literatura! profª: neusa klein. profª: neusa klein

67
Literatura Literatura ! ! Profª: Neusa Profª: Neusa Klein. Klein.

Upload: internet

Post on 21-Apr-2015

167 views

Category:

Documents


10 download

TRANSCRIPT

Page 1: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Literatura!Literatura!

Profª: Neusa Klein.Profª: Neusa Klein.

Page 2: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Conceitos de Literatura:

“Literatura é a linguagem carregada de significados”(Ezra Pound)

“A distinção entre literatura e demais artes vai operar-se nos seus elementos intrínsecos, a matéria e a forma do

verbo”.(Alceu Amoroso Lima)

“Literatura é ficção; é a recriação de uma realidade, através de palavras”.

(Faraco e Moura)

Page 3: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Gêneros LiteráriosGêneros Literários

Gênero Lírico Gênero Dramático Gênero NarrativoGênero Lírico Gênero Dramático Gênero Narrativo

Cada texto literário apresenta uma configuração, uma Cada texto literário apresenta uma configuração, uma estrutura diferente. Cada um deles faz parte de um estrutura diferente. Cada um deles faz parte de um

Gênero Literário.Gênero Literário.A definição do gênero a que pertence uma obra leva em A definição do gênero a que pertence uma obra leva em

conta sua estrutura e seu conteúdo.conta sua estrutura e seu conteúdo.

Page 4: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Gênero Lírico:Gênero Lírico: Mundo subjetivo, predominantemente. Mundo subjetivo, predominantemente. Não há narrador. A voz que fala no poema Não há narrador. A voz que fala no poema é é chamada de chamada de eu-líricoeu-lírico ou ou eu-poéticoeu-poético.. Normalmente não existem personagens, quando Normalmente não existem personagens, quando existem são apenas “pretexto”.existem são apenas “pretexto”. Tempo: estático. Tempo: estático. Enredo: não existe, quando existe é apenas Enredo: não existe, quando existe é apenas “pretexto”.“pretexto”. Descrição: quando ocorre é mero “pretexto” para Descrição: quando ocorre é mero “pretexto” para a confissão emocional do a confissão emocional do eu-líricoeu-lírico.. Linguagem verbal. Linguagem verbal.

Page 5: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Exemplo:Exemplo: Soneto de Fidelidade Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atentoDe tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encanto mais meu pensamentoDele se encanto mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momentoQuero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu prantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamentoAo seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde meu procureE assim, quando mais tarde meu procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de que ama.Quem sabe a solidão, fim de que ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive)Eu possa me dizer do amor (que tive)Que não seja imortal, posto que é chamaQue não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.Mas que seja infinito enquanto dure.(Vinícius de Moraes)(Vinícius de Moraes)

Page 6: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Gênero Dramático:Gênero Dramático: Mundo objetivo, predominantemente. Mundo objetivo, predominantemente. Não há narradorNão há narrador. No palco, os atores encarnam . No palco, os atores encarnam diretamente os personagens. No texto, a rubrica diretamente os personagens. No texto, a rubrica substitui a fala do narrador.substitui a fala do narrador. Os personagens são fundamentais. No palco, Os personagens são fundamentais. No palco, atuam diretamente, encarnadas em atores. No texto, atuam diretamente, encarnadas em atores. No texto, dialogam.dialogam. Tempo: dinâmico. Tempo: dinâmico. Enredo: fundamental. Enredo: fundamental. Descrição: é substituída pela rubrica (no texto), Descrição: é substituída pela rubrica (no texto), ou por roupa, cenário, iluminação (no palco).ou por roupa, cenário, iluminação (no palco). Linguagem verbal (no texto); Linguagem verbal e Linguagem verbal (no texto); Linguagem verbal e não-verbal (no palco).não-verbal (no palco).

Page 7: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Gênero Narrativo:Gênero Narrativo: Mundo objetivo, predominantemente. Mundo objetivo, predominantemente. Narrador em 1ª ou em 3ª pessoa. Narrador em 1ª ou em 3ª pessoa. Os personagens são fundamentais. Suas Os personagens são fundamentais. Suas ações são contadas por um narrador.ações são contadas por um narrador. Tempo: dinâmico. Tempo: dinâmico. Enredo: fundamental. Enredo: fundamental. Descrição: geralmente existe. É um recurso Descrição: geralmente existe. É um recurso para caracterizar personagens e espaço.para caracterizar personagens e espaço. Linguagem verbal. Linguagem verbal. Estrutura da narrativa: Estrutura da narrativa: - Enredo;- Enredo; - Tempo;- Tempo; - Personagens;- Personagens;-Espaço; -Espaço; -Foco narrativo.-Foco narrativo.

Page 8: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Versificação:Versificação:Elementos:Elementos:

Métrica –Métrica – Fazer a escansão de um Fazer a escansão de um verso é contar o número de suas verso é contar o número de suas sílabas métricas, considerando que: sílabas métricas, considerando que: # só se conta até a última sílaba # só se conta até a última sílaba tônica do verso;tônica do verso;# quando acontece o encontro de uma # quando acontece o encontro de uma vogal final átona mais uma vogal vogal final átona mais uma vogal inicial, ocorre a inicial, ocorre a elisãoelisão ou ou hiatohiato..

