js alcochete - rua joão facco viana

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Texto de Opinião por Diogo Mourão

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Texto de Opinião por Diogo Mourão

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Page 1: JS Alcochete - Rua João Facco Viana

Desabafo de quem viveAlcochete

A verdade é que passou mais de 1 ano dainauguração do novo passeio ribeirinho na nossavila, denominado “Passeio do Tejo” e um dosgrandes problemas, dos que causa maistranstorno aos Alcochetanos mantêm-se. Faloobviamente do corte da Rua João FaccoViana.Desde que me lembro e já vivo aqui emAlcochete há alguns anos, sempre me habituei apuder passar da Rua João Facco Vianadiretamente para o Largo da Misericórdia, algoque desde há 2 anos é impossível de fazer (umano de obras e um ano de acesso cortado).

A CMA decidiu, vá-se lá saber porquê erecorrendo a que estudos, que cortar os 20metros que vão da Rua João Facco Viana até aoLargo da Misericórdia seria benéfico para otrânsito da vila, para os comerciantes epescadores da vila. Decisão tomada, decisãoerrada. Passado 1 ano, muitos protestos, umabaixo-assinado com mais de 500 assinaturasentre elas assinaturas de comerciantes,pescadores, antigos comandantes dos BombeirosVoluntários de Alcochete, etc. , a CMA contínuaimpávida e serena sem atuar. A única obrarealizada (dando um pouco o braço a torcer que oque ficou feito, ficou mal feito) foi a recenteremodelação que retirou as rampas que muitodificultavam a mobil idade dos veículos quandoefetuavam a curva para a Rua Sra. de Sant’Ana.

Para além do corte deste troço, este obra naFrente Ribeirinha retirou entre 30 a 40 lugares de

estacionamento na Rua do Norte, deixando assimsem qualquer alternativa aos moradores,comerciantes e visitantes que efetuar umestacionamento abusivo, seja na zona delimitadacom os pilaretes, seja fora dos lugares deestacionamento onde “apertadinho ainda cabemais um carro”. Esta questão está a ser tratadade maneira desfavorável aos moradores deAlcochete, uma vez que durante a semana sãopassadas multas mas aos fins-de-semana quandoa vila enche de forasteiros a GNR faz vista grossaa todas as infrações, eu percebo, dá má imagemà vila, é mau uma famíl ia vir a Alcochete passeare almoçar e levar para casa uma multa, mas esteproblema deveria ser repensado uma vez quequem paga os impostos no município é quem cámora e não quem vem a Alcochete aos fins-de-semana. Também há variadíssimas coisas quedão má imagem à vila e que a CMA não seapressa a tentar resolver (rede viária, l impezasnos espaços públicos, arranjo dos espaçosverdes, etc.) mas disso falarei noutra altura.Passo agora às perguntas e respetivas respostas:

- Quem mais sofreu com este corte?

R: Os comerciantes (principalmente localizadosna Rua João Facco Viana e na Rua Sra. deSant’Ana), os pescadores (2 lugares junto dopontão não chegam, e o mais engraçado, que nãotem piada nenhuma e chega até a roçar o ridículoé que os lugares destinados aos pescadoresestão numa zona que não se pode voltar para tráspara os levar até ao pontão, sem incorrer numainfração). Este corte provoca transtorno edespesas, como? Observemos as duas figurasabaixo:

Figura 1 . Rua João Facco Viana sem acessodireto ao Largo da Misericórdia

Figura 2. Rua João Facco Viana com acessodireto ao Largo da Misericórdia

Texto de Opinião

por Diogo Mourão

Page 2: JS Alcochete - Rua João Facco Viana

Factualmente e é isso que realmente interessa éque um corte de 20 metros faz com que se tenhade dar quase uma volta completa pelo núcleomais antigo da Vila, são 1 200 metros até chegar àentrada da ponte do cais ao invés de 68 se a RuaJoão Facco Viana não tivesse sido cortada.Comodisse anteriormente o que me interessa são factose é inegável que a Frente Ribeirinha aos fins-de-semana principalmente se enche de gente, mas éexatamente nesses dias de enchente que sesente mais que a Vila não está preparada parareceber tanta gente, ao que uns chamamestratégia eu chamo falta de planeamento eteimosia. É visível que toda a Rua D. Manuel I egrande parte da Rua Barão de Samora Correia seenche de carros em situação de sistema abusivo,dificultando assim a mobil idade e um bom fluxo dotrânsito.Afinal de contas 1 200 metros para quemuti l izava estes 20 metros diariamente faz muitadiferença ao fim de cada ano.

- Porque é que a CMA mantêm a decisão demanter este troço fechado?

R: Não há razão aparente, as coisas continuamporque o executivo é teimoso e quer levar as suasdecisões até ao fim. Os comerciantes, moradorese pescadores já foram ouvidos e não existiramrespostas plausíveis. Infel izmente continuam acolocar os interesses pessoais à frente dapopulação, mas uma coisa é verdade: A últimaremodelação efetuada indica que a situação docorte da Rua João Facco Viana estava malcontada porque menos de 1 ano após ainauguração da obra e já estarem a fazer obrasde remodelação é estranho. De notar que é típicodo executivo existir um certo secretismo emrelação aos pontos mais sensíveis e dos quais apopulação de Alcochete pode estar maisdescontente, tentando sempre atirar areia para osolhos daqueles que têm do seu lado a razão.

- Os inexistentes prós e os numerososcontras: Quem é beneficiado com o corte daRua João Facco Viana?

R: O único beneficiado aparente do corte da RuaJoão Facco Viana parece ser o proprietário doRestaurante “Solar do Peixe” mas aqui surgeoutra questão: Este restaurante já não existiaantes do corte da rua e com serviço deesplanada? A resposta é simples e afirmativa. Aesplanada deste restaurante situava-se do outrolado da estrada junto ao Pelourinho e segundo seinunca houve qualquer problema. Proponho quese faça uma rampa elevada (já que está na modano Concelho) de maneira a que os peões tenhamprioridade sobre os carros e de maneira aorestaurante manter o seu bom funcionamento,assim poderia juntar-se o úti l ao agradável epoupar comerciantes a quebras no negócio,pescadores a despesas desnecessárias e aotranstorno dos moradores que sempre virampassar 1 5 carros por dia na sua rua e agora vêm30 ou 40 e atenção estamos a falar do NúcleoAntigo da Vila, uma zona já desgastada e frágilque devia ser resguardada e protegida e nãosobrecarregada.

Concluindo, acredito ainda ser possível dar a voltaa esta situação mas terão de ser as duas partes alutar pelo mesmo, principalmente aqueles quemandam, ou melhor, são eleitos para mandar. Asensibi l idade e a opinião da população devem serdois aspetos que um executivo camarário nuncapode descurar uma vez que prejudicar aquelesque vivem, gostam e são fi lhos do Concelho écomo dar uma facada na vivacidade, noempreendorismo…é no fundo dar uma facadanesta l inda Vila à beira Tejo, que quem nos visitafica fascinado mas quem cá vive todos os dias jáse começa a fartar devido aos enormesproblemas que a CMA teima em não resolver ounem sequer se esforçar para resolver.

Figura 3. Remodelação na Rua João FaccoViana. Configuração após as obras na FrenteRibeirinha.

Figura 4. Algumas das consequências do excessode trafego devido ao corte da Rua João FaccoViana