lá em casa!

16
Lá em CASA! SEMINáRIO GESTÃO, CRIAÇÃO E CURADORIA EM DANÇA

Upload: la-em-casa

Post on 09-Apr-2016

222 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

SEMINÁRIO GESTÃO, CRIAÇÃO E CURADORIA EM DANÇA

TRANSCRIPT

Page 1: Lá em Casa!

LáemCasa!sEMINáRIO

GEsTÃO, CRIaÇÃO

E CURaDORIa EM DaNÇa

Page 2: Lá em Casa!

Realização

Produção

Parceiros Institucionais

Page 3: Lá em Casa!

1

FICha TéCNICa

idealização: NIRvaNa MaRINhO E JaqUELINE vasCONCELLOs

realização: aCERvO MaRIpOsa

produção: Conexão ZATcoordenação do Acervo Mariposa: NIRvaNa MaRINhO

coordenação do seminário: JaqUELINE vasCONCELLOs

produção: TaLMa saLEM E aMaNDa vILLaNI

arte gráfica: BEaTRIz saRaIva

Nirvana Marinho, Acervo Mariposa: Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC,SP), Gestora Cultural do Acervo Mariposa desde 2006 e artista da dança.

Jaqueline Vasconcellos, foi membro do grupo gestor da Rede Sulamericana de Dança (2009-2011) e gestora no Acervo Mariposa (2011). Atualmente atua junto ao Conexão ZAT. Coordenadora da PID 2010, foi curadora da mostra artística 2011, ao lado de Nirlyn Seijas e Gilsamara Moura e coordenadora de eventos internacionais, tais como o Seminário Economia da Dança: fluxos colaborativos de gestão para a mobilidade na América Lativa (2010) e a Jornada de Discussão e Reflexão em Curadoria (2010), Mestre em Dança pela UFBA, hoje é doutoranda da USP em regime especial do programa de Pós Graduação em Meios e Processos do Audiovisual Escola de Comunicação e Artes.

Talma Salem, atriz, dançarina e performer, formada em Comunicação das Artes do Corpo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Integra o Coletivo Ghawazee de Ação, o Núcleo Argonautas de Teatro e a equipe do Conexão ZAT. Pesquisa Videodança em parceria com o fotógrafo Yuri Pinheiro, colabora com produções do cineasta Renzo Vasquez ligadas à dança e é professora de “corpo e interpretação” na Oficina de atores de São Paulo. Foi produtora do Acervo Mariposa, programa cultural de dança, sem finalidades lucrativas. Na França, foi estagiária no Théâtre du Soleil em 2009, trabalhou entre outros, com a Cie. Les Piétons e produziu os espetáculos do diretor Eric Burbail.

Amanda Villani, é formada em Dança (Bacharel e Licenciatura) pela Universidade Anhembi Morumbi 2009 e tem graduação modulada em Produção Cultural em Dança pela mesma universidade. Como produtora, trabalhou no Núcleo Omstrab, na Cia. Vitrola Quântica e atualmente faz parte da Equipe do Acervo Mariposa (desde agosto 2010) cuja função é gestão interna do acervo. Realizou a gestão no projeto Rede Dança em Vídeo (2011).

Page 4: Lá em Casa!

Este seminário nasceu de um projeto de extensão do Acervo Mariposa para América Latina, cuja denominação figura as ventosas de relação e colaboração que estamos construindo agora estendidas para novos contextos. Isso com o propósito de fazer cada vez mais sentido nosso trabalho artístico-cultural. Reunidos instituições, representantes e profissionais de gestão, curadoria e criação em dança, parecia óbvio colocar em debate tal natureza híbrida de fazer. Daí, então, lá em casa é sinônimo de autóctone, metáfora aposta dessa convivência entre fazeres.As conferências servem de estopim teórico-prático para fazer-nos compreender vários pontos de vista sobre criação, gestão e curadoria convivem. No primeiro dia, a fala das idealizadoras deste projeto - Jaqueline Vasconcellos e Nirvana Marinho - seguidas de André Martinez (SP) e Constanza Cordobez (Chile), respectivas falas a partir do ponto de vista do gestor e curador de “coisas”, no sentido filosófico, de dança.

