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Celso Antunes Maria do Carmo Pereira Maria Inês Vieira G EOGRAFIA E P ARTICIPAÇÃO 7 º - ano GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL SÉCULO XXI MANUAL DO PROFESSOR

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  • GEOG

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    2a edio So Paulo - 2012

    Celso

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    I

    Celso AntunesBacharel e licenciado em Geogra a

    pela Faculdade de Filoso a, Cincias e

    Letras da Universidade de So Paulo. Mestre em Cincias Humanas pela

    Universidade de So Paulo. Especialista em inteligncia e cognio;

    autor de livros sobre temas de Educao.

    Maria Ins VieiraBacharel em Geogra a pela Faculdade de Filoso a,

    Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo.

    Professora da rede pblica do estado de So Paulo.

    Maria do Carmo PereiraFormada em Pedagogia pela Faculdade

    Metropolitana Unidas de So Paulo.Autora de material didtico e orientadora pedaggica

    da rede privada de Ensino Fundamental.

    MANU

    AL DO

    PROFE

    SSOR

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  • apresentao

    2a edio So Paulo 2012

    Todos os direitos reservados

    Coleo Sculo XXI Geografia e Participao 7o ano

    IBEP, 2012

    Diretor superintendente Jorge Yunes Gerente editorial Clia de Assis Editores Pedro Cunha Silvia Ricardo Assistente editorial Simone Silva Preparao e reviso Andr Tadashi Odashima Berenice Baeder Luiz Gustavo Bazana Maria Inez de Souza Rhodner Paiva Produogrfica Jos Antonio Ferraz Assistentedeproduogrfica Eliane M. M. Ferreira Produo editorial Paula Calviello Coordenadoradeiconografia Maria do Cu Pires Passuello Assistentedeiconografia Adriana Neves Coordenadora de arte Karina Monteiro Assistente de arte Marianne Carvalho Marilia Vilela Toms Troppmair Ilustraes Crcamo Cicero Soares Davidson Frana Cartografia Maps World Mario Yoshida Projetogrfico Conexo Editorial (Adaptao Departamento de Arte IBEP) Capa Ulha Cintra Comunicao Visual e Arquitetura Diagramao Departamento de Arte IBEP

    Av. Alexandre Mackenzie, 619 Jaguar

    So Paulo SP 05322-000 Brasil Tel.: (11) 2799-7799

    www.ibep-nacional.com.br [email protected]

    CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    A642g2.ed.

    Antunes, Celso Avelino Geografia e participao : 7o ano / Celso Avelino Antunes, Maria do Carmo Pereira e Maria Ins Vieira. - 2.ed. - So Paulo : IBEP, 2012. il. ; 28 cm (Sculo XXI)

    ISBN 978-85-342-3161-9 (aluno) - 978-85-342-3165-7 (mestre) 1. Geografia - Estudo e ensino (Ensino fundamental). I. Pereira, Maria do Carmo. II. Vieira, Maria Ins. III. Ttulo. IV. Srie.

    12-1482. CDD: 372.891 CDU: 373.3.016:91013.03.12 30.03.12 034134

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  • CARO(A) ALUNO(A)

    Aprender Geografi a importante para entender melhor o mundo

    sua volta; um caminho para refl etir sobre as relaes da socie-

    dade com a natureza.

    Os conhecimentos que se adquire estudando Geografi a so im-

    portantes na participao de decises da comunidade, na identifi -

    cao de problemas e na busca por solues.

    Neste livro, voc convidado, por meio de textos, imagens e

    propostas de atividades, a descobrir o seu lugar no mundo e a sua

    interao com ele.

    Bom estudo!

    Os autores

    APRESENTAO

    Mar

    cello

    Cas

    al Jr

    ./ Ab

    ril

    Os autores

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_iniciais_30abr12_p5.indd 3 5/1/12 12:01 PM

  • Aluno,

    Seu livro dividido em nove unidades e apresenta uma seleo de contedos relacionados aos gran-des eixos temticos da Geografi a. Com ele, voc aprender de maneira agradvel e poder conver-sar com os professores de Histria, Matemtica, Lngua Portuguesa, Artes etc. para entender melhor como os contedos de Geografi a esto relacionados aos das demais disciplinas.

