JOSEF KOULDELKA

The Prague Photographer

Escola Panamericana de Arte

Fotografia

Luiz Gonçalves

“Eu somente fotografo coisas com que me identifico, e eu nunca fiz algo que não quiz fazer. Eu não faço editoriais ou publicidade. Não, minha liberdade é algo que não deixo escapar com facilidade.”

“I photograph only something that has to do with me, and I never did anything that I did not want to do. I do not do editorial and I never do advertising. No, my freedom is something I do not give away easily.”

Josef Koudelka (2007)Leica M6 + Summicron 35

nasceu em Biskovice, na Tchecoslováquia em 10 de janeiro de 1938.

estudou engenharia aeronáutica.

1961-1967: fotografou ciganos da Tchecoslováquia e fez fotografias de teatro enquanto ganhava a vida como engenheiro aeronáutico.

1967: decide finalmente a se dedicar exclusivamente à fotografia.

1968: fotografa a ocupação de Praga pelo Exército Soviético.

1970: deixa a Tchecoslováquia.

1971: membro da agência inglesa Magnum.

Hoje vive entre Paris e Praga.

Born in Biskovice (Czechoslovakia), January 10, 1938.

Studies aeronautical engineering.

1961-1967: photographs the gypsies of Czechoslovakia and makes theaterphotographs while earning a living as an aeronautical engineer.

1967: decides to devote himself exclusively to photography.

1968: reportage on the occupation of Prague by the Soviet army.

1970: leaves Czechoslovakia.

1971: member of Magnum.

Lives in Paris and in Prague.

“Tenho de fotografar três rolos de filme por dia, mesmo quando não estou ´fotografando´ , para manter meu olho em prática.”

“I have to shoot three cassettes of film a day, even when not 'photographing', in order to keep the eye in practice. ” 

In 1969, a year after Russian tanks rolled into Prague, Josef Koudelka visited London with a Czech theatre group. One Sunday morning he was walking out of his hotel near the Aldwych Theatre when he saw some members of the theatre group perusing a copy of the Sunday Times magazine. As he passed, he saw to his surprise that they were looking at his own extraordinary photographs of that Russian invasion and the spontaneous street protests it provoked.

Em 1969, um ano após as esteiras dos tanques russos rolarem em Praga, Josef Kouldelka visitou Londres com um grupo de teatro Tcheco. Em uma manhã de domingo ele estava saindo de seu hotel, quando notou alguns membros de seu grupo de teatro folheando as páginas da revista Sunday Times. Para sua surpresa eles estavam olhando para fotografias por ele feitas, da invasão do exército Russo e dos espontâneos protestos por ela causados.

As mesmas fotografias que desde então se tornaram registros visuais definitivos de um evento marcante da história do séc. XX.

The same photos have since become the definitive pictorial record of a pivotal event in 20th century history.

'They showed me the magazine where it said that these pictures had been taken by an unknown photographer from Prague and smuggled out of the country,' he says, shaking his head as if he still cannot believe it. 'I could not tell anyone that they were my photographs. It was a very strange feeling. From that moment, I was afraid to go back to Czechoslovakia because I knew that if they wanted to find out who the unknown photographer was, they could do it.‘

“Eles me mostraram a revista onde dizia que aquelas fotografias foram feitas por um fotógrafo anônimo de Praga e contrabandeadas para fora do país.” Ele disse, balançando a cabeça como se não estivesse acreditando. “Eu não podia dizer a ninguém que as fotografias eram minhas. Era um sentimento muito estranho. Daquele momento em diante eu tive medo de voltar a Tchecoslováquia porque eu sabia que se eles quizessem descobrir quem era este fotógrafo anônimo, eles descobririam.”

Before he returned to Prague, Koudelka began making preparations to leave again, this time for good. He began by contacting the Magnum photographic agency, which had placed his work in the Sunday Times, attributing the images to PP (Prague Photographer) lest he and his family should suffer reprisals. Magnum subsequently wrote a letter to the Czech Ministry of Culture saying they had given him a grant to photograph Gypsies across Europe. It worked. In 1970, when his visa ran out, Koudelka did not return home. Suddenly stateless, he too became a kind of Gypsy, constantly on the move, forsaking the very notion of a homeland.

Antes de retornar à Praga, Kouldelka começou a se preparar para deixar novamente, mas desta vez, de uma vez por todas. Ele contatou a agência de fotografia Magnum, que havia publicado seu trabalho na revista Sunday Times, atribuindo suas imagens a um certo PP (Prague Photographer) para evitar represálias contra ele e sua família.

A agência Magnum escreveu uma carta ao Ministro da Cultura Tcheco, oferecendo uma bolsa a Kouldelka para fotografar os ciganos pela Europa. Funcionou. E quando seu visto venceu, ele não retornou. De repente sem pátria, ele se tornou um tipo de cigano, sempre em mudança, abandonando a noção de terra natal.

JOSEF KOULDELKA

The Prague Photographer

What matter most to me (...) is to take photographs; to continue taking them and not to repeat myself. To go further, to go as far as I can.´

Referências

Textos, imagens e frases do fotógrafo; assim como para mais informação, visite os seguintes links:

Site da Magnum Photos

http://www.magnumphotos.com/Archive/C.aspx?VP=XSpecific_MAG.PhotographerDetail_VPage&pid=2K7O3R135R3G&nm=Josef%20Koudelka

Site do fotógrafo Marcelo Carrera

http://marcelocarrera.wordpress.com/2010/07/18/josef-koudelka-o-cabuloso-2/

E outros links:

http://ok.ya1.ru/kreatiff/59689-photoworks-josef-kouldelka.html

http://jmsuarez.es/fotografia/galeria/josef-kouldeka/

Execução de Luiz Gonçalves para o Curso de Fotografia da Escola Panamericana de Arte - 2011