jornal placar edicao 206

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(1) RENATO PIZZUTTO S.Paulo briga por fortuna da Máfia do Apito RETA FINAL EDIÇÃO 206 | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | SEMANAL WWW.PLACAR.COM.BR Sites de apostas têm 100 mil “viciados” brasileiros PÁG. 16 O MELHOR DE TODAS AS RODADAS 70 ANOS DO REI Times tentam achar novo Pelé 50 anos. Veja dez candidatos (um deles desperdiçou pênalti ontem e seu time perdeu de virada) PÁG. 21 Governo estadual espera juiz voltar de férias para decidir indenização por danos morais e materiais PÁG. 18 Ronaldo joga “no sacrifício” e Timão volta a colar nos líderes PÁG. 4 Embolou R$ 1 ,00 APENAS

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Jornal Placar Edicao 206

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Page 1: Jornal Placar Edicao 206

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S.Paulo briga por fortuna da Máfia do Apito

RETA FINAL

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S.Paulo briga por fortuna da Máfia do Apito

EDIÇÃO 206 | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | SEMANAL

WWW.PLACAR.COM.BR

Sites de apostas têm 100 mil “viciados” brasileiros PÁG. 16

O MELHOR DE TODAS AS RODADAS

70 ANOS DO REI

Times tentam achar novo Pelé há 50 anos. Veja dez candidatos (um deles desperdiçou pênalti ontem e seu time perdeu de virada) PÁG. 21

Governo estadual espera juiz voltar de férias para decidir indenização por danos morais e materiais PÁG. 18

Ronaldo joga “no sacrifício”

e Timão volta a colar nos líderes

PÁG. 4

EmbolouR$1,00

APENAS

Page 2: Jornal Placar Edicao 206

A maior premiação do futebol brasileiro

bola de prata

DESCE

ViolênciaNo Quênia, sete pessoas morreram pisoteadas no tumulto provocado pelas torcidas na entrada para o maior clássico do país, no sábado. Três dias antes, na Itália, dois torcedores do Liverpool foram esfaqueados por rivais do Napoli, que jogaram pela Liga Europa.

SOBEq qHernanesIndicado por André Dias, desembarcou em Roma para jogar em uma Lazio decadente e está transformando a equipe, que quase foi rebaixada na temporada passada, em postulante ao título do Campeonato Italiano. Ontem, participou dos dois gols na vitória diante do Cagliari, por 2 x 1, no estádio Olímpico.

aquecimento02JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

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OPINIÃO

Sérgio XavierDiretor de Redação da revista PLACAR

Ronaldo segue pesado. Gordo, se falarmos

as coisas como elas realmente são.

Mesmo assim, faz a diferença. Em seus

poucos toques na bola, em sua discreta

participação na maior parte da partida,

Ronaldo desequilibra. Quem viu a vitória

corintiana no clássico contra o Palmeiras

sabe disso. Ele infernizou a zagueirada

verde, sobretudo no primeiro tempo. Não

fez o gol da vitória, nem precisava.

Ronaldo não está muito menos pesado do

que já esteve. O ex-técnico Adilson Batista

é um apaixonado por tática, adora montar

equipes em que o time todo corre. O atual

Ronaldo corre pouco. Certamente por isso,

o Fenômeno não jogava. Bastou Adilson cair

para Ronaldo voltar, mesmo fora do peso.

Cada vez fica mais claro que é negócio para

o Corinthians ter um Ronaldo quando ataca

e jogar com um a menos quando se defende.

É sempre uma escolha complicada para um

treinador optar entre ousadia e segurança.

A torcida costuma preferir ousadia. O novo

técnico Tite, que não é bobo, já fez sua

escolha por Ronaldo. E, com ele, o Corinthians

voltou para a briga do título brasileiro.

VIVA O GORDO

A ESPN Brasil é parceira na Bola de Prata. As notas poderão ser conhecidas na transmissão dos jogos pela Rádio Eldorado/ESPN Brasil (FM 107.3 e AM 700).

Os jornalistas da PLACAR assistem, sempre nos estádios, a todas as partidas do Brasileirão e atribuem notas de 0 a 10 aos jogadores. Receberão a Bola de Prata os craques que tenham sido avaliados em pelo menos 16 partidas. Jogadores que deixarem o clube antes do fim do campeonato estarão fora da disputa. Em caso de empate, leva o prêmio quem tiver o maior número de partidas. Ganhará a Bola de Ouro aquele que obtiver a melhor nota média.

REGULAMENTO

Júlio César fechou o gol

contra o Palmeiras; líder

dos goleiros da Bola de

Prata é o cruzeirense Fábio

chuteira DE OURO Aqui vence quem fizer mais gols nos torneios mais fortes

OS ARTILHEIROS

S - SELEÇÃO; BRA - BRASILEIRO SÉRIE A; CB - COPA DO BRASIL; L - LIBERTADORES; CS - COPA SUL-AMERICANA; EST - PRINCIPAIS ESTADUAIS; EST/B - DEMAIS ESTADUAIS E SÉRIE B

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JOGADOR PTS TIME BRA (2) CB (2) L (2) CS (2) S (2) EST (2) EST/B (1)

JONAS 78 GRÊMIO 20 8 0 0 0 11 0

NEYMAR 70 SANTOS 10 10 0 0 1 14 0

ANDRÉ 52 EX-SANTOS 5 8 0 0 0 13 0

OBINA 48 ATLÉTICO-MG 10 5 0 2 0 7 0

VÁGNER LOVE 46 EX-FLAMENGO 4 0 4 0 0 15 0

KLÉBER 46 PALMEIRAS 10 0 7 1 0 5 0

ALECSANDRO 44 INTER 9 0 3 0 0 10 0

WASHINGTON 42 FLUMINENSE 10 0 5 0 0 6 0

DIEGO TARDELLI 42 ATLÉTICO-MG 7 7 0 0 0 7 0

RODRIGUINHO 40 FLUMINENSE 5 0 0 0 0 15 0

BRUNO CÉSAR 40 CORINTHIANS 12 0 0 0 0 8 0

BORGES 38 GRÊMIO 3 6 0 0 0 10 0

HERRERA 38 BOTAFOGO 7 3 0 0 0 9 0

FRED 34 FLUMINENSE 4 6 0 0 0 7 0

ROBINHO 34 EX-SANTOS 0 6 0 0 6 5 0

RICARDO BUENO 34 ATLÉTICO-MG 2 0 0 0 0 15 0

HEVERTON 33 PORTUGUESA 0 1 0 0 0 11 11

7,5O goleiro corintiano

Júlio César

levou a melhor

nota no clássico

Corinthians x

Palmeiras, ontem.

5,9é a media do goleiro

no Brasileiro.

Ele está entre os

dez melhores de

sua posição na

Bola de Prata.

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Obina fez três ontem, mas ainda está longe de Jonas e Neymar

(5)

∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-serginho/

Opinião sobre os principais assuntos do mundo da bola.

Blog do Serginho

∑ placar.abril.com.br/bola-de-prata

Ranking do prêmio mais importante do Brasil

Bola de Prata

∑ placar.abril.com.br/bola-de-prata/ chuteira-de-ouro/

Os 20 maiores artilheiros na premiação de PLACAR.

Chuteira de Ouro

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Bruno César voltou a marcar e alcançou 12

gols no Brasileirão

Tite mistura Mano e Adilson e Corinthians volta a vencer

Com o estilo de dois antecessores, técnico vence o Palmeiras na estreia e Timão volta a sonhar com o título

ZÉ VICENTE É EDITOR-EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.

DISTRAÍDOS

CHUTÃO

Por Zé Vicente

Como eles são desligados... Sabem que existem

milhares de substâncias que caracterizam doping

escondidas até nos mais inocentes comprimidos

pra gripe e fazem uso deles sem consultar a bula

ou o departamento médico de suas equipes. É

descongestionante pra cá, analgésico pra lá...

O nadador francês Frédérick Bousquet, um foguete

nos 50 metros livre e principal rival do brasileiro

Cesar Cielo nas piscinas, foi suspenso por dois

meses. A notícia foi divulgada na última quarta-

feira: seu teste antidoping deu positivo para o

estimulante heptaminol. À imprensa francesa,

Bousquet disse que botou a substância pra

dentro sem saber, na tentativa desesperada

de tratar uma forte crise de hemorroidas. “Me

deram este produto, que pode ser comprado sem

receita, e o tomei sem ler a bula”, declarou.

Mais curioso foi o caso do tenista Richard Gasquet,

também francês. O exame detectou 1,46 micrograma

de cocaína em sua urina (de 0,5 para cima o atleta

já é punido). Em sua defesa, Gasquet alegou que

ingeriu a droga involuntariamente ao beijar uma

garota numa balada durante o torneio de Miami,

em março do ano passado. Explicação aceita,

sua pena caiu de 12 para dois meses e meio.

Ontem Dagoberto desfalcou o São Paulo porque o

departamento médico do clube ficou sabendo que

o jogador tomou um remédio para dor de cabeça,

durante a semana. O medicamento contém uma

substância proibida pela Agência Mundial Antidoping.

O time, que vinha embalado, desembalou. A

chefia tricolor deve ter ficado muito contente...

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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

04clássico

Na tabela, o Dérbi paulistano valia mais para o time alvinegro que para o alviverde, que conta com o título da Sul-Americana para

voltar à Libertadores. Mas em campo esta-va também em jogo a supremacia no clássi-co, que é do Palmeiras. E a eterna rivalidade entre os clubes. O Corinthians venceu, mas a história ainda favorece o rival, que man-tém a vantagem de 120 vitórias a 114. O que importou no resultado de 1 x 0 no Pacaem-bu, no entanto, foi a essência alvinegra em campo. Ela não lembrou em nada o time que estava há sete jogos sem vitórias.

Mano Menezes, nos camarotes, viu o ti-me misturar a preocupação defensiva de seus tempos com a precisão nos passes e a

velocidade no meio da era Adilson Batista. Com essa mistura, o estreante Tite ainda impôs a raça que faltou nos últimos jogos.

E assim vieram os chutes de Ronaldo e o de Bruno César, que desviou em Marcos Assunção e definiu o placar aos 22min do 1º tempo. A partir dali, o Corinthians ofensivo mudou para um mais cauteloso.

O Palmeiras de Felipão insistia em su-as jogadas habituais, todas trancadas pe-lo bom meio-campo corintiano — enfim, de volta à formação titular. Elias, um leão, parecia jogar por dois. Júlio César, em tar-de inspirada, salvava com boa colocação. As faltas cobradas por Marcos Assunção eram encaixadas sem susto. Fim de jogo. E o Co-rinthians estava de volta ao campeonato.

(1)

Page 5: Jornal Placar Edicao 206
Page 6: Jornal Placar Edicao 206

SÉRIE A, 18 CLUBES?

Certo. O campeonato de 2010 nem acabou.

Faltam sete rodadas. Tudo indefinido. Emoção

não faltará no torneio futebolístico mais

equilibrado do mundo. Mas eu já penso em 2011.

A possibilidade de termos ano que vem o melhor

Brasileirão da era dos pontos corridos é real.

Primeiro: não vai rolar Copa do Mundo para

paralisar o campeonato logo no seu início.

Segundo: existe um movimento interessante

de retorno e permanência de jogadores

importantes nos clubes locais em virtude

da Copa 2014. Terceiro: a chance de uma

melhora na qualidade dos times — uma pequena

“limpeza” — para o próximo torneio é grande.

Os candidatos mais fortes ao acesso à

série A 2011 são todos clubes tradicionais.

Coritiba, Figueirense, América-MG, Bahia,

Sport... Por outro lado, os favoritos ao

descenso à Segundona talvez não deixem

tantas saudades assim: Avaí, Atlético-GO,

Guarani, Goiás e, sobretudo, Prudente.

É claro que a série A “ideal” para 2001 deixaria

conseqüentemente muito enfraquecida a série

B. Mais enfraquecida ainda que a deste ano.

Esse desequilíbrio entre as duas divisões

do futebol brasileiro talvez seja hoje o único

pequeno problema num campeonato nacional

que já foi caótico. O Brasileirão dos pontos

corridos tem, sim senhor, começo, meio e fim.

Talvez uma redução para 18 clubes o

deixasse mais emocionante — e também

mais arriscado. Você é a favor?

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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

06clássico

OPINIÃO DO JOGO

m ELIAS

Foi um, dois, três homens

em campo. A presença de

Mano nas tribunas pesou.

mJÚLIO CÉSAR

Fez, talvez, sua melhor

apresentação. Bem

posicionado sempre.

k EDINHO

Distribuiu pancadas, mas freou

o meio e o ataque corintianos.

Teve sorte de não levar cartão.

“Joguei clássico no sacrifício, pelo time”, diz FenômenoRonaldo aguenta o jogo inteiro e diz que vai cumprir a meta de atuar nove partidas seguidas até o final do Brasileirão

R onaldo jogou 30 minutos como atacante. Nos outros 60, poupou sua disposição para chamar a marcação e

enfiar alguns passes. Continuou até o fi-nal literalmente no sacrifício.

