jornal placar edicao 159

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EDIÇÃO 159 | SEXTA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2010

WWW.PLACAR.COM.BR

África do Sul e México dão o pontapé inicial da Copa do Mundo 2010. O Jornal PLACAR está lá e conta tudo — de domingo a domingo— pra você.

Cinco focos de tensão ameaçam

o futuro do Brasil na Copa

Bolsas de apostas cravam: vamos

ser eliminados nas oitavas de fi nal

Copa 2014: Morumbi pode cair

por causa de 30 centímetros

Temos time, mas não temos seleção

É HOJE!(1 )

CLASSIFICAÇÃO PG J SG HOLANDA DINAMARCA JAPÃO CAMARÕES

CLASSIFICAÇÃO PG J SG ITÁLIA PARAGUAI NOVA ZELÂNDIA ESLOVÁQUIA

CLASSIFICAÇÃO PG J SG INGLATERRA ESTADOS UNIDOS ARGÉLIA ESLOVÊNIA

CLASSIFICAÇÃO PG J SG COSTA DO MARFIM PORTUGAL BRASIL COREIA DO NORTE

CLASSIFICAÇÃO PG J SG ALEMANHA AUSTRÁLIA SÉRVIA GANA

CLASSIFICAÇÃO PG J SG HONDURAS CHILE ESPANHA SUÍÇA

CLASSIFICAÇÃO PG J SG ARGENTINA NIGÉRIA COREIA DO SUL GRÉCIA

CLASSIFICAÇÃO PG J SG ÁFRICA DO SUL

MÉXICO URUGUAI FRANÇA

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TABELA - FASE DE GRUPOS

GRUPO EJogo: 9 Local: Joanesburgo Data: 14/6 Hora: 8h30

HOLANDA x DINAMARCAJogo: 10 Local: Bloemfontein Data: 14/6 Hora: 11h00

JAPÃO x CAMARÕESJogo: 25 Local: Durban Data: 19/6 Hora: 8h30

HOLANDA x JAPÃOJogo: 26 Local: Pretória Data: 19/6 Hora: 15h30

CAMARÕES x DINAMARCAJogo: 43 Local: Rustemburgo Data: 24/6 Hora: 15h30

DINAMARCA x JAPÃOJogo: 44 Local: Cidade do Cabo Data: 24/6 Hora: 15h30

CAMARÕES x HOLANDA

GRUPO FJogo: 11 Local: Cidade do Cabo Data: 14/6 Hora: 15h30

ITÁLIA x PARAGUAIJogo: 12 Local: Rustemburgo Data: 15/6 Hora: 8h30

NOVA ZELÂNDIA x ESLOVÁQUIAJogo: 27 Local: Bloemfontein Data: 20/6 Hora: 8h30

ESLOVÁQUIA x PARAGUAIJogo: 28 Local: Nelspruit Data: 20/6 Hora: 11h00

ITÁLIA x NOVA ZELÂNDIAJogo: 41 Local: Joanesburgo Data: 24/6 Hora: 11h00

ESLOVÁQUIA x ITÁLIAJogo: 42 Local: Polokwane Data: 24/6 Hora: 11h00

PARAGUAI x NOVA ZELÂNDIA

GRUPO AJogo: 1 Local: Joanesburgo Data: 11/6 Hora: 11h00

ÁFRICA DO SUL x MÉXICOJogo: 2 Local: Cidade do Cabo Data: 11/6 Hora: 15h30

URUGUAI x FRANÇAJogo: 17 Local: Pretória Data: 16/6 Hora: 15h30

ÁFRICA DO SUL x URUGUAIJogo: 18 Local: Polokwane Data: 17/6 Hora: 15h30

FRANÇA x MÉXICOJogo: 33 Local: Rustemburgo Data: 22/6 Hora: 11h00

MÉXICO x URUGUAIJogo: 34 Local: Bloemfontein Data: 22/6 Hora: 11h00

FRANÇA x ÁFRICA DO SUL

GRUPO BJogo: 3 Local: Joanesburgo Data: 12/6 Hora: 11h00

ARGENTINA x NIGÉRIAJogo: 4 Local: Port Elizabeth Data: 12/6 Hora: 8h30

COREIA DO SUL x GRÉCIAJogo: 19 Local: Bloemfontein Data: 17/6 Hora: 11h00

GRÉCIA x NIGÉRIAJogo: 20 Local: Joanesburgo Data: 17/6 Hora: 8h30

ARGENTINA x COREIA DO SULJogo: 35 Local: Durban Data: 22/6 Hora: 15h30

NIGÉRIA x COREIA DO SULJogo: 36 Local: Polokwane Data: 22/6 Hora: 15h30

GRÉCIA x ARGENTINA

GRUPO CJogo: 5 Local: Rustemburgo Data: 12/6 Hora: 15h30

INGLATERRA x ESTADOS UNIDOSJogo: 6 Local: Polokwane Data: 13/6 Hora: 8h30

ARGÉLIA x ESLOVÊNIAJogo: 22 Local: Joanesburgo Data: 18/6 Hora: 11h00

ESLOVÊNIA x ESTADOS UNIDOSJogo: 23 Local: Cidade do Cabo Data: 18/6 Hora: 15h30

INGLATERRA x ARGÉLIAJogo: 37 Local: Port Elizabeth Data: 23/6 Hora: 11h00

ESLOVÊNIA x INGLATERRAJogo: 38 Local: Pretória Data: 23/6 Hora: 11h00

ESTADOS UNIDOS x ARGÉLIA

GRUPO GJogo: 13 Local: Port Elizabeth Data: 15/6 Hora: 11h00

COSTA DO MARFIM x PORTUGALJogo: 14 Local: Joanesburgo Data: 15/6 Hora: 15h30

BRASIL x COREIA DO NORTEJogo: 29 Local: Joanesburgo Data: 20/6 Hora: 15h30

BRASIL x COSTA DO MARFIMJogo: 30 Local: Cidade do Cabo Data: 21/6 Hora: 8h30

PORTUGAL x COREIA DO NORTEJogo: 45 Local: Durban Data: 25/6 Hora: 11h00

PORTUGAL x BRASILJogo: 46 Local: Nelspruit Data: 25/6 Hora: 11h00

COREIA DO NORTE x COSTA DO MARFIM

GRUPO DJogo: 7 Local: Durban Data: 13/6 Hora: 15h30

ALEMANHA x AUSTRÁLIAJogo: 8 Local: Pretória Data: 13/6 Hora: 11h00

SÉRVIA x GANAJogo: 21 Local: Port Elizabeth Data: 18/6 Hora: 8h30

ALEMANHA x SÉRVIAJogo: 24 Local: Rustemburgo Data: 19/6 Hora: 11h00