Lá EM Casa, FazEMOs DaNÇa, GEsTÃO E CURaDORIapor: Nirvana Marinho

Lá em casa hacemos danza, gestión y curaduría

por: Nirvana Marinho

Este seminário surgió de un proyecto de extensión Acervo Mariposa em Latinoamericana, cuya denominación figura las ventosas de la relación y colaboración que estamos construyendo ahora extendida a nuevos contextos. Eso con el propósito de emprender más sentido a nuestras producciones en cultura. Reunidos intituciones, representantes y profesionales de la gestión, la curadoria y la creación en la danza, parecía obvio poner en juego en este debate la naturaleza híbrida de eses haceres. Por lo tanto, consideramos Lá en casa sinónimo de autoctono, metáfora en la cual puestamos en esa convivéncia de haceres.

Las conferencias sirven como un disparador teórico-práctico para entendermos diferentes puntos de vista sobre como convivem la creación, gestión y curaduría. En el primer día, la charla de las idealizadoras de este proyecto - Jaqueline Vasconcellos y Nirvana Marinho - seguidas por André Martínez (SP) y Constanza Cordobez (Chile), respectivos discursos que parten del punto de vista del gestor y curador de “cosas” en el sentido filosófico de la danza.

La cuarta-tabla, como lo llamamos un espacio de compartillamento con quatro invitados, donde esos traen la reflexión a partir de la experiencia de cada uno sobre como parecen

2

Page 5: Lá em Casa!

A quinta-mesa, como chamamos um espaço de partilha de cinco convidados, traz a reflexão a partir da experiência de cada um sobre como parecem se intercruzar tais práticas em nosso labor diário. Quais questões suscitam? Ailce do Recordança, Recife (PE), André Fonseca, São Paulo (SP), Elke Siedler (Florianópolis, SC), Santiago Turenne (Montevideo) e Sônia Sobral, São Paulo (SP) colocam à mesa.A prática curatorial, nosso mais delicioso prato, propõe uma experiência de curadoria que, atenta aos pontos de vista envolvidos - desde criador até gestor - pode e modifica o ideal curatorial e o insere na realidade. Afirma, portanto, a possibilidade de um seminário prático, e não tão assim teórico. Estas com jovens curadoras, inventivas convidadas, Bruna Antonelli e Maria Jose Cifuentes, e com a participação ainda de Nirvana Marinho, maluca que idealizou, então põe a mão na massa.E, por fim, a colaboração de Jaqueline Vasconcellos para uma tarde de reconhecimento e estabelecimento da Rede Octopus para horizontalizar prática colaborativa de uma rede que se propõe a partilhar acervos de dança. Porém, não se limita neles, uma vez que, certamente, a casa de cada um tem peças raras que, se replicadas, podem só enriquecer o motivo pelo qual escolhemos trabalhar com dança. Esperam-se novas ações e novos cômodos no espaço criado por nós aqui, no Rio Verde. Sinta-se em casa!

cruzarse las prácticas de nuestro trabajo diario. ¿Qué preguntas plantear? Ailce del Recordança, Recife (PE), André Fonseca, São Paulo (SP), Santiago de Turenne (Uruguay) y Sonia Sobral, São Paulo (SP) seran los propositores de cuestiones.

La práctica curatorial, nuestro plato más delicioso, propone una experiencia de comisariado que, atenta para los puntos de vista implicados - desde creador hasta el gestor - puede y modifica el idea curatorial y lo inserta en la realidad. Afirma por lo tanto la posibilidad de seminário práctico, y no tan teórico. Esas jóvenes curadores inventivas invitados Bruna Antonelli y Maria Jose Cienfuentes, con la participación también de Nirvana Marinho, loca que idealizó, y justo por eso, pone manos a la obra.

Por último, la colaboración de Jaqueline Vasconcellos para una tarde de reconocimiento y establecimiento de la Red octopus en el sentido de horizontalizar la práctica colaborativa de una red que se propone a compartir archivos de danza. Sin embargo, no los limitamos a archivos, ya que, por supuesto, la casa de cada uno cuenta con piezas poco comunes que, cuando replicadas, sólo pueden enriquecer la razón por la cual optamos trabajar con la danza. Esperamos la creación de nuevas acciones y nuevas plazas en el espacio creado por nosotros en Río Verde. Siéntase como en casa!

