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Juventude no Brasil: o perfil do jovem no século 21 Gerações Y E Z Esta atividade apresenta-se como roteiro a partir do qual os estudantes poderão ter conhecimento sistematizado sobre diferentes gerações de jovens, divergências e convergência de comportamentos e valores entre elas, a fim de que se situem nesse universo. O que se propõe é a análise de textos produzidos por diferentes autores a fim de que, a partir de diferentes olhares, cada aluno possa tirar as próprias conclusões acerca das gerações X, Y e Z. Vídeo para motivação: http://blogmidia8.com/2012/10/sim-o-comportamento-da-geracao-y-pode- mudar-tudo.html TEXTO I JOVEM Pesquisa indica perfil do jovem brasileiro Publicado em 14/6/2011 por: José Gabriel Navarro Nada do ímpeto revolucionário de outrora. Pesquisa da Box1824 divulgada nesta segunda-feira, 13, e antecipada na edição impressa de Meio & Mensagem que circula na mesma data aponta que “90% dos jovens concordam que a transformação da sociedade acontece aos poucos” e “92% concordam que a soma das pequenas ações do dia-a-dia pode mudar a sociedade, e resultar em macro-transformações”. Intitulado “Sonho Brasileiro”, o estudo é o primeiro conduzido pela consultoria que foi fundada há oito anos e especializada na faixa etária que lhe dá nome (gente com idade entre 18 e 24 anos) que foca especificamente o comportamento voltado para as questões nacionais, não de consumo. A Box1824 chama seus mais de mil entrevistados da fase qualitativa de “transformadores”. A empresa afirma que essas pessoas representam 8% da faixa etária analisada, e que elas estão pensando sobre o País e o futuro da nação; têm uma consciência coletiva mais apurada e já estão atuando em projetos voltados à comunidade; são otimistas, por já enxergarem os resultados das próprias ações; e são disseminadores de questões coletivas. 62% dos participantes da pesquisa acreditam que os governantes são os responsáveis por mudanças na sociedade a maior parte desses jovens está no Norte e no Centro-Oeste, onde o índice de crença nos políticos é de 70%; a menor parte está no Nordeste (59%). A quantidade de pessoas que atribuem o papel de mudança às escolas e universidades gira em torno de 35%, enquanto os que veem a mídia como forma de transformar o mundo são 29% entre os que têm ensino superior, esse índice é de 41%, contra 24% dos que completaram apenas o Ensino Fundamental. Além disso, 70% dos jovens afirmaram ter vontade de participar de projetos comunitários (ou de participar de mais algum, nos casos dos que já participam). Destes, a maioria (31%) tem interesse por projetos voltados para cultura e arte, seguidos de 29% interessados em programas pró-meio ambiente e 26% que querem contribuir na área da educação. A fase qualitativa contou com gente das classes A, B e C, de 18 a 24 anos, das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. Depois, o Datafolha fez a fase quantitativa, com 1.784 entrevistas, com jovens das classes A, B, C, D e E, em 173 cidades de 23 estados.

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Juventude no Brasil: o perfil do jovem no século 21 Gerações Y E Z

Esta atividade apresenta-se como roteiro a partir do qual os estudantes poderão ter conhecimento sistematizado sobre diferentes gerações de jovens, divergências e convergência de comportamentos e valores entre elas, a fim de que se situem nesse universo. O que se propõe é a análise de textos produzidos por diferentes autores a fim de que, a partir de diferentes olhares, cada aluno possa tirar as próprias conclusões acerca das gerações X, Y e Z.

Vídeo para motivação: http://blogmidia8.com/2012/10/sim-o-comportamento-da-geracao-y-pode-

mudar-tudo.html

TEXTO I JOVEM Pesquisa indica perfil do jovem brasileiro Publicado em 14/6/2011 por: José Gabriel Navarro

Nada do ímpeto revolucionário de outrora. Pesquisa da Box1824 divulgada nesta segunda-feira, 13, e antecipada na edição impressa de Meio & Mensagem que circula na mesma data aponta que “90% dos jovens concordam que a transformação da sociedade acontece aos poucos” e “92% concordam que a soma das pequenas ações do dia-a-dia pode mudar a sociedade, e resultar em macro-transformações”. Intitulado “Sonho Brasileiro”, o estudo é o primeiro conduzido pela consultoria — que foi fundada há oito anos e especializada na faixa etária que lhe dá nome (gente com idade entre 18 e 24 anos) — que foca especificamente o comportamento voltado para as questões nacionais, não de consumo.

A Box1824 chama seus mais de mil entrevistados da fase qualitativa de “transformadores”. A empresa afirma que essas pessoas representam 8% da faixa etária analisada, e que elas estão pensando sobre o País e o futuro da nação; têm uma consciência coletiva mais apurada e já estão atuando em projetos voltados à comunidade; são otimistas, por já enxergarem os resultados das próprias ações; e são disseminadores de questões coletivas.

62% dos participantes da pesquisa acreditam que os governantes são os responsáveis por mudanças na sociedade — a maior parte desses jovens está no Norte e no Centro-Oeste, onde o índice de crença nos políticos é de 70%; a menor parte está no Nordeste (59%).

A quantidade de pessoas que atribuem o papel de mudança às escolas e universidades gira em torno de 35%, enquanto os que veem a mídia como forma de transformar o mundo são 29% — entre os que têm ensino superior, esse índice é de 41%, contra 24% dos que completaram apenas o Ensino Fundamental.

Além disso, 70% dos jovens afirmaram ter vontade de participar de projetos comunitários (ou de participar de mais algum, nos casos dos que já participam). Destes, a maioria (31%) tem interesse por projetos voltados para cultura e arte, seguidos de 29% interessados em programas pró-meio ambiente e 26% que querem contribuir na área da educação.

A fase qualitativa contou com gente das classes A, B e C, de 18 a 24 anos, das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. Depois, o Datafolha fez a fase quantitativa, com 1.784 entrevistas, com jovens das classes A, B, C, D e E, em 173 cidades de 23 estados.

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Segundo o jornal Zero Hora, 14-06-2011, o estudo da Box1824, empresa de pesquisa especializada no mapeamento de tendências de comportamento, em parceria com o instituto Datafolha, mostra que 55% dos entrevistados têm como maior sonho individual a formação profissional e emprego. Depois, aparecem casa própria (15%), ficar rico ou ter estabilidade financeira (9%), a família (6%) e compra de bens como carro, moto e eletrodomésticos (3%). Para o sociólogo Gabriel Milanez, pesquisador da Box1824 envolvido no estudo, o resultado não significa que a nova geração rejeita ficar rica ou ter o carro do ano.

