jornal o berrante - sinrural

“Ovídio Rapozo

Os desafios para a fundação do

Sindicato Rural. p.03

Lembranças sobre a criação da exposição

agropecuária. p.06

Edição Especial - História Sinrural | Julho de 2013

www.sinruralimperatriz.com.br

Memória Sinrural: os 45 anos da entidade

Nós fizemos a primeira

Exposição na Quinta de Ouro,

do Coronel Simplício! Fizemos os

currais de pau de açaí, por que não

tinha madeira

Para tirar um modelo de Parque

de Exposições nós fomos a

Belo horizonte e a 7 Lagoas em

Minas Gerais com um grupo de

fazendeiros

“Fernando Vaz

Solenidade - Cerimônia de corte da faixa na abertura da II Exposição Agropecuária de Imperatriz que aconteceu na antiga Quinta de Ouro

Quinta de Ouro, local das primeiras exposições agropecuárias de Imperatriz

LINHA DO TEMPO

Editorial

Palavra do Presidente

A história do Sinrural se confunde com a da cidade e fala sobre coragem, luta e superação. Nessa edição especial de O Berrante, você vai conhecer a trajetória da entidade e como o Sinrural cresceu junto com Imperatriz.

Sabino CostaAtual Presidente do Sinrural

2 O Berrante - Julho de 2013

Expediente

O BerranteEdição Especial, Julho de 2013

Distribuição GratuitaImperatriz, Maranhão

Conselho EditorialSinrural

Palavra ComunicaçãoJornalista Responsável -

DRT 1010-MA - Thays Assunção

Identidade Visual/Diagramação

Hêider Menezes de Sousa

Acompanhe os principais fatos da histó-ria do Sindicato Rural de Imperatriz.

1968

Exposição Agropecuária de ImperatrizNa chamada “Quinta de Ouro” foram realizada as primeiras Exposições Agropecuárias de Imperatriz. O evento durou quatro dias e reuniu vários produtores da região.

Textos e FotosThays AssunçãoArquivo Sinrural

Arquivos fundadoresColaboração: Ivo Mazall

DiretoriaPresidente

Sabino Siqueira da Costa

1º secretário – Karlo Marques1º Tesoureiro – Erivaldo Marques AbreuVice-Presidente – Renato José Nogueira

Pereira2º Secretário – Paulo Roberto Machado2º Tesoureiro – George Araújo Raposo

Conselho Fiscal Efetivo:José Aparecido Machado

Pedro Filho MotaLuis Moreira Gomes

Conselho Fiscal Suplente:José Martins Jales Sobrinho

José Genivaldo Silva Do NascimentoJosé Benedito Garcia Pereira

Diretoria Executiva :Aluísio Fernandes De OliveiraCosme Otoni Mesquita ChagasDamasio Dias Do Nascimento

Emanuel Geraldo Carneiro De OliveiraJosé Alfredo De Farias Junior

Judas Tadeu Vieira Coutinho MendesLuis Augusto Araujo Pereira

Marcelino Cortez Moreira DouradoPaulo Roberto Machado Filho

Roberto Cotta PachecoVilmar Franco Do Nascimento

Vinicius Oliveira Machado

Tel: 3525 - 9508

Produzido por

Parque de Exposições, BR - 010, S/N, Km 1345

(99) 3582-8845Imperatriz - MA

Há 45 anos nascia o Sin-dicado Rural de Impe-

ratriz – o Sinrural. Uma en-tidade ousadamente criada por alguns dos produtores rurais que primeiro chega-ram a essa região e que, com o passar dos anos, passou a representar o setor produ-tivo rural e a maior festa do patrimônio cultural de Im-peratriz, a Expoimp. Estes produtores tiveram a ideia de criar uma instituição em uma região que vinha sendo ocupada e que não contada com nenhuma organização política ou social. Imperatriz ainda estava sendo desbra-vada. Então, de certa forma, foram desbravadores que se uniram, enxergando a neces-sidade desta entidade.

O reconhecimen-to do Sinrural e o respeito conquistado pela entidade desde sua fundação não fo-

ram construídos por poucas mãos. Muitos presidentes, diretores, produtores soma-ram-se ao grupo, do passado até hoje, que concebeu ao Sinrural tamanho respeito na sociedade imperatrizen-se. Então, o mais importan-te foi o início da entidade, a construção, as motivações e desafios que levaram tantos homens a se dedicar a essa entidade, bem como as histó-rias de como tudo começou.

Este jornal tem o objetivo de resgatar a histó-ria do Sinrural e o pioneiris-mo destes homens, pois, se existem heróis no sindicato, são aqueles que verdadeira-mente idealizaram a criação desta entidade e, por isso, a necessidade de registramos, nessas próximas páginas, a história do sindicato e a con-tribuição que cada um deu a seu tempo.

Vale lembrar que não é justo compararmos o que é o sindicato hoje, com o que era 20, 30 ou 40 anos atrás. A realidade era outra e o tempo interfere bastante na estrutura e nas dificuldades

de cada período. No entan-to, maior que qualquer vai-dade pessoal, é a própria instituição. Temos que tra-balhar permanentemente para o fortalecimento do Sinrural.

A história do sin-dicato é uma trajetória de muita luta, empenho e di-ficuldade, principalmente, se levarmos em considera-ção a criação da Exposição Agropecuária de Imperatriz (Expoimp). Ela começou há anos atrás em condições precárias, mas as pessoas en-tenderam que era importan-te mostrar o que tínhamos de mais evoluído do ponto de vista genético mesmo na-quela época.

A Expoimp só se va-lidou devido ao Sinrural. A criação do sindicato surgiu exatamente da necessida-de de fomentar o mercado agropecuário. O que nós fizemos com este impresso é dar a nossa contribuição com o tempo, trazendo al-gumas discussões históricas que avaliamos importantes para o cenário atual da enti-dade.