3

Page 6: Lá em Casa!

“O significado negativo da palavra utopia indica o traço definidor do discurso utópico, qual seja, o não-lugar (U-topia) é o que nada tem em comum com o lugar em que vivemos, a descoberta do absolutamente outro, o encontro com a alteridade absoluta. No entanto, um outro prefixo grego, “eu”, é usado para dar um sentido afirmativo ou positivo a uma palavra, indicando nobreza, justeza, bondade, abundância. Assim, por exemplo, referindo-se à finalidade da política, Aristóteles usa eu zon para significar viver feliz ou bem-viver.”

CHAUÍ, Marilena (2009).Quando, em 2010, começaram meus primeiros acercamentos com Nirvana Marinho, coordenadora e idealizadora do Acervo Mariposa, muito falamos sobre possibilidades de expansão desse acervo de vídeos de dança - que promove ações mais amplas que o próprio conceito que cremos sobre acervo - para a América Latina, por meio do meu envolvimento direto com agentes que conheci e trabalhei durante meu fazer enquanto membro do grupo gestor da Rede Sulamericana de Dança (2009-2011), falamos de nossas utopias e as possibilidades de criar um espaço de colaboração entre esses agentes-amigos da dança com os quais eu convivia por um lado, nos outros países de nossa imensa região cultural latino-americana e os parceiros do próprio Acervo Mariposa.

UM sEMINáRIO COM vIsTas a UMa EUTópICa COMUNIDaDE ECOLOGóGICa: sIM! sOMOs O RECURsO E pODEMOs TUDO!Por: Jaqueline Vasconcellos (Coordenadora do seminário)

un seminario con La mirada apuntada a una comunidad ecoLogógica eutópica: sí! somos eL recurso y sí, podemos todo Lo que queremos hacer!Por: Jaqueline Vasconcellos (Coordinadora del seminário)

“El sentido negativo de la palabra utopía indica la característica definitoria del discurso utópico. Cual sea él, el no-lugar (U-topía) es lo que no tiene nada en común con el lugar en que vivimos y el descubrimiento del absoluta mente otro, el encuentro con la alteridad absoluta. Sin embargo, otro prefijo griego “eu”, se utiliza para dar un sentido afirmativo o positivo a una palabra, lo que indica nobleza, justicia, bondad, abundancia. Así, por ejemplo, al referirse a las finalidades de la política, Aristóteles utiliza el ‘eu zon’ para definir lo vivir feliz o bien-vivir”.

Chaui, Marilena (2009).

4

Page 7: Lá em Casa!

Naquela ocasião surgiram duas ideias-projetos, uma delas, esse seminário (que se tornou projeto escrito a quatro mãos) que pensamos com muito cuidado, carinho e atenção, discutindo como horizontalizar a discussão acerca desses temas tão próprios a área da Dança.O que eu, hoje coordenadora dessa ação cultural, na época não supunha, era o quanto articular esses agentes iria tornar-se um fazer muito mais abrangente que realizar um seminário. Essa ideia tornou-se uma ação política no mundo, uma ação de criação desse espaço da casa, cujo conceito surge nessa idealização conjunta com Nirvana, no sentido de construir possíveis Utopias a caminho de uma Eutopia em dança, cultura, redes e colaboração.Por isso, entendo hoje o quanto esse agrupamento de pessoas que participam dessa ação em São Paulo, tornou-se uma comunidade ecológica - conceito compartilhado por uma das nossas convidadas, Maria Jose Cienfuentes, enquanto coordenava uma das mesas no Mov-S 2012 - em que sim, nós somos os recursos!Segundo Cienfuentes (2012) em sua fala nesse importante evento de dança contemporânea que aconteceu na cidade de Cádiz, em junho desse ano, “Nas comunidades hierárquicas nós buscamos financiamento para nossas ações, portanto o recurso está no outro, em uma comunidade ecológica, NÓS SOMOS O RECURSO”.