    ConHea seu LiVro

    abertura de unidadeCada unidade do livro inicia-se apresentando o assunto abordado atravs de texto e imagem que, associados a uma questo problematizadora e refl e-xiva, permitem que voc considere o que j sabe e o que deseja aprender, alm de incentivar o estudo mais aprofundado do tema abordado.

    ContedoOs contedos pertinentes ao estudo da Geografi a so apresentados de

    forma linear e distribudos em unidades de acordo com a sua idade, para dinamizar o aprendizado e a leitura.

    a estrutura Das uniDaDes

    Fotos e ilustraesFotos e ilustraes foram cuidadosamente escolhidas com o objetivo de auxiliar voc a construir conceitos, a partir de anlises, inter-relaes e refl exes desenvolvidas com apoio de legendas ampliadas, que trazem informaes atualizadas e contextualizam cada imagem.

    4

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  • ConHea seu LiVro

    Boxes conceituaisBoxes conceituais contm informaes pontuais sobre termos e concei-tos, explicando-os e auxiliando voc a construir o seu conhecimento e a entender a relao entre a Geografi a com os demais campos do saber.

    tabelasTabelas intervm em determinados momentos do texto para apresentar dados atualizados e caractersticas diversas que iro auxili-lo a listar, ordenar e classifi car itens de acordo com o assunto tratado.

    mapasMapas elaborados criteriosamente visam complementar o contedo

    abordado nos textos principais das unidades do livro, apresentando os fenmenos relacionados de forma clara e precisa.

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  • sees

    De olho na net

    Atravs de atividades orientadas passo a passo, voc aprender a navegar por fontes eletrnicas interessantes e seguras, percebendo diversas possi-bilidades de se usar a rede mundial de computadores para aprofundar o seu conhecimento em Geografi a.

    Leia mais

    Textos complementares ou de atualidades, retirados de diferentes mdias so apresentados com o intuito de contribuir para a elaborao de ideias

    ou raciocnios sobre o tema. O contedo foi selecionado e produzido para estimular o seu entendimento, bem como para desenvolver suas

    diversas habilidades, como observar, ler, interpretar, comparar, analisar, defi nir, entre outras. Para isso, quando necessrio, o contedo

    vem acompanhado de questes re exivas.

    em ao!!!

    Esta seo traz propostas de atividades prticas baseadas em textos e imagens que estimulam a investigao cientfi ca e contribuem com a contextualizao do tema em foco.

    6

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  • atividades de sistematizao

    Inserida ao fi nal de cada unidade, esta seo composta por exerccios que retomam o contedo estudado, por meio de atividades prticas e interativas, e propostas de pesquisa e re exo. Visa estimular a anlise da informao com o objetivo de aproximar voc do conhecimento e poten-cializar sua postura participativa e crtica.

    Glossrio

    Palavras de difcil compreenso esto destacadas no texto e, ao fi nal de cada unidade, aparecem no glossrio com defi nies instrutivas, para explicar os ter-mos mais complexos e esclarecer conceitos adicionais s informaes textuais. Sempre que encontrar as palavras destacadas no texto, consulte o glossrio.

    aprofundando conhecimentos

    Nessa seo voc encontra indicaes de publicaes, fi lmes e sites relacionados ao tema central da unidade, com o intuito de incentivar o aprofundamento do estudo de determinada temtica da Geografi a.

    avalie o que aprendeu

    Apresenta questes relativas ao texto principal de cada captulo, de maneira que voc verifi que o que j aprendeu com suporte de

    textos complementares ou do seu professor, que tambm tem a oportunidade de avaliar o desenvolvimento do seu aprendizado.

