jornal da capelania hpdg

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Vaso CURSO DE VISITAÇÃO HOSPITALAR PARA VOLUNTÁRIOS DA CAPELANIA DO HPDG Qualificar pessoas para auxiliar no exercício de visitação, realizar um trabalho eficaz aos enfermos internados no Hospital Duração de três meses (outubro - dezembro 2012) Início: 24 de outubro de 2012, na Capela do HPDG Todas as quartas-feiras, das 15:00 as 16:00 O Curso é gratuito, e será entregue apostila, estágio e certificado. MAIORES INFORMAÇÕES: Rev. Eudoxio - (64) 9958-2000 Rev. Dr. Eudóxio Santos, capelão Jornal da Hospital Presbiteriano Dr. Gordon Rio Verde, Goiás 75 anos Hospital Presbiteriano Dr. Gordon Culto de Ações de Graças Outubro / Dezembro 2012 No dia 27 de de setembro de 2012, o Hospital Presbiteriano Dr. Gordon realizou um Culto de Ação de Graças, pelos 75 anos de fundação do HPDG, nesta ocasião foi convidado o Rev. Juarez Marcondes Filho, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, e ele nos trouxe a mensagem da Palavra de Deus, com o seguinte tema: Vasos de Barro Texto: II Corintios 4.6-18 Introdução: Sediamos em nosso coração o que há de mais precioso, a presença do próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo (3.18). Carregamos, ainda, conosco a fragrância do conhecimento de Deus, pois, somos o bom perfume de Cristo (2.15). Nada obstante, tal tesouro acha-se resguardado em vasos de barro. I. VASOS DE BARRO NÃO SERVEM PARA ENFEITAR, EXISTEM PARA SERVIR. Há vasos belíssimos e muito caros, que ficam expostos à visitação pública, no entanto, não podem ser usados. Homens e mulheres, instituições e nações, que visam a gloria de Deus, não se prestam à mera exibição, mas ao serviço. Labor intenso, que desgasta, que exige muito, mas que revela, ao final, a excelência do poder de Deus. II. VASOS DE BARRO SÃO PASSÍVEIS DE QUEBRAR, MAS TORNAM-SE RESISTENTES. Não são de aço ou metal duro, são de barro, ao mínimo descuido, podem partir-se. No entanto, os embates sofridos no serviço conferem a resistência necessária. Os cuidados são redobrados, especialmente, os de ordem espiritual, como oração, meditação na Palavra, sem descurar da comunhão fraternal (cordão de três dobras), todos oferecem maior coesão e capacidade de enfrentar a calúnia, a perseguição, a frustração, o desanimo. Perseguidos, mas não desanimados, perplexos, mas não desanimados. III. VASOS DE BARRO ENVELHECEM, E GANHAM PESO E VALOR. O homem exterior (de barro) se corrompe, se desgasta, ganha as marcas da marcha inexorável do tempo; na contrapartida, revela-se mais valioso, pois, se acha focado no que não se vê, que é eterno. Conclusão: o HPDG, Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, absorve em sua história a realidade do vaso de barro, que não existe para enfeitar, e sim para servir, e na medida em que tem cumprido seu mister, tem resistido bravamente, chegando aos 75 anos como precioso e mui valioso, ao revelar o tesouro precioso, a glória do Senhor. Rev. Eudoxio, Presb. Valdinei, Rev. Eneias, Dr. Juraci, Dr. Paulo e Rev. Juarez Médicos, funcionários, irmãos e amigos por ocasião ao Culto na Capela Coral do HPDG, canta e conduz os participantes a louvar a Deus. Made by Eudóxio & Lúcia, 9958-2000 - Tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Gráfica Visão, 3621-2154 / 8418-6162 MINISTRANTE DO CURSO: CAPELÃO: Rev. Dr. Eudóxio Santos Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, SP, Pósgraduado em Clinical Pastoral Educa=on pela University of Tennesse, USA, Doctor of Ministry pelo RTS, Reformed Theological Seminary, USA, Membro da Junta de Educacional Teologica JETSupremo Concílio / IPB, Capelão do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon. Capela nia HPDG - 75 anos - “Até aqui nos ajudou o SENHOR”. I Sm. 7:12 Hospital recebia o dinheiro não dava mais para comprar os medicamentos e os materiais empregados no tratamento daquele paciente. A inflação corroia tudo. Vimos o prenúncio de fechamento do Hospital em questão de poucos dias. Não tínhamos crédito na praça, os fornecedores se negavam a vender, estoque quase zerando e a ajuda do poder público não existia.. Até pedido de doação de carnes de segunda ao frigorífico local tivemos que fazer para alimentar os doentes. A salvação veio da noite para o dia, com o decreto do Presidente Collor de Mello, confiscando a Poupança e o dinheiro existente em contas-correntes nos Bancos. Toda empresa e pessoa física passaram a ter direito a movimentar apenas uma pequena quantia da que existia nos bancos. Junto a este decreto veio uma abertura, proporcionando às Entidades Filantrópicas a possibilidade de receberem doação de dinheiro confiscado em poupança ou Conta-corrente. Nessa ocasião cada médico do Hospital, numa atitude honrosa, doou uma importância, que veio aliviar a situação pré-falimentar do Hospital. Enxugou-se a folha de pagamento, houve maior rigor com cobrança de serviços prestados e o Hospital pôde respirar mais aliviado. Alguns meses depois uma Auditoria do Banco Central veio ao Hospital verificar se os recursos oriundos da liberação da parte confiscada ficaram na entidade e não foi usada para que a entidade funcionasse como empresa de lavagem de dinheiro. Atestaram que, das entidades visitadas, apenas o nosso Hospital não usou o mecanismo de liberação para lavagem de dinheiro. O fim da era inflacionária proporcionou ao Hospital planejar melhor os seus serviços prestados. A partir de 1992, o Hospital entra na sua terceira fase, que assim chamo de Empresarial, com Administração Colegiada. As decisões são tomadas pelo Conselho Deliberativo e administradores por ele nomeados. Muda a realidade da assistência médica no Município. Começa a existir os planos de saúde locais (Unimed e Cram, hoje São Francisco Saúde), o SUS se informatiza, o Ipasgo se amplia, surge o Iparv, além de outros planos (Cassi, Funcef, Bradesco, Correios, etc.), o Estado e o Município passam mais a investir em saúde, com Hospitais Municipais, Postos de saúde, Conselho Municipal de Saúde, atuação em medicina preventiva e atenção básica à saúde. Esta fase continua até os nossos dias. A luta agora é diária, tentando manter a vocação filantrópica do hospital e a geração de recursos para que isso se faça. O Conselho Deliberativo traça a condução da vida do hospital, hoje auxiliado pela Igreja Presbiteriana do Brasil, que atualmente é a entidade mantenedora e proprietária do Hospital. Aos colegas médicos que prestam serviços no Hospital, ao pessoal de enfermagem, fisioterapeutas, aos colaboradores da Administração, do Conselho Deliberativo, dos serviços de manutenção e apoio, Secretárias dos consultórios, colaboradores da lavanderia, cozinha, laboratório e serviços diagnósticos, a nossa homenagem e a palavra de apreciação ao trabalho que cada um executa , e que faz parte deste todo, que tem o propósito de mostrar a presença do Reino de Deus entre nós. Não temos dúvidas quanto ao propósito de Deus para esta entidade. Deus ama esta obra e quer vê-la mostrando sinais do seu Reino entre nós, curando o físico e o espiritual das pessoas que por aqui passam, coisas impossíveis de mensuração em valores, mas que trazem em si um valor eterno e uma Glória que deve ser atribuída aquele que é o fator maior desta obra: O NOSSO DEUS!!! A Ele eu agradeço estar participando, juntamente com minha esposa, por 42 anos da história deste Hospital”. Dr. Paulo de Tarcio Álvares Jornal da Capelania do HPDG / Outubro - Dezembro 2012