GANA x AUSTRÁLIAJogo: 39 Local: Joanesburgo Data: 23/6 Hora: 15h30

GANA x ALEMANHAJogo: 40 Local: Nelspruit Data: 23/6 Hora: 15h30

AUSTRÁLIA x SÉRVIA

GRUPO HJogo: 15 Local: Nelspruit Data: 16/6 Hora: 8h30

HONDURAS x CHILEJogo: 16 Local: Durban Data: 16/6 Hora: 11h00

ESPANHA x SUÍÇAJogo: 31 Local: Port Elizabeth Data: 21/6 Hora: 11h00

CHILE x SUÍÇAJogo: 32 Local: Joanesburgo Data: 21/6 Hora: 15h30

ESPANHA x HONDURASJogo: 47 Local: Pretória Data: 25/6 Hora: 15h30

CHILE x ESPANHAJogo: 48 Local: Bloemfontein Data: 25/6 Hora: 15h30

SUÍÇA x HONDURAS

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINALQUARTAS DE FINAL QUARTAS DE FINALSEMIFINAIS SEMIFINAISFINAL

DECISÃO DO 3º LUGAR

2/7 - 15h30Joanesburgo

3/7 - 11hCidade do Cabo

2/7 - 11hPort Elizabeth


6/7 - 15h30Cidade do Cabo

7/7 - 15h30Durban

26/6 - 11hPort Elizabeth

26/6 - 15h30Rustemburgo

28/6 - 11hDurban


1º do Grupo A

2º do Grupo B

1º do Grupo C

2º do Grupo D

1º do Grupo E

2º do Grupo F

1º do Grupo G

2º do Grupo H


27/6 - 11hBloemfontein

29/6 - 11hPretória

29/6 - 15h30Cidade do Cabo

1º do Grupo B

2º do Grupo A

1º do Grupo D

2º do Grupo C

1º do Grupo F

2º do Grupo E

1º do Grupo H

2º do Grupo G


10/7 - 15h30Port Elizabeth

aquecimento da copa02JORNAL PL ACAR | SEXTA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2010

TEXTO

SÉRGIO XAVIER

ARNALDO RIBEIRO

RICARDOPERRONE

JONAS OLIVEIRA

FOTO

ALEXANDRE BATTIBUGLI

ENVIADOS À ÁFRICA DO SUL

CHUTÃO

José Vicente Bernardo

ZÉ VICENTE É EDITOR EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.

PLACAR enviou à África do Sul grandes craques do jornalismo esportivo: Sérgio Xavier, Arnaldo Ribeiro, Ricardo Perrone, Jonas Oliveira e o premiado fotógrafo Alexandre Battibugli. De lá, eles farão a análise dos jogos, revelarão

PARREIRAEstreia sua sexta Copa, mas nunca venceu um jogo por uma seleção gringa. Perdeu todas em 90 (Emirados Árabes), foi demitido da Arábia Saudita na Copa de 98 e fez um ponto com o Kuwait (82).os bastidores das seleções

(principalmente a nossa), mostrarão as belezas e mazelas sul-africanas, os erros e acertos da organização do Mundial. E também o lado pitoresco e divertido de um país desconhecido para a

LIONEL MESSIDepois da maratona de jogos no ano pelo Barcelona, a forma física do astro estaria comprometida, segundo publicou o jornal espanhol Sport. A AFA desmentiu.

CARLOS QUEIROZO técnico de Portugal tem mais humor que Dunga. Questionado sobre os 2 x 6 que levou do Brasil em 2008, disse: “Faz tanto tempo que parece que foi antes da viagem do Pedro Álvares Cabral”.DEPE

maioria de nós — boa parte disso registrada também em vídeo. A partir de hoje, acompanhe essa odisseia diariamente (inclusive aos sábados e domingos) aqui no Jornal PLACAR — e também no site placar.com.br.

África do Sul x

México

VAI PASSAR NA TV

11h: Globo, Band, Bandsports, ESPN e SporTV

20h30 (VT): ESPN

Uruguai x

França15h30: Globo, Band,

Bandsports, ESPN e SporTV23h (VT): SporTV

sexta-feira, 11 de junho de 2010 | jornal pl acarf

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copa1503

Brasil é time, não seleçãoJogadores que estão na Copa não são os melhores, mas se encaixam mais ao esquema de Dunga

Um Brasil que não conta ne-cessariamente com os melho-

res jogadores, mas sim com aqueles que mais se encai-xam no esquema de jogo e no rígido sistema de tra-balho. O Brasil de Dunga é muito mais um time que propriamente uma seleção.

E isso é visível no dia a dia. Nos treinos, nas entre-vistas coletivas, no com-portamento da comissão técnica e dos jogadores.

Puxe pela memória. Vo-Kaká, aos poucos, vai se soltando e recuperando a forma

cê já viu uma seleção bra-sileira sem craques ou es-trelas (a exceção é Kaká), com um padrão tático tão definido (é o time do con-tra-ataque e da bola para-da) e onde os reservas não ameaçam os titulares e não fazem biquinho por fi-carem no banco?

Não achou outro exem-plo, não é? O Brasil de Dun-ga funciona e pensa como um time, não como seleção.