    7

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  • sumrio

    uniDaDe 1 a populao do Brasil .............................................................10Brasil: distribuio da populao ...........................................................................................................11Os fatores do crescimento demogrfico ...............................................................................................15A composio tnica da populao brasileira ........................................................................................21A estrutura da populao .......................................................................................................................23Atividades de sistematizao ..................................................................................................................33Avalie o que aprendeu ............................................................................................................................37Glossrio.................................................................................................................................................38Aprofundando conhecimentos ...............................................................................................................39

    uniDaDe 2 Diversidade tnica brasileira ....................................................40Os povos indgenas ................................................................................................................................41Os povos de origem africana ..................................................................................................................46Imigrantes no Brasil ................................................................................................................................50Atividades de sistematizao ..................................................................................................................52Avalie o que aprendeu ............................................................................................................................55Glossrio.................................................................................................................................................56Aprofundando conhecimentos ...............................................................................................................57

    uniDaDe 3 Crescimento urbano no Brasil ..................................................58Brasil: regionalizao .............................................................................................................................59Migraes internas..................................................................................................................................61Urbanizao ...........................................................................................................................................65As regies metropolitanas .......................................................................................................................70Atividades de sistematizao ..................................................................................................................73Avalie o que aprendeu ............................................................................................................................74Glossrio.................................................................................................................................................76Aprofundando conhecimentos ...............................................................................................................77

    uniDaDe 4 regio norte .........................................................................78Os estados integrantes ............................................................................................................................79Amaznia e Amaznia Legal ..................................................................................................................80Geologia e relevo ..................................................................................................................................81Clima e vegetao ..................................................................................................................................87Hidrografia .............................................................................................................................................93Atividades econmicas ..........................................................................................................................98A populao e a urbanizao ............................................................................................................. 102Atividades de sistematizao ................................................................................................................105Avalie o que aprendeu ..........................................................................................................................108Glossrio...............................................................................................................................................109Aprofundando conhecimentos .............................................................................................................109

    uniDaDe 5 regio nordeste ................................................................. 110Os estados integrantes ......................................................................................................................... 111Geologia e relevo ................................................................................................................................ 113

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  • sumrio

    Clima e vegetao .............................................................................................................................. 116Hidrografia ......................................................................................................................................... 122Atividades econmicas ....................................................................................................................... 126A populao e a urbanizao.............................................................................................................. 131Atividades de sistematizao ................................................................................................................136Avalie o que aprendeu ..........................................................................................................................138Glossrio...............................................................................................................................................139Aprofundando conhecimentos .............................................................................................................139

    uniDaDe 6 regio Centro-oeste ............................................................ 140Regio Centro-Oeste diviso poltica ............................................................................................... 141Geologia e relevo ............................................................................................................................... 143Clima e vegetao .............................................................................................................................. 147Hidrografia ......................................................................................................................................... 148Atividades econmicas ....................................................................................................................... 152A populao e a urbanizao.............................................................................................................. 154Atividades de sistematizao ................................................................................................................156Avalie o que aprendeu ..........................................................................................................................158Glossrio...............................................................................................................................................159Aprofundando conhecimentos .............................................................................................................159

    uniDaDe 7 regio sudeste ................................................................... 160Os estados integrantes ........................................................................................................................ 161Geologia e relevo ............................................................................................................................... 162Clima e vegetao .............................................................................................................................. 169Hidrografia .......................................................................................................................................... 173Atividades econmicas ....................................................................................................................... 176A populao e a urbanizao.............................................................................................................. 185Atividades de sistematizao ................................................................................................................191Avalie o que aprendeu ..........................................................................................................................194Glossrio...............................................................................................................................................195Aprofundando conhecimentos .............................................................................................................195

    uniDaDe 8 regio sul .......................................................................... 196Os estados integrantes ........................................................................................................................ 197Geologia e relevo ............................................................................................................................... 198Clima e vegetao .............................................................................................................................. 202Hidrografia .......................................................................................................................................... 205Atividades econmicas ....................................................................................................................... 207A populao e urbanizao ................................................................................................................ 214Atividades de sistematizao ................................................................................................................217Avalie o que aprendeu ..........................................................................................................................220Glossrio...............................................................................................................................................222Aprofundando conhecimentos .............................................................................................................222

    referncias bibliogrficas ......................................................................... 223

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  • unidade

    1 a popuLao Do BrasiL

    A foto mostra, entre outros aspectos, manifestantes reunidos na cidade de So Paulo em 1984. Pessoas a favor do movimento das Diretas J reuniram-se na Praa da S, no centro de So Paulo, na maior manifestao popular contra o regime militar instaurado no pas de 1964 a 1985.