Page 9: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Exemplo:Exemplo:Lou\co, a\fli\to a \sa\ci\Lou\co, a\fli\to a \sa\ci\ar-ar-\\

meme

Page 10: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Classificação dos versos quanto ao número de Classificação dos versos quanto ao número de sílabas métricas:sílabas métricas:

- Monossilabos (1)- Monossilabos (1)-Dissílabos (2)-Dissílabos (2)

-Tri....(3)-Tri....(3)-Tetra...(4)-Tetra...(4)-Penta...(5)-Penta...(5)-Hexa...(6)-Hexa...(6)-Hepta...(7)-Hepta...(7)-Octa...(8)-Octa...(8)-Enea...(9)-Enea...(9)

-Decassílabos (10)-Decassílabos (10)-Endecassílabos (11)-Endecassílabos (11)

-Alexandrinos(12)-Alexandrinos(12)- Versos bárbaros (- Versos bárbaros (+ de 12)+ de 12)

--Versos brancos (nenhum esquema métrico)Versos brancos (nenhum esquema métrico)

Page 11: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Sucessão alternada de sons Sucessão alternada de sons tônicos e átonos, repetidos tônicos e átonos, repetidos

com intervalos regulares. com intervalos regulares.

Ritmo:

Page 12: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Quanto ao som:Quanto ao som:

Consoantes –Consoantes – semelhança total de semelhança total de sons a partir da vogal tônica das sons a partir da vogal tônica das palavras que rimam.palavras que rimam.

AssoantesAssoantes – semelhança na vogal – semelhança na vogal tônica.tônica.

Rima:

Page 13: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Quanto à distribuição na Quanto à distribuição na estrofe:estrofe:1)Emparelhadas 1)Emparelhadas (AABB)(AABB)Ex:Ex:“Pode, em redor de ti, tudo se “Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar: aniquilar: AATudo renascerá cantando ao teu Tudo renascerá cantando ao teu olhar. olhar. AATudo, mares e céus, árvores e Tudo, mares e céus, árvores e montanhasmontanhasBB Porque a vida perpétua arde em tuas Porque a vida perpétua arde em tuas entranhas.” entranhas.” BB

Page 14: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

2) Cruzadas 2) Cruzadas (ABAB)(ABAB)Ex:Ex:“E sons soturnos, suspirados “E sons soturnos, suspirados mágoas, mágoas, AAMágoas amargas e melancolias Mágoas amargas e melancolias BBNo sussurro monótono das No sussurro monótono das águas, águas, AANoturnamente, entre ramagens Noturnamente, entre ramagens firas”. firas”. BB(Cruz e Souza)(Cruz e Souza)

Page 15: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

3)Intercaladas 3)Intercaladas (ABBA)(ABBA)Ex:Ex:“Continuamente vemos “Continuamente vemos novidades, novidades, AAdiferentes em tudo da diferentes em tudo da esperança; esperança; BBdo mal ficam as mágoas na do mal ficam as mágoas na lembrança lembrança BBe do bem (se algum houve), as e do bem (se algum houve), as saudades”. saudades”. AA

Page 16: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

4) Encadeadas:4) Encadeadas: a última a última palavra do verso rima com palavra do verso rima com uma palavra do meio do uma palavra do meio do verso seguinte.verso seguinte.Ex:Ex:“Ouve ò Glaura, o som da “Ouve ò Glaura, o som da liraliraQue Que suspira lagrimosasuspira lagrimosa..AmorosaAmorosa, em noite escura,, em noite escura,Sem Sem venturaventura, nem prazer”., nem prazer”.

Page 17: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

5)Misturadas:5)Misturadas: não obedecem não obedecem a um esquema regular.a um esquema regular.Ex:Ex:“Aqui na floresta A“Aqui na floresta ADos ventos batida, BDos ventos batida, BFaçanhas de bravos CFaçanhas de bravos CQue geram escravos...” CQue geram escravos...” C

Page 18: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Quanto ao valor:Quanto ao valor:Rica –Rica – quando as palavras que quando as palavras que rimam pertencem a classes rimam pertencem a classes gramaticais diferentes.gramaticais diferentes.Pobre –Pobre – rimam palavras da rimam palavras da mesma classe gramatical.mesma classe gramatical.Rimas raras –Rimas raras – rimam palavras rimam palavras pouco comum à poesia.pouco comum à poesia.

Page 19: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Quanto à tonicidade:Quanto à tonicidade:Agudas –Agudas – rimas entre oxítonos e rimas entre oxítonos e monossílabos tônicos.monossílabos tônicos.Graves –Graves – rimas entre rimas entre paroxítonos.paroxítonos.Esdrúxulas –Esdrúxulas – rimas entre rimas entre paroxítonosparoxítonos

Page 20: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Atenção!Atenção!Versos brancos: versos

sem rima.Ex: “Mas é preciso ter

forçaÉ preciso ter raçaÉ preciso ter gana

sempre”.(Milton Nascimento)

Page 21: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

ESTROFEÉ o agrupamento das linhas poéticas em blocos.