– O fim não é só ficar rico e consumir. É ser alguma coisa mais do que ter. Ao mesmo tempo, o jovem não nega que deseja estabilidade e retorno financeiro. Não significa que não quer posses, mas quer ir além – diz Milanez.

Se nos anos 60 e 70 a juventude tinha sonhos grandiosos, a geração atual deseja o que está mais à mão. Tal comportamento deriva em muito da percepção de que os planos dos pais de mudar o mundo, calcados em revoluções, não deram certo.

– A nova geração é mais pragmática. A característica deles é que apostem em sonhos possíveis – explica Milanez.

Essa condição aparece na escala de sonhos construída nas entrevistas. A primeira pergunta do questionário era “Qual o seu maior sonho?”. “Ser feliz” aparece em sétimo lugar, com 2%, depois de ter um carro, moto ou eletrodoméstico (3%) e de viajar (2%).

– Ser feliz é uma coisa muito etérea. Os sonhos da nova geração são vivenciáveis e podem ser o caminho para outros sonhos – diz o sociólogo.

O estudo mostra ainda que 89% dos entrevistados têm orgulho de ser brasileiros. Ao mesmo tempo, a maioria não tem preferência partidária e concorda ser possível mudar a política a partir de ações do dia a dia.

http://amaivos.uol.com.br/amaivos2015/?pg=exibeNoticia&cod_canal=31&cod_noticia=18258 Acesso em 16 mar.2015.

1ª questão

A- Releia o primeiro período do texto – “Nada do ímpeto revolucionário de outrora.” – e considere o verbete a seguir para avaliar se a alteração a que se refere o autor é positiva ou negativa.

revolução

[Do lat. tard. revolutione.] Substantivo feminino.

1.Ato ou efeito de revolver(-se) ou revolucionar(-se). 2.Rebelião armada; revolta, conflagração, sublevação. 3.Transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social. 4.P. ext. Qualquer transformação violenta da forma de um governo. 5.Transformação radical dos conceitos artísticos ou científicos dominantes numa determinada época: revolução literária; revolução tecnológica. 6.Volta, rotação, giro. 7.Fig. Perturbação, agitação. 8.Rotação em torno de um eixo imóvel. 9.Transformação natural da superfície do globo.

10.Astr. Movimento de um astro em redor de outro.

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B- Explique se a participação dos jovens em movimentos como o “Vem pra rua”, confirma ou refuta o traço que se apresenta para a juventude contemporânea.

Fragmento para 2ª e 3ª questões

“‘90% dos jovens concordam que a transformação da sociedade acontece aos poucos’ e ‘92% concordam que a soma das pequenas ações do dia-a-dia pode mudar a sociedade, e resultar em macro-transformações’”.

2ª questão Considere o fragmento para avaliar se os jovens são coerentes em suas crenças. 3ª questão Exemplifique uma situação protagonizada por jovens que justifique o fato de mais de 90% deles acreditarem que a transformação da sociedade acontece aos poucos’ e a soma das pequenas ações do dia-a-dia pode resultar em macro-transformações. 4ª questão Avalie a pertinência (ou não) da Box1824 chamar seus mais de mil entrevistados da fase qualitativa de ‘transformadores’. Fragmento para 5ª e 6ª questões

“A empresa afirma que essas pessoas representam 8% da faixa etária analisada, e que elas estão pensando sobre o País e o futuro da nação; têm uma consciência coletiva mais apurada

e já estão atuando em projetos voltados à comunidade; são otimistas, por já enxergarem os

resultados das próprias ações; e são disseminadores de questões coletivas.”

5ª questão Indique o número aproximado de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos no ano em que a pesquisa em estudo foi realizada. 6ª questão Explique se a palavra “já” produz o mesmo efeito em suas duas ocorrências no excerto. 7ª questão Releia:

“62% dos participantes da pesquisa acreditam que os governantes são os responsáveis por mudanças na sociedade — a maior parte desses jovens está no Norte e no Centro-Oeste, onde o índice de crença nos políticos é de 70%; a menor parte está no Nordeste (59%).”

Indique uma hipótese sobre quem seriam os responsáveis por mudanças na sociedade para os 38% dos entrevistados que não responsabilizaram o governo. Fragmento para 8ª, 9ª e 10ª questões

A quantidade de pessoas que atribuem o papel de mudança às escolas e universidades gira em torno de 35%, enquanto os que veem a mídia como forma de transformar o mundo são 29%

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— entre os que têm ensino superior, esse índice é de 41%, contra 24% dos que completaram apenas o Ensino Fundamental.

Além disso, 70% dos jovens afirmaram ter vontade de participar de projetos comunitários (ou de participar de mais algum, nos casos dos que já participam). Destes, a maioria (31%) tem interesse por projetos voltados para cultura e arte, seguidos de 29% interessados em programas pró-meio ambiente e 26% que querem contribuir na área da educação.”

8ª questão Indique a que se referem os percentuais 41 e 24%. 9ª questão Justifique o fato de haver maior credibilidade no poder de transformação da escola que da mídia. 10ª questão Produza um parágrafo argumentativo defendendo o poder de transformação da mídia. Fragmentos para 11ª, 12ª e 13ª questões

“Além disso, 70% dos jovens afirmaram ter vontade de participar de projetos comunitários (ou de participar de mais algum, nos casos dos que já participam). Destes, a maioria (31%) tem interesse por projetos voltados para cultura e arte, seguidos de 29% interessados em programas pró-meio ambiente e 26% que querem contribuir na área da educação.”

“Segundo o jornal Zero Hora, 14-06-2011, o estudo da Box1824, empresa de pesquisa especializada no mapeamento de tendências de comportamento, em parceria com o instituto Datafolha, mostra que 55% dos entrevistados têm como maior sonho individual a formação profissional e emprego. Depois, aparecem casa própria (15%), ficar rico ou ter estabilidade financeira (9%), a família (6%) e compra de bens como carro, moto e eletrodomésticos (3%). Para o sociólogo Gabriel Milanez, pesquisador da Box1824 envolvido no estudo, o resultado não significa que a nova geração rejeita ficar rica ou ter o carro do ano.

– O fim não é só ficar rico e consumir. É ser alguma coisa mais do que ter. Ao mesmo tempo, o jovem não nega que deseja estabilidade e retorno financeiro. Não significa que não quer posses, mas quer ir além – diz Milanez.”