ConvocaçãoA escolha dos 23 joga-

dores que irão disputar a Copa já mostra que Dun-ga agiu como um treina-dor de time. Em vez de fa-

zer uma seleção com os mais brilhantes (e na ver-dade são poucos...), pre-feriu aqueles que se en-tenderam bem durante os quase quatro anos em que ele treina a equipe nacio-nal. E também aqueles que já estão entrosados e que não levariam tempo para se adaptar ao seu esquema tático. Por isso, ignorou Neymar e Paulo Henrique Ganso, por exemplo.

“Faz três anos e meio que estamos juntos na seleção. Quando a gente se junta, um completa o outro”, diz Elano. “Na seleção, os jo-gadores têm que se sentir em casa, como se estives-

sem em seus clubes”, afir-ma Gilberto Silva. Para ele, o entrosamento ajudará o Brasil a superar o barulho das vuvuzelas. “Não dá pa-ra ouvir o que o outro fala. Mas conseguimos nos co-municar pelo olhar”, com-pleta o volante.

Dunga começou a dar uma cara de equipe à se-leção logo no início do trabalho, quando fez um pacto com os jogadores e prometeu que seriam con-vocados mesmo se não jo-gassem bem em seus clu-bes, desde que se dedicas-sem ao time nacional. Nós dissemos time nacional — e não seleção.

Arnaldo RibeiroRicardo Perrone

DOS enviaDOS À áfrica

jornal pl acar | Sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Cinco focos de tensão ameaçam hexaJogadores em má fase e outros inseguros, como o técnico Dunga, desestabilizam seleção

Um time bem treinado — com sistema de jogo de-

finido e resultados ex-pressivos — e que chega às vésperas da Copa sem nenhuma problema grave de lesão, com quase to-dos os jogadores em for-ma e motivados. Esta é a seleção brasileira. Me-lhor dos mundos, certo? Nem tanto...

O time de Dunga tem também pelo menos cin-co pontos frágeis que ameaçam o hexa. Cons-tate: um técnico estrean-te em Copas (o próprio Dunga, além de 15 dos 23 jogadores), um artilhei-ro em inferno astral (Luís Fabiano), um titular de meio-campo que virou inimigo público número 1 (Felipe Melo), um nova-to que custa a se adaptar na posição mais carente do time (Michel Bastos) e um craque sob descon-fiança (Kaká). Tá de bom tamanho?

No caso de Felipe Melo, já houve reação por par-te de seus colegas. “O jogo contra a Tanzânia foi atípico. E foi também um jogo atípico do Feli-pe”, afirmou Gilberto Sil-va, comentando o com-portamento do colega de meio-campo. Além de er-rar muito, Felipe se des-

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Eleito o pior estrangeiro

na Itália, Felipe Melo

bateu boca com jornalista

na TV e foi mal contra

a fraca Tanzânia

À Beira de uM ataQue de nerVoS

controlou, discutiu com adversários, árbitro, le-vou cartão... “Não parece, mas o Felipe está tranqui-lo”, disse Gilberto Silva.

Luís Fabiano não mar-ca pela seleção desde 5 de setembro e, recentemente, teve de superar duas con-tusões. Antes de o atacan-te se apresentar, seu agen-te, José Fuentes, admitiu que o jogador estava an-sioso e com receio de não recuperar o bom futebol.

Outro que acaba de su-perar problemas de con-tusão é Kaká, que en-frenta a desconfiança dos espanhóis. Teria se pou-pado para a Copa? Kaká também é vítima de auto-cobrança. Exige demais dele e às vezes se perde.

Quem deveria controlar os nervos dos jogadores parece ser o mais irrita-do de todos. Dunga tra-va uma guerra com a im-prensa. Anteontem, re-clamou com o assessor de imprensa da CBF, Rodri-go Paiva, de que ele con-versa muito com os jor-nalistas. Seu humor e al-gumas das decisões que toma dependem do que lê e ouve no noticiário. A questão é: esses focos de tensão podem desestabi-lizar um projeto sólido de três anos e meio?

VoCê Só PAgA R$ 0,31 PoR meNSAgem ReCebIdA.

seleção no celularenvie a mensagem:

GOLSELECAO para 22745NOTSELECAO para 22745

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Felipe MeloVirou inimigo público número 1. Declarações polêmicas, má temporada na Juventus e coleção de cartões até em jogos-treinos. Vai suportar a pressão?

luís FabianooO problema dele é (e sempre foi) o jejum de gols. Sua responsabilidade aumentou depois do corte de Adriano. É outro que costuma perder a cabeça em campo.

Michel BastosÉ o “novato” do time titular. Atua em outra posição em sua equipe e mostrou fragilidade defensiva nos amistosos. Tem a sombra do experiente Gilberto.

KakáSofre a pressão de ter de ser o protagonista e único craque da seleção. Acrescente a temporada ruim no Real Madrid e as más lembranças do fracasso de 2006.

DungaFez de tal forma que só o título é capaz de limpar sua barra junto à opinião pública. Tem experiência em Copas como jogador, mas já estreia como técnico pressionado.


DOS ENVIADOS À áFrICA

sexta-feira, 11 de junho de 2010 | jornal pl acar

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Júlio César machucou as costas no amistoso contra o Zimbábue

JC dá susto, mas vai bem em treinoGoleiro botou mão nas costas, onde sente dores, na saída do treino secreto

Júlio César gerou polêmica ontem na concentração da seleção. Ele

colocou a mão nas costas na saída do treino secre-to que o time nacional fez pela manhã numa escola em Joanesburgo.

Os jornalistas não viram o treino — ficaram do lado de fora, a uma distância de 100 metros. Uma câ-mera da TV Globo regis-trou o momento em que o goleiro levou às mãos às costas, região em que so-freu lesão, enquanto ca-minhava para o veículo. Foi o suficiente para a es-

peculação de que ele ain-da não está recuperado.

A assessoria de impren-sa da CBF se irritou com as perguntas e afirmou que o médico José Luiz Runco garantiu que Jú-lio César trabalhou nor-malmente. Daniel Alves, na entrevista coletiva, respondeu sobre o golei-ro. “Ele fez todo o traba-lho normalmente e não vai ter problemas na es-treia”, afirmou.