Conforme o número de versos, aestrofe recebe um nome específico.

NÚMERO DE VERSOS NOME 1 verso MONÓSTICO

2 versos DÍSTICO3 versos TERCETO

4 versos QUARTETO OU QUADRA5 versos QUINTETO OU QUINTILHA6 versos SEXTETO OU SEXTILHA7 versos SÉPTIMA OU SEPTILHA8 versos OITAVA

9 versos NOVENA OU NONA10 versos Décima

Page 22: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃODENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Page 23: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

DENOTAÇÃO- Palavra com significação restrita

- Palavra com sentido dicionarizado -Palavra utilizada de modo

automatizado- Linguagem comum

Page 24: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

CONOTAÇÃO- Palavra com significação ampla

- Palavra cujos sentidos extrapolam osentido comum

- Palavra usada de modo criativo- Linguagem rica e expressiva

Page 25: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Senhores passageiros, por favor, apertem

os cintos!

Page 26: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Figuras de Figuras de LinguagemLinguagem

• 1. ANÁFORA: Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos

ou frases:Exemplo: “Você, que tanto tempo

faz,você que eu não conheço

mais,você, que um dia eu

amei, demais...”

• 2. ALITERAÇÃO: Consiste na repetição de mesmos sons de natureza consonantal.

Exemplo: “Ela para e fica ali

parada, olhando para nada, Paraná.

Fica parecida, paraguaia, pára-raios num dia de sol, para mim...”

(Parabólica, Engenheiros do Haway)

Page 27: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

3. ONOMATOPÉIA: Consiste na utilização de vocábulos com o objetivo deimitar determinado som ou ruído.Exemplo:

Page 28: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• 4. PLEONASMO: Consiste na repetição com a finalidade de enfatizar a

mensagem. Trata-se de uma redundância com finalidade expressiva.

Exemplo: “A mim, ensinou-me

tudo.”(Fernando Pessoa)

• 5. HIPÉRBOLE: Consiste no exagero intencional de uma idéia.

Exemplo: “Jogado aos seus

pés, com mil rosas roubadas...”

(Exagerado, Cazuza)

Page 29: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

6. EUFEMISMO: Consiste na suavização de idéias chocantes ou agressivas.Exemplo: “Descansem o meu leito solitárioNa floresta dos homens esquecida...”(Álvares de Azevedo)

7. IRONIA: Consiste na enunciação de algo que é o contrário daquilo que se

está afirmando.

8. ANTÍTESE: consiste no emprego de palavras ou expressões de sentidos

opostos.Exemplo: “Os jardins têm vida e morte.”(Cecília Meireles)

Page 30: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

9. PERSONIFICAÇÃO ou PROSOPOPÉIA: Consiste em atribuir a seresinanimados ou irracionais características de seres animados, racionais.Exemplo:

• Algumas das mais conhecidas personagens de história em quadrinhos sãoexemplos de PERSONIFICAÇÃO.Exemplo: Mickey-Mouse; Pato Donald, Zé Carioca, etc.

Page 31: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• 10. PARADOXO: Consiste em empregar expressões opostas, aparentemente

incompatíveis, numa só unidade:

Exemplo:“Sois anjo que tenta

e não me guarda”.

• 11. CATACRASE: Consiste em empregar um termo figurado por não existir um

termo adequado.Exemplo:“Adicione ao molho

um dente de alho”.

Page 32: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

12. COMPARAÇÃO: Consiste em atribuir a um ser características de um outroser, para indicar determinada semelhança. Entre esses elementos há sempre,uma partícula comparativa: “como; tal como; tal qual, assim como...”Exemplo: “... Eu te amo caladoComo quem ouve uma sinfoniaDe silêncio e de luz...”(Lulu Santos)

13. METÁFORA: Consiste numa comparação subentendida cujo conetivo e ouprimeiro termo da comparação desaparecem.Exemplo:“O amor é fogo que arde sem se veré ferida que dói e não se sente...”

Page 33: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

14.Metonímia:14.Metonímia: Consiste na substituição de Consiste na substituição de um termo por outro com o qual existe uma um termo por outro com o qual existe uma relação de significado.relação de significado.

EX:EX: “O bonde passa cheio de “O bonde passa cheio de pernaspernas.”.” (pessoas) (pessoas)15.Gradação:15.Gradação: Consiste em organizar uma Consiste em organizar uma seqüência de idéias em sentido crescente ou seqüência de idéias em sentido crescente ou decrescente.decrescente.

EX:EX: “ O primeiro milhão possuído “ O primeiro milhão possuído excita, excita, acirra,acirra, assanhaassanha a gula do milionário.” a gula do milionário.”