11ª questão Estabeleça a relação de fato/consequência entre os dois parágrafos anteriormente reproduzidos. 12ª questão Parafraseie o que se informa na parte negritada, de modo a favorecer sua compreensão pelo maior número possível de pessoas. 13ª questão Posicione-se frente à seguinte afirmação:

“Se nos anos 60 e 70 a juventude tinha sonhos grandiosos, a geração atual deseja o que está mais à mão. Tal comportamento deriva em muito da percepção de que os planos dos pais de mudar o mundo, calcados em revoluções, não deram certo.

– A nova geração é mais pragmática. A característica deles é que apostem em sonhos possíveis – explica Milanez.”

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TEXTO II PROJETO SONHO BRASILEIRO ANALISA PERFIL DO JOVEM Reprodução

Box1824: nova juventude tem “drivers”, como hiperconexão, não-dualismo e micro-revoluções que a difere das gerações que vieram antes

Marcos Bonfim, de PROPMARK

São Paulo - Os jovens de 18 a 24 anos apresentam orgulho em ser brasileiro e otimismo quanto ao futuro do país, de acordo com o Projeto Sonho Brasileiro, divulgado nesta segunda-feira (13), pela Box1824, empresa com atuação no mapeamento de tendências de comportamento. A nova geração demonstra também um comportamento mais coletivo e atuante na sociedade.

89% dos jovens disseram ter orgulho do país, enquanto 11% afirmaram ter vergonha. E 75% pensam que o Brasil está mudando para melhor. De acordo com Gabriel Milanez, sociólogo, o resultado reflete dois aspectos: “Pelo viés interno, o Brasil está melhor do que no passado, é um lugar onde as coisas são possíveis; e pelo lado externo, o mundo está reconhecendo o país”, diz. Entre os quesitos de projeção, somente o confronto entre e ética e corrupção é pessimista. 43% dos participantes analisam que nação estará mais próxima da corrupção nos próximos anos do que da ética, que ficou com 38%.

De acordo com o projeto, a nova juventude tem “drivers”, como hiperconexão, não-dualismo e micro-revoluções que a difere das gerações que vieram antes. Com isso, fogem de conceitos como bipolarização e acreditam, 92%, em ações pequenas que aos poucos vão transformando a realidade das pessoas.

A “Brasília política”, como denominam a “política velha” já não diz muito para eles, em um cenário em que 59% afirmam não ter partidos políticos e 83% analisam que os políticos se afastaram da essência da atividade da política.

Essa postura também reflete no universo do consumo, em um quadro em que os jovens consideram que demanda elevada, como explica Milanez. “O consumo para eles é uma atitude política. Têm uma visão mais crítica das empresas e cobrem um papel social delas. Eles não esperam marcas que se posicionem pelo discurso, mas que ajam. E transparência é uma palavra muito forte, no âmbito do governo ou das empresas”.

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A pesquisa chegou também ao que se denominou de “transformadores” ou “jovens-pontes”, pessoas que se caracterizam por agir nas mais diversas áreas, seja em projetos de sócioeducativos, cultura ou economia comunitária.

“Todos eles acreditam que estão transformando a sociedade. Se pegarmos estas micro-revoluções teremos um impacto muito grande”, defende Carla mayumi, sócia da Box1824. 8% dos entrevistados se encaixam neste perfil, o que significaria dois milhões de jovens, se aplicado o percentual ao total de brasileiros com faixa etária de 18 a 24, cerca de 26 milhões, segundo dados do IBGE.

A pesquisa, na fase quantitativa realizada pelo Datafolha, entrevistou 1784 pessoas de 173 cidades em 23 estados do Brasil, com perfis sociais distintos, das classes A a E. Na fase qualitativa, foram entrevistos jovens, das classes A, B e C, que residem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

O estudo recebeu patrocínio das marcas Itaú e Pepsi, além do apoio de mídia da Globo. A partir do dia 20 de junho, todo o material será disponibilizado no site.

http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/projeto-sonho-brasileiro-analisa-perfil-do-jovem. Acesso em 16 março 2015

14ª questão Analise se o fato de a geração Y estar sempre conectada justifica o perfil que para ela se apresenta nos textos I e II.

TEXTO III 20 de Novembro de 2013 | 14h47

Pesquisa revela perfil do jovem brasileiro

Trabalho foi realizado com 1.350 jovens com idades entre 18 e 34 anos, em todo o País

Por Redação | ASCOM

A segunda etapa do Projeto 18/34 - Perfil do Jovem Brasileiro, realizado pelo Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, foi divulgada nesta quarta-feira, 20 de novembro. Com a ideia de investigar os hábitos de lazer, consumo e sonhos dos jovens brasileiros, a pesquisa revela resultados obtidos por meio de questionários aplicados a 1.350 jovens, de ambos os sexos, sendo que 74,6% deles estão na faixa dos 18 aos 24 anos de idade e 25,4% dos 25 aos 34. São estudantes e assalariados, residentes em 16 áreas metropolitanas pertencentes às cinco regiões do Brasil.

Estudo foi realizado pelo Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência da Famecos

Foto: Bruno Todeschini - Arquivo PUCRS

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Segundo o professor Ilton Teitelbaum, coordenador da pesquisa, 49,8% dos entrevistados estão inseridos nas classes B e C, a maioria mora com os pais e depende financeiramente deles. Porém, 54,7% exerce alguma atividade remunerada. “As pessoas estão começando a amadurecer neste aspecto mais cedo”, destaca. Os gastos pessoais se resumem em alimentação (88,3%), transporte (64,8%), educação (47,2%), festas (46,8%) e roupas (45,8%). Em relação ao dinheiro, eles não estão acomodados: 80,7% dos entrevistados deseja melhorar financeiramente e 7,7% diz estar “começando a entrar em pânico” com sua situação. Os jovens de todas as regiões, entretanto, não sonham com riqueza, e sim com conforto e simplicidade.