    Rog

    rio R

    eis/

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    mag

    ens

    Rena-se com mais dois colegas e vejam o que vocs sabem sobre a popu-lao brasileira. Quantos habitantes somos? O que essa imagem diz a vocs? Vocs tm alguma informao sobre esse movimento popular? Qual?

    O Brasil, em 2011, tinha aproximadamente 190 milhes de habitantes, pessoas que vivem, estudam e trabalham nos vinte e seis estados e no Distrito Federal, dis-tribudos em milhares de cidades, povoados e outras comunidades.

    Nesta unidade, descreveremos a populao brasileira, analisando seu gnero, idade, distribuio espacial, rendimento, crescimento e os fatores que podem alte-rar a sua formao.

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  • Brasil: distribuio da populaoA populao absoluta do Brasil, em 2011, era de aproximadamente 190 milhes de habitantes,

    o que o colocava entre os pases mais populosos ou de maior populao do mundo. Apenas quatro pases apresentam populaes superiores nossa. Veja a tabela a seguir.

    Pases mais populosos do mundo 2011

    Pases Populao (habitantes)

    China 1.336.716.015

    ndia 1.189.172.906

    Estados Unidos 313.232.044

    Indonsia 245.613.043

    Brasil 190.755.799*

    Fonte: U.S. Census Bureau, International (2011). * IBGE Censo Demogrfico, 2010.

    J a populao relativa ou densidade demogrfica no Brasil, em 2011, era de 22,6 habitantes por quilmetro quadrado, o que o colocava entre os pases menos povoados ou de menor densidade demogrfica do mundo.

    Veja, na tabela abaixo, exemplo de pases muito povoados.

    Pases mais povoados do mundo 2011

    Pases (hab/km2)

    Bangladesh 1.808

    Coreia do Sul 492

    Pases Baixos 410

    Japo 335

    Fonte: U.S. Census Bureau, International (2011).

    Populao absoluta: o nmero total de habitantes de um pas ou regio. Quanto maior a populao absoluta de um pas, mais populoso ele ser. Por exemplo, a populao absoluta da Argentina em 2010 era, aproximadamente, de 3 milhes de habitantes.

    Populao relativa: o mesmo que densidade demogrfica, ou seja, o nmero de habitantes de um pas ou regio, dividido por sua rea total (habitantes divididos por quilmetros quadra-dos). Quanto maior for a populao relativa de um pas mais povoado ele ser. Por exemplo, a Argentina tem uma rea total de 2.780.400 km2. Dividindo-se sua populao por sua rea total, teremos a densidade demogrfica de, aproximadamente, 14,7 hab/km2.

    11

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  • bom que se observe, no entanto, que o nmero de habitantes por km2 retrata apenas a relao existente entre o nmero total de habitantes e a rea total do seu territrio.

    No Brasil, por exemplo, a maior parte da populao est concentrada na faixa litornea. Nessa faixa, existem regies com concentraes de pessoas que superam a densidade demogrfi ca dos 100 habitantes por km2.

    Essa concentrao populacional faz com que vastas reas do interior do seu territrio (localiza-das principalmente nas regies Norte e Centro-Oeste) apresentem ainda hoje densidade demogrfi ca por quilmetro quadrado muito baixa.