Dedico este jornal aos amigos produtores, com o intuito de valorizar os fun-dadores do Sinrural, que muito trabalharam para que a entidade se tornasse o que é hoje.

“O reconhecimento

do Sinrural e o respeito conquistado pela entidade desde

sua fundação não foram construídos por poucas mãos.

Muitos presidentes, diretores, produtores somaram-se ao grupo, do passado até hoje,

que concebeu ao Sinrural tamanho

respeito na sociedade imperatrizense.

O ano era 1968. A Ro-dovia Belém-Brasília,

construída em princípios dos anos 1960, continuava a atrair para a Amazônia Oriental e seu entorno um grande nú-mero de migrantes, oriundos principalmente dos estados do Nordeste, de Minas Ge-rais, Bahia, São Paulo e Pa-raná. Aos poucos, as terras ribeirinhas foram sendo ocu-padas por pequenos e gran-des produtores rurais e a flo-resta cedeu lugar a lavouras e pastagens. Os pequenos pro-dutores dedicavam-se basica-mente à produção de grãos básicos, principalmente arroz, e os de maior porte, à pecu-ária de corte. Novos núcleos urbanos surgiram ao longo da rodovia e cidades pree-xistentes, como Imperatriz, despertaram de um secular marasmo, passando a experi-mentar um rápido processo de crescimento econômico e demográfico. Imperatriz tor-nou-se logo o maior pólo de desenvolvimento econômico da Pré-Amazônia.

O visível vigor dos pastos de capim “colonião” que rapidamente se expandi-ram, principalmente de Im-peratriz para o norte, era um sólido indicativo do grande potencial da região para a pecuária bovina. Em pouco tempo, ficou evidente que havia muito pasto e pouco gado. Era necessário povoar as pastagens e fazê-las produ-zir. Acima de tudo, era impor-tante povoá-las com animais de bom padrão genético, para assegurar a eficiência da ativi-

dade. Bons animais em bons pastos garantiriam altos níveis de produtividade.

“Foi com esse objetivo em mente que eu e alguns pro-dutores da região decidirmos organizar uma exposição-fei-ra em Imperatriz, para atrair fornecedores de reprodutores e matrizes de alto potencial e motivar os produtores da re-gião a melhorarem e amplia-rem os seus rebanhos”, disse o primeiro presidente e um dos fundadores do Sindicato Rural de Imperatriz, Ivo Marzall.

Para haver Exposição é preciso ter Sindicato - A organização de uma exposi-ção exigia um certo volume de recursos financeiros para os investimentos necessários à construção de currais para abrigar os animais e outras ins-talações básicas. Com o intuito de levantar os recursos neces-sários, Ivo Marzall e um grupo de produtores rurais dirigiram-se à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Maranhão (Sagrima), onde foram informados de que o Governo só poderia apoiar a iniciativa através de um Sindi-cato local. Portanto, era urgen-te a criação do Sindicato Rural, cujo processo teria que trami-tar pela Federação da Agricul-tura do Estado.

Naquela época, uma le-gislação prescrevia que nos municípios onde já havia uma Associação Rural, a constitui-ção do Sindicato se realizaria através da transformação da Associação em Sindicato. Em visita a Federação da Agricul-tura e Pecuária do Maranhão (Faema), Ivo Marzall des-cobriu que em Imperatriz já

existia uma Associação Rural, apesar de inoperante. Assim, obedecendo à exigência legal, encaminhou à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), via Faema, o pedido de transformação da Associação em Sindicato. O protocolo desse encaminha-mento, fornecido pela Faema, credenciou, junto à Sagrima, o apoio técnico e financeiro para a realização da primeira expo-sição agropecuária de Impera-triz.

“Havia um decreto pre-sidencial exigindo que todas as associações de produtores rurais se transformassem em Sindicato. Mas, como essa as-sociação de Imperatriz não era operante, não havia uma sede, nem nada, ela não rece-beu essa informação. Então, quando estive na Federação da Agricultura em São Luís, fui informado sobre este decreto. Só que o prazo do decreto já estava acabando! Assim, para não perder a oportunidade, eu preenchi todos os formulários sem me reunir com ninguém e encaminhei os documentos”, contou Ivo.

Por conter informações in-completas, o processo de ofi-cialização do Sindicato, depois de um ano, voltou para Impe-ratriz para que fosse corrigido e reenviado à CNA. Assim, no dia 12 de janeiro de 1969, em assembleia com os pro-dutores, Ivo Marzall propôs oficialmente a transformação da entidade em Sindicato Ru-ral. Aceita a proposta pelos presentes, foi eleita a primeira diretoria do Sinrural, tendo como presidente Ivo Marzall.

“A primeira ata do Sindica-

Pioneirismo

O Berrante - Julho de 2013 3

1969 1971

Fundação do SinruralNo dia 12 de janeiro de 1969, a Associação de Produtores Rurais é transformada em Sindicato Rural e é eleito como presidente o agrônomo Ivo Marzall.

Nova AdministraçãoIvo Marzall vai para Brasília e deixa a presidência do Sinru-ral. Assume o cargo, proviso-riamente, o Dr. Antonio Reges de Albuquerque.

Tempo, memória e histórias do Sindicato Rural de ImperatrizComo homens de todas as partes do país transformaram a realidade econômica da cidade

“O visível vigor dos pastos de

capim ‘colonião’ que rapidamente se expandiram,

principalmente de Imperatriz para o

norte, era um sólido indicativo do grande potencial da região

para a pecuária bovina.”

Ivo Marzall

to foi assinada por sete, inclu-sive eu sou um deles! A minha matrícula é a 005, do dia 12 de janeiro de 1969. E nessa primeira ata estavam Ribamar Bezerra, Dr. Ivo, Dr. Reges, Jorge Vaz Sampaio, Fernando Vaz Sampaio, Carlos Amorim e eu”, recordou um dos fun-dadores do Sindicato, José de Ribamar Cunha.