(Olavo Bilac)(Olavo Bilac)

Page 34: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

16.Sinestesia:16.Sinestesia: Consiste na mistura de Consiste na mistura de sensações que produzem forte sugestão.sensações que produzem forte sugestão.Exemplo:Exemplo:“Meu Deus! Como é sublime um “Meu Deus! Como é sublime um canto canto ardenteardente!”!”

(audição+tato)(audição+tato)

17.Perífrase:17.Perífrase: É o emprego de uma É o emprego de uma expressão que identifica coisa ou pessoa, expressão que identifica coisa ou pessoa, salientando suas qualidades ou um fato salientando suas qualidades ou um fato notável pelo qual são conhecidas.notável pelo qual são conhecidas.

Exemplo:Exemplo: O O país do futebolpaís do futebol acredita em seus acredita em seus filhos.filhos. (Brasil) (Brasil)

Page 35: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

18.Aliteração:18.Aliteração: Reiteração de fonemas Reiteração de fonemas consonantais.consonantais.Exemplo:Exemplo:“(...) que a “(...) que a bbrisa do risa do BBrasil rasil bbeija e eija e bbalança”.alança”.

19.Assonância –19.Assonância – reiteração de reiteração de fonemas fonemas

vocálicos.vocálicos.Exemplo:Exemplo:“a onda ainda“a onda aindaainda ondaainda ondaainda anda”.ainda anda”.

Page 36: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

20. Apóstrofe (invocação):20. Apóstrofe (invocação): Interpretação Interpretação feita a um ouvinte ou ao leitor da feita a um ouvinte ou ao leitor da mensagem.mensagem.

Exemplo:Exemplo:

““AmadoAmado, vem me ajudar, vem me ajudarneste meu salto mortal.”neste meu salto mortal.”

Page 37: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

As Escolas Literárias As Escolas Literárias Brasileiras.Brasileiras.

Acompanhando a história política e Acompanhando a história política e econômica do Brasil, nossa Literatura econômica do Brasil, nossa Literatura divide-se em duas grandes eras: divide-se em duas grandes eras: Era Era

ColonialColonial e a e a Era NacionalEra Nacional. Essas eras . Essas eras subdividem-se nas chamadas subdividem-se nas chamadas Escolas Escolas

LiteráriasLiterárias ou ou Estilos da Época.Estilos da Época.

Page 38: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Linha de Tempo...Linha de Tempo...

...1500 – Lit. de Informação...1500 – Lit. de Informação1601 – Barroco1601 – Barroco1768 – Arcadismo1768 – Arcadismo1836 – Romantismo1836 – Romantismo1881 – Real./Naturalismo – Parnasianismo1881 – Real./Naturalismo – Parnasianismo1893 – Simbolismo1893 – Simbolismo1902 – Pré-Modernismo1902 – Pré-Modernismo1922 - Modernismo1922 - Modernismo

Page 39: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Era ColonialEra Colonial

Page 40: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Quinhentismo-Lit. Quinhentismo-Lit. InformativaInformativa• Dá-se o nome de Quinhentismo ao período que se Dá-se o nome de Quinhentismo ao período que se

estende de 1500, ano de nossa descoberta, a 1601, ano estende de 1500, ano de nossa descoberta, a 1601, ano de início do Barroco.de início do Barroco.

• Não existia uma produção literária brasileira nessa época, Não existia uma produção literária brasileira nessa época, o que ocorria eram manifestações literárias feitas no o que ocorria eram manifestações literárias feitas no Brasil, pelos navegadores e jesuítas.Brasil, pelos navegadores e jesuítas.

• Essas manifestações eram de cunho informativo.Essas manifestações eram de cunho informativo.

• A produção quinhentista é o reflexo da situação histórica A produção quinhentista é o reflexo da situação histórica em que se encontrava a Península Ibérica, oscilando em que se encontrava a Península Ibérica, oscilando entre a preocupação com as riquezas materiais entre a preocupação com as riquezas materiais encontradas nas novas terras e a expansão da fé cristã encontradas nas novas terras e a expansão da fé cristã através do trabalho dos jesuítas.através do trabalho dos jesuítas.

Page 41: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Produção QuinhentistaProdução Quinhentista

• Escrita em prosa;Escrita em prosa;

• Tinha como finalidade narrar e Tinha como finalidade narrar e descrever as viagens e os primeiros descrever as viagens e os primeiros contatos com a terra descoberta e contatos com a terra descoberta e seus habitantesseus habitantes

• Destaca-se, nessa produção:Destaca-se, nessa produção:

• PERO VAZ DE CAMINHA – com a PERO VAZ DE CAMINHA – com a Carta da descoberta do Brasil.Carta da descoberta do Brasil.

Literatura Informativa!

Page 42: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Pero Vaz de CaminhaPero Vaz de Caminha

• Sua vida:Sua vida:

• Nascido em 1437, Nascido em 1437, foi escrivão da foi escrivão da armada de Cabral, armada de Cabral, morreu morreu assassinado pelos assassinado pelos mouros em 1500. mouros em 1500.

