressa de forma inso-fismável nos resultados das eleições nacionais para as autarquias locais, de 29 de Setembro.

O PSD sozinho ou coligado com os seus parceiros da direita sofreu a maior der-rota de sempre em eleições autárquicas, com a perda nunca vista de câmaras, de mandatos e de votos. Os resultados dos candidatos que apoiou nos quatro con-celhos mais populosos do país – Lisboa, Porto, Sintra e Gaia - constituíram uma verdadeira humilhação para o principal partido do Governo.

O PS obteve uma vitória sensacional

nós indivíduos desfocados por qualquer incoerência sintomática.Eis-nos perante a inutilidade, perfei-tamente humana, de observarmos de uma forma lúcida e previdente a nossa própria imagem captada num momento em que a realidade se opôs à verdade e de imediato - instantaneamente como um clique duma máquina fotográfica - antecipou-se-lhe para activar e focalizar outros aspectos da nossa identidade. É esta dissociação que perspectiva a rea-lidade em si e, sobretudo, nos ameaça com a ausência de qualquer manifesta-ção reflexiva sobre o que sentimos.

grande número de votos brancos e nulos também atestam o desapontamento, o descontentamento, a indignação e a revolta, menos bem orientados, que avassalam o país.

Por tudo isto, as eleições autárquicas transbordaram largamente o âmbito das autarquias para se tornarem num grande acontecimento político nacional, um ver-dadeiro plebiscito de insofismável rejei-ção do Governo e da sua brutal política de empobrecimento forçado do povo e do país, a que chama austeridade.

O primeiro-ministro Passos Coelho não pôde deixar de reconhecer a der-rota governamental e de felicitar o PS pela sua «expressiva vitória». Mas fê-lo para atenuar o alcance de uma e outra, pois logo a seguir afirmou, com sobran-ceria antidemocrática, que ia prosseguir a mesma política , isto é, que ignorava a vontade do povo.

Por vezes deparamo-nos com um olhar vago, um vazio meditativo e longín-quo, e não raro estamos na presença duma personagem integrada num sis-tema incompatível com a realidade. Entramos, por assim dizer, no campo da percepção. De facto, existe um eu fotográfico em confronto com um eu fotografado. Uma acção provocatória (o acto de fotografar algo), e uma cedên-cia interpretativa (atitude de quem se deixa captar). A concentração destas duas acções é a história inventada da imagem que projectamos para os outros. É a nossa expressão secundária que fica

Há que responder-lhe que uma coisa são os seus propósitos autoritários, já bem conhecidos dos portugueses, outra coisa é a nova realidade política, a nova relação de forças que se criou no país.

O Governo sai das autárquicas mais isolado, mais dividido, mais enfraque-cido, batido e destroçado. As oposições conseguiram através delas conquistar maior apoio popular, maior legitimidade democrática, mais sólida implantação no terreno, maior força e iniciativa política. Há todas as condições para que se exija de imediato a abolição dos mais gravosos cortes sociais e outras medidas punitivas contra os reformados e os trabalhado-res, que o Governo tem em curso ou em adiantada preparação. Reforçaram-se as condições para intensificar a exigência da demissão do Governo e todas as acções e lutas com esse objectivo, com destaque para a proposta de uma alternativa de poder à esquerda, plural, consistente e mobilizadora. Não se pode permitir que o Presidente da República fuja a apresen-tar a sua leitura política sobre o vendaval que foi a vontade a do povo expressa em 29 de Setembro, com lenga-lenga

registada, estorvada e surpreendente, dado que, de forma pouco credível, raras são as imagens que vivem avidamente das nossas sensações e sentimentos. Há, portanto, duas linhas de visão da nossa própria imagem representada numa fotografia: a da figura despo-jada dos seus sentidos (ninguém poderá saber o que sentimos no momento em que somos captados) e a do observador (aquele em que nos tornámos quando visualizamos a imagem). Para todos os efeitos, definimos uma nova linha de visão: o enigma da imagem, onde se revela o sentido mais profundo do nosso ser, e onde domina esse processo de transição ao qual designamos: do concreto para o abstracto.

de que autárquicas são autárquicas. Há que exigir-lhe, como lhe compete como garante das instituições democráticas, que contribua para que a vontade do povo a favor da mudança, tão exube-rante expressa, seja respeitada.

Uma nota quase final para dizer que, a meu ver, o resultado das eleições autár-quicas também envia uma mensagem aos credores internacionais. A simultâ-nea vitória do PS e o êxito eleitoral do PCP, lembram que se estão a completar 40 anos sobre a data em que aconteceu o 25 de Abril em Portugal.

Não podia, no entanto, terminar sem referir que o vendaval que mudou o mapa autárquico do país também chegou ao Baixo Guadiana, com a vitória do PS na Câmara de Alcoutim. Onde até agora o laranja era maiori-tário, passamos a ter um empate: duas câmaras PS – Mértola e Alcoutim; duas câmaras PSD – Castro Marim e Vila Real de Santo António. Esperemos que a mudança pluralista contribua para favorecer a cooperação entre os quatro municípios na defesa dos interesses da sub-região.

dos que reduz a clarividência existencial, criando outros pontos de contacto com a pessoa que julgamos ser.A realidade não é uma ilustração fixa da existência humana. O que permanece incógnito na tua própria imagem é uma reflexão desvinculada da vida real, ou seja, é um momento ou aparência que transgride determinada caracterização real representada e justificada noutro plano em que o significado de tudo o que sentimos se manifesta entre o absurdo de não nos reconhecermos e a ironia notável de recriarmos motiva-ções para que os outros não vejam em

com a conquista recorde da presidên-cia de 150 câmaras e o aumento subs-tancial do número de mandatos, o que compensa largamente algumas perdas significativas, em autarquias e votos. O PCP teve um êxito assinalável ao recon-quistar alguns dos mais importantes dos seus antigos bastiões nas zonas de maior influência e ao ganhar votos em zonas que habitualmente não são afectas. No mapa autárquico, o rosa e o vermelho, o centro-esquerda e a esquerda, com a vitória em 184 municípios, cobrem fol-gadamente a larga maioria do território nacional.

Mas o próprio sucesso das candidaturas independentes, muitas delas (e as mais importantes) geradas nas contradições internas que minam o PSD, acentuam a clamorosa derrota deste partido.

A abstenção de 47,4 por cento, recorde negativo em eleições autárquicas e o

Carlos Brito

Fernando Esteves Pinto

O insubmisso

A pesada factura paga pelo Partido Social Democrata nas Eleições Autárquicas

[email protected]

Escritos da Consciência: O lado obscuro de sentir as coisas

A vontade do povo

* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico

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4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

300 crianças em Alcoutim têm almoço gratuito na escola

Mantidos apoios escolares em Vila Real de Santo António

Concurso de grafiti «Pinta esta ideia» ajuda banco Alimentar contra a fome

Escolas podem candidatar-se ao «Programa Parlamento dos Jovens»

EDUCAÇÃO

Foi aprovada por unanimidade a medida que dita que todas as crian-ças que andam à escola em Alcoutim têm o almoço gratuito. Esta medida abrange os alunos que frequentam tanto o pré-escolar como o primeiro ciclo.

Para além de financiar os almoços, a autarquia atribui um auxílio econó-mico individual, para a compra de manuais escolares, a todos os alunos que frequentem as escolas do conce-lho, do 1º ao 3º ciclo, bem como o ensino secundário ou profissional, o que perfaz um apoio total de cerca de 17 mil euros por ano; concede subsídio de 300 euros a cada turma, para compra de material escolar, num total de 3900 euros; atribui bolsas bolsas de estudo, no valor de 1.000 euros, aos alunos que frequentam o ensino superior; garante a gratui-

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António vai manter todos os apoios sociais para os alunos do pré-escolar e primeiro ciclo, durante o ano letivo 2013/2014, não efetuando qualquer redução orçamental neste domínio.

“De uma forma pioneira”, frisa a autarquia em comunicado, será dada continuidade ao financiamento totalmente gratuito da componente de apoio à família, nomeadamente o prolongamento de horário (até às 18h00) para os alunos do pré-es-colar. “Para faci-litar a vida dos pais, a Câmara Municipal irá também dispo-nibilizar, sem custos, ativida-des de enriqueci-mento curricular como inglês, edu-cação física, TIC, música e ciências naturais para os alunos do primeiro ciclo”, lê-se na nota de imprensa. Será igualmente oferecido, pelo municí-pio, o transporte para uma visita de estudo, num autocarro camarário, a todos os estudantes do primeiro ciclo e pré-escolar.

Relativamente aos apoios sociais no primeiro ciclo, a edilidade pombalina prevê auxiliar cerca de 300 alunos, no caso do escalão A, e cerca de 200

dade do transporte para as escolas do concelho e também as deslocações dos alunos que frequentem o ensino secundário ou profissional nas escolas dos concelhos de Mértola, Tavira e Vila Real de Santo António. A lista é extensa e em tempos de severas dificuldades as famílias agradecem.

Em comunicado de imprensa a autarquia garante que nos últimos anos tem reforçado as medidas da ação social escolar, procurando res-ponder às dificuldades que as famílias encaram na situação de crise econó-mica atual.

A gratuidade de várias atividades extracurriculares e desportivas (fute-bol, futsal, voleibol, judo, canoagem, natação, dança, música) são também iniciativas da autarquia alcouteneja, no sentido de apoiar e estimular a educação dos mais jovens.

alunos, no caso do escalão B. Os alunos do 1º escalão terão direito

à totalidade do valor dos manuais esco-lares e a 20 euros para material escolar, enquanto os alunos do 2º escalão têm direito a 50% do valor dos livros e a 10 euros em material escolar.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “estas medidas mos-tram que, mesmo em tempo contenção

económica, a autarquia continua a dar prioridade às áreas da educação e da ação social, apoiando de forma clara as famílias que mais precisam”.

Transporte escolar gratuito

Este ano letivo, tal como aconteceu nos anos anteriores, o transporte esco-lar será gratuito para os estudantes do

ensino básico que estejam em condi-ções de usufruir do mesmo.

Para os alunos do ensino secundário do 1º escalão, o transporte é disponibi-lizado a custo zero, enquanto para os do 2º escalão o transporte é compar-ticipado pela autarquia em 75%. Os restantes alunos deste nível de ensino têm uma comparticipação de 50%.

Quanto às refeições escolares, a autarquia irá pagar a totalidade do seu

valor aos alunos do 1º ciclo e do ensino pré-esco-lar do 1º escalão e subsidiar em 50% os alunos destes níveis de ensino inseridos no 2º escalão.

À disposição da população escolar estarão igualmente os três «Espaços Internet» do con-celho (Vila Real de Santo António, Cacela e Monte

Gordo), bem como as bibliotecas esco-lares, que se encontram a funcionar em articulação com a biblioteca muni-cipal Vicente Campinas.

“A estas valências, junta-se o tra-balho de proximidade das equipas municipais de psicólogos que, durante todo o ano letivo, trabalham em arti-culação com alunos, professores e encarregados de educação”, recorda a autarquia.

No total são 500 os alunos a usufruírem de escalões A e B de apoio ao ensino

São abrangidas todas as crianças de pré-escolar e 1.º ciclo

A medida é aplicada aos alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo. Em comunicado o município explica que não existe qualquer redução orçamental a este nível, e garante que apoio a este nível é feito “de forma pioneira”.

A delegação regional do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) lidera o processo na região. As candidaturas estão abertas até 18 de Outubro.

A «MOJU – Associação Movimento Juvenil» em Olhão e o «Banco Ali-mentar Contra a Fome» do Algarve estabeleceram uma parceria na arte do grafiti para a ilustração da car-rinha daquele Banco Alimentar. O concurso dá pelo nome «Pinta esta ideia» e tem como objetivo selecionar o desenho que irá ser pintado na carrinha de transporte de alimentos do Banco Alimentar do Algarve.

“Pretende-se obter desenhos ori-ginais para as laterais da referida

O Programa Parlamento dos Jovens divide-se em Parlamento dos Jovens – Secundário e Parlamento dos Jovens – Básico. No Parlamento dos Jovens – Secundário são parceiros a Assembleia da República; Instituto Português do Desporto e Juven-tude; Ministério de Educação e as Secretarias Regionais que tutelam a educação nos Açores e na Madeira. O programa será desenvolvido ao longo do ano letivo com as Esco-las de todo o país que desejarem participar, culminando com uma Sessão Nacional, na Assembleia da República. O Parlamento dos Jovens – Secundário tem como objetivos incentivar o interesse

carrinha, cujo tema esteja relacio-nado com a missão do Banco Ali-mentar do Algarve e a Juventude, sendo que podem participar todos os profissionais e amadores de grafiti, portugueses e estrangeiros residentes no Algarve”, diz-nos a MOJU em comunicado.

O regulamento pode ser consul-tado em: www.mojuolhao.com. Informações e esclarecimentos atra-vés de: [email protected] ou [email protected].

dos jovens pela participação cívica e política; sublinhar a importância da sua contribuição para a resolu-ção de questões que afetam o seu presente e o futuro individual e cole-tivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder polí-tico; dar a conhecer o significado do mandato parlamentar e o pro-cesso de decisão da Assembleia da República (AR), enquanto órgão representativo de todos os cida-dãos portugueses; incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria. A Direção Regional do Algarve do

Concurso de Grafiti

IPDJ será, então, entidade par-ceira deste projeto, no distrito de Faro, estando disponível para toda a colaboração solicitada pelas escolas na região algarvia. Para o ano letivo 2013/2014, no ensino secundário, é proposto que os jovens trabalhem o tema “Crise demográfica (emigração, natalidade, envelhecimento)”. As inscrições, das escolas interes-sadas, deverão ser realizadas até dia 18 de Outubro de 2013, no sítio da Assembleia da República, onde poderão também ser encon-tradas informações adicionais: http://app.parlamento.pt/webjovem2014/index.html

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 5

Androginia na primeira pessoa

JUVENTUDE

Jornal do Baixo Guadiana: Em Lisboa a androginia é mais aceite que no Algarve, por exemplo, região de onde és originário?Nuno Pereira: Sim, sem dúvida. O problema não está no Algarve ou em Lisboa, o problema talvez esteja na falta de informação exis-tente no Algarve, pois acredito que este tema seja desconhecido na região… Mas, também acredito que ontem poderia ser, mas hoje já começa a ser curiosidade para muitos, talvez por mim, ou até mesmo porque está a crescer. Mas é diferente, em Lisboa há tantas pessoas, que uma pessoa com uma imagem diferente é aceite. JBG: Como foi o teu percurso até perceber que era um ser andrógino?

NP: Desde que me lembro, sempre fui confundido com uma menina. Nunca lidei muito bem com essa situação, era novo e achava que no fundo as pessoas estavam a gozar comigo, mas não. Hoje eu levo isso como um elogio a nível pessoal e principalmente profissional e até brinco com algumas situações (risos).

JBG: Numa sociedade ainda tradicional, e tendo origens de uma localidade como Castro Marim, o que foi mais difícil de aceitar: a si próprio ou o preconceito dos outros?

NP: Como costumo dizer, o mais importante é aceitar-me tal e qual como sou e ser feliz e isso posso garantir que o sou, pois aceito-me. O mais difícil foi apren-der a lidar com o preconceito dos outros, aprender a agir da forma correta quando há palavras que as pessoas poderiam evitar ou até mesmo um simples olhar que por vezes deixa-me um pouco descon-fortável, pois ao contrário do que as pessoas pensam quem trabalha numa área onde a imagem é tudo, nem sempre queremos ser alvo das atenções.

JBG: Fugiste para Lisboa para te encontrares contigo mesmo?

NP: No fundo eu sabia que ao ficar não iria ter grandes possibi-lidades de crescer, como pessoa e como profissional. Decidi de cabeça quente. Lembro-me como se fosse hoje. Nem espe-rava aguentar tanto tempo apesar de confiar em mim, mas o que é certo, é que a concorrência é muita e há sempre pessoas melho-res que eu, por isso, sabia que todos os dias iria ter que provar a mim mesmo e à sociedade que era bom no que fazia.

