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Novas Tendências em Limpeza de Endoscópios Maria Águida Cassola & Kelly Bergonzi 9° Curso de Enfermagem em Endoscopia Gastrointestinal - SOBEEG

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Page 1: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Novas Tendências em Limpeza de Endoscópios

Maria Águida Cassola & Kelly Bergonzi

9° Curso de Enfermagem em Endoscopia Gastrointestinal - SOBEEG

Page 2: LIMPEZA ENDOSCOPIA

DETERGENTES ALCALINOS

O por quê dessa tendência

Formulação

Compatibilidade

Prática de Uso

Como avaliar os resultados

Acupac.clom

Olympus*

Page 3: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Alcalino x Neutro

Sangue fixado

Page 4: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Alcalino X Enzimático

Page 5: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Biofilmes

Artigo: A study of the efficacy of bacterial biofilm cleanout for gastrointestinal

endoscopes Ying Fang, Zhe Shen, Lan Li, Yong Cao, Li-Ying Gu, Qing Gu, Xiao-Qi Zhong, Chao-Hui Yu, You-Ming Li World J Gastroenterol 2010 February 28; 16(8): 1019-1024 ,ISSN 1007-9327

Tempo de lavagem

Tempo de enxágue

Estabilidade de Enzimas

Page 6: LIMPEZA ENDOSCOPIA

DESVENDANDO OS “INGREDIENTES” Detergentes Alcalinos

Page 7: LIMPEZA ENDOSCOPIA

FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino

• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH

Alcalinizantes

• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado

Tensoativos

Não Iônicos

Page 8: LIMPEZA ENDOSCOPIA

SURFACTANTES

Surfactantes são tensoativos que:

• Diminuem a tensão superficial da água, logo, o agente de limpeza terá um efeito melhor.

Quanto menor a tensão superficial,

melhor o efeito de limpeza!

Sem surfactante Surfactant e1 Surfactant e2

Page 9: LIMPEZA ENDOSCOPIA

SURFACTANTES

Efeito positivo: • Água „mais molhada“ que penetra sob a superfície

dos debris. Bom transporte de sujeira; • Diminui formação de espuma; • Maior proteção do material; • Potencializa efeitos limpeza; Não-iônicos: • “Environmental friendly”, que prometem limpar sem

agredir o meio ambiente.

Fonte: Revista H&C - Household & Cosméticos. Ano v n°24. Março/ Abril, 2004. Disponível em:http://www.freedom.inf.br/revista/HC24/household.asp

Page 10: LIMPEZA ENDOSCOPIA

EFEITOS DA LIMPEZA Detergentes Alcalinos

Efeito de limpeza de um detergente alcalino sem nenhum surfactante

Fotos cedidas pela Enfa. Petra Labonte (experiência prática – Alemanha).

Page 11: LIMPEZA ENDOSCOPIA

EFEITOS DA LIMPEZA – DETERGENTES ALCALINOS

Fotos cedidas pela Enfa. Petra Labonte (experiência prática – Alemanha).

Page 12: LIMPEZA ENDOSCOPIA

FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino

• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH

Alcalinizantes

• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado

Tensoativos

Não Iônicos

•Ácido Metil Glicina Diacético Trissódico

•Ácido cumenesulfônico Sódico

Quelantes e

Agentes Dispersantes

•Éster de ácido Fosfórico •Ácido de Éster Hidroxibenzóico •Fenoxietanol

Antioxidantes

Conservantes

Page 13: LIMPEZA ENDOSCOPIA

AGENTES QUELANTES

São agentes que:

- Sequestram íons de água dura (cálcio e magnésio) e os mantém em suspensão;

- Previne que estes íons se redepositem nas superfícies;

- São agentes como o EDTA, NTA, fosfatos, ácidos orgânicos, dentre outros;

Page 14: LIMPEZA ENDOSCOPIA

FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino

• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH

Alcalinizantes

• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado

Tensoativos

Não Iônicos

• Ácido Metil Glicina Diacético Trissódico

• Ácido cumenesulfônico Sódico

Quelantes e

Agentes Dispersantes

• Éster de ácido Fosfórico • Ácido de Éster Hidroxibenzóico • Fenoxietanol

Antioxidantes

Conservantes

Page 15: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Enzimas - Estabilidade

Page 16: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Fabricantes/Usuários/Compatibilidades Fujinon – Manual de Uso

Pentax – Manual de Uso

Page 17: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Uso de alcalino em máquina Mediclean Forte

Page 18: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Prática de Uso

From Fujinon Manual

Page 19: LIMPEZA ENDOSCOPIA

LIMPEZA

OBJETIVOS

• Remover sujidades.

• Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos.

• Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.

• Preservar o material.

• Evitar a transmissão cruzada de microrganismos aos pacientes.

Fonte: NOGUEIRA, I.A. Processo de Artigos. Disponível em www.higieneocupacional.com.br/download/esterilizacao.ppt. Acesso em 09 jun. 2011

MANUAL

AUTOMÁTICA

“...Para endoscópios flexíveis, há apenas uma empresa no mercado que oferece um detergente alcalino para endoscópios flexíveis, que é a Dr. Weigert. Este detergente funciona muito bem e não há notícia de nenhum dano com o seu uso...”Petra

Page 20: LIMPEZA ENDOSCOPIA

O QUE SE PODE ENCONTRAR EM UM ENDOSCÓPIO

• Hemoglobina • Proteina • Carboidrato • Endotoxinas • Microrganismos

Biofilmes…

Page 21: LIMPEZA ENDOSCOPIA

O que deve ser considerado no reprocessamento do endoscópio

Temperatura

Risco de vazamento

Risco de danos no manuseio

Materiais e componentes

sensíveis

Agentes Químicos/Água

Page 22: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Equipamento de proteção individual (EPI):

Touca

Óculos

Máscara

Avental ou capa

Luvas longas

Page 23: LIMPEZA ENDOSCOPIA

•Ainda na sala de exame, após o endoscópio ser retirado do paciente, ainda conectado a fonte de luz, aspirar água com detergente diluído para limpeza do excesso de secreção no canal. Limpar o tubo com compressa retirando o excesso de secreção.

•Acionar o canal de ar/água por 15s, prevenindo a obstrução.

•Retirar o aparelho da fonte elétrica e conectar a tampa de proteção.

•Transportar o aparelho em container apropriado até a sala de reprocessamento.

Sala de exames

Fonte: SOBEEG. Manual de Limpeza e Desinfecção de Aparelhos Endoscópios.São Paulo.

Page 24: LIMPEZA ENDOSCOPIA

LIMPEZA MANUAL

Retire as conexões. Lave-as separadamente.

Lave todas as conexões e entradas com escovas próprias

Page 25: LIMPEZA ENDOSCOPIA

•Realizar o teste de Vazamento;

•Utilize um detergente adequado e não espumante. Dilua corretamente; Limpeza manual, inclui escovação e exposição de todos os componentes externos e internos acessíveis com um detergente de baixa espuma compatível com endoscópios (uma vez que o detergente enzimático requer no mínimo 15 minutos de contato para agir, é preferível utilizar um detergente não enzimático) Fonte: World Gastroenterology Organization / World Endoscopy Organization Practice Guidelines Desinfecção de Endoscópios—um enfoque sensível aos recursos, fev. 2011 Disponível em: <http://www.worldgastroenterology.org/assets/downloads/pt/pdf/guidelines/endoscope_disinfection_pt.pdf.> Acesso em 09 jun.2011

•Lavar externamente o aparelho utilizando compressa macia ou esponja;

• Troque as soluções entre os reprocessamentos (utilize uma única vez);

LIMPEZA MANUAL

Page 26: LIMPEZA ENDOSCOPIA

LIMPEZA MANUAL

Enxague bem

Page 27: LIMPEZA ENDOSCOPIA

SECAGEM

Secar os canais com ar comprimido baixa pressão. Se necessário utilizar álcool 70%

Secar o endoscópio com compressa

Page 28: LIMPEZA ENDOSCOPIA

REPROCESSAMENTO AUTOMÁTICO

No reprocessamento automático dos endoscópios, o mesmo e seus componentes são colocados no reprocessador, e todos os conectores de canais são ligados segundo as instruções do fabricante da lavadora e do endoscópio. O equipamento garante a exposição de todas as superfícies internas e externas ao agente de limpeza e desinfetante.

