jornal o lábaro

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C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É “O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-o por sobre os telhados” (Mt 10,26). Distribuição Gratuita Ano CIII - Edição nº 2.110 - Janeiro 2012 www.diocesedetaubate.org.br O LÁBARO Pág. 8 e 9 PASTORAIS DA DIOCESE SãO RETRATADAS EM LIVRO Jovem jornalista elaborou livro-reportagem sobre a atuação das Pastorais em Taubaté e Tremembé como Trabalho de Conclusão de Curso universitário Pág. 16 Reciclagem é um ato de cidadania para melhorar a vida de todos Rebanhões de Carnaval 2012 já têm calendário Pág. 3 Padres, Leigos e Assessores de Pastorais falam sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil Pág. 4 Confiram as imagens das celebrações de Natal e Ano Novo nas Paróquias da Diocese Pág. 6 e 7 CURTA A PÁGINA DE NOSSA DIOCESE NO facebook.com/diocesedetaubate

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Edição nº 2.110 - Janeiro 2012

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Page 1: Jornal O Lábaro

1O LÁBAROComunicação a serviço da fé

• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •

“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).

Distribuição GratuitaAno CIII - Edição nº 2.110 - Janeiro 2012w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r

O LÁBARO

Pág. 8 e 9

PASToRAiS dA dioceSe São ReTRATAdAS eM LivRoJovem jornalista elaborou livro-reportagem sobre a atuação das Pastorais em Taubaté e Tremembé como Trabalho de Conclusão de Curso universitário

Pág. 16

Reciclagem é um ato de cidadania para melhorar a

vida de todosRebanhões de carnaval 2012 já têm calendárioPág. 3

Padres, Leigos e Assessores de Pastorais falam sobre as diretrizes gerais da Ação

evangelizadora da igreja no BrasilPág. 4

confi ram as imagens das celebrações de Natal e Ano Novo nas Paróquias da diocese

Pág. 6 e 7

CURTA A PÁGINA DE NOSSA DIOCESE NO

facebook.com/diocesedetaubate

Page 2: Jornal O Lábaro

2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Estamos no início de um novo ano.

Muitos, já a todo vapor, com muitas

ideias e projetos em execução, outros,

retomando a rotina e, certamente,

outros ainda engatinhando, tentando

encontrar o rumo para se firmar em al-

gum propósito. O novo tem esse poder

de desconsertar, causar insegurança,

ao mesmo tempo em que oferece ou-

tras possibilidades, outros horizontes,

outros terrenos a serem explorados.

O Lábaro, com esta edição de nú-

mero 2.110, entra no seu centésimo

terceiro ano. Uma vitória! Temos or-

gulho de fazer parte desta história,

neste novo processo que busca um

diálogo sempre crescente com os no-

vos tempos sem, contudo, abandonar

aqueles princípios que, sem dúvida,

fizeram com que este veículo perpas-

sasse o século XX e entrasse ao século

XXI com renovado vigor comunicati-

vo. O desafio de otimizá-lo em todos

os aspectos e de fazê-lo chegar a to-

dos os cantos da diocese e além dela,

continua. Temos consciência do lon-

go caminho que temos pela frente

para construir este sonho. Enquanto

isso, com a colaboração de muitos,

vamos fazendo, esperamos que da

melhor forma, aquilo que é possível,

para produzir uma comunicação que

informa e evangeliza.

Para este ano, temos algumas novi-

dades: a partir desta edição, a seção

de reflexão bíblica “E a Palavra se

fez carne”, com a colaboração do

Pe. Mariano Weizenmann, scj, terá

uma série de artigos sobre o Evan-

gelho de Marcos, que é o evangelho

proposto para este ano litúrgico (Ano

B). Assim, a cada mês o leitor pode-

rá se aprofundar um pouco mais na

narrativa deste evangelista. Outra

novidade é que a coluna de Liturgia,

até então escrita pelo Pe. Kleber Ro-

drigues, passa a ter a colaboração do

Pe. Roger Matheus, que assumiu a

coordenação da Comissão de Litur-

gia na diocese. Em breve o Pe. Kleber

estreará uma coluna sobre pastoral.

Agradecemos a colaboração e

apoio de todos. Que 2012 seja um ano

de muitas e boas realizações, com fé e

esperança renovadas.

Boa Leitura!

Quem não tem mais esperança, está

existencialmente morto: quem mais,

quem menos. A esperança é própria

do ser humano. Uns esperam ganhar

mais, outros lutam por mais saúde.

Uns fazendo faculdade, querem um

futuro mais qualificado, outros bus-

cando cursos técnicos, desejam mais

qualificação. O mundo fica sempre

mais exigente. Uns esperam por Go-

dot, outros pelo papai Noel, ou então

pela sorte grande. Mas todos querem

mais paz, política mais justa, sem

corrupção, mais saúde e educação.

Todos querem um mundo melhor,

nem sempre, porém, começando por

si mesmos. Mas o lado pessoal e o co-

munitário devem andar juntos. Outra

realidade é também certa: não haverá

mundo melhor sem investimento na

formação e na aquisição de valores.

O ser humano precisa lutar por virtu-

des: ser mais, não apenas ter ou fazer

mais. Os homens sentem vertigem

existencial. Há um descompasso en-

tre as diversas dimensões do homem:

o instintivo, o sensitivo, o psíquico, o

moral e o espiritual. A ligação entre o

imanente e o transcendente está com-

prometida, quando não interrompida.

O mundo está existencialmente doen-

te. Falta-lhe Deus: Jesus Cristo.

Como Cristãos, temos uma missão

a cumprir, um objetivo a buscar, um

ideal a alcançar. Por isso, devemos

conhecer melhor Jesus Cristo e amá-

Lo mais. Trata-se da configuração da

própria vida à Dele. Para São Paulo, o

superior conhecimento do amor de Je-

sus Cristo fez tudo relativizar-se. São

Francisco de Assis, tudo abandonou

para alcançar o Senhor. São Francis-

co Xavier, abandonou a universidade

(Sorbonne) para dirigir-se ao Oriente,

e ali evangelizar. Edith Stein, abando-

nou a docência e as propostas do mun-

do para tornar-se Carmelita e oferecer

a vida pelos irmãos (as), tornando-se

mártir. Eram todos homens ou mulhe-

res de esperança. O Cristianismo tem

como núcleo o amor e a vida eterna

como esperança. Por isso, afirma ain-

da São Paulo aos Coríntios e também

a nós: “olhos humanos jamais viram...

(1º Cor 2.9). Ao mundo tecnológico

falta a verdadeira esperança. Conse-

gue atrasar a morte, mas não evitá-la.

Aumenta seus prazeres e sucessos,

mas não cresce “ipso facto” na feli-

cidade. Obtém sempre novos títulos

acadêmicos e avanços científicos, mas,

nem por isso, cresce na sabedoria.

Quanta depressão. As inseguranças da

vida corroem seus mais puros ideais.

Felizes os que alimentam sua esperan-

ça, buscando as verdadeiras razões do

viver, do lutar e até do sofrer.

NOSSO PROJETO DE EVANGE-

LIZAÇÃO E DE PASTORAL.

As pessoas – todas elas – desejam

que as razões da esperança de dias me-

lhores cresçam. Estas, elas encontram,

de modo mais perfeito, no Evangelho,

nas Bem-Aventuranças, nos ideais.

Deus está ao alcance dos que crêem e

esperam. Mas está mais próximo dos

que crendo, colaboram na constru-

ção do Reino de Deus. Neste artigo,

não pretendo oferecer soluções. Seria

querer demais. Quero apenas ajudar

a pensar mais profundamente e recor-

dar que a esperança se vive com ati-

tudes coerentes e perseverantes. Não

se trata apenas de esperar de Deus, do

próximo, do governo, das instituições.

Só tem verdadeira esperança, quem

esperando, colabora. Luta. Assume

suas responsabilidades. Deus nos deu

o ano de 2012, não para que vege-

tássemos. Não apenas para gozá-lo.

Quer enviar-nos para trabalhar na sua

vinha (Mt 20.4). Conta com todos. De

modo especial, porém, com os cris-

tãos. A Diocese quer assumir o pro-

jeto do DAp e do Doc 94 da CNBB

(Diretrizes de Evangelização). Quer

ser discípula, tornando-se missionária.

Quer conhecer mais e viver melhor a

Palavra de Deus, nutrindo-se mais da

caridade e da Eucaristia. Pretende as-

sumir as urgências apontadas no Doc

94 da CNBB (CAp III). Sabe que pre-

cisa imitar mais e melhor seu Mestre

– Jesus Cristo – que veio ensinar, agir

e a transformar a realidade. Escolheu,

outrora, doze ( cf. Mc 3.13-15) para es-

tarem com Ele, e para enviá-los.

Hoje, continua a chamar, a trans-

formar e a enviar. Vamos colaborar?

Vamos fazer nossa parte? Espero que

sim. Não podemos ser omissos. Na

Diocese ainda estamos mais na fase

da motivação e da conscientização

quanto às Diretrizes. Católicos mais

conscientes serão discípulos mais

eficientes e eficazes. A mim não me

preocupa tanto, quando, alguém en-

tra a trabalhar na vinha, mas como e

por quê... É claro, quanto antes, me-

lhor. Sei, também, que não são tanto

os projetos que transformam, mas a

graça de Deus e sua iluminação. Es-

tas não faltarão. É preciso, porém, que

nós nos convertamos e digamos com

Maria: “Eis aqui o (a) servo (a) do

Senhor”. Quero colaborar. Quero ser

Igreja. Mais Igreja.