Cuando, en 2010, empecé mis primeros acercamientos con Nirvana Marinho, coordinadora y idealizadora del Acervo Mariposa, hablamos mucho de las posibilidades de expansión de esta colección de videos de danza - que promueve acciones más amplias que el propio concepto que creemos acerca de archivos - para Latinoamérica, a través de mi involucramiento directo con los agentes que conocí y trabajé en el tiempo en que hacia parte del grupo de gestión de la Red Sudamericana de Danza (2009-2011), hablamos de nuestras utopías y las posibilidades de crear un espacio para la colaboración entre estos actores-amigos de la danza con los que he vivido, por un lado,

5

Page 8: Lá em Casa!

Parece-me que assim se deu a construção dessa ação... Traçamos uma maneira ecológica e comunitária para viabilizar presenças, pessoas, instituições, ideias, parcerias... Enfim... Criamos nós mesmas o recurso e nos pusemos no mundo a fim de traçar colaborações possíveis.O que resultará? Proposições metodológicas, compartilhamento de tecnologias do fazer em dança, gestão, curadoria, criação. Resultará na possível criação de outras perspectivas e olhares sobre esse mesmo mundo da dança que nos cerca e nos acerca com questões aparentemente insolúveis, mas que encontram suas resoluções nesses mesmos recursos/pessoas que criaram sentido em seus fazeres.Essa é a criação eutópica do fazer artístico que tanto nos interessa. E, sobretudo, é sob essa perspectiva que testemunho a mudança de

en los demás países de nuestra vasta región cultural de América Latina y los propios asociados que ya poseía Acervo Mariposa.

En ese momento había dos ideas-proyectos, uno de ellos, este seminário (que se convirtió en proyecto escrito a cuatro manos) que pensamos con mucho cuidado, cariño y atención, debatiendo sobre la manera de horizontalizar la discusión de estos temas tan pertenecientes a la área de la danza.

Lo que yo, ahora coordinadora de esa acción cultural, no supuse en ese momento, era cuanto articular estos agentes se convertiría en una acción mucho más amplia que celebrar un seminario. Esta idea se convirtió en una acción política en el mundo, una acción de creación de esta zona de la casa, cuyo concepto aparece en esta idealización conjunta con Nirvana, en el sentido de que construyera posibles Utopías a camino de una Eutopía en danza, cultura, creación de redes y colaboración.

Por lo tanto, ahora entiendo lo cuanto este grupo de personas que participan en esta acción en San Pablo, se ha convertido en una comunidad ecológica - un concepto compartido por uno de nuestros invitados, María José Cienfuentes mientras coordinaba una de las tablas de trabajo en MOV-S 2012 - en que sí, somos los recursos!

De acuerdo con Cienfuentes (2012) en su habla en este importante evento de danza contemporánea, que ocurrió en la ciudad de Cádiz en junio de este año, “En las comunidades jerárquicas nosotros buscamos financiación para nuestras acciones, por lo que el recurso está en el otro, en una comunidad ecológica, NOSOTROS SOMOS EL RECURSO”.

6

Page 9: Lá em Casa!

paradigma social que sim, nos propõe outro olhar sobre a juventude que hoje impulsiona tantas ações locais modificadoras de seus contextos sócio-culturais.Por isso, eutopicamente proponho que o feito dessa ação corrobore com a máxima: Sim, nós podemos tudo, pois queremos e somos o recurso para fazê-lo!Ao fim, agradeço as instituições parceiras que gestionaram formas possíveis de se fazerem presentes, ao Iberescena pelo financiamento, aos parceiros da nossa região cultural América Latina (que nos enviaram afetuosas cartas de apoio ao projeto em sua apresentação a esse fundo) e aos artistas, estudantes e colaboradores que nos fizeram crer que essa mudança que sugiro é mais que ideia, já é realidade!

A mí me parece que así se les dió la construcción de esta acción ... Dibujamos una manera ecológica y comunitaria, para viabilizar la presencia de las personas, instituciones, ideas, asociaciones ... En fin ... Nosotros mismos creamos el recurso y nos pusimos en acción en el mundo para trazar posibles colaboraciones.