JBG: E o que encontraste em Lisboa?

NP: A vida em Lisboa é bas-tante diferente da que tinha na província, além de agitada, para mim é onde me sinto confortá-vel, onde posso viver uma vida mais descontraída pois no fundo existe tanta diversidade, onde eu sou mais um no meio de tantos! ... Talvez marque diferença por onde passe, com quem trabalhe, mas no fundo sou mais um. Mas uma coisa é verdade, por Lisboa consegui crescer muito a nível profissional pois há mais opor-tunidades, mas também pude crescer a nível pessoal, tornar-me alguém melhor, perceber que ter princípios é fundamental. Fez de mim guerreiro, pois tive de ir à luta para chegar até aqui, ou hoje não estaria a falar-vos um pouco do meu percurso que acredito que ainda não fica por aqui, pois há tanto para lutar, para conquis-tar….

JBG: Qual o balanço que fazes da tua estadia em Lisboa? O que já conquis-taste?

NP: Para ser sincero, há dias que vou passear sozinho até ao rio ou simplesmente pela cidade para poder observar tudo isto, mas no fim pergunto-me como em um ano e 10 meses consegui crescer tanto, como profissional e pessoa, pois foi tudo tão rápido que por vezes nem acredito. Fico feliz uma vez que lutei muito; e no fundo ainda luto pois parar é morrer.

JBG: Depois de estares

integrado em Lisboa e reco-nhecido enquanto profissio-nal sentes que já és mais bem aceite/compreendido em Castro Marim e VRSA?

NP: Agora é que complicou tudo… (risos).

Eu acho que ainda é cedo, acho que ainda tenho muitas cartas para dar, ainda tenho muito para provar a quem me viu crescer e talvez não compreenda que lutei bastante para chegar aqui... Faço questão de provar aos que foram errados comigo que o foram e provar a quem sempre esteve ao meu lado que lhes sou grato, pois gratidão é uma grande virtude e sem o apoio que sinto todos os dias por parte de algumas pessoas nada seria possível.

Mas vejo uma mudança, uma grande mudança na forma como “olham” para mim.

JBG: É importante seres aceite pelos teus conterrâ-neos?

NP: Sim, muito. Saí do local onde nasci e cresci para conquis-tar os meus sonhos e objetivos e principalmente ser respeitado como profissional. Talvez nunca tenha sentido isso enquanto per-maneci na minha terra e agora já o sinta, cada vez mais e isso é muito importante. Como costumo dizer, ser reconhecido pelo meu trabalho por parte de pessoas que acompanham o meu trabalho, o meu dia-a-dia nas redes sociais é muito bom, sem dúvida, mas o reconhecimento da parte daque-les que me viram crescer, esse é tão importante para mim!...

JBG: Quais os projetos futuros?

NP: Neste momento tenho alguns projetos futuros a nível nacional e internacional, mas ainda estão a ser “discutidos” para tentar perceber se avançam ou não, se estou pronto para enca-rar tais desafios. Mas tirando esses que não posso revelar por enquanto, o meu grande projeto para o futuro é dar a conhecer o meu nome como profissional que sou e ser respeitado.

Jovem castromarinense, Nuno Pereira faz sucesso no mundo da moda em Lisboa. Faz editoriais para revistas, desfiles de moda e agenciamento

Ainda muita gente se pergunta o que é a androginia, quem é o/a andrógino(a), o que os caracteriza. A androginia é um tema cada vez mais falado e que tem despertado a atenção de várias pessoas das mais variadas áreas. Após qualquer pesquisa facilmente nos apercebemos que esta não é uma temática nova e com muito «pano para mangas». Vulgarmente se confunde androginia com homossexualidade. Mas é preciso esclarecer que estes conceitos não têm necessariamente relação. Nem um homossexual tem de ser andrógino, nem um andrógino tem de ser homossexual. O que define o andrógino é a presença em simultâneo de traços e características masculinas e femininas, quer estas estejam presentes ao nível físico (estrutura corporal, traços faciais, ou maneira de se vestir e arranjar), quer estejam presentes no plano psicológico. A androginia está a ganhar terrenos, e apresenta-se como uma tendência na moda para 2014. O jovem Nuno Pereira saiu de Castro Marim para tentar a sua sorte em Lisboa. Assume-se andrógino e está a marcar pontos na moda na capital, e não só. O reconhecimento dos seus conterrâneos é dos factos que mais lhe importam neste momento de ascensão de carreira. O JBG falou com Nuno Pereira em Lisboa na agênca DXL, onde trabalha.

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LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

María Luisa Francisco

Necrópolis fenicia en ayamonte

“Cal blanca” La Pimentá

Desde tu casa se ve el río

Después del sorprendente halla-zgo de varias tumbas fenicias en una calle del antiguo barrio de la ciudad, la Villa, durante unas obras, en 2008, ahora, en esta segunda intervención, han aparecido tres tumbas más, dos pequeñas y una más grande, en la zona de excava-ción de unos 50 metros cuadrados, cerca del cementerio municipal, y no se descarta el que puedan aparecer más tumbas en los alre-dedores, siendo Ayamonte el punto geográfico de Europa más occiden-tal con una necrópolis fenicia.

El alcalde de Ayamonte, Anto-nio Rodríguez Castillo, ha visitado la campaña de excavación de las tumbas fenicias y en el transcurso de la misma, ha firmado un conve-nio, entre la directora del Instituto

La Academia de baile “Cal Blanca” de Ayamonte, comenzó su andadura en el año1997 con su fundadora, Lourdes Jiménez y, desde esta fecha, no han dejado de cosechar éxitos, en sus nume-rosas actuaciones dentro y fuera del país.

En su ciudad natal, Ayamonte, sin ser profesionales, participan activamente en recitales, festiva-les y actos benéficos, a favor de numerosas asociaciones locales cuando les piden colaboración.

Fuera de su ciudad han actuado en la TV portuguesa, en la T.V española, en Canal Sur de Anda-lucía, en el año 2002 participa-ron en el Festival Internacional de Folklore de las islas Azores, y en Santos Tiros, en las fiestas de Alcoutim y en Setúbal, en el país vecino, Portugal.

En 2003 actuaron en la ciudad

Una receta muy mediterránea y nutritiva es la ensalada de pimien-tos llamada “la pimentá”. En los meses de verano, es muy popular en Andalucía.

Los pimientos son muy ricos en vitamina C, también son desinto-xicantes, por sus componentes.

Es una receta muy fácil de pre-parar: necesitamos pimientos rojos y verdes a partes iguales. Los colocamos en una bandeja del horno y se asan de los dos lados. También le añadimos un gran tomate y una cebolla. Pin-chamos todo con un tenedor para facilitar el asado.

Previamente pelados, todos los ingredientes, los ponemos en una

En las alas del vientoel fluir del vueloen tu miradala agudeza del águilaatenta a los contornos del amanecerla neblina esconde la cadencia de luz y colorque se anticipa al encanto matinalese compás rasga el tiempoen el paisaje milenario y silenciososuspenso en tu ritmocada mañanaes revelador…desde tu casa se ve el ríodesde tu corazón se ve el mundo

Arqueológico Alemán de Madrid, la doctora Dirce Marzoli; la directora facultativa de la excavación, Elisa-bet García Teyssandier, y el propio Ayuntamiento de Ayamonte.

El Instituto Arqueológico Alemán de Madrid promueve y sufraga el coste económico de los trabajos arqueológicos y aporta el bagaje científico, técnico y logístico. Por su parte el Ayuntamiento de Ayamonte colabora mediante la aportación de recursos materia-les y humanos disponibles para el desarrollo de los trabajos en cuestión.

El proyecto cuenta también con la colaboración científica del doctor Juan Aurelio Pérez Macías, profesor titular de arqueología de la Universidad de Huelva

de Málaga, también en Bélgica y en Praga con la orquesta sinfó-nica de esta ciudad.

Asimismo, en la concentración de motos de Faro tuvieron una actuación novedosa, de baile andaluz con un caballo amaes-trado para esta modalidad, a cargo de su directora Lourdes.

Su directora técnica, se inició en el baile con 13 años de edad, en la, ya, extinta academia de Manolo Casto, gran profesional en su ciudad, y más tarde, con-tinuó su formación en distintas academias de Huelva, capital.

Actualmente, la Academia de baile cuenta con una cantera de pequeñas bailarinas muy

disciplinadas, y seguro llegaran muy lejos con su arte.

La Academia imparte, igual-mente, baile de salón.

fuente troceados en tiras.Se añade aceite, sal y un poco

de vinagre suave.

Se puede acompañar la ensa-lada de huevos duros cortados en rodajas.

Este hallazgo es de una gran importancia ya que es “uno de los mayores descubrimientos arqueo-lógicos de la provincia de Huelva, confirmando la existencia de un asentamiento fenicio en esta zona geográfica en el siglo VIII A.C”.

Por último, la doctora Dirte Mar-zoli ha agradecido en primer lugar la colaboración del Ayuntamiento de Ayamonte con la aportación de recursos materiales y humanos, y que se trata de “la necrópolis fenicia más occidental de Europa”. También ha manifestado que los fenicios eran una civilización que se dedicaba en esta zona al comer-cio y, a su juicio, cuando decidieron establecerse en esta zona es porque con casi total seguridad, había ya un importante asentamiento.

La Academia de baile “Cal Blanca” de Ayamonte, comenzó su andadura en el año1997

En una calle del antiguo barrio de la ciudad, la Villa, durante unas obras, en 2008, ahora, en esta segunda intervención, han aparecido tres tumbas más

Una receta muy mediterránea y nutritiva es la ensalada de pimientos

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 7

O programa de reequilíbrio financeiro terá a duração de 20 anos

Medidas aliviam. carga fiscal num concelho despovoado

Depois da primeira deverão surgir outras hortas comunitárias no concelho pombalino

Autarquia assegura 58 milhões de financiamento

VRSA inaugurou primeira horta comunitária

Alcoutim prescinde dos 5% de IRS e cobra taxa mínima de IMI

2012.Através do PAEL, a autarquia

acede ainda a uma verba de 25,6 milhões de euros, dos quais cerca 30% se destinarão a liquidar fatu-ras a fornecedores do concelho, injetando liquidez na economia local.

Além desta verba, o plano de ajustamento financeiro contem-pla um programa de reequilíbrio financeiro, com um prazo de 20 anos, o que permitirá a recon-versão da dívida a curto prazo em dívida a longo prazo, esta-bilizando as contas municipais e aliviando a tesouraria.

o autarca lançou um desafio aos beneficiários, convidando-os a colaborar com o município de VRSA na produção de plantas ornamentais para a cidade.

A gestão da Horta Comunitá-ria será assegurada pela empresa municipal VRSA – Sociedade de Gestão Urbana, que é também a proprietária dos terrenos.

Todos os lotes foram entregues através de um contrato de como-dato, que terá a duração de um ano e será renovado por igual

período, onde estão contempla-das as regras de boa utilização do espaço.

Os terrenos estão devidamente delimitados e infraestruturados com pontos de rega. Durante a fase de arranque, todos os interes-sados terão acesso a um curso de formação sobre modos de produ-ção e boas práticas alimentares.

O cultivo permitirá, de igual forma, a melhoria da qualidade ambiental dos terrenos e a valori-zação daquele ativo municipal.

da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral.

Desta forma, para prédios urbanos não avaliados será cobrada uma taxa de 0,5% do IMI e para prédios urbanos avaliados, uma taxa de 0,3% do IMI.

Para estímulo do mercado de arren-damento, venda de casas de habitação e para melhorar o impacto ambiental, aos imóveis devolutos (risco de insa-lubridade, risco de insegurança, risco de saúde pública) serão cobradas as taxas do IMI elevadas ao triplo.

Em comunicado de imprensa a autarquia liderada por Luís Gomes garante que estes passos permitem a consolidação do pas-sivo municipal, conferindo ainda mais estabilidade à gestão muni-cipal.

“Estas medidas juntam-se ao Plano de Contenção Financeira da Câmara Municipal de VRSA, em vigor há dois anos, que permitiu uma poupança de nove milhões de euros, resultado da aplicação de uma centena de medidas transver-sais a todas as divisões e setores da atividade”, pode ler-se num comunicado da autarquia.

A Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António aprovou a 12 de Setembro os contratos de empréstimo a contrair junto de um sindicato bancário (composto por sete instituições de crédito), num montante aproximado de 33,3 milhões de euros, concreti-zando desta forma a aplicação do plano de ajustamento financeiro do município de VRSA.

Com esta deliberação, a Câmara Municipal de VRSA viabiliza o Plano de Apoio à Economia Local (PAEL), visando o saldo das dívi-das vencidas há mais de 90 dias e registadas a 31 de março de

O equipamento terá uma forte componente social, mas funcio-nará também como um instru-mento de economia complementar, permitindo às famílias o cultivo de produtos para consumo próprio.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “o exemplo deverá ser repetido noutros terrenos que se encontram na posse do município, dando um importante contributo para a eco-nomia familiar”.

Durante a atribuição dos lotes,

A Câmara Municipal de Alcoutim vai prescindir dos 5% a que tem direito no IRS dos sujeitos passivos e vai ainda cobrar a taxa mínima do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), à semelhança do que tem acontecido em anos anteriores.

“Além de aliviar a carga fiscal das famílias, estas medidas são um estí-mulo à fixação de população, uma vez que, desde a década de 60, sofremos um progressivo processo de despo-voamento”, declarou o presidente

LOCAL

Mais de metade vem da banca e cerca de 8 milhões estão já destinados para liquidação de faturas a fornecedores do concelho.

O Município de Vila Real de Santo António já dispõe de uma Horta Comunitária na zona da Estacada Brava (Hortas). Os primeiros 50 lotes de terreno estão entregues e vão permitir acesso a terras de cultivo, a custo zero, que poderão ser utilizadas para a produção de hortofrutícolas.

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GRANDE PLANO

Primeiro no Azinhal, conce-lho de Castro Marim, a 6 de Setembro foi inaugurada a uma das mais modernas

Unidades de Cuidados Integrados e de Longa Duração e Manutenção do país. Contou com a presença do ministro da saúde Paulo Macedo, que foi recebido por centenas de popu-lares que não quiseram faltar a este momento que marca a história de uma aldeia no interior.

São 2, 4 milhões de euros, tendo sido o financiamento do programa «Modelar» de 41% e a maior fatia (59%) foi suportada pela câmara municipal de Castro Marim.

A funcionar desde início de Agosto esta unidade vem enriquecer a rede nacional no Algarve, região que, segundo anunciou aos jornalistas, apresenta a segunda maior taxa de cobertura a este nível no país. Durante o último trimestre deverão ser inauguradas mais 20 unidades de cuidados continuados de norte a sul. No Algarve estão previstas as inaugu-rações em Estói e Aljezur, atualmente em fase de apetrechamento.

Viabilidade económica determinante

Paulo Macedo esclareceu que a rede nacional está a ser constitu-ída sob a premissa da viabilidade financeira. “A implementação desta unidade de cuidados continuados integrados no Algarve traduz uma aposta clara e inequívoca deste Governo no aumento progressivo, mas só com garantias de sustenta-bilidade a longo prazo, da oferta da Rede Nacional de Cuidados Continu-ados Integrados. A opção de conti-nuar o crescimento da rede depois de assegurar que os recursos finan-ceiros existem é a resposta correta e adequada no atual contexto social e económico que o país se encontra”. Miguel Macedo pede “as melhores práticas de gestão” e lembrou que “a abertura desta moderna uni-dade é pois um bom exemplo do que pode e deve ser uma parceria entre o Estado, neste caso os Minis-térios da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e o da Saúde, o poder local, os agentes económicos e sociais”. O ministro disse também que, apesar da crise e da necessidade de contenção, é “cada vez mais uma necessidade canalizar investimento” para estes equipamentos, face ao envelhecimento da população por-tuguesa e também com dependên-cias elevadas. A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados é um importante instrumento para garantir a um vasto conjunto de portugueses cuidados adequados e de proximidade”. Nesse sentido, é intenção do Ministério da Saúde, no que é acompanhado pela Segurança Social, prosseguir com o crescimento da rede de forma sustentável, não somente no número de camas, mas com melhoria da qualidade do acesso e do serviço prestado.