Após o mutirão de conscientização

nos decanatos, faremos também nós,

nosso projeto evangelizador, embasa-

do no Evangelho, no Magistério da

Igreja, e, de modo especial, no Doc de

Aparecida e no Doc 94 da CNBB. Re-

pito: cristãos mais conscientes e moti-

vados, serão cristãos mais eficientes.

E, por isso, mais eficazes. Não seja-

mos mesquinhos. Plantemos. Muito.

Outros colherão. A messe é grande e

os operários? Serão sempre mais? Eu

o desejo e espero-o. Feliz 2012.

A VOZ DO PASTOR

Ter esperança é preciso, colaborar com a graça de deus tambémDom Carmo João Rhoden, scj

EDITORIAL

- EXPEDIENTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Jaime Lemes, Pe. Silvio Dias, Pe. Rodrigo Natal, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire, Valquíria Vieira e Diego Simari.Revisão: Eliane FreireProjeto Gráfi co: Diego SimariImpressão: Katú Editora Gráfi caTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected]

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Para (re)começar...

Page 3: Jornal O Lábaro

3O LÁBAROComunicação a serviço da fé

CAÇAPAVALocal: Centro Cultural e Esportivo José Francisco NataliAv. Dr. José de Moura Resende, 475 – Vera CruzDia: 18 Abertura ,com Santa Missa Solene às 19h30Dias 19 20 e 21.02.2012: Inicio 14h - Missa às 20h

CAMPOS DO JORDÃOLocal: Salão Paroquia - Igreja de Santa Terezinha na Vila Abernéssia – CentroDias 18 e 21.02.2012: Início às 19h com Santa Missa até às 00h

PINDAMONHANGABALocal: Ginásio João do Pulo – CentroDia: 18: Abertura com Santa Missa Solene às 20hDias 19 20 e 21.02.2012:: Inicio às 13h30 / Missa às 19h30

MOREIRA CÉSARLocal: Centro Esportivo “José Ely Miranda” (Zito)Dia: 18: Abertura com Santa Missa Solene às 19hDias :19 20 e 21.02.2012: Inicio às 13h30 - Missa às 19h30

SANTO ANTONIO DO PINHALLocal: Salão Centro Rural Bairro José da RosaDias 19 20 e 21.02.2012: Início às 19h - Santa Missa

SÃO BENTO DO SAPUCAÍLocal: Rincão São Benedito - Ao lado da Igreja São Benedito – CentroDias 18 19 20 e 21.02.2012: Início às 20h - Santa Missa

TAUBATÉLocal: Quadra da Igreja da Vila AparecidaDia: 18.02.2012: Início às 14hDias19 a 21.2012: Início às 09h – Missa às 19h30

ESTIVALocal: Centro Pastoral Pe Dehon – R: José Renato Cursino de Moura nº500 Parque Aeroporto Atrás da Ford Dia :18.02.2012: Inicio às 14h30Dias 19 a 21.02.2012: Início às 13h - Missa às 19h30

SANTA LUZIALocal: Igreja de São João Bosco (Local do Rebainho)Dia:18.02.2012 – Inicio 19h00 com Santa Missa Dias 19 a 21.02.2012: Início às 08h horas – Missa às 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMLocal: Salão São Vicente - Dias 19 a 21.02.2012: Início às 09h - Missa ás 19h30

MISSÃO SEDE SANTOS - PERFEITA ALEGRIALocal: Associação de Taubaté - Av. Juca Esteves, 100 - Centro Dias 17 - Missa às 20hDia 19 - às 15h - Show Rosa de SaronDias 18 a 21 - Início às 14h30 - Missa às 20h

QUIRIRIMLocal: Igreja Santo Agostinho – Bairro do CecapDia:18.02.2012 Inicio às 18h00 – Show Banda RabonniDias 19 a 21.02.2012: Início às 14h - Missa ás 19h

PARÓQUIA SÃO PEDRO APOSTOLO - IGREJA IMACULADA Local: Igreja Imaculada Conceição Dias 18 19 a 21.02.2012: Início às 14h – Santa Missa às 20h

TREMEMBÉLocal: Igreja Paróquia São José – Jardim Santana Dias 18 a 21.02.2012: Início às 14h – Santa Missa às 19h30

SÃO LUIZ DO PARAITINGALocal: Igreja São Benedito – Bairro São Benedito Dias: 18 a 21 2012: Início às14h – Santa Missa ás 18h

ReBANHãode cARNAvAL2012confi ra os locais e horários onde a presença de deus é a grande alegria

PARTiciPe

coNoSco!

Page 4: Jornal O Lábaro

O LÁBAROComunicação a serviço da fé4

A Santa Mãe de Deus Maria, cuja festa celebramos a primeiro de janei-ro, preside para nós a passagem do Ano Novo. Não é de se estranhar a coincidência das duas festas. Pois o Ano Novo nos lembra sempre a ”era nova”, que se inaugurou com o nascimento de Cristo, filho da Santa Mãe de Deus Maria.

Belo significado, profundamen-te teológico, tem esta festa da San-ta Mãe de Deus neste dia, em que surgem para nós novos dias, novos meses, novas esperanças. Todo Ano Novo traz novas esperanças. E, quando pensamos que elas nos vêm sob as bênçãos da Mãe de Deus, en-tão nosso coração se abre, certo de que Deus nada pode negar à inter-cessão de Sua Santa Mãe.

Liturgicamente, muito insinuan-tes são as leituras que se fazem na Missa de desta data e que têm rela-ção também com Maria. A primei-ra nos fala como Deus quer que os pais abençoem a seus filhos e como nós mesmos nos devemos abençoar uns aos outros. A bênção é sempre uma deprecação a Deus para que ele nos dispense seus infinitos bens. Esta bênção é, certamente, a que Nossa Senhora nos dá ao início do novo ano.

“O Senhor te abençoe e te prote-ja! O Senhor volte a ti o seu rosto sereno e te seja benigno! O Senhor volte os olhos para ti e te conceda a Paz!” É esta a bênção de Mãe de Deus, que Nossa Senhora nos con-cede ao início do Ano Novo 2012.

A segunda leitura nos lembra, nas palavras do Apóstolo Paulo, como o nascimento de Cristo no seio da

mulher Maria é a realização da “plenitude dos tempos”: “Quan-do chegou a plenitude dos tem-pos, Deus enviou seu Filho, nas-cido de uma mulher... “ (Gl 4, 4)

“Plenitude dos tempos” é a verdadeira era ou verdadeiro tempo dos desígnios de Deus, o tempo da salvação de todos, o supremo tempo da História. Este tempo coincide, eviden-temente, com o nascimento de Deus na História dos homens.

E o Filho de Deus nasce des-ta mulher que é chamada, be-lamente, na Liturgia católica, SANTA MÃE DE DEUS MA-RIA.

Na terceira leitura desta fes-ta, O Evangelho nos conta que

homens humildes, pobres, foram os primeiros a conhecer o estupendo mistério do nascimento de Deus: “Os pastores foram às pressas, e encontraram Maria, José e o recém-nascido.” (Lc 2, 16)

O Evangelho diz que, depois, os pastores contaram aos outros o que ouviram a respeito do menino. Quem contou a eles algo a respeito? Os anjos? Não. Certamente, Maria e José. E isto que lhes foi contado, eles o transmitiram a outros. Os pastores foram, assim, os primeiros “missionários” do grande mistério.

Na Igreja missionária que deve-mos ser, o Ano Novo deve encher-nos do ardor missionário que ani-mou os pastores. A Igreja está nos propondo sempre como objeti-vo, a cada ano que começa: “Evan-gelizar com renovado ardor missio-nário.”

Pois, evangelizar é fazer o anún-cio, é dar testemunho de que Jesus nasceu no mundo para inaugurar novos tempos, os tempos do Rei-no de Deus. Este Reino começou no Natal. Nós, cristãos, devemos anunciá-lo ao mundo materializado de hoje.

É este o compromisso do Ano Novo. Durante todo este ano, sob as bênçãos de Deus uno e trino, dar testemunho de seu Filho, e proceder como sua Mãe. “Maria conservava, cuidadosamente, todos estes acon-tecimentos, e os meditava em seu coração.” (Lc 2,19)

SOB O OLHAR DA FÉ

Santa Mãe de deus MariaD. Antônio Affonso de Miranda, sdn*

*Dom Antônio Aff onso de Miranda é bispo emérito de Taubaté e membro da Acadêmia Taubateana de Letras

PONTO DE VISTA

As diretrizes gerais da Ação evangelizadora da igreja no Brasil (dgAe 2011-2015) foram tema de estudo na Assembleia diocesana de evangelização e Pastoral. veja o que alguns participantes disseram sobre o assunto.

“As DGAE 2011-2015 significa, para nós da Diocese de Taubaté, um profundo espírito de comunhão com toda a Igreja do Brasil, que, fazendo eco ao Documento de Aparecida, nos recorda que a Igreja está em estado permanente de missão, uma vez que o próprio documento nos define como discípulos e missionários. As DGAE nos faz também estar em profunda sintonia com o projeto de evangelização continental e nos faz perceber que todas as pastorais, movimentos e associações têm que ter uma dimensão missionária”.

