jornal do sinttel-rio edição nº 1330
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CAMPANHA SALARIAL DAS OPERADORAS 2012TRANSCRIPT
Redeaprova aPautaEm assembleia reali-
zada ontem, dia 28, os traba-lhadores das empresas de insta-lação e manutenção de rede tele-fônica aprovaram a Pauta de Rei-vindicações para negociação daConvenção Coletiva.
Os principais itens da Pautaaprovada são:.reajuste do piso e demais sa-lários em 14%.melhoria no plano de saúde.Vale refeição de R$ 15,00por dia.Correção do valor do alu-guel para carro agregado paraR$ 1.200,00.Gratificação para dirigir ve-ículo de R$ 250,00.Comissão para avaliar mul-tas e avarias nos veículos, paga-mento de ferramentas, etc.Definição de um novo pro-grama de remuneração variável.Definição de piso para novocargo na rede
Já houve uma primeira rodadade negociação com a Serede nasegunda-feira, dia 27. Amanhã,dia 30, às 16h, está marcada umareunião com as empresas e oSinstal, sindicato patronal.
Grande avanço nessa campa-nha será a consolidação da unifi-cação da data base dos trabalha-dores em empresas prestadorasde serviços de telecomunicaçõesem 1º de abril.
À medida que as negociaçõesforem ocorrendo, o Sindicato di-vulgará os resultados nos locaisde trabalho. É fundamental aparticipação de todos nos atos edemais atividades da campanha.
Embora o Acordoassinado em 2011 tenhavalidade de dois anos, eleprevê a renegociação dascláusulas econômicas apósum ano. Isto significa quea partir de 1º de novembrodevemos ter novos valorespara os salários, benefíciose outros itens. Depois derecolher a s sugestões paraa Pauta de Reinvindicações,o Sindicato vai divulgar oresultado e convocar até odia 15/09 a assembléia paraaprovação da pauta. As ne-gociações devem começarem outubro. Não deixe departicipar e se mobilizarpara a campanha desde oseu início.
RESPOSTASSOBRE CAMERINO
Em reunião realizada nodia 22, o RH da Embratelapresentou ao Sindicato asrespostas sobre os proble-mas apontados há mesesno prédio de Camerino.
Calendáriode negociaçãoda TIM
A primeira rodada de ne-gociações na TIM/Intelig acon-teceu nos dias 21 e 22, em SãoPaulo. Segundo Sérgio Gomes,diretor que representa o Sinttelna Comissão Nacional de Nego-ciação da Fenattel, essa primeirareunião serviu apenas para defi-nir o calendário e a ordem deprioridade de negociação da Pauta.
O Acordo da TIM/Intelig é bi-anual, mas este ano todas as clá-usulas estão sendo rediscutidas.A Pauta tem 107 itens e ficouacertado que a negociação come-çará pelas cláusulas econômicas,as mais polêmicas, aquelas quetratam de reajuste de benefícios(salarial, tíquete refeição, cestabásica, creche, etc).
Também ficou definido umcalendário de negociações. A pró-xima rodada será dias 3 e 4 e 11 e12 de setembro, em São Paulo. Senão se chegar a uma proposta atéo dia 12, uma nova rodada serárealizada nos dias 18 e 19 desetembro, no Rio de Janeiro.
Embora a empresa, de iní-cio, não tenha apresenta-do prazo para as medidasa serem tomadas, a partirde cobrança do Sinttel-Rioforam definidas algumasmetas para solução dosproblemas.
No mês de setembro se-rão iniciados reparos nosbanheiros, colocada a por-ta corta-fogo que falta no3º andar e reformada a salano sub-solo na qual deve-rá ser instalado novo ban-co de baterias para dar su-porte à energia de emer-gência do prédio. Só queas baterias ainda estão sen-do compradas e não estádefinido o prazo de insta-lação. Quanto às lâmpa-das queimadas, a empresainformou que já havia fei-to a troca nas lumináriaspróximas às estações detrabalho, mas o Sindicatocontestou dizendo quegrande parte ainda não foitrocada. As saídas de
emergência do térreo te-rão suas portas trocadasaté outubro/2012, combarras para abertura pordentro do prédio, não fi-cando mais trancadas. O RHafirmou também que já foifeita a dedetização do pré-dio com reforço no penúlti-mo final de semana, embo-ra ainda estejam aparecen-do baratinhas em alguns an-dares.