“A gente ajuda da maneira que pode. É o sacrifício em prol do clube”, disse o atacante, na saída da partida.

“Hoje não importava jogar bem, boni-to, o importante era ganhar três pontos. É um jogo que nos dá esperança para continuar sonhando com título”, disse o Fenômeno, resumindo o que o corintia-no espera da era Tite no comando.

Ronaldo completou, pela primeira vez no Brasileirão, uma segunda partida se-guida no time. A meta é cumprir nove Na quarta-feira, contra o Flamengo, diz que volta. “Uma vitória nos ajuda a con-tinuar na briga pelo título.”

A outra estrela do clássico era justa-mente Tite, que reassumia o clube de-pois de cinco anos — foi dispensado ain-da na era MSI. Para os próximos jogos, promete empenho semelhante.

“Não precisa ser igual aos 30 minutos, que foram muito bons”, ponderou o téc-nico. “Mas temos que continuar vivos.”

CORINTHIANS 1PALMEIRAS 0

24/10/2010 - Pacaembu (São Paulo, SP)

J: Héber Roberto Lopes (PR)

R: R$ 1 085 683,50 P: 32 391

CA: William, Elias e Marcos Assunção

CORINTHIANS: Júlio César, Alessandro,

Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei,

Elias e Bruno César (Danilo 27/2º); Iarley

(William Morais 36/2º) e Ronaldo. T: Tite.

PALMEIRAS: Deola, Luís Felipe (Patrik int.),

Danilo, Fabrício e Rivaldo; Edinho, Marcos

Assunção, Tinga e Lincoln (Valdívia int.) (Dinei

34/2º); Luan e Kléber. T: Luiz Felipe Scolari.

Ronaldo aguentou os 90 minutos e deu canseira

no palmeirense Danilo

O GOL

22 DO 1º

1 x 0 Passe de Roberto Carlos para Bruno César, que chuta e desvia em Marcos Assunção.

DA TÁTICA À PRÁTICAArnaldo RibeiroRedator-Chefe da revista PLACAR.

∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-arnaldo/

Análise e tática dos jogos, sem firulas.

Blog do Arnaldo

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07 seGUNDa-feira, 25 De oUtUbro De 2010 | jornal pl acar

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Valdívia, começou o Dérbi no ban-co. A justificativa de Felipão foi a lesão na coxa esquerda do Mago. Porém, ao ver o fraco desempe-

nho do time no 1º tempo, o comandante pe-diu que Valdívia e Patrik o seguissem. Os jogadores entraram no lugar do lateral Luís Felipe e do meia Lincoln.

Técnico põe Valdívia remendado pra jogar

O camisa 10 entrou com um adesivo tera-pêutico e uma cinta elástica para atenuar as dores. Embora o Palmeiras tenha melhora-do, o Mago teve uma participação discreta. No banco, Felipão demonstrava preocupa-ção com o chileno. Antes de Assunção co-brar uma falta perigosa, aos 28min, o trei-nador mandou Danilo perguntar a Valdívia

se estava bem; se estivesse com uma “dor-zinha”, iria sair. O Mago quis ficar, mas, aos 35min, foi substituído por Dinei.

Ao sair, ao contrário do que fizera contra o Santos, Valdívia cumprimentou o chefe e sentou no banco. Na coletiva, o treinador voltou a explicar a lesão do meia: “Ele tem uma fibrose, isso não o impede de jogar,

o chileno entrouno segundo tempo, mas não aguentou

Mago entra no 2º tempo, sente a coxa e não consegue ficar até o fim

mas dificulta alguns movimentos”. O mé-dico do clube ponderou que a substituição ocorreu para preservar o meia para a parti-da contra o Galo, pela Sul-Americana.

você Só paga r$ 0,31 por menSagem recebida.

palmeiras no celularenvie a mensagem:

GOLVERDAO para 22745 NOTVERDAO para 22745t t

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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

Júlio César, sempre bem colocado, foi um dos melhores no clássico de ontem

Elias jogou muito e espera que Mano o convoque outra vez para a seleção

“Até sonhei com as cobranças do Marcos Assunção”, diz goleirokJúlio César fez on-

tem, contra o Pal-meiras, provavelmente a sua partida mais segura. Esteve bem posicionado em quase todos os lances. Quando precisou fazer uma defesa mais arroja-da, não se intimidou. E até saiu bem nas bolas aéreas, uma de suas principais de-ficiências no gol.

Ontem, na saída do jo-go, comemorava o resul-tado e principalmente não ter sofrido gol em cobrança de falta de Marcos Assun-ção, possivelmente a jogada

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Melhor no jogo, Elias rala por dois e por técnico da seleçãoVolante arrebenta e diz que vitória em clássico dá ânimo ao Corinthians, que ainda pensa no penta brasileiro

Os sete jogos sem vitória esta-vam engasgados. E nada me-lhor que vencer o maior rival para renascer no campeonato.

“Estava em busca disso. Um dia iria vol-tar a vencer. E no clássico é melhor”, de-finiu Elias, o melhor em campo no clássi-co. Coincidência ou não, o técnico da se-leção, Mano Menezes, que o convocou para os amistosos contra o Irã e a Ucrâ-nia, estava nas tribunas do Pacaembu.

“A gente pode mostrar um bom traba-lho com o Mano em casa, claro”, anima-va-se Jucilei, outro lembrado pelo ex-téc-nico corintiano para a seleção, mas só na partida contra os EUA.

O volante elogiou o trabalho de Ti-te, que teve menos de uma semana pa-ra montar o time. “Pelo pouco tempo de trabalho que ele teve com a gente, sou-be ajeitar um posicionamento certinho e bloqueou o jogo do Palmeiras.”

Bruno César, autor do gol, mesmo lon-ge do artilheiro, o gremista Jonas, ainda tem esperanças de conquistar a ponta en-tre os goleadores e o Brasileirão. “Esta-mos vivos na competição. O Tite chegou e deu tranquilidade.”

(1)

mais perigosa do Palmeiras de Felipão. “Até sonhei com as cobranças de falta do Marcos Assuncão”, disse o goleiro, formado nas cate-gorias de base do clube.

Segundo o corintiano, du-rante a semana, ele treinou posicionamento nas joga-das com o volante palmei-rense. “Procurei me preca-ver, me posicionando bem, para não ser surpreendido em algum lance”, afirmou.

Com a boa fase de Júlio César, o paraguaio Boba-dilla, contratado em julho, continua sem estrear.

Saiu mais um daqueles rankings mundiais

da Federação Internacional de História e

Estatística do Futebol (IFFHS). Desta vez, os

melhores treinadores da década estavam em

pauta. O critério utilizado foi a relação anual

dos Top 20 — desde 2001, o melhor comandante

do ano recebeu 20 pontos, o segundo melhor

recebeu 19 e assim sucessivamente.

Quem foi o vencedor? O francês Arsene Wenger,

que conquistou pelo Arsenal, no período em

questão, dois campeonatos ingleses e três

edições de FA Cup, além de um vice na Liga

dos Campeões. Claro, são marcas importantes,

mas tem gente com desempenho bem melhor.

Técnico da Inter de Milão, o espanhol Rafa

Benítez (foto), o sétimo da lista, foi bicampeão

nacional com o Valencia, que estava na fila há

31 anos, e ganhou a Copa da Uefa. No Liverpool,

faturou uma Champions League e foi vice em

outra, além de obter duas Copas da Inglaterra,

uma Supercopa Inglesa e uma Supercopa

Europeia. Será que não temos um desempenho

melhor que o de Wenger? Se o papo for

Mourinho (terceiro), vira covardia. Afinal, entre

os principais feitos do madridista na década

estão duas Champions, dois campeonatos

portugueses, dois ingleses e dois italianos.

Ou seja, Benítez e Mourinho foram “roubados”.

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08clássico

POBRES BENÍTEZE MOURINHO

DIA DE FÚRIA

Por Bruno FavorettoRepórter do Jornal PLACAR

∑ placar.abril.com.br/blogs/dia-de-furia

Análise do que acontece no futebol espanhol.

Dia de Fúria

VOCÊ SÓ PAGA R$ 0,31 POR MENSAGEM RECEBIDA.

CORINTHIANS NO CELULARenvie a mensagem:

GOLTIMAO para 22745 NOTTIMAO para 22745▼ ▼

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‘Quero vencer pelo Corinthians’C

om a camisa 10, Danilo conquis-tou tudo o que podia pelo São

Paulo (Paulista, Brasileiro, Libertadores e Mundial). Hoje, no Corinthians, o experiente meia também quer ficar marcado por grandes conquistas.Pedro Proença

Você era muito identifica-do com o São Paulo. Como tem sido no Corinthians? Enfrentou a desconfian-ça da torcida e dos diri-gentes?Não, no futebol é natural passar por isso. Já fiz mi-nha parte no São Paulo. Fo-ram três anos muito bons [2004, 2005 e 2006], ganhei muitos títulos, mas passou. Agora, quero vencer pelo Corinthians.

Ídolo e campeão de tudo no São Paulo, Danilo tenta provar pra Fiel que é o cara

09 SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

O Elias disse que achava justa a ida da torcida ao CT, desde que não houves-se violência. Roberto Car-los discordou, disse que no campo tudo bem, mas não no local de trabalho. O que pensa disso?Concordo com o Rober-to. A torcida tem que pro-testar no campo. Pode pe-gar no pé, xingar o jogador e reclamar do que quiser. Mas no CT, nosso local de trabalho e onde treinamos forte, não. Não vai nos aju-dar em nada.

Você ficou chateado por ter sido mencionado na fai-xa de protesto que os tor-cedores levaram ao CT? Sim, fiquei um pouco cha-teado, mas acho que é uma minoria, e não toda a tor-cida corintiana. Vou me

DANILO

Danilo Gabriel de Andrade

Idade: 31 anos

Nascido em: São Gotardo (MG)

Peso: 80 kg Altura: 1,86 m

Posição: meia

Clubes: Goiás (99 a 2003), São Paulo

(2004 a 2006), Kashima Antlers-JAP

(2007 a 2009) e Corinthians (2010)

Títulos: Campeonato Goiano (99, 2000, 2001 e

2003), Série B (1999), Copa Centro-Oeste (2000,

2001 e 2002), Campeonato Paulista (2005), Taça

Libertadores (2005), Mundial de Clubes (2005),

Campeonato Brasileiro (2006), Campeonato

Japonês (2007, 2008 e 2009), Copa do Imperador

(2007) e Supercopa do Japão (2008)

doar ao máximo nos trei-nos e nos jogos para a tor-cida ir ao estádio e fazer a parte dela lá.

O que achou da chegada do Tite?Nunca trabalhei com ele, mas joguei contra algumas vezes e conheço quem tra-balhou. Tite sempre mon-ta equipes muito bem or-ganizadas, e acho que é disso que o time precisa agora.

Você é um meia canhoto, o que muitos clubes do Bra-sil buscam, mas é reserva no Corinthians. Por quê?É uma opção do treinador. Nosso grupo é muito bom, tem muitas alternativas e o treinador põe quem ele quiser. Eu sempre me dedi-co para ter oportunidades.

ENTREVISTA DANILO

Page 10: Jornal Placar Edicao 206

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Os segredos de Felipão no UzbequistãoNo Bunyodkor, técnico proibiu jogadores de conversarem no celular no vestiário e falava grosso com atletas do país, mas tradutor brasileiro dava aliviada nas broncas

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O Bunyodkor dirigido por Fe-lipão entre julho de 2009 e maio deste ano era muito su-perior ao restante das equi-

pes do Uzbequistão. Mas o técnico Luiz Felipe Scolari teve muito trabalho para colocar o clube nos eixos.

A começar pelos jogadores locais, acos-tumados a um ritmo mais frouxo de tra-balho. Os uzbeques não sofreram com os técnicos anteriores, inclusive com o bra-sileiro Zico, nem metade do que enca-raram com Felipão. O técnico começou proibindo os atletas de falarem no celu-lar no vestiário. Depois, impôs um treino bem mais puxado que o de costume.

“Os uzbeques estranharam a chegada do Felipão mais do que a gente”, conta o la-teral Edson Ratinho, que estava havia um ano no clube quando o gaúcho chegou. “Quem acompanha sabe que ele é durão, de cobrar muito. E os uzbeques não eram muito organizados. Às vezes ele falava coi-sa muito duras, mas o tradutor aliviava.”

Felipão levou Flávio Murtosa para tra-balhar como auxiliar-técnico, mas teve que se virar com Mirjalol Kushakovich Qosimov, considerado o maior jogador da história do Uzbequistão, aposentado des-de 2005. O detalhe é que técnico e auxi-liar não conversavam: Qosimov não en-tendia inglês e as poucas palavras entre os dois eram traduzidas pelo intérprete Marcelo dos Santos.

