Lição 9 – 30 de maio de 2010

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Esperando Contra a Esperança

Autor deste subsídio: Pastor Ronaldo Batista.

Mestre em Teologia. Convites:

rb-pereira1966@hotmail.com

ESBOÇO DA LIÇÃO INTRODUÇÃO I. O QUE É ESPERANÇA II. ASPECTOS DA ANGÚSTIA DE JACÓ III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL CONCLUSÃO

Texto áureo:

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos”, Jó 14.7.

Verdade Prática:

O que confia em Deus jamais será subvertido pelo desespero; em meio às crises, brotará a esperança.

INTRODUÇÃO Devemos reconhecer que Israel é uma peça chave no quebra cabeça profético escatológico, muitas profecias ainda se cumprirão pois não se cumpriram em sua totalidade. Todavia a profecia sobre a angústia de Jacó, se cumpriu em seus dias quando Babilônia em 586 aC. veio e destruiu o templo de Jerusalém, a cidade e arrasou o restante de Judá. Jeremias advertindo o posicionamento político rebelde do rei de Judá e seus conselheiros, mas estes apoiados por seus profetas não lhe deram ouvidos. Então o profeta anteviu “o tempo de angústia de Jacó”, mas simultaneamente ele também vê Israel restabelecida maravilhosamente. Daí vemos Jeremias esperando contra a esperança, que é o assunto de que trata a lição de hoje.

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I. O QUE É ESPERANÇA

1. Conceito

É a confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. A segunda virtude

mencionada em 1Co 13.13 se baseia na confiança em Deus (Rm 15.13). Cristo é a nossa esperança

(1Tm 1.1; Cl 1.27). O símbolo da esperança é a âncora (Hb 6.18-19).

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2. Princípio bíblico em Abraão

Quando Deus apareceu a Abraão ele tinha 75 anos e ordenou-lhe que saísse de sua terra e do meio de sua parentela para uma terra que não conhecia. Pois Deus faria dele uma grande nação, todavia ele não tinha nenhum filho. Sara, mulher de Abraão, era estéril e com o passar dos anos viu exaurida suas forças e toda a sua possibilidade esgotada de gerar, pois nela já “havia cessado o costume das mulheres”, Gn 18.11. Todavia Deus sempre lhe reafirmava sua promessa reanimando a seu servo Abraão, que apesar de ver esgotadas todas as possibilidades físicas, resolver ter fé nas palavras de Deus contra a sua situação de total impossibilidade. Isto é, preferiu ficar “esperando contra a esperança”, Rm 4.18. Pois estava certo de que aquele que havia prometido que a sua descendência seria numerosa como as estrelas do céu, assim o faria, Gn 15.5. Assim Abraão nos ensina a ter fé, quando não há nenhum apoio ou possibilidade de realização do ponto de vista humano.

3. A esperança no livro de Jeremias

Jeremias vê o juízo iminente de Javé sobre Israel, quem poderia fazer alguma

coisa para evitá-lo, não aceita suas mensagens e é claro que isso lhe fere profundamente o coração, pois dentro de uma visão profética ele já contempla a destruição de Jerusalém, do seu templo e o arraso total do Estado de Judá.

Mesmo diante disso tudo, ele tem de Deus forças para profetizar uma expectativa que vai além do que os olhos humanos poderiam ver, o retorno da posteridade dentro de setenta anos com o reflorescer da nação judaica uma vez mais, Jr 29.10; Dn 9.2. Jeremias também prevê uma mudança interior no coração dos judeus, Jr 31.33. E ainda, o juízo sobre Babilônia e sua destruição, Jr 25.12. Essas e outras profecias se encontram no livro de Jeremias.

II. ASPECTOS DA ANGÚSTIA DE JACÓ

1. A angústia de Jacó Essa frase representa a angústia da nação judaica inicialmente nos dias de

Jeremias. Mas ela assume um aspecto escatológico para os últimos dias que sucederá após o arrebatamento da Igreja. Onde Israel ficará numa situação de risco de extinção, sendo livrada pela vinda do Messias Jesus com a sua Igreja.

1Kaschel, W., Zimmer, R., & Sociedade Bíblica do Brasil. 1999; 2005. Dicionário da Bíblia de

Almeida 2ª ed. Sociedade Bíblica do Brasil

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2. Profecia de Ezequiel É muito interessante que Ezequiel estando no cativeiro tem uma revelação

espetacular sobre o renascimento de Israel, Ez 37. No cativeiro o povo havia perdido a sua esperança, certamente os cativos associaram o fato ao reino do Norte, Israel, que havia sido eliminada como nação depois de exilado. Todavia Deus mostra a Ezequiel que eles não deveriam agir sem esperança, pois ainda que seus ossos tivessem ressecados Ele os reuniria e lhes daria vida novamente, Ez 37.11-13.

Mas haveriam nações do hemisfério norte, Gogue e Magogue, que viriam depois de vê-los instaurados em sua terra e prósperos para tentar destruí-los, Ez 38-39. Todavia, Deus intervirá em favor de Israel dando-lhes um livramento sobrenatural nos últimos dias. As aves serão convidadas ao banquete oferecido por Deus para que se alimentem das carnes dos soldados e poderosos, 39.17-20.