Mons. José Eugênio de Faria SantosVigário Geral da Diocese de Taubaté e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Santuário de Santa Teresinha)

“As DGAE 2011-2015 significa, para nós da Diocese de Taubaté,

“O estudo das DGAE 2011-2015 feito durante a Assembleia Diocesana de Evangelização e Pastoral possibilitou a todos uma visão geral da proposta evangelizadora da Igreja no Brasil. Vivemos em meio a uma realidade eclética no campo da missão eclesial, e poder contar com uma orientação clara e objetiva é sempre um sinal de luz e de esperança. A Assembleia apontou caminhos, cabe, agora, às paróquias delinearem com precisão a maneira mais adequada para atenderem às urgências da evangelização”.

Pe. Vicente Paulo Moreira Borges, msjPároco da Paróquia do Menino Jesus

“O estudo das DGAE 2011-2015 feito durante a Assembleia

“As DGAE 2011-2015 correspondem ao verdadeiro anseio da Igreja no Brasil. Padre Francisco, de uma maneira fácil e objetiva deixou isso bem claro em nossa Assembleia Diocesana. Jesus Cristo é o início, o centro e o fim de toda nossa ação pastoral. Portanto, como discípulos, devemos estudar com muito amor e carinho essas diretrizes. E depois como missionários, vamos ao encontro dos nossos irmãos e irmãs, que por um motivo ou outro se afastaram de nós. Estamos num tempo de graça em nossa Igreja, aproveitemos bem este momento”.

Benedita Fátima MoreiraCoordenadora Diocesana da Pastoral do Dízimo

“As DGAE 2011-2015 correspondem ao verdadeiro anseio da Igreja

“A leitura feita das DGAE em nossa Assembleia Diocesana, pelo Pe. Chico, foi de uma forma simples e contundente, o que veio reforçar que nossos testemunhos falam mais alto, mas também devemos nos aprofundar na Palavra de Deus, pois se não conhecemos Jesus, se não mergulhamos no Mistério da Trindade Santa, como evangelizaremos? E deste experienciar resultará nossa ‘mudança de vida’ enriquecendo todo nosso trabalho pastoral”.

Maria Etelvina GilCoordenadora Diocesana de Catequese

“A leitura feita das DGAE em nossa Assembleia Diocesana, pelo

PARCIPE DO JORNAL O LÁBARO!Envie suas dúvidas, sugestões e críticas

para [email protected] ouligue no 12 3632 2555

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Page 5: Jornal O Lábaro

O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5

O fim de ano e o começo de um novo ano nos lembram o passar do tempo... Tempo que muitos não valorizam, pois julgam ter muito tempo de vida, ao passo que os sábios, desde a época pré-cristã, muito apreciaram.

Na verdade, o tempo é o dom básico, condição indispensável para que haja outros bens na vida de alguém. Quantos são os que no fim da vida desejariam ter um pouco mais de tempo para recu-perar os dias perdidos?!

Ou mesmo desejariam reco-meçar a vida vivida em levian-dade e superficialidade?!

Estas ponderações de ordem filosófica são corroboradas pela fé cristã, que muito estima o Hoje de Deus: “Hoje, se ouvir-des a sua voz, não faças como os vossos pais...” (Sl 95,8).

O mês de janeiro, o mês da por-ta (ianua) que se abre, dá ocasião ao cristão para pensar no inesti-mável valor do tempo, evitando a mera rotina de vida inconsciente

do seu porquê e para quê.Vale a pena citar uma inscri-

ção gravada num relógio solar da Alemanha: “Ó tempo, ó tem-po, ninguém te reconhece senão aquele que te perdeu”.

É frequente verificar que os ho-mens só apreciam os valores que têm, depois que os perdem. O va-lor presente se torna rotineiro ou mesmo insípido; só depois que de-saparece é que os usuários tomam consciência de haver lidado com grandes bens sem se dar conta dis-to plenamente. Assim também é o tempo: pode parecer insignifican-te, mas, uma vez perdido, aparece com todo o seu valor.

Ora, o começo de novo ano sugere uma reflexão sobre estes fatos, a fim de que não se repi-tam. O tempo do cristão é pola-rizado pela presença do Eterno dentro da volubilidade do mun-do. Aliás, “passa a figura deste mundo” (1 Cor 7,31).

Dirá, porém, alguém: “Os nos-sos tempos são maus e inclemen-

Ano Novo: mais uma página no livro da vida

MENSAGEM

tes!”. Eis um chavão que já os contemporâneos de Santo Agos-tinho repetiam. O Santo lhes respondia com palavras válidas até hoje: “Os tempos somos nós. Nós é que os fazemos; não são eles que nos fazem. Sedes bons e os tempos serão bons”.

O homem é maior do que os tempos; não está subordinado ao pretenso imperativo dos tem-pos. Sabiamente se diz: “Semeia amor e colherás amor”.

A vida de cada ser humano pode ser tida como um livro, cujas paginas vão sendo escritas dia por dia, às vezes sem falha alguma, outras vezes com letra trocada, sílaba omitida... Cada ano é um capítulo desse livro; consequen-temente, ao chegar ao fim do ano (capítulo), é oportuno que o es-critor olhe para trás e verifique as imperfeições da sua redação para poder corrigi-las. A conclusão de um ano aviva a consciência de que haverá uma Grande Conclusão, a Conclusão de todos os anos, mo- José Pereira Silva é historiador e professor.

Prof. José Pereira da Silva*

mento em que cada escritor entre-gará ao Criador o livro da vida. É para desejar que o possa entregar rematado, limpo e belo.

A conclusão do nosso livro não é senão passagem para usufruir-mos, por todo o sempre, das belas páginas redigidas no dia-a-dia. O livro que escrevemos na paciên-cia e teimosia de cada dia jamais será arquivado e empoeirado; será a medida de nossa felicida-de definitiva, pois veremos a face de Deus na proporção de quanto tivermos escrito de nobre e mag-nânimo nas páginas do nosso di-ário.

Que o novo ano seja ocasião para que se renove a nossa cons-ciência de que o mundo de hoje pede uma presença viva e atuan-te dos cristãos autênticos, fiéis a Cristo.

Que tudo isso reavive a chama da nossa confiança e esperan-ça em cada um dos 365 dias do novo ano!

E Jesus terminou dizendo que amará mais aquele a quem muito for perdoado e amará menos aque-le a quem pouco for perdoado. E quando Jesus diz que veio pelos pobres, pelos marginalizados, e que, como médi-co, veio pelos que se encontravam doentes, é porque sabe que esses, uma vez converti-dos, amarão mui-to mais do que uma Igreja lotada de fieis.

Esses pobres são também pecadores e os seus

pecados os devolvem à pobreza. Nesse círculo vicioso, que é o mes-mo do tempo de Jesus, acabam perdendo a sua dignidade perante a sociedade, que só consegue en-

xergar os defeitos. Suas vidas não representam mais nada e suas mi-sérias, tais como feridas abertas, ficam expostas e todos veem os seus pecados. Quando eles se encontram com a misericórdia de Deus, acabam se

entregando por inteiro e seguin-

Meditação sobre Lucas 7, 36-49

MEDITAÇÃO

do Jesus por onde quer que ele vá. Não têm o que deixar para trás. Amarão muito, tal como a pecadora do Evangelho. E deve ser exatamente por isso que a conversão de um só pecador en-che o céu de alegria.

Nós, que não somos santos e também não somos tão pecadores, ou pelo menos não nos reconhecemos como tal, corremos o risco de viver na mediocridade em relação à graça de Deus e de não sermos capazes de amá-Lo por inteiro, também com lágrimas sinceras, nossos cabelos, nossos beijos e nossos frascos de perfumes. Muitas vezes, é apenas a nossa condição financeira que

Olívia Faria de Assis*

nos mantém de pé, frequentando a Igreja e rezando em público.

Não conseguimos imaginar se, de um momento para o outro, perdêssemos tudo, emprego, dinheiro, prestígio, saúde, amigos e só nos restasse Deus e a sua graça. O nosso olhar para Ele com certeza seria diferente. Sem mais nada, Ele seria o nosso tudo e o nosso amor total seria Dele. Quando temos muita coisa, amamos muita coisa e sobra pouco amor para Deus. Não que Deus nos queira tão pobres, mas nos quer lúcidos e humildes para poder amá-Lo como quem não tem mais nada.

“Quando temos muita coisa, amamos muita coisa e sobra pouco amor para

Deus. Não que Deus nos queira tão pobres, mas nos quer lúcidos e

humildes”

Olívia Faria de Assis é da Comunidade Imaculada, Paróquia São Pedro - Colaboradora do Lábaro

Page 6: Jornal O Lábaro

6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE EM FOCO

coNFiRA FoToS dAS ceLeBRAçÕeS de NATAL e ANo Novo de ALgUMAS PARÓQUiAS de NoSSA dioceSe

Paróquia Nossa Senhora da Boa esperança

Paróquia São cristóvão

Page 7: Jornal O Lábaro

7O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Paróquia do Menino Jesus

Reinauguração da gruta de Nossa Senhora de Lourdes no Hospital Universitário, em Taubaté

No dia 10 de fevereiro, às 19h30, no Hospital Universitário de Tau-baté será reinaugurada a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, no ano em que a Campanha da Fraterni-dade refletirá sobre a saúde públi-ca, com o tema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Em 2012, também se comemora o vigésimo aniversário da instituição

do Dia Mundial do Enfermo.O Santuário Mariano de Lour-

des, na França, tem uma grande ligação com os enfermos. No dia 11 de fevereiro de 1858, nas apa-rições da Santíssima Virgem à jo-vem Bernadete na pobre gruta, teria a jovem cavado com suas mãos, a pedido de Nossa Senho-ra, o solo onde brotou uma fonte

de água cristalina e miraculosa. A partir daí, muitos enfermos acorre-ram à Lourdes para banhar-se nas águas, na esperança de alcançar a cura do corpo e da alma. Em 21 de outubro de 1992, o Santo Padre João Paulo II estabeleceu o dia 11 de fevereiro como o Dia Mundial do Enfermo.