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    Mar

    io Y

    oshi

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    Equador

    OCEANOATLNTICO

    OCEANOPACFICO

    50 O

    Trpico de Capricrnio

    RORAIMA

    AMAZONAS

    RONDNIA

    ACRE

    PAR

    AMAP

    PIAU

    CEARMARANHO

    TOCANTINS

    GOIS

    MINASGERAIS

    ESPRITO SANTO

    RIO DE JANEIRO

    RIO GRANDEDO NORTE

    PARABAPERNAMBUCO

    SERGIPE

    ALAGOAS

    SO PAULO

    PARAN

    SANTA CATARINA

    RIO GRANDEDO SUL

    MATO GROSSO DO SUL

    MATO GROSSO

    DF

    COLMBIA

    VENEZUELA

    GUIANA

    GUIANAFRANCESA

    SURINAME

    PERU

    BOLVIA

    ARGENTINA

    CHILE

    URUGUAI

    PARAGUAI

    BAHIA

    Boa Vista

    Manaus

    Porto VelhoRio Branco

    Belm

    Macap

    So Lus

    Fortaleza

    Teresina

    Cuiab

    Campo Grande

    NatalJooPessoa

    Recife

    Macei

    Aracaju

    Salvador

    Vitria

    Rio de JaneiroSo Paulo

    Curitiba

    Florianpolis

    Porto Alegre

    BeloHorizonte

    Goinia

    Braslia

    Palmas

    Menos de 11 a 55,1 a 2020,1 a 5050,1 a 100100,1 a 250Acima de 250

    Habitantes por km2

    km

    0 410 820

    densidade deMogrfica no Brasil

    12

    1. Rena-se com seus colegas e juntos, observem o mapa acima para responder s seguintes questes:

    a) Identifi quem o que o mapa representa.

    b) Que caractersticas podem ser apontadas sobre a distribuio populacional do Brasil?

    2. Explique por que o Brasil considerado um pas populoso e pouco povoado.

    3. Que informaes do mapa sobre a densidade demogrfi ca do Brasil apontam para uma distribuio de-

    sigual da populao brasileira no territrio nacional?

    4. Como est distribuda a populao no estado onde voc mora?

    em ao!!em ao!!Professor, oriente a atividade e avalie pelas respostas dos alunos sua compreenso do tema. Veja mais orientaes no Manual do Professor.

    a) Professor, verifi que se os alunos percebem que este mapa temtico retrata a densidade demogrfi ca do pas, ou seja, o nmero de habitantes dividido por sua rea total. Sua leitu-ra permite visualizar a distribuio populacional brasileira no nosso territrio e verifi car que esse nmero pequeno quando comparado ao tamanho do territrio do Brasil.

    Professor, espera-se que os alunos compreendam que a maior parte da populao brasileira se concentra na faixa litornea. Auxilie-os a entender o porqu desta distribuio, mencionando fatores como localizao das indstrias, comrcios e servios, entre outros fatores econmicos e histricos.

    Porque a populao do Brasil est entre as maiores do mundo, mas em sua grande extenso territorial a distribuio populacional no uniforme, o que o posiciona no mundo como um pas pouco povoado.

    O mapa sobre densidade demogrfi ca no Brasil mostra que h uma grande

    Reposta Pessoal.

    concentrao de pessoas no litoral brasileiro e nos grandes centros urbanos, ao passo que, no interior do pas, existem reas com densidades demogrfi cas inferiores a 2 hab/km2 (localizadas principalmente nas regies Norte e Centro-Oeste).

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  • Populao mundial chega a 7 bilhes de pessoas

    A Organizao das Naes Unidas (ONU) estipulou nesta segunda-feira, 31 de outubro de 2011, a data em que

    a populao mundial chegou marca de sete bilhes de pessoas.

    Um dos grandes desafios impostos por esse contingente

    populacional, que cresceu a taxas assustadoras nos lti-

    mos 50 anos, o rpido envelhecimento da populao

    em alguns pases, enquanto outros tm taxas de nata-

    lidade mais altas, criando um nmero indito de jovens

    e idosos, o que tem preocupado muito as autoridades.

    Segundo um relatrio divulgado pela ONU, preciso

    planejar mais e investir em novas polticas pblicas para

    lidar com a crescente populao mundial e suas conse-

    quncias a necessidade por mais alimentos, gua e

    energia, e a maior produo de lixo e poluio.

    Infogrfico: um mundo com sete bilhes de pessoas. Disponvel em: . Acesso em: abr. 2012.

    1. Observe na tabela a seguir o crescimento da populao mundial, em vrios perodos e as estimativas para

    os anos futuros.

    Fonte: Relatrio sobre a situao da populao mundial 2011 do Fundo de Populao das Organizaes das Naes Unidas. *Para os anos de 2025, 2050 e 2075 os nmeros divulgados so estimativas mencionadas pelo relatrio citado.