¿Qué resultará? Proposiciones metodológicas, el intercambio de tecnología del hacer en danza, en gestión, en curaduría y en la creación. Resultará en la posible creación de otras perspectivas y puntos de vista sobre ese mismo mundo de la danza que nos rodea y acerca con sus cuestiones aparentemente irresolubles, pero que encuentra sus resoluciones en esos mismos recursos/personas que crean sentido para sus haceres.

Esa es la creación eutópica del hacer artístico que nos interesa tanto. Y, sobre todo, es desde esta perspectiva que testimonio el cambio de paradigma social que sí, se propone otra visión distinta sobre los jóvenes que ahora conducen muchas de las acciones locales modificadoras de sus contextos socio-culturales.

Por lo tanto, propongo eutopicamente que el hacer esta acción se corrobora con la máxima: Sí, nosotros podemos todo, ya que queremos y tenemos la capacidad para hacerlo porque somos el recurso!

Al final, debo gracias a las instituciones asociadas que gestionaran formas posibles de estar presentes en nuestra acción, al IBERESCENA por la financiación, a nuestros asociados en la región de América Latina (que nos han enviado cartas afectuosas de apoyo para el proyecto en su presentación a dicho fondo) y a los artistas, estudiantes y colaboradores que nos hcieran creer que este cambio que les sugiero es más que una idea, es la realidad!

7

Page 10: Lá em Casa!

“Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada”Vinícius de Moraes

Casa 1: RUa DO pROBLEMa

Normalmente, referimo-nos à dança a partir de suas desvantagens. Ora porque criamos, produzimos, montamos a luz e tudo mais; ora porque temos poucos recursos e pouco público; ora porque ver o que o corpo dança toca ferida de nossa própria complexidade. Como diz o vídeo de Letícia Oliveira Rodrigues, do Grupo Palpita, “Muitas coisas para um corpo só” (2011). Por vezes, tal referência é menos, nossa desvantagem. Mas já suspeitava teóricos da dança, é mais. Casa 2: RUa DO CONTO NaIF pOR assIM DIzEREdith Derdyk escreve sobre um garoto que colecionava palavras (O colecionador de palavras, 2009) pois reconhecia sua beleza. Guardava, cria categorias, gavetas, daí um armário gigante se fez, explodiu, ouvia-se por todo lado frases, palavras, versos. As palavras se perderam. O menino não ficou triste não, conheceu histórias misturadas resultantes disso. Um sonho que se faz realidade a cada dia porque a poesia de dançar conta histórias misturadas de nós mesmos. Não acha?

Lá EM Casa, FazEREs a paRTIR Da DaNÇapor: Nirvana Marinho

“Lá en casa”, Los haceres de La danza

por: Nirvana Marinho

“Fue una casa muy chistosa no tenia techo, no tenia nada” Vinicius de Moraes

hogar 1: caLLe deL probLema

Normalmente, nos referimos a la danza desde el punto de vista de sus desventajas. Algunas veces porque creamos, producir, dibujamos la luz y todo lo mas del espectáculo; algunas veces porque tenemos pocos recursos y poco público; algunas veces porque ver lo que el cuerpo que danza toca en la herida de nuestra propia complejidad. Como dijo el video de Leticia Oliveira Rodrigues, Grupo Palpita, “Hay muchas cosas para un solo cuerpo” (2011). Por veces, dicha referencia es menos, es nuestra desventaja. Pero los teóricos han sospechado sobre la danza que esa es mas.

8

Page 11: Lá em Casa!