O evento no Hospital Univer-

sitário de Taubaté terá a seguinte programação: às 19h30, bênção da gruta com água vinda de Lourdes; em seguida, será celebrada a Santa Missa na capela do Hospital, com o envio da Pastoral da Saúde para a Romaria ao Santuário de Apa-recida, que sediará o encontro do Dia Mundial do Enfermo, no dia 11 de fevereiro, às 9h.

Page 8: Jornal O Lábaro

8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Por Pe. Jaime Lemes

Retratar o trabalho desenvolvi-do por Pastorais atuantes nas ci-dades de Taubaté e de Tremembé, mostrando a rotina de cada uma delas, suas atividades e as pesso-as envolvidas, a fim também de esclarecer a sociedade sobre cada Pastoral foi um dos objetivos da jovem jornalista Daisyane Mendes de Paula Silva ao elaborar o livro-reportagem “Vidas transformadas pela Ação Pastoral”, que foi apre-sentado como Trabalho de Con-clusão de Curso de Jornalismo em dezembro, no Anfiteatro do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté – Unitau.

Ao longo de dez meses em 2011, Daisyane Mendes, de 21 anos, dedicou-se a investigar como cada projeto de Pastoral chega à população e como é recebido pelo público, retratando a comunidade que dá vida a cada Pastoral em al-gumas paróquias de Tremembé e de Taubaté. Para tanto, elaborou um perfil das pessoas que traba-lham nas Pastorais e das pessoas que são beneficiadas pelos proje-tos desenvolvidos, trazendo à tona aspectos da atuação das Pastorais da Igreja Católica que são pouco

divulgados pela mídia.Como é um tema muito amplo,

extenso e que pode abranger uma infinidade de assuntos a serem abordados, pois há diversas Pasto-rais atuantes na Diocese de Tauba-té, a jovem direcionou os seis capí-tulos da obra para as Pastorais que apresentam uma atuação mais ex-pressiva em Taubaté e Tremembé. O livro-reportagem de 178 páginas tem prefácio do Pe. Jaime Lemes, editor e jornalista responsável pelo O Lábaro e assessor da Pastoral da Comunicação da Diocese de Tau-baté, além de uma apresentação do Pe. Kleber Rodrigues da Silva, Secretário Diocesano de Pastoral da Diocese de Taubaté, e um glos-sário para facilitar a identificação e o entendimento das siglas utili-zadas na obra e do contexto a que elas foram aplicadas.

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – é um projeto ao qual o estudante do último ano do curso superior se dedica para demonstrar habilidades na área escolhida e colocar em prática os conhecimentos obtidos na gradua-ção, e, para tanto, deve ser acom-panhado por um professor orien-tador. No caso do Jornalismo, é

denominado como Projeto Expe-rimental e pode ter um caráter aca-dêmico – no qual se realiza uma pesquisa científica – ou um caráter profissional, no qual o estudante elabora um produto jornalístico em diferentes suportes, como rá-dio, televisão, revista, jornal ou livro, entre ou-tros. Para ser aprovado, o projeto deve ser defendi-do publicamente e frente a uma banca examinado-ra composta de professo-res titulados e com expe-riência profissional.

Daisyane Mendes es-colheu o formato livro-reportagem para retratar as Pastorais porque ele tem como característi-cas a imersão na realida-de e o estilo literário, que ajudam a mostrar o assunto de forma envol-vente, por meio de uma investiga-ção jornalística mais elaborada. “A experiência profissional que este trabalho me trouxe foi extrema-mente positiva e importante, pois me proporcionou a oportunidade de colocar em prática, técnicas de apuração, entrevistas e redação de forma mais completa, usando um jornalismo de profundidade ao

retratar o tema. Além disso, tam-bém foi um grande aprendizado trabalhar de forma jornalística, a linguagem eclesial de documentos e outros materiais das Pastorais”, relata a jornalista, que obteve nota máxima na apresentação de seu

TCC.A elaboração do projeto envol-

veu etapas como o planejamen-to dos capítulos, a definição do público-alvo do livro, a análise de mercado, a gravação de entre-vistas com as fontes, a realização de fotos, a redação do material e do relatório, a visita aos locais de apuração, o projeto gráfico-visual da obra e demais etapas, todas acompanhadas pela Profa. Dra.

ATUAção dAS PASToRAiS NA dioceSe é TeMA de LivRo-RePoRTAgeM

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“Vidas Transformadas pela Ação Pastoral” foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso da jornalista formada pela Universidade de Taubaté

Doriana Maria Rocha da Cruz entrega as carteirinhas do Dízimo nas proximidades de seu bairro em Taubaté

Page 9: Jornal O Lábaro

9O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Eliane Freire de Oliveira, jorna-lista e orientadora de Projetos Ex-perimentais no formato de livro-reportagem na Unitau há 14 anos. “A Daisyane foi extremamente dedicada em todos os detalhes de seu projeto e tenho certeza de que este é um trabalho que, em breve, estará nas livrarias para multipli-car seu talento como jornalista”, ressalta a professora, que já teve projetos orientados neste formato realizados na universidade que fo-ram premiados em concursos na-cionais de Jornalismo.

Os capítulos do livro-reporta-gem “Vidas Transformadas pela Ação Pastoral” foram escritos entre abril e outubro de 2011, si-multaneamente ao processo de apuração. A cada capítulo, o texto e a linguagem foram sendo lapi-dados e têm seu início na história ou em uma ação da personagem principal. O primeiro capítulo é dedicado à Pastoral Familiar e re-trata o trabalho da comunidade na Paróquia São José, em Tremembé. Conta a história de Flávio Nigre, de 35 anos, um homem simples, de fala apressada, apaixonado pela filha e pela esposa, que sofreu com o alcoolismo e quase perdeu sua família para o vício. Hoje, Flavi-nho é um dos agentes mais ativos da Pastoral Familiar. “Eu descobri que Deus tem um propósito na vida da gente”, testemunha ele.

O capítulo também apresenta informações históricas sobre a Pas-toral Familiar, e ainda participam dele outras fontes que completam

as informa-ções sobre a iniciativa da Pastoral Fa-miliar, entre elas Padre Antonio Fer-nando – ex-pároco da Paróquia São José, Wilson Carlos Pe-reira – Vice-coordenador

da Pastoral Familiar na Pa-

róquia São José, Eginalda Grand Champs Pereira – esposa de Wil-son, Benedito Alves da Silva – Se-cretario Diocesano da Pastoral Familiar e Geisa de Paula Alves – Coordenadora da Pastoral na Paróquia São José, em Tremembé.

O segundo capítulo revela a ação da Pastoral Carcerária em Taubaté, contando a história de duas personagens: Seu Almei-da e Benê. A Casa de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Doutor Arnaldo Amado Ferreira, a resi-dência de Seu Almeida e uma cela da Penitenciária Doutor Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra (P1 de Tremembé), compõem os cenários que adornam o capítulo. Antonio Costa de Almeida, mais conheci-do como Seu Almeida, 67 anos, é aposentado e um dos agentes mais antigos da Pastoral Carcerária na Diocese de Taubaté. Trabalhando na Pastoral desde a sua criação na cidade, em 1987, Seu Almeida passou por várias situações felizes e também conflitantes como agen-te. “São coisas que vão acontecen-do durante o nosso trabalho. É uma caminhada social que tem a tendência para a melhora, para a valorização da vida. Este sim é o maior projeto da Igreja, evangeli-zar e valorizar a vida”, relata Seu Almeida no livro.

O terceiro capítulo, o maior de todo o livro, mostra a ação de três Pastorais: Pastoral da Criança, Pastoral da Juventude e Pastoral da Pessoa Idosa. A jornalista Daisya-ne Mendes procurou dar a este

capítulo uma linha cronológica da presença das Pastorais na vida de um católico. Tomando como refe-rência cronológica a trajetória do pequeno Erick, do início do capí-tulo, procurou mostrar o quanto as Pastorais podem estar envolvidas na vida deste personagem, desde seu nascimento até a terceira ida-de. Assim sendo, o capítulo apre-senta aspectos históricos de cada Pastoral, como a participação da Doutora Zilda Arns na criação das Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa. Dessa forma, este é o capí-tulo mais longo do livro, pois além dos aspectos históricos, o capítu-lo também apresenta histórias de vida de personagens que partici-pam das Pastorais retratadas.

O quarto capítulo aborda o tra-balho da Pastoral da Saúde. O Hospital Universitário de Taubaté foi o cenário escolhido para revelar a ação da Pastoral, pois é um dos locais que trabalham a iniciativa e que não se opôs à presença da estu-dante de Jornalismo à época no re-cinto para a apuração jornalística sobre a ação Pastoral. O capítulo narra pequenos trechos das visitas que a personagem Antonia Isabel Gonçalves de Oliveira – agente da Pastoral da Saúde, de 48 anos – faz no Hospital Universitário de Tau-baté. O leitor consegue perceber e entender o trabalho da Pastoral da Saúde com a atividade de Antonia Isabel sendo mostrada do ponto de vista do observador. “Coloquei como meta que tudo o que eu faço é por amor a Deus. Trabalhar na Pastoral não é fácil, o papel dela é importante, mas é fundamental lembrar que você aprende muito com os pacientes”, revela a agente.