Em 2006, houve confu-são semelhante com Ro-naldo. Runco negou pro-blemas com o jogador para depois admitir que havia bolhas causadas por uma chuteira nova.

Via twitter, a esposa do goleiro, Susana Werner,

pediu que rezassem pela sua recuperação. “(Ele) tava com dores. Cansaço, né?”, relatou a modelo.

À tarde, no treino aber-to para a imprensa, Júlio César acabou com as dú-vidas. Participou o tem-po inteiro do treinamen-to e, apesar de deixar a impressão de que se pou-pou, o camisa 1 da sele-ção não demonstrou sen-tir dores e deve partici-par da estreia.

O roteiro é semelhante ao de Kaká, que se apre-sentou contundido à se-leção, perdeu os primei-ros treinamentos e traba-lhava num ritmo inferior aos dos colegas. Ontem, porém, o meia já mostrou estar mais solto.

Verón nunca venceu uma

“Samba não ganha Copa”

kAos 35 anos, Juan Se-bastián Verón volta a

jogar uma Copa do Mundo depois de cair na primeira fase em 2002. Desta vez ele espera ir mais longe.

Perguntado sobre o bom astral do time e, em espe-cial, do técnico Marado-na, Verón preferiu provo-car: “Se rir e dançar samba dessem resultado em uma Copa do Mundo, o Brasil ganhava todas as taças”.


DOS enViaDOS À áfriCa

FernandoValeika

DO enViaDO À áfriCa

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jornal pl acar | SExta-fEira, 11 dE junho dE 2010

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copa06

África dá show na festa de aberturaNo Orlando Stadium, em Soweto, cerca de 36 000 pessoas assistiram à abertura da Copa; poucas palavras — de Jacob Zuma, presidente da África do Sul, e de Joseph Blatter, presidente da Fifa — e mais de 3 horas de shows musicais marcaram a festa

o orlando stadium estava lotado ontem: se o entusiasmo dos artistas e espectadores se repetir nos jogos — com atletas e torcida —, o Mundial da África do Sul será bastante animado

shakira: seu show foi a maior atração da noite

mexicanos posam com seus “sombreros”

fergie, do Black Eyed Peas: a África balançou

36 000 pessoas foram à abertura do Mundialjacob zuma (no centro do palco), presidente da África do Sul, foi o grande nome da festa; “A África é a sede! A África é o palco! A África é legal!”, disse

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JORNAL PL ACAR | SEXTA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2010

MÉXICO FRANÇAURUGUAIÁFRICA DO SUL08

grupo a FRANÇAURUGUAI

Jogo de abertura já é “mata-mata”África do Sul x México pode definir logo de cara quem passa para a próxima fase

Nunca na história das Copas uma partida de aber-tura teve tanta

importância em termos de classifi cação. Normalmen-te, o “Jogo 1” é um misto de competição e festa, envol-vendo o campeão anterior ou o país-sede contra um adversário “simbólico”. Mas o África do Sul x Mé-xico desta sexta-feira, em Joanesburgo, às 11h, tem conotação de mata-mata.

No equilibrado Grupo A, que ainda tem França e Uruguai, quem vencer na estreia dá um passo decisi-vo para disputar as oitavas.

Para não entrar pra his-tória como a primeira se-leção a não passar da pri-meira fase num Mundial, a aparentemente frágil Áfri-ca do Sul reinventou-se nos últimos meses. Novamente sob o comando do brasilei-ro Carlos Alberto Parreira, os Bafana Bafana consegui-ram a proeza de mobilizar um país ainda rachado pela questão racional em torno da “causa futebol.”

A “vuvuzelada” pelas ruas na última quarta-feira mos-trou que negros e brancos estarão unidos pelo time — mais ou menos como esti-veram em 1995, liderados por Nelson Mandela, na Copa do Mundo de Rúgbi.

Naquela equipe de rúg-bi (o esporte dos bran-cos), que acabou campeã, só havia um negro (Ches-ter Williams). No time de futebol atual, só existe um branco: o zagueiro reser-va Matthew Booth, 1,98 m, ídolo nacional. “Ele é o único branco hoje no nível dos demais”, diz Parrei-ra, que considera seu ad-versário de estreia o time mais “suicida” da Copa.

A marca de 12 jogos in-victos está a seu favor, mas o corte do atacante Benny McCarthy e a escalação do melhor jogador do time, Steven Pienaar, numa po-sição diferente ainda cau-sam polêmica.

Craque sul-africano não acredita no time e mexicanos vão pra cimakOs jogadores pare-

cem estar com o Par-reira, mas enaltecem mais o preparador físico Fran-cesco Gonzáles e o “guru” Robin Banks (responsável pelas palestras motivacio-nais) em suas entrevistas. E também não acreditam que irão muito longe sob o co-mando do brasileiro.

Passar de fase é a missão. “Nenhuma seleção africana será campeã. Nem os Bafa-na Bafana. Temos de ser re-alistas”, afi rma o craque do time, Steven Pienaar.

Apesar de enfrentar os an-fi triões e as estridentes vu-vuzelas, o México está con-fi ante de que pode vencer a África do Sul e encaminhar sua classifi cação para as oi-

tavas de fi nal. A vitória por 2 x 1 frente à Itália, em amis-toso na semana passada, deu ânimo aos mexicanos.

“É normal que haja toda uma expectativa por essa partida na África do Sul, que o país esteja conten-te com a realização deste grande evento. Mas nós nos mantemos à margem disso tudo, focados no que signi-fi ca esta partida do dia 11”, diz o atacante Guille Fran-co, que havia se contundido no amistoso contra a Itália e já está à disposição do téc-nico Javier Aguirre.