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Outubro dezembro 2012

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Page 1: Jornal da Capelania HPDG

Vaso

CURSO DE VISITAÇÃO HOSPITALAR PARA VOLUNTÁRIOS DA

CAPELANIA DO HPDG

Qualificar pessoas para auxiliar no exercício de visitação, realizar um trabalho eficaz aos

enfermos internados no Hospital

Duração de três meses

(outubro - dezembro 2012)

Início: 24 de outubro de 2012, na Capela do HPDG

Todas as quartas-feiras, das 15:00 as 16:00

O Curso é gratuito, e será entregue apostila, estágio e certificado.

MAIORES INFORMAÇÕES:Rev. Eudoxio - (64) 9958-2000

Rev. Dr. Eudóxio Santos, capelão

Jornal da

Hospital Presbiteriano Dr. Gordon Rio Verde, Goiás

75 anos Hospital Presbiteriano Dr. Gordon Culto de Ações de Graças

Outubro / Dezembro 2012

No dia 27 de de setembro de 2012, o Hospital Presbiteriano Dr. Gordon realizou um Culto de Ação de Graças, pelos 75 anos de fundação do HPDG, nesta ocasião foi convidado o Rev. Juarez Marcondes Filho, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, e ele nos trouxe a mensagem da Palavra de Deus, com o seguinte tema:

Vasos de BarroTexto: II Corintios 4.6-18

Introdução: Sediamos em nosso coração o que há de mais precioso, a presença do próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo (3.18). Carregamos, ainda, conosco a fragrância do conhecimento de Deus, pois, somos o bom perfume de Cristo (2.15). Nada obstante, tal tesouro acha-se resguardado em vasos de barro.

I. VASOS DE BARRO NÃO SERVEM PARA ENFEITAR, EXISTEM PARA SERVIR. Há vasos belíssimos e muito caros, que ficam expostos à visitação pública, no entanto, não podem ser usados. Homens e mulheres, instituições e nações, que visam a gloria de Deus, não se prestam à mera exibição, mas ao serviço. Labor intenso, que desgasta, que exige muito, mas que revela, ao final, a excelência do poder de Deus.

II. VASOS DE BARRO SÃO PASSÍVEIS DE QUEBRAR, MAS TORNAM-SE RESISTENTES. Não são de aço ou metal duro, são de barro, ao mínimo descuido, podem partir-se. No entanto, os embates sofridos no serviço conferem a resistência necessária. Os cuidados são redobrados, especialmente, os de ordem espiritual, como oração, meditação na Palavra, sem descurar da comunhão fraternal (cordão de três dobras), todos oferecem maior coesão e capacidade de enfrentar a calúnia, a perseguição, a frustração, o desanimo. Perseguidos, mas não desanimados, perplexos, mas não desanimados.

III. VASOS DE BARRO ENVELHECEM, E GANHAM PESO E VALOR. O homem exterior (de barro) se corrompe, se desgasta, ganha as marcas da marcha inexorável do tempo; na contrapartida, revela-se mais valioso, pois, se acha focado no que não se vê, que é eterno.

Conclusão: o HPDG, Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, absorve em sua história a realidade do vaso de barro, que não existe para enfeitar, e sim para servir, e na medida em que tem cumprido seu mister, tem resistido bravamente, chegando aos 75 anos como precioso e mui valioso, ao revelar o tesouro precioso, a glória do Senhor.

Rev. Eudoxio, Presb. Valdinei, Rev. Eneias, Dr. Juraci, Dr. Paulo e Rev. Juarez

Médicos, funcionários, irmãos e amigos por ocasião ao Culto na Capela

Coral do HPDG, canta e conduz os participantes a louvar a Deus.

Made by Eudóxio & Lúcia, 9958-2000 - Tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Gráfica Visão, 3621-2154 / 8418-6162

MINISTRANTE DO CURSO:

CAPELÃO: Rev. Dr. Eudóxio SantosBacharel  em  Teologia  pelo  Seminário  Presbiteriano  do  Sul,  Campinas,  SP,  

Pós-­‐graduado  em  Clinical  Pastoral  Educa=on  pela  University  of  Tennesse,  USA,    Doctor  of  Ministry  pelo  RTS,  Reformed  Theological  Seminary,  USA,  

Membro  da  Junta  de  Educacional  Teologica  JET-­‐Supremo  Concílio  /  IPB,  Capelão  do  Hospital  Presbiteriano  Dr.  Gordon.