3. Profecia de Daniel Setentas semanas estão determinadas proféticamente para o povo de Israel, Dn 9.24. Essas semanas, são semanas de anos que são divididas em três grupos.

1º Grupo 07 semanas 49 anos

2º Grupo 62 semanas 434 anos

3º Grupo 01 semana 7 anos

O início da contagem está no v.25: “... desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...” Esta ordem não é outra senão o decreto de ARTEXERXES LONGÍMANO, datado de 445 aC., o capítulo 2 de Neemias descreve a ocasião deste decreto e como foi comissionado pelo rei para reedificar a cidade de Jerusalém. De acordo com a profecia em estudo final das primeiras sete semanas, ou seja 49 anos a cidade estaria reedificada o que ocorreu em 397 aC., aí temos o cumprimento do 1º grupo.

O 2º grupo que é de 62 semanas ou 434 anos, a sua contagem é da reedificação de Jerusalém até a morte do Messias, i.e., no Calvário que ocorreu no ano 29 dC.

O 3º grupo que é de uma semana ou 7 anos é futuro, para verificar basta comparar Dn 7.27 com Mt 24.15 para ver que ainda não se cumpriu. Esta última semana não se cumprirá enquanto Israel estiver fora de sua terra. Contudo o Estado de Israel ter sido criado em 1945 e já ter retornado, muitos judeus para a sua pátria, porém este retorno é parcial e ainda falta desalojar os ocupantes das terras de Israel e principalmente a cidade de Jerusalém.

4. Profecia de Zacarias

Zacarias fala do "Dia do Senhor", em que todas as nações se juntarão para

eliminar a Israel, Zc 14.1-2. Esse será um dia que o Senhor sairá para pelejar contra essas nações pessoalmente, 14.3. Esta profecia diz respeito ao remanescente judeu do final dos dias, que em aperto o próprio Deus virá livrá-lo pessoalmente, colocando seus pés sobre o Monte das Oliveiras, haverá um enorme terremoto e as rochas se fenderão abrindo passagens (vales) para os Israelenses passar em fuga do inimigo, 14.4-5. Haverá

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algo de grande impacto que não permitirá que haja luz, mas será um dia de frio e gelo, 14.6. E por causa do que acontecerá a geografia do lugar se modificará e nesse tempo um só será o SENHOR E REI sobre toda a terra, Zc 14.8-9. Evidentemente que se trata do REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. Naquele tempo eles chorarão reconhecendo o seu Messias que seus pais rejeitaram, Zc 12.10.

III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL

1. Dispersões De Israel. Devemos compreender que Israel, as tribos do norte, foi dispersa no

tempo do Império Assírio, perdendo a sua identidade, pois misturou-se nessa ocasião. De Judá. Depois parte de Judá foi para o cativeiro babilônico, sendo destruída em

seguida. Após setenta anos um remanescente retornou de Babilônia segundo o relato de Esdras caps. 1-6. Neemias restaura os muros de Jerusalém e desenvolve um projeto de restauração da cidade. Assim a identidade do povo foi mantida, com muita luta através dos séculos até chegar os dias de Jesus.

Outra Dispersão. O templo foi reconstruído e nos dias de Herodes, o Grande, foi completamente remodelado e ampliado, o que levou 40 anos, tornando-se motivo de orgulho dos judeus. Apesar de tudo eles não gostavam de Herodes por causa dos seus crimes e abusos de autoridade constantes.

Os dias do Senhor Jesus, foram dias da visitação divina, pois o Verbo Eterno estava entre eles e não reconheceram, era uma chance de sobrevivência de Israel daqueles dias. Todavia, o Senhor Jesus profetizou como Jeremias contra o templo de Jerusalém, Mt 24. No ano setenta o General Tito com suas legiões tomaram a Jerusalém e derrubaram o seu templo. Muitos judeus foram mortos, outros foram prisioneiros e assim ficaram fora dos termos de Israel através dos séculos.

2. O restabelecimento do Estado de Israel

Para que o Senhor Jesus, o Messias, retornasse seria necessário que Israel

estivesse em sua terra. Os judeus espalhados pelo mundo não tinham muito interesse pois estavam em situação comôda na Europa, mas como eles estão sob os espectros das profecias tiveram de retornar. E lamentavelmente isso aconteceu de maneira muito traumática depois da Segunda Guerra Mundial.

Após três anos depois do término da mesma, em 14 de maio de 1948 era reconhecido o mais novo Estado de Israel. O que demonstra de modo acelerado um novo circuito do cumprimento profético que culminará com o retorno do Messias segundo

3. A retomada de Jerusalém

Jerusalém é uma importante peça no cenário profético messiânico. Por isso era

necessária a sua retomada pelo povo judeu. O que começou a acontecer em junho de 1967, quando o lado oriental da cidade foi tomada pelo exército israelense na famosa Guerra dos Seis Dias.

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CONCLUSÃO É certo que muitas dificuldades estão reservadas para Israel até que chegue o Dia do Senhor em que Ele voltará visivelmente para livrar a Israel do holocausto final, e bem como o próprio ser humano da extinção também. Pois o próprio Senhor Jesus disse que se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma cane se salvaria, tal será a situação da humanidade. Todavia olhamos além das possibilidades humanas de existência, até porque só há o apoio profético para gerar esperança contra esperança naquele que virá.