A grande dúvida para a estreia é justamente en-tre Franco, 33 anos, e o jo-vem Javier Hernández, 22. Mas é a presença de

Blanco, aquele do drible-canguru (prendia a bola entre os pés e pulava), é o “Ronaldo” do time mexicano

A maior arma

dos sul-africanos

contra o México

estará na boca do

povo: é a bendita

vuvuzelaHoje • 11h • Soccer City (Joanesburgo) J: Ravshan Irmatov (UZB)

Técnico: Carlos A. Parreira África do Sul

Técnico: Javier Aguirre México

16 Khune 2 Gaxa 20 Khumalo 4 Mokoena

15 Thwala 12 Letsholonyane 13 Dikgacoi

8 Tshabalala 10 Pienaar 11 Modise 9 Mphela

1 Pérez 12 Aguilar 5 Osorio 2 Rodríguez

3 Salcido 4 Rafa Márquez 16 Juárez 6 Torrado

17 Giovani dos Santos 11 Vela 14 Hernández

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outro veterano no elenco que tem provocado mais alvoroço. Aos 37 anos, Cuauahtémoc Blanco está visivelmente fora de for-ma e deve fi car no banco.

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NENHUMA SELEÇÃO AFRICANA SERÁ CAMPEÃ. Steven Pienaar, melhor jogador da seleção sul-africana.

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RAFA MÁRQUEZ

Rafael Márquez Álvarez

Posição: zagueiro

Idade: 31 anos

Altura: 1,82 m Peso: 74 kg

Clubes: Atlas-MEX (96-99), Monaco-FRA (99-03) e Barcelona-ESP (desde 03)

Títulos: Campeonato Francês (00), Copa da Liga (03), Campeonato Espanhol (05, 06, 09 e 10), Copa do Rei (09 e 10), Supercopa da Uefa (09), Campions League (06 e 09), Mundial de Clubes (09) e Supercopa da Espanha (05, 06 e 09)

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SEXTA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2010 | JORNAL PL ACARF

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Na África, zebra pode vir do MéxicoRafa Márquez vê caminho difícil no Mundial

C apitão da seleção mexicana, Rafa Márquez prevê grande difi culda-

de para que a equipe con-siga chegar às oitavas de fi -nal. No grupo da anfi triã África do Sul, do bicam-peão mundial Uruguai e da França, vencedora da Copa de 98, a missão do México não é das mais fáceis.

A aposta do técnico Ja-vier Aguirre — que coman-dou a seleção no Mundial de 2002 — é a mescla dos experientes, como Rafa Márquez, com jovens re-velações, como Giovani dos Santos, Vela e Javier Hernández. Dias antes de ir à África do Sul, em en-trevista exclusiva ao Jor-

nal PLACAR, ele falou so-bre suas expectativas para a Copa e fez uma análise sobre a seleção mexicana. Bernardo Itri

Você está há muito tempo na seleção (desde 1997). Agora, como capitão, como você vê esse time?

É um time com muitos jo-gadores jovens, mas mui-to forte. Um dos mais for-tes que eu vi. Tenho boas expectativas para esta Co-pa. Parte da equipe vem do Chivas Guadalajara, e isso é bom para o México porque esses jogadores já têm en-trosamento.

Na sua opinião, quais des-ses jogadores mais novos

se destacam?O Giovani dos Santos é

jovem, muito habilidoso, mas, ao mesmo tempo, é ex-periente. Jogou no Barcelo-na e agora está no Galata-saray... O Vela é muito bom também. Mas o Javier Her-nández é excelente. Muito novo, rápido e inteligente.

O México está num grupo difícil, com África do Sul, França e Uruguai. Quais as chances de se classifi car para as oitavas de fi nal?

Acho que estamos em um dos grupos mais complica-dos do Mundial. Duas se-leções que foram campeãs do mundo e a anfi triã. Sabe-mos que não somos favori-tos. Mas temos chances.

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MÉXICO FRANÇAURUGUAIÁFRICA DO SUL10

grupo a

A França, que se

tornou uma asa-negra

para o Brasil, treina

em Knysna

Uruguai e França só querem saber de atacarAdversários de hoje, ambos apostam em três atletas avançados

Logo no primei-ro dia da Copa, um jogo que con-templa três títulos

mundiais. Longe do torneio há oito anos, o bicampeão Uruguai não tem misté-rio pra enfrentar a França, hoje, na Cidade do Cabo. O técnico Oscar Tabárez, que vê o duelo como decisão, armou um time ofensivo.

“Vamos pra ganhar, sem deixar de reconhecer todo o respeito que temos”, de-cretou Tabárez, que passou um susto no último domin-go, quando Forlán caiu com dores no treino.

Da equipe que vinha atu-ando, só uma mudança: na zaga, entra Victorino no posto de Scotti. “Vamos che-gar ao jogo contra a Fran-ça na nossa melhor forma”, disse o capitão Lugano.

Nos Bleus, muitas críticas

não só pela derrota no amis-toso contra a China (0 x 1). É que o astro Henry deve fi -car no banco pra entrada de Govou, decisão que irrita imprensa e grupo.

O craque Ribéry prefere atuar pela direita, mas vai pela esquerda. Por essas e outras é que Raymond Domenech, vice em 2006, sairá depois da Copa. Mas ele não abre mão do es-quema 4-3-3, que estaria expondo muita a defesa. “Vamos partir pra cima deles”, contou o lateral-direito Sagna.

Retrospecto Uruguai e França já se

enfrentaram em duas edi-ções de Copa. Um 0 x 0 em 2002, última participação da Celeste Olímpica, e um 2 x 1 a favor dos sul-ameri-canos em 1966.

1

Técnico: Oscar Tabárez Uruguai

1 Muslera2 Lugano3 Godín 6 Victorino16 Maxi Pereira17 Arévalo15 Diego Pérez 11 Álvaro Pereira18 Nacho González9 Luis Suárez10 Diego Forlán

17

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Técnico: Raymond Domenech França1 Lloris 2 Sagna5 Gallas 3 Abidal 13 Evra14 Toulalan 8 Gorcuff 15 Malouda10 Govou21 Anelka 7 Ribéry

5

3

15

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1421

8

7

10

13

MÉXICOÁFRICA DO SUL

BATE-BOLA

Henry: “Sempre me dei bem contra o Brasil”

kVocê venceu o Bra-sil nas Copas de 1998

e em 2006. O que acontece com o Brasil que, nos últi-mos jogos contra a França, não conseguiu vencer?