Page 29: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Reprocessamento Automático

Depois da pré-limpeza manual, o endoscópio flexível é colocado em um rack de carga.

Racks especialmente desenhados para endoscópios e acessórios.

Sistema de “Pressure Box”

Page 30: LIMPEZA ENDOSCOPIA

ARMAZENAMENTO

Page 31: LIMPEZA ENDOSCOPIA

LEIS & DIRETRIZES

ISO EN-ISO 15883 -4

Lavadora termodesinfectora - parte 4: Requerimentos e testes das lavadoras para

reprocessamento de materiais termossensíveis, incluindo endoscópios

Page 32: LIMPEZA ENDOSCOPIA

O fabricante da máquina deve indicar o detergente, com o qual foram realizados os testes da máquina;

O detergente e a água de enxágue devem ser drenados e rejeitados após cada passo do ciclo e não devem ser utilizados novamente;

A temperatura da solução de detergente deverá ser controlada durante o passo de limpeza a fim de garantir a eficácia da solução e assegurar que a temperatura permitida para endoscópios não será excedida;

Entre limpeza e desinfecção deve haver um passo de enxágue.

15883-4

Page 33: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Ser operado sob controle de um controlador automático;

Ter seu ciclo selecionado pelo usuário;

Prover desinfecção da câmara e de todo o sistema de transporte de líquidos ( térmica preferencial);

No caso de auto termodesinfecção, assegure-se que todas as partes do sistema de aquecimento e a tubulação associada, vias onde a água passou ou o vapor alcança o tanque, obtenha um valor de A0 de, no mínimo, 600, preferencialmente registrado no ciclo do processo.

15883-4 - O EQUIPAMENTO DEVE:

O sistema de termodesinfecção deverá ser avaliado através de monitoramento termométrico do sistema através de sensores.

Page 34: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Vantagens do processamento automático

É um processo rápido e seguro que proporciona: • Eliminação do risco de exposição dos usuários a produtos

químicos. • Diminuição do risco de danos e manutenções nos

endoscópios. • Promoção efetiva da limpeza e desinfecção dos canais dos

endoscópios. • Padronização da rotina de trabalho, facilitando a validação do

processo de limpeza e desinfecção dos endoscópios. • Análise da integridade do endoscópio automaticamente,

através de teste de vazamento.

Page 35: LIMPEZA ENDOSCOPIA

“A limpeza manual e/ou desinfecção não é validável (você pode apenas documentar um processo, pois não há como controlar todas ou a maioria das variáveis do processo), o que significa que ninguém pode ter certeza da eficácia do processo, pois ele não é feito sempre da mesma forma!” Petra Labonte - Enf. Consultora Alemanha

“As leis e guidelines dizem claramente que o processamento automático é sempre preferível. E se não for possível (por qualquer razão), você deve documentar muito claramente cada passo do reprocessamento manual para assegurar que você consegue atestar a eficácia do seu processo – o que é muito difícil!” Petra Labonte - Enf. Consultora Alemanha

Vantagens do processamento automático

Page 36: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Validação de Limpeza/Desinfecção

Baseado em Hygienic and Microbiological Inspection of flexible endoscopes after reprocessing. Zentral Sterilisation 2. 2010 pag. 113- 117.

• Protocolo (POP) desenvolvido pela Sociedade Alemã de Higiene

Hospitalar (DGKH) • Amostragem realizada baseada em conformações mais críticas com

periodicidade anual incluindo procedimentos manuais e automáticos • Amostras

– Swab ( análise qualitativa) – Líquidas - Análise quantitativa ( coletadas em frascos com agente neutralizantes

do desinfetante usado) – quando processamento manual • 20 ml coletados para teste membrana filtrante • Amostras refrigeradas e analisadas em ate 24 horas

Page 37: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Amostragem por swab área externa

Page 38: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Amostragem quantitativa/qualitativa canais

Page 39: LIMPEZA ENDOSCOPIA

Resultados esperados

Os seguintes microrganismos não devem estar presentes:

• Escherichia coli e outras enterobactérias

• Pseudomonas

• Staphilococcus aureus

• Mycobacteria ( análise de risco)

Contagem total de m.o. deve ser:

• < = a 20 cfu/canal ou < = 1 cfu/ml