• A “Carta a El-Rei A “Carta a El-Rei Dom Manuel sobre Dom Manuel sobre o achamento do o achamento do Brasil” tem valor Brasil” tem valor histórico e literário, histórico e literário, refletindo a refletindo a preocupação com a preocupação com a conquista material conquista material e com a expansão e com a expansão da fé cristã.da fé cristã.

Page 43: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Fragmento da Carta:Fragmento da Carta:

• Texto 1:Texto 1: Feição deles é serem pardos, Feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas e nisso ou de mostrar suas vergonhas e nisso têm tanta inocência como têm em têm tanta inocência como têm em mostrar o rosto.mostrar o rosto.

Page 44: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Literatura JesuíticaLiteratura Jesuítica

• A finalidade central da literatura dos A finalidade central da literatura dos jesuítas era a catequese dos índios e, jesuítas era a catequese dos índios e, para tal, trabalharam especialmente para tal, trabalharam especialmente a poesia e o teatro.a poesia e o teatro.

• Destaca-se: Destaca-se: JOSÉ DE ANCHIETA.JOSÉ DE ANCHIETA.

Page 45: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

José de AnchietaJosé de Anchieta• Nascido em 1534, veio Nascido em 1534, veio

para o Brasil em 1553, para o Brasil em 1553, fundando, no ano fundando, no ano seguinte, um colégio em seguinte, um colégio em Piratininga (SP). Faleceu Piratininga (SP). Faleceu em 1597, no litoral do em 1597, no litoral do Espírito Santo.Espírito Santo.

• Deixou a 1ª Gramática Deixou a 1ª Gramática Tupi-guarani (ARTE DA Tupi-guarani (ARTE DA LÍNGUA MAIS USADA NA LÍNGUA MAIS USADA NA COSTA DO BRASIL), várias COSTA DO BRASIL), várias poesias (“Poema à poesias (“Poema à virgem”), hinos, canções virgem”), hinos, canções e outros (gêneros teatral).e outros (gêneros teatral).

• Foi com o teatro que Foi com o teatro que Anchieta cumpriu sua Anchieta cumpriu sua missão teatral.missão teatral.

• Obra: “A Santa Inês”Obra: “A Santa Inês”

Page 46: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

BarrocoBarroco

• O Barroco teve seu início no Brasil, em 1601, O Barroco teve seu início no Brasil, em 1601, com a publicação de PROSOPOPÉIA, de Bento com a publicação de PROSOPOPÉIA, de Bento Teixeira, abrangendo todas as manifestações Teixeira, abrangendo todas as manifestações artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de 1700.1700.

• MOMENTO HISTÓRICO:MOMENTO HISTÓRICO:• EUROPA: conflitos políticos, econômicos, sociais EUROPA: conflitos políticos, econômicos, sociais

e religiosos. Término das grandes navegações, e religiosos. Término das grandes navegações, Reforma Protestante e cisão da Igreja.Reforma Protestante e cisão da Igreja.

• BRASIL: exploração da cana-de-açúcar (NE), BRASIL: exploração da cana-de-açúcar (NE), escravização da mão-de-obra dos negros e escravização da mão-de-obra dos negros e perseguição aos índios.perseguição aos índios.

Page 47: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Características da Linguagem Características da Linguagem BarrocaBarroca• Quanto à forma:Quanto à forma:• Vocabulário selecionadoVocabulário selecionado• Gosto pelas inversões Gosto pelas inversões

sintáticassintáticas• Figuração excessiva, Figuração excessiva,

com ênfase em certas com ênfase em certas figuras de linguagem, figuras de linguagem, como a metáfora, a como a metáfora, a antítese e a hipérbole.antítese e a hipérbole.

• Sugestões sonoras e Sugestões sonoras e aromáticasaromáticas

• Gosto por construções Gosto por construções complexas e raras.complexas e raras.

• Quanto ao Conteúdo:Quanto ao Conteúdo:• Conflito espiritualConflito espiritual• Oposição entre o mundo Oposição entre o mundo

material e o espiritualmaterial e o espiritual• Consciência da Consciência da

efemeridade do tempo efemeridade do tempo (carpe diem)(carpe diem)

• Morbidez Morbidez • Gosto pelos raciocínios Gosto pelos raciocínios

complexos, intrincados.complexos, intrincados.

Page 48: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Sobrenatural;Sobrenatural;Morte;Morte;Cenas trágicas;Cenas trágicas;Religião;Religião;Erotismo;Erotismo;Misticismo;Misticismo;Arrependimento.Arrependimento.

Principais Temas do Barroco:

Page 49: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Estilo Barroco:Estilo Barroco:

• Linguagem rebuscada,culta, Linguagem rebuscada,culta, extravagante, valorização do pormenor extravagante, valorização do pormenor mediante jogos de palavras e pelo mediante jogos de palavras e pelo excessivo emprego de linguagem. excessivo emprego de linguagem. Também conhecido como Também conhecido como gongorismogongorismo..