Apesar de não estar forma-lizado, o Sindicato conseguiu organizar a primeira Expoimp em um terreno alugado, cha-mado “Quinta de Ouro”. O evento obteve um saldo posi-tivo na venda de animais e na participação do público e mar-cou o início das atividades do Sindicato Rural na cidade.

Em seus primeiros anos, o Sindicato Rural esteve sob a administração do engenheiro agrônomo, Ivo Marzall. Em 1971, devido a sua ida para Brasília, Ivo deixa a presidência do Sinrural e assume o cargo, provisoriamente, o Dr. Anto-nio Reges de Albuquerque.

Por ter desenvolvido uma boa administração, Dr. Anto-nio Reges com sua diretoria é reeleito em março de 1972 e permanece nas funções até o dia 07 de fevereiro de 1973, quando é eleito, como novo presidente, Vicente Bernardi-no Bezerro Fialho.

Com pouco tempo de ges-tão, Vicente Bernardino e ou-tros diretores renunciam a seus respectivos cargos. Para não deixar o Sindicato sem repre-sentação, é realizado um novo processo eleitoral, no dia 27 de novembro de 1974, na sede do Rotary Clube de Imperatriz. E com 74 votos contra 24 é eleita a nova diretoria, tendo como presidente Antônio Escórcio Filho.

Depois dos últimos episó-dios, o Sindicato Rural cami-nhava bem sob a administra-ção de Antônio Escórcio.

“Na época da Exposição, realizada ainda na antiga Co-operleite, o Dr. Regis de Al-buquequer deu um boi para o Sindicato fazer um churras-co. E fizemos esse churrasco! Quando terminou tudo, Antô-nio Escórcio foi fazer a presta-ção de contas e o conselho fis-cal recusou. E o Dr. Antônio se aborreceu com isso, deu um murro na mesa e abandonou o

sindicato dizendo: Estava aqui fazendo um favor! Não quero saber mais disso! Então, ele saiu e abandou de vez o Sindi-cato”, lembrou o ex-presidente do Sinrural, Adivando Rocha Santos.

Acalmados os ânimos, é or-ganizada no mesmo ano uma nova eleição para o Sinrural. E por unanimidade de votos é eleito presidente José Ribamar Rapozo Bezerra.

Dentre as ações que Ri-bamar Bezerra realizou quan-do foi presidente do Sinrural é importante mencionar a cria-çãoda Cooperativa de Leite de Imperatriz, a compra do terre-no do Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva e a construção do espaço.

“Com a vinda do gado de outras regiões para cá, surgiu um problema: a bacia leiteira aumentou tanto que já empi-ricamente com aquele botijão de leite nas ruas não dava mais para consumir o leite todo. Foi então que surgiu a necessidade de criarmos uma coorperativa. E o Sindicato fundou a coope-rativa na minha gestão e nome-amos o Sr. Carlos Sosthenes como primeiro presidente”, afirmou o ex-presidente José Ribamar Rapozo Bezerra.

Após permanecer dois mandatos à frente do Sinrural, Ribamar Bezerra deixa a presi-dência em 1979 e quem assu-me é Adivando Rocha Santos, que recorda alguns momentos da sua gestão:

“Quando venceu o manda-to de Ribamar, eu fui eleito e fiquei dois anos sendo presi-dente do Sindicato. Na minha gestão eu asfaltei aquela mar-ginal da Belém-Brasília que dá acesso ao Parque, murei o Sindicato Rural, Ribamar co-meçou a cobrir os galpões que eram de palha, e eu continuei. Ainda, construí duas baias para animais, criei o clube do cavalo e nesse período eu que criei o torneio leiteiro na Exposição. Aquela pista de vaquejada fui eu que fiz e entreguei para Dr. Antonio Reges tomar de con-ta”, enfatizou Adivando Ro-cha.

Com o sentimento de mis-são cumprida, no dia 20 de abril de 1982, Adivando Rocha encerra sua gestão e entrega a presidência do Sinrural para o

candidato eleito: Gerson Oli-veira Nepomuceno.

Logo no início de seu man-dato, em uma reunião no dia 18 de agosto de 1982, Gerson convenceu a diretoria a vender uma área de 15 mil m2 do Par-que de Exposições para pagar uma dívida do Sindicato junto a Previdência Social.

Passado este episódio, criou-se um sentimento de descontentamento e insatisfa-ção no Sinrural que se agravou com a possibilidade do Parque ir a leilão no dia 30 de dezem-bro de 1983.

“Em 1983, quando Ger-son Nepomuceno era presi-dente do Sindicato, eu vi uma nota de edital de praça, no qual estava sendo praciada, ou levada a leilão a área total do Parque de Exposições. Como eu já era sócio do Sindicato, chamei pessoas influentes da época, Luís Danda e Dr. An-

tonio Reges e mostrei para eles o edital de praça. Então, con-seguimos assinaturas suficien-tes para convocar uma assem-bleia para pedir explicações ao presidente da época, que era Gerson Nepomuceno. Nessa assembleia forçamos a renún-cia dele e foi eleita uma junta governativa para ficar cuidan-do do Sindicato”, afirmou o atual diretor do Sinrural, José Aparecido Machado.

Após a saída de Gerson Nepomuceno, a Junta Gover-nativa Provisória, constituída por José Aparecido Machado, Antonio Reges de Albuquer-que e Luiz Danda, assumiu o Sindicato por noventa dias e conseguiu suspender o leilão do Parque.

“Eu entrei no processo como advogado e consegui suspender a praça. Na épo-ca, a dívida era simplesmente um descalabro, dava uns 27 milhões. Então, eu impugnei o cálculo e refiz as contas. Pe-los meus cálculos, a dívida do Sindicato estava em 5 milhões.