Não vejo nenhuma expli-cação específi ca. Toda se-leção que enfrenta o Brasil já se vê em situação pior. O Brasil sempre será favorito.

Mas, por parte da França, antes dos jogos há alguma rixa com o Brasil?

Não. Pelo que eu me lem-bre, não teve nenhum jogo em que tivemos uma prele-ção diferente ou algo do ti-po. Contra o Brasil também.

Sabíamos que o jogo sem-pre seria muito duro... E jo-gar contra a seleção penta-campeã do mundo nunca foi fácil. Mas eu tive a feli-cidade de sempre me dar bem em cima do Brasil.

Agora, a França pode pe-gar o Brasil nas semifi nais ou na fi nal. Como você vê a atual seleção brasileira?

Brasil sempre é Brasil. Hoje tem Kaká, Robinho... Sempre teve atletas talen-tosos. Se nos encontrarmos, será, mais uma vez, um grande jogo. E espero que consiga de novo vencer.Bernardo Itri

THIERRY HENRY

Thierry Daniel Henry

Posição: atacante

Idade: 32 anos

Nascido em: Les Ulis (FRA)

Altura: 1,88 m Peso: 83 kg

Clubes: Monaco-FRA (94-98),

Juventus-ITA (98-99), Arsenal-ING

(99-07) e Barcelona-ESP (desde 07)

Títulos: Campeonato Francês

(97), Copa do Mundo (98), Euro

(00), Campeonato Inglês (02 e

04), Copa da Inglaterra (02, 03

e 05), Copa das Confederações

(03), Campeonato Espanhol (09),

Champions League (09), Mundial

de Clubes (09), Copa do Rei (09),

Supercopa da Espanha (09) e

Supercopa da Europa (09)Hoje • 15h30 • Green Point (Cidade do Cabo) • J: Yuichi Nishimura (JAP)

sexta-feira, 11 de junho de 2010 | jornal pl acar

copa1511

Apostador crava a queda nas oitavasCasa de apostas paga menos para quem aponta que o Brasil avança apenas até a segunda fase da Copa, e não até a final

A confiança no Brasil campeão não chegou às casas de apos-

tas. A favorita é a Espanha, e a seleção só alcança as oitavas de final da Copa.

Seguindo a cotação, pa-ga-se menos para as con-sideradas barbadas e mais para as probabilida-des mais difíceis. A Fúria, por exemplo, se vencer o Mundial, paga 5 reais

para cada real apostado. Se a Nova Zelândia con-quistar a Copa, é possível multiplicar um único re-alzinho por 2 000.

Ainda que o Brasil es-teja bem posicionado (é o segundo maior favorito, pagando 5,50 por um), os apostadores acham que a seleção não passa das oi-tavas (3,50 para um). A Argentina, por exemplo, é cotada por 3,40 para um

que chega até as quartas.A interpretação segue

uma lógica. Em um gru-po com Costa do Marfim e Portugal, o Brasil tem chances de terminar a pri-meira fase em segundo — e possivelmente enfrenta a Espanha nas oitavas.

Na Copa passada, na Alemanha, o Brasil era o favorito: pagava-se 2,4 vezes o valor apostado. O time caiu nas quartas.

as aPostas Para a CoPa

BraSIl CAI NAS OITAVAS

DaVID VIllaARTILHEIRO

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Paga 10/1 real

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copa12

Os 30 centímetros que derrubaram o Morumbi

Os problemas começaram há um ano. A Fifa colocou empecilhos em itens como o tamanho da zona mista, número de estúdios e estacionamento. O projeto foi aprovado em setembro. Agora o clube recuou, pois não tem como conseguir os R$ 640 milhões pra reforma.

(1 )


GIAN É EDITOR DE ESPORTES DO PORTAL IG, ONDE TEM UM BLOG (HTTP://COLUNISTAS.IG.COM.BR/

ABOLANABOTA. É UM CARA DE ÓTIMA MEMÓRIA E LEMBRA QUANDO JOGAVA MUITA BOLA.

A FRÁGIL FAVORITA

ITALIANOPor Gian Oddi

Bastaram dois

amistosos pífios contra

México e Suíça para

a velha tese de que

“quando os italianos

começam mal acabam

campeões” reaparecer

em programas de

TV, rádio e jornais.

Superstições e

coincidências à

parte, porém, parece

impossível pensar nesta possibilidade no dia de início da Copa

2010. Não porque os atuais campeões do mundo tenham jogado

mal — isso, de fato, não é novidade. Mas porque a qualidade

desta seleção não se compara à das seleções italianas de 1982

e 2006, referências daqueles que se apegam à teoria de que

“quando a Itália começa assim...”.

“Não deixamos na Itália nenhum fuoriclasse que pudesse mudar

nossas perspectivas”, afirmou o técnico Marcelo Lippi em

sua primeira coletiva na África do Sul. Ao dar a declaração,

Lippi ignora nomes como Totti, Cassano, Del Piero (se é pra

levar “velhinhos”...), Miccoli (agora machucado) ou até mesmo

Balotelli. E parece esquecer que Pirlo e Camoranesi, dois

jogadores cujas condições físicas não lhes permitem nem

sequer ter a certeza de que jogarão o Mundial, são os dois

nomes que o próprio Lippi (e boa parte da imprensa italiana)

acredita terem capacidade de fazer a diferença.

Porque para ganhar um Mundial contra as melhores seleções do

mundo alguém terá, em algum momento, que fazer a diferença.

A qualidade, uma hora ou outra, será cobrada. Sobretudo numa

Copa assim, com seleções talentosas como Espanha, Holanda,

Argentina e — por que não? — Brasil.