Foi mesmo a crise financeira da Zero-max, a empresa de gás que bancava o ti-me, que afastou Felipão e os brasileiros do clube uzbeque. O salário referente a seis meses de trabalho era pago todo de uma vez, no início de cada semestre. No começo de 2010, no entanto, o pagamen-to foi interrompido.

“A gente ficou oito meses sem receber. O Felipão deu um prazo para receber o dinheiro antes de ir embora”, diz Edson Ratinho. Denílson, brasileiro artilheiro do Mundial Interclubes de 2009 pelo Po-hang Steelers, da Coreia do Sul, pouco jo-gou. O macedônio Stevica Ristic, que veio do mesmo clube, sofria com os ciúmes dos brasileiros e das poucas oportunida-des dadas por Scolari no time principal. Saiu no meio deste ano.

“Sair antes do fim do contrato foi um modo de retribuir a ‘recepção’ que tive-mos lá”, conta o preparador de goleiros Carlos Pracidelli. Mas disso os hoje pal-meirenses não tinham do que reclamar: eles tinham carros, mansões e comida à disposição. Uma boa vida, afinal.Marcos Sergio Silva

Felipão veste traje típico uzbeque:

broncas aliviadas

Jogador salvou carreira de dois atletas do time

JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

Rivaldo salvou brasileiros da pindaíba

kA crise econômica do Bunyodkor fez com

que três brasileiros ficas-sem oito meses sem rece-ber no Uzbequistão. Graças a Rivaldo, jogador e gerente de futebol do clube, dois de-les tiveram um alívio.

O craque do penta com-prou metade dos passes de João Victor e de Edson Ra-tinho e os negociou com o Mallorca, da Espanha, que disputa a primeira divisão local. Fora o problema fi-

nanceiro, Mirjalol Qosi-mov, que substituiu Feli-pão como técnico do time, não confiava nos brasi-leiros e montou a equipe apenas com jogadores uz-beques para a Champions League Asiática.

“A relação era boa co-migo, mas ele não gosta-va muito do João Victor”, afirma Edson. “Futebol tem dessas coisas, alguns estrangeiros não vão com a nossa cara.”

(2)

10clássico

A trajetória de Felipão até o retorno ao Palmeiras

é um dos grandes assuntos da revista

PLACAR de novembro, já nas bancas.

(2)

Page 11: Jornal Placar Edicao 206

11SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

Trocar de técnico na hora do desespero não é uma boa. Os piores aproveitamentos da competição são de substitutos

de treinadores que já vinham mal.O pior, disparado, é o ex-gremista Mar-

celo Rospide. Ele dirigiu o Prudente por cinco rodadas. Tirou o time da 19ª colo-cação e o deixou na 20ª — pior que isso, impossível. Mas a posição era o de me-nos. Rospide conseguiu conquistar ape-nas 5% dos pontos disputados (1 de 25). O Prudente tem ainda outro técnico entre os piores: Antônio Carlos Zago, detentor de apenas 22% de 21 pontos possíveis.

O time do interior paulista não é o único a deixar dois treinadores nes-sa zona ingrata. O Ceará emplacou Es-tevam Soares (17% dos pontos) e Má-rio Sérgio (22%). Só não está na zona de degola graças ao técnico com melhor aproveitamento em um clube no Brasi-leirão: PC Gusmão, no período em que treinou o Vovô, obteve 81% dos pontos.

O segundo colocado também já não dirige seu clube. É o atual técnico da se-leção brasileira, Mano Menezes, dono de 70% de aproveitamento enquanto di-rigia o Corinthians.

Dos que ainda comandam seus times na competição, o melhor é Renato Gaú-cho. Tirou o Grêmio da zona de rebai-xamento com 67% do total de pontos que disputou. Cuca, do Cruzeiro, levou dois terços de tudo o que jogou desde a oitava rodada.

Técnico ‘bombeiro’se queima no Campeonato BrasileiroPiores desempenhos até a 30ª rodada foram de treinadores que chegaram pra tentar apagar incêndios

81%OS MELHORES

OS PIORES*

70%

67%

65%

58%

22%

22%

1 9%

1 7 %

5%

especial

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PC Gusmão (Ceará)

50% 100%

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Mano Menezes (Corinthians)

50% 100%

0%

Renato Gaúcho (Grêmio)

50% 100%

0%

Cuca (Cruzeiro)

50% 100%

0%

Celso Roth (Inter)

50% 100%

0%

Mário Sérgio (Ceará)

50% 100%

0%

Antônio Carlos (Prudente)

50% 100%

0%

Geninho (Atlético-GO)

50% 100%

0%

Estevam Soares (Ceará)

50% 100%

0%

Marcelo Rospide (Prudente)

50% 100%

* técnicos com mais de quatro jogos no Brasileirão

Page 12: Jornal Placar Edicao 206
Page 13: Jornal Placar Edicao 206

SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

Magno Alves comemora o primeiro gol

do Ceará

(3)

13são paulo

Vovô freia fase de CarpegianiCeará faz 2 x 0 no Tricolor, que tinha vencido todas com o novo treinador

O Ceará não deu moleza pro São Paulo, que tinha venci-do seus três jogos com Carpe-giani no comando, e fez 2 x 0.

Sem os suspensos Alex Silva, Richarly-son e Jean e com Jorge Wagner, Dago-berto e Junior Cesar sem condições de atuar, o técnico são-paulino escalou Re-nato Silva como lateral-direito. O Vovô se aproveitou e explorou aquele lado.

Aos 8min, Magno Alves tabelou com Geraldo e chutou pra fora. Aos 13min, Carlinhos Paraíba cruzou e Ricardo Oliveira marcou de peito, mas o bandei-rinha viu impedimento. Aos 19min, Ce-ni salvou o Tricolor quando Geraldo, na marca do pênalti, bateu fraco. Um mi-nuto depois, Vicente centrou pra Mag-no Alves: 1 x 0. Carpegiani percebeu e tirou o zagueiro Xandão pra entrada de Ilsinho (Renato voltou à zaga), mas o Vovô fez outro, numa bomba no ângulo de Diego Sacoman. Aos 47min, Michel Alves evitou o gol de Ricardo, após as-sistência de Fernandão.

Domínio sem golsNo 2º tempo, o Tricolor dominava,

mas quem assustava era Diego Sacoman, que exigiu grande defesa de Ceni. O São Paulo criou mais algumas chances, mas os cearenses estavam muito bem posta-dos. O calor atrapalhou? “Não é descul-pa. A equipe deles estava melhor do que a gente”, admitiu Lucas, suspenso con-tra o Atlético-PR.

SÃO PAULO 0

CEARÁ 2

24/10/2010 – Castelão (Fortaleza, CE)

J: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)

R: R$ 1 118.96,00 P: 44 591

CA: Diogo e Lucas

CEARÁ: Michel Alves; Anderson, Fabrício e Diego Sacoman;

Boiadeiro, Michel, João Marcos, Geraldo (Careca 38/2º) e

Vicente; Magno Alves (Reina 17/2º) e Washington (Misael

22/2º). T: Dimas Filgueiras.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Renato Silva, Xandão (Ilsinho

29/1º), Miranda e Diogo (Zé Vítor 17/2º); Rodrigo Souto,

Carlinhos Paraíba, Lucas (Marlos 22/2º) e Fernandinho;

Fernandão e Ricardo Oliveira. T: Paulo César Carpegiani.

OS GOLS

20 DO 1º

1 X 0 Depois de boa jogada pela esquerda,

Vicente cruza na cabeça de Magno Alves, que,

sozinho, testa para as redes de Ceni.

34 DO 1º

2 X 0 O zagueiro Diego Sacoman apareceu

no ataque do lado direito e soltou um canudo,

de perna canhota, no ângulo direito do goleiro.

OPINIÃO DO JOGO

m CENIO capitão evitou uma catástrofe no Ceará. Defesas precisas em finalizações de Geraldo e Diego Sacoman.

k GERALDOEm tarde de Seedorf, sua atuacão só não foi perfeita porque perdeu um gol na cara de Ceni.

q CARPEGIANIO treinador ainda tem crédito, mas pecou ao improvisar Renato Silva na lateral — criou uma avenida por ali. VOCÊ SÓ PAGA R$ 0,31 POR MENSAGEM RECEBIDA.

SÃO PAULO NO CELULARenvie a mensagem:

GOLTRICOLOR para 22745 NOTTRICOLOR para 22745▼ ▼

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MAURÍCIO É REDATOR-CHEFE DA REVISTA RUNNER’S WORLD.

O PACTO

CARRINHO

Por Maurício Barros

Um vírus. Um estalo. Um botox mental. Ou um

pacto com o Cujo. Sabe-se lá por quê, alguns

jogadores de uma hora pra outra viram craques. O

Grafite, por exemplo. Jeitão desengonçado, meio

caneleiro. Peregrinou por Matonense, Ferroviária,

Santa Cruz. Foi mal no Grêmio, sumiu na Coreia.

E voltou para o Brasil. No Goiás, foi bem e chegou

ao São Paulo, onde virou ídolo, foi convocado

para a seleção e depois se transferiu para a

Europa. “Você vai sumir”, disse a ele o presidente

do São Paulo, Juvenal Juvêncio, quando viu que

o perderia para o Le Mans, da França — uma

espécie de Olaria de lá. Juvenal engole até hoje

as palavras. Grafa foi da França ao Wolfsburg,

um Avaí da Alemanha. Em 2009, não só o time

foi campeão da Bundesliga como Grafite foi o

artilheiro do campeonato. Resultado: o ex-grosso

disputou a Copa do Mundo da África do Sul.

Jonas, do Grêmio, trilha o mesmo caminho. No

Santos, não conseguiu se firmar como titular.

Despencou para a Lusa. E ressurgiu no Grêmio

fazendo gols aos montes. Golaços de direita, de

esquerda, de fora da área... É incrível que esse

Jonas, artilheiro disparado do Brasileirão, tenha

surgido de dentro daquele outro Jonas mediano.

Futebol tem disso. Um time aparentemente

desgovernado às vezes encaixa e vira um

esquadrão. Um jogador também pode, de

repente, cair num time que parece montado só

para que ele dê certo. E aí o cara desencanta, se

estabelece em outro nível e faz a vida. Depois,

escapa de noite pra agradecer na encruzilhada.

(2)(1)

Page 14: Jornal Placar Edicao 206

Fernandão queima filme no vacilo de DagobertoAtacante tricolor, que não era titular havia um mês, não foi bem em Fortaleza

Artilheiro do time no Brasilei-ro com oito gols, Fernandão, que se recuperou de uma le-são muscular na panturrilha,

ganhou sua primeira chance de atuar por 90 minutos desde a chegada de Paulo Cé-sar Carpegiani, já que Dagoberto se me-dicou por conta própria e foi vetado. Mas o camisa 15 não aproveitou a oportunida-de e dificilmente começará a partida de quinta-feira, contra o Atlético-PR.

Fernandão, que não começava uma par-tida como titular desde 22 de setembro, sentiu o calor do Castelão e não conse-guiu municiar bem Ricardo Oliveira, que ficou isolado — a não ser aos 47min do 1º tempo, quando fez boa assistência para o

centroavante, mas Michel Alves pegou. Fernandão foi acionado 31 vezes, perdeu cinco bolas e finalizou apenas uma vez.

Quatro voltamNo duelo com o Furacão, Carpegiani

não vai contar com Lucas, que recebeu o terceiro amarelo ontem. Mas Jean, Alex Silva e Richarlyson, que cumpriram sus-pensão diante do Ceará, vão estar à dis-posição. Outro que volta à equipe é Da-goberto. Com gripe e dor de cabeça, ele tomou um remédio que poderia acusar doping num eventual exame, e foi corta-do por precaução. Mas, como o medica-mento demora aproximadamente cinco dias para sair pela urina, ele volta.

14são paulo

Atacante deu um

chute e um passe na

derrota para o Ceará

jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Page 15: Jornal Placar Edicao 206

SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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“Ficamos chateados como Carpegiani”, diz Baier O capitão do Atlético-PR, rival na quinta-feira, foi afastado pelo técnico um mês antes de o chefe ir pro Tricolor

Na quinta-feira, às 21 horas, na Arena Barueri, Paulo Cé-sar Carpegiani vai reencon-trar seus ex-comandados do

Atlético-PR, adversário direto do Trico-lor na corrida por uma vaga na Liberta-dores. Capitão do Furacão, o meia Pau-lo Baier garantiu ao Jornal PLACAR que tem a receita para que sua equipe consi-ga os três pontos.

“Temos que competir com o São Pau-lo, que tem grandes jogadores e vive um bom momento, como a gente. Não adian-ta a gente só se defender, pois vamos per-(1

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ADRIANA É EDITORA DA REVISTA MANEQUIM.

ABAIXO OUNIFORME

ESTILO FC

Adriana Marmo

O uniforme é mais um ar tif ício que as

empresas usam para construir sua imagem.