Mas o sindicato não tinha esse dinheiro! E o João Matiolli, dono do frigorífico, emprestou o dinheiro, os 5 milhões, para que fizéssemos o depósito ju-dicial, pois para conseguirmos a sustação do leilão, nós tería-mos de demonstrar interesse em pagar. Então, nós depo-sitamos o dinheiro, mas o re-clamante não aceitou e devol-veu para o Sindicato. Quando fomos devolver o valor para João Matiolli, ele doou para o Parque de Exposições. E o re-sultado foi que salvamos o Par-que do leilão, mas o reclamante prosseguiu o processo com o cálculo de 27 milhões durante 19 anos. Somente na gestão do Coronel Ventura é que ganha-mos o processo e pagamos o valor”, explicou José Apareci-do Machado.

Em 1984 foi realizado um novo processo eleitoral e esco-lhida outra diretoria para o Sin-

dicato Rural. Os nomes eleitos foram: Fernando Ruy Ladeia - presidente, Dr. Ovídio Rapo-zo - secretário e José Apareci-do Machado - tesoureiro. Eles ficaram nos cargos até 1987 quando foi eleito como presi-dente Roberto Honório Melo.

“Quando nós entramos aqui, tudo estava ocupado, principalmente por sem-tetos. Então, conseguimos que esse pessoal saísse e fomos melho-rando todo o Parque. Come-çamos primeiro fazendo um estacionamento no Parque, pois não havia. Depois com a ajuda de todos os sócios fize-mos a churrascaria. Também, logo quando chegamos re-cuperamos todos os galpões, que na época estavam caindo. Além disso, construímos um palanque oficial, que não tinha. E no primeiro ano sentimos a dificuldade da entrada princi-pal que só tinha uma ou duas bilheterias, e tivemos de fazer uma série de bilheterias na en-trada principal”, explicou Ro-berto Honório.

1971 1975

Expoimp muda de local A exposição é transferida para a “Quinta do Manoel Ferreira”, onde funcionava a antiga Coor-peleite. Neste espaço, a feira já contava com alguns galpões.

Criação da Coorpeleite Com o aumento da bacia leiteira na região, o Sindicato Rural, funda a Cooperativa de Leite e nomeia Carlos Sosthe-nes como primeiro presidente.

“A primeira ata do Sindicato foi assinada por sete, inclusive eu sou um deles! Era eu, Dr. Ivo, Dr. Reges, Carlos Amorim, Ribamar

Bezerra, Jorge e Fernando Vaz Sampaio.

José de Ribamar Cunha


Vicente Bernardino

Roberto Honório

Fernando Vaz Sampaio

Francisco Santos Soares

Antônio Escórcio

Antonio Reges

Fernando Ruy

No ano de 1990, Roberto Honório deixa a presidência do Sinrural e quem assume é o produtor rural Karlo Mar-ques, o Karlinho. Com ele, o Sinrural deixou o escritório no centro da cidade para insta-lar sua sede administrativa no Parque Lourenço Vieira de Sousa, permitindo que a estrutura do local fosse mais bem aproveitada. Mas mais que isso, garantiu que a en-tidade ganhasse respeito e representatividade junto à Federação Estadual e a Con-federação Nacional que de-fendem o setor no país.

“Um dos destaques da minha primeira gestão foi a atividade no Parque, por que esta estrutura era fechada du-rante o ano todo, sendo aber-ta apenas quinze dias antes da Exposição. E eu sempre tive a convicção que aqui deveria funcionar o ano todo. Então, quando assumi a presidência logo mudamos o escritório do Sindicato para o Parque”, disse Karlinho.

Encerrado seu manda-to em 1993, Karlo Marques

deixa o cargo e é eleito Fran-cisco Santos Soares, conheci-do como Franciscano. Sócio ativo do Sinrural desde sua fundação, Franciscano conta algumas de suas ações: “O Tartesal de leilões foi cons-truído na época de Fernando Ruy, mas eu que ampliei! Na minha época, praticamente modifiquei todo o espaço, aproveitei só parte do telha-do. Outra coisa, no meu tem-poo Parque não era fechado, era praticamente aberto. O que fizemos: fechei todo o Parque e murei”.

Ainda, quando Francisca-no estava com presidente, o Sinrural estava sendo muito pressionado pelo Movimen-to dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Atento a esta rea-lidade, Franciscano, em uma “jogada de mestre” filia ao Sindicato o Coronel Ventura e o convida para ser o próxi-mo presidente.

“Lembro que o Francis-cano um dia me chamou para conversar e me disse: Coronel, você é o próximo comandante. E eu ri e disse

pra ele: Eu não posso! Não quero e não posso! Foi então que expliquei para ele que era oficial da ativa do exér-cito e não podia ser filiado a partido político, sindicaliza-do ou participar de associa-ção. Neste momento ele me mostrou as anuidades pagas: Você já é sócio do Sindicato aqui há muito tempo! Tá aqui as suas anuidades pagas. E esse tempo já assegura a você o direito de ser presidente”, declarou Coronel Ventura.

Em 1997, quando o man-dato de Franciscano havia encerrado, Coronel Ventu-ra, por já ter solicitado sua passagem para a reserva do exército, foi eleito por unani-midade como presidente do Sinrural.

Tendo como principal missão, impedir o avanço do movimento sem terra sobre as propriedades rurais da região, Coronel Ventura permaneceu no Sindicato até 2002. “Minha gestão foi mui-ta agitada, eu dava expediente aqui todo santo dia - pela ma-nhã e tarde. Ainda diria que a minha gestão foi necessária, pois naquele momento havia uma pressão e violência mui-to grande contra o Sindicato, e era necessário que eu fosse presidente. Por fim, acredito que minha gestão foi sanea-dora”, definiu.

Por sua experiência e co-nhecimento do Sindicato, adquiridos na gestão do Co-ronel Ventura, o pecuarista Nelson Henrique Martinez assume a presidência do Sin-rural, no dia 14 de dezembro de 2002. “Eu fui o único a ser votado, e tive o maior percentual da história do Sindicato: foram 97% de vo-tos! Então, assumi o cargo, criei mais diretorias e exerci meu mandato dando auto-nomia para toda diretoria”, comentou.