    Crescimento da populao mundialAno Populao mundial (habitantes)1650 545 milhes1804 1 bilho 1927 2 bilhes1959 3 bilhes 1974 4 bilhes1987 5 bilhes1999 6 bilhes2011 7 bilhes2025 8 bilhes*2050 9 bilhes*2075 9 bilhes e 500 milhes*

    a) Analise o crescimento populacional entre o perodo de 1959 e 2011. O que ocorreu?

    b) Pesquise quantas pessoas existem atualmente no mundo.

    c) Como se comportou a populao mundial entre 1650 e 1804? E entre 1959 e 1999? Levante hipte-

    ses para explicar o ocorrido.

    Leia mais...

    Beb filipino eleito simbolicamente pela ONU, em 2011, como o habitante de nmero 7 bilhes da Terra.

    No perodo de 1959 a 2011 possvel analisar que a populao mundial cresceu vertiginosamente, nesses mais de cinquenta anos, a populao mundial mais que dobrou.

    Resposta pessoal. Professor, oriente como desenvolver a pesquisa, que pode ser uma atividade para casa. Veja mais orientaes no Manual do Professor.

    Ted

    Aljib

    e/AF

    P Ph

    oto

    Entre 1650 e 1804 a populao do mundo dobrou; em apenas 40 anos ela dobrou novamente. Isso se deu porque as pessoas passaram a viver mais por causa da melhoria da qualidade de vida com o avano da medicina, o desenvolvimento de vacinas e saneamento bsico.

    13

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  • As regies e os estados mais populosos do Brasil

    Para se ter ideia da expressividade da populao das trs regies mais populosas do Brasil, pode-mos estabelecer comparaes com outros pases:

    Sudeste: a populao em 2010 era quase do tamanho da populao de uma das maiores po-tncias econmicas do mundo: a Alemanha.

    Nordeste: a populao em 2010 era quase do tamanho das populaes conjuntas de dois pa-ses europeus: Espanha e Portugal.

    Sul: a populao em 2010 era quase do tamanho das populaes conjuntas de trs pases sul--americanos: Chile, Paraguai e Uruguai.

    Em relao distri-buio da populao bra-sileira em suas unidades federativas, constatou-se que, em 2010, os cinco estados mais populosos do pas (So Paulo, Mi-nas Gerais, Rio de Janei-ro, Bahia e Rio Grande do Sul) apresentavam, em conjunto, mais da meta-de da populao total do pas.

    A populao de So Paulo em 2010 (o estado mais populoso do Brasil) era quase igual da Ar-gentina, e a de Minas Ge-rais era quase igual da Austrlia.

    A populao absoluta do Brasil 2010

    Regies Populao absoluta

    Sudeste 80.364.410

    Nordeste 53.081.950

    Sul 27.386.410

    Norte 15.864.454

    Centro-Oeste 14.058.094Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    Os estados mais populosos do Brasil 2010

    Estados Populao absoluta

    So Paulo 41.262.199

    Minas Gerais 19.597.300

    Rio de Janeiro 15.989.929

    Bahia 14.016.906

    Rio Grande do Sul 10.693.929

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    OCEANO

    ATLNTICO

    OCEANO

    PACFICO

    Equador

    Trpico de Capricrnio

    AMAZONAS

    RORAIMA

    PAR

    AMAP

    TOCANTINS

    MARANHO

    PIAU

    CEAR

    RIO GRANDEDO NORTE

    PARABA

    PERNAMBUCO

    ALAGOAS

    SERGIPE

    BAHIA

    MINASGERAISGOIS

    DF

    MATO GROSSODO SUL

    SOPAULO

    PARAN

    SANTACATARINA

    RIO GRANDEDO SUL

    RIO DE JANEIRO

    ESPRITO SANTO

    ACRE

    RONDNIAMATO

    GROSSO

    60 404060

    Porto Alegre

    Florianpolis

    Curitiba

    CampoGrande

    Cuiab

    PortoVelho

    Manaus

    Boa Vista

    RioBranco

    Salvador

    Aracaju

    Recife

    Natal

    Fortaleza

    Teresina

    BeloHorizonte

    Goinia

    Braslia

    Palmas

    So PauloRio de Janeiro

    Vitria

    Macei

    JooPessoa

    BelmSo Lus

    Macap

    Regio Norte

    Regio Nordeste

    Regio Centro-Oeste

    Regio Sudeste

    Regio Sul

    Capital federal

    Capital estadual

    Geo7. IBEP_ M002

    Fonte: Atlas Geogrfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.