Mais 800 camas até Dezembro

De acordo com informação do

Ministério da Saúde deverão abrir até final do ano mais 800 camas para cuidados continuados, princi-palmente de longa duração, em todo o país. No caso concreto da região do Algarve, a Rede Nacional de Cui-dados Continuados Integrados conta atualmente com um total de 432 camas de internamento divididas pelas diversas tipologias destinadas a cuidados continuados a pessoas dependentes. As equipas de apoio domiciliário no âmbito da Rede de Cuidados Continuados Integrados agora reforçadas, somando atual-mente um total de 32 (sendo uma delas de suporte em cuidados paliati-vos), distribuídas pelas Unidades de Cuidados na Comunidade dos três Agrupamentos de Centros de Saúde (Barlavento, Central e Sotavento), abrangem já todo o território e pres-tam cuidados em todos os concelhos da região. Com as duas unidades que estão a ser projetadas a região do Algarve irá dispor de um total de cerca de 500 camas, um aumento de cerca de 20% de capacidade. Um investimento que irá permitir liber-tar camas de agudos hospitalares, melhorando o acesso e diminuindo a demora média. Não poderá ser de outra forma, sob pena de esta Rede ser um investimento sem uso pleno de todas as suas potencialidades.

28 postos de trabalho diretos no Azinhal

No total com a unidade recém-inaugurada no Azinhal criaram-se 28 postos de trabalho diretos. A autar-quia castromarinense lembra que a importância desta UCC vai além do apoio aos idosos e doentes. São técnicos em áreas distintas como a enfermagem, fisioterapia, ajudantes de ação médica, auxiliares de serviço geral e de cozinha.

Lar de Balurcos abre em Novembro

O município de Alcoutim aprovei-tou as festas anuais para inaugurar o lar e centro de dia de Balurcos. Uma obra que ficou pronta em ano e meio e que custou cerca de dois milhões de euros. A efeméride contou com a presença do secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social que garantiu a abertura do equipa-mento para Novembro.

O equipamento tem uma capaci-dade inicial de 30 camas, mas será posteriormente alargada para as 50, e empregará, inicialmente, cerca de 20 pessoas. Garante ainda a valência de apoio domiciliário.

O governante elogiou o “esforço conjunto” da Associação de Solida-riedade Social, Cultura, Desporto e Arte dos Balurcos e da Câmara Muni-cipal de Alcoutim, “que, nas pessoas de Maria Ribeiro Vicente e Francisco Amaral, encetaram todos os esforços e diligências para que fosse possí-vel proceder àquela inauguração”. O secretário de Estado referiu que Francisco Amaral despediu-se a título político do concelho “com ainda mais humanismo e dedicação”.

Depois do descerramento da placa,

a presidente da Associação, Maria Ribeiro Vicente, agora também responsável pela administração do Lar e Centro de Dia, agradeceu o esforço e o empenho de todos os envolvidos na luta pela construção deste espaço, que considerava um projecto “arrojado”, mas necessário ao concelho. Num discurso como-vido, apelou ao Ministério da Soli-dariedade, Emprego e Segurança Social a agilização do processo de abertura do equipamento, que foi

posteriormente garantida para o mês de novembro do ano corrente pelo Secretário de Estado Agostinho Branquinho. Tomou depois a palavra o anterior edil de Alcoutim, que se despediu “de Alcoutim da melhor forma possível, com a inauguração do Lar de Balurcos e do Museu Dr. João Dias”.

O equipamento empregará, ini-cialmente, cerca de 20 pessoas. Garante ainda a valência de apoio domiciliário.

13 anos após surgir Associação dos Balurcos

Este equipamento surge 13 anos depois de nascer a Associação de Balurcos. Uma entidade presidida por Maria Vicente Ribeiros que quando regressou à sua terra-natal verificou a urgência de se construir um lar.

Agora responsável pelo equipa-mento lembra que hoje “há soluções

Inaugurações e ameaças de encerramentos marcaram

mês de Setembro No Baixo Guadiana foram inauguradas duas unidades de apoio à saúde e geriatria que renovam a

capacidade de resposta a este nível no território. O investimento foi feito pelos municípios, suportado pelo empenhamento de associações locais e contou com financiamento por parte do Governo.

Simultaneamente, o mesmo Governo ameaça encerrar extensões de saúde e repartições de finanças.

Susana H. de Sousa

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 9

GRANDE PLANO

para os idosos, seja internados no Lar, seja em Centro de Dia ou ainda em serviço de Apoio Domiciliário, porque contamos com uma capaci-dade de 35 camas, 45 em centro de dia, 40 em apoio domiciliário, num total de 120 pessoas a contemplar. E ainda contamos com a criação de 15 a 20 postos de trabalho que podem chegar aos 30, logo que a percentagem de ocupação o justifi-que, contribuindo significativamente para apoiar de forma eficaz os nossos

idosos e diminuir a taxa de desem-prego”. A emoção desta responsável no dia da inauguração era evidente perante o discurso que fez. Lem-brou as sucessivas candidaturas sem sucesso, mas também a esperança que toda a equipa foi mantendo.

“Este equipamento foi financiado pelo POPH, pela Associação e pelo Município, reconhecido por vereado-res e deputados como um contributo, para dar um final de vida condigno aos idosos deste concelho, que tanto

trabalharam e merecem”, lembrou Maria V. Ribeiros.

Faltam carrinhas para o arranque

A diretora do novo lar e centro de dia de Balurcos lembra que a faltar estão as carrinhas. “Estamos preparados para dar início às nossas atividades e abrir o lar em novembro deste ano, desde que a Segurança Social possa celebrar connosco os

acordos de cooperação e dar resposta favorável ao concurso das carrinhas, indispensáveis para esse fim”, referiu. Por sua vez o secretário de Estado da solidariedade e segurança social Agostinho Branquinho garantiu que o protocolo com a segurança social para esse fim vai ser celebrizado.

Governo admite “período experimental” com cortes na saúde no Baixo Guadiana

Na ocasião em que veio até ao Baixo Guadiana para presidir à inau-guração da Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal o ministro Paulo Macedo admitiu que o Governo se prepara para encerrar diversas extensões de saúde. No território em causa estão os pólos de Odeleite e Azinhal. A “fase experimental” como também foi avançado no mesmo dia pela administração regional de saúde do Algarve (ARS) deverá começar em Outubro. O objetivo é “efetuar o encerramento de forma faseada e experimental para averiguar as vantagens e desvantagens”.

Sem avançar por onde vão come-çar os cortes o ministro Miguel Macedo mostrou determinação em cortar primeiramente nas extensões que abrem uma a duas vezes por semana e que têm menos utentes. Neste cenário enquadram-se as extensões do Azinhal e Odeleite, concelho de Castro Marim que per-tence ao Agrupamento de Centro de Saúde do Sotavento.

Sem afirmar que são estas as extensões a encerrar primeiro o ministro adiantou, no entanto, que aproveitou a inauguração daquela UCC para saber junto do edil cas-tromarinense à data, José Estevens, da possibilidade da câmara assumir o transporte dos utentes até à loca-lidade de Castro Marim. “Quem decide quais as extensões a fechar é a ARS”, sublinhou Paulo Macedo que assegurou desde logo que não vão ser mantidas abertas extensões “para atender uma ou duas pessoas por dia”.

“Em saúde não há decisões irrever-síveis”, afirmou por sua vez Miguel Madeira, do conselho diretivo da ARS, em relação ao que preferiu chamar “fase de teste”. Sem avan-çar quais as extensões a encerrar primeiro preferiu sublinhar que esta fase servirá “para avaliar impacto da medida”.

Oposição acusa governo de pretender encerrar extensões de saúde de Odeleite e Azinhal depois das autárquicas

Nas vésperas de o Ministro da Saúde se deslocar ao Algarve para inaugurar a UCC do Azinhal os deputados do círculo eleitoral do Algarve acusaram o Governo de querer fechar duas importantes unidades de saúde do concelho de Castro Marim, só depois das eleições autárquicas.

Numa pergunta assinada por Miguel Freitas e João Soares, os deputados socialistas questionam

o governo sobre as suas intenções relativamente às extensões de saúde da freguesia de Odeleite e do Azi-nhal, nomeadamente se as exten-sões vão de facto fechar, quando é que o Governo tomou a decisão e quais as alternativas previstas para a população das duas freguesias.

Para Miguel Freitas, “este encer-ramento, a verificar-se, enquadra-se na política de cortes orçamentais que têm vindo a ser feitos pelo governo, sem sensibilidade social, reduzindo drasticamente os servi-ços de saúde de proximidade e, com isso, degradando ainda o seu acesso às populações mais frágeis.”

Relembrando que apesar de as condições físicas da extensão de Odeleite e de alguns problemas informáticos em ambas as exten-sões, estas duas USF prestaram 3.962 consultas das quais 707 foram primeiras consultas, que no entender dos parlamentares do PS, mostram bem a importância destas duas extensões para o concelho de Castro Marim, tendo em conta o universo dos utentes inscritos (390 em Odeleite e 428 no Azinhal).

Para os Deputados Socialistas “a importância destas duas unidades de saúde aumenta na medida em que mais de 50% da população de cada uma das freguesias tem idade superior a 65 anos, classe etária que carece de maiores cuidados na área da prevenção, deteção precoce e gestão de doenças crónicas”.

Governo quer encerrar 340 repartições de finanças

Apesar de o Governo garantir que não está fechado o dossier com indi-cação das repartições de finanças que vão encerrar no país admite que o plano prevê o encerramento de metade das repartições. “O país tem demasiadas repartições”, afirmou já por várias ocasiões o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Até Junho de 2014 deve-rão fechar cerca de 340 repartições de serviços das finanças. A medida decorre do plano de austeridade com a Troika.

Bloco de Esquerda diz «não»

“Não ao encerramento da repar-tição de finanças de Castro Marim”. A missiva é do Bloco de Esquerda (BE) em Castro Marim que chegou a ter agendada uma manifestação junto à repartição local, mas que foi cancelada devido ao falecimento da mãe de um dos membros daquela concelhia bloquista.

Em comunicado de imprensa o BE lembra que “uma repartição de finanças desempenha funções de enorme importância: esclarece dúvidas, dá informações, promove o andamento dos processos e asse-gura os princípios da legalidade e igualdade na justiça tributária. Deve estar presente em todos os concelhos do país!!!”. Os bloquista recordam ainda que “fechar a repar-tição de finanças de Castro Marim seria um retrocesso de décadas”.

Inaugurações e ameaças de encerramentos marcaram

mês de Setembro No Baixo Guadiana foram inauguradas duas unidades de apoio à saúde e geriatria que renovam a

capacidade de resposta a este nível no território. O investimento foi feito pelos municípios, suportado pelo empenhamento de associações locais e contou com financiamento por parte do Governo.

Simultaneamente, o mesmo Governo ameaça encerrar extensões de saúde e repartições de finanças.

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LOCAL

Enfermeira Patrícia Jerónimo lembra que a partir dos 50 anos é recomen-dado início de rastreio mamográfico

15 munícipes invisuais tiveram oportunidade de conviver

idade, que é entre os 50 e os 69, quando se recomenda a todas as mulheres a realização de uma mamografia, de dois em dois anos. Todos os anos surgem cerca de 4.400 novos casos de cancro da mama, referiu a palestrante. Segundo dados da ARS Algarve, Alcoutim é o concelho onde se regista uma das maiores taxas de adesão aos rastreios, de 72%.

Durante a palestra, a assistência teve oportunidade de partilhar algumas his-tórias e dúvidas com a enfermeira, que se disponibilizou a regressar a Alcoutim para novos temas que a população con-sidere pertinentes.

como autarca, mas também como médico. “Continuarei sempre dis-ponível, tanto em Alcoutim, como no Hospital de Faro, para vos ajudar no que me for possível”, garantiu.

O encontro, organizado pelo Gabinete de Ação Social da autar-quia, serviu também, à semelhança dos anteriores, para ouvir este grupo de cidadãos, as suas princi-

pais dificuldades e necessidades, no sentido de as colmatar.

Durante o almoço, os partici-pantes, cerca de 15, falaram dos seus problemas e dos apoios que têm recebido e que melhoraram a sua qualidade de vida. Não faltou tempo para um despique de anedo-tas e para entoar algumas músicas, com a especial cooperação do ator e encenador Francisco Brás.

Decorreu a 18 de Setembro, em Mar-tinlongo, uma palestra sobre a “Vigilân-cia da Saúde da Mama”, proferida pela enfermeira do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, Patrícia Jeró-nimo. A enfermeira falou à audiência, exclusivamente feminina, sobre fatores de risco e as técnicas de vigilância, que permitem um diagnóstico mais precoce do cancro da mama e uma atuação menos invasiva e mais eficaz.

Fatores de risco

Entre os diferentes fatores de risco, a enfermeira Patrícia sublinhou o da

Foram cerca de 15 invisuais que participaram num almoço convívio em Alcoutim e que teve como prin-cipal objetivo juntar estas pessoas que partilharam seus problemas e anseios, bem como tiveram oportu-nidade de se despedir de Francisco Amaral enquanto autarca que lide-rou o município durante os últimos 20 anos.

O convívio teve lugar no Pesse-gueiro, freguesia de Martinlongo, e foi promovido pela divisão de ação social que ao longo dos anos tem acompanhado estes munícipes. Recorde-se que Francisco Amaral foi pioneiro enquanto autarca no apoio de operações às cataratas dos seus munícipes.

Hora de despedidas

O presidente da Câmara Munici-pal de Alcoutim, Francisco Amaral, aproveitou a ocasião para se des-pedir deste grupo de munícipes, que tem acompanhado não apenas

“Saúde da Mama” marcou palestra em Martinlongo

Invisuais despediram-se de Amaral enquanto presidente de Alcoutim

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 11

LOCAL

Núcleo museológico está localizado nas antigas instalações do Hospital da Misericórdia, em Alcoutim

O Lar de Martinlongo era uma antiga ambição da autarquia e da população de Martinlngo.

Núcleo Museológico Dr. João Dias já foi inaugurado

Bispo do Algarve abençoou 1ª pedra do Lar de Martinlongo

inspiração que teve no Dr. João Dias para se licenciar e exercer medicina em Alcoutim.

Material cirúrgico e de medicina entre o espólio

Depois do descerramento da placa, os presentes visitaram o novo espaço museológico, do qual faz parte a biblioteca privada do Dr. João Dias, material de consul-tório, instrumentos de medicina e material cirúrgico, objetos pesso-ais, algumas fotografias e jornais da época com referências à sua figura benemérita.

De referir que esta obra custou à Câmara Municipal de Alcoutim cerca de 74.000 euros e resultou de um protocolo celebrado entre a família do Dr. João Dias e a autar-quia de Alcoutim.

municipais, um pavilhão despor-tivo e ainda vamos ter um lar de idosos”, referiu Francisco Amaral, realçando que não é com “varinhas mágicas” que se resolvem os pro-blemas do concelho, mas com um trabalho refletido e responsável, pelo qual a autarquia de Alcou-tim é atualmente reconhecida e até considerada um dos melhores exemplos de gestão autárquica nacionais.

Depois da cerimónia, todos se dirigiram a uma missa na Igreja Matriz, onde D. Manuel Quintas procedeu à bênção do novo altar, construído com apoios da popula-ção e da autarquia de Alcoutim.

Da palavra fizeram uso dois dos netos do Dr. João Francisco Dias – Mário Dias e João Dias, que agra-deceram a todos pela presença e contaram um pouco da história daquele que foi, não apenas o avô, mas um dos rostos incontornáveis da história de Alcoutim.