Sem um fuoriclasse sequer e com um time envelhecido e

fraco tecnicamente, restaria à Itália torcer pelo peso de

sua camisa e pelo triunfo do “imponderável”. O problema é

que o “imponderável”, aquele que tantas vezes, no futebol,

prega peças em times mais fortes para premiar os mais

fracos, não costuma entrar em ação muitas vezes seguidas.

Motivo pelo qual a Itália não deve ir longe nesta Copa.

AS ENCRENCAS DO MORUMBI

Ordem da Fifa para aumentar as placas de publicidade para 2014 inviabiliza andar dos camarotes e das lojas

Uma diferen-ça de 30 cen-tímetros fez desabar o pro-

jeto do Morumbi para a Copa de 2014. Os são-pau-linos alegam que o princi-pal motivo para o plano de seu estádio na abertura do próximo Mundial fracas-sar foi a exigência da Fifa e do Comitê Organizador em relação ao tamanho das placas de publicida-de e às distâncias que elas

devem ter do campo. A ordem, de acordo com

os diretores do clube, é que as placas tenham 120 centí-metros de altura, 30 centí-metros a mais do que pedi-do inicialmente, segundo o São Paulo. A distância delas do campo deve ser de 4,5 metros, 2,5 metros a menos do que o Tricolor conside-ra ideal. O problema é que, quanto maior a altura das placas e menor a distância delas para o gramado, me-nor é a visibilidade no anel inferior do estádio.

Com esses padrões, o nú-mero de pontos cegos no

Morumbi aumentou tanto que foi exigida uma refor-ma radical, esticando o anel intermediário (o segundo andar) até o gramado, aca-bando com o anel inferior.

Destruir o andar térreo signifi ca acabar com cama-rotes e as lojas. Além disso, a obra faz o custo do proje-to passar de 250 milhões de reais para cerca de 600 mi-lhões de reais. Assim, o São Paulo não teria como man-ter o estádio após a Copa, por isso vai apresentar um projeto mais modesto, o que signifi ca abrir mão da aber-tura. Os ingressos com pon-

to cego não seriam vendidos e a capacidade seria inferior à exigida para a abertura.

A Fifa já sinalizou que irá recusá-lo, podendo deixar o estádio e talvez até a cidade fora do Mundial. “Se as pla-cas tivessem 90 centíme-tros de altura, meu proble-ma estaria resolvido. Não teria que acabar com o anel inferior, não teria que gas-tar tanto e continuaria com as receitas dos camarotes e lojas”, afi rmou Juvenal Ju-vêncio. O presidente do São Paulo diz que o Morumbi obteve um superávit de 45 milhões de reais em 2009.

O projeto do Morumbi: 640 milhões de reais para a Copa

Jonas OliveiraRicardo Perrone

DOS ENVIADOS À ÁFRICA

Exigência não pega na África do SulkO Tricolor tem ho-

je três representan-tes na África do Sul, fez três visitas anteriores e concluiu que há placas com 90 cen-tímetros de altura e até a 14 metros de distância do gra-mado na Copa, o que au-menta o desconforto com as exigências da Fifa e do Comitê Organizador Local.

O sentimento é o de que a entidade será mais rigo-rosa em 2014, apesar de di-zer que tudo o que vale para a África valerá para o Brasil. Um cartola do clube, que pediu para não ser identifi -cado, diz que a CBF tem in-teresse num outro estádio a ser construído pela Tra-ffi c e que a altura das placas

foi alterada pra prejudicar o Morumbi. A entidade nega.

Já um membro do Comi-tê Organizador afi rma que o São Paulo mudou o pro-jeto cinco vezes e não acei-tará a sexta mudança. O clube alega que só fez al-terações em seu plano ini-cial para atender aos pedi-dos do comitê.

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A equipe da Coreia do Norte, no único treinamento aberto para a imprensa

Coreia do Norte proíbe CopaControle do governo sobre imprensa impede transmissões ao vivo

No único treino da seleção nor-te-coreana aber-to à imprensa,

uma equipe de jornalistas da Coreia do Sul cansou-se de responder à pergunta: “Vocês são da Coreia do Norte”? Pacientemente, res-pondiam que não e que não conheciam ninguém da im-prensa norte-coreana. E, de fato, nenhum jornalista do país que o Brasil enfrentará na estreia foi aos treinos.

De acordo com a Fifa, há três jornalistas da Coreia do Norte credenciados pa-ra a Copa do Mundo. Mas nenhum deles possui cre-

denciais para as partidas da equipe. A imprensa do país vive sob rígido controle do governo, que proíbe seus ci-dadãos de ouvirem rádios estrangeiras ou mesmo fa-zer ligações internacionais.

“Os norte-coreanos não verão os jogos ao vivo por-que nunca se transmitem eventos ao vivo no país. E acredito que, dependendo do resultado, as autoridades podem omiti-los”, diz Vin-cet Brossel, da organização internacional Repórteres sem Fronteiras, que defen-de a liberdade de imprensa.

A Coreia do Norte é a pe-núltima em um ranking de liberdade de imprensa em 175 países feito pela enti-dade, à frente da Eritreia. O Brasil é o 71º.

Tae-se se movimenta no Makhulong Stadium

Só “clone” asiático de Rooney salvakA coletiva de imprensa no Makhu-

long Stadium, na última terça-feira, foi bastante tumultuada. Em um corredor que dá acesso ao estádio, o atacante Jong Tae-se, conhecido como o “Rooney asiá-tico”, falou por oito minutos com os jor-nalistas e disse acreditar que a Coreia do Norte tem disciplina suficiente para ven-cer o Brasil. Em seguida, a imprensa pôde acompanhar da arquibancada superior do estádio os 15 primeiros minutos de treino, que foram apenas recreativos. Bola rolan-do mesmo, só contra o Brasil.

jornal pl acar | Sexta-feira, 11 de junho de 2010

14copa

Jonas Oliveira

Do eNviADo À áfriCA (1 )

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Hernanes é considerado o “novo Juninho” na França

Posso me concentrar 100% nas corridas, diz Massa

kOntem, em Montreal, antes de co-meçar os trabalhos para o GP do

Canadá, Felipe Massa falou sobre a reno-vação de contrato com a Ferrari até o fim de 2012. “Estou muito feliz. Significa que agora posso me concentrar 100% nas pró-ximas corridas do ano”, disse o brasilei-ro, sétimo colocado no Mundial com 26 pontos atrás do líder, o australiano Mark Webber — a vitória vale 25 pontos.