A ideologia dos participantes é acumular experiências e não juntar patrimônio. Eles querem conhecer o mundo (66%) e ser feliz no trabalho (47,9%), além do desejo de formar família (38,5%). Quanto aos hábitos de consumo, eles ficam sabendo dos lançamentos de produtos pela internet (92%), indicação dos amigos (67,9%) e por meio da televisão (52,4%), sendo que os jovens preferem pontos de consumo centralizado para suas compras. Shoppings, supermercados e compras pela internet são os preferidos. Na hora da compra, pelo lado racional buscam utilidade (95,2%), durabilidade (94,4%) e o custo-benefício (93,5%). Já pelo lado emocional, dão importância à credibilidade (85,8%) e ao compartilhamento de amigos na rede (79,1%). “Vivemos em uma geração que compartilha ideias. Se eu tenho, você também pode ter”, completa o coordenador Teitelbaum. Na busca por lazer e informação, os jovens utilizam o telefone celular todos os dias (68,9%) e acessam blogs mais de uma vez por semana (74,5%). Procuram também pelas mídias tradicionais, assistem televisão diariamente (47,9%), ouvem rádio algumas vezes por semana (27,3%) e leem jornais também algumas vezes por semana (24,9%). A amostra afirma que os entrevistados usam internet todos os dias (95,8%), em busca de informação e notícias (78,1%) e ainda realizam compras pela internet (74,4%). As principais aquisições on-line são livros (50,5%), roupas (27,2%) e eletrodomésticos (20,3%). Na procura por marcas, eles se identificam como básicos (50,8%), versáteis (37,9%) e luxuosos (24,3%). De acordo com o professor Teitelbaum, a Geração Y é multiplataforma e não se caracteriza como on ou off, mas sim, as duas opções. As novas mídias se expressam mais entre os mais jovens, enquanto as tradicionais são mais utilizadas pelos mais velhos. Os entrevistados estão conectados a maior parte do tempo, têm uma vida agitada e talvez não busquem a informação, esperando que ela chegue até eles. Por isso, a relação de entrega tem que ser constante e dinâmica. “Os jovens têm pressa, não há mais espaço para o junte e ganhe, é fundamental chegar rapidamente ao ganhe”, finaliza Ilton Teitelbaum.

http://www.pucrs.br/portal/?p=noticias&n=1384966040.html Acesso em 16 de março de 2015.

15ª questão Compare a faixa etária dos grupos pesquisados que se apresentam nos textos I e III para analisar se a concepção de juventude é (in)flexível. 16ª questão Avalie se a pesquisa apresentada no texto III goza de maior credibilidade que a exposta no primeiro texto. Fragmento para 17ª, 18ª e 19ª questões

“Segundo o professor Ilton Teitelbaum, coordenador da pesquisa, 49,8% dos entrevistados estão inseridos nas classes B e C, a maioria mora com os pais e depende financeiramente deles.

Porém, 54,7% exerce alguma atividade remunerada. ‘As pessoas estão começando a

amadurecer neste aspecto mais cedo’, destaca.”

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17ª questão Explique a relevância da informação sublinhada para a análise do perfil que resultou das 2 pesquisas. 18ª questão Justifique a presença da palavra emoldurada no contexto enunciativo em que se insere. 19ª questão Indique a que se refere a expressão em negrito. 20ª questão Compare os resultados das pesquisas apresentadas nos textos 1 e 3 e indique as principais convergências e divergências entre elas.

TEXTO IV

Mudanças no perfil do jovem moderno

O jovem dos dias atuais não consegue viver desconectado das redes sociais e não desgruda de seus aparelhos audiovisuais ultramodernos.

* Rafael Cícero

B2 Design

Dispersos, impulsivos, individualistas, conectados, são vários os adjetivos utilizados para definir os jovens do período atual, também conhecidos como Geração “Y” ou Geração da Internet. São os nascidos a partir dos anos de 1980, em um período em que a tecnologia e a comunicação ganharam papel relevante no desenvolvimento da sociedade. De acordo com o consultor em Marketing e Comportamento do Consumidor, especialista em Geração Y, Daniel Portillo Serrano, “a Internet está para geração Y como as bibliotecas ou bancas de jornais para as anteriores.” As principais características dos indivíduos da Geração Y são; estar sempre conectado, procurar informação fácil e imediata, preferir computadores a livros, preferir e-mails a cartas, digitar ao invés de escrever, viver em redes de relacionamento,

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compartilhar tudo o que é seu: dados, fotos, hábitos – e sempre estar em busca de novas tecnologias.

Por suas características diferentes das gerações anteriores, a Y, muitas vezes, não vem sendo compreendida e é rotulada de diferentes maneiras.

Você conhece as outras Gerações? Geração X

A primeira foi a que se denominou Geração X, referindo-se as pessoas nascidas a partir dos anos de 1960. Termo cunhado pelo fotógrafo húngaro Roberto Capa, em 1950, e popularizado pelo filme “Geração X: contos para uma cultura acelerada”. Para o consultor em Marketing e Comportamento do Consumidor, especialista em Geração Y, Daniel Portillo Serrano, as pessoas desta geração buscam se destacar individualmente, porém sem perder a convivência e o trabalho em grupo. Também buscam seus direitos, valorização à liberdade, maturidade e prezam por produtos de qualidade.

Geração Z

Conectada a um mundo por telefone celular, Internet, notbook, iPods, iPhone, videogames, tablet, os jovens nascidos a partir da década de 1990 vivem em um “mundo” tecnológico e virtual. Com centenas de amigos virtuais, passam horas de seus dias em frente a uma tela, ouvindo música, conversando jogando, tudo ao mesmo tempo. Nasceram em um planeta já globalizado em que a Internet e os meios tecnológicos são fundamentais. Em entrevista para TVWEB da Universidade Gama Filho, Luiz Eduardo Gasparetto, consultor organizacional e professor nos cursos de Pós Graduação e MBA em Gestão da Universidade Gama Filho, a inserção das gerações atuais vem provocando significativas mudanças no mundo trabalho, especialmente para os responsáveis em contratar.

https://jovemplural.wordpress.com/religiosidade/a-religiosidade-da-geracao-y/a-geracao-wi-fi/ Acesso em 16 de março 2015.

Acesse o site e veja a entrevista completa com Luiz Eduardo Gasparetto na WEBTV da Universidade Gama Filho

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21ª questão Descreva, com base no que se informa no texto III, a transformação que se representa na ilustração reproduzida a seguir.

TEXTO V REPORTAGENS COMPORTAMENTO

GERAÇÃO Y

Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos para mudar o mundo

RITA LOIOLA

Priscila só faz o que gosta. Francis não consegue passar mais de três meses no mesmo trabalho. E Felipe leva a sério esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles são impacientes, preocupados com si próprios, interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta do planeta.

Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos. "Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo."

Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos para classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha prioridade é

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ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui parar em um lugar onde faço coisas sem sentido, que não me acrescentam nada."

A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. "Esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito", afirma Anderson Sant'Anna. "Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos."