Capelania HPDG - 75 anos - “Até aqui nos ajudou o SENHOR”. I Sm. 7:12

Hospital recebia o dinheiro não dava mais para comprar os medicamentos e os materiais empregados no tratamento daquele paciente. A inflação corroia tudo. Vimos o prenúncio de fechamento do Hospital em questão de poucos dias. Não tínhamos crédito na praça, os fornecedores se negavam a vender, estoque quase zerando e a ajuda do poder público não existia.. Até pedido de doação de carnes de segunda ao frigorífico local tivemos que fazer para alimentar os doentes. A salvação veio da noite para o dia, com o decreto do Presidente Collor de Mello, confiscando a Poupança e o dinheiro existente em contas-correntes nos Bancos. Toda empresa e pessoa física passaram a ter direito a movimentar apenas uma pequena quantia da que existia nos bancos. Junto a este decreto veio uma abertura, proporcionando às Entidades Filantrópicas a possibilidade de receberem doação de dinheiro confiscado em poupança ou Conta-corrente. Nessa ocasião cada médico do Hospital, numa atitude honrosa, doou uma importância, que veio aliviar a situação pré-falimentar do Hospital. Enxugou-se a folha de pagamento, houve maior rigor com cobrança de serviços prestados e o Hospital pôde respirar mais aliviado. Alguns meses depois uma Auditoria do Banco Central veio ao Hospital verificar se os recursos oriundos da liberação da parte confiscada ficaram na entidade e não foi usada para que a entidade funcionasse como empresa de lavagem de dinheiro. Atestaram que, das entidades visitadas, apenas o nosso Hospital não usou o mecanismo de liberação para lavagem de dinheiro. O fim da era inflacionária proporcionou ao Hospital planejar melhor os seus serviços prestados. A partir de 1992, o Hospital entra na sua terceira fase, que assim chamo de Empresarial, com Administração Colegiada. As decisões são tomadas pelo Conselho Deliberativo e administradores por ele nomeados. Muda a realidade da assistência médica no Município. Começa a existir os planos de saúde locais (Unimed e Cram, hoje São Francisco Saúde), o SUS se informatiza, o Ipasgo se amplia, surge o Iparv, além de outros planos (Cassi, Funcef, Bradesco, Correios, etc.), o Estado e o Município passam mais a investir em saúde, com Hospitais Municipais, Postos de saúde, Conselho Municipal de Saúde, atuação em medicina preventiva e atenção básica à saúde. Esta fase continua até os nossos dias. A luta agora é diária, tentando manter a vocação filantrópica do hospital e a geração de recursos para que isso se faça. O Conselho Deliberativo traça a condução da vida do hospital, hoje auxiliado pela Igreja Presbiteriana do Brasil, que atualmente é a entidade mantenedora e proprietária do Hospital. Aos colegas médicos que prestam serviços no Hospital, ao pessoal de enfermagem, f isioterapeutas, aos colaboradores da Administração, do Conselho Deliberativo, dos serviços de manutenção e apoio, Secretárias dos consultórios, colaboradores da lavanderia, cozinha, laboratório e serviços diagnósticos, a nossa homenagem e a palavra de apreciação ao trabalho que cada um executa , e que faz parte deste todo, que tem o propósito de mostrar a presença do Reino de Deus entre nós. Não temos dúvidas quanto ao propósito de Deus para esta entidade. Deus ama esta obra e quer vê-la mostrando sinais do seu Reino entre nós, curando o físico e o espiritual das pessoas que por aqui passam, coisas impossíveis de mensuração em valores, mas que trazem em si um valor eterno e uma Glória que deve ser atribuída aquele que é o fator maior desta obra: O NOSSO DEUS!!! A Ele eu agradeço estar participando, juntamente com minha esposa, por 42 anos da história deste Hospital”.