• Jogo de idéias, de conceitos, seguindo Jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza retórica aprimorada.utiliza retórica aprimorada.

Page 50: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Principais autores:Principais autores:

• Gregório de Matos (1636-1696Gregório de Matos (1636-1696): Nascido na ): Nascido na Bahia, filho de família abastada, formou-se em Bahia, filho de família abastada, formou-se em Direito. Manteve uma vida desregrada e, em Direito. Manteve uma vida desregrada e, em conseqüência de seu espírito crítico e conseqüência de seu espírito crítico e zombeteiro, foi desterrado para Angola. zombeteiro, foi desterrado para Angola. Regressou para o Recife, onde faleceu um ano Regressou para o Recife, onde faleceu um ano depois.depois.

• Sua obra é o espelho dos contrastes da época: a Sua obra é o espelho dos contrastes da época: a rígida educação moralizante jesuítica e as rígida educação moralizante jesuítica e as ambigüidades dos costumes decadentes da ambigüidades dos costumes decadentes da Bahia.Bahia.

Page 51: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Suas poesias dividem-se Suas poesias dividem-se em:em:• Poesia SatíricaPoesia Satírica::• A poesia satírica de Gregório não poupa A poesia satírica de Gregório não poupa

ninguém: figurões portugueses, padres, ninguém: figurões portugueses, padres, freiras, nativos, negros...freiras, nativos, negros...

• Ganhou a apelido de “BOCA DO INFERNO” Ganhou a apelido de “BOCA DO INFERNO” devido a sua poesia satírica;devido a sua poesia satírica;

• Percebe-se nessa produção a percepção crítica Percebe-se nessa produção a percepção crítica da exploração colonialista feita pelos da exploração colonialista feita pelos portugueses, por isso é vista por alguns como portugueses, por isso é vista por alguns como a primeira manifestação nativista de nossa a primeira manifestação nativista de nossa literatura.literatura.

Page 52: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• Poesia Lírica:Poesia Lírica:

• A produção lírica marca-se pelo erotismo, A produção lírica marca-se pelo erotismo, pela consciência da brevidade da vida e pela consciência da brevidade da vida e pela necessidade de aproveitá-la a cada pela necessidade de aproveitá-la a cada instante (carpe diem).instante (carpe diem).

• Obras: “A Mesma D. Ângela”; Obras: “A Mesma D. Ângela”; “À instabilidade das cousas do mundo”. “À instabilidade das cousas do mundo”.

Page 53: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• Poesia Religiosa:Poesia Religiosa:

• Apresenta o pecador ajoelhado diante de Apresenta o pecador ajoelhado diante de Deus, sentindo-se culpado pelos pecados Deus, sentindo-se culpado pelos pecados cometidos, buscando o perdão por seus cometidos, buscando o perdão por seus erros e utilizando-se constantemente de erros e utilizando-se constantemente de referências bíblicas.referências bíblicas.

• Obra: “Jesus Cristo Nosso Senhor”Obra: “Jesus Cristo Nosso Senhor”

Page 54: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Pe. Antônio Vieira (1608-Pe. Antônio Vieira (1608-1697)1697) Nascido em Lisboa, Nascido em Lisboa,

veio ainda menino veio ainda menino para o Brasil. para o Brasil. Tornou-se grande Tornou-se grande pregador em pregador em Lisboa e voltou ao Lisboa e voltou ao Brasil, instalando-Brasil, instalando-se no Maranhão, se no Maranhão, onde fez a defesa onde fez a defesa dos índiosdos índios

• Sua obra divide-se entre Sua obra divide-se entre PROFECIAS, CARTAS e PROFECIAS, CARTAS e SERMÕES. Num estilo SERMÕES. Num estilo eloqüente, marcado pelo eloqüente, marcado pelo jogo de idéias, de jogo de idéias, de conceitos, seguindo um conceitos, seguindo um raciocínio lógico, raciocínio lógico, racionalista, seus racionalista, seus sermões são o melhor de sermões são o melhor de sua produção.sua produção.

• Obras: Sermão da Obras: Sermão da Sexagésima, Sermão de Sexagésima, Sermão de Santo Antônio aos Santo Antônio aos Peixes, Sermão do Bom Peixes, Sermão do Bom Ladrão...Ladrão...

Page 55: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Arcadismo – Séc. XVIII

“A Arcádia e seus pastores - o mundo ideal”

Page 56: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• MARCO INICIAL: “Obras Poéticas” – MARCO INICIAL: “Obras Poéticas” – Cláudio Manuel da Costa.Cláudio Manuel da Costa.

• CONTEXTO HISTÓRICO:CONTEXTO HISTÓRICO:

• Iluminismo (Pombal – expulsão dos Iluminismo (Pombal – expulsão dos Jesuítas; Rousseau – teoria do “bom Jesuítas; Rousseau – teoria do “bom selvagem”);selvagem”);

• Inconfidência Mineira.Inconfidência Mineira.

O ARCADISMO também pode ser chamado de NEOCLASSICISMO.