O Dr. João Dias nasceu na Tenência, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e fixou-se em Alcoutim, onde exer-ceu a sua profissão, depois de se licenciar em Coimbra, no ano de 1927. Faleceu em 1955, mas a sua memória permanece viva, como ótimo médico e cirurgião extra-ordinário.

“Foi um exemplo para mim. Era o meu ídolo, mas infelizmente não lhe cheguei aos calcanhares”, declarou o anterior presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, referindo-se à

O Lar de Martinlongo era uma antiga ambição da autarquia e da população de Martinlongo. A nova infraestrutura localizar-se-á junto à Escola Prof. Joaquim Moreira e terá capacidade para institucionalizar 37 pessoas. O equipamento será gerido pelo Centro Paroquial de Martinlongo, com 26 anos de experiência no apoio à 3ª idade.

Na cerimónia, o Bispo do Algarve congratulou-se com a construção deste lar e deu os parabéns à autar-quia e à população, pela conquista deste sonho. “Se recuássemos 20 anos, isto era um descampado. Agora temos a escola, as piscinas

O núcleo museológico Dr. João Dias, nas antigas instalações do Hospital da Misericórdia, em Alcoutim, foi inaugurado a 13 de Setembro. A cerimónia contou com a presença de muitos amigos e familiares do médico benemérito “alcoutenejo”.

Decorreu a 31 de Agosto o lançamento e bênção da primeira pedra do Lar de Martinlongo. Na cerimónia estiveram o Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, o, à data, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, o presidente do Centro Paroquial de Martinlongo, Diácono Albino Martins, e o padre Alberto, da paróquia de Martinlongo.

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LOCAL

A Câmara Municipal de Alcoutim adjudicou hoje a reparação de diversas estradas e caminhos no concelho, nomeadamente nas povo-ações de Alcarias, Serro, Vicentes e Zambujal.

Os trabalhos vão ser iniciados dentro de poucos dias e finalizados no prazo de 2 meses, A empreitada custa à autarquia de Alcoutim cerca de 150.000,00 euros.

A Câmara Municipal de Alcoutim já adjudicou a beneficiação da Estrada Nacional 124 – troço Martim Longo/Corte Serranos.

A empreitada custa à autarquia cerca de 900.000,00 euros, sendo 65% do valor financiado pelo pro-grama comunitário PO Algarve 21.

Dos trabalhos previstos na bene-ficiação fazem parte a repavimen-tação da estrada e a colocação de sinalização vertical e horizontal.

As obras deverão estar concluídas em Junho de 2014.

“A cidade de Vila Real de Santo Antó-nio é a primeira, a nível nacional, a implementar o sistema digital QR Code (Quick Response Code) junto das placas toponímicas do seu Centro Histórico, prestando, desta forma, um serviço turístico e cultural gratuito a todos os visitantes”. Num comunicado enviado à imprensa o município espe-cifica que “para aceder a esta funciona-lidade, basta dispor de um telemóvel / smartphone com tecnologia de reconhecimento QR Code e apontá-lo para o código de barras (holograma encriptado) disponível junto de uma das novas placas toponímicas existen-tes no centro da cidade”. O utilizador receberá informação sobre o topónimo da rua em questão, incluindo dados históricos e outras curiosidades asso-ciadas ao local.

Tecnologia vai estender-se ao comércio

Durante a fase de arranque, os con-teúdos estão disponíveis em Português e Espanhol. A curto prazo, a tecnologia irá estender-se ao comércio do Centro Histórico, permitindo a todos os lojistas uma divulgação mais eficaz dos seus produtos e uma maior presença nas redes digitais.

Com a atribuição deste distintivo, a autarquia junta-se ao conjunto de 37 municípios, a nível nacional, que vêm adotando medidas facilitadoras da vida familiar dos seus residentes.

O galardão dá visibilidade às prá-ticas de proximidade e às medidas sociais em vigor na autarquia desti-nadas a melhorar a qualidade de vida das famílias do concelho.

Este reconhecimento resulta das políticas de família adotadas pela edi-lidade vila-realense em diversas áreas de atuação, nomeadamente: apoio à maternidade e paternidade, apoio às famílias com necessidades especiais,

Com este serviço, inovador no país, o município de VRSA está a também a contribuir para a dinamização do turismo no concelho e para a valorização do património da cidade, recorrendo a uma tecnologia de fácil utilização e sem custos para o utilizador.

A implementação do sistema digi-tal QR Code faz parte das intervenções do programa Jessica, um investimento avaliado em 1,5 milhões de euros atra-vés do qual está a ser desenvolvida a maior operação de sempre de requalifi-cação do comércio de VRSA e da zona histórica da cidade.

O projeto é gerido pela empresa municipal VRSA SGU e é acompanhado pela colocação de sinalética comercial e cultural no centro de VRSA e pela requalificação dos edifícios, monu-mentos e zonas mais emblemáticos da cidade.

Porquê o QR Code?

Os nomes presentes nas placas topo-nímicas de qualquer parte do mundo reproduzem o nome de uma pessoa ou de um lugar, mas não conseguem tes-temunhar as razões pelas quais foram eleitas para figurar nas mesmas.

É essa ausência de valorização dos lugares que o projeto Topos, desenvol-

serviços básicos, educação e formação, habitação e urbanismo, transportes, saúde, cultura, desporto, lazer e tempo livre, cooperação, relações institucio-nais e participação social.

Foram igualmente avaliadas as boas práticas da Câmara Municipal para com os seus funcionários no que se refere à conciliação entre a vida profissional e familiar.

Sobre o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis

A Associação Portuguesa de Famí-lias Numerosas (APFN) iniciou, em Janeiro de 2002, uma colaboração com as autarquias no sentido da cons-

vido pela Havas Worldwide Portugal, vem colmatar, permitindo à autarquia prestar, de forma gratuita, um serviço

cultural aos seus visitantes.A ideia consiste em colocar um QR

Code (Quick Response Code) junto de

uma placa toponímica e, através desta tecnologia, aceder a informação sobre a rua ou local em questão.

trução de uma Política Autárquica de Família. Na sequência deste trabalho, a APFN decidiu alargar-se para um novo conceito: as Autarquias Familiarmente Responsáveis.

Partindo deste novo modelo, a partir de 2007 procedeu-se à realização de inquéritos junto dos municípios do país com vista a efetuar um levantamento das boas práticas existentes.

Após esse trabalho, a APFN criou um Observatório de Autarquias Familiar-mente Responsáveis (OAFR) e é nesse seguimento que este ano se volta a rea-lizar a 5ª edição da iniciativa «Autarquia + Familiarmente Responsável».

Autarquia adjudica reparação de estradas no concelho

Adjudicada beneficiação troço Martinlongo/Corte Serranos

Centro pombalino dá informação histórica através de novas tecnologias

VRSA é «Autarquia + Familiarmente Responsável»

Alcoutim EN 124

Iniciativa tem como finalidade ceder de modo acessível e gratuito informação histórica sobre o centro histórico de Vila Real de Santo António. Uma ferramenta inovadora a pensar nos turistas e que a autarquia garante ser “pioneira”.

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António foi distinguida, pelo quinto ano consecutivo, pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, como «Autarquia + Familiarmente Responsável 2013».

A iniciativa é pioneira e decorre do projeto JESSICA para a revitalização do Centro Histórico pombalino

Pelo quinto ano consecutivo

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 13

DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013

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14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

Os resultados das eleições

autárquicas 2013 no Baixo

Guadiana renovaram a

maioria absoluta do Par-

tido Social Democrata em

Vila Real de Santo António

mais um que em 2009, e a

CDU ganha um (12,97%).

Quanto à Assembleia Muni-

cipal os sociais democratas

atingiram, igualmente, a

maioria absoluta com 12

Marim Francisco Amaral

ganhou as eleições

à câmara municipal

(47,13%). Contudo o PS

(43,08%) obteve maioria

na Assembleia Munici-

(53,61%), tendo, apesar

de tudo, Luís Gomes per-

dido dois vereadores. Por

seu turno, os socialistas

conseguiram eleger dois

vereadores (23,01%),

membros eleitos. Neste

órgão o PS elegeu cinco,

a CDU três e o Bloco de

Esquerda ganhou voz

com um deputado eleito.

No concelho de Castro

PSD renova maioria absoluta em VRSA e maioria em Castro Marim, PS vence Alcoutim. CDU e BE sobem em VRSA

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 15

pal, elegendo oito elementos, contra sete do PSD.

Em Alcoutim o PS (50,86%) atingiu a maioria na câmara,

assembleia municipal e em três das quatro freguesias.

PS, CDU e BE sobem

De referir que, comparativamente às autárquicas de 2009,

o Partido Socialista (PS) e Coligação Democrática Unitária

(CDU) tiveram melhores resultados nos três concelhos do

Baixo Guadiana. O Bloco de Esquerda subiu em VRSA, e

em Castro Marim, onde se apresentou pela primeira vez,

ficou a 25 votos de eleger um membro para a Assembleia

Municipal.

Quanto ao CDS, quer em VRSA ou em Castro Marim, man-

teve, com oscilações, uma votação insignificante.

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16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013

No dia seguinte às eleições, em fecho de edição do JBG, foi possível recolher, ainda, algumas reações aos resul-tados autárquicos.

Luís Gomes (PSD VRSA)

«Ganhámos, com maioria, na Autarquia, Assembleia Municipal e em todas as Juntas de Fregue-sia do concelho de Vila Real de Santo António. Obrigado a todos! Vamos continuar a trabalhar com o mesmo entusiasmo!»

«Obrigado pelas vossas men-sagens, pelo vosso apoio ao longo desta campanha e pela vossa presença expressiva no nosso comício de encerramento. Juntos, vamos continuar a melho-rar a nossa terra e a construir um futuro cada vez mais sólido. Contamos convosco!»

Luís Romão (PSD VRSA)

«Vitoria boa e com sabor a tra-balho bem realizado!

Estamos aí para o que der e vier nos próximos 4 anos.

A Junta de Freguesia de VRSA vai continuar a crescer!

Um obrigado a todos os que confiaram em nós!»

Pedro Tavares (cabeça de lista à câmara de Castro Marim pelo BE)

«Obrigado a todos aqueles que votaram no Bloco em Castro Marim, em especial àqueles que acreditaram que seríamos uma voz alternativa na Assembleia Municipal (AM), com 4,7% da votação fomos a terceira força mais votada para a AM e ficá-mos a apenas 2 ou 3 dezenas de votos de eleger um membro. Fica para a próxima! Foi a primeira vez que o Bloco concorreu em Castro Marim e há sempre um início difícil para tudo na vida. Parabéns a todos os eleitos e aos vencedores dos órgãos autárqui-cos do concelho (câmara e fre-guesias)! Um bom trabalho para todos!»

João Tomaz (CDU Vila Nova Cacela)

«Ontem, o povo e trabalhado-res de Vila Real de Santo António alcançaram uma grande vitória (daquelas sem fogos de artifício e caravanas). A CDU e fruto da acção de luta coerente do PCP, ao longo de todos os dias e não só em período eleitoral e em defesa dos direitos de quem trabalha e das populações, garantiu um resul-tado eleitoral (não só aqui, mas em todo o país) que nos deixa em condições de, com a nossa acção, enquanto eleitos, poder-mos pugnar sem reservas pela defesa do poder local democrá-tico, ao lado dos trabalhadores e com o trabalho, competência e honestidade que nos são reconhe-cidos, por todos! Enquanto eleito à Assembleia de Freguesia em Vila Nova de Cacela, irei saber honrar o compromisso assumido e confiança dada pelos 180 elei-tores que em nós votaram, para que a intervenção se faça, sem entregar nunca, aquilo que são princípios como os da derrota

da politica de direita seguida no país, concelho e freguesia; a luta sem tréguas pelos direitos de quem trabalha; pela gratuitidade de serviços e de uso de equipa-mentos por parte das populações; pela defesa intransigente do poder local democrático, como conquista de Abril que não pode ser destruída e força das popula-ções na tomada de decisões que lhe concernem, em directo! A LUTA CONTINUA E É O CAMI-NHO! RUMO AO SOCIALISMO E COMUNISMO!»

Bruno Carmo (PSD Castro Marim)

Pela 1ª vez me meti em politica e perdi...não me arrependo das minhas escolhas, nem jogo para os 2 lados como muitos, sempre fui conduzido pelos mesmos sendo o único que conheço (ou conheci, como queiram), mudou é verdade e só daqui a 4 anos é que poderei dizer se para melhor...ou não... verdade verdade é que para mim amanhã é 2ª e não devo nada a ninguém! Abraço

Declarações ao JBG na noite de vitória

AlcoutimOsvaldo Gonçalves (PS)

“É importante fomentar o autoemprego”Osvaldo Gonçalves que ganhou a câmara municipal de Alcoutim pelo Partido Socialista em noite de vitória disse ao Jornal do Baixo Guadiana que “esperava a vitória, mas não uma vitória tão expressiva”. O futuro presidente da câmara alcouteneja referiu ainda que “em campanha sentia-se a vontade de mudança, o que veio a refletir-se nos resultados”, agradecendo “o empenho de todos na campanha”.

Quanto ao futuro Osvaldo Gonçalves disse ao JBG que segue-se “ver como está a casa”, criticando “a falta de atuação por parte do anterior executivo liderado por Francisco Amaral no estímulo ao desenvolvimento económico, nomeadamente no apoio à criação ao auto-emprego”. O socialista admite que “inverter o despovoamento de Alcoutim não é uma batalha fácil de travar”, mas prometeu “não desistir” de inverter o rumo de desertificação humana no concelho mais a nordeste do Algarve

Castro MarimFrancisco Amaral (PSD)

“Emprego e Ação Social são prioridades”Também Francisco Amaral garantiu ao JBG que esta “era a vitória que já esperava” porque o que o motivou candidatar-se à câmara “foi um enorme carinho demonstrado pelos castromarinenses”. Tendo em conta os resultados que validaram a maioria do PS na Assembleia Municipal, Francisco Amaral questionado se esta era uma vitória do candidato, mais do que a equipa, respondeu peremtoriamente que “não, esta foi uma vitória de um coletivo incansável”, admitindo, no entanto “a mais valia de uma experiência de duas décadas enquanto edil em Alcoutim”. F. Amaral garantiu que segue-se “uma forte aposta na criação de emprego e fomentação da ação social”.

Vila Real de Santo AntónioLuís Gomes (PSD)

“Reforçar VRSA a nível local, regional e nacional”Luís Gomes, reeleito para um terceiro mandato em Vila Real de Santo António quer “reforçar a posição de Vila Real de Santo António ao nível local, regional e nacional”. Prometeu “continuidade do projeto”, determinado em “criar melhores condições de vida para os vilarealenses”, num contexto económico-financeiro austero. O edil lamentou a abstenção elevada que acredita que o terá “prejudicado nestas eleições”, prometendo trabalhar “por todos”.

Comentários no facebookSite oficial das autárquicas “esqueceu-se” de Francisco Amaral O site oficial das autárquicas 2013 apontava no dia seguinte Filomena Sintra (atual vice-presidente) como sendo a futura presidente da Câmara de Castro Marim. Um engano que o eleito presidente desfez junto da agên-cia LUSA.No entanto, tal caricato não deixou de provocar inúmeras reações no conce-lho visado, tanto no mundo real como no virtual.

Eleições Algarve Na região algarvia o PS passou a ser o

partido com mais câmaras municipais, tendo obtido 10: Alcoutim, Aljezur, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alpor-tel, Tavira e Vila do Bispo. Assim sendo, os socialistas ganham também o controlo e a presidência da AMAL. A CDU ganhou uma Câmara, a de Silves. O PSD manteve apenas cinco: Albufeira, Castro Marim, Faro, Mon-chique e Vila Real de Santo António.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 17

CULTURA

Escavações em Alcoutim revelam imponente edifício romano com mais de 2 mil anos

Época medieval atraiu este ano 90 mil pessoas a Castro Marim

Os objetos encontrados, em maior número nesta campanha, confirma-ram a cronologia já estabelecida e cor-respondente ao período republicano romano. É dos monumentos romanos mais antigos no território português, tendo sido ocupado durante cerca de 100 anos, por cerca de quatro gera-ções de indivíduos. Destaque para a identificação da parte superior de uma ânfora de tradição púnica, produzida na zona de Cádis, que foi reutilizada. Posteriormente serão realizadas análi-ses para clarificar a sua função.