Dr. Paulo de Tarcio Álvares

Jornal da Capelania do HPDG / Outubro - Dezembro 2012

Page 2: Jornal da Capelania HPDG

“A História do Hospital Evangélico de Rio Verde (Hospital Presbiteriano Dr. Gordon) é uma história muito bonita, e cada dia podemos ver a sua atuação na vida de pessoas que aqui chegam em busca de cura de suas enfermidades, e que saem restauradas, alegres e satisfeitas por terem vencido a circunstancia desagradável pela qual passavam. É o paciente, criança ou adulto, que chega pela Emergência, pela Recepção do Hospital em casos eletivos, pelos atendimentos em consultórios, pelos diagnósticos firmados no laboratório, pelas imagens do mal acometido percebida na Radiologia, na Tomografia Computadorizada, na Ultra-sonografia, pela Radiologia Intervencionista aliviando males agudos e abruptos que levariam o paciente ao óbito em pouco tempo. É o carente oriundo do Serviço Social, da Casa Helena Gordon e que recebe o seu tratamento sem ônus. É uma história de lutas e de vitórias. Podemos dizer, sem possibilidade de errar que milagres acontecem neste Hospital diariamente. Milagres onde Deus usa a capacidade do médico em diagnosticar, a sua intervenção clínica ou cirúrgica no caso, a atuação da enfermagem, da Fisioterapia e em pouco tempo a vitória se faz presente.

A história do Hospital começou no coração de Deus, que chamou um casal para implantar um serviço missionário de assistência médica, de enfermagem e hospitalar em algum lugar da América Latina na década de 30, no século passado. Dr. Gordon e D. Helena poderiam ter escolhido o Peru, país por onde passaram, o Estado de São Paulo, onde estudaram a língua ou o Estado da Bahia, onde o Dr. Gordon fez a sua revalidação do diploma de médico, mas alguma coisa tocou o seu coração e de D. Helena ao ouvirem falar de Goiás e em particular de Rio Verde. Aqui chegaram, enviados pela Missão Presbiteriana do Brasil Central e começaram a gastar as suas vidas. Consultório, Casa de Saúde, Hospital Evangélico, Escola de Enfermagem, Escola Bíblica em sua casa, Igreja Presbiteriana e dedicação a toda prova na assistência aos rioverdenses. Aos poucos foi trazendo outros colegas médicos para trabalharem com ele. A maioria permanecia por pouco tempo e logo iam para outros locais. Ganho insuficiente e oportunidades melhores em outras cidades eram as motivações para saírem. Alguns, porém, ficavam mais tempo.

Um destes foi Carlos Marques Patrício, também vocacionado para um trabalho missionário, que aqui trabalhou por muitos anos com o Dr. Gordon e a este veio a suceder na condução do Hospital até próximo dos anos 70, do século passado. Dr. Gordon trabalhou por 25 anos em Rio Verde e Dr. Carlos, por 16 anos. Toda a condução da vida hospitalar e da Escola de Enfermagem (que contava com internato) estava sobre os seus ombros e de D. Helena. A Missão era a mantenedora do Hospital, mas nem sempre dispunha de recursos suficientes para evitar pequenas crises financeiras na instituição, notadamente quando o casal Gordon ia para suas férias de 1 ano, a cada 4 anos, nos Estados Unidos. Em uma dessas oportunidades Dr. Carlos trouxe o Dr. Suahil

Rahal, que estava em Mineiros, e que já havia trabalhado em Rio Verde, para ajudá-lo com a situação financeira do Hospital. Período difícil, em que até as gases eram lavadas, dobradas, esterilizadas e reaproveitadas no Hospital. As crises não são novidades na vida do Hospital. Como eu disse no início, a história do hospital é uma história de lutas.

Eu rotularia a fase encerrada com a saída do Dr. Carlos Patrício como a Fase Missionária e de Implantação do Hospital Evangélico e da Escola de Enfermagem Cruzeiro do Sul, que se tornaram entidades referenciais, de repercussão estadual e nacional. Até esta época, não existiam Planos de Saúde e a Previdência Oficial engatinhava. O paciente era Particular (quando podia pagar o todo ou parte da despesa hospitalar) ou SNR (Serviço não remunerado). Usava-se a famosa caderneta de anotação de débitos e créditos. Fazendeiros pagavam as suas contas e dos seus agregados, anualmente, na venda da lavoura ou do gado.