Page 57: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Principais características:Principais características:

• Oposição ao Barroco;Oposição ao Barroco;

• Racionalidade;Racionalidade;

• Simplicidade;Simplicidade;

• Imitação dos Clássicos;Imitação dos Clássicos;

• Bucolismo, Pastoralismo.Bucolismo, Pastoralismo.

Page 58: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Gêneros Literários do Gêneros Literários do Arcadismo:Arcadismo:

• POESIA LÍRICA:POESIA LÍRICA:

• Cláudio Manuel da Costa;Cláudio Manuel da Costa;

• Tomás Antônio Gonzaga;Tomás Antônio Gonzaga;

• Silva Alvarenga;Silva Alvarenga;

• Alvarenga Peixoto;Alvarenga Peixoto;

Page 59: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Cláudio Manuel da Costa:Cláudio Manuel da Costa:• Nasceu em 5 de junho de 1729, em Minas Gerais. Filho Nasceu em 5 de junho de 1729, em Minas Gerais. Filho

de mineradores abastados, formou-se em Direito pela de mineradores abastados, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Faleceu em 04/07/1789.Universidade de Coimbra. Faleceu em 04/07/1789.

• Introduziu o Arcadismo no Brasil com o livro “Obras Introduziu o Arcadismo no Brasil com o livro “Obras Poéticas”. Adotou o nome árcade de Poéticas”. Adotou o nome árcade de Glauceste Glauceste SatúrnioSatúrnio . .

• As musas que aparecem na sua poesia lírica são: As musas que aparecem na sua poesia lírica são: NiseNise e e EulinaEulina. Nise é a musa que mais aparece nas . Nise é a musa que mais aparece nas composições lírico-amorosas.composições lírico-amorosas.

• Tipos de poesia que cultivou: lírico-amorosa e épica.Tipos de poesia que cultivou: lírico-amorosa e épica.• Considerado um dos melhores sonetistas da nossa Considerado um dos melhores sonetistas da nossa

literatura.literatura.• Temas comuns na sua poesia: o amante infeliz, a tristeza Temas comuns na sua poesia: o amante infeliz, a tristeza

da mudança das coisas em relação aos sentimentos.da mudança das coisas em relação aos sentimentos.• Suas Obras: Suas Obras: Obras PoéticasObras Poéticas e e Vila RicaVila Rica..

Page 60: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Tomás Antônio GonzagaTomás Antônio Gonzaga

• Nasceu em Portugal, em 11 de agosto de Nasceu em Portugal, em 11 de agosto de 1744.Com oito anos foi trazido para o 1744.Com oito anos foi trazido para o Brasil. Faleceu em Moçambique em 1810.Brasil. Faleceu em Moçambique em 1810.

• Apaixona-se por Maria Dorotéia Joaquina Apaixona-se por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, que imortalizaria nos poemas de Seixas, que imortalizaria nos poemas com o pseudônimo de com o pseudônimo de MaríliaMarília..

• Principal poeta do século XVIII no Brasil.Principal poeta do século XVIII no Brasil.• Único poeta satírico do século XVIII.Único poeta satírico do século XVIII.• Adotou o nome árcade de Adotou o nome árcade de DirceuDirceu..

Page 61: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

MARÍLIA DE DIRCEUMARÍLIA DE DIRCEUEu, Marília, não sou algum vaqueiro,Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que viva de guardar alheio gado,Que viva de guardar alheio gado,

De tosco trato;de expressões grosseiro,De tosco trato;de expressões grosseiro,

Dos frios gelos e dos sóis queimado.Dos frios gelos e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto;Tenho próprio casal e nele assisto;

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leiteDas brancas ovelhinhas tiro o leite

E mais as finas lãs, de que me visto.E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília Bela, graças à minha estrela!Graças, Marília Bela, graças à minha estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte:Eu vi o meu semblante numa fonte:

Dos anos inda não está cortado;Dos anos inda não está cortado;

Os pastores que habitam este monteOs pastores que habitam este monte

Respeitam o poder do meu cajado.Respeitam o poder do meu cajado.

Com tal destreza toco a sanfoninha,Com tal destreza toco a sanfoninha,

Que inveja sté me tem o próprio Alceste:Que inveja sté me tem o próprio Alceste:

Ao som dela concerto a voz celeste,Ao som dela concerto a voz celeste,

Nem canto letra que seja minha.Nem canto letra que seja minha.

Graças, Marília Bela, graças à minha estrelaGraças, Marília Bela, graças à minha estrela!!

Page 62: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

• Suas Obras:Suas Obras:

• Marília de DirceuMarília de Dirceu (poesia lírico-amorosa): (poesia lírico-amorosa): Longo poema de amor, dividido em Longo poema de amor, dividido em pequenas unidades chamadas pequenas unidades chamadas LirasLiras. Tem . Tem como motivo principal a paixão do pastor como motivo principal a paixão do pastor Dirceu pela pastora Marília.Dirceu pela pastora Marília.