Campanha internacional

Nesta campanha arqueológica internacional, que uniu o Município de Alcoutim e a Universidade de Inns-bruck, na Áustria, estendeu-se a área de investigação até ao limite sul, onde a estrada municipal 507 destruiu a muralha exterior, provocando a derro-cada e destruição parcial dos edifícios desta área funcional, situados no exte-

No início de Setembro estava contabili-zado o número de visitantes ao evento mais importante na vila medieval. Terão sido 90 mil, disse em comuni-cado à imprensa a câmara municipal de Castro Marim.

Tudo começou no dia 22 de Agosto à tarde, com o desfile medieval pelas ruas da vila onde participaram milha-res de pessoas e milhar e meio de figu-rantes, que vestidos a rigor exibiram os trajes característicos de cada uma das classes sociais de então: o clero, a nobreza, a burguesia e o povo. Ao longo do desfile, a alegria e o fascí-nio dos visitantes confundiu-se com o som feérico dos bobos, equilibristas, cuspidores de fogo e malabaristas que engrandeceram esta produção cultural e artística de Castro Marim.

Quando o desfile transpôs as mura-lhas do Castelo, todo o espaço se transformou numa recriação histórica com a abertura da feira e mercado, a animação de rua com gaiteiros, sal-timbancos, contadores de histórias, arqueiros, adivinhos e marionetes, onde não faltou a animação infantil para os mais pequenos.

As ruas do Castelo ficaram apinha-

rior do edifício principal. A intervenção concluiu que o edifício central, que contava com três andares em época romana, era constituído por um piso térreo (o único que se conserva), com-posto por áreas de circulação e acesso aos pisos superiores, e dois andares superiores, que estariam destinados ao espaço habitacional, tendo sido reser-vada a parte exterior do edifício, onde se detetaram áreas de lareiras, para a zona funcional.

Voluntários da Universidade do Algarve

Os trabalhos, que contaram, tal como em anos precedentes, com a colaboração de jovens voluntários da Universidade do Algarve e voluntá-rios da Associação de Arqueólogos do Algarve, contribuíram com dados que irão aprofundar o conhecimento científico deste tipo de monumento romano, incipientemente conhecido. A investigação, que se seguirá nos

das de gente, assistindo a exibições encenadas pela Companhia de Teatro Vivarte, pelo Gruppo Folkloristico Medievale Spadaccini, pela Compag-nie Entr’Act ou pela Escuela Municipal de Teatro de Cortegana.

Também a música esteve presente nesta recriação da vida quotidiana do homem da Idade Média com as deambulações medievais musicais

próximos meses, irá permitir divulgar publicamente o edifício romano do séc. II / I a. C., que se ergueria majestático e sobranceiro ao Guadiana, impondo

pelo castelo e pelas ruas da vila e com a participação de grupos nacio-nais, espanhóis, franceses e italianos como os Ensemble Musical Le Condor, Allambra e as Mozarabes, Compagnie Ande Moro Ilo, Andarilhos de Baião e Pauliteiros de Miranda.

Na noite de sábado, enquanto uma multidão se acotovelava na Praça 1º de Maio, para assistir a “O ataque des-

do alto de um cerro xistoso os seus dez metros de altura, protegidos por imponentes muralhas.

Futuramente, o município de Alcou-

vairado dos zaragateiros por amor de uma freira”, pela Companhia de Teatro Vivarte, a Liça do Castelo foi o palco de mais um Torneio Medieval a Cavalo pelo Esquadrão de Cavalaria da GNR do Alentejo e Algarve, que encantou centenas de espetadores.

Outro dos momentos altos dos Dias Medievais foram os banquetes, con-fecionados na edição deste ano pela

tim pretende proteger, valorizar e tornar visitável este, que é um dos monumentos romanos mais antigos do país.

Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, deliciando os comensais com os pratos e sobremesas da época, acompanhados de vinho, cerveja preta e cidra.

Em destaque na nota de imprensa a autarquia realça “a ação muito positiva das associações locais que apresenta-ram nas tasquinhas espalhadas pelo recinto do castelo algumas das iguarias da gastronomia de então, com destaque para as ementas de caça”.

Uma das marcas impressivas dos Dias Medievais é a recriação das artes e ofí-cios por dezenas de artesãos do con-celho, mas também vindos de outras partes do país, através das demonstra-ções ao vivo das antigas profissões da Idade Média como cirieiro, tosador, ourives, canteiro, barbeiro, ferreiro, sapateiro, tanoeiro e peleiro.

Nesta visita guiada à vida e ao imaginário de então, a uma Idade Média que se deixa viver e sonhar nas suas fascinantes contradições, a 16ª Edição dos Dias Medievais em Marim, vivida e sentida por 90 mil pessoas, terminou com um grandioso concerto pela Compagnie Entr’Act “À la Croisée des Chemins” e um espe-táculo de pirotecnia.

Quinta campanha de escavações no Cerro do Castelinho dos Mouros permitiu definir edifício que se estende por 600m2

O balanço é feito pela empresa municipal »NovBaesuris» e pela câmara municipal de Castro Marim

A conclusão dos trabalhos arqueológicos, com a quinta e última campanha de escavações no Cerro do Castelinho dos Mouros, no concelho de Alcoutim, permitiu definir a grandiosidade do edifício, que se estende por uma área com mais de 600m2.

De acordo com a empresa municipal Novbaesuris e a câmara municipal de Castro Marim o castelo e as ruas da vila de Castro Marim “foram pequenos para receber os 90 mil visitantes que, entre 22 e 25 de agosto, estiveram na 16ª Edição dos Dias Medievais”.

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18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

CULTURA

A exposição «Ligações» é inovadora e está a atrair muitas pessoas

Esta iniciativa está inserida na revitalização do núcleo museoológico de Santa Justa, em Alcoutim

Novos requisitos químicos para brinquedos entram em vigor

Os novos requisitos químicos

da UE para os brinquedos, que se encontram entre os mais rigorosos a nível mundial, são aplicáveis a partir de amanhã, 20 de julho de 2013. A utilização de substâncias cancerígenas, mutagénicas ou tóxi-cas para a reprodução, assim como 55 fragrâncias alergénicas, passam a ser proibidas nos brinquedos, ao passo que é agora exigida a rotu-lagem para 11 potenciais alergé-nios. Estudo de mercado dos consumidores

Um novo estudo da UE estima

que os consumidores da UE pode-riam poupar, globalmente, até 8,6 mil milhões de euros por ano, mudando de fornecedor de acesso à Internet: o documento de trabalho dos serviços da Comissão publicado ontem analisa a experiência do con-sumidor de serviços de Internet a nível de toda a UE e concluiu que mais de um terço dos inquiridos tinham tido problemas com o seu fornecedor de acesso à Internet ao longo do último ano.

Proteger o dinheiro do contribuinte contra a fraude: a Comissão propõe a instituição de um Procurador europeu

A Comissão Europeia tomou hoje

medidas para melhorar, à escala da União, a ação penal contra os criminosos que defraudam os contribuintes da UE, instituindo um procurador europeu, que terá por missão exclusiva investigar e, se necessário, processar judicial-mente (no tribunais dos Estados-Membros) os casos de infrações ao orçamento da UE. A procura-doria europeia será uma instituição independente, sujeita ao controlo democrático.

«Perto daEuropa»

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Artesanato é o mote para exposição, conversas e workshops

Sessão sobre Provérbios Populares no Núcleo Museológico de Santa Justa

Mais de uma centena de pessoas visi-taram a exposição Ligações – o artesa-nato ligado ao futuro, que inaugurou no dia 20 de Setembro, no Cecal, em Loulé. Esta exposição que estabelece a ligação dos produtos de artesanato contemporâneo com a sua origem e cultura, estará patente até ao dia 26 de Outubro. Durante este período é possível ver e adquirir as peças que resultam da ligação entre o design e o artesanato.

O projecto TASA – Técnicas Ances-trais Soluções Actuais – promove um conjunto de outros eventos que preten-dem valorizar o artesanato como pro-fissão de futuro. No dia 2 de Outubro abre-se um ciclo de conversas à volta das artes tradicionais. Começa-se com a contextualização histórica e cultural do artesanato algarvio (no dia 2 de Outubro às 18h no Cecal) para se dis-cutir o seu lugar no nosso tempo e na nossa realidade (no dia 18 de Outubro, às 18h) e por fim perspetivar o futuro das artes tradicionais, no dia 26 de Outubro às 17h no Cecal.

Há ainda dois workshops que vão acontecer em Outubro no Parque Municipal de Loulé. Destinam-se às crianças e pretendem levá-las a con-tactar com as técnicas tradicionais e a cultura algarvia. No dia 21 de Setem-bro, 11 pessoas estiveram a trabalhar o barro e a experimentar a roda do

Realizou-se a 20 de Setembro a 4ª Sessão de Revitalização e Dinami-zação do Núcleo Museológico de Santa Justa no âmbito do Projeto Alcoutim. Os Provérbios Popu-lares foram o tema deste Serão que contou com a presença do Prof. de Matemática, Rui Soares, com raízes em Martinlongo, e

oleiro. No dia 12 de Outubro será a vez de construir instrumentos musicais e experimentar a fazer música com a natureza e no dia 19, inventam-se brinquedos e brincadeiras em madeira, usando o que a natureza oferece e o que a imaginação e o engenho poten-ciam.

O mercado municipal de Loulé será palco de uma ação de gastronomia, em que se vão ligar os produtos TASA a atividades de degustação e onde se inclui a preparação de pitéus. É dia 5 de Outubro, sábado, às 10h.

O Ligações termina em festa no dia 26 e Outubro, depois de uma semana de residência criativa em que desig-ners internacionais trabalharam com designers portugueses na criação de novas peças de artesanato que res-pondem a desafios contemporâneos. Nesse dia dá-se a conhecer os produtos que resultaram do trabalho dos resi-dentes e que servirão de mote para discutir o futuro das artes tradicionais. A festa termina ao som dos Garatuja e será animada pela Casa da Cultura de Loulé.

A entidade promotora do evento Ligações é a Câmara Municipal de Loulé e a organização está a cargo da ProActive Tur. Conta com a CCDR Algarve como parceira e tem o apoio da Casa da Cultura de Loulé e do Cria (UALG).

que de forma animada colocou todo o público em interacção na partilha de provérbios populares e seus significados. Rui Soares é Presidente da Associação Inter-nacional de Paremiologia (estudo dos provérbios) e tem sido co-or-ganizador dos Colóquios Interna-cionais de Provérbios. Mais uma

vez a antiga Escola Primária de Santa Justa recebeu um Serão que, segundo Maria Luísa Fran-cisco, coordenadora do Projeto Alcoutim e simultaneamente Delegada Regional da Associa-ção Portuguesa de Museologia, “valorizou o património imate-rial desta região, tendo sido feita

uma comparação com versões de provérbios populares usados no Nordeste Algarvio”. Acrescentou, ainda, que “o desafio do Presi-dente da Associação Internacio-nal de Paremiologia para que seja feita uma recolha de provérbios populares junto desta população rural, não ficará esquecido.”

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 19

CULTURA

O fado em Vila Real de Santo António move um elevado número de pessoas. Luís Saturnino ganhou 1.º prémio

Curso em Vila Real de Santo António e Huelva tem sido um sucesso

Mickael Salgado e Luís Saturnino foram os grandes vencedores do concurso de Fado

2.ª edição de curso de José Saramago entre outubro e maio

A grande final do VI Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo António, que teve lugar no passado sábado, dia 14 de setembro, no palco do Centro Cultural António Aleixo apurou os grandes vencedores depois de de uma tarefa bastante difícil do júri.

No primeiro escalão, os três primeiros classificados foram Mickael Salgado (Coimbra), Nádia Catarro (Monte Gordo) e João Luis Limpo (Moura). No segundo escalão, os vencedores foram Luís Saturnino (Beja), Elsa Jerónimo (Vila Real de Santo António) e Rui Simões (Lisboa). O concurso, que este ano celebrou a sua sexta edição, é uma das iniciativas culturais melhor sucedidas do município, mantendo o objetivo de divulgar novos talentos e de promover este estilo musical.

Pelo segundo ano consecutivo, tem início a “Aula José Saramago”, que decorrerá entre outubro de 2013 e maio de 2014, em simultâneo na Biblioteca Provincial de Huelva e na Biblioteca Municipal Vicente Campinas de Vila Real de Santo António. A “Aula José Saramago”pretende ser um espaço de debate e de reflexão, que permita aprofundar o conhecimento da obra do autor e possa contribuir para a formação de uma cidadania mais responsável.

Durante a aula serão lidos alguns títulos que abarcam toda a sua trajetória criativa, assim como diferentes géneros, permitindo uma visão mais alargada da evolução do seu pensamento.

À semelhança da edição anterior, durante este período, poderão vir a realizar-se outras atividades que com-plementem os objetivos definidos para a aula.

As sessões serão dinamizadas por Diego J. González Martín, licenciado em Ciências da Educação e membro fundador da Associação Cultural CREDIDA de Ayamonte.

Inauguração a 14 de OutubroA inauguração da aula vai ter lugar no dia 14 de Outubro na Biblioteca Provincial de Huelva.De acordo com Assunção Constantino, coordenadora da biblioteca vilarealense, as inscrições “esgotaram

em três dias”, dando nota de que a adesão ao curso foi “excecional”. À data de fecho do JBG estavam inscritas já 26 pessoas, “sendo que o limite para a formação são 20”, explicou a coordenadora, mostrando-se bastante satisfeita com o sucesso do curso.

De referir que, em Vila Real de Santo António, a primeira edição que decorreu em 2012/2013 teve 40 ins-crições, apesar de terem podido frequentar o curso apenas 20 alunos, lotando o curso.

A aula «José Saramago» vai ter inauguração a 14 de outubro na Biblioteca Provincial de Huelva. De acordo com a coordenação da biblioteca municipal de Vila Real de Santo António, a formação tem sido “um sucesso”.