Após ampliar o espaço físico do Hospital até onde hoje se situa o Posto 2, Dr. Carlos Patrício passou o bastão da condução do Hospital ao Dr. Benjamin Spadoni, e se transferiu para Rio Claro –SP. Cirurgião por excelência, o Dr. Benjamin logo viu a necessidade de melhorar o Centro Cirúrgico do Hospital, que hoje honradamente leva o seu nome. Em Janeiro de 1970, inaugura o novo Centro Cirúrgico do Hospital, que até hoje, com algumas modificações, ainda serve ao Hospital. Com a direção do Dr. Benjamin o Hospital entrou em sua segunda fase, a de Ampliação, premido pelo aumento da procura de serviços do Hospital. Com visão, Dr. Benjamin deu oportunidade a mais profissionais médicos, para com ele dividirem a tarefa de conduzir o Hospital. Os primeiros convocados foram o Dr. José Marques Ferreira e eu, Paulo de Tarcio. Cada ano um estava à frente do Hospital.

Anos depois outros médicos foram sendo convocados pelo Conselho Deliberativo para participarem da Direção do Hospital : Dr. Moisés, Dr. Francisco, Dr. Silvio, Dra. Lídia, Dr. Lourenço, Dr. André, Dra. Beatriz, Dr. Aécio, Dr. Richard e atualmente o Dr. Osvaldo Fonseca. Contávamos na época (década de 90) com um Administrador e empreendedor, Dr.Vanderval Lima Ferreira, com atuação destacada nesta fase de ampliação do Hospital, levando a área hospitalar do atual posto 2 , até a edificação onde hoje abriga o Pronto-Socorro, Obstetrícia, Clinica Médica e Cirúrgica, Unidade de Pediatria (montada e inaugurada em Setembro de 1974), a entrada e administração do Hospital. Além disso, construiu-se o bloco de consultórios com frente para a Rua Abel Pereira de Castro. No ano de 1989, Dr. Benjamin fez a reforma de um antigo isolamento e enfermarias, transformando este espaço na Unidadede Tarapia Intensiva. Com a alta inflacionária de 1988 a 1990, final do Governo Sarney, o Hospital teve a sua força financeira corroída. Atendíamos, nessa ocasião cerca de 625 AIH (Autorização de Internação Hospitalar) pelo Inamps, hoje SUS. O INAMPS passou a ser o grande comprador de serviços do Hospital. Pagava com relativo atraso e quando o

Cartas da Família Gordon - 75 anos HPDG “Felippe Santa Cruz era o prefeito de Rio Verde quando assinou a "CARTA DE CHAUFFEUR" concedida em agosto de 1936 a um recém-chegado médico missionário. Talvez tenham sido essas as primeiras "Boas Vindas" formais que o Dr. Gordon e D. Helena receberam, quando chegaram em Rio Verde a serviço de Deus. Começaram do nada, mas confiantes em Quem os chamara e guiara, o casal prosseguiu na lenta, mas determinada edificação do que hoje é o Hospital Presbiteriano Dr.Gordon. Foram anos de oração e luta, da parte do casal e de mais e mais colaboradores que fizeram contribuições inestimáveis à obra. Dr. Gordon valorizava cada um, dando o mesmo respeito e a mesma atenção à lavadeira como ao Dr. Duarte, o primeiro médico que eventualmente veio trabalhar no hospital. Essa sua humildade e autêntico amor cristão me foram exemplificados de maneira inesquecível na ocasião das Bodas de Ouro dos meus pais, em 1 de novembro de 1974. Vieram celebrar com eles não só os quatro filhos—Hope, Gary, Alan, e Alma—com seus cônjuges, mas 15 dos 17 netos estiveram presentes. E Rio Verde celebrou como só Rio Verde sabe celebrar: maravilhosamente! Por três dias! Entrada triunfal à cidade em carro aberto, sessão solene na prefeitura, festas, almoços e jantares, e para culminar tudo, a comemoração das Bodas do casal, com D. Helena indo ao encontro de seu "noivo", adornada com o mesmo sorriso de sempre e o mesmo vestido de noiva que usara 50 anos antes! O que chamava atenção por sua raridade foi perceber, ao olhar àquele salão absolutamente cheio, como se achavam sentados lado a lado operários e comerciantes, membros de destaque da sociedade e pessoas simples. E um desses últimos, durante a recepção, ao saudar, me explicou com orgulho: "Sabe purquê eu gosto do seu pai, Alma? É purquê ele me faz sentir como se eu fosse o perfeito da cidade"! Hoje o Hospital Presbiteriano Dr. Gordon celebra seus 75 anos. Que bênção! E que desafio para todos os que aqui trabalham, seguir o desejo e o exemplo de seu fundador: valorizar cada paciente, fazendo com que cada um se sinta respeitado, como se fosse "o perfeito da cidade"! Se trabalhamos para nós mesmos, tudo será em vão. Mas se continuarmos na visão que trouxe aquele jovem formado da Universidade de Harvard para uma pequena cidade de 5,000 habitantes, naquele interior distante do Brasil, faremos tudo para Cristo e Seu Reino. Ele é Fiel”.