Nessa etapa, "busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". O estudo, desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou traçar um perfil dessa geração que está dando problema para pais, professores e ao departamento de RH das empresas.

No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são reconhecidos. "Descobrimos que eles não são revoltados e têm valores éticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relações humanas", diz Miriam. "Mas é preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas características sejam reveladas."

Berço digital

E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, msn, Twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicação que venha a surgir no mundo. Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente.

Uma pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais motivadas. "É a era dos indivíduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes.

É mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última geração. "Eles já vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e capacidade de convergência", diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo. "Usam uma linguagem veloz, fazem tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." O analista Francis Kinder, de 22 anos, não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa. "Quando as coisas começam a estabilizar fico infeliz", diz. "Meu prazo é três meses, depois disso preciso mudar, aprender mais."

Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano. A pressa mostra que eles estão ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos

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pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente.

"Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O sentimento do rapaz é compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA. "Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim."

Mas, além de aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los, em uma relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais todas as peças têm a mesma importância. "A Geração Y mudou a forma como nós interagimos", diz Ana Costa. "O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma situação de igualdade", afirma.

Vida pessoal em primeiro lugar

Os sinais mais claros da importância que os jovens dão aos próprios valores começam a piscar no mundo do trabalho. Como seus funcionários, as empresas estão flexibilizando as hierarquias, agindo em rede, priorizando a ética e a responsabilidade. E, se no passado a questão era saber equilibrar a vida íntima com uma carreira, hoje isso não é nem sequer questionado: a vida fora do escritório é a mais importante e ponto final.

Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade de Administração da USP mostrou que a prioridade da maioria deles é ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego às necessidades familiares e pessoais - e não o contrário. "A grande diferença em relação às juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida", diz Tânia Casado. "Eles estão customizando a própria existência, impondo seus valores e criando uma sociedade mais voltada para o ser humano, que é o que realmente importa no mundo."

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y.html Acesso em 17 mar 2015

22ª questão Considere o que se informa no texto 1 para justificar a seguinte assertiva:

”Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa.”

23ª questão

[...] “Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança” [...]

Pesquise os movimentos desencadeados pelos jovens das décadas de 70 e 80 e compare-os aos da atualidade para fundamentar essa afirmação.

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Fragmento para 24ª e 25ª questões

“A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo.”

24ª questão Indique a expressão popular com base na qual se criou o neologismo “umbiguismo”. 25ª questão Elabore um verbete a partir dos efeitos de sentidos que se pode projetar para o neologismo em análise. 26ª questão Relacione duas características apresentadas para a geração Y ao fato de já terem nascido em um tempo em que a tecnologia digital já estava disseminada. 27ª questão Indique a principal característica do jovem nascido entre 1980 e 1993 em relação ao aprendizado e explique a influência da inclusão digital para o desenvolvimento desse traço. 28ª questão Analise se a atitude da geração Y frente ao trabalho é positiva e/ou negativa para a economia.

TEXTO VI “VAMOS MUDAR O MUNDO!" Nos últimos 60 anos, três gerações marcaram época e mudaram os valores e o jeito de a sociedade pensar. Agora é a vez da abusada Geração Y

TRADICIONAIS (até 1945) >>> É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.

BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>> São os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.

GERAÇÃO X (1965 a 1977) >>> Nesse período, as condições materiais do planeta permitem pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação já podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores.

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GERAÇÃO Y (a partir de 1978) >>> Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma.

O SENHOR Y

Bruce Tulgan, 42, fundou uma consultoria e se dedica a estudar os jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Seu último livro, Not Everyone Gets a Trophy: How to Manage Generation Y (Nem todo mundo ganha um troféu: como lidar com a geração Y, ainda sem edição brasileira), traça um perfil dessa nova geração. * É lenda urbana ou de fato esses jovens não respeitam os superiores?

Tulgan: A geração Y respeita seus superiores, mas não cede de uma hora para outra. Ela não vê as relações em termos hierárquicos. O que eles querem dos chefes é oportunidade de aprendizado, responsabilidades e chances de melhorar o que fazem. Eles querem se afirmar e estão à vontade com os mais velhos - às vezes até um pouco à vontade demais.

* Isso é porque eles nasceram no que você chama de "década da criança"?

Tulgan: Talvez. Essa geração foi superprotegida, educada em uma época em que valorizar a auto-estima e fazer as crianças se sentirem bem era a linha dominante. O resultado foi a criação de uma mentalidade que é uma fonte inesgotável de energia, entusiasmo e inovação que, se não for bem conduzida, pode causar muitos problemas.

* E isso fez com que eles se tornassem mais individualistas?

Tulgan: Mesmo sendo altamente individualistas e focados nas próprias recompensas, têm uma profunda consciência social, preocupação com o meio ambiente e com os direitos humanos. A maioria tem valores morais muito fortes e tentam viver por eles.

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y.html - Acesso 18 mar. 2015

29ª questão Relacione, de maneira fundamentada, comportamentos recorrentes na década da criança aos traços mais marcantes da geração Y. 30ª questão Levante uma hipótese que justifique o fato de os nascidos na década da criança não se mostrarem submissos nas relações hierárquicas.

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TEXTO VII

Significado de Geração Y

Geração Y é a geração das pessoas que nasceram após os anos 80, são as pessoas conhecidas também por serem chamadas de geração do milênio ou geração da Internet, que surgiu exatamente por essa época. A geração Y é conhecida por ser uma geração que vivenciou muitos avanços tecnológicos, crescimento de diversos países, que acabaram tornando-se potências mundiais.

As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Por terem esse contato todo com a tecnologia, acabaram ficando conhecidos por serem pessoas folgadas, distraídas, insubordinadas e superficiais, em sua grande parte.

A Geração Y também é conhecida por ter grande ambição, e é normal encontrar jovens dessa geração que trocam de emprego frequentemente, porque no emprego anterior não eram desafiados e não tinham oportunidade de crescer profissionalmente.

As empresas, sempre interessadas com o tipo de público que querem atingir, fazem diversas pesquisas de mercado para saberem qual o produto em que a geração Y está interessada, como querem ser atendidos, o que estão procurando, pois é um público geralmente muito exigente, sempre antenados em novas tecnologias e novos produtos.

A geração Y (também denominada como Millennials) é um público ávido por inovações, quer ter sempre a televisão mais moderna, o smartphone do momento, todos os produtos mais tecnológicos possíveis. Em contrapartida, a geração Y também ficou conhecida por ser a geração mais preocupada com o meio ambiente, uma vez que seus pais não se preocuparam tanto, eles estão muito interessados em deixar um bom lugar para seus filhos viverem.