Nos anos em que esteve no Sindicato, Nelson Hen-rique deu importantes con-tribuições a entidade, como: a construção, em 2003, da Arena de Shows Carlos Sos-thenes, a criação da escola de equitação e da casa do cavalo, bem como, o aumen-to do número de banheiros no Parque e a edificação dos

quartos para os vaqueiros. “Quando eu vim para o

Sindicato, a arena de shows era um elefante branco, pois passava o ano todo sem pro-duzir nada. Então, quando eu fui em um show na AABB e vi o povo apertado naquele espaço, decidi construir uma arena de show e alugar para o Sindicato ter recuso durante o ano. Só que na época, nós não tínhamos dinheiro para cons-trução, e eu banquei do meu bolso o projeto da arena”, afirmou Nelson Henrique.

Optando por não se reele-ger, Nelson Henrique encerra seu mandato em 18 de março de 2005, e quem é eleito no-vamente como presidente do Sindicato é Karlo Marques, que permanece dois manda-tos à frente da entidade.

Em sua gestão, uma das contribuições mais visíveis deixadas por Karlinho foi a infraestrutura do Parque de Exposições com a imple-mentação de obras diversas, como: urbanização, arboriza-ção e jardinagem com plantio de mais de 3 mil árvores; sa-neamento básico e drenagem de grande parte do Parque. Foram construídas fossas e redes de escoamento para drenar o esgoto e prevenir os alagamentos, inclusive da sede da entidade; aproveitamento total da Fazenda Glória, prin-cipalmente, com a instalação do projeto “Fazendinha”, en-tre outras ações.

Em 2011, vencido seu se-gundo mandato e completa-dos 10 anos de presidência do Sinrural, Karlo Marques deixa o cargo e é eleito o atu-al presidente Sabino Costa. “Cheguei aqui ainda meni-no e amadureci junto com classe. Superei dificuldades e de mãos dadas com compa-nheiros pecuaristas busquei soluções para os dilemas que afligiam o setor nos mais di-ferentes âmbitos”, destacou Karlo.

Hoje, o Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural) soma 45 anos de uma história marca-da por muitas dificuldades e conflitos, mas que sempre foi perpassada pelo permanente esforço em prol do desenvol-vimento da pecuária na região e da defesa do produtor rural.

1975 1977

Sinrural compra Parque de ExposiçõesO Parque de Exposições, antiga Fazen-da Vitória, é adquirido e pelo Sinrural na gestão de José Ribamar Rapozo Bezerra.


Registro - Ata da Assembleia de 1969 que transformou a Associação de Produtores Rurais em Sindicato Rural

Adivando Rocha Santos

Karlo Marques

José Ribamar Rapozo

Gerson Nepomuceno

Nelson Henrique

Coronel Ventura

José de Ribamar Cunha

1977

Expoimp é realizada no ParqueA Expoimp é transferida para o Parque de Expsoições Lourenço Vieira da Silva, onde permanece até hoje.


Da Quinta de Ouro ao Parque de Exposições: a trajetória da ExpoimpCriada com a missão de melhorar e ampliar o rebanho da região, a Expoimp tornou-se a maior feira agropecuária do norte e nordeste

Solenidade - Ato de abertura oficial da 2a exposição agropecuária de Imperatriz pelo prefeito Renato Moreira

Sob a sombra das man-gueiras da “Quinta de

Ouro”, com barracas e cur-rais improvisados, aconteceu em 1968, a primeira Exposi-ção Agropecuária de Impe-ratriz. Na época, a feira con-tou com o apoio financeiro da Sagrima e reuniu forne-cedores de reprodutores e matrizes de outros estados, como São Paulo, Minas Ge-rais e Paraná. Os plantéis de reprodutores eram expostos em currais instalados no re-

cinto da feira, enquanto o grosso dos rebanhos eram mantidos em pastos do en-torno, onde era realizado o controle de sanidade.

Além de reproduto-res bovinos, foram expostos e negociados também na primeira feira equinos e mu-ares. A Cooperativa Agrícola Mista Gurupi (Camguru) de uma colônia de pequenos produtores localizada em Açailândia, com o intuito de mostrar seus produtos pro-duzidos com tecnologia di-ferenciada na época, expôs

tanto animais (suínos e aves de raças melhoradas, recém-introduzidas), como grãos (variedades melhoradas in-troduzidas pela cooperativa, de milho, arroz e feijão) e frutos, em especial o abacaxi Caiena, também introduzido pela Camguru.

“Nós fizemos a primei-ra Exposição na Quinta de Ouro, do Coronel Simplício! Fizemos os currais de pau de açaí, por que não tinha ma-deira e foram expostas umas 58 cabeças de gado, o resto a gente inteirou com cacho de

banana, cacho de babuçu”, descreveu um dos fundado-res do Sinrural, Fernando Vaz Sampaio.

Realizada durante quatro dias com entrada gra-tuita, a primeira Exposição Agropecuária de Imperatriz contou com a presença dos dois bancos financiadores, Banco do Brasil e Banco da Amazônia, que facilitaram a aquisição de animais com fi-nanciamento.

Ainda as atividades cul-turais, com bandas musicais de várias localidades e a en-

trada gratuita, atraíram um grande público, principal-mente à noite. “Era uma fei-ra para vender, para mulher andar bonita, toda pintada. E era uma farra!”, brincou Ri-bamar Bezerra.

Consolidação

“Fizemos os currais de pau de açai, por que não tinha madeira, e foram expostas umas

58 cabeças de gado

Fernando Vaz Sampaio

1985

Tartesal é construídoNa gestão do presidente Fernando Ruy é construído no Parque de Exposições o Tartesal Rafael Almeida Ribeiro.

Motivado pelo sucesso da primeira edição, o Sindicato Rural de Imperatriz orga-nizou, ainda na “Quinta de Ouro”, a segunda Exposi-ção Agropecuária em 1969. Nesta edição, a feira teve o apoio político da Prefeitura e do Estado.