O capítulo cinco revela o traba-lho da Pastoral do Dízimo. Na pa-róquia do Menino Jesus, em Tau-baté, o cenário para o retrato do Dízimo foi encontrado. O capítulo narra a história de Doriana Maria Rocha da Cruz, 52 anos, dona de casa, agente da Pastoral do Dízi-mo da Paróquia do Menino Jesus em Taubaté, que sai escondida do marido pela manhã para entregar as carteirinhas do Dízimo aos fiéis

de sua comunidade. Doriana cum-pre sua missão escondida para não criar conflitos com o marido, que não gosta de ver a sua disposição para o trabalho na Igreja.

O sexto e último capítulo foi pensado para a abordagem de ou-tras Pastorais que existem na Dio-cese de Taubaté. Dessa forma, o capítulo traz um cenário sobre a atividade Pastoral na Diocese e cita Pastorais pouco conhecidas, como a Pastoral da Sobriedade e Pastoral Universitária. Neste ca-pítulo, o Pe. Kleber Rodrigues da Silva, Secretário Diocesano de Pastoral da Diocese de Taubaté, explica que as Pastorais surgem da necessidade da realidade de cada Paróquia e de cada comunidade da Diocese. “A própria reflexão provocada pela Campanha da Fra-ternidade a cada ano impulsiona ainda mais a existência e a criação de Pastorais de toda a Diocese de Taubaté”, destaca o Secretário.

Elaborar o livro-reportagem foi um desafio apara a jovem jor-nalista, pois envolveu adaptar a linguagem eclesial ao jornalismo literário, definir a linguagem do livro como um todo, ou encontrar fontes especializadas para o proje-to. “Quebrar meus medos, encarar os problemas, superar as dificulda-des e enfrentar noites sem dormir foram também desafios que jamais pensei que conseguisse vencer”, enfatiza Daisyane. “Entretanto, mesmo escrevendo madrugadas afora e me sugando as energias, este Projeto Experimental me pro-porcionou uma visão real do que é jornalismo de profundidade, com pesquisa, investigação, redação e amor ao conteúdo produzido. Sou outra pessoa depois de fazer esse TCC. Todas as dificuldades ago-ra parecem pequeninas diante do resultado: um livro-reportagem. Meu livro-reportagem. Pode ter sim os seus erros, mas coloquei o meu coração nele. ‘Vidas Trans-formadas pela Ação Pastoral” transformou a minha vida, para melhor, tanto profissionalmen-te quanto pessoalmente. Valeu a pena chegar até aqui!”

Padre Kleber Rodrigues, Secretário Diocesano de Pastoral da Diocese de Taubaté

Page 10: Jornal O Lábaro

10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

É só chegar a virada do ano e lá

vem as previsões para o Ano Novo.

A diferença é que estão anunciando

para 2012, e já há algum tempo, o

final do mundo. Mais uma vez! Os

profetas do apocalipse não descan-

sarão enquanto não acabarem com

esse planeta. Contudo, teimosa, a

Terra insiste em continuar a girar.

Na passagem do milênio (e já faz

12 anos), muita gente aterrorizada

esperou o fim, que não veio. A pre-

visão para o extermínio total mais

recente foi marcada para 11 de 11

de 11, que também falhou. E depois

de esgotados os recursos a profecias

esotéricas, como as de Nostradamus

e outras literaturas de mau augúrio,

eis que os arautos do apocalipse se

fiam, agora, em um calendário maia

remarcando o fim para o dia 12 de

12 de 12. Ou seria no dia 21 de 12 de

12? Isso já rendeu um filme e alguns

documentários com ares de serieda-

de científica, além de fazer a alegria

dos sites apocalípticos.

Mas, triste mesmo é perceber gen-

te de Missa frequente, participante

de grupo de oração e leitora assídua

da Bíblia que acredita nessa babo-

seira de fim do mundo e anda anun-

ciando horrores para esse ano. Tem

cabimento prever anos de trevas e ar

irrespirável, onde sobreviveriam ape-

nas os que tiverem em mãos um tal

de lencinho de Nossa Senhora e ve-

las bentas para acender? Estaria mais

de acordo com a misericórdia divina

levar os justos para o céu, poupando-

os desse triste resto de vida e amar-

go fim. Ademais, gente acostumada

com o Evangelho já teve ter lido Je-

sus afirmar que data e hora do fim

2012 é o ano do apocalipse?

REFLEXÃO

Pe. Silvio Dias*

dos tempos somente o Pai sabe.

Para quem de fato é discípulo de

Cristo, o que realmente importa é

seguir os seus passos na caridade e

confiar somente em suas promessas.

De qualquer modo, o sentimento

cristão foi bem sintetizado por São

Paulo, segundo o qual, para quem

está sempre na graça de Deus, o fim

– ou seja, a morte – é um lucro, pois

concede ao fiel o que mais pode es-

perar na vida: encontrar o Senhor

na glória eterna. E ninguém passará

para a vida eterna, sem antes morrer

e ressuscitar.

Será que alguém acha, em sã cons-

ciência, que ficará para semente?

Como tudo acaba um dia, o mundo

também terá o seu fim. Segundo teo-

ria de alguns cientistas, o fim do mun-

do tem mesmo data marcada: para

daqui a 1 bilhão de anos. De acordo

com os astrônomos, isso acontecerá

quando o nosso Sol começar a defi-

nhar, aumentando de tamanho e en-

golir a Terra. Mas, se você acha que

vai viver todo esse tempo...

Estar sempre pronto e vigilante para

encontrar o Senhor que vem é atitude

tipicamente cristã, assim como espe-

rar a vida eterna em consequência

da prática da caridade. Desesperar-se

com anúncios do fim do mundo, ou

preocupar-se com previsões catastró-

ficas e fazer disso sua religião, isso

não é próprio de quem diz confiar e

esperar somente em Deus. O discípu-

lo missionário de Jesus está sempre

ocupado das coisas do Evangelho, na

prática das boas obras e no anúncio

da Boa Nova da salvação.

“O desenvolvimento é o novo

nome da paz”, disse Paulo VI, em

1967. A afirmação do Papa tinha

todo o futuro para receber seu

certificado de pertinência. Mas o

futuro não existe. O futuro é on-

tem. A trindade que determina as

relações da sociedade não pode

esperar. O mercado tritura o con-

ceito demanda-oferta-preço para

se assentar sobre a lei do “quem

pode mais chora menos”; o capi-

talismo exige urgência nos inves-

timentos e aplica-

ções, ignorando o

pequeno poupa-

dor; a tecnologia

se obsoleta em

poucas horas de

consumo.

Noventa por

cento da riqueza

do Brasil está nas

mãos de dez por

cento da sua po-

pulação, que não

consegue parti-

cipar da tríade

mercado-capitalismo-tecnologia.

Como pensar o desenvolvimento

sem incluir em seu conceito e em

sua realização a grande massa po-

pular que apenas consome?

As belas palavras do Papa Pau-

lo VI em sua encíclica Populo-

rum Progressio deixaram de ser

substantivas para se tornarem ad-

jetivas. Ou seja, elas qualificam

outros fenômenos sociais como,

por exemplo, a sustentabilidade,

a justiça, a comunhão.

Não que o Papa tenha se equi-

vocado em sua afirmação históri-

ca de que “o desenvolvimento é o

novo nome da paz”. Ele não con-

tava com as mudanças lancinan-

tes perpetradas contra todos os

povos, causadas pela velocidade

estratosférica do comportamento

do mercado, do capital e da tecno-

logia. Não que ele tenha também

limitado o seu conceito de desen-

volvimento no triângulo delimi-

tado pela trindade economicista.

o nome de sempre da paz

DE OLHO NA REALIDADE

Henrique Faria*

Ele ia muito mais longe e, embora

não diga com estas palavras, o de-

senvolvimento e a paz seriam ca-

sados em outra Trindade. Coisas

de um místico sonhador.

Mas há uma saída para o desen-

volvimento visto a partir da teoria

paulosextina, reinventado pelo

Papa Bento XVI em sua encíclica

Caritas in Veritate. Na verdade,

Ratzinger, um dos maiores teólo-

gos da atualidade, não reinventa.

Ele resgata o que um certo na-

zareno já vinha

pregando, numa

época de merca-

do escambador,

capitalismo inci-

piente, tecnologia

artesanal. No en-

tanto, se o futuro

escoa rápido pelo

ralo do tempo, a

proposta resgata-

da por Bento XVI

é completamente

atemporal.

Alguns filóso-

fos – Marx com maior evidência

– tentaram dar ao mercado, ao ca-

pitalismo e à tecnologia uma fun-

ção sociabilizante. O comunismo

morreu, o socialismo agoniza em

algumas poucas e teimosas na-

ções. Por quê?

Porque nessas instâncias e nes-

sas filosofias não é a fraternidade

o que determina o desenvolvi-

mento. Não se dá um sentido de

comunidade para o corporativis-

mo. Isso, sem contar a busca pela

socialização da pobreza, quan-

do o que precisa ser socializado

é a riqueza, o desenvolvimento.

E onde não há amor, não existe

igualdade, justiça. Nem o desen-

volvimento integral do ser huma-

no, decantado por Paulo VI.

Não existe um novo nome. O

amor é o nome de sempre da paz.

Feliz Ano Novo, querido leitor!

Um novo ano de amor!