Em algumas profissões, como médicos

e mecânicos, a roupa é uti l i tária e até

um item de segurança. Dá para imaginar

um time em campo sem camisas iguais?

Até casados contra solteiros têm lá seus

códigos de identif icação. Agora, será

que precisa mesmo colocar narradores,

comentaristas e jornal istas esportivos

vestidos com o mesmo modelinho para

apresentar uma par tida de futebol? A ideia

não é original, veio de fora. Há tempos

as emissoras americanas e europeias

adotaram a padronização. É constrangedor

ver aqueles homões vestidos feito gêmeos

ou irmãos ciumentos aper tados nas

cabines comentando os lances da par tida.

Al iás, a gravata laranja que a Globo

escolheu para o Campeonato Brasi leiro

não é boa. A camisa polo vermelha que

os meninos do SporTV usam sob o paletó

azul é de chorar. O mais grave é que,

com isso, perde-se qualquer nuance de

personalidade — afinal, o que a gente

veste também é uma forma de expressão.

Claro que não dá para l iberar geral, t ipo

cada um vai como quer (em televisão,

algumas cores e estampas provocam

problemas na imagem). Mas é para isso

que existem os f igurinistas, não é mesmo?

(2)

der. Nossa vantagem é que a gente joga da mesma forma dentro e fora de Curitiba. Vai ser um grande jogo”, afirma o camisa 10 atleticano, que hoje completa 36 anos.

Paulo Baier vê prós e contras no fato de o treinador são-paulino ter deixado o Atlético há 22 dias. “Logicamente a gente sabe como ele joga e pode tirar proveito, mas ele também conhece nossas caracte-rísticas”, explica Baier.

AfastamentoCarpegiani acertou com o Tricolor no

último dia 3. Um mês antes, tirou Paulo

Baier do jogo com o Avaí com a justifica-tiva de que o meia estava desgastado fisi-camente — houve especulações sobre um desentendimento entre ambos. Baier con-firma a versão de Carpegiani e não nega que a saída do técnico foi ruim. “A gente ficou um pouco chateado, estávamos nu-ma crescente boa com o Paulo, que é um grande treinador e nos ajudou muito, mas cada um tem seu jeito de trabalhar. Agora temos que dar valor ao Sérgio Soares, um cara bacana, esforçado, trabalhador, que está dando muita força”, diz o veterano.Bruno Favoretto

NÃO HOUVE DISCUSSÃO NENHUMA. TIVEMOS UMA CONVERSA FRANCA. O PAULO É UM JOGADOR TARIMBADO.

A GENTE FICOU UM POUCO CHATEADO (PELA SAÍDA DELE), MAS CADA UM TEM SEU JEITO DE TRABALHAR.

Page 16: Jornal Placar Edicao 206

16especial

JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

Quer apostar quanto?

Bwin ................ (Áustria)Soccerway ..... (Alemanha, Áustria e Malta) Bet-at-home ... (Alemanha, Áustria e Malta)Betsson ........... (Malta) Betway ............ (Malta) Digibet ............ (Alemanha) Unibet .............. (Suécia)

A lei brasileira não impede um apostador de se cadastrar num site hospedado em outro país, pois não há legislação específi ca sobre jogos online. Mas advogados explicam que apostas em qualquer competição esportiva são enquadradas como contravenção, segundo o decreto-lei de 1941 que proibiu o jogo de azar no país. “Tal qual o pôquer, pela letra fria da lei, já daria pra enquadrar apostas esportivas como jogo de ‘não azar’. A aposta demanda conhecimento, raciocínio. A loteria exige sorte”, defende João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil.

Pedro Trindade, 26 anos, gosta tanto de apostar que até seu trabalho de conclusão no curso de Direito é sobre isso. Ele começou no pôquer há oito anos. “Eu não era muito bom, aí investi em esportes”, conta o mineiro, que começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo disso. Tem gente que ganha 30 000 euros de uma vez porque coloca grana em dez jogos acumulados. Prefiro apostas simples. Coloco 1 000 euros e

As casas de apostas online estão bastante expostas no mundo da bola. A austríaca Bwin, que estampa a camisa do Real Madrid, também patrocinou Milan e Bayern de Munique e até emprestou o nome ao Campeonato Português. Na barriga de Felipe Melo, da Juventus-ITA, é possível ver a BetClic, que também está com o Lyon e outros 12 clubes lusitanos: Braga, Rio Ave, Paços Ferreira, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, União de Leiria, Acadêmica

O quediz a lei

Sites são fortes patrocinadores do futebol

‘Ganhei 4 000 euros e perdi 3 000 de uma vez’

Onde estão sediados os sites

O mineiro Pedro Trindade vive de apostar

Febre na Europa, os sites de aposta passaram a dar atenção ao Brasil. Cada real ou euro apostado pode se multiplicar — ou evaporar. “Estamos em 22 países, cumprimos a legislação de Malta, onde estamos sediados de forma 100% legal. Jogar é como comprar um livro num site gringo. Não aceitamos apostadores dos EUA, onde é proibido”, diz João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil. A estimativa é que existam 100 mil jogadores por aqui. “Cada um aposta em média 100 reais, três vezes menos que na Europa”, conta. Pra não ter problema com o imposto de renda, o premiado declara o valor como dinheiro de cassino no exterior (a tributação é maior). Por Bruno Favoretto

muitas vezes ganho 4 000”, revela. Quanto ele já perdeu? “É difícil apostar mais que 1 000. Perdi 3 000 euros na final do futebol americano, mas sou bem controlado”, afirma. Pedro acha que não dá certo investir no Atlético-MG, pois envolve sua paixão. “Pra apostar e receber, alguns sites emitem boleto bancário e uma corretora de valores pega o dinheiro e transmite pra conta no país do site. Outros são no estilo PayPal, um banco virtual chamado Neteller”.

de Coimbra, Beira-Mar, Naval, Nacional, Olhanense e Portimonense. O Sportingbet, que recentemente se desvinculou do Portsmounth-ING, apoia Wolverhampton-ING, Steaua Bucareste-ROM e os austríacos Áustria Viena e Magna. Destaque também pra Bet-at-home (Mallorca-ESP), 888.com (Sevilla-ESP, West Bromwich-ING e Middlesbrough-ING), Tote (Hull City-ING), Eurobet (Palermo-ITA) e Unibet (Valencia-ESP).

129%foi o crescimento das apostas na Europa em relação à última década.

Fonte: Comissão de Serviços da União Europeia

U$ 19,5 bié o mercado europeu de apostas em 2010 (o lucro dos sites é de 40%).Fonte: Comissão

de Serviços da

União Europeia

100 milé o número aproximado de apostadores brasileiros (eles jogam 100 reais, em média).Fonte: Betsson

A lei brasileira não impede um apostador de se cadastrar num site hospedado em outro país,

em qualquer competição esportiva são enquadradas como contravenção, segundo o decreto-lei de 1941 que proibiu o jogo de azar no país. “Tal qual o pôquer, pela letra fria da lei, já daria pra enquadrar apostas esportivas como jogo de ‘não azar’. A aposta demanda conhecimento, raciocínio. A loteria exige sorte”, defende João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil.

Sites são fortes patrocinadores do futebol

Pedro Trindade, 26 anos, gosta tanto de apostar que até seu trabalho de conclusão no curso de Direito é sobre isso. Ele começou no pôquer há oito anos. “Eu não era muito bom, aí investi em esportes”, conta o mineiro, que começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo começou apostando quantias pequenas

disso. Tem gente que ganha 30 000 euros de uma vez porque coloca grana

3 000 de uma vez’

O mineiro Pedro Trindade vive de apostar

888.com .......... (Gibraltar)Sportingbet .... (Inglaterra)Bet 365............ (Inglaterra)BetClic ............ (Inglaterra)Ladbrokes ...... (Inglaterra)Tote .................. (Inglaterra)Eurobet ........... (Inglaterra)Betshop........... (Inglaterra e Itália)

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Page 17: Jornal Placar Edicao 206

17SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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Gana teria amolecido contra a seleção

Quando o assunto é manipulação de resultados, até a seleção brasileira está na mira. Em 2008, o jornalista canadense Declan Hill lançou o livro The Fix: Soccer and Organized Crime (A armação: futebol e crime organizado, sem tradução para o português), que questionou o resultado de oito jogos, quatro deles realizados na Copa de 2006. Todos teriam a mão do líder de uma rede de apostas ilegais baseada no sudeste asiático. Nas oitavas de final do Mundial da Alemanha, o Brasil fez 3 x 0 na seleção de Gana, em Dortmund. Apesar da goleada, quem viu o duelo se lembra que a equipe africana foi superior durante boa parte do tempo e desperdiçou várias oportunidades. A sacanagem envolveria pelo menos um atacante ganês. Antes de ser eliminada por Parreira, Gana já havia levado 2 x 0 da Itália: além de abusar de perder gols, o zagueiro Kuffour deu uma “entregada” a 7 minutos do fim. Inglaterra 1 x 0 Equador e Itália 3 x 0 Ucrânia também foram acusados.

Jogo do Brasil na Copa é suspeito

100 milé o número aproximado de apostadores brasileiros (eles jogam 100 reais, em média).Fonte: Betsson

PARA QUEM QUER ARRISCARConheça algumas das várias possibilidades de apostas numa partida de futebol — o vencedor é só um detalhe

Quem será o vencedor

Corinthians x Palmeiras (quanto o Sportingbet pagou por cada real apostado)

anfitrião

R$ 1,95

empate

R$ 3,25

visitante

R$ 3,50

Qual o número de gols do time da casa

(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...

Quem estará ganhando a cada 15 minutos

(de 1min a 15min do 1º tempo,de 16min a 30min...)

Qual o número de gols do visitante

(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)

Que equipe vai marcar gols

(da casa, visitante, ambos ou nenhuma)

Que equipe que vai marcar o primeiro gol

(da casa, visitante ou nenhuma)

Qual o tempo do jogo com mais gols

Qual o momento do primeiro gol

(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)

Qual o momento do último gol

(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)

Qual o último jogador a marcar um gol

Qual o total de escanteios

Qual a primeira equipe a ter um escanteio

Qual a última equipe a ter um escanteio

Qual a primeira equipe a acertar a trave

Qual a última equipe a acertar a trave

Ronaldo vai fazer um gol? Em que tempo?

Ronaldo vai fazer dois gols? Em que tempo?

Ronaldo vai fazer três gols? Em que tempo?

Kléber vai fazer um gol? Em que tempo?

Kléber vai fazer dois gols? Em que tempo?

Kléber vai fazer três gols? Em que tempo?

Elias vai levar cartão amarelo? Em que tempo?

Pierre vai levar cartão amarelo? Em que tempo?

Se o placar terá acima ou abaixo de 1,5 gols*

Se o placar terá acima ou abaixo de 2,5 gols

Se o placar terá acima ou abaixo de 3,5 gols

Se o placar terá acima ou abaixo de 4,5 gols

Qual será o total de gols na partida

Quem será o vencedor do 1º tempo

(time da casa, empate ou visitante)

Quem será o vencedor do 2º tempo

(time da casa, empate ou visitante)

Se o 1º ou o 2º tempo terá mais ou menos de 0,5 gol

Se o 1º ou o 2º tempo terá mais ou menos de 1,5 gol

Qual o total exato de gols no 1º tempo

(e se número par ou número ímpar)

Qual o total exato de gols no 2º tempo

(e se número par ou número ímpar)

Qual o total de gols

(e se número par ou número ímpar)

Qual o total de gols do time da casa no 1º e no 2º tempo

Qual o total de gols do visitante no 1º e no 2º tempo

Qual o placar exato no 1º e no 2º tempo

Qual o placar exato do jogo

Qual o vencedor do 1º tempo

(com possibilidade de palpite duplo)

Que time vai levar o primeiro cartão amarelo

Que time vai levar o segundo cartão amarelo

Que time vai levar o último cartão amarelo

Que time vai levar o primeiro cartão vermelho

Que time vai levar o segundo cartão vermelho

Que time vai levar o último cartão vermelho

Qual o número de gols a cada 15 minutos

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* O NÚMERO FRACIONADO ELIMINA A CHANCE DE ACERTAR “NA CABEÇA”, QUE É OUTRA POSSIBILIDADE DE APOSTA.

Page 18: Jornal Placar Edicao 206

jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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especial18

Impune, Máfia espera juiz em férias

E xatos cinco anos se passaram e o processo criminal da Má-fia do Apito está arquivado desde o ano passado, mas o

governo estadual ainda briga para rece-ber indenização dos envolvidos. As au-dições foram encerradas há dez dias. O resultado sairá assim que o juiz do caso voltar de férias.

Descoberta em outubro de 2005, a Má-fia do Apito foi um esquema que envol-veu árbitros e golpistas de sites de apos-tas — os resultados eram acertados com o juiz e a quadrilha lucrava. Gravações mostraram que Edilson Pereira de Car-valho tentou vender os 25 jogos que api-tou no ano. Onze deles foram remarcados no Brasileiro daquele ano por decisão de Luiz Zveiter, presidente do STJD.