A empresa não atendeu àsolicitação de mudança daentrada do prédio, dizendoque não vai alterar a passa-gem de um metro por ondetem que circular os cerca de800 trabalhadores do pré-dio. O Sindicato contestouesta postura, que na práticaameaça a segurança dos em-pregados, e vai cobrar me-didas dos órgãos públicosresponsáveis. A empresa fi-cou ainda de agendar com aCIPA o exercício de deso-cupação do prédio, que nãoé feito há muitos anos.
Pesquisa na Embratel começa esta semana
A assembleia será na sede doSinttel (Rua Morais e Silva, 94) e ostrabalhadores vão discutir e aprovar aminuta da Pauta de Reivindicações ela-borada pelos Sindicatos e pela Fenattel eapresentar suas sugestões. Se você temproposta, não deixe de ir à assembleia.
Para conquistar um bom acordo, amobilização tem que começar já. Nacampanha passada a Oi só avançou nasnegociações e saiu do patamar zero dereajuste depois que a categoria se mobi-lizou, usou o adesivo do Sinttel e fezprotesto nos atos em frente aos prédios,inclusive vestindo preto, de luto pelopouco caso da empresa.
Este ano, a principal bandeira da cam-panha das operadoras é mudança da database para 1º de setembro, mudança que
CAMPANHA SALARIAL DAS OPERADORAS 2012
Assembleia da Oi hoje, às 18hGanho real de 5%,
antecipação da data base para
setembro e 4 salários de PPR
são os principais eixos da
campanha salarial 2012 na Oi
já foi conquistada pelos trabalhadores daTIM/Intelig, Vivo e GVT; reajuste de100% do INPC mais 5% a título de ganhoreal e, no caso dos trabalhadores da Oi,PPR de no mínimo quatro salários base.
Consta ainda da Pauta creche no valor
de 100% do piso salarial da categoria,tíquete refeição de R$ 26,00 dia, cestabásica de R$ 306,00, auxilio medica-mento de R$ 300,00 mês e fim da parti-cipação dos empregados na concessãodos benefícios.
SOCORRO ANDRADE
Sylvia Lopesdos Santos
CA
MIL
A P
ALM
AR
ES
Na madrugada do dia 20 de agos-to, a sede do CTO, na Lapa, foi furtada.Os ladrões entraram pelo telhado e saí-ram pela porta da frente levando duascâmeras fotográficas digitais Nikon, umprojetor Acer, um notebook Del Inspiri-on 14, um HD externo de 2tb, um forno demicroondas Panasonic, dois microfones
Campanha Viva o Centro de Teatro do Oprimido!
sem fio SKP Pro Audio UHF 250, umacaixa de retono passiva 12pol, um violãoTagima NYL-Vegas e 37 camisetas coma estampa “Viva Boal”, vendidas no Ba-zar organizado pela instituição. O preju-ízo foi calculado em R$ 11.120,00.
O roubo agrava a crise que o CTO estápassando. Sem projeto de grande porte,desde 2010, que garanta a sustentabilida-de da instituição, o Centro de Teatro doOprimido corre o risco eminente de terque fechar as portas.
Dentre várias atividades que estão sen-
Se você tem filhos, irmãos me-nores, sobrinhos, afilhados e agrega-dos e quer um final de semana comuma programação legal, a dica é oFici – 10º Festival Internacional deCinema Infantil que começou sema-na passada e encerra neste final desemana. Tem filme pra todos os gos-tos e em vários bairros.
De sexta, dia 31/08, a domingo,dia 02/09, a programação começaàs 10h30 e vai até as 18h30. Praquem mora na Zona Oeste, a opçãoé o Cinemark Downtown, na Barra.O pessoal da Zona Norte tem o Ci-nemark Carioca Shopping, na Es-trada Vicente de Carvalho em VilaKosmos. O pessoal de Niterói/SãoGonçalo/Alcântara tem o CinemarkPlaza Shopping Niterói. E quem éda Zona Sul e Centro tem o Cinema-rk do Botafogo Praia Shopping.
Na Barra, entre as opções estão osfilmes Piratas Pirados, Valente eCarros, todos em 3D. Na Zona Nor-te, tem a Bela e a Fera em 3D,Manda-Chuva, O Mar não está prapeixe e Eu e meu guarda-chuva. EmNiterói a dica é O Rei Leão em 3D,Léo e Bia, Garoto Cósmico e Umaprofessora muito maluquinha. EmBotafogo, tem O Rei Leão e a Bela
Batidão funkno teatro
Desde o dia 9 de agosto o batidão dofunk carioca está estremecendo as paredesdo Teatro Miguel Falabella, no Norte Shop-ping. Baseado no livro Batidão – Uma Histó-ria do Funk, do jornalista Silvio Essinger, oespetáculo conta a história de percalços esucessos do funk desde o seu início, nos anos70, com o “Baile da pesada”, até a febrerecente dos passinhos. A peça ganhou o Prê-mio Montagem Cênica 2011 e conta com opatrocínio da Petrobras.
Entre os momentos mais marcantes retra-tados na peça estão o “batizado” artístico deClaudinho e Buchecha e um show da duplaem um badalado festival no “asfalto”, e a‘noite funkeira’ no TIM Festival, no MAM,que fez o Rio de Janeiro se transformar emum verdadeiro baile funk, contagiando até aspatricinhas da Zona Sul.
No elenco de atores/funkeiros/MCs/ mes-tres de cerimônia, estão Julia Gorman, CintiaRosa, Alex Gomes, Marcelo Cavalcanti,Dérik Machado (selecionado para integrar oelenco após vencer uma disputa realizadanas comunidades pacificadas, em parceriacom o programa UPP Social), além do pró-prio Pedro Monteiro, um dos autores da peça.
Funk Brasil – 40 Anos de Baile realizouuma pré-estreia, com duas apresentações gra-tuitas na Arena Carioca Dicró, na Penha.
O Teatro Miguel Falabella fica na Av.Dom Hélder Câmara 5332 2º Piso DelCastilho.
Criado em 1971, em São
Paulo, o Teatro do Oprimido
(TO) é um método teatral que
reúne exercícios, jogos e
técnicas teatrais elaboradas
pelo teatrólogo brasileiro
Augusto Boal. Os seus
principais objetivos são a
democratização dos meios de
produção teatral, o acesso das
camadas sociais menos
favorecidas e a transformação
da realidade através do
diálogo (tal como Paulo Freire
pensou a educação) e do
teatro. Ao mesmo tempo, traz
toda uma nova técnica para a
preparação do ator que tem
grande repercussão mundial.
do planejadas, a primeira é uma campa-nha de doações em dinheiro ou em equi-pamento similar aos furtados.
As doações em equipamento podemser feitas diretamente no Centro, de se-gunda a sexta-feira, de 10h às 19h. Asdoações em espécie podem ser deposita-das na conta corrente do CTO: Banco doBrasil, Ag 0392.1 C/C 18075.0.
Apoiando o CTO você fortalece o tra-balho de multiplicação realizado pela ins-tituição em todo o Brasil, países africanose latino americanos.
Uma cena ocorrida anosatrás, durante uma greve da cate-goria, é um exemplo da personali-dade de Sylvia, telefonista aposen-tada da Telerj que em julho com-pletou 56 anos de militância. Juntocom outro diretor do Sinttel, Syl-via estava no portão de entrada doprédio da Telerj na Rua GeneralCanabarro segurando uma faixa.Um segurança da empresa exigiu quea faixa fosse retirada. Sem se alterarnem discutir, Sylvia enrolou-se nafaixa e ali permaneceu, muda e de-terminada. Ao segurança não restoualternativa a não ser deixar em paz amulher de cabelos grisalhos. “Se euestou errada, eu me calo. Mas se euestou certa....”, diz Sylvia com a cal-ma que a caracteriza.
Ela entrou na Companhia Telefô-nica Brasileira (CTB), aos 20 anos,por concurso, em julho de 1956. Naépoca, as telefonistas trabalhavamde 8 às 20 horas, com intervalo deduas horas para almoço. Moradorade Jacarepaguá, não dava pra Sylviair em casa e ela aproveitava o tempolivre para, entre outras atividadesculturais, ir ao cinema.
A primeira grande luta sindical deque participou foi pela jornada de 6horas para as telefonistas. Uma lutadura e vitoriosa que, até hoje, bene-ficia telefonistas e operadores de te-lemarketing. Sua vida sempre esteveligada à empresa. Como telefonistacasou, teve três filhos e se aposentouem 1º de agosto de 1986, aos 30 anosde serviço. Foi a única vez em que seafastou do Sindicato, para dar assis-tência ao marido, falecido algunsmeses depois.
Em 1987, a convite da amiga eentão diretora do Departamento Jurí-dico, Marilene Soares, voltou ao Sint-tel integrando a direção de base.Desses 30 anos de profissão, Sylvia,que sempre sonhou em ser telefonis-ta, guarda boas lembranças das ami-zades, do companheirismo, das lutassindicais – “éramos como uma famí-lia”, diz ela. Mais de um século depois,Sylvia continua ativa na militância.
e a Fera em 3D; Alfie, o pequenolobisomem, Corda Bamba e Meunome é Kalam. E prá quem se amar-ra em desenho animado, tem tam-bém oficinas de animação onde osautores explicam como é que se fazum filme.
Para saber a programação com-pleta acesse www.fici.com.br.
Programa legal para
crianças. E adultos também.
DIVULGAÇÃO
REPRODUÇÃO
Sitel começa negociar PLRAcontece hoje em São Paulo a primeira rodada de negociação para pagamento da PLR/12 aos trabalhadores da Sitel. O Sindicato vai cobrar PLR de
um salário base para cada empregado. A Sitel presta serviços de call center para a Ampla, concessionária de energia, em Niterói.
Identificação, Sindicaliza-ção, Vida Doméstica e Vida Familiar,Trabalho e Vida Doméstica foram as ques-tões abordadas no questionário. Chama aatenção a diferença substancial entre ogrupo das operadoras e os outros dois(Rede externa e teleatendimento): as tra-balhadoras do teleatendimento e da Redesão jovens e negras, em sua maioria. Sãoelas também que ocupam as funções maisdesprotegidas e desvalorizadas no mer-cado de trabalho.
TELEATENDENTESGANHAM MENOS
A precarização do setor pode ser per-cebida também na média do tempo de
Mulheres convivem com trabalho precarizadoEm 2011, o Departamento de Formação do Sinttel Rio realizou a
pesquisa “As Mulheres e o Mundo do Trabalho nas
Telecomunicações”, por ocasião dos 70 anos do Sindicato. A
pesquisa tinha um duplo objetivo. O primeiro era recuperar a
trajetória das mulheres nas telecomunicações até 1998, período
anterior à privatização. O outro era conhecer o perfil das mulheres
da categoria na atualidade. Foram aplicados 1644 questionários
em algumas das empresas dos setores de teleatendimento, Rede
externa e operadoras, número correspondente a 5% do efetivo nas
12 empresas pesquisadas, segundo o RH das empresas, em um
total de 23 locais de trabalho.
trabalho das mulheres: nas operadoras,este tempo é de 5 anos ou mais, emmédia, enquanto no teleatendimento amaioria está há apenas 6 meses, o queconfirma a alta rotatividade.
Quanto ao salário, a maioria das tra-balhadoras nas operadoras recebe 3 sa-lários mínimos ou mais, ao passo quena Rede e no teleatendimento a maiorparte recebe até 1 salário e meio.
Ainda que os resultados das questõessobre os benefícios sejam mais unifor-mes, os dados não apontam para umamelhoria na Rede e teleatendimento,mas um rebaixamento dos benefíciosnas operadoras.
Os dados sobre condições de traba-
lho destacam a situação do teleatendi-mento, realidade conhecida pelo Sindi-cato por conta das denuncias diáriasfeitas pela categoria.
As repostas sobre a necessidade depauta específica para as mulheres des-tacam a reivindicação por mais bene-fícios ligados à família, especialmen-
te a creche.Você pode acessar todo Relatório Fi-
nal da Pesquisa “As Mulheres e o Mun-do do Trabalho nas Telecomunicaçõesno Portal do Sinttel/Rio (www.sint-telrio.org.br). Novos dados da pesquisaserão apresentados nas próximas edi-ções do Jornal. Acompanhem!
Primeiro marco regulatóriodas comunicações, o Código Brasileirode Telecomunicações (CBT) foi criadonum regime parlamentarista e sofreusuas primeiras modificações por atosdo governo militar. O primeiro criou oMinistério das Comunicações e, o se-gundo, estabeleceu as bases para umsistema de telecomunicações nacionale integrado com a criação da Embratel.
Foi importante nos anos 60, mas jáem 1988, quando a nova ConstituiçãoFederal incluiu cinco artigos específi-cos sobre a comunicação, era evidentea necessidade de rever o Código. La-mentavelmente, foi com a derrubadado monopólio estatal do texto constitu-cional, no governo Fernando HenriqueCardoso, seguida da aprovação de umaLei Geral de Telecomunicações, que oCódigo foi mais uma vez modificado.Radiodifusão e telecomunicações fo-ram separadas, o Sistema Telebrás des-montado e as telecomunicações priva-tizadas. Passou a vigorar o modelo ne-oliberal, onde todas as decisões passa-ram a depender exclusivamente dos in-teresses do Mercado.
A maior parte dos países desenvolvi-dos já reavaliou seu setor de comunica-
50 anos do CBT: sem motivo para comemoraçãoDefasado, o Código Brasileiro de Telecomunicações fez 50
anos no dia 27/08. Um aniversário marcado pela negação
do direito à comunicação para a maior parte da população.
ROSA LEAL
SOCORRO ANDRADE
ção e criou mecanismos democráticos deregulamentação capazes de defender atroca de informações e espaços para dife-rentes conteúdos, respeitando as diversasmanifestações culturais da população eregulando de maneira a que todos seuscidadãos possam ter acesso aos meios eveículos de expressão.
Infelizmente, no nosso país, até hoje,apesar da revolução tecnológica e detodas as mudanças sociais, políticas eeconômicas que têm permitido reduçãode desigualdades e inclusão social, es-sas transformações ainda não se refleti-ram nas políticas de comunicação.
Atualmente reinam as promessas va-zias do governo de debater o novoMarco Regulatório para as Comunica-ções. O que se espera é que as comuni-cações sejam assistidas por uma regu-lação atualizada que respeite o caráterconvergente da banda larga e das novastecnologias e defenda o direito de todosos brasileiros acessarem estes serviçose meios, exercendo sua liberdade deexpressão, com pluralismo e diversida-de sem a ditadura dos monopólios dosveículos de radiodifusão.
Para saber mais sobre a campanha aces-se www.paraexpressaraliberdade.org.br.
Na categoria, as teleatendentes recebem os menores salários
Ato na Cinelândia pelo novo Marco Regulatório das Comunicações
bersot
humor no1.330
R. Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 - Fax Geral 2567-1589E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br
E-mail Jurídico [email protected] - E-mail Imprensa [email protected]
DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda
EDIÇÃOSocorro Andrade Reg. 460 DRT/PB
ASSESSORIA DE IMPRENSARosa Leal Reg. 740 DRT/DF
REDAÇÃOSocorro Andrade e Rosa Leal
ILUSTRAÇÃOAlexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br
DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda
ESTAGIÁRIACamila Palmares
IMPRESSÃO
Valdir TedescoImpressor
CIRCULAÇÃO Semanal
TIRAGEM 12 mil exemplares
Os trabalhadores são constran-gidos até por telefone, conforme inúme-ras denúncias que chegam ao Sindicato.Todas essas reclamações são motivo dereiteradas negociações com a empresa,que se limita a dizer que tudo não passa defatos isolados.
Em mais uma reunião, no dia 24/08 nasede do Sinttel, com os diretores RicardoPereira, Alan Dias e César Fernandes, osrepresentantes da Atento voltaram a jus-tificar a barbárie de chefes e a repetir queestão investindo em treinamento paraacabar com esse tipo de problema.
Indignado com a omissão da empresa,o diretor Ricardo Pereira desabafou: “Nãotemos dúvidas de que estamos diante deduas empresas, uma dentro da outra. AAtento real que oprime, constrange e as-sedia o trabalhador, e outra fictícia, ondetudo é diferente”. E completou: “talvezseja melhor tornar real a fictícia”.
“A empresa diz estar investindo emtreinamento para os gerentes e superviso-res, mas está jogando dinheiro fora porque nada é aplicado no dia a dia. A im-pressão é que estão treinando para capa-taz ou algoz, pois estão cada dia piores”,diz Ricardo.
DESRESPEITO AO ANEXO II - Oartigo 5.7 do Anexo II da NR-17 étaxativo no que se refere à pausa ba-nheiro que a Atento e outras empresas
Atento diz uma coisa e faz outraAbuso e assédio moral. Esse é o clima na Atento, com chefes e
supervisores tratando operadores com estupidez e ameaça.
Gritos e xingamentos no ambiente de trabalho viraram,
lamentavelmente, coisa natural.
insistem em adotar - os trabalhadorespodem ir ao banheiro livremente, sem-pre que houver necessidade. No entan-to, o desrespeito a esse artigo é flagran-te na Atento. De acordo com as denún-cias, o trabalhador que usa mais de 10minutos de pausa banheiro, ao longo dajornada, é ameaçado de perder a premi-ação e a PLR/12. Um absurdo.
FILA PARA LOGAR - A empresatambém negou a existência da famige-rada fila para se logar, fato que levamuitas vezes os trabalhadores a receberatraso, mesmo tendo chegado dentrodo horário para trabalhar. A espera parase logar leva ao atraso e ainda que porexclusiva responsabilidade da empre-sa, o operador é penalizado.
ENTREGA DE ATESTADO - Outrovelho problema sem solução é a obriga-ção de os trabalhadores em retorno delicença irem trabalhar para depois passarno médico da empresa para avaliação. Ocorreto seria este usar o horário de traba-lho para ir ao médico e, se liberado, voltarao trabalho no dia seguinte. A Atentonega essa exigência.
RETORNO DO INSS - Os trabalha-dores que retornam do INSS ou que estãoem aviso prévio ficam largados na sala delanche em situação humilhante e cons-trangedora, sem ter lugar para trabalhar esem ninguém que dê qualquer atenção.
Por fim, e o que ainda é mais grave,esses maus chefes vem tentando jogaros trabalhadores contra o Sinttel-Rio,representante legítimo da categoria. Aorientação do Sindicato é uma só: vocêacredita em intriga de patrão? A queminteressa um Sindicato forte, combati-vo, ligado nas lutas e na defesa dosdireitos dos trabalhadores? Não é àAtento. Pense nisso antes de acreditarem conversa de patrão.
OBRA NO TELEPORTO - Na horaem que recebeu uma denúncia ontem, 28,dos trabalhadores da Atento, prédio Tele-porto, os diretores Alan e Ricardo foramimediatamente ao local e conferiram arealização de uma obra em frente à sala delanche tornando o ambiente insalubre
O Detran-Rio, órgão do governo doEstado, além de rebaixar o salário e bene-fícios dos operadores de call center, estádescumprindo flagrantemente a lei esta-dual dos pisos salariais em vigor desde 1ºde janeiro de 2012.
Pela lei, o piso para os operadores deteleatendimento é de R$ 834,78. Os ope-radores contratados pela Criativa para ocall center do Detran recebiam piso de R$839,00 (acima do piso estadual) e valealimentação de R$ 8,50. Só que a Telco,contratada para substituir a Criativa, vaipagar piso bem menor, respaldada pelopróprio edital de licitação do Detran. Se-
(entulho, poeira, cheiro forte de tinta,chão quebrado, etc). Eles chamaram osengenheiros de Segurança do Trabalho eexigiram a interdição da sala enquantoperdurar a obra. Durante a interdição, aAtento tem que oferecer uma alternativade lanche aos empregados.
O Sindicato está sempre de olho no queacontece e cobrará da empresa, inclusivena Justiça, o cumprimento do que é direi-to da categoria. Mas é importante que ostrabalhadores se liguem no Sinttel e de-nunciem por telefone (2204 9300) ou e-mails ([email protected]), comRicardo ([email protected]), Alan ([email protected]) ou César ([email protected]).
gundo informações repassadas ao Sint-tel-Rio por trabalhadores que decidiramcontinuar, a Telco vai pagar R$ 680,00 desalário e vale alimentação de R$ 3,40.
Ao autorizar essa absurda e desuma-na redução de salários e benefícios decentenas de trabalhadores, boa partedeles com mais de oito anos de serviçosprestados, os dirigentes do Detran secolocam acima do governo do estado aquem deveriam obediência.
Se um órgão do governo não respeitauma lei estadual, quem vai respeitá-la? Aatitude do Detran atenta contra todos ostrabalhadores de call center do estado.
Os dirigentes do Detran se negaram anegociar com o Sindicato e também nãoatenderam às ponderações do deputadoGilberto Palmares (PT) que exigiu noórgão, no mínimo, o cumprimento dopiso estadual e a negociação com o Sindi-cato de forma a garantir os postos detrabalhos aos saídos da Criativa.
TELCO SE ESQUIVA - A Telco,por sua vez, se esquiva de negociar como Sinttel sob o argumento de que nego-cia com outro sindicato. Acontece queos trabalhadores têm liberdade e auto-nomia sindical, portanto, eles é que
escolhem qual sindicato deve represen-tá-los na empresa.
A Telco também substituiu a empresaque prestava serviços de call center noBNDES e lá age igualzinho. Reduziu osalário de R$ 873,12 para R$ 630,00 e ovale refeição de R$ 10,00 para R$ 3,40.Além disso a empresa vem tentando inti-midar os trabalhadores e forçá-los a pedirdemissão. Antes, o call center funcionavadentro do BNDES e agora está se transfe-rindo para o Shopping Bandeirantes, noRecreio. Lamentavelmente, o BNDES éoutro órgão público a precarizar saláriose condições de trabalho.
Detran rebaixa salário e não cumpre piso estadual
CAMILA PALMARES