*Pe. Silvio Dias é pároco da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda em Caçapava-SP

*Henrique Faria é colaborador leigo e responsável por esta coluna

“Porque nessas instâncias e nessas

filosofias não é a fraternidade o que determina o desenvolvimento.

Não se dá um sentido de

comunidade para o corporativismo”

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Page 11: Jornal O Lábaro

11O LÁBAROComunicação a serviço da fé

cia da civilização cris-

tã, era utilizado para

o culto à divindade.

Na liturgia, o uso do

incenso ganhou du-

pla conotação: de um

lado, evoca a santida-

de de Deus, a quem

sobem nossas preces;

de outro, cumpre o

papel de fazer com

que a liturgia nos

leve à oração e regalo

espiritual pela sensi-

bilidade, no caso do

olfato.

O Cerimonial dos

Bispos trata do uso

do incenso a partir

do número 84, ressal-

tando textualmente que “o rito

de incensação exprime reverên-

cia e oração”. O uso do incenso,

embora esteja ao arbítrio nas ou-

tras missas, é associado às cele-

brações mais solenes, sobretudo

presididas pelo Bispo Diocesano,

sendo obrigatório na Missa Pon-

tifical, ou estacional, como a cha-

ma o cerimonial.

O uso do incenso é previs-

to, igualmente, na dedicação da

Igreja e do Altar, na confecção

do sagrado Crisma e transporte

dos santos óleos, na exposição

solene do Santíssimo Sacramen-

to no ostensório e nas exéquias

o uso do incenso na liturgia episcopal

CATEDRAL

Mons. Marco Eduardo Jacob Silva*

Celebramos no último dia 6 de

janeiro a Solenidade da Epifania

do Senhor. A manifestação do

Salvador ao mundo é acompa-

nhada da presença de sinais que o

autor bíblico faz questão de citar,

evidenciando a divindade e a re-

aleza do menino Jesus. São eles:

Ouro, Mirra e Incenso. A litur-

gia, de igual modo, celebra o re-

conhecimento da mesma realeza

e divindade por meio de sinais e

símbolos, entre eles, o incenso.

O incenso, que advém de uma

resina aromática, extraída em ge-

ral no Oriente, desde os primeiros

tempos, mesmo antes da existên-

dos defuntos. Via de regra, usa-

se também o incenso nas procis-

sões solenes, sobretudo, Domin-

go de Ramos, Apresentação do

Senhor, Quinta-feira da Ceia do

Senhor, Vigília Pascal, Solenida-

de do Corpo de Cristo e solene

transladação das relíquias.

Na Santa Missa, o incenso é

utilizado na procissão de entra-

da, à chegada para saudar o altar,

ao Evangelho, na preparação das

ofertas, na consagração e, pos-

sivelmente, para a procissão de

saída. O Bispo, na missa pontifi-

cal, depõe o incenso no turíbulo

tendo a naveta sido apresentada

pelo diácono. O Bispo abençoa o

incenso fazendo sobre ele o sinal

da cruz, sem nada dizer (90).

Segundo estabelece o cerimo-

nial, o Santíssimo Sacramento e

as relíquias da cruz são incensa-

dos com três ductos, e todos os

outros elementos litúrgicos, ou

pessoas, com dois ductos. O Bis-

po, os sacerdotes e o povo rece-

bem a incensação após a prepa-

ração das oferendas. Se o Bispo

assistir, com solenidade, à euca-

ristia, é incensado logo após o

presidente da celebração. Os che-

fes de estado, assistindo solene-

mente à liturgia, recebem incen-

sação após o clero.

Assim, o povo de Deus que se

reúne na prece e no louvor, por

diversos elementos devota a Deus

o culto divino que lhe é próprio.

O incenso, que representa as nos-

sas súplicas, eleva também a nos-

sa fé na ação de Deus, que nos

salva, como ensina Bento XVI,

pela beleza da liturgia.*Mons. Marco Eduardo Jacob Silva é Pá-roco e Mestre de Cerimônias da Igreja Ca-tedral

Do povo. Para o povo.CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ

tv.camarataubate.sp.gov.br

A Câmara Municipal é a cara de Taubaté e do Taubateano.

Suas decisões espelham as necessidades e exigências dos cidadãos, que se transformam em leis para tornar a cidade cada vez mais moderna, agradável e bonita, melhorando a qualidade de vida de todos.

Participe das atividades da Câmara, conhecendo o processo legislativo e ajudando a garantir sua transparência. Afinal, a Câmara é sua.

Aqui, você é de.casa.

Assista às sessões da Câmara todas as quartas-feiras, às 15h.

Pela TV Câmara: Canal 17 digital ou 98 analógico da Net.

Na Internet:tv.camarataubate.sp.gov.br

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Page 12: Jornal O Lábaro

12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

entrar e visitar Mc. Aí está: compre um caderno bonito e duas canetas de cores diferentes. Copie à mão o Evangelho de Marcos por inteiro. Por exemplo, escreva os capítulos e versículos numa cor e o texto em outra. Você não precisa escrever tudo de uma vez. Você tem o ano todo para isso. Se copiar um capítulo por semana, você precisará 16 semanas ou quatro meses. O que você acha disso? Vamos fazê-lo, a começar por mim? Você vai fazer uma experiência maravilhosa. Topa? Eu já comecei, no Primeiro

Domingo do Advento.

Outra propos-ta: para conhe-cer melhor Mc, teremos um en-contro mensal nesta página de O Lábaro. Ofe-reço a reflexão em duas partes. Na primeira, apreciaremos al-

gumas informações para com-preensão deste Evangelho; já na segunda parte faremos breve reflexão sobre um texto dele.

Reflexão sobre Mc 1,1Vamos, pois, ao Evangelho...

Consideremos, hoje, somente Mc 1,1: “Princípio do Evange-

o evangelho de Marcos

E A PALAVRA SE FEZ CARNE...

Pe. Mariano, scj*

lho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. É verdade que a palavra “princípio” pode ser entendida como normalmente se ensina, “começo”, uma vez que tudo quanto Jesus fez é o início que deverá ser continuado pelos discípulos e discípulas. Ele começou e sua comunidade há de continuar.

Mc, porém, emprega o termo Άρχή (arché) que significa exa-tamente Princípio. Portanto, não estamos apenas no começo temporal do Evangelho, mas no princípio criterial. Jesus é critério, referência, fundamen-to, base, motivação fundante de tudo quanto vem relatado e de tudo quanto, pelo amor e pela fé nele, seus discípulos hão de aprender e ensinar, fa-zer e testemunhar.

Trata-se do Evangelho, isto é, Boa Notícia ou Boa Nova. O sentido mais comum de “Evan-gelho” é o da proclamação da Boa Notícia de Jesus e sobre Jesus. Embora haja boas notí-cias ao longo de todo livro sa-grado, a máxima e mais feliz expressão desse gênero literário é o testemunho de fé e amor a Jesus. O Evangelho de Marcos inaugura este estilo para o NT. Aliás, o Evangelho é “a” notí-cia por excelência, que tem Je-sus tanto como sujeito quanto

como objeto. Enquanto objeto, o Evangelho apresenta Jesus, fala Dele, ensina e discursa sobre Ele, testemunha acerca Dele. Enquanto sujeito, o pró-prio Jesus é o autor e fazedor da Boa Notícia. Na verdade, ao longo do caminho de evangeli-zação que a Igreja faz, deverá sempre voltar a Jesus, adequar-se ao que Ele fez e ensinou (cf. At 1,1), mesmo porque “Ele fez bem todas as coisas” (Mc 7,37).

Sobre este sujeito vem teste-munhada tripla verdade: Ele é Jesus, é Cristo, é Filho de Deus. Com o nome de Jesus, procla-ma o homem histórico Jesus de Nazaré, que veio realizar o que seu nome significa: Deus salva! Sem deixar de ser Deus, mas renunciando aos privilégios da divindade, foi em tudo igual a nós, menos no pecado (cf. Hb 4,15). Jesus é a salvação de Deus feita gente, o único pelo qual devemos ser salvos (cf. At 4,12). Este Jesus é o Messias há muito e ardentemente es-perado, é o Ungido, em quem e por quem a salvação torna-se visível, acessível, disponível. Não há que esperar outro (cf. Mt 11,3ss). Na verdade, Ele é o Filho de Deus que, por algum tempo veio armar sua tenda en-tre nós (cf. Jo 1,14) para que, definitivamente, moremos com ele (cf. Jo 14,2-3). O primeiro versículo apresenta o que será descoberto e testemunhado ao longo do Evangelho.

*Pe. Mariano, scj é doutor em Teologia, Mestre em Bília e Provincial da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Provincia Brasil Central)

O Advento do Ano Litúrgico B teve início em 27 de novembro de 2011, no qual lemos o Evangelho de Marcos (Mc). Nos dois primeiros Domingos do Advento, o Evangelho do dia foi tirado de Mc. Uma vez que ele não traz relatos da infância de Jesus, somente no dia 9 de janeiro de 2012 (Batismo do Senhor) reaparece a leitura de Mc.

Por muito tempo, Mc foi con-siderado um resumo de Mt e, por isso mesmo, posterior. Veio a receber mais atenção quan-do se descobriu ser o primeiro dos quatro Evan-gelhos. É o mais breve, com 680 vv. (Mt: 1.068 vv.; Lc: 1.149vv.), em 16 capítulos (Mt: 28 caps.; Lc: 24 caps.). É o único que se apresen-ta sob o título de Evangelho (Mc 1,1). Antiga tra-dição o atribui a Marcos, embora seu nome não apareça, pois se trata de um texto anônimo. Portanto, esta-mos diante do mais antigo dos Evangelhos, ao menos na for-ma como hoje os conhecemos.