Edilson, ao lado dos empresários Nagib Fayad e Vanderlei Polol, cumpriu prisão temporária de cinco dias. Paulo José Da-nelon, que fez o mesmo na série B, foi ba-nido do quadro da CBF, assim como Edil-son. A reportagem não conseguiu localizar o ex-árbitro, que vive em Jundiaí com a es-posa e trabalha com um amigo num bar.

Em agosto de 2009, os desembargado-res Francisco Menin e Christiano Kuntz votaram pelo trancamento do processo, entendendo que os fatos apurados não traduziam crime de estelionato.

A decisão encerrou a investigação na área criminal. Mas, em 2006, o Ministé-rio Público paulista entrou com ação in-denizatória de 34 milhões de reais con-tra os envolvidos (árbitros, empresários, FPF e CBF) por danos materiais e morais causados aos torcedores (segundo o Esta-tuto do Torcedor). O valor seria recolhi-do para projetos assistenciais. “Como de-fesa, as entidades exploram a questão da não profissionalização dos árbitros e da ausência de vínculo empregatício, termos do artigo 88, da Lei 9.615-98”, diz Carlos Miguel Aidar, advogado da FPF. Se o es-cândalo acontecesse hoje, os envolvidos pegariam de dois a seis anos de reclusão, já que a lei 12.299 foi alterada em quatro artigos em 27 de julho de 2010.Bruno Favoretto

Processo criminal do escândalo da arbitragem foi arquivado, mas daria cadeia se fosse hoje; estado cobra FPF e CBF

Zveiter mandou voltar 11 jogos na série A e nenhum na série BPaulo José Danelon se apresentou à PF em 2005 e não foi preso

Timão de Roger e Tevez

jogou contra São Paulo e

Santos de novo, passou

o Inter e foi campeão

Edilson foi absolvido de estelionato, mas pode pagar por danos morais e materiais

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seGUNDa-feira, 25 De oUtUbro De 2010 | jornal pl acar

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confirma sua predileção em perder

pênaltis

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Neymar falha e Peixe toma virada

O Santos recebeu o agonizante Prudente e perdeu de virada (3 x 2). A equipe praiana teve duas alterações em relação à derrota

para o São Paulo: o lateral-esquerdo Léo, recuperado de uma lesão na cervical, vol-tou na vaga de Alex Sandro, enquanto o atacante Keirrison entrou no lugar do la-teral Pará, que estava suspenso. Com isso, o volante Danilo foi deslocado pra ala e o Peixe foi a campo com três atacantes: Neymar, Zé Eduardo e Keirrison.

Aos 13min, Zé Love foi lançado e, li-vre, bateu, Giovanni rebateu e Keirrison completou pra fora. Aos 16min, João Vi-tor caminhou com a bola, girou e chutou fraco pra defesa de Rafael. Três minutos depois, o trio de avantes santistas foi às redes: de volta depois de nove rodadas, Keirrison aproveitou cruzamento de Da-nilo e abriu a contagem.

Aos 21min, momento de tensão. Edu Dracena e Flávio se chocaram e o beque prudentino ficou estático no chão, mas não foi nada grave.

O Santos era superior e, aos 36min, al-cançou o segundo tento. Em cobrança de falta, Neymar, que vestiu a camisa 70 em homenagem aos 70 anos de Pelé, arris-cou, Zé Eduardo escorou e Durval, sem goleiro, completou para o gol.

Virada maluca O Prudente voltou ao combate no 2º

tempo com duas alterações: saíram Adria-no Pimenta e William para as entradas de Rhayner e Gilmar. Deu resultado: Wesley recebeu de João Vitor e deslocou o golei-ro Rafael: 2 x 1. Danilo falhou feio, Rhay-ner aproveitou, invadiu a área e foi der-rubado por Edu Dracena: Gilmar cobrou firme o pênalti no canto esquerdo — Ra-fael caiu para o direito. O empate obrigou Marcelo Martelotte a fazer duas mudan-ças: Keirrison deu lugar a Madson e Alan Patrick, a Alex Sandro.

Mas foi a Abelha que bicou o Peixe. João Vitor lançou Rhayner, que passou pra Wesley completar: 3 x 2. O time do in-terior perdeu Leonardo e Flávio expul-sos — o último fez pênalti em Zé Love. Neymar bateu pra fora. Zé ainda perdeu chance frontal aos 48min.

Santos vencia por 2 x 0 atéo intervalo, mas Prudente enlouquece na etapa finale faz três dentro da Vila

24/10/2010 – Vila Belmiro (Santos, SP)

j: Marcelo Aparecido de Souza (SP)

r: R$ 275 895 p: 11 075

ca: Danilo, Edu Dracena, Keirrison, Anderson,

Giovanni, Wesley e João Vitor

cV: Leonardo e Flávio Boaventura

Santos: Rafael; Danilo, Durval, Edu Dracena e Léo;

Roberto Brum (Marquinhos 24/2º), Arouca e Alan

Patrick (Alex Sandro 14/2º); Neymar, Zé Eduardo e

Keirrison (Madson 13/2º). T: Marcelo Martelotte.

prudente: Giovanni; Roberto, Flávio Boaventura,

Leonardo e Claydson; Anderson, Sasha, João Vitor e

Adriano Pimenta (Rhayner int.); William (Gilmar int.)

e Wesley (Anderson Bill 32/2º). T: Fábio Giuntini.

os gols

19 do 1º

1 x 0 Danilo cruza na cabeça de Keirrison, que completa.36 do 1º

2 x 0 Neymar cruza, Zé Eduardo apara e Durval faz.1 do 2º

2 x 1 Wesley recebe de João Vitor e desloca Rafael.9 do 2º

2 x 2 Danilo falha, Dracena faz pênalti e Gilmar anota.16 do 2º

2 x 3 Rhayner cruza pra Wesley empurrar.

opinião do jogo

m rhaynerEntrou no intervalo na vaga de Adriano Pimenta, sofreu o pênalti de Dracena no segundo gol e serviu Wesley no terceiro.

k KeirrisonDepois de nove rodadas, voltou ao time e marcou um gol, mas perdeu um no começo. Foi substituído.

q neymarO garoto vestiu a camisa 70 pra homenagear Pelé, mas, além de não liderar a equipe, perdeu o pênalti que traria o empate.

19santos

VOcê só paga r$ 0,31 pOr MensageM recebida.

SanToS no celularenvie a mensagem:

GOLPEIXE para 22745 NOTPEIXE para 22745t t

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Ele era o mais miudinho do time, mas logo desandou a fazer gols e ficou famoso em Bauru, onde ganhava uns trocados dos fãs

arquivoTemas inesquecíveis retratados em quatro décadas de PLACAR

Os primeirospassos do Rei

Em 1953, aos 13 anos de idade, Pelé debutou no futebol pe-la equipe juvenil do extinto Bau-

ru Atlético Clube, o Baqui-nho. Lá, durante dois anos, jogou com outros meninos talentosos que sonhavam em atuar pela seleção. Mas o futuro Rei, que era o des-taque do time, achava aqui-lo exagero puro, conforme mostrou a revista PLACAR de 23 de outubro de 1990.

Aquele BAC, que foi montado após uma peneira gigante que envolvia rapazes de

8 a 16 anos, era de fato muito bom. Apli-cou 21 x 0 no São Paulo (sete gols do miú-

do Edson Arantes). A equi-pe disputou 33 partidas em 1954 e marcou impressio-nantes 148 gols.

A cidade então passou a vislumbrar o filho do seu Dondinho como o suces-sor do húngaro Puskas, o maior jogador da época. O talento também rendeu a Pelé fama na cidade inte-riorana: “Eu era reconheci-

do em qualquer rua da cidade e todos me davam dinheiro para ajudar em casa”, re-

latou o Rei. Pelé só se separava da bola em duas oca-

siões: quando a grana em sua casa encurta-va (engraxava sapatos para contribuir com a renda familiar) ou quando havia missa aos domingos, da qual sua família não o libera-va. Por isso, ele odiava quando o Baquinho jogava aos domingos.

Mas o Rei dava um jeito de se vingar: “Eu ia espalhando a fumaça do incenso na cara das pessoas”, confidenciou à reportagem.

Em 1956, com a equipe desfeita, seu trei-nador, Waldemar de Brito, o levou para o Santos, clube no qual escreveria com dri-bles, gols e títulos a biografia mais gloriosa do futebol mundial.

Sábado Pelé comemorou 70 anos (apesar de constar o dia 21 de outubro na certidão de nascimento). Seu reinado começou aos 13

Clube agora é supermercadokA antiga sede do Bauru Atlético

Clube foi vendida em 2006 para a rede de supermercados Tauste, de Marí-lia, cidade “rival” dos bauruenses. O cam-po foi demolido para dar lugar a uma loja. Uma das antigas casas na qual a família de Pelé morou também não teve um des-tino dos mais nobres: o imóvel está dete-riorado e é usado como abrigo por mora-dores de rua e usuários de drogas.

O jovem Kaká despontou na final do Rio-São Paulo de 2001

EM OUTUBRO DE 1990...

No dia 3, depois de mais de quatro décadas de separação, Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental se reunificavam. O Muro de Berlim caiu.

No dia 13, terminava a Guerra Civil do Líbano, que começou em 1975 e que foi um dos conflitos mais sangrentos da história do Oriente Médio.

O “berço” do futebol do Rei virou supermercado

Casa onde Pelé morou em Bauru está abandonada

Do Bauru Atlético Clube só restou a fachada

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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

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21SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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Os novos Pelés

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É batata: sempre que surge algum garoto muito habilidoso, imprensa e vários torcedores passam a tratá-lo como “o novo Pelé”. Alguns sequer se firmaram em seus clubes. Outros construíram uma carreira sólida, mas não chegaram a ameaçar a majestade do Rei Edson. O Jornal PLACAR relembra alguns deles: quatro ainda podem lutar pela coroa.

Freddy AduGanense naturalizado americano, o cara era apontado como novo Pelé já aos 14 anos. Em 2007, foi para o Benfica, mas ainda não justificou a comparação e já foi emprestado para vários clubes. Atualmente está no Aris FC, da Grécia.

Washington Além do toque refinado, o atacante também era parecido fisicamente com o Rei. A comparação surgiu nos tempos de Guarani, mas o atleta, que faleceu neste ano, ficou marcado por preferir a seleção olímpica à principal em 1972.

NeymarGraças às atuações que encheram os olhos da torcida e ajudaram o Peixe a levar o Paulista e a Copa do Brasil, o jornal italiano Gazzeta dello Sport escreveu que o menino da Vila era o novo Pelé. Mas ainda faltam três Copas em seu currículo.

Dener Prodigioso na arte de driblar, o moleque brilhou na Portuguesa, no Grêmio e no Vasco, cuja torcida o chamava de “mistura de Garrincha com Pelé”. Prometia ser um grande craque, mas morreu num acidente de carro aos 23 anos (1994).

RobinhoSempre que surge um negro franzino, driblador e habilidoso no Peixe, há uma grande tentação em compará-lo a Edson Arantes do Nascimento. Ainda mais se esse jogador fizer do Corinthians uma fiel vítima na decisão de um título inédito.

Ronaldinho GaúchoHabilidoso e acrobático, o Dentuço já foi tido como o sucessor do Rei desde os tempos de Grêmio. Em seu auge no Barcelona, a coroa quase lhe foi dada — mas desde 2006 o irmão de Assis mescla lampejos da genialidade com improdutividade.

Abedi PeléMaior boleiro da história de Gana, o pai de Dede Ayew construiu uma sólida carreira na França, sobretudo no Lille e no Olympique de Marselha, além do Torino-ITA. Também foi eleito o melhor jogador africano por três anos seguidos.

Almir PernambuquinhoO atacante ganhou o apelido de “Pelé Branco” por causa de sua atuação na partida contra o Milan — que deu o título mundial ao Santos, em 1963. Genial e genioso, Almir também é tido como um dos primeiros bad boys do futebol brasileiro. Morreu numa briga de bar.

ValdoArmador de bons passes e bons chutes lançado pelo Grêmio, Valdo foi chamado às pressas para a seleção na Copa de 1986, onde impressionou Zico. Fez sucesso no Benfica e no PSG-FRA. Voltou ao Brasil com 34 anos e jogou até os 40.

Edu Bons jogos em 1966 levaram Jonas Eduardo Américo, ponta-esquerda do Santos, à Copa da Inglaterra com apenas 16 anos. A convocação tão jovem fez germinar a ideia de que o rapaz era o sucessor do Rei. Edu jogou no Peixe por dez anos com muita regularidade.