Geração X, Y e Z são conceitos sociológicos que caracterizam pessoas que nasceram em diferentes alturas.

A Geração X consiste em pessoas que nasceram no final dos anos 60 até o início dos anos 70; a geração Y é composta por pessoas que nasceram nos anos 80 (apesar de alguns autores incluírem nesta geração pessoas que nasceram no final da década de 70); a geração Z é representada por pessoas que nasceram na década de 90.

Cada geração é influenciada por diversos fatores que influenciam a cultura da sua época (como a tecnologia, desenvolvimento econômico atual do país em questão, etc.) e por isso têm formas distintas de viver e pensar.

Geração Y no mercado de trabalho

No mercado de trabalho e no contexto empresarial, muitas vezes existem conflitos entre elementos que são de diferentes gerações, porque têm formas muito diferentes de agir e pensar.

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Por exemplo, se um trabalhador da geração X é hierarquicamente inferior a um da geração Y, podem ocorrer alguns problemas. Enquanto um indivíduo da geração Y procura inovar, o da geração X prefere manter o equilíbrio e a estabilidade existentes.

http://www.significados.com.br/geracao-y/ acesso em 18 mar. 2015.

31ª questão Atenha-se às relações de sentido presentes no excerto que se segue.

“As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Por terem esse contato todo com a tecnologia, acabaram ficando conhecidos por serem pessoas folgadas, distraídas, insubordinadas e superficiais, em sua grande parte.”

Conteste a relação de causalidade que se apresenta no fragmento.

32ª questão Releia o seguinte parecer sobre a geração Y:

“A Geração Y também é conhecida por ter grande ambição, e é normal encontrar jovens dessa geração que trocam de emprego frequentemente, porque no emprego anterior não eram desafiados e não tinham oportunidade de crescer profissionalmente.”

Considere as leituras anteriores para produzir um parágrafo argumentativo, discordando da razão apresentada para a inquietação da geração Y em relação ao emprego.

33ª questão Indique e explique o paradoxo que se percebe no excerto abaixo.

“A geração Y (também denominada como Millennials) é um público ávido por inovações, quer ter sempre a televisão mais moderna, o smartphone do momento, todos os produtos mais tecnológicos possíveis.

Em contrapartida, a geração Y também ficou conhecida por ser a geração mais preocupada com o meio ambiente” [...]

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TEXTO VIII

http://www.focoemgeracoes.com.br/index.php/charges/ Acesso em 18 mar 2015

34ª questão Explique em que consiste a ironia presente no texto VIII. 35ª questão Explicite a crítica veiculada pela charge.

TEXTO IX

A geração

Montagem sobre foto de Bruno Schultze

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Características e perspectivas de uma juventude que conhece a internet desde a infância

Há certa resistência entre alguns estudiosos em usar termos muito fechados para definir povos, regiões ou gerações. Argumentam que definições simplificam os problemas e que toda simplificação tende a superficializar o debate. Outra corrente defende que, ainda que possam simplificar o debate, as definições têm o mérito de orientar as discussões. Fiquemos com a segunda opção. Até pouco tempo atrás, livros e filmes ainda falavam da Geração X, aquela que substituiu os yuppies dos anos 80. Essa turma preferia o bermudão e a camisa de flanela à gravata colorida e ao relógio Rolex, ícones de seus antecessores. Isso foi no início dos anos 90. Recentemente, o mercado publicitário saudou a maioridade da Geração Y, formada pelos jovens nascidos do meio para o fim da década de 70, que assistiram à revolução tecnológica. Ao contrário de seus antecessores slackers – algo como "largadões", em inglês –, os adolescentes da metade dos anos 90 eram consumistas. Mas não de roupas, e sim de traquitanas eletrônicas. Agora, começa-se a falar na Geração Z, que engloba os nascidos em meados da década de 80.

A grande nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Em comum, essa juventude muda de um canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retorna novamente à internet. Também troca de uma visão de mundo para outra, na vida.

Garotas e garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet. Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos.

Enquanto os demais buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. É nisso, dizem os especialistas, que os jovens precisam trabalhar. Como sempre.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/jovens/apresentacao.html - Acesso em 19 mar 2015

35ª questão Considere que o traço marcante da geração Z é zapear: muda de um canal para outro na televisão, vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retorna novamente à internet, troca de uma visão de mundo para outra e levante uma hipótese sobre o comportamento desses jovens na escola e no mercado de trabalho. 36ª questão Justifique e exemplifique a seguinte asserção:

“Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas.”

Fragmento para 36ª e 37ª questões

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Enquanto os demais buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de

outra natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. É nisso, dizem os

especialistas, que os jovens precisam trabalhar.

36ª questão Explique a figura de linguagem presente no fragmento sublinhado. 37ª questão Justifique a firmação em negrito. TEXTO X

Geração Z no Brasil: superdependentes da tecnologia

Da redação - 21/02/2013

Um estudo feito pelo ConsumerLab, da Ericsson, batizado de "Infocom Brasil 2012" mostra que os brasileiros nascidos a partir de 1990, chamados de geração Z, são extremamente dependentes da tecnologia. O levantamento mostra que 9 em cada 10 possuem um aparelho celular, 70% têm um computador em casa e 61% já possuem banda larga em suas residências. Além disso, quase metade passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são usuários de internet.

Eles não se desconectam nem mesmo ao assistirem televisão, acessam as redes e interagem enquanto consomem conteúdo (48%), agindo como agentes que postam, comentam e ditam os conteúdos, ou seja, não o recebem passivamente. Quase metade passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são usuários de internet.

Luciana Gontijo, responsável pelo Ericsson ConsumerLab na América Latina e Caribe, diz: “Os jovens da geração conectada necessitam de mobilidade e conexão 24 horas por dia, 7 dias por semana, sendo cooperativos, colaborativos e multitarefas, preocupam-se com a saúde do planeta, com a sustentabilidade e igualdade entre as pessoas. Eles tratam essas questões como uma causa e não apenas como modismo. Acreditam que o dinheiro é bom e importante, mas que sua vida pessoal é muito mais".

Parte de um grupo extremamente midiático, essa geração participa ativamente das redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo menos uma rede social e mais de 64% a acessam diariamente. São jovens que usam SMS todos os dias para diversas finalidades (83%) e que gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). Essas pessoas têm um convívio natural com a tecnologia e a mobilidade: utilizam notebooks e tablets, escutam música em tocadores de mp3, jogam games e instalam aplicativos em seus smartphones.