Ouso fazer uma proposta, talvez pouco normal, para

LeiTURAS doS doMiNgoS de JANeiRo

Dia 01 - Nm 6,22-27 / Sl 66 (67) Gl 4,4-7 / Lc 2,16-21

Dia 08 - Is 60,1-6 / Sl 71 (72) Ef 3,2-3a.5-6 ou 1-5 / Mt 2, 1-12

Dia 15 - 1Sm 3,3b-10.19 / Sl 39 (40) 1Cor 6,13c-15a.17-20 / Jo 1,35-42

Dia 22 - Jn 3,1-5.10 / Sl 24 (25) 1Cor 7,29-31 / Mc 1,14-20

Dia 29 - Dt 18,15-20 / Sl 94 (95) 1Cor 7,32-35 / Mc 1,21-28

“ Ele é Jesus, é Cristo, é Filho de

Deus. Com o nome de Jesus, proclama o homem histórico

Jesus de Nazaré, que veio realizar o que seu nome significa:

Deus salva! ”

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Page 13: Jornal O Lábaro

13O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Falar de liturgia é falar da prin-cipal – se não única – missão da Igreja: levar a humanidade a re-lacionar-se com Deus. Digo úni-ca enquanto meta sem ser exclu-siva enquanto forma, pois só se relaciona bem com o Pai aquele que conhece Jesus. É Nele, pelo poder de ação do Espírito San-to que a Igreja se encanta e se envolve com as maravilhas do Senhor, que se manifesta àquele que crê na Palavra proclamada (“A Palavra estava em Deus e a Palavra era Deus” Jo 1,1), na ce-lebração dos diversos sacramen-tos e sacramentais (para ilustrar, apenas o exemplo eucarístico: “Isto é o meu corpo” Mt 26-26), nos pastores da Igreja (“Quem vos escuta, a mim escuta” disse Jesus aos apóstolos e seus suces-sores Mt 10,40), nos momen-tos de oração pessoal (“quando orardes, entra no teu quarto, fecha a porta e reze em segredo” Mt 6,6), no encon-tro da comunida-de (onde dois ou mais estiverem reunidos eu es-tou no meio de-les), na harmonia da natureza (“os céus proclamam a glória do Senhor” Sl 18) na carida-de fraterna (“Eu estive com fome, e me destes de comer, com sede e me destes de beber…” Mt 25-35). Tudo isto é liturgia! Tudo isto é encontro com Deus.

Todavia, é certo que a Pasto-ral Litúrgica tem sua especifici-dade: Primeiro: cuidar para que o culto seja momento de encon-tro com Deus; segundo: que esta

Olga Óculos,20 anos, escrevemos juntos esta história!!!

www.olgaoculos.com.brTAUBATÉ - LOJA 1R: Jacques Félix, 601 - CentroTels.: (012) 3632-2979 / 3632-2993

TAUBATÉ - LOJA 2R: Visconde do Rio Branco, 345Centro - Tel.: (012) 3633-1242

PINDAMONHANGABARua dos Andradas, 330 - CentroTel.: (012) 3642-2873

CAMPOS DO JORDÃOR: Frei Orestes Girardi, 785Vila Abernéssia - Tel.: (012) 3662-5708

LITURGIA

Pelo Natal de Jesus, celebremos a jubilosa esperança da Salvação!Pe. Roger Matheus dos Santos*

celebração não seja vazia ou fria, mas a reafirmação de nossa aliança com o Senhor, segundos os ensinamentos da Igreja; ter-ceiro: tudo isto para vivermos após a celebração a coerência com esta Aliança.

Todos nós, responsáveis pela animação litúrgica em nossas comunidades, precisamos refle-tir constantemente sobre nossa missão e ministério a fim de al-cançarmos tais metas. Uma das “urgências” do momento pre-sente da ação evangelizadora da Igreja no Brasil (apresentada nas diretrizes atuais) é tornar a Igreja “lugar de animação bíbli-ca da vida e da pastoral” – logo, a Igreja, que é a “casa da Pala-vra”, deve celebrá-la bem!

Para 2012, a Comissão Dio-cesana de Liturgia propõe uma ampla e contínua reflexão so-

bre a Palavra de Deus celebrada. Nossa proposta será refletir men-salmente com os c o o r d e n a d o r e s paroquiais de li-turgia (bem como das comunidades maiores presentes nas paróquias) temas relativos à celebração da Palavra de Deus. Neste processo a sua participa-

ção e comprometimento com o Senhor, com sua paróquia e de-mais comunidades, bem como com nossa comissão diocesana e com suas propostas será de vital importância. Contamos com seu interesse e encantamento pela Divina Liturgia da nossa Igre-ja! Também contamos com seu interesse por esta proposta de

trabalho e por sua metodologia. Tanto mais alcançaremos metas comuns quanto mais vivermos a comunhão também na execução deste projeto.

Contamos com o empenho e dedicação de todos. Também nos colocamos a disposição para

juntos celebrarmos com maior fervor e entusiasmo, fidelidade e fé a presença Daquele que sem-pre “está no meio de nós”.

No Cristo Senhor,Fraterno abraço!

*Pe. Roger Matheus dos Santos é assessor de liturgia da Diocese de Taubaté

A partir desta edição, a seção de Liturgia terá a colaboração do Padre Roger Matheus dos Santos, que assumiu recentemente a coorde-nação da Comissão Diocesana de Liturgia.

“ Todos nós, responsáveis

pela animação litúrgica em nossas

comunidades, precisamos refletir

constantemente sobre nossa missão e ministério a fim

de alcançarmos tais metas ”

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Page 14: Jornal O Lábaro

14 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Esta não é bem uma crônica. Não

pelo menos como você está acostu-

mado a ler nesta coluna.

Quando estudava Teologia, depa-

rei-me com uma questão intrigante,

mas que até então me era desconhe-

cida ou, talvez, eu tenha me tornado

indiferente a ela. Se não me falha a

memória, a questão a que me refi-

ro foi elaborada por Andrés Torres

Queiruga, um famoso teólogo gale-

go, no seu livro “Do terror de Isaac

ao Abbá de Jesus”. O tema em dis-

cussão era a existência do mal. Ele

indagava por que Deus, sendo bom

e todo-poderoso não extirpava o mal

do mundo. Afinal, Ele pode, mas

não quer ou quer, mas não pode aca-

bar com o mal? Esta é uma questão

que “dá pano pra manga” e muito

excitante do ponto de vista teológico.

Se ficarmos com a primeira pre-

missa, teremos, consequentemente,

de admitir que Deus não é tão bom

quanto pensamos que seja; por outro

lado, se escolhermos a segunda pre-

missa, chegaremos à terrível consta-

tação da impotência de Deus diante

da realidade do mal. Queiruga con-

clui a sua reflexão propondo que

aceitemos, por mais difícil que seja,

a segunda premissa: a impotência

de Deus. Numa análise puramen-

te racional, poderíamos dizer que

se trata claramente de um equívo-

co, uma vez que um dos atributos

que faz com que Deus seja Deus é

a onipotência. Portanto, cairíamos

em contradição ao afirmar sua dei-

dade e, paralelamente, admitir sua

impotência diante do mal.

O problema, se é que podemos as-

sim denominar, é que a onipotência

de Deus não anula a autonomia do

ser humano. Criados à imagem e se-

melhança de Deus, homem e mulher

são dotados de liberdade, ou seja,

podem fazer suas próprias escolhas,

sem intervenção divina. Embora se-

jam intrinsecamente bons, as suas

escolhas e ações podem não ser

necessariamente boas. O mal gera,

consequentemente, o mal. E Deus

nada pode fazer em relação a isso.

Caso contrário, feriria a liberdade

humana, ou, como postulou Santo

Agostinho, o livre-arbítrio.

Nos últimos dias, essa questão

Quando deus leva a culpa

CRÔNICA

Pe. Jaime Lemes, msj*

tem frequentado os meus pensa-

mentos com certa insistência. Tenho

acompanhado com pesar, como a

maioria dos brasileiros, a situação de

sofrimento de milhares de pessoas,

vítimas dos desastres provocados

pelas chuvas. Não raramente, te-

nho acompanhado também as

diversas opiniões e teorias sobre

esses acontecimentos trágicos.

Entre tantos absurdos ouvidos,

ao menos um me incomoda bas-

tante. Muitos, por indignação ou

talvez como forma de consolo ou

ainda por não terem nada para fa-

lar, preferem colocar a culpa em

Deus, dizendo: “É a vontade de

Deus!” ou “Deus sabe o que faz!”.

Se concordarmos com esse pensa-

mento, teremos de aceitar a primei-

ra premissa da questão teológica de

Queiruga e admitir que Deus não é

bom. Sim, porque não pode ser bom

um Deus que provoca o sofrimen-

to de parte de seus filhos enquanto

à outra parte oferece bonança. Um

Deus que dá alegria a uns a custa das

lágrimas de outros é perverso. Não é

neste Deus que eu creio.

Mas, para muitos, é mais fácil e

também mais cômodo, pensar as-

sim do que refletir os problemas do

mundo sob outro prisma; do que re-

conhecer que as tragédias humanas

têm como protagonista, do início

ao fim, o próprio ser humano com

suas atitudes insensatas e que as

desigualdades sociais – origem da

miséria em que vivem milhões de

pessoas – é resultado da ganância

e do egoísmo que o tornam cego,

num campo onde o outro é sempre

adversário, nunca irmão.