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Realização Patrocínio

© Foto gentilmente cedida por Araquém Alcântara, conselheiro do Movimento Planeta Sustentável

www.facebook.com/viagemdoconhecimento

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Comunidade: Viagem do Conhecimento

Viajar é conhecer, e conhecer é viajarHá três anos, a VIAGEM DO CONHECIMENTO reúne estudantes, professores e suas famílias em todo o Brasil para explorar o universo da viagem e do turismo como experiência essencial da educação. Na edição 2010, 6.920 escolas públicas e particulares estão participando da maior olimpíada de conhecimentos histórico-geográ� cos do país. Conheça, divulgue, participe: www.viagemdoconhecimento.com.br

Ameaçada de extinção, a arara-azul-de-lear

vive no sertão da Caatinga principalmente

em Canudos (BA).

Page 23: Jornal Placar Edicao 206

ITÁLIA

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23SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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Rodada a rodada, a Lazio ten-ta calar aqueles que acham que o time não vai ter gás para se manter por muito tempo

na ponta do Campeonato Italiano. O clu-be dos brasileiros Hernanes, André Dias e Matuzalém aplicou 2 x 1 no Cagliari, no es-tádio Olímpico de Roma. O resultado man-tém os biancocelesti na liderança do cal-cio, com 19 pontos. Quem pode encostar é o Milan, que hoje entra em campo em Ná-poles diante da ex-equipe de Maradona.

Atuando em casa, a Lazio tentou sufo-car o time do sul da bota. O primeiro gol saiu aos 21min de jogo. Hernanes cobrou falta na barreira, pegou o rebote e fina-lizou de novo, a bola ficou com Stefano Mauri e sobrou para Sergio Floccari, que castigou da entrada da área e mandou pa-ra o fundo da rede. O ex-camisa 10 do São Paulo quase ampliou aos 38min, quan-do fez boa jogada no bico da área, mas foi desarmado.

Na etapa final, os três boleiros que construíram o primeiro gol aumentaram a vantagem romana. Aos 7min, Flocca-ri cruzou rasteiro na pequena área, Her-nanes errou o chute e a bola sobrou para Mauri, que marcou de barriga. Matri di-minuiu aos 15min.

Roma ajuda lanternaNo Ennio Tardini, em Parma, o time da

casa, que é último na tabela, ficou no 0 x 0 com a brasileiríssima Roma, que está em 14º lugar, apenas um ponto fora da zona de rebaixamento. Quarto colocado, o Chievo fez 2 x 1 no Cesena. A Juventus de Felipe Melo empatou com o Bologna (0 x 0).

Lazio de Hernanes é líder isolada

Hernanes tem sido fundamental para a Lazio

Ex-tricolor participa dos dois gols romanos sobre o Cagliari

MUNDão

GIAN É EDITOR DE ESPORTES DO PORTAL IG.

O BRASIL É ALI

BOLA NA BOTA

Por Gian Oddi

Faz algum tempo, o futebol italiano era exemplo

de organização e sucesso para outros países.

Nas últimas semanas, além de não conseguir

coibir a ação de vândalos sérvios que

impossibilitaram a disputa de um jogo entre Itália

e Sérvia pelas Eliminatórias da Eurocopa, o país

assistiu à agressão de torcedores organizados

do Napoli, armados com tacos de beisebol e

facas, contra simpatizantes do Liverpool que

foram à Itália para ver um jogo da Liga Europa.

Há tempos as autoridades italianas vêm tentando

inibir as ações dos tais “organizados”. Leis

como a que permite a prisão de torcedores em

flagrante ou mesmo a apreensão da carteira

do torcedor, o que facilita a identificação

dos criminosos, foram aprovadas com muita

dificuldade, tamanha a força dos grupos

organizados conhecidos como Ultràs. “O

problema da Itália são as torcidas organizadas.

São elas que mandam no nosso futebol”, chegou

a dizer o técnico Fabio Capello pouco antes de

deixar o país para comandar a seleção inglesa.

Não à toa, portanto, o futebol italiano,

antes invejado por todo o planeta, passou

o contar com média de público inferior à de

Alemanha, Inglaterra e Espanha, as outras

três grandes praças do futebol europeu. Se

no Brasil tínhamos a Itália como modelo,

hoje os italianos têm a mesma sensação em

relação a seus vizinhos europeus. Se eles

conseguirem resolver seu problema, voltarão

a ser o melhor exemplo para o Brasil. Porque,

hoje, Itália e Brasil não são muito diferentes.

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INGLATERRA

Bendtner comemora o terceiro gol do Arsenal

Arsenal atropela City e é 2ºkEm Manchester, o

City bem que tentou apertar o Arsenal pra en-costar no líder Chelsea, mas o zagueiro Boyata foi expul-so aos 4min e os Gunners se aproveitaram. Nasri, Song e Bendtner marcaram na vi-tória por 3 x 0 sobre os Citi-zens, resultado que deixou a equipe de Arsene Wenger na vice-liderança por cau-sa do saldo de gols — tem a mesma pontuação dos dois clubes de Manchester. O United fez 2 x 1 no Stoke com gols de Hernández.

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HOLANDA

Ola Toivoneni celebra o quarto dos dez gols no clássico

PSV aplica 10 no rival

kO Feyenoord sofreu ontem a maior gole-

ada da sua história: 10 x 0 para o PSV Eindhoven, no clássico holandês. O des-taque da partida foi o bra-sileiro Jonathan, de 21

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anos, que marcou três gols.Com a goleada, o PSV man-tém a liderança do campe-onato, com 24 pontos. O Feyenoord é o antepenúlti-mo colocado, com 8 pontos e saldo negativo de 10 gols.

Page 24: Jornal Placar Edicao 206

24JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

ESPECIAL

The names of the gameA origem da palavra “futebol”, que vem do inglês football, não tem nada a ver com chutar uma bola. Veja algumas explicações para os termos usados no esporte mais popular do mundo

Futebol vem do inglês foot (pé) + ball (bola). “Bola no pé”, “pé na bola” ou, pra ser mais pomposo, “espor-te que se pratica movimentando a

bola com os pés”, certo? Segundo etimologis-tas e pesquisadores do esporte, errado.

O termo football, em sua origem, refe-re-se a qualquer atividade lúdica com bola que se pratique a pé — e não sobre cavalos, como vários esportes praticados pela aris-tocracia europeia ao longo dos séculos. Por muito tempo, o rúgbi e seus similares tam-bém foram chamados de football — o fute-bol americano, basicamente jogado com as mãos, é football até hoje.

Pra diminuir a confusão, o rúgbi deixou de se chamar futebol e virou rúgbi em ho-menagem à Rugby School, escola fundada em 1567 na Inglaterra e que é considerada o berço desse esporte.

Foram os ingleses das classes mais altas que apelidaram o futebol de soccer (como é chamado até hoje nos Estados Unidos). Os adolescentes de lá, como quaisquer outros, gostavam de criar apelidos pra tudo, em ge-ral colocando “er” no final das palavras. Cha-mavam rúgbi de rugger, por exemplo. Pe-garam a palavra association (de Association Football, nome completo do futebol, oficiali-zado em 1863) e criaram assoccer, que logo virou soccer. Com a popularização do espor-te entre as classes mais baixas, o nome foot-ball atropelou o soccer dos mauricinhos.

A partir de 1881, o nome do jogo era foot-ball e ponto final — pelo menos, na Inglater-ra. Ao desembarcar em países de língua in-glesa, como Estados Unidos, Canadá, Austrá-lia e África do Sul, outros esportes (parentes do rúgbi) já eram chamados pela massa de football. O jeito foi apelar para soccer. Alguns países africanos e o Japão também foram por aí: sokker e sakka, respectivamente.

A maior parte dos países de língua não-inglesa adaptou a palavra football ao seu idioma (como nós) ou criou uma nova, jun-tando “pé” ou “chute” com “bola” — balom-pié em espanhol, podósfairo em grego, sepak bola em indonésio… No Brasil, tentaram emplacar “balípodo” e as portuguesas “lu-dopédio” e “pedibola”. (1

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Felipão leu e releuA Arte da Guerra em 2002

Futebol roubou palavras e expressões da guerra kNo livro A Dança dos Deuses — Fute-

bol, Sociedade, Cultura, o historiador Hilário Franco Júnior afirma que o futebol é uma guerra simbólica. A linguagem usa-da por praticantes e seguidores indica esse caráter bélico. Exemplos: “matar a jogada”, “artilheiro” (goleador, mas também solda-do da artilharia que lida com canhões, mor-teiros e outros lançadores de projéteis) e ca-pitão (o líder oficial do time). Existem ou-tros — como “zaga” (defesa, mas também o conjunto de militares na retaguarda de uma tropa, e “bomba” (chute forte).

Hilário lembra que muitos jogadores são chamados de “guerreiros” e que os jogos são

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tratados como “duelos”. O cântico da torci-da do Arsenal, da Inglaterra, chama o time de “exército vermelho e branco”. Em 2005, o Barça de Ronaldinho Gaúcho foi chama-do de “alegre máquina de guerra”.

O autor cita a revista PLACAR de feverei-ro de 2006, quando Parreira afirmou que “Copa é guerra”, e a edição de 15 de abril de 1988, quando o treinador Rubens Minelli declarou: “Sou fascinado pelas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Os conceitos (...) do marechal alemão Rommel, a Raposa do Deserto, encaixam-se no futebol”. No Mun-dial de 2002, Felipão adotou o manual A Arte da Guerra, escrito no século 4 a.C.

Dicionário quase etimológico futebolês-português*

caneco – título; os

troféus costumavam

ter o formato de uma

taça de metal (como a

Jules Rimet, de ouro,

que o Brasil ganhou

na Copa de 70), e o

espírito gozador do

brasileiro transformou

“taça” em “caneco”

caneta – passar a bola entre as pernas (jocosamente, “canetas”) do adversário

e recuperá-la logo à frente

carrinho – quando um jogador vem na corrida e tenta alcançar a bola (ou a

perna do adversário), procurando deslizar na grama com as pernas esticadas (na

posição em que as crianças ficam em seus carrinhos de brinquedo)

catar (ou caçar) borboleta – quando o goleiro salta para agarrar ou cortar

a bola e não a alcança (surgiu da comparação com a falta de elegância de alguém

agitando os braços durante uma caça às borboletas, que mudam o rumo de seu

voo com agilidade)

chuveirinho – tentativa de chegar ao gol com o levantamento da bola na

direção da área adversária, fazendo “chover” bolas para o cabeceio dos atacantes

drible da vaca – quando o jogador lança a bola por um lado do adversário,

corre pelo outro lado e a recupera à frente; uma teoria para a origem do nome

remete aos tempos em que o futebol era jogado em fazendas, entre bois e vacas

pastando pelo campo de jogo

firula – enfeitar a jogada demonstrando habilidade no domínio de bola, em geral

sem objetividade; o termo, imagina-se, vem do galego ferolete (pequena flor) ou

do inglês firulete (adorno rebuscado e também um passo de tango)

gandula – responsável por buscar as bolas que saem do campo; homenagem

ao atacante argentino Bernardo Gandulla, que em 1939 foi contratado pelo Vasco

da Gama e não servia para muita coisa além de gentilmente buscar a bola para os

companheiros e adversários

gol olímpico – gol marcado em cobrança de escanteio sem que a bola toque em

ninguém antes de entrar. Há duas versões para o surgimento da expressão: uma

diz que o termo foi usado no amistoso Argentina 2 x 1 Uruguai em 2 de outubro de

1924 — o argentino Cesáreo Onzari marcou o estranho gol e seus compatriotas

criaram a expressão pra zoar os uruguaios, então campeões olímpicos; outra

versão diz que foi o Vasco da Gama quem criou a expressão em março de 1928

ao vencer o time uruguaio Montevideo Wanderers com um gol de escanteio

pedalada – passar alternadamente os pés ao redor da bola, formando uma

espécie de “8” na horizontal, lembrando o movimento de um ciclista pedalando

ou mesmo o formato de uma bicicleta

pegar na veia – acertar a bola com força, especialmente com o peito do pé,

por onde passa a artéria pediosa

peixinho – atirar-se de cabeça em direção a uma bola rente ao chão, com os

braços e pernas estendidos para trás, numa posição que lembra a de um peixe

debaixo d’água

pelada – jogo de várzea, de rua ou rachão quase sem regras e formalidades;

o termo pode ter nascido do fato de seus praticantes jogarem descalços ou do

fato de os campos não terem grama

volante – jogador que protege a defesa e inicia as jogadas de ataque (na

origem, “volante” é aquilo que não tem localização fixa, que se move ou se

desloca com facilidade)

chaleira – quando o jogador trança

as pernas e acerta a bola com o pé

de trás; também é a jogada em que

se dribla o adversário com um leve

toque com a parte de fora do pé,

levantando a bola o suficiente para

tirá-la do alcance do marcador.