VRSA

Mickael Salgado ganhou o primeiro lugar no escalão dos mais novos

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

CULTURA

Festa «Entreculturas» regressa em Outubro

Exposição de Fotografia uniu Alcoutim e

Sanlúcar de Guadiana

POR CÁ ACONTECE A G E N D A09h00 e as 18h00

CASTRO MARIM

Apresentação do livro «Encontros Improváveis» de Fernando Pessanha4 de OutubroLocal: Biblioteca Municipal de Castro MarimHora: 18h

VRSA

VRSA – Artes e TradiçõesExposição e Comércio de ArtesanatoData: 4 > 18 de outubroHora: 10h00 > 13h00 | 15h00 > 19h00Local: Centro Cultural António Aleixo |VRSA

FROM SPLASH WITH LOVEData: 5 de outubro Hora: 21h30Local: Centro Cultural António Aleixo| VRSA

TATUAGE – Espetáculo de DançaData: 19 de outubroHora: 21h30Local: Centro Cultural António Aleixo | VRSA

Workshop de Tango ArgentinoData: 20 de outubroHora: 16h00 > 19h00Inscrição 10€Local: Centro Cultural António Aleixo| VRSA

NOITE DE FADO - homenagem a grandes Fadistas da atualidadeFadistas: Neusa Brito, Renato Nené, Sara Gonçalves e César Matoso

Músicos: Virgílio Lança e Miguel DragoData: 26 de outubro Hora: 21h30Local: Centro Cultural António Aleixo | VRSA

Exposição «Vicente Campinas – a construção da memória» Escultor Nuno Rufino Data: até 30 de outubroHora: segunda a sexta - 9h15 > 19h45sábado - 14h15 > 19h45Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Hora do conto «Conta lá!» *- Pré-escolar: «Ainda Nada?» - Christian Voltz- 1º ciclo: «O H que perdeu uma perna» - Ana Vicente, ilustrações Madalena Matoso Data: terça a sexta-feiraHora: 11h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Clube de leitura «Livros Mexidos» Data: 24 de outubroHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«El Rif y la desaparecida ciudad de Nakur - Desde los albores de la historia hasta las luces del Islam» e «La civilisation rifaine à travers l’histoire du Maroc. L’historien des cités dispa-rues»Com a presença do autor Ahmed Tahiri e dos convidados Fatima-Zahra Aitoutouhen Temsamani e Manuel RamosData: 18 de outubroHora: 18h30Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Tertúlia alusiva à Semana Mundial de Alei-tamento Materno- SMAM 2013«Apoio às mães que amamentam - Próximo, Contí-nuo e Oportuno»Data: 11 de outubro Hora: 11h00 Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Palestra «Meditação prática» Braham Kumaris – Associação para um mundo melhorData: 19 de outubro Hora: 15h00 > 17h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

«Vigilância da saúde da mama» pela Enfª. Patrícia Jerónimo(outubro - mês de prevenção do cancro da mama)Data: 31 de outubroHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«Mulher sem título»da artista Milita DoréData: 7 a 31 de outubroHora: segunda-feira a sexta-feira - 9h30 > 12h30 | 14h00 > 16h45Local: Arquivo Histórico Municipal|VRSA

Feira da PraiaData: 10 > 15 de outubroHorário: 10h00 > 1h00Local: Av. Da República| Praça Marquês de Pombal| VRSA

ALCOUTIM

De 04 a 31 de outubro Exposição “Cerâmicas de Alcoutim”Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 18h00

10 de outubro Mercado de Vaqueiros Local: Vaqueiros Hora: 09h00

24 de outubro Sessão de Revitalização do Núcleo Museológico de Santa JustaLocal: Santa JustaHora: 21h00

28 de outubro Mercado do PereiroLocal: Pereiro (Feira Nova)Hora: 09h00

Alcoutim, Terra de FronteiraExposição permanente pela vila de AlcoutimInserida no projeto Exposição “ Algarve, Do Reino à Região”

Exposição “Bonecas da Flor d’Agulha”Local: Centro de Artes e Ofícios (Alcoutim)Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30

Exposição de Fotografia de Jean Marc Godès Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 18h00

Exposição de Escultura de Henrique Silva Local: Pátio da Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Hora: De segunda a sexta-feira, entre as

Mais uma vez vai realizar-se a Festa Entreculturas, organizada pela Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de Santo António. O evento dinamizado pelo Centro Local de Apoio à Integração dos Imigrantes, visa a promoção da interculturali-dade e decorre de uma candidatura ao Programa FEINPT (Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros), no âmbito da 3ª edição da Promoção da Interculturalidade a nível Municipal. A Festa Entreculturas irá realizar-se no dia 26 de outubro de 2013, sábado, na Praça Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António e contará com o envolvimento dos imigrantes das nacionalidades ucraniana, brasileira, moldava, romena e senegalesa que trarão até nós a música, a dança, o artesanato e a gastronomia, própria das suas regiões.

Foi inaugurada a 21 de Setembro pelas 17h a Exposição de Fotografia Alcoutim Sanlúcar de Guadiana, cujo mote foi: “Duas margens, uma perspetiva”.

Esta atividade inserida nas Jornadas Europeias do Património 2013 contou com a organização do Projeto Alcou-tim, tendo entre as habituais parcerias, desta vez também parceria com a Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS).

O concurso que precedeu a Exposição de Fotografia procurou valorizar principalmente o património e a beleza natural das duas vilas raianas. Maria Luísa Francisco, coordenadora do Projeto Alcoutim e membro da Direção da ATAS referiu na abertura da Exposição que esta convida a um olhar renovado sobre os cantos e recantos de duas vilas, de dois países, mas acima de tudo de dois povos irmãos, que nesta Exposição se juntam num encontro que reforça a sua cultura e o seu património.

Os prémios foram entregues por Carlos Brito, Vice-Presidente da Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS) e os vencedores foram: Pedro Inácio (1º lugar-Lisboa); José Manuel Carrasco Serafín (2º lugar-Huelva) e Célio Martins (3º lugar-Alcoutim).

Carlos Brito agradeceu a todos aqueles que desta forma quiseram partilhar o seu olhar sobre Alcoutim e San-lúcar de Guadiana e surpreendeu com uma “fotografia poética” intitulada “Alcoutim Sanlúcar”, publicada num dos seus livros de poesia, e por si declamada perante o público presente.

A Exposição de Fotografia poderá ser visitada virtualmente através de: www.facebook.com/ProjetoAlcoutim

A festa vai ter lugar depois de interrupção por falta de financiamento A iniciativa foi da Associação Transfronteiriça Açcoutim Sanlúcar

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 21

Arquivo histórico assinalou «Dia Internacional da

Música»

Tertúlia senta-seà mesa da gastronomia

Dia Internacional decorreu a 1 de Outubro e foi assinalado com aula aberta “A Música no Século de Arenilha”. Foi apresentada uma partitura, que serve de capa ao “Livro de Termos de Vereação e Acórdãos Camarários da Câmara de Cacela”, datado de 1654-1664

CULTURA

O último livro de Julieta Monginho, intitu-lado Metade Maior, foi apresentado no Algarve numa memorável sessão literária que se reali-zou, pelos dias de Março, no Pátio das Letras, em Faro.

Além da intervenção da autora, a sessão foi preenchida pelo saber e o brilho da palavra do escritor José Manuel Mendes, Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, e por muitas perguntas e questões do público.

Um livro de Julieta Monginho suscita sempre muita expectativa. Lembre-se que o seu título anterior A Terceira Mãe foi galardoado, em 2008, com Grande Prémio do Romance e Novela da APE. Mas a sessão de Faro desper-tou, não tenho dúvidas, nos que lá estiveram, redobrada curiosidade pela leitura do livro. Foi o que aconteceu comigo que, meses passados, aqui venho trazer o meu testemunho.

Metade Maior lê-se com muito gosto, embora não seja, de modo nenhum, um livro fácil. Custa despegar das suas páginas, do estilo sóbrio, do enredo, das personagens, das situa-ções anómalas, das reflexões certeiras em que somos envolvidos logo que entramos naquele mundo estranho. Aos movimentos de aproxi-mação e de largo distanciamento poético da realidade, soma-se a atmosfera de mistério que apetece desvendar e a sucessão de enigmas que apetece descobrir.

A acção passa-se numa avenida imaginária ou, melhor, em metade dela, na metade maior, não na metade superior e privilegiada, mas na metade inferior mais sofrida, mais cheia de desgraçados e de dramas, mas também de cor e de espectáculo.

Sabe-se «que a cidade encolhera e a avenida ficara isolada do mundo.» Vive num regime de profunda e avançada austeridade. Os vários ministérios foram reconvertidos em três depar-tamentos: «o das finanças, o da demografia e o da diversão».

É o da demografia que influencia toda a trama romanesca. Cabe-lhe dirigir «o processo de ajustamento demográfico» e para isso tem os seus próprios matadores oficiais.

O livro começa precisamente com um deles em acção. A vítima foi escolhida entre as mulheres em idade fértil da metade infe-rior da avenida, que são o alvo preferido da matança. Mas como não há crimes perfeitos, mesmo se oficiais, a filha da vítima – Mimi - uma menina de catorze anos vê (não era previ-sível que tivesse visto) e mais tarde identifica o matador. Aqui nasce a semente de rebeldia que vai culminar num acto supremo de resistência ao sistema – a salvação e a protecção de um bebé, com o nome simbólico de Ema. É assim que alguns dos resistentes procuram «preservar o sentido de tantos anos de crença no fio escon-dido entre o que é e o que devia ser.»

Metade Maior, é uma edição da Editorial Estampa e está à venda nas livrarias.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

METADE MAIORde

Julieta Monginho

L I V R O Spor Carlos Brito

“El asentamiento fenicio más occidental de la historia está en Ayamonte”?! Não, não está…

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Foi no passado dia 12 de Setembro de 2013 que o jornal espanhol La Vanguardia publicou uma notícia intitulada “El asenta-miento fenicio más occidental de la historia está en Ayamonte”. Segundo este órgão de comunicação, os especialistas do Instituto Arqueológico Alemão afirmaram tratar-se do assentamento fenício mais ocidental da História, avançando uma cronologia de 2800 anos para datar o sítio arqueológico em questão. Ora, estas declarações não só são altamente contestáveis, como traduzem um brutal desconhecimento dos estudos arqueológicos que, nas últimas décadas, têm vindo a ser realizados em Portugal.

A directora do Instituto, Dirce Marzoli, ainda referiu que em alguns pontos de Portugal foram encontrados vestígios que indicam uma possível ocupação fenícia. Possível?! Ora, não saberá a senhora que na outra margem do Guadiana, em Castro Marim, foi identificado um assentamento fenício e que já deu origem à publicação de vários trabalhos científicos? Isto já para não falar de outros sítios em contexto algarvio – a ocidente de Ayamonte – como Tavira ou do Cerro da Rocha Branca, em Silves. De resto, a presença fenícia no ocidente peninsular está também atestada noutros pontos correspondentes ao território por-tuguês. É o caso de Alcácer do Sal, Setúbal, Abul, Almaraz, Santa Olaia, para além dos materiais identificados em Conímbriga e que atestam as relações que a população autóctone que ali habitava mantinha com o mundo fenício.

Ao que parece, continua a subsistir, em alguns círculos, a errónea ideia da inexis-tência de estabelecimentos fenícios a oci-dente de Cádiz. Muitas declarações, de alegados entendidos na matéria, omitem estudos recentes, esquecem trabalhos pioneiros de portugueses ou, na melhor das hipóteses, explicam os testemunhos arqueológicos disponíveis no extremo ocidente da Península num contexto de relações comerciais pontuais e muito espo-rádicas. Como exemplo podemos apontar a obra dirigida por Olmo Lete-Eugénia, edi-tada em 1987, “Tiro y las Colónias Fenicias de Occidente”, onde nem sequer é conside-rada tal presença no território português. A verdade é que moderna investigação portuguesa tem vindo a demonstrar a ine-quívoca presença de estruturas comerciais e o forte impacto cultural fenício, desde o estuário do rio Guadiana ao rio Mondego. Nesse sentido, alertamos para a falta de rigor científico de alguns artigos avan-çados pelos órgãos de comunicação. Não nos devemos esquecer que o mediatismo em torno de alguns estudos arqueológicos são fundamentais para que os mesmos não morram na praia…

Fernando PessanhaHistoriador

O Arquivo Histórico Municipal de VRSA assinalou, no dia 1 de Outubro de 2013 o dia Internacional da Música. A data, instituída em 1975 por uma organização fundada pela UNESCO, tem por objetivo promover e divulgar a música enquanto expressão artística, cultural e patrimonial.

É neste contexto que o Arquivo Histórico Municipal promoveu a Aula Aberta “A Música no Século de Arenilha”, estando a comunicação a cargo de Fernando Pessanha. Para além da aula de História da Música, a efeméride servirá ainda para dar a conhecer um documento de grande interesse: uma partitura, que serve de capa ao “Livro de Termos de Vereação e Acórdãos Camarários da Câmara de Cacela”, datado de 1654-1664, e depositado no Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António. A partitura está redigida em latim e apresenta uma composição monofónica que nos remete para o cantochão litúrgico característico da Idade Média. O documento que aqui se dá a conhecer pode ser consultado no Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António – Doc. 344.

O Jornal do Baixo Guadiana e a Biblioteca Municipal Vicente Campinas, de Vila Real de Santo António, estão de volta com as tertúlias ao fim de tarde. Depois de uma interrupção habitual nos meses de verão é tempo de regressar para manter acesa a conversa entre tertulianos habituais e novos tertulianos que são sempre bem vindos.

O tema da próxima tertúlia que vai ter lugar a 11 de Outubro pelas 17h30 é «Gastronomia – tradição e inovação».

Falar sobre gastronomia é sempre agradável, mas a organização acredita que este é um tema bastante rico num território próspero em produtos e com um «saber fazer» único. A entrada é livre numa tertúlia onde vão marcar presença amantes da cozinha aos mais vários níveis.

VRSA

Tertúlias do JBG e Biblioteca Vicente Campinas regressaram após Verão

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22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

POESIA

Estão aí as Eleições Autárquicas

Fazer propaganda eleitoralÉ ser honesto, verdadeiro e respeitador

Nunca da oposição falar malOuvindo as ideias do seu opositor.

Falar sempre a sua verdadeCom respeito e educaçãoDá-lhe mais credibilidadeE aumenta-lhe a votação.

Votar na pessoa certaÉ conhecer bem o seu passadoDaquilo que se sabe ser capaz.

É um grito de alerta Expresso num voto dado

Que o voto sempre nos trás.

Relógio

Portugal a arder

Cheira a terra queimadaFruto dos incêndios de Verão

Terra seca não dá nadaE sem chuva não há pão.

Quem ateia fogo à mataPor vingança ou malvadez, É ele próprio que se mata

No fogo que ele próprio fez.

O incendiário é um loucoE de tudo é capaz,

Pois só pensa fazer o mal.

Qualquer castigo é poucoPara quem tanto mal faz,

A este jardim…que é Portugal.

Relógio

Castro Marim, a Velha Senhora

Já foi Baesuris romanae mourisca sedutora,

cristã e lusitana,Castro, a Velha Senhora.

Quando o romano chegou,namorava o Guadiana,

pelo estrangeiro o trocou,por fim com ele casou,e foi Baesuris romana

Porém, o casamento acaboue vestiu-se a rigor de moura;

assim trajando ficou;por um mouro se apaixonou,

foi mourisca sedutora.

Mas, eis D. Paio à entradada fortaleza raiana

e a moirama em debandada;acorda alta madrugada

cristã e lusitana.

Romana, mourisca e cristã,tão bela como sempre o fora,

ergue-se ao romper da manhã,esta veneranda anciã,

Castro, a Velha Senhora.

Manuel Palma

Fado, Fadinho

INão é um fado de amor!

De tão grande ardor!Que eu canto a saudade!

E sem a vaidade!Que eu sou quem sou!

Porque à tua espera estou!E posso esperar à toa!

Porque sou barco sem proa!

IINão é um fado de amor!De tão grande clamor!

Que eu canto a verdade!E sem a vaidade!

Que eu sou quem sou!Porque à tua espera não estou!

Não posso esperar à toa!Porque sou barco sem proa!

Ilda Ferreira

A minha hora

Quero a morte que se afastaSem p’ra mim olhar, serenaVai-se embora, é uma penaNa sua queda outros arrasta

Tanta vidas ceifadasEm plena flor da idade

Deixam, tanta falta e saudadeTristes famílias desgraçadas

Essa viagem que demoraPerdoem-me a metáfora triste

Enquanto paciente espero

Também chegará a minha horaEm cada um a oportunidade existe

É o meu desabafo sincero.

Manuel Gomes

O Desejo de te Amar

Sinto amor quero abraçarAo mesmo tempo beijar

A mulher que já foi minhaA vida desencontrada

Decerto não nos trás nadaPor fim só desencaminha

Sinto tão forte esta dorPor já não ter calor

Da mulher que tanto ameiÉ meu sentido e deverNunca mais a esquecerSerá sempre o que farei

Este amor de mim fugiuTodo o meu corpo sentiu

Um desgosto tão profundoJá não sei o que fazerPara em breve reaver

De quem gosto neste mundo

Passo as noites a pensarComo hei de novo encontrar

O amor que eu perdiA vida não faz sentidoComo eu tenho vivido

Tão afastado de ti

Henrique Roberto

Mãe

Encontrei na serra silvestreUma doce palavra perdida

Que nesse espaço campestreDava amor, ternura e vida

Tanta doçura me encantouE me arrebatou o coração

Era tanto o carinho e emoçãoQue o meu pobre coração chorou

Já refeito da doce surpresaAo cume do monte subi

Com lágrimas nos olhos também

O povo com tanta nobrezaQue jamais noutro lugar vi

Gritou… A doce palavra é M…Ã…E

Manuel Gomes

O Amor

O amor é:Uma erterna paciência…!