• Cartas ChilenasCartas Chilenas (poesias satíricas): (poesias satíricas): criticavam o governador de Minas Gerais.criticavam o governador de Minas Gerais.

Page 63: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Basílio da GamaBasílio da Gama

• Nasceu em 8 de abril de 1741, em Minas Gerais. Nasceu em 8 de abril de 1741, em Minas Gerais. Morreu em Lisboa, em 1795.Morreu em Lisboa, em 1795.

• Tinha como nome árcade Tinha como nome árcade Termindo Sipílio.Termindo Sipílio.

• Cultivou a poesia épicaCultivou a poesia épica

• Sua obra máxima foi O URAGUAI (tomada das Sua obra máxima foi O URAGUAI (tomada das Missões por tropas luso-espanholas – morte de Missões por tropas luso-espanholas – morte de Lindóia).Lindóia).

Page 64: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

O URAGUAIO URAGUAI

• Classificado como poema épicoClassificado como poema épico• Escrito em decassílabos brancos, sem divisão em Escrito em decassílabos brancos, sem divisão em

estrofesestrofes• Tinha o objetivo de satirizar os jesuítas e agradar o Tinha o objetivo de satirizar os jesuítas e agradar o

Marquês de Pombal, protetor do poeta.Marquês de Pombal, protetor do poeta.• Personagens principais:Personagens principais:• Lindóia:índia, heroína, que morre picada por uma cobra.Lindóia:índia, heroína, que morre picada por uma cobra.• Cacambo: índio guerreiro, esposo de Lindóia.Cacambo: índio guerreiro, esposo de Lindóia.• Padre Balda:Jesuíta, vilão da história, que trai os índios.Padre Balda:Jesuíta, vilão da história, que trai os índios.• Caitutu: índio guerreiro, irmão de Lindóia.Caitutu: índio guerreiro, irmão de Lindóia.• Tanajura: índia feiticeira.Tanajura: índia feiticeira.• Gomes Freire de Andrade:chefe das tropas portuguesas.Gomes Freire de Andrade:chefe das tropas portuguesas.

Page 65: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Santa Rita DurãoSanta Rita Durão• Nasceu em Minas, em 1722. Faleceu em Nasceu em Minas, em 1722. Faleceu em

Lisboa, em 1789Lisboa, em 1789• Realizou estudos de Filosofia e Teologia.Realizou estudos de Filosofia e Teologia.• Foi envolvido na polêmica contra os Foi envolvido na polêmica contra os

jesuítas e refugiou-se na Espanha, mais jesuítas e refugiou-se na Espanha, mais tarde na França e na Itália.tarde na França e na Itália.

• De suas produções poéticas, ficou o De suas produções poéticas, ficou o poema épico poema épico CaramuruCaramuru (sem inovações, (sem inovações, glorifica o colonizador branco na pele de glorifica o colonizador branco na pele de Diogo Àlvares Correia – morte de Moema).Diogo Àlvares Correia – morte de Moema).

Page 66: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

CARAMURUCARAMURU

• Classificado como poema épico, escrito em decassílabos Classificado como poema épico, escrito em decassílabos rimados, com divisão em cantos e estrofes.rimados, com divisão em cantos e estrofes.

• É narrado em dez cantos.É narrado em dez cantos.• Descreve o naufrágio de Diogo Álvares Correia(na costa da Descreve o naufrágio de Diogo Álvares Correia(na costa da

Bahia) e suas aventuras amorosas com as índias:Paraguaçu e Bahia) e suas aventuras amorosas com as índias:Paraguaçu e Moema.Moema.

• O poema segue o esquema clássico camoniano: usa a oitava O poema segue o esquema clássico camoniano: usa a oitava rima e obedece à divisão tradicional:proposição, rima e obedece à divisão tradicional:proposição, invocação,dedicatória, narrativa e epílogo.invocação,dedicatória, narrativa e epílogo.

• PERSONAGENS PRINCIPAIS:PERSONAGENS PRINCIPAIS:

• Diogo Álvares Correia:herói, náufrago português.Diogo Álvares Correia:herói, náufrago português.• Paraguaçu:índia, filha do cacique,apaixonada, e escolhida por Paraguaçu:índia, filha do cacique,apaixonada, e escolhida por

Diogo.Diogo.• Moema:amante de Diogo, morre afogada.Moema:amante de Diogo, morre afogada.• Taparica:cacique, pai da índia Paraguaçu.Taparica:cacique, pai da índia Paraguaçu.

Page 67: Literatura! Profª: Neusa Klein. Profª: Neusa Klein

Silva AlvarengaSilva Alvarenga

• Nasceu em Minas, em 1749. Morreu Nasceu em Minas, em 1749. Morreu no Rio de Janeiro, em 1 de novembro no Rio de Janeiro, em 1 de novembro de 1814.de 1814.

• Tinha como musa inspiradora: Tinha como musa inspiradora: BárbaraBárbara..

• Suas poesias eram lírico-amorosa.Suas poesias eram lírico-amorosa.

• Obra: Obra: GlauraGlaura..