Casa 3: CORTázaR COM sUa “TEORIa DE CaRaNGUEJO” (1970)“Por que no meio de uma enumeração tão simples havia como um buraco, uma impossibilidade de continuar?”Nas contínuas tentativas de terminar o parágrafo, Winnie fazia tudo, deixando assim,Como você, Winnie, gestiona seus projetos e ações em cultura, nesta tão América Latina?Casa 4: COMO OBRIsT (2010) TORNOU-sE CURaDOR

Incentivado pela possibilidade de sua cozinha tornar-se uma galeria de arte e vislumbrando diálogos possíveis.Corpo como colecionador de fazeres, gestor como Winnie, curador de sua própria cozinha: que tal tornar disso uma natureza, ainda mais uma vantagem do nosso típico artesanato de expor narrativas tão diversas quanto nossas sociedades?!É a partir destas hipóteses que surge o Seminário Gestão e Curadoria em dança, lá em casa, resultado de um primeiro rascunho que pretendia estender a ação do Acervo Mariposa para a América Latina, a que chamamos de Rede Octopus. O seminário nasce inquieto porque naturalmente a tendência de um acervo vivo é criar protéses de si mesmo, é encontrar novas savanas para o olhar mais de perto como

hogar 2: caLLe deL cuento ingenuo, por así decir..

Edith Derdyk escribe acerca de un chico que coleccionaba palabras (El coleccionista de palabras, 2009), al reconocer su belleza. Las mantenia, creava categorías, cajones, y luego se convirtió en un armario gigante, que explotó, se escucha en todas partes frases, palabras, versos. Las palabras se perdieron. El niño no se quedó triste no, al contrário, se puce a conocer las histórias que resultaran de ese mixto. Un sueño que se convierte en realidad todos los días porque la poesía de danzar nos cuenta historias mezcladas de nosostros mismos. ¿No crees?

hogar 3: cortázar con su “teoría deL cangrejo” (1970)

“Por qué en el medio de una enumeración tan simple habia como un agujero, una

9

Page 12: Lá em Casa!

o corpo cria tanto de si mesmo. Na versão mais jocosa, seria uma “Jornada ao umbigo do mundo”, como vídeodançam Alice Ripol e Alex Cassal (2008).Dos processos de produção, reflexão e transformação com os quais fazemos dança, o que apostamos que se dá a ver é um estado autóctone no qual criação, gestão e curadoria conjugam o mesmo fazer, o mesmo corpo, deságuam na natureza, no território, nesta aldeia chamada dança.Dada esta vantagem, como fazemos: que visão temos da prática artística quando somos também gestores e/ou curadores, como ser criador e curador modificam a percepção de público, quais metodologias ou táticas impregnam a cena para dar conta da gestão delas fora de cena, ou como ser um e outro faz contemporânea essa dança. Perguntando com um ponto final, insistimos que é na metáfora da casa que possamos habitar, coletivamente e colaborativamente, como fazem as “Conexões Criativas”, de Clara Trigo (2009).

pROGRa

MaÇ

ÃO

incapacidad para continuar?” En los continuos intentos para acabar con el párrafo, Winnie hizo todo, dejando así Al igual que usted, Winnie, gestiona sus proyectos y acciones en la cultura, en América Latina?

hogar 4: cómo obrist (2010) se convirtió en comisario animado por La posibiLidad de su cocina convertirse en una gaLería de arte y mirando posibLes diáLogos.

El cuerpo como un coleccionista de haceres, gestor como Winnie, el curador de su propia cocina: que tal hacer de eso parte de nuestra naturaleza, una ventaja adicional de nuestra artesanía típica expor narrativas tan diversas como nuestras sociedades?

Es a partir de estas hipótesis que emerge Seminario de Gestión Creación y Comisariado en Danza, Lá en Casa, resultado de un primer borrador de proyecto que pretendía extender la acción del Acervo Mariposa para América Latina, lo que llamamos Red Octopus. El seminario nasció inquieto porque naturalmente la tendencia de un archivo vivo es crear una prótesis de si mismo, es encontrar nuevas sabanas para mirar más de cerca cómo el cuerpo crea tanto a partir de sí mismo. En la versión mas chistosa, seria una “Jornada al umbligo del mundo”, como vídeodanzan Alice Ripol y Alex Cassal (2008).

De los procesos de producción, reflexión y transformación con los cuales hacemos danza, nuestra apuesta que se hace ver es un estado en autóctono en lo cual creación, gestión y curaduría se combinan en el mismo hacer, en el mismo cuerpo y desembocan en la naturaleza, en el territorio, en este pueblo que se llama la danza.