Este público tem preferência por conteúdos gratuitos. A maioria deles (58%) faz download de músicas e filmes de graça enquanto somente 37% paga pelo download de algum tipo de conteúdo. Eles valorizam o novo, uma vez que não gostam de barreiras e não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes, tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da novidade.

Para a geração Z, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência tecnológica e sua principal preocupação é com a qualidade e validade do conteúdo, pois são jovens informais

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que preferem se comunicar por chat diariamente (62%) ou SMS do que via email (56%). Fazem parte de um grupo questionador, mas que sabem ouvir.

É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e que aprecia, também, expressar seu ponto de vista.

Nas redes sociais, não estão limitados apenas ao Facebook, experimentam tudo que é novo. São ávidos consumidores de dados e utilizam tipos de aplicaticos, como Viber, Whatsapp, Netflix, Instagram, entre outros”, completa Gontijo.

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33074&sid=46#.VQnLHo7F-gY – Acesso em 15/03/2015.

38ª questão Avalie, considerando o tema e a data de publicação – 21/02/2013 – se o texto é atual. 39ª questão Levante uma hipótese sobre qual seria o objetivo de a Consumer Lab, da Ericsson, realizar o estudo batizado de "Infocom Brasil 2012”. 40ª questão Releia o excerto e analise se o perfil que nele se descreve é o mesmo que se observa nas salas de aula.

“Fazem parte de um grupo questionador, mas que sabem ouvir. É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e que aprecia, também, expressar seu ponto de vista.”

TEXTO XI

Conheça a Geração Z: nativos digitais que impõem desafios às empresas

Exigentes, esses jovens não se submetem a condições trabalhistas que não os satisfaçam

Para especialista, os nascidos nesse milênio serão chefes da “Geração Y” em pouco tempo

Heloísa Mendonça São Paulo 23 feb 2015 - 18:43 brt

Rapaz em evento de tecnologia em São Paulo. / E. G. (CAMPUS PARTY)

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Eles não conheceram o mundo sem internet, não diferenciam a vida online da off-line e querem tudo para agora. São críticos, dinâmicos, exigentes, sabem o que querem, autoditadas, não gostam das hierarquias nem de horários poucos flexíveis. São os jovens daGeração Z, que nasceram depois de 1995, e que agora começam a entrar no mercado de trabalho bastante confiantes. A chegada dessa nova geração ao meio organizacional já causa certos impactos por conta das características peculiares desses jovens e vai exigir que empresas se adaptem e apliquem novas práticas para atrair e reter esses profissionais.

"Eles enxergam o mundo diferente. Sua relação com o tempo é outra, é online, a maneira como lidam com hierarquias e a autoridade, enfim, tudo é diferente para a geração deste milênio e as organizações devem se inspirar nela", afirma o doutor em comunicação Dado Schneider. Ele estuda o comportamento dessa nova geração há anos e acredita que ela será revolucionária.

Hoje, na opinião do especialista, os jovens não se submetem a condições de trabalho que não os satisfaçam. "Mas não os considero arrogantes, eles apenas sabem o que querem. Diferentemente da Geração X (nascidos entre o fim de 1960 e 1980), que aceita as normas de trabalho, e da Geração Y (nascidos entre 1980 e 1995), que finge que aceita, eles são questionadores e possuem bons argumentos. A verdade é que eles são bastante maduros, assertivos e vão ser os chefes da geração Y em poucos anos", prevê.

A estudante Mariana Orteblad, de 17 anos, é uma típica nativa digital. Usa o celular o dia inteiro e, quando qualquer dúvida surge, não pensa duas vezes, consulta logo o Google. Smartphone, tablet e redes sociais fazem parte da vida dela para se relacionar com os amigos, assistir a filmes e estudar. Segundo a jovem, apenas dessa maneira consegue acompanhar a velocidade e a abundância de informações. Nas aulas do cursinho, a estudante ainda escreve algumas anotações a lápis, mas confessa que é muito mais rápida digitando na tela do smartphone. Mariana vai prestar vestibular para administração a pedido dos pais, que são de uma geração em que fazer carreira em uma mesma empresa era sinônimo de segurança financeira e sucesso.

"Eu até tenho vontade de trabalhar em uma multinacional, quem sabe na área de marketing, mas não para sempre. Meu sonho mesmo é ser atriz de TV. Resolvi fazer duas faculdades, uma de teatro e outra de administração, caso esse desejo de ser atriz não dê certo. O importante mesmo é ter prazer no que vou fazer. Acho muito mais importante do que o dinheiro que vou ganhar", afirma.

Pesquisas mostram que, assim como Mariana, os nativos digitais são menos motivados por dinheiro que a Geração Y e têm mais ambições empreendedoras. A pró-atividade com relação aos meios digitais também levam muitos a desejarem ter sua própria start-up. "Eles não nasceram para serem empregados e sim para empreender e empregar. O trabalho para eles precisa ser uma extensão da casa. Essa geração vai nos ensinar a ter prazer com o trabalho", explica Scneider.

A estudante Alessandra Agrumi, de 18 anos, é prova disso. Há um ano, o que começou como uma brincadeira para ela acabou se transformando em um site, que já possui parcerias com algumas empresas e que ela pretende transformar em um negócio com patrocinadores. A página aborda temas de moda e estilo de vida para o público adolescente. Apaixonada por tecnologias, Alessandra conta que "seu primeiro bom dia e seu último boa noite é para o celular", onde pode atualizar rapidamente as informações do seu blog no Facebook e no Instagram. Ela também possui um canal no YouTube em que produz vídeos sobre o mundo da moda. "Quando me formar em administração, quero ter uma empresa relacionada ao mercado de roupa de luxo e todas essas redes que venho mantendo serão uma maneira de promover o meu negócio."

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Além da veia empreendedora, não é novidade que o costume de se dedicar quase toda a carreira a uma só empresa veio mudando ao longo das últimas gerações. Porém, foi com a Geração Z que essa tendência se consolidou. "Até mesmo as empresas já estão aceitando melhor os currículos dos profissionais que ficam menos tempo em um lugar, com passagens rápidas por elas. Isso antigamente não era bem visto pelas consultorias que contratam", explica Diogo Forghieri, gerente regional da Randstad Professionals, especializada em recrutamento e seleção de profissionais.