Diz-se que foi criada por Charles

Miller, introdutor do futebol no

Brasil, e por isso era chamada de

Charles. “Chaleira” teria vindo da

semelhança entre as duas palavras

*Fontes: Dicionário Futebolês Português (Luiz César Saraiva Feijó, ed. Francisco

Alves, 2006); Novo Dicionário de Futebol (Carlos Alberto de Lima, 2006) e Cabeça

de Bagre (Ari Riboldi, ed. AGE, 2008)

http://tinyurl.com/25dxrwa

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25 SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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ROONEY:

O FIM DA CRISE

PACIENTE INGLÊSJames ScavonePublicitário e praticantedo legítimo humor britânico

Aqui na Inglaterra nada é mais importante no

momento que a contenda entre sir Alex Ferguson

e Wayne Rooney. Nem mesmo os cortes no

orçamento do governo conseguem competir

com o atacante de Manchester. David Cameron,

o novo primeiro-ministro, agradece a distração

em tempos de cortes e depressão pós-crise.

Rooney choraminga e ameaça fugir de casa. Seu

paizão e treinador até agora tinha ficado quieto

ouvindo as queixas públicas do pupilo. Mas a

situação foi se agravando e pai e filho resolvem

lavar o uniforme sujo através da imprensa.

Rooney diz que “o Manchester United não é

mais sombra do que já foi e que não aspira mais

títulos” e Ferguson rebate revelando as traições

do ex-queridinho. Opa, calma lá, caro leitor.

O cavaleiro da Rainha não abre a agenda

telefônica do baixinho inglês, e sim as tramoias

de seu empresário. Rooney estaria sendo

sondado por Manchester City (seguindo Carlos

Tevez), Real Madrid (seguindo Cristiano Ronaldo)

e pelo Chelsea (seguindo o rico dinheiro russo).

No final, o filho mimado assina com o United

por mais cinco anos. Garante a bolada de 250

mil libras semanais e a promessa de novas

estrelas para brincar com ele em Old Trafford.

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∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-james/

Humor britânico e paixão brasileira juntos.

Blog do James

Page 26: Jornal Placar Edicao 206
Page 27: Jornal Placar Edicao 206

segunda-feira, 25 de outuBro de 2010 | jornal pl acar

pelo brasil27

Obina rouba cena e tira ponta do CruzeiroGols do artilheiro fizeram Galo abrir três gols de vantagem; reação da Raposa assustou

N um estádio lotado de cruzeiren-ses, Obina marcou três gols e foi o nome do clássico mineiro en-tre o Cruzeiro, que não perdia

havia seis jogos e saiu da liderança. O Atléti-co-MG deixou a zona de rebaixamento.

Aos 4min, Obina chutou forte de fora da área e Fábio defendeu. Mas na jogada se-guinte, Leandro cruzou e Obina, de cabeça,

a estrela de obina brilhou: três gols no

clássico mineiro

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Fla empata clássico contra o Vasco

Inter segura Grêmio no OlímpicokMesmo ficando du-

as vezes à frente no marcador, o Grêmio não fez valer o fator casa e em-patou em 2 x 2 o clássico contra o Inter mesmo jo-gando no Olímpico.

O resultado impediu o Tricolor de chegar à zona da Libertadores — conti-nua atrás do Botafogo e do Atlético-PR na briga pela quarta vaga no torneio continental. Colorado, com 48 pontos, segue com um a mais do que o rival.

O tricolor gaúcho fez um 1º tempo mais consistente do que o rival e terminou a etapa em vantagem graças a André Lima, que desviou cruzamento de Douglas.

A segunda etapa foi mais movimentada: Alecsandro empatou de pênalti, de-pois de uma “defesa” de Fábio Rochenback como a do uruguaio Suárez na Copa. Fábio Santos repôs o Grêmio em vantagem, mas D’Alessandro decre-tou a igualdade.

kO Clássico dos Milhões terminou em 1 x 1, no Engenhão. Foi o 15º

empate dos cruzmaltinos. O clube e o Bo-tafogo são os que mais empatam no Brasi-leirão. Já o Fla segue há seis rodadas sem perder, porém na 13ª posição com 38 pon-tos, quatro a menos do que o Vasco.

O 1º tempo foi bastante aberto, e o Vas-co teve mais sorte ao abrir o marcador com o zagueiro Cesinha, aos 26min, após infelicidade da zaga flamenguista.

O Mengo chegou ao gol de empate com Renato Abreu, desviando cruzamento, aos 35min do segundo tempo.

venceu o duelo com Fábio e abriu o placar.Montilo quase empatou aos 10: tabelou

dentro da área do Atlético duas vezes com Henrique e bateu rente à trave esquerda.

Aos 24min, a bola passou por todos na área cruzeirense e Obina ampliou batendo cruzado. Com 27min, a melhor chance do Cruzeiro no primeiro tempo. Werley derru-bou Edcarlos na área. Na cobrança de pê-

nalti, Montillo ajeitou a bola, deu uma cava-dinha no meio e mandou por cima do gol.

Num contra-ataque do Atlético, Serginho bateu cruzado e Obina, de carrinho e divi-dindo com Edcarlos, empurrou para o gol. O Cruzeiro diminuiu com um golaço. Thia-go Ribeiro foi até a linha de fundo e cruzou para trás. Da entrada da área e wm seu pri-meiro toque na bola, Gilberto acertou de

primeira no ângulo de Renan Ribeiro. Com 20min, Rever subiu mais que a zaga

do Cruzeiro e testou para baixo para fazer o quarto. Cuca tirou Marquinhos Paraná e co-locou Roger, que deu novo gás para a Rapo-sa. Após boa defesa de Renan aos 31 min, Thiago Ribeiro cabeceou no rebote e dimi-nuiu. Dois minutos depois, Ribeiro chutou cruzado na área e fez o terceiro. Mas foi só.

GRENAL RIO

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André Lima festeja o 1º gol do clássico

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Washington fez um gol para o lado errado no Paraná

QUE FALTA FAZ UM CADERNO

2014 ÉLOGO AQUI

Jonas OliveiraEditor da revista PLACAR.

Há cerca de dois meses estive em um

seminário sobre transporte para a Copa de

2014. O secretário-adjunto dos Transportes

Metropolitanos de São Paulo, João Paulo de

Jesus Lopes (que também é diretor de futebol

do São Paulo Futebol Clube), garantiu em sua

palestra que o Expresso Aeroporto era das

obras prioritárias de São Paulo para o Mundial.

Trata-se de um trem que ligaria a estação da Luz,

no centro de São Paulo, ao aeroporto de Guarulhos.

O trajeto de 28 quilômetros seria percorrido sem

paradas, em 15 minutos. João Paulo garantiu que o

projeto seria tocado, independentemente de o trem

de alta velocidade que ligaria Campinas ao Rio de

Janeiro, passando por Guarulhos, sair do papel.

Nesta semana, o governo paulista anunciou

que desistiu do projeto. O motivo: falta de

interesse da iniciativa privada. Como não

haveria demanda suficiente pelo serviço, não

houve empresas interessadas na licitação.

O que é um grande pena. O enorme crescimento

no número de passageiros de avião no Brasil

não foi acompanhado de uma melhoria no

acesso aos aeroportos, que é caro e demorado.

Em alguns lugares, gasta-se mais tempo e

dinheiro com táxi que com o próprio voo.

Enquanto o orçamento dos estádios vai

ficando cada vez maior, devido às exigências

da Fifa, as obras de infraestrutura — que são

as que realmente servirão de legado — aos

poucos vão sendo redimensionadas. Nessas

horas, não seria nada mal um caderno

de encargos de mobilidade urbana.

Furacão embola a liderança2 x 2 na Arena da Baixada faz com que o Tricolor empate com o Cruzeiro na liderança e fique só um ponto na frente do Corinthians

O Fluminense continua sem vencer no Brasileiro. Ontem, ao empatar com o Atlético-PR em 2 x 2, completou a quinta

partida sem vitória e viu o Corinthians encostar na tabela.

O jogo começou com grande pressão do Fluminense. Aos 11, Rodriguinho ca-beceou com grande perigo por cima do gol. Mas aos poucos o Atlético foi encon-trando o futebol pelo meio, pressionando no final do primeiro tempo. Aos 40min, Paulinho acertou cobrança de falta per-to do travessão, e o goleiro Ricardo Ber-

na espantou para escanteio.Dois minutos depois, Guerrón fica

cara a cara com o goleiro e a bola pas-sa raspando a trave direita. A resposta do Fluminense veio na bola parada, com Washington chutando forte e Neto fa-zendo grande defesa.

No começo do segundo tempo, Paulo Baier cruzou na área e Washington mar-cou um gol contra contra de cabeça. Pou-co depois, Diguinho derrubou Guerrón na área. Até a zaga do Fluminense ficou parada, mas o juiz não marcou o pênalti.

Aos 24, num sem pulo de primeira fora

da área, Marquinhos acertou o cantinho esquerdo de Neto e empata. O meia po-deria ter virado o jogo aos 33. Em bom lançamento, ficou livre pela esquerda da área, mas mandou longe do gol. No ata-que seguinte, Washington driblou dois marcadores e Neto fez grande defesa.

Num contra-ataque dos paranaenses, Wagner Diniz fez a jogada pela direita, cruzou e, no rebote da zaga, bateu para marcar o segundo gol. Aos 40, Tartá foi derrubado por Ivan González na área e dessa vez o juiz marcou o pênalti. Conca bateu de bico no meio e empatou o jogo.

Pereira, do Coxa: time está na briga

Trinca afina disputa pela série BkA série B entra em semana decisiva

a sete rodadas do final. O líder Cori-tiba tem 60 pontos. Vinha de goleada por 5 x 1 no Vila Nova, empatou sem gols no clássico contra o Paraná sábado e viu a dis-tância para o Figueirense, segundo coloca-do, diminuir para 5 pontos.

O time de Santa Catarina poderia ter encostado, mas perdeu para o Icasa por 3 x 1 fora. Bom para o Bahia, que goleou o ASA em casa por 5 x 1 e está empa-tado com o Figueira, com 55 pontos. Na próxima rodada, o Coritiba enfrenta o São Caetano no sábado, o Bahia visita o Paraná na sexta e o Figueirense pega o

Sport também no sábado.A Portuguesa, em sexto, tomou a virada

em casa por 2 x 1 para o América-RN, que está na zona da degola, e agora tem que vencer o ASA sábado que vem, em Arapira-ca, para continuar sonhando com o acesso. Outro paulista que deu vexame foi a Ponte Preta. Perdeu fora para o Santo André, pe-núltimo colocado, e vai com tudo pra cima do Vila Nova na amanhã, em Campinas.

Na degola, América-RN e Ipatinga fa-zem o duelo dos desesperados, mas quem vencer não deixa a zona de rebaixamento. O Santo André joga com o América-MG e o Brasiliense enfrenta o Icasa.

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∑ placar.abril.com.br/blogs/jonas-oliveira/

2014: a preparação do Brasil para sediar a Copa.

Blog do Jonas

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pelo brasil28

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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

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SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR

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Fluminense 54 31 15 9 7 51 33 18Cruzeiro 54 31 15 9 7 43 32 11Corinthians 53 31 15 8 8 53 38 15Santos 48 31 14 6 11 53 42 11Internacional 48 31 14 6 11 37 33 4 Botafogo 48 31 11 15 5 43 32 11Atlético-PR 47 31 13 8 10 35 38 -3 Grêmio 47 31 12 11 8 52 39 13São Paulo 44 31 12 8 11 43 45 -2 Palmeiras 44 31 10 14 7 36 31 5 Ceará 42 31 10 12 9 27 30 -3 Vasco 42 31 9 15 7 35 33 2 Flamengo 38 31 8 14 9 34 33 1 Atlético-GO 35 31 10 5 16 42 47 -5 Guarani 35 31 8 11 12 31 44 -13Atlético-MG 34 31 10 4 17 41 54 -13 Vitória 34 31 8 10 13 34 41 -7Goiás 31 31 8 7 16 34 50 -16Avaí 30 31 7 9 15 39 49 -10Prudente* 24 31 5 9 16 31 50 -19

AGENDA

FUTSAL - A ESPN Brasil transmite AABB X Garça, pelo Paulista de futsal

TÊNIS DE MESA - Assista à final masculina de duplas do Aberto da Coreia, pelo Circuito Mundial de Tênis de Mesa, às 16h, na ESPN.

FUTEBOL AMERICANO - Acompanhe Dallas Cowboys x New York Giants, pela ESPN, às 22h.

NBA - Miami Heat e Orlando Magic, de Ryan Anderson (foto), duelam às 22h. Na ESPN.

HANDEBOL - A ESPN transmite, às 18h40, Blumenau x Concórdia, pela Liga Nacional de Handebol feminino.

BRASILEIRÃO - Às 18h30, o Palmeiras enfrenta o ameaçado Goiás na Arena Barueri. O PFC transmite.

CAMPEONATO INGLÊS - Tentando afastar a crise, o Liverpool visita o Bolton. A ESPN Brasil transmitirá o duelo, às 14h.