“A segunda exposição foi melhor organizada e muito prestigiada, tanto pelo gover-no municipal como estadual. A abertura da feira contou com a presença do secretário da Agricultura, o Engenheiro Agrônomo José de Ribamar Moreira Lima e o prefei-to Renato Moreira”, disse o fundador do Sindicato Rural, Ivo Marzall.

Após a segunda Expo-sição, ainda foi realizada mais uma edição da feira na “Quinta de Ouro”. E em meados de 1971, o evento foi transferido para a “Quin-ta do Manoel Ferreira”, onde funcionava a Coorpeleite. No novo local, a feira ga-nhou uma estrutura um pou-co melhor, com a presença de alguns galpões.

“Aquele terreno da Co-orpeleite era do Sindicato! Fomos nós que compramos! Mas depois o governo pre-cisou daquela área para fa-zer uma estrada e nos com-prou”, comentou Fernando Vaz Sampaio.

No ano de 1975, o Sinru-ral, na gestão de José Ribamar Rapozo Bezerra, comprou o terreno do Parque de Ex-posições Lourenço Vieira da Silva. E já por volta de 1977, a Exposição Agropecuária foi transferida para o local, onde permanece até os dias atuais.

Ao longo dos anos, a Ex-posição de Imperatriz cresceu em estrutura, programação, público e volume de negó-cios, ao ponto de ser consi-deradaa maior feira agrope-cuária das regiões Norte e Nordeste. Hoje, ao completar 45 edições, a Expoimp conta com cavalgada, shows, ro-deios, leilões, torneio leiteiro, julgamentos, palestras e reali-zação de negócios.

É tempo de Cavalgada – Se a Expoimp representa a vitrine do agronegócio da região, a Cavalgada é a por-ta de entrada desta festa. O

evento, que chega a sua 22ª edição este ano, foi criado em 1991 pelos produtores rurais: Nelson Henrique, Joaquim Ângelo e João Costa, o João ‘Barbudo’.

“Eu morava em Araguaína e lá existia uma cavalgada do Sindicato Rural, que era con-siderada uma das maiores do Brasil. Hoje a maior é anossa! Então, quando vim para Im-peratriz, eu inventei a Caval-gada! Eu sou o pai dela! Fui eu mais um grupo de com-panheiros, Joaquim Ângelo e João Costa que organiza-mos”, explicou o idealizador e ex-presidente do Sinrural, Nelson Henrique Martinez.

Na primeira edição, a Ca-valgada saiu do entrocamen-to, percorreu a Avenida Dor-gival Pinheiro de Sousa, rua 15 de Novembro e subiu na Avenida Getúlio Vargas em direção a rodovia Belém-Bra-sília. Chegando ao Parque de Exposições, o grupo de cava-lheiros foi impedido de entrar e todos foram para uma área da Cooperativa em frente.

“Nós éramos 92 cavalhei-ros aqui no entrocamento, mas quando o Prefeito man-dou um recado dizendo que cavalo não sujar a cidade, o pessoal ficou com medo e foi embora, e ficaram apenas 27. Com receio que o Prefeito fizesse alguma contra o gru-po, que era pequeno, eu fui e conversei com Sr. Karlo Marques, pai de Karlinho, o ex-presidente. E ele me disse:

Henrique, pega uma bandei-ra do Brasil, do Maranhão e de Imperatriz e vai na frente. Ninguém vai perturbar pavi-lhão nacional! A cidade é do povo! E foi o que fizemos! Nós descemos para o Parque em 27, sendo que 13 estavam armados. Quando chegamos ao Parque, não deixaram a gente entrar. Então, fomos para a Cooperativa em fren-te, que nos cedeu uma área. Na ocasião, eu, Paulo Ma-chado e João matamos 3 bois e passamos o dia”, lembrou Nelson Henrique.

Na segunda Cavalgada, os estudantes aderiram ao

evento, o número de parti-cipantes aumentou e foram introduzidas as carroças. Participaram aproximada-mente 190 animais e foram alugadas 23 carroças. Neste ano, o evento também se en-cerrou na Cooperativa em frente ao Parque.

“Quando o Francisca-no viu o volume de gente, ele me disse: Vocês têm de vir para o Parque! E eu dis-se: Não senhor! Nós vamos ficar aqui! E fizemos a pri-meira e a segunda Cavalgada na Cooperativa”, comentou Nelson Herinque.

Em sua terceira edição,

a Cavalgada já foi encerrada no Parque de Exposições e reuniu cerca de 500 animais. No quarto ano, o número já saltou para 800. E no ano seguinte, foram registrados mais de 900 animais. Assim, o evento continuou a crescer, chegando a ter edições com 5 mil animais e 600 carroças.

Com o passar do tempo, a Cavalgada deixou de ser um evento apenas dos pro-dutores rurais para ser uma festa de Imperatriz. Todos os anos, a população participa, aplaude e acompanha o cor-tejo de cavalheiros e amazo-nas pelas ruas da cidade.

Chegada - Recepção da autoridades estaduais que vieram prestigiar a exposição, no aeroporto de Imperatriz

II Exposição - Vista dos animais na Quinta de Ouro, onde aconteceu a 2a►exposição

1988 1990

Inauguração da Churrascaria No dia 10 de julho de 1988, na gestão de Roberto Honório, é inaugurado a Churrascaria do Parque de Exposições.

Mudança da sedeKarlo Marques, em sua primei-ra gestão, transfere a sede ad-ministrativa do Sindicato Rural para o Parque de Exposições.


19931991 1997

Cavalgada termina no ParqueEm sua terceira edição, a Cavalga-da já foi encerrada no Parque de Exposições e reuniu cerca de 500 animais.

Coronel assume o Sindicato RuralEncerrado o mandato de Franciscano, Coronel Ventu-ra, é eleito por unanimidade como presidente do Sinrural.