Diferentemente da Geração Y, os nativos digitais não têm em mente o conceito "work hard, play hard". O jargão sempre foi usado pelos jovens que se esforçavam muito no trabalho para ganhar bem e ter tudo que desejavam. De acordo com a coach Marie-Josette Brauer, os Y gastam com audácia e poucos limites enquanto que grande parte dos Z prefere economizar. "A geração anterior cresceu em um momento de economia forte e a atual cresceu com o terrorismo, complexidade e volatilidade", explica.

Flexibilidade no trabalho

Os nascidos neste milênio não querem abrir mão do seu tempo livre. Não consideram que trabalhar muito e ficar no escritório horas depois do fim do expediente seja gratificante. Além disso, eles preferem trabalhar de casa. Oito em cada dez brasileiros da Geração Z exigem condições de trabalho mais flexíveis que as gerações anteriores, aponta uma pesquisa da Randstad.

A estudante de Artes Visuais Yasmim Coolwijk, de 20 anos, atribui sua recente demissão à pouca flexibilidade da então chefe. A jovem trabalhava em uma loja de roupas, mas foi demitida na semana passada após meses de contrato. O motivo? Faltou um dia de trabalho. "Tive uma festa de formatura de um amigo e no outro dia estava muito cansada e com ressaca. Falei com a minha ex-chefe que não seria nem um pouco produtivo que eu fosse trabalhar. Dez dias depois, ela me demitiu explicando que esse comportamento não era aceitável. Ela era muito rígida, nesse caso foi uma festa, mas ela já não admitia nem 5 minutos de atraso, mesmo se eu explicasse que

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estava voltando da faculdade. Ela se esqueceu quantas vezes eu fiz horas extras no Natal?", explica.

Faltar ao trabalho depois de uma festa pode parecer inaceitável aos olhos das novas gerações, mas as empresas que compreenderem as peculiaridades deste novo grupo profissional e estiverem dispostas a se adaptarem a essa geração sairão na frente. "O comportamento tanto dos jovens quanto das organizações está em constante mudança e evolução. As empresas precisam estar atentas e ter flexibilidade para alinhar suas práticas e programas para estarem sempre atualizadas, colaborando na retenção e desenvolvimento de futuros talentos", afirma a gerente de aquisição de talentos da AkzoNobel.

A coach Marie-Josette ressalta, entretanto, que é importante que as companhias se perguntem se realmente estão prontas para aGeração Z. "Esses jovens podem dar muita dor de cabeça, e muito grave, se a empresa não atender às suas necessidades, tanto como clientes quanto como funcionários", afirma.

No campo da carreira, o mercado observa que há uma tendência a que sejam futuros profissionais com abordagem mais generalista, de acordo com Forghieri, da Randstad Professionals. Por isso, há uma preocupação por ausência de especialistas em algumas áreas. "Isso acontece por causa do amplo acesso que a Geração Z tem às informações, por meio da internet, utilizando ferramentas como smartphones, tablets etc. Eles recebem muita informação, mas não se aprofundam em nada", afirma.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/20/politica/1424439314_489517.html - Acesso em 18 mar 2015

41ª questão Releia o subtítulo e levante uma hipótese que justifique o ponto de vista que nele se enuncia.

“Para especialista, os nascidos nesse milênio serão chefes da 'Geração Y' em pouco tempo”

42ª questão Considere o contexto enunciativo para explicitar o ponto de vista que se infere a partir da palavra em destaque.

“Nas aulas do cursinho, a estudante ainda escreve algumas anotações a lápis, mas confessa que

é muito mais rápida digitando na tela do smartphone.”

Fragmento para 43ª e 44ª questões

“Mariana vai prestar vestibular para administração a pedido dos pais, que são de uma geração em que fazer carreira em uma mesma empresa era sinônimo de segurança financeira e sucesso.”

43ª questão Releia o excerto acima e indique o paradoxo que se percebe em relação à decisão de Mariana, tendo em vista o perfil que se projeta para sua geração. 44ª questão Indique a geração à qual pertencem os pais de Mariana, tendo em vista a razão que os levaram a orientarem a filha a prestar o vestibular para o curso de administração.

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45ª questão Aponte uma hipótese que justifique a alteração na mentalidade das empresas que se descreve a seguir.

"Até mesmo as empresas já estão aceitando melhor os currículos dos profissionais que ficam menos tempo em um lugar, com passagens rápidas por elas. Isso antigamente não era bem visto pelas consultorias que contratam"

46ª questão Aponte um ponto de convergência e um de divergência entre as gerações Y e Z. 47ª questão Explique, com base nos textos em estudo, as alterações por que passou a concepção de “responsabilidade” dos anos 40 aos dias atuais.

Saiba mais: http://exame.abril.com.br/topicos/geracao-y http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/jovens-do-seculo-xxi/ http://www4.ibope.com.br/download/geracoes%20_y_e_z_divulgacao.pdf

TEXTO XII Qual a origem daqueles três macacos que um não vê, o outro não escuta e o Terceiro não fala?

Primatas sábios Os macaquinhos, conhecidos como 'Três Macacos Sábios', ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século 17 localizado na cidade de Nikko, no Japão. Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são 'mizaru' (o que cobre os olhos), 'kikazaru' (o que tapa os ouvidos) e 'iwazaru' (o que tampa a boca), que na língua é traduzido como 'não ouça o mal', 'não fale o mal' e 'não veja o mal'. A palavra 'saru', em japonês, significa 'macaco' e tem o mesmo som da terminação verbal 'zaru'.

O folclore japonês diz que a imagem dos macacos foi trazida por um monge budista chinês, no século 8. Apesar disso, não há comprovação dessa suposição.

http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT688136-1716-6,00.html Acesso em 19 mar. 2015

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TEXTO XIII

http://empreendefloripa.com.br/2012/03/20/3-dicas-para-chefes-se-darem-bem-com-a-geracao-y/ - Acesso em 19 mar. 2015

48ª questão Explique o tipo de intertextualidade que se percebe entre os textos XII e XIII. 49ª questão Descreva o perfil que se projeta para a geração Y a partir dessa intertextualidade.

TEXTO XIV

http://diariodeumaprofessoranovata.blogspot.com.br/2014/03/o-desafio-da-sala-de-aula-e-que-os.html - Acesso em 15 mar 2015

50ª questão INDIQUE a crítica veiculada pela charge e explique o plano simbólico a partir do qual ela é estruturada.

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Proposta de redação Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema CONTRIBUIÇÕES DA GERAÇÃO Y PARA O SÉCULO 21. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.