Uma louca chama que arde…!Uma longa espera que desespera!

O Amor é:Uma tamanha comoção…!Uma estranha canção…!Nas vagas do mar fugaz!

Ilda Ferreira

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 23

PUBLICIDADE E COLABORADORES

Que Democracia

Há dias, vi na televisão um político e ex governante. Comentava um pouco da sua vida como politico. Sabemos que aplicou a sua politica com arte e honestidade, sabemos também, que na sua juventude foi técnico numa arte que não sei dizer qual. Fico a pensar que juntando a técnica com a teoria, dá de certeza bons resultados, não sei se foi o caso.

Os políticos partem com acção, vontade e entusiasmo, depois campe-ões nas afirmações, falham nas soluções e falham porquê? Pela ambição do poder, da autoridade e do idealismo. Alguns ousam ser diferentes e conseguem, outros não conseguem mudanças, não desenvolvem relações, não sabem partilhar, esquecem a dimensão humana. Não têm sabedoria na procura da criatividade, sociabilidade e da harmonia,

Os eleitores partem uma vez mais em procura de melhorias, saberão o que estão a fazer? Não! Mas é a participação a motivação na procura de soluções que nunca chegam. Todos têm direitos, manda assim a demo-cracia. “O povo exerce a sabedoria” frase bonita, mas na realidade não é assim, o povo não propõe o candidato, é ele ou o partido que o propõe. Estaria certo se fosse o povo a propor o candidato, por isso vota naquele que pensa que cumprirá todas as promessas declaradas.

Um politico está longe de saber o outro lado da teoria. Depois; manda assim a democracia:

-Eu trabalha e faço greves e, se a empresa for vendida quero ser accio-nista!

-Eu não tem trabalho, perdi a casa, perdi tudo, nada tenho! Temos aqui dois lados. Na política também há dois lados, os que ganham e os que perdem.

Há democracia, e os que estão de um lado, podem dizer o que querem do outro lado, exaltam-se, chegam a ter comportamentos agressivos para com seus opositores, dai as vitórias de pouca duração, seria mais racio-nal; perdi vou sondar porque perdi, vou fazer balanços para que daqui a quatro anos esteja preparado, com todos os trunfos e na altura certa, dá-los a conhecer. Ai sim criticar com firmeza. Presentemente a política é assim:

-Outra vez bêbado homem! -Tem mas é cuidado contigo, não te quero ver a olhar para os outros

homens. É de baixo nível.

Manuel Tomaz

Pedido de ajuda no combate ao cancroOlá, meu nome é Maria Helena, tenho 58 anos de idade e sou residente em Vila Nova de Cacela. Neste momento estou a lutar contra um cancro pela segunda vez. A primeira vez foi em 1996 nos intestinos, e após uns meses intensivos de trata-mentos de quimioterapia consegui curar-me, mas há cerca de três meses atrás descobri que tinha um tumor no pulmão com metástases no abdómen. Perdi a minha mãe há dois meses atrás e foi uma dor impossível de vos explicar, não só por ser filha única e muito próximas uma da outra, mas também por ter sido ela que em 1996 teve sempre ao meu lado naquele momento tão difícil, talvez devido a esta dor incalculável o tumor tenha desenvolvido mais depressa. Para além de toda esta dor (descobrir que tinha novamente cancro e perder a minha mãe), ainda tive de enfrentar outra luta, esperar que o Hospital de Faro possuísse o medicamento para começar os tratamentos de quimioterapia. Há dois meses que espero a medicação para iniciar os tratamentos, mas infelizmente está difícil de começar, pois agora que o medicamento já está dis-ponível, o meu estado de saúde piorou bastante. Há cerca de vinte dias que estou com vómitos constantes o que fez com que eu perdesse cerca de 15 Kg, fiquei mais fraca e desidratei, devido a isso não estou em condições de começar a quimiote-rapia. Tenho uma possível cura, que consiste num tratamento especial com células dendríticas numa clínica na Alemanha. Para realizar este tratamento necessito cerca de 30.000€, logo toda a ajuda e contribuição é uma mais-valia. Sou mãe de dois rapazes e avó de uma menina, não os queria abandonar tão cedo e gostava de ver a minha neta crescer. Por favor peço a contribuição de todos para este gesto de solidariedade, a minha vida depende de todos vós.

Maria Helena F.V.P Simão NIB: 0045-7040-4026-0010-5347-3 IBAN: PT50-0045-7040-4026-0010-5347-3

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia cinco de Setembro de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas trinta e quatro a folhas trinta e cinco verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Fernando Custódio Fernandes e mulher, Maria Antónia Teixeira Fernandes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residentes na Rua do Lusitano, lote 16, letra F, em Vila Real de Santo António, contribuintes fiscais números 190 373 350 e 190 373 369.

Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano locali-zado no Sítio do Monte Novo, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por um edifício térreo com uma divisão, destinado a habitação, com a área total e de implantação de vinte metros quadra-dos, a confrontar a Norte e Poente com Rua, a Sul com Custódia Anica e a Nascente com Catarina Maria, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 1074, com o valor patrimonial tributável e atribuído de mil seiscentos e sessenta euros.

Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes, já no estado de casados, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, feita a Maria Adelaide Pereira Henriques casada com José Lopes de Carvalho sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Faro.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, habitando nele, cuidando da sua manutenção, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhe-cimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 5 de Setembro de 2013.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo

Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 12/09 Factura n.º 3746

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2013

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

PATRIMÓNIO E PSICOLOGIA

No Baixo Guadiana, em especial junto dos montes serranos, os muros de pedra são testemunhos da presença humana na paisagem. Espalhados um pouco por todo a serra, demarcando propriedades ou deli-mitando caminhos, são uma marca viva da história deste território.

O número de muros construídos em xisto, um material abundante na região, aumenta à medida que nos aproximamos dos montes, como uma teia de xisto que envolve o con-junto edificado. Estes delimitam os terrenos – exercendo um papel jurídico fundamental – e envolvem as cercas ou cercados, que no seu interior possuem boas hortas e pomares para

sustento dos proprietários. Protegem deste modo as terras das indesejadas visitas dos ani-mais, que destroem e devoram as culturas. No caso de alguns cercados, de maior dimensão, possuíam tunas – figueiras da índia – junto aos muros, como reforço contra os predadores. Os muros de xisto eram mais eficazes que os marcos divisórios, que podiam ser facilmente alterados por algum vizinho mais afoito, na tentativa de adquirir um pouco mais de terra para si.

Os caminhos que iam dar ao monte, estrei-tas veredas ou trilhos, estavam ladeados por muros de xisto que orientavam os caminhantes para o monte e impediam a entrada destes

nas propriedades.A construção dos muros foi também uma

solução prática encontrada pelo camponês para arrumar as muitas pedras que punha a descoberto ao lavrar a terra. Estas, de um modo geral, eram arrumadas por sobreposição, con-formando muros de divisão de propriedades. Ao não utilizarem argamassa, sobretudo em zonas onde a cal era escassa, havia o necessário cuidado com o encaixe das pedras, através do uso de pequenas pedras de xisto – escas-silhos – que travavam as fiadas e impediam o desmoronamento. Foi principalmente a este tipo de técnica que os antigos recorreram para erigir os muros nesta região.

O ponto mais importante dos muros era o topo, sujeito a um cuidado redobrado. A capa final, conhecida por capeamento, encerra a estrutura, protegendo o seu interior das intem-péries. Ao mesmo tempo, confere-lhe o acaba-mento final, maior ou menor robustez e dá-lhe expressão. Na região do Baixo Guadiana, os capeamentos podem apresentar-se sob formas distintas, que coincidem com o gosto pessoal do camponês ou com a sua limitação técnica no momento da construção. Assim, o capea-mento pode ser arredondado em meia cana, irregular ou com grandes lajes de xisto. Findo o trabalho, o muro pode ser, ou não, rebocado e/ou caiado.

Os muros de xisto: cercas, cercados e caminhos do Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

Pedro Pires Técnico de Património Cultural / Membro do CEPHA / UALg

“Ao lado havia uma cerca que era onde punham a palha em serra, quando sobrava dos palheiros… a cerca de pedra era a segurança do

gado não ir para lá estragar a palha.”

Manuel Cavaco Silvestre

O papel do psicólogo nas escolas suscita muitas vezes dúvidas, tanto nos pais, como em alguns dos pro-fissionais da área da educação, que não estão muito familiarizados com o trabalho destes técnicos. Alguns mitos e conceções desatualizadas estão na base de muitas destas dúvi-das e podem chegar a influenciar a acuidade da avaliação e eficácia da intervenção psicológica.

Para tornar mais claro qual o papel destes profissionais é impor-tante começar por falar da legislação portuguesa, onde acompanhar o per-curso escolar dos alunos surge como a sua principal função. Este acompa-nhamento consiste na intervenção pedagógica individualizada, em situações de dificuldade; no apoio aos alunos nas escolhas vocacionais e construção do seu projeto de vida e na adequação das respostas educa-tivas ás necessidades dos alunos.

Por norma o psicólogo educacio-nal é visto como um profissional que intervém na área da saúde mental, em contexto escolar e na maioria das vezes nos casos de crianças com necessidades educativas especiais. Esta pode ser interpretada como uma visão redutora do seu traba-lho, mas não deixa de ser uma parte importante das suas funções.

Nestes casos, o que pode o psi-cólogo fazer por estes alunos com necessidades educativas especiais? Poderá o psicólogo tratar estes “alu-

nos-problema” e devolvê-los à sala de aula, “bem ajustados”?

Sem a escola e sem a família a resposta é “Não”. O psicólogo não é o portador de soluções mágicas e de receitas prontas a aplicar para resol-ver as dificuldades enfrentadas.

Para dar resposta às necessidades

educativas de um determinado aluno é importante que, desde o início do acompanhamento, o psicólogo tenha mais em conta do que apenas o com-portamento e as caraterísticas dos alunos em causa.

Desde logo, o autor do pedido de avaliação destes alunos - por norma a escola – tem um papel central em todo o processo que se irá desen-volver. Contudo, os encarregados de educação dos alunos, por serem responsáveis pela criança e por defi-nirem o seu contexto familiar, são também indissociáveis do processo inicial de avaliação.

Todos os elementos da vida do aluno são essenciais para a avaliação

e para a eficácia da intervenção psi-cológica, pois os “alunos-problema” são apenas uma parte do problema e como tal, são também apenas uma parte da solução.

Esta forma de abordagem sisté-mica implica que, durante a ava-liação, se procure a informação em

todos os contextos em que a criança se insere e com todos os interve-nientes. O objetivo passa por deter-minar os fatores que dão origem e mantêm o problema e encontrar fatores facilitadores e recursos que possam fazer parte da solução.

Esta avaliação por vezes gera algum mau estar nos profissionais e na família que podem considerar que as suas competências estão a ser colocadas em causa e que a sua privacidade está a ser invadida. Nestes casos pode acontecer que estes elementos respondam com alguma hostilidade ao profissional de psicologia ou então que escolham envolver-se o menos possível no pro-

cesso de avaliação e intervenção. Em parte, numa filosofia de cores-

ponsabilidade pela intervenção tera-pêutica e pedagógica, é ao psicólogo que cabe inverter esta perspetiva desajustada que os intervenientes no processo possam ter.

O código ético profissional acau-

tela esta situação na medida em que requer que o profissional de psicolo-gia informe o seu cliente e obtenha deste o consentimento necessário para prosseguir o seu trabalho.

Tornar o conhecimento acerca destas questões mais acessível a todos é essencial para adequar as expetativas das pessoas à realidade do trabalho do psicólogo, aos seus objetivos e às suas competências e princípios éticos. Os direitos que assistem os clientes dos serviços de psicologia em questões tão impor-tantes como a confidencialidade, a privacidade e a informação, são uma condição sine qua non para a prática do psicólogo, desde logo para criar

e manter uma relação de confiança com o cliente. O conhecimento dos direitos e deveres, contemplados no código deontológico, é a forma de assegurar aos clientes que, a informação é sempre obtida pelos psicólogos não para invadir a sua privacidade mas para colmatar uma necessidade objetiva e para servir os seus interesses (dos clientes).

Estas são questões que, quando ficam por esclarecer, podem blo-quear o processo de avaliação e de intervenção e, sem esquecer que é ao psicólogo que cabe esclarecê-las, é importante lembrar que um papel mais ativo das pessoas envolvidas é um fator que pode ter uma influ-ência determinante na promoção da eficácia da intervenção e na obten-ção de melhores resultados que real-mente se adequem aos interesses dos clientes.

O papel do Psicólogo nas Escolas

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) –

Ana Ximenes, Catarina Cle-mente, Dorisa Peres, Fabrícia

Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira,

Inês Morais

[email protected]/NEIP.vrsa

Poderá o psicólogo tratar estes “alunos-problema” e devolvê-los à sala de aula, “bem ajustados”?

Sem a escola e sem a família a resposta é “Não”!

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 25

PASSATEMPOS&LAZER

Porquê comprar, quando pode adotar? Visite o canil/gatil

Intermunicipal de VRSA/Castro-Marim

Na compra do smartphone, verifique se lhe parece resistente ou, pelo contrário, demasiado frágil. Para facilitar essa tarefa, pode utilizar o nosso comparador de telemóveis e descobrir os modelos que obtive-ram melhores notas neste aspecto.Na loja, escolha uma capa de protecção. Algumas tapam o ecrã. Nesse caso verifique se a tampa tem fecho, caso contrário abrirá se cair ao chão. As películas para o ecrã são importantes para evitar os riscos, mantenha-as após a compra.A maioria dos smartphones não é à prova de água. Em caso de “mer-gulho” acidental, abra a tampa traseira, retire a bateria e os cartões e deixe-o secar durante 24 horas. Também não é boa ideia deixá-lo muito tempo ao sol, como em cima do tablier do carro. Deste modo pode sofrer um sobreaquecimento e avariar. A protecção anti-roubo também é importante, bloqueie o ecrã com um código PIN ou com um padrão de bloqueio, para dificultar o acesso ao telemóvel. Pode também descarregar uma aplicação anti-roubo. Estas permitem-lhe controlar o smartphone remotamente. Por exemplo, se o perder, conseguirá localizá-lo e apagar à distância os seus dados pes-soais. Alguns equipamentos já contam com uma aplicação de busca: a Encontrar iPhone, no iPhone; a Find My Mobile, nos modelos Samsung; a My Xperia, nos Sony, etc. Nestes casos, não se esqueça de se regis-tar e de activar a aplicação.Anote o código IMEI do smartphone. Trata-se de um conjunto de 15 números que o identificam e permitem bloquear o aparelho à distân-cia. Terá de indicar este código caso queira apresentar queixa por roubo na Polícia. Para saber o IMEI, digite *#06# no teclado.Faça cópias de segurança, o que mais custa perder são os contactos, as fotos, os vídeos, entre outros conteúdos pessoais. Fazer um backup dos dados, de vez em quando, é uma rotina a implementar. Num smar-tphone com sistema operativo Android, utilize a conta Google para fazer backup. Se tem um iPhone, recorra ao iCloud.