Surge a CavalgadaRealizada a primeira Ca-valgada de Imperatriz. O evento contou com apenas 27 cavalheiros e não foi encerrado no Parque.


Desenvolvimento

Entre negócios e shows:Como o Parque de Exposiçõestornou-se palco da Expoimp

Espaço - Vista aérea do Parque de Exposições Lourenço Viera da Silva.. Sua estrutura foi ampliada e melhorada no decorrer dos anos, até se tornar uma das melhores no país.

Falar hoje da Exposição Agropecuária de Imperatriz

sem mencionar o Parque Expo-sições Lourenço Vieira da Silva é quase impossível! Espaço já tradicional na cidade, o Parque foi adquirido pelo Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural) em 1975 na gestão de José Ri-bamar Rapozo Bezerra, apoia-

do pelo então presidente do Incra, Lourenço Vieira da Silva.

“Nós nos reunimos na Sa-grima para comprar uma área para construir o Parque de Exposição, por que Lourenço Vieira da Silva, que era muito amigo de Ribamar Bezerra, já tinha falado que ia ajudar a construir o Parque. Então, de-pois que escolhemos a área,

Ribamar Bezerra acertou os de-talhes com Lourenço Vieira da Silva e compramos aquela área ali onde hoje é o sindicato”, disse o ex-presidente do Sinru-ral, Adivando Rocha.

Antiga Fazenda vitória, a área do Parque de Exposições, quando foi comprada pelo Sin-rural, era de 180 hectares e custou 250 milhões de cruzei-

ros. “Quando nós compramos a área aqui da exposição, isso aqui era uma fazenda, com algumas lagoas ali na frente. Com a ajuda de Dr. Luís Freire, que nos doou algumas horas de máquina, conseguimos fa-zer o aterro”, comentou o ex-presidente do Sindicato, José Ribamar Rapozo Bezerra.

Com a compra do terreno

concluída, o Sindicato Rural logo providenciou a elabora-ção do projeto do Parque, que na época foi feito pelo enge-nheiro Carlos Sosthenes.

“Para tirar um modelo de Parque eu tive de ir a Belo horizonte e a 7 Lagoas com um grupo de fazendeiros. Depois fui visitar o Parque de Goiânia, mas Parque de lá era

NOME

muito pequeno na época, e queríamos uma coisa grande. Mesmo assim, trouxe a planta e fotos da área. Porém, qua-se nada nós aproveitamos do Parque de Goiânia, apenas a estrutura de funcionamento. Sei que depois o modelo do nosso Parque foi feito pelo Dr. Carlos Sosthenes”, lem-brou o ex-diretor do Sindica-to, Ovídio Rapozo Bezerra.

O projeto do Parque apre-sentado por Carlos Sosthenes era de 30 milhões de cruzei-ros, mas o Sindicato não pos-suía este recurso. Assim, foi feito um convênio do Sinrural com o Incra para a construção do local. Entretanto, durante as obras a verba foi suspensa. “Do histórico da construção do parque, as duas últimas parce-las deixaram de vir. Para pagar as últimas eu tive que vender duas carradas de vaca. Isso aconteceu por questões polí-cias, pois o Lourenço Vieira da Silva devia ter sido governador do Estado. Tava tudo certo! Só que o padrinho dele, que era

o Vitorino Freire e mandava no Maranhão, morreu oito dias antes da eleição. Aí não deu certo e ele perdeu o Incra. E a verba para o Parque não veio mais!”, explicou José Ribamar Bezerra.

Apesar do pouco re-curso, o Sindicato Rural con-seguiu inaugurar o Parque de Exposições no dia 27 de dezembro de 1975 com cerca de sete galpões e 128 currais. “Aqui foi muito rápido para construir! Acredito que menos de um ano já estavam prontas as estruturas iniciais do Par-que, por que lembro que fo-ram poucas as exposições fei-

tas na Coorpeleite”, declarou Ovídio Rapozo.

No decorrer dos anos, cada presidente que passou pelo Sinrural melhorou e am-pliou as instalações do Parque de Exposições. Atualmente, o local apresenta 96 hectares de área construída com mais de 60 estandes, uma arena de shows, uma churrascaria, um novo tartesal, mais de 100 currais, cerca de 80 baias para equinos, um auditório, um estacionamento, uma pis-ta de vaquejada, julgamento, equestre e de equoterapia, um palanque oficial e um nú-cleo de caprinos e ovinos.

20032002

Construção da Arena de ShowsÉ construída, na gestão de Nel-son Herinque, a Arena de Shows Carlos Sosthenes no Parque de Exposições.

Nelson Herinque éo novo presidente Após 5 anos à frente do Sinrural, Coronel Ventura deixa a presidência e é eleito Nelson Herinque.

O Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva foi projetado pelo engenheiro Carlos Sosthenes.


Espaço - Vista aérea do Parque de Exposições Lourenço Viera da Silva.. Sua estrutura foi ampliada e melhorada no decorrer dos anos, até se tornar uma das melhores no país.

Homenagem - Em agradecimento a sua colaboração na compra e construção do Par-que de Exposições, o Sinrural colocou o nome do local de Lourenço Vieira da Silva.

“Nós nos reunimos na

Sagrima para comprar uma área para construir o Parque de Exposição, por

que Lourenço Vieira da Silva, que era muito amigo

de Ribamar Bezerra, já tinha falado que ia ajudar a

construir o Parque

Adivando Rocha

“ NOVIDADES EXPOIMP 2013

NOVO TARTESAL SERÁ INAUGURADO No dia 07 de julho, antes do 13º leilão Balde Branco, será inaugu-rado o novo Tartesal do Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva. Em construção desde o ano passado, o tartesal Rafael Almeida Ribeiro conta com uma estrutura moderna capaz de receber cerca de 600 pessoas.