É triste ver o sofrimento humano

se tornar objeto de discursos políti-

cos infectados de demagogia e nada

ser feito efetivamente para promo-

ver vida digna aos que são afetados

pelas tragédias. A todos, sobretudo,

aos que como eu acreditam num

Deus que é amor e que se compade-

ce do ser humano, cabe serem pre-

sença de solidariedade e esperança

para aqueles a quem só resta isso

para continuar vivendo. Deus sabe

o que faz. E nós, sabemos?! *Pe. Jaime Lemes, msj, é Jornalista, vigário da

Paróquia do Menino Jesus em Taubaté e assessor da Pastoral da Comunicação na Diocese

LINK CULTURAL

O DVD “Live at the Royal Albert Hall” da cantora inglesa Adele traz o show que a sensação da música mun-

dial realizou na tradicional casa de espetáculos londrina em 22 de setembro de 2011. Carismá-tica e dona de uma voz pode-rosa, a jovem Adele tem 23 anos e, em no-vembro do ano

passado, foi submetida a uma opera-ção na garganta, está em recuperação e não tem data para retornar aos palcos. O show, produzido e distribuído pela Sony Music em DVD, foi o último re-alizado antes do recesso na carreira da cantora, considerada a nova rainha do Soul e famosa pelos sucessos de crítica e de público “Rolling in the Deep” e “Hometown Glory”. Na Royal Albert

Hall, casa famosa por onde passaram grandes orquestras e ocorreram apre-sentações marcantes do rock inlgês, Adele e sua banda tiveram o apoio de um quarteto de cordas e apresentaram no repertório faixas do segundo disco da cantora, “21”, e também de seu ál-bum de estréia, “19”. Adele, que come-çou a cantar aos quatro anos e ganhou dois Grammy Awards de “Artista Re-velação” e “Melhor Vocal Pop Femi-nino” em 2009, não disfarça a emoção ao interpretar algumas canções e chora ao cantar “Someone Like You”, suces-so no Brasil conhecido como tema da protagonista Griselda da novela das nove em exibição na Rede Globo. O DVD conta com 90 minutos do show completo, além dos bastidores filmados durante todo aquele dia. Considerada a maior revelação da música de 2011, Adele vendeu mais de 12 milhões de cópias de seu último disco e oferece aos fãs um presente, cantando “Love Song”, do grupo The Cure.

// MÚSicA // LivRoInúmeras histórias de amor já foram re-tratadas na literatura mundial, muitas inspiradas na vida real, outras constru-ídas na imaginação de autores, muitos deles célebres por eternizá-las. A obra “Feliz de Outro Jeito: Uma História de Superação”, do jornalista e escritor Carmo Chagas, é a história de amor entre o autor e sua esposa Léa, narrada com delicadeza e que se debruça sobre uma fase de muito sofrimento e supe-ração na vida dos protagonistas e de sua família. O livro de 192 páginas pu-blicado pela Editora Textual em 2011 é objetivo e descreve com precisão e apu-ração rigorosa o problema de saúde de Léa – com a qual Carmo está casado há 44 anos – e a superação da doença cardíaca que apresentou complicações e acabou fazendo com que ela tivesse os dois pés amputados. A obra nasceu da necessidade pessoal do jornalista em colocar para fora as angústias do período que ele e sua família estavam vivendo, e fez isso escrevendo sobre os

procedimentos médicos, o tratamento recebido nos hospitais, a maratona le-gal que travaram para que Léa tivesse um tratamento digno: foram 66 dias de internação, uma colocação de válvula no coração, duas paradas cardíacas, uma semana de coma, duas amputa-ções e 40 dias na UTI, transformando a coragem de sua personagem numa narrativa em que o leitor fica torcendo para dar certo. Depois de mui-tos relatos emo-cionantes, o jor-nalista descreve com imensa ter-nura a felicidade de ver a mulher que ama cami-nhando em sua direção, pronta para recomeçar uma nova vida.

Eliane Freire*

*Eliane Freire é doutora em comunicação, jornalista e professora na UNITAU

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Page 15: Jornal O Lábaro

15O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE DE TAUBATÉ

expediente

decanatos / decanos / Paróquias / PárocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo -------------- 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145

DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Carlos, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250

DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165

DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) - Pe. José Júlio 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) - Côn. Geraldo 3637-1981São Cristóvão (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Pouso Alto-Natividade da Serra) – Côn Joaquim 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127

Horário de MissasTAUBATéPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19hAos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissa preceitual aos sábados: 17hMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h

cAçAPAvAPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hIgreja São José OperárioMissas aos sábados e domingos: 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19h

cAMPoS do JoRdãoPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJAMBeiRoPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hNATividAde dA SeRRAPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hPiNdAMoNHANgABAPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hRedeNção dA SeRRAPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 9h30São LUiZ do PARAiTiNgAPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hSANTo ANToNio do PiNHALPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hSão BeNTo do SAPUcAÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18hTReMeMBéPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30

dioceSe de TAUBATéMITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855

Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Mons. José Eugênio de Faria SantosEcônomo e Procurardor: Côn. José Luciano Matos SantanaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva

Page 16: Jornal O Lábaro

16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que as pessoas jogam fora no dia a dia. Apesar de prédios, condomínios, faculdades, colégios e todos os ambientes públicos separarem as lixeiras com uma lata de lixo para cada coisa, existem pessoas que não respeitam e ainda jogam lixo nas ruas e nos rios, além daquelas que ainda não reciclam o lixo.

Por incrível que pareça, são as crianças e adolescentes que cons-cientizam os adultos sobre a reci-clagem graças ao que aprendem na escola. Mas por outro lado, não são todos os jovens que se lembram de reciclar o lixo. “Des-cobri só esses dias que o prédio em que moro recicla o lixo. Agora vou começar reciclar também”, conta Letícia Meireles, estudante de Ar-quitetura que mora em uma repú-blica de estudantes em Taubaté.

O objetivo de reciclar o lixo é ga-rantir o reaproveitamento de ma-teriais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. A reciclagem é uma alternativa para amenizar a quantidade de resídu-os a ser tratada em uma cidade. As maiores vantagens da reciclagem são a diminuição da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a diminuição da quan-

tidade de resíduos que precisa de um tratamento final, como ater-ramento. A produção de lixo vem aumentando em uma quantidade assustadora e é o maior causador da degradação do meio ambiente.

Não é só jogar lixo nas lixeiras e separar o lixo reciclável do não reciclável que irá resolver o proble-ma. Também é necessário não usar sacolas plásticas de supermercado, e sim, sacolas reaproveitáveis pró-prias para isso. A participação de cada pessoa nesta colaboração é simples: separar o lixo. Não adianta reciclar o lixo, se não houver, dentro das casas, separação do lixo. Muitas faxineiras de locais públicos e lixei-ros reclamam pela falta de conside-ração das pessoas de não separarem o lixo. “Nem sempre as pessoas em-balam pedaços de vidro em jornais e isso acaba machucando a mão”, diz a faxineira Helena da Silva.

No Brasil, de acordo com o Gru-po Hubert, que administra condo-mínios, cada conjunto residencial acumula, em média, uma tonelada de lixo reciclável por mês. Por este motivo, se os três maiores condo-mínios do Jardim Santa Clara, em Taubaté, adotassem esta medida so-mariam aproximadamente 36 tone-ladas de lixo reciclável por ano. Os moradores têm noção da necessida-de de se fazer a coleta e de como ela

Reciclagem do lixo depende de coleta efi ciente

CIDADANIA EM PAUTA

é importante, todavia desconhecem a maneira correta de tratar o lixo destinado à reciclagem. “Aqui no condomínio não teve a divulgação de como separar o lixo de maneira correta”, afirma a dona de casa Eli-zabeth Sandoval, 49 anos.

Benedita Cacilda Eliar, presiden-te da Cooperativa Re-Si-Clando lo-calizada no Bairro Vila Marli, diz que a cooperativa recebe doações de condomínios, mas garante que a fre-quência é pequena. “Às vezes, nós temos um caminhão para nos aju-dar, porque apesar do caminhão ser nosso, o motorista é da prefeitura e ele não aparece sempre para ajudar a trazer o material”. Nasson Garcia Machado, morador do bairro, afir-ma que o caminhão recolhe o lixo todos os dias, mas nenhum veículo que recolhe lixo seletivo aparece no

bairro. “Os moradores botam tudo nas sacolas e deixam jogadas no meio da rua, ou na lixeira da porta da casa”, ressalta Machado, garan-tindo que as pessoas não separam o lixo de maneira seletiva.

Para se ter uma ideia, cada tone-lada de plástico reciclado pode virar carpetes, mangueiras, cordas, sacos, para-choques e até tecido para rou-pas pode ser feito com PET. Reciclar uma tonelada de papel poupa 22 ár-vores, consome 71% menos de ener-gia elétrica e polui o ar 74% menos do que fabricá-la e diversos tipos de papéis podem ser reciclados sete ve-zes ou mais. Estes são apenas alguns dos inúmeros benefícios que a reci-clagem proporciona à sociedade, à economia e ao meio ambiente.

*Sarah Carvalho é aluna de Jornalismo da Universidade de Taubaté

Para incentivar o reaproveitamento de resíduos, lixeiras de coleta seletiva são colocadas em prédios, condomínios e ambientes públicosPor Sarah Carvalho*

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Latas de alumínio são os materiais recicláveis mais valorizados pelos catadores de lixo e pelos agentes ambientais