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Fundador: VICTOR CIVITA (1907-1990)

Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes LealConselho Editorial:

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Volante pode substituir Makelele no PSG

Massa renovou com a Ferrari até o fim de 2012

Belluzzo não vai viajar

agora, mas disse que as negociações

com o chileno

continuam

kDesconhecido até cerca de um ano

atrás, Jucilei não só é titular como está com cinco son-dagens do futebol europeu, de acordo com seu procura-dor, Nick Arcuri. Os direitos federativos do volante de 22 anos pertencem ao Corin-thians (50%) e a um grupo de empresários (50%).

Fiorentina (ITA), Lille (FRA), Sevilla (ESP) e Rubin Kazan (RUS) se in-teressam, mas o PSG o quer para a vaga de Make-lele, que vai se aposentar. A diretoria aguarda ofer-ta oficial dos franceses, que, segundo o Timão, tem de superar 6 milhões de euros (por volta de 13,3 milhões de reais).

kXandão pode ser mais um dos que

chegaram em 2010 e não vão ficar — André Luis foi pro Fluminense e Léo Lima, Washington e Cléber Santana estão de saída. Se-gundo o jornal português A Bola, o Sporting quer dar 2 milhões de euros (cerca de

Jucilei perto do Paris Saint-Germain

Jornais europeus ‘negociam’Hernanes e até Xandão

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CORINTHIANS SãO pAulO

pAlmeIRAS

seXTA-feirA, 11 de junho de 2010 | jornal pl acar

15Felipão agradeceu o convite para treinar o Flamengo, mas

descartou assumir o clube. O técnico também disse não ao

Inter por se achar identificado demais com o rival Grêmio. FORA DA ÁFRICA

‘Não vou buscar Valdívia’, diz o presidenteBelluzzo nega ida aos Emirados Árabes, mas crê na negociação

A o contrário do que se comen-tou nos últi-mos dias, o

presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, não irá aos Emirados Ára-bes para negociar a vin-da de Valdívia. Em entre-vista ao Jornal PLACAR, Belluzzo garantiu que não pretende viajar agora para tentar trazer o chileno.

“Não tenho projeto a curto prazo de ir para lá. Na apresentação do Klé-ber, alguns torcedores fi-caram falando para eu ir, eu disse que ia, mas não vou”, disse o presidente.

Segundo Belluzzo, a ne-gociação com o Al Ain, time

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de Valdívia, está parada desde o fim do ano passado, quando o Palmeiras iniciou conversas com a equipe dos Emirados Árabes.

A chegada de Valdívia, porém, não é impossível de acontecer. No início do ano, o Al Ain informou ao Pal-meiras que só negociaria o chileno em definitivo, mas o clube não tinha como pa-gar. Agora, de acordo com Belluzzo, uma negocia-ção tanto por empréstimo quanto em definitivo pode acontecer. “Temos algumas possibilidades para trazê-lo. Do mesmo jeito que via-bilizamos o retorno do Klé-ber: com patrocinadores”, afirmou Belluzzo. BI

4,5 milhões de reais) pelo zagueiro. Um indício da sa-ída é a contratação do be-que Samuel, ex-Joinville, anunciada ontem. Já Her-nanes está perto do Lyon. Segundo o L’Equipe, o clu-be vai oferecer 15 milhões de euros pelo “novo Juni-nho Pernambucano”.

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arquivo16Temas inesquecíveis retratados em quatro décadas de PLACAR

PLACAR.COM.BR

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EM JULHO DE 1930...

A Copa que ninguém quis disputar

Hoje a disputa por uma vaga na Copa é uma v e r d a d e i r a

guerra mundial. Nada me-nos que 204 seleções dis-putaram as Eliminatórias — número maior que o de países reconhecidos pela ONU no planeta (sem con-tar a África do Sul, automa-ticamente classifi cada por sediar a competição).

Nem sempre foi assim. Para a primeira Copa, em julho de 1930, no Uruguai, dezenas de seleções foram convidadas. A maioria re-cusou, como relembrou a revista PLACAR de janei-ro de 1976.

“A primeira Copa do Mundo foi uma sucessão de incertezas. Dois meses an-

João Pessoa, candidato a vice-presidente, foi assassinado no dia 26 pelo jornalista João Duarte Dantas. A morte acelerou o golpe de Estado que colocou Getúlio Vargas no poder por 15 anos.


Dos 30 convidados, só 13 participaram. Melhor para o anfitrião (e campeão) Uruguai

Há 80 anos, o Brasil estreou em Copas: 2 x 1 pra Iugoslávia No segundo jogo, a primeira goleada: 4 x 0 sobre a Bolívia

tes da data marcada para a abertura ofi cial, nenhuma seleção europeia havia con-fi rmado sua participação. Itália, Espanha, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Alemanha e Suíça defi niti-vamente não viriam a Mon-tevidéu”, dizia a revista.

A alegação era a demo-ra: 15 dias para vir (de na-vio), outros 15 para voltar e mais 20 para a disputa do torneio. Uma ausência de quase dois meses, tida como perda de dinheiro por aquelas federações.

Das 30 equipes convi-dadas, só 13 participaram. França, Bélgica, Iugoslávia e Romênia foram as únicas que toparam cruzar o ocea-no Atlântico para ver o Uru-guai erguer a primeira taça.

No dia 7, morria de ataque cardíaco, em Crowborough (Escócia), o escritor escocês Arthur Conan Doyle, criador do detetive Sherlock Holmes, para o qual criou 60 histórias. Ele tinha 71 anos.

jornal placar edicao 159

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