Amanhã

Hoje

Quarta

Quinta

Domingo

Sexta

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Fundador: VICTOR CIVITA (1907-1990)

Editor: Roberto Civita Presidente Executivo:Jairo Mendes LealConselho Editorial:

Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo

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CLUBE P J V E D GP GC SG

SÉRIE B

Série A Rebaixamento

Coritiba 60 31 18 6 7 55 37 18Figueirense 55 31 16 7 8 55 31 24Bahia 55 31 16 7 8 54 36 18América-MG 52 31 16 4 11 47 37 10Sport 50 31 14 8 9 48 33 15Portuguesa 46 31 14 4 13 55 45 10Duque de Caxias 45 31 14 3 14 39 43 -4Ponte Preta 45 31 12 9 10 43 37 6ASA 44 31 14 2 15 46 47 -1Paraná Clube 43 31 12 7 12 42 38 4São Caetano 41 31 11 8 12 42 46 -4Icasa 40 31 11 7 13 43 43 0Bragantino 40 31 9 13 9 37 30 7Guaratinguetá 40 31 9 13 9 39 43 -4Vila Nova-GO 38 31 11 5 15 40 52 -12Náutico 38 31 11 5 15 33 53 -20Ipatinga-MG 33 31 9 6 16 39 51 -12Santo André 32 31 8 8 15 42 50 -8América-RN 32 31 8 8 15 30 56 -26Brasiliense-DF 31 31 7 10 14 30 51 -21

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SÉRIE A

Libertadores Rebaixamento

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Sul-Americana

DATA JOGO

23/10 Botafogo 1 x 0 Vitória Guarani 0 x 1 Atlético-GOOntem Corinthians 1 x 0 Palmeiras Ceará 2 x 0 São Paulo Atlético-PR 2 x 2 Fluminense Goiás 1 x 0 Avaí Santos 2 x 3 Prudente Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG Grêmio 2 x 2 Inter Vasco 1 x 1 Flamengo

30ª RODADA

DATA HORA JOGO

27/10 22h00 Flamengo x Corinthians28/10 21h00 São Paulo x Atlético-PR 21h00 Fluminense x Grêmio 21h00 Atlético-GO x Ceará30/10 16h00 Inter x Santos 16h00 Vitória x Vasco 18h30 Palmeiras x Goiás 18h30 Prudente x Cruzeiro 18h30 Atlético-MG x Botafogo 18h30 Avaí x Guarani

31ª RODADA

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JONAS

Grêmio

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WASHINGTON

Fluminense

BRUNO CÉSAR

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ELIAS

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KLÉBER

Palmeiras

* Prudente perdeu três pontos por escalar jogador irregular

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IMAGEM DA SEMANA

RESSUCITADO Miguel Garcia, do Salamanca, desmaia depois de sofrer uma parada cardíaca em jogo da segunda divisão da Espanha. Reanimado por paramédicos, o jogador passa bem.

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NEYMAR

Santos

OBINA

Atl-MG

Page 30: Jornal Placar Edicao 206

especial30

Sem ver, jornalista sente o jogoDe olhos vendados, o repórter Pedro Henrique Araújo “viu” Corinthians x Ceará pela 27ª rodada do Brasileirão

O Corinthians en-trou em cam-po atacando pa-ra o lado das ar-

quibancadas. Meião branco, calção preto e camisa bran-ca, o uniforme clássico. Do lado de lá, o guerreiro Cea-rá, que marca ainda no pri-meiro tempo com Marcelo Nicácio num contra-ataque agressivo. Até aí, nada além de uma partida de futebol comum como em qualquer estádio do mundo.

A diferença foram as cir-cunstâncias da reportagem. Ao lado de Marcos Fidalgo, brilhante jornalista e (acre-dite, isso é um detalhe irre-levante) deficiente visual, fui ao estádio do Pacaem-bu para ver o Timão jogar. Marcos, inveterado corin-tiano, faz isso com frequên-cia. Ao lado de seu pai, Pe-dro Fidalgo, entramos na arquibancada laranja. E lá fechei meus olhos pelas próximas duas horas.

Uma venda apertada so-bre os olhos, um fone com a narração nos ouvidos e eu estava pronto para uma ex-periência única em minha vida: acompanhar uma par-tida de futebol sem o auxí-lio da visão, sentido que jul-

gava vital nessa e em outras tantas situações.

O pai de Marcos foi um dos meus “olhos”. Com pa-ciência, ia narrando os lan-ces de perigo em tempo real. A torcida tornou-se outro termômetro: é com os gritos de “aqui tem um bando de louco” que me sinto no estádio. E tinha o rádio, fiel escudeiro dos ce-gos, apesar da quantidade exagerada de propagandas e digressões dos locutores. Ao lado de Marcos, quem narrava o jogo para ele era seu amigo Jorge Piccolli.

A partida, apesar do emo-cionante empate em 2 x 2, foi o menos importante. O resultado poderia ter sido qualquer um que a experi-ência já teria valido a pena.

Ao sair do estádio, de ben-gala, em direção ao estacio-namento, percebi outras di-ficuldades, alheias ao mun-do ludopédico. Quando tirei a venda dos olhos, valorizei coisas que passavam ba-tidas. Independentemente da visão, o estádio é sempre um bom lugar para emo-ções. Em todos os sentidos.

A aventura completa está na revista PLACAR de no-vembro, já nas bancas.

Seu Pedro narra os principais lances para nosso repórter “perdidão” Com ajuda do pai, Marcos encara os obstáculos pra “ver” o Timão

Marcos, corintiano

e deficiente visual, vibra

tanto quanto qualquer

torcedor; o repórter de

PLACAR, com venda nos olhos para

ver como é a sensação,

demora a entrar no clima

jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não preciso ver um jogoNão preciso da imagem, mas da ima-

ginação. Para mim, um gol só é gola-ço quando bem narrado, uma vitória só é gloriosa se bem contada. As narrações podem vir de um fone, do pai, do amigo ou dos jornais. E vale para todos esta vi-são, cegos ou não. Mais que jogado e visto, o futebol é um esporte escrito, contado de pai para filho, recitado em mesas de bar. Foi assim que se soube do gol de Pelé na Javari, um gol que poucos viram, mas to-dos o viram, por que leram, ouviram. São esses escritos, esses ditos que o eternizam. Futebol e cegueira, ambos são ficção.

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Page 31: Jornal Placar Edicao 206

segunda-feira, 25 de outuBro de 2010 | jornal pl acar

A prova de ontem da etapa masculina da Copa do Mundo de maratona aquática foi cancelada ontem, um dia depois da morte do campeão da modalidade no Pan de 2007, o americano Francis crippen. Há suspeita de que a temperatura da água, de 33 graus, tenha contribuído para a tragédia. A prova de domingo foi cancelada. No lado das mulheres, a brasileira Ana Marcela faturou o título mundial.

A Espanha quebrou os 163 jogos de invencibilidade do Brasil no futsal com um vitória por 2 x 1 na final do Grand Prix, em Anápolis. Os espanhóis haviam perdido a final da Copa do Mundo, em 2008.

O número 2 do mundo, roger Federer, conquistou o Torneio de Estocolmo ontem, ao derrotar o alemão Florian Mayer por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3). A bielo-russa Victoria Azarenka levou o Torneio de Moscou.

O paranaense Gregolry panizo, 25, levou ontem o bicampeonato da Volta Ciclística de São Paulo. A competição percorreu 1 069 quilômetros por 55 cidades. Quem faturou a etapa de São Paulo foi Antônio Nascimento.

Ao derrotar a judoca eslovena Ana Velensek, a brasileira Mayra aguiar, 19, conquistou Mundial Sub-20, no Marrocos. Foi o primeiro ouro de Mayra, bronze em 2006 e duas vezes prata, em 2008 e 2009.

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mais esportes1531

Alonso vence GP maluco e pode ser campeão em InterlagosChuva quase transformou pista da Coreia do Sul em rio; Massa completou pódio em terceiro

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Alonso assumiu a liderança do campeonato na reta final e pode ser campeão no Brasil pela terceira vez

Numa prova cuja pista quase foi t r a n s f o r m a -da num rio pe-

la chuva torrencial que cas-tigou o circuito de Yeon-gan (Coreia do Sul), o piloto da Ferrari Fernando Alon-so assumiu a liderança do campeonato faltando duas corridas para o fim da tem-porada. Hamilton e Massa completaram o pódio.

A chuva atrasou em 10 minutos a largada, que só aconteceu com o safety car na pista. Porém, após três voltas, devido à pouca ade-rência do asfalto e o conse-

quente risco de aquaplana-gem (derrapagem), a pro-va foi suspensa por quase uma hora.

A segunda largada tam-bém aconteceu com o carro de segurança, que ficou na pista por mais de 14 voltas. Quando ele abandonou o circuito, a sorte começou a sorrir para o espanhol: seu principal concorrente ao tí-tulo, Mark Webber, da Red Bull, errou, bateu no muro, foi atingido por Rosberg e abandonou a prova. O aci-dente trouxe o safety car à corrida por mais três voltas.

Menos de dez giros de-

pois, na 31ª volta, o carro de segurança voltaria ao cir-cuito, dessa vez por causa de um acidente envolven-do Sebastien Buemi e Timo Glock. Enquanto o safe-ty car estava na pista, Alon-so sofreu seu único contra-tempo na prova: quando efetuou sua parada, os me-cânicos ferraristas atrasa-ram a troca de pneus, per-mitindo que Hamilton, ter-ceiro colocado, lhe roubasse o segundo lugar.

Na relargada, contudo, Hamilton vacilou e Alonso recuperou a vice-lideran-ça. Na 46ª volta, o alemão

Sebastian Vettel, que lide-rava a corrida, foi obrigado a abandoná-la — seu motor explodiu. Com a ponta em seu colo, Alonso simples-mente administrou a pri-meira colocação, terminan-do a prova no final da tar-de, quando a visibilidade já era horrível. Schumacher chegou em quarto e Barri-chello, em sétimo.

Se Alonso vencer o GP do Brasil (onde conquistou os títulos de 2005 e 2006) e Webber não chegar entre os quatro primeiros, o espa-nhol será campeão com um GP de antecedência.

mundial de pilotos PILOTO PAÍS EquIPE PTS1 FErNANdO AlONSO ESP FErrArI 231

2 MArk WEBBEr AUS rEd BUll 220

3 lEWIS HAMIlTON ING MClArEN 210

4 SEBASTIAN VETTEl AlE rEd BUll 206

5 JENSON BUTTON ING MClArEN 189

6 FElipE Massa Bra FErrari 1437 rOBErT kUBICA POl rENAUlT 124

8 NICO rOSBErG AlE MErCEdES 122

9 MICHAEl SCHUMACHEr AlE MErCEdES 66

10 ruBEns BarrichEllo Bra WilliaMs 4711 AdrIAN SUTIl AlE FOrCE INdIA 47

12 kAMUI kOBAyASHI JAP SAUBEr 31

13 VITANTONIO lIUzz ITA FOrCE INdIA 21

14 VITAly PETrOV rUS rENAUlT 19

15 NICO HUlkENBErG AlE WIllIAMS 18

16 SEBASTIEN BUEMI SUI TOrO rOSSO 8

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antalógicas32JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010

SINCERAMENTE, MUITOS JOGADORES DO NOSSO TIME FICAVAM ACORDADOS ATÉ ÀS 5H, 6H. MUITOS VIERAM AQUI A PASSEIO. O PESSOAL DO MANCHESTER UNITED, ENTÃO, LÁ NO RIO, FICAVA SÓ NA PISCINA.

Roberto Carlos, sobre o título mundial que o Corinthians ganhou em 2000 (quando ele era do Real Madrid), em entrevista à ESPN na semana passada.

O MEU CLUBE ESTAVA À BEIRA DO PRECIPÍCIO, MAS TOMOU A DECISÃO

CORRETA: DEU UM PASSO À FRENTE.João Pinto, ex-Benfica e seleção portuguesa.

Essa frase, dita em 1992, é um dos maiores clássicos do besteirol futebolístico.

PÔ, SEU JUIZ, JURO QUE O GOL FOI LEGÍVEL. LEGÍVEL!Luciano, da Portuguesa Santista, inconformado com o bandeirinha que anulou um gol “legítimo”.

COMO VOCÊ SABE, O SANTINHA VEM AÍ NUMA EMBALAGEM BÁRBARA.Henágio, ídolo do Santa Cruz, sobre o embalo do time no Campeonato Brasileiro de 1984.

ESTOU FELIZ POR FINALMENTE JOGAR EM UM TIME GRANDE NO BRASIL.Nilmar, quando saiu do Inter e veio para o Corinthians, em 2005. Imagine se ele não queimou o filme com os colorados...

CALMA, GENTE, TEM UM CARA ME ENCOXANDO AÍ! ASSIM NÃO DÁ.Ronaldo, após o 0 x 0com o Guarani, olhandopara o repórter LuizCarlos Quartarollo, da rádio Jovem Pan.

Frases infelizes e engraçadas que eles disseram... e continuam dizendo

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