Alma Gordon Dole

“Compartilhamos a sua alegria nesta celebração dos 75 anos de existência do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon. Fundado para servir à todos em nome de nosso senhor Jesus Cristo, continua com ânimo e vitalidade sua carreira em prol da saúde física e espiritual da communidade Rio Verdense. As famílias Gordon/Woodall terão sempre o seu coração plantado em Rio Verde. “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós,em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. ( Fp 1:3-6)”.

Alma D Gordon (pelo Alan) e filha Sylvia e Dr. Woody Woodal

HPDG - 75 anos “Até aqui nos ajudou o SENHOR”. I Sm. 7:12

História do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon contada pelo Dr. Paulo de Tárcio, por ocasião ao Culto de Ação de Graças

75 anos (1937-2012) Hospital

Presbiteriano Dr. Gordon

fundado pelo médico missionário Dr. Donald Gordon, em 1937

Fone: 64 3611-4600 www.hpdg.org.br

Conselho DeliberativoPresidente:

Rev. Eneias Batista de Souza2a. Igreja Presbiteriana de Rio Verde

Vice-Presidente:Presb. Sostenes Jardim Mosti

Igreja Presbiteriana da Vila Rosalina

Primeiro Secretario:Rev. Wipson da Silva Almeida

Supremo Concilio da IPBSegundo Secretario:

Presb. Ruy Carlos Mattos GriffoIgreja Presbiteriana Betel

Membros titulares :

Presb. Renato José PiragibeSínodo Sudoeste de Goiás

Rev. Benones Vieira dos SantosPresbitério Sudoeste de Goiás

Presb. José Alfredo Marques de Almeida

Presbitério Sudoeste de Goiás

Diac. José Carlos Rodrigues1a. Igreja Presbiteriana de Rio Verde

Presb. Marques Martins CabralIgreja Presbiteriana do P. Bandeirante

Presb. Claudio Demetrius de OliveiraIgreja Presbiteriana Filadélfia

Conselho FiscalPresidente:

Sra. Roseli Mendes DamasIgreja Presbiteriana do P. Bandeirante

Membros titulares:

Presb. Marcos de Sousa MontesIgreja Presbiteriana da Vila Rosalina

Rev. José Roberto de SouzaIgreja Presbiteriana Betel

Diretor GeralPresb. Valdinei Alves de Oliveira

Diretor TécnicoDr. Osvaldo Fonseca de Almeida Júnior

Diretor ClínicoDr. Francisco Barreto Filho

CapelãoRev. Dr. Eudóxio Mendes dos Santos Jr.

Jornal da Capelania do HPDG / Outubro - Dezembro 2012

Busto do Dr. Gordonem frente do HPDG

recolocado em 27 de setembro de 2012,

por ocasião a Celebração dos 75 anos do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon