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2010a visão

dos líderesDesemprego e acesso difícil ao crédito são osproblemas que os líderes antecipam para esteano em Portugal Com alguma possibilidade deeleições antecipadas

As economias norte americana e da ZonaEuro vão recuperar mais do que Portugalmas enfrentammaiores riscos de instabilidade financeira

O desemprego é o grande problema quevai enfrentar se este ano especialmentegrave em Portugal E o aceso ao crédito continuará aserdifícil mais atéparaos portugueses do que para o resto do mundo No universopolítico nãohágrandescertezas sobrea possibilidade ou não de eleições antecipadasEste é em grandes traços o cenário que

se prevê para este ano a partir da somadasrespostas ciadas porumconjuntode66 líderesdeopiniãoe executivos comoeconomistas analistas políticos sindicalistas empresários e gestores verpáginas6 a 8

Atodos foi enviadoumquestionáriocomalternativas para o quevai ser 2010 em Portugal e nomundo

Nemtodososgestoresdeempresascotadas embolsa responderam comoaconteceupor exemplo com os do sector da energiaMas no conjuntode empresários egestoresqueacederama partilhar as suasvisões paraeste ano épossível concluir que asempresasvão entrar na fase do aumento das vendasmais do que no corte de custos

com redacção do Negócios

ELISABETE SÁ CELSO FILIPE

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O CRESCIMENTO DA ECONOMIA

Retoma menos certa

para os portuguesesPara Portugal são poucas ascertezas de que o crescimentoeconómico será este ano maiorque em 2009 A maioria aindaque pouco clara considera queserá igual ou pior o cenário maisrisonho é para os Estados Unidoscom uma esmagadora maioria aantecipar uma trajectóriaascendente A Europa fica no meioa unanimidade sobre a retoma

não é tão grande como a quebeneficia a economia dos EUAmas merece mais perspectivas dereanimação do que PortugalOs 66 líderes foram colocados

perante a escolha de melhorigual ou pior para preverem aevolução de cada uma daseconomias em 2010

É uma maioria muito clara aquelaque considera que a economianorte americana vai estar melhor

este ano do que em 2009 Dos 66inquiridos apenas 2 esperam pior

A maioria dos que consideram quea economia da Zona Euro estarámelhor que em 2009 não é tãoclara como a dos EUA Mas o pesodos que esperar o pior é igual

As perspectivas para Portugal sãomuito incertas Não há uma maioriaa dizer que melhora 81 diz queficará igual ou melhor e 54aponta para igual ou pior

O PRINCIPAL RISCO NO MUNDO

Ainda à esperade instabilidade financeira

Este ainda não será o ano do

regresso ao mundo daestabilidade financeira e docrédito mais fácil Esta é aconvicção da maioria dosinquiridos pelo Negócios oproblema que reúne maiorunanimidade como sendo ode alto risco em 2010 é odesempregoOs 66 líderes foramcolocados perante quatroriscos que o mundoenfrentará este ano

desemprego inflaçãoinstabilidade financeira e

escassez de crédito econvidados a classificar cadaum deles com muitopouco ou nada

O principal risco é o desempregouma opção escolhida pela maioriaNinguém considerou que a falta detrabalho não constituía umproblema para o mundo este ano

A inflação não é uma ameaça emcom 97 a classificar este riscocomo pouco ou nada É quasesó no universo financeiro que estãoos 3 da opção muito

O mundo ainda vai viver eminstabilidade financeira a maioriaconsidera que ainda será elevadaNinguém considerou que a situaçãoestá ultrapassada

São mais os que consideram que aescassez de crédito será um riscomuito elevado dos que apontampara uma alta instabilidadefinanceira

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Neste novo ano odesemprego e a dificuldadede acesso ao crédito são osgrandes problemasantecipados para PortugalEleições legislativasantecipadas são poucoprováveis assim foi aescolha de 59 dos queresponderam a estaquestão Ainda assim há30 que admitem comomuito elevado esse riscoreflectindo se que é nodomínio da estabilidadepolítica que as previsõesestão mais inseguras Asquestões para Portugalseguiram o modelo das domundo

É a maior preocupação quePortugal enfrenta este ano naopinião dos líderes inquiridos Nãohá ninguém a dizer que é um risconada preocupante

A inflação tal como acontece nomundo não será um problema em2010 na opinião da maioria Os 3corresponde na maioria a escolhasde quem vive no mundo da finança

A maioria considera que é reduzidoo risco de instabilidade financeira

em Portugal um cenário maisfavorável do que o previsto para omundo

O acesso ao crédito continuará a serdifícil considerado um risco muitoelevado para 76 dos inquiridosUm problema visto como maisgrave em Portugal que no mundo

Orisco de eleições legislativasantecipadas é classificado comopouco pela maioria Mas não sepode encontrar aqui uma convicçãoclara

Redução do défice públicoSim mas comcortes de despesa Ninguém escolheu a alternativade reequilibrar as contaspúblicas através de aumento deimpostos E coerentemente osinvestimentos em pequenas ouobras públicasestiveramentreas orientações menos recomendadas para o Governo

Colocados perante aescolhade uma entre sete grandes prioridades para a política económicadoGoverno economistasanalistas sindicalistas políticos empresários e gestoresconcentraram se na redução

do défice através de cortes nas

despesas na Justiça e na Educação

O combate à corrupção nocentro do debate no espaço público acabou a ocupar a quartaprioridade Como inesperadospodemconsiderar seos lugaresocupados pelas obras públicasGrandes ou pequenas ocupamlado a lado o mesmo pequenopeso entre os conselhos que osinquiridos dão ao ExecutivoOs resultados obtidos pelo

inquérito espelham o diagnóstico dos problemas do país queo Governo pode resolver

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AS PRIORIDADES DAS EMPRESAS

Ganhar margem mais por viadas vendas que pelos custosNo universo dos empresários e gestores o objectivomenos escolhido foi a subida dos lucros

A fase do corte de custos como

principal prioridade das empresasparece ter ficado em 2009 paraboa parte das empresas No novoano abalançavai inclinar se parao lado do aumento das vendasuma das vias para reforçar a margem do negócio

Numa leitura cruzada da prioridade escolhida por 52 empresários gestores e alguns sindicalistaspode concluir se que a expansãodos proveitos terá mais peso em2010 do que a redução dos custosO facto de alguns dos inquiridos

que não sãoempresários nemgestores terem respondido a estaquestão optando fundamentalmente pela prioridade do aumento do emprego impede que se retirem conclusõesquantoà realidade da subida de postos de trabalho

Tudo indica que éumobjectivocom menos importância do que oespelhado pelos números já quenenhumdos grandesempresáriose gestores definiu o aumento doemprego como prioridadeVender mais é a prioridade de

Francisco PintoBalsemão no sec

tor dos media de Dionísio Pestana no Turismo de Nuno Amadodo SantanderTotta e de BelmirodeAzevedo que define esseobjectivoparaa SonaeCapital

Sinais de uma conjuntura maisanimada são também dados pelofacto de existirem alguns casosemque o objectivo é fazer aquisiçõesEo caso deXavier Rodríguez Martin daOni nas telecomunicaçõese de Carlos Rodrigues do bancoBIG exactamente dois sectoresem que se antecipam concentrações

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