Habida cuenta de esta ventaja, como lo hacemos nosotros: que mirada tenemos de la práctica artística cuando también somos administradores y / o comisarios, como ser creador y curador cambia la percepción del público, cuales son las tácticas y metodologías que impregnan la escena para dar cuenta de la gestión de las mismas afuera de la escena o como ser uno y otro hace contemporánea esa danza. Preguntándonos por fin, insistimos que es en la metáfora de la casa en que podremos habitar, de manera colectiva y colaborativa, al igual que las “conexiones creativas” de Clara Trigo (2009).

10

Page 13: Lá em Casa!

1º dia (10/07/2012):AUTÓCTONE PORQUE DANÇA

MANHÃ (09H-12H)CONFERÊNCIA DE ABERTURAJaqueline Vasconcellos (BR-BA/Conexão ZAT) eNirvana Marinho (BR-SP/Acervo Mariposa)

TARDE (14H-17H)CRIADOR, GESTOR, CURADORAlice Moreira (BR-PE/Recordança)André Fonseca (BR-SP/Projecta Consultoria)Santiago Turenne (UR/Festival Internacional de Danza Contemporánea de Uruguay)Sônia Sobral (BR-SP/Instituto Itaú Cultural)

2º dia (11/07/2012):GESTÃO PARA QUEM QUER DANÇAR

MANHÃ (09H-12H)André Martinez (BR-SP/Aprax - Arquitetura Cultural)

TARDE (14H-17H)PRÁTICA CURATORIALProvocadores:Nirvana Marinho (BR-SP/Acervo Mariposa)Maria Jose Cifuentes (CH/Festival Escena Doméstica)Bruna Antonelli (POR-BR/Curadora independente)

3º dia (12/07/2012):CURADORIA NA CARNE DA DANÇA

MANHÃ (09H-12H)Constanza Cordobez (CH/Movimiento 6)

TARDE (14H-17H)REDE OCTOPUS: UMa pROpOsIÇÃOpaRa GEsTÃO E CURaDORIaa paRTIR Das FORMas DE CRIaÇÃO!Jaqueline Vasconcellos (BR-BA/Conexão ZAT)pR

OGRa

MaÇ

ÃO

11

Page 14: Lá em Casa!

AUTÓCTONE POR ESCRITO:Emanuela Kalil (BR-PR) e Eduardo Rosa (BR-BA)

CONVIDADOS DEBATEDORES:Melisa Cañas (Córdoba - Argentina/De Poéticas Corporales); Soraya Vargas (Bogotá - Colômbia/Fundación Imagen en Movimiento); Dixon Quitian (Bogotá - Colômbia/Fundación Imagen en Movimiento); Nirlyn Seijas (Salvador - Brasil/Venezuela/Plataforma Internacional de Dança); Sacha Witkowski (Goiânia - Brasil/Festival Diagnóstico da Dança); Martha Hincapué (Berlim - Alemanha/Plataforma Berlin); Alejandra Díaz (Assunção - Paraguai/Festival Crear en Libertad); Danilo Bracchi (Pará-Brasil/Fórum de Dança do Pará); Gabriela Cavalcante (Pernambuco-Brasil/Universidade Federal de Pernambuco); Alexandre Molina (Bahia-Brasil/Fundação Cultural do Estado da Bahia); Wenderson Godoi (MG-BR); Joana Ribeiro (RJ-BR/UNIRIO/PPGAC); Marcos Moraes (SP-BR); Cynthia Domenico (SP-BR); Carlos Passos (MG-BR/Flux Cia de Dança); Ivan Sanchéz (Valparaíso-CH/Escenalborde).

aCOMpaNhE NOssO sITE:www.acervomariposa.com.br/redeoctopus

12

Page 15: Lá em Casa!

PARA INSCRIÇÃO NO SEMINÁRIO (com alimentação):R$ 45,00 ATRAVÉS DESTE LINK

PARA OUVINTE (sem alimentação) E CONVIDADOS:CONFIRMAÇÃO PELO EMAIL

[email protected]

ATÉ 6 DE JULHO DE 2012

LOCaL: CENTRO CULTURaL RIO vERDERUa BELMIRO BRaGa, 119 - pINhEIROssÃO paULO - sp

13

Page 16: Lá em Casa!