45ª EXPOIMP OFERECE BEBI-DAS DE MARCAS VARIADASEste ano, os visitantes da 45ª Expoimp poderão consumir o refrigerante e cerveja de sua preferência. Durante os nove dias de feira serão oferecidas diversas marcas de bebidas, sendo todas comercializadas apenas em lata.

FESTIVAL DE MÚSICA SERTANE-JA É NOVIDADE NA EXPOIMP Festival de Música Sertaneja é a novidade na 45ª Exposição Agropecuária de Imperatriz (Ex-poimp). O concurso vai ocorrer em duas etapas: dia 06 de julho, (sábado) - a primeira eliminatória e 11 de julho (quinta-feira)- a grande final. Promovido pelo Sistema Mirante em parceria com o Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), o festival premiará os dois primei-ros colocados na categoria música com os valores de R$ 12 mil e R$ 7 mil, respectivamente. Também, o melhor intérprete do Festival receberá uma premiação no valor de R$ 6 mil.

VENCEDOR DO RODEIO RECEBERÁ UM CARRO 0 KMA arena de rodeio promete movi-mentar o público da 45ª Exposição Agropecuária de Imperatriz (Ex-poimp). Com a narração de Marco Brasil, a disputa acontece entre os dias 10 e 13 de julho no Parque de Exposições e premiará o melhor peão com um carro 0 km.

SECRETÁRIO FERNANDO FIALHO REALIZA PALESTRA NA 45ª EXPOIMPNo segundo dia de Exposição Agropecuária, 07 de julho, o se-cretário de estado do desenvolvi-mento social e agricultura familiar, Fernando Fialho, realiza a palestra “Viva Oportunidades”. O evento acontece pela manhã no auditório do Parque de Exposições.


Imagens

2006

Instalação do projeto “FazendinhaO programa tornou produtivos os 25 hectares, que estavam, até então, improdutivos na área do Parque.

2005

Karlo Marques volta ao Sindicato Eleito novamente como presi-dente do Sindicato Rural, Karlo Marques, permanece dois man-datos à frente da entidade.

Imagens já do Parque de

Exposições

Quinta de Ouro em imagens das primeiras exposições

Ex-diretor do Sinrural, Ovídio

Rapozo e seu filho nas primeiras ex-

posições do parque Secretário de Agriculturadiscursa na abertura da 2a Expoimp

9a Exposição de Imperatriz

2010 2012

EquoterapiaProjeto em parceria com a Prefei-tura oferece aula de equitação para crianças e adolescentes especiais, atendidos pela APAE, e atende em média 80 jovens por dia

Parque ganha novo AuditórioPresidente Karlo Marques constrói e entrega um novo local para palestras e eventos no Parque de Exposições


Renato Moreira em discurso na

Quinta de Ouro

Ivo Mazall faz saudação a visi-

tantes da 2a feira

Recepção das autoridades que vieram para a 2a ExposiçãoPrimeiras imagens do parque

Família do ex-presidente Vicente Bernardino na antiga Cooperleite

Vista frontal da Quinta de Ouro

Currais do parque

2012

Sabino Costa é eleito Vencido seu segundo mandato e completados 10 anos de presidên-cia do Sinrural, Karlo Marques deixa o cargo e é eleito o atual presidente Sabino Costa.


Agende-se

Programação - Shows

Sábadodia 06 de julhoEliminatória do I Festival de Música Sertaneja de Imperatriz e Show da banda de Vaquejada 100 Parêa

Domingodia 07 de julhoShow Lucas Lucco

Segunda-feiradia 08 de julhoNoite da Família Evangélica (Marco Antônio)

Terça-feiradia 09 de julhoNoite da Família Católica (Tony Allysson)

Quarta-feiradia 10 de julhoAbertura do rodeio e Show com Amado Edilson

Quinta-feiradia 11 de julhoFinal do I Concurso de Música Sertanejae show com Mayara Prado

Sexta-feiradia 12 de julhoShow de Paula Fernandes

Sábadodia 13 de julhoShow do Forrozão Tropykália e Final do Rodeio Cia Ítalo Todde

Domingodia 14 de julhoEncerramento oficial com Show de Léo Magalhães

Domingo, dia 07 de julho Inauguração no Novo Tartesal seguido do 13º Leilão Balde Branco

Terça-feira, dia 09 de julho 2º Leilão Comitiva da Amizade

Quarta-feira, dia 10 de julho 3° Leilão Nelore Produção Vale do Mutum

Quinta-feira, dia 11 de julho 2° Leilão Integração Nelore Elite

Sexta-feira, dia 12 de julho Noite do 1° Leilão Pec Sêmem Alta Genetics Fêmeas

Terça e quarta-feira, dias

09 de 10 de julhoPesagem dos animais

Quarta e quinta-feira,

dias 10 e 11 de julhoJulgamento dos animais da Raça Nelore

RodeioJulgamentos

Festival de Música Sertaneja

16ª Torneio Leiteiro

Quarta-feira, dia 10 de julho Abertura do rodeio da Companhia Italo Todde, com narração do Marco Brasil

Sábado, dia 13 de julho Final do Rodeio com premiação de um carro 0km para o melhor peão

Sábado, 06 de julhoI Eliminatória do Festival de Música Sertaneja de Imperatriz

Quarta-feira, dia 10 de julhoOrdenha de “esgota”;

Quinta-feira, dia 11 de julho Ordenha às 7 horas e 19 horas;

Sexta-feira, dia 12 de JulhoOrdenha às 7 horas e 19 horas;

Leilões

Sábado, dia 13 de julho9° Leilão Tabapuã Vale do Mutum e Convidados

Domingo, dia 14 de julho11° Leilão Pec Semen Alta Genétics

Quinta e Sexta-feira, dias

11 e 12 de julhoJulgamento dos animais da Raça Tabapuã

Sábado, dia 13 de JulhoOrdenha às 7 horas e 19 horas, seguida da premiação e banho de leite nos vencedores;

Quinta-feira, dia 11 de julhoFinal do Festival e premiação

jornal o berrante - sinrural

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