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

1. Martelo2. Alicate3. (Chave de) Fendas4. Lima5. Agulha6. (Chave de) Bocas7. (Chave) Inglesa8. (Chave) Francesa9. Tesoura10. Polaina11. Grosa

12. Ponteiro13. Formão14. Fio-de-prumo15. Níveis16. Podão17. Sacho18. Forquilha19. Pá20. Enchada

Quadratim - n.º112

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Jogo da Paciência n.º 118

Diminuir pensões e salários e aumentar impostos e taxas moderadoras é criar fome, miséria, doenças, desemprego e falências. A austeridade não fomenta a economia. É pre-ciso reduzir o IVA da restauração e similares para 6% e a taxa máxima para 17%, isentar de IRS valores até 2.000 Euros e aumentar reformas e pensões e o SMN para 600,00 Euros mensais. Isentar algum IRC e baixar a taxa significa-tivamente. Não explorem o povo pois há muitos funcioná-rios públicos que há muitos anos trabalham para além do horário e sem remuneração. Aumentar horas de trabalho é fomentar o desemprego.

Pelo caminho correcto do quadratim vá ao encontro de – AUMENTAR SALÁRIO MÍNIMO, PENSÕES E REFORMAS.

Soluções Jogo da Paciência - n.º117

O CEFOSAP (Centro de Formação Sindi-cal e Aperfeiçoamento Profissional) vai levar a cabo nas instalações da Asso-ciação Odiana Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD). Formações na área de informática acontecem em Castro Marim e na localidade de Altura.

As tecnologias e informática estão em crescente expansão e são atual-mente ferramentas indispensáveis no dia-a-dia, sobretudo no campo laboral. Como tal a Odiana disponibiliza a sua sala de formações para oito cursos que constam no Catálogo Nacional de Qualificações na área das ciências informáticas [processador de texto e folha de cálculo– básico e funcionali-dades, cada um, hardware e tipologias de rede, administração de redes, inter-net e criação de sites web].

A sublinhar que estas ações de for-mação são dirigidas a ativos e desem-pregados e são cofinanciadas, sendo que os formandos terão direito a cer-tificado e subsídio de alimentação. A carga horária varia entre as 25h e as 50 horas nas instalações da Associa-ção Odiana em Castro Marim e/ou na localidade de Altura na antiga escola primária. Mediante o número de inscri-ções.

Para se inscrever basta aceder à ficha de inscrição (também no site da Odiana) e enviar cópia do BI, NIF, NIB, Currículo e Certificado de Habilitações de forma legível para o email da Asso-ciação Odiana: [email protected].

Para outras informações consulte o site da Odiana www.odiana.pt , con-tacte através do 281 531 171 ou ainda no facebook

A DECO INFORMA...

Cursos de Informática na Odiana

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected]/

http://associacaoguadi.blogspot.comFACEBOOK

[email protected]

«FERRAMENTAS»

Fêmea - 5 meses de idade - porte

médio. Está muito assustada de estar no canil.

Macho - 2 anos de idade - porte grande. Muito sociável com outros cães e

crianças.

Muito obrigada por fazerem parte da rede de ajuda aos animais abandonados.

Susana Correia jurista

“Preciso de comprar um novo smartphone, mas gostaria de comprar um modelo mais resistente

e saber algumas dicas em caso de roubo ou perda do aparelho. Podem ajudar-me?”

Annie

Boika

Para ajudas monetárias:NIB: 0035 0234 0000 6692 13002

Page 26: Jbg outubro 2013

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

Prova contou com a participação recorde de 264 atletas

Rui Costa venceu a prova de fundo nos Mundiais de Florença, em Itália

DESPORTO

Organizada pelo Grupo Desportivo Recreativo e Cultural “Leões do Sul Futebol Clube, tendo a super-visão da Associação de Natação do Algarve, a prova integra a ini-ciativa Algarve Mar 2013 e foi, até à data, a mais concorrida do XXI Circuito de Natação de Mar do Algarve, com os 265 atletas inscri-tos a cortarem a linha da meta.

A prova foi disputada em duas vertentes: a prova Ofi-cial, na distância de 1500 metros, na qual participam unicamente atletas federados, ins-critos no Circuito de Águas Abertas e uma segunda prova de Divulgação da modali-dade, na distância de 800 metros, destinada aos restantes partici-pantes.

Os vencedores abso-lutos da prova Oficial, foram, como acima referido, Pedro Pino-tes, do Sporting Clube de Portugal, no género Masculino e Inês Fer-nandes Garcia, do CCDAE (Estádio Uni-versitário de Lisboa), no Feminino.

Os vencedores da prova de Divulgação foram Noel Cordeiro (individual) e Patrícia Arraiolos Martins do CCDAE (Estádio Uni-versitário de Lisboa).

Os atletas fizeram-se ao mar a

Rui Costa venceu a prova de fundo nos Mundiais de Florença, em Itália. O português da Movistar cumpriu os 272,26 quiló-metros em 7:25.43 horas, à frente dos espanhóis Joa-quin Rodriguez e Alejandro Valverde.

A felicidade assolou o coração do ciclista que ganhou a camisola arco-íris, apesar de ter dito que jamais tinha pensado atin-gir tal feito. “Não esperava nada, estava em boa con-dição, mas nunca pensei ganhar aqui”, disse o pri-meiro Campeão do Mundo português da história, em declarações após a sua vitória em Florença.

Para Rui Costa, a camisola arco-íris significa “uma vida”. “Foi algo que sempre sonhei, mas era difícil de concretizar”, assumiu

antes de subir ao pódio, onde chorou com os últimos acordes do hino nacional.

Depois de ter vencido duas etapas na Volta a França, o ciclista da Póvoa de Varzim preparou-se especificamente para o Mundial, uma estratégia que viu recompensada.

nascente da zona concessionada pelo Eurotel – Altura e termina-ram na zona de Animação/Secre-tariado. A praia estava cheia de gente, que recebeu no meio de grande entusiasmo esta manifes-tação desportiva, que visa promo-ver a natação no Algarve, animar as praias do Concelho de Castro Marim e contribuir para a dinami-zação do turismo na nossa região.

O mar estava calmo e a bandeira verde hasteada, estando reunidas as condições para o grande sucesso da prova, que teve a supervisão da autoridade marítima, esta foi selada com a entrega de pré-

mios.No total participaram 265 atle-

tas em representação de cerca de duas dezenas de clubes e coleti-vidades de todo o País e da nossa vizinha Espanha. A prova Oficial contou com 179, dos quais 128 masculinos e 51 femininos. A prova de Divulgação contou com 86, dos quais 55 masculinos e 31 femininos.

Destacamos alguns clubes que se fizeram representar, a saber: Spor-ting Clube de Portugal, Sport Algés e Dafundo, Louletano Desportos Clube, Atlético de Montemor-o-Novo, Clube de natação de Alco-

baça, Portinado - Clube de Natação de Portimão, Lagoa Académico Clube, Estádio Universitário de Lisboa, Clube de Campismo Luz e Vida do Seixal, Viana Natação Clube, Clube de Futebol “Os Bele-nenses”, Monte gês, Clube litoral alentejano entre outros. Em cres-cendo esteve também o número de participantes espanhóis, Clube de natação de Huelva entre outros.

Uma palavra de apreço para os atletas dos Leões que com grande brio e espírito de sacrifício repre-sentaram o clube da casa, a saber: Lopo Faísca, Nuno Norberto, Nelson Mestre, David Costa, David Cal-deirão, Luís Viegas Ale-xandre Vargues e Carlos Monteiro.

Foram instituídos, além dos prémios habituais, o prémio de melhor nadador dos “Leões do Sul”, que foi atribuído Nelson Mestre e o prémio ao melhor nada-dor do Concelho de Castro Marim que foi atribuído a Nuno Norberto.

De salientar o grande e imprescindível apoio do Município de Castro Marim.

Também não podemos deixar de agradecer os nossos sempres ativos patrocinadores, Veia & Cala-dos, Hotel Vasco da Gama, Restau-rante Sem Espinha, Intermarche de Altura entre outros

Prova de Natação de Mar bateu novo recorde e teve vencedor Olímpico

Rui Costa coloca Portugal na história do ciclismo

Futebolândia

Bem vindos para mais uma edição do «Futebolândia»!O verão já lá vai, mas entre-tanto houve um fim-de-se-mana repleto de emoções com mais uma jornada de futebol e as autárquicas, que de cer-teza preencheram a nossa vida (outrora vazia de tantas emo-ções e desilusões, porque uns que queriam ser e não o são, outros que perderam por uma “unha negra” e outros que vão ser felizes mais quatro anos!).Na primeira liga do futebol português o assunto está inte-ressante do ponto de vista da miopia e da falta de visão. Penáltis fora da área, outros dentro que não são, outros que são e não são assinala-dos… Afinal o que se passa com os árbitros deste país?!... O descontrolo é total e até o melhor árbitro português da atualidade, marca penaltis que não existem… Mas foi a favor do F.C. do Porto, por isso com-preende-se… O Capela até os marca fora-da-área e aos pares: isto vai ser uma “guerra” sem quartel e já dizia um amigo meu: «Foge Toino!». O Benfica, que segundo o seu presidente tem o melhor plan-tel dos últimos trinta anos, joga pior que o plantel de há 100 anos, pior só quando a bola era quadrada e se jogava descalço e acabava aos seis no «campo da Albina» em Monte Gordo.José Mourinho que treinou o «Ronaldo verdadeiro» está a deixar de ser o melhor trei-nador do mundo, perde até com o Basileia em casa para a Liga dos Campeões e já nem ganha a André Villas-Boas, seu adjunto em tempos áureos da carreira do treinador português (que, volto a referir, treinou o Ronaldo verdadeiro).A estratégia de ser “chato como o catano”, está a perder pontos e o que interessa mesmo é ganhar. Mas se continuar assim o que poderá tentar ganhar, são uns metros à frente dos adeptos do Chelsea quando terminar a temporada igual à última no Real Madrid.Por fim, Ibrahimovic referiu recentemente que “Guardiola não tem tomates”, se não os tem, sempre pode fazer uma salada de alface.

Uma vez que na edição passada não conseguimos incluir esta informação, damos agora nota que a XII Prova de Natação de Mar Vila de Castro Marim contou com o nadador Olímpico do Sporting Clube de Portugal, Pedro Pinotes e o número recorde de 264 atletas.

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicaçã[email protected]

Page 27: Jbg outubro 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2013 | 27

Mestre Germano ficou emocionado com homenagem

Mestre Germano ficou emocionado com homenagem

DESPORTO

A Regata Internacional de Canoagem regressa às águas calmas do Rio Gua-diana. Foi a vigésima edição que teve lugar a 21 de setembro, unindo as duas margens do rio internacional. A competição é organizada pela Associa-ção Naval do Guadiana e pelo Clube Náutico Isla Canela e subiu o Rio Gua-

Este foi um ano de vitórias para o Grupo Desportivo de Alcoutim (GDA) – quatro campeões nacionais, três vice-campeões nacionais e seis medalhas de bronze. Na última regata as meninas do GDA fecharam com chave de ouro a última prova da época. Ana Filipa Simão / Soraia Marques sagraram-se campeãs nacionais. Ainda nesta última prova o GDA obteve mais cinco medalhas5 meda-lhas, duas de prata e três de Bronze. De salien-tar ainda a chamada à seleção nacio-nal do atleta infantil André Madeira. Além das medalhas e dos títulos, o GDA dupli-cou o número de praticantes de canoagem, são atualmente cerca de 50 canoístas, entre os 7 e os 25 anos. Com par-ticipações em todo o país, o GDA tem levado longe o nome de Alcoutim e dado muitos motivos de orgulho à sua terra.

S e g u n d o Bruno Carmo, o treinador de Canoagem do GDA, este aumento do número de praticantes deve-se sobretudo a dois fatores, “a canoagem ter atingido a medalha de prata nos Jogos Olímpicos em 2012

diana entre Vila Real de Santo António / Ayamonte e Alcoutim /Sanlucar del Guadiana, num percurso de 34 quiló-metros. A partida das embarcações de turismo teve lugar às 11h00 e passada meia hora partiram as canoas de com-petição. A subida do Guadiana durou três horas.

e os bons resultados que outros atle-tas têm conquistado”. “O número de raparigas inscritas também aumentou bastante”, acrescenta o treinador, jus-tificando que talvez isso se deva ao facto de haver um outro foco despor-tivo, que não seja o futebol, e em que haja “resultados, dados como exem-plo, das raparigas, nessa modalidade, como é o caso”.

Nesta temporada o GDA recebeu, da

Câmara Municipal de Alcoutim, um apoio de cerca de 16.000 euros. “cons-titui 99% do nosso financiamento, sem isso não conseguiríamos fazer nada, mas também não chega para

tudo… já lá vão 10 anos desde que comprámos material novo de canoa-gem”, diz o treinador, acrescentando que também seria bom ter uma ajuda nos treinos, “era bom que se pudesse integrar no clube, como estágios pro-fissionais, as pessoas que se formam em desporto”.

Para a próxima temporada, que começa em outubro, o GDA quer

manter os bons resultados con-quistados este ano, “ficar entre os 10 primeiros a nível coletivo tem sido sempre o nosso obje-tivo, este ano conseguimos a 5ª posição”.

Pelo reco-

nhec imento do bom traba-lho do GDA, a autarquia de Alcoutim vai homenagear, nas comemora-ções do Dia do Município (13 de setembro), os campeões nacionais – Hugo do Carmo, Joana Ramos, Ana Palma, Ana Simão e Soraia Marques – e o treinador, desde

2001, Bruno Carmo.Segundo o presidente da Câmara

Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, “a canoagem é uma aposta ganha em Alcoutim”.

Regata Internacional do Guadiana celebrou 20 edições

Alcoutim soma campeões em canoagem

Próxima temporada começa em Outubro

Ao longo de três horas participantes subiram Guadiana

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2013

Em Outubro muda a hora. O que sig-nifica que vai anoitecer mais cedo. Vamos recorrer a mais luzes acesas durante o final de dia, mas é pre-cisamente nestas alturas que nos temos de socorrer de maneiras de poupança. Atenção redobrada às luzes acesas. O Outono traz o frio e com ele os aquecedores e afins. Pois bem, rodei-se de conforto, mas com sus-tentabilidade. Afinal a natureza agradece.

A Associação para o Desenvolvimento do Baixo Gua-diana continua a divulgar a rede de percursos pedes-tres do território em todas as frentes. A nova aposta é a plataforma «wikiloc» na internet, um passeio vir-tual pelos trilhos da região. A aposta não é nova, mas sim contínua, sendo que o turismo de natureza, nomeadamente o pedestrianismo tem angariado ao longo dos últimos tempos muitos adeptos que correm e percorrem, de um lado a outro, os trilhos da região. A aposta é cada vez mais no espaço virtual, o «wiki-loc» respetivamente. Trata-se de um espaço web para descobrir e partilhar as melhores trilhas ao ar livre, a pé, de bicicleta e de muitas outras atividades. O website é gratuito e pode ser utilizado por qualquer pessoa/empresa ou entidade que pretenda divulgar os melhores espaços no território para esta prática. Atualmente o «wikiloc» já conta com mais de 800 mil membros, mais de 1 milhão e meio de trilhas partilha-das, inclusivé fotografias alusivas. É uma ferramenta fácil, rápida, e que cumpre o seu efeito na promoção para os verdadeiros amantes do pedestrianismo. Já se encontram carregados com mapas, informação (inclu-sivé em inglês) e fotografias de cerca de 10 dos 19 percursos implementados pela Odiana no território, sendo que são alvo constante de atualização e parti-lhas. Para conhecer o perfil da Odiana no «wikiloc» consulte:http://pt.wikiloc.com/wikiloc/find.do?q=odiana. Recorde-se que a Odiana implementou em 2005 uma rede de 135 quilómetros de percursos pedestres/BTT, devidamente traçados e sinalizados. Esta rede de pedestrianismo foi nos meses de Abril e Maio alvo de uma manutenção intensiva que retoma no Outono, nomeadamente em Outubro.

Cartoon ECOdica

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Autarquias locais reforçam apoios sociais escolares, levando a cabo iniciativas pioneiras

Inglês apenas disponíveis nalgumas escolas. Este ano vai formar mais uns que outros

Núcleo Museológico Dr. João Dias foi inaugurado, perpetuando em Alcoutim a memória deste grande médico e grande homem

Odiana continua a apostar no pedestrianismo