    ESCALA840 km4200

    Brasil: regies, estados e capitais

    Map

    s Wor

    ld

    14

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 14 30/04/12 10:32

  • atiViDaDes

    1. Observe o mapa da pgina 12 e compare o tamanho dos estados de So Paulo e Minas Gerais em relao aos demais estados do Brasil. O que pode concluir com relao a densidade demogrfica desses estados?

    2. Identifique a regio do Brasil em que se localiza a maioria dos estados brasileiros mais populosos.

    3. Identifique a regio mais populosa e as menos populosas do Brasil.A mais populosa a Regio Sudeste e as menos populosas so as regies Centro-Oeste e Norte.

    Fund

    ao

    Pr

    -mem

    ria

    de

    So

    Caet

    ano

    do S

    ul/S

    P

    Imigrantes Alemes em Pomerode, Santa Catarina, 1903.

    Para analisar a natalidade e a mortalidade da populao de um pas, em vez de se trabalhar com o nmero total de nascimentos e de mortes, trabalha-se com nmeros relativos, ou seja, as taxas de natalidade e de mortalidade. Essas taxas so calculadas, usualmente, por 1.000 habitantes. O mesmo ocorre em relao ao crescimento vegetativo, que calculado, normalmente, por 100 habitantes.

    Dessa forma, quando se fala que a taxa de natalidade de um pas foi de 20 em determinado ano, quer dizer que, para cada 1.000 habitantes desse pas, nasceram nesse ano 20 crianas (vinte por mil).

    os fatores do crescimento demogrfico O crescimento da populao em um pas, ao longo de um ano, decorrente dos fatores

    demogrficos:

    Natalidade: nmero de nascimentos;

    Mortalidade: nmero de mortes;

    Imigrao: entrada de pessoas, vindas de outro pas, para viver em seu territrio;

    Emigrao: sada de pessoas de seu territrio, para viver em outro pas.

    15

    Regio Sudeste, que a mais populosa.

    Professor, espera-se que os alunos percebam que embora no sejam os maiores estados do Brasil, so estados com grandes densidade demogrfica.

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 15 30/04/12 20:35

  • Crescimento natural ou vegetativo de um pas a diferena entre a natalidade e a mortalidade, no perodo de um ano, corresponde s variaes de sua populao ao longo desse perodo.

    Migrao lquida de um pas a diferena entre o nmero de imigrantes (pessoas que entraram num pas para viver em seu territrio) e o nmero de emigrantes (pessoas que saram desse pas para viver em outro territrio), no perodo de um ano.

    Quando se fala que a taxa de mortalidade de um pas foi de 10 est se falando que, para cada 1.000 habitantes desse pas, morreram nesse ano 10 pessoas (dez por mil).

    Por outro lado, quando se fala que o crescimento vegetativo da populao de um pas foi de 1% ao ano, est se falando que, para cada 100 habitantes desse pas, houve aumento de 1 pessoa por ano.

    A diferena entre o nmero de imigrantes e emigrantes em um pas denominado migrao lquida, que pode ser positiva (quando o nmero de imigrantes for maior do que o nmero de emigrantes no pas) ou negativa (quando o nmero de emigrao for maior do que o de imigrantes no pas).

    O crescimento natural ou vegetativo da populao de um pas, a exemplo do que acontece com a migrao lquida, pode tambm ser positivo (quando a taxa de natalidade for maior do que a de mortalidade) ou negativo (quando a taxa de mortalidade for maior do que a de natalidade). Veja, no mapa a seguir, os pases que apresentam crescimento natural ou vegetativo negativo no mundo.

    Map

    s Wor

    ld

    OCEANO

    ATLNTICO

    OCEANO GLACIAL RTICO

    OCEANO

    NDICO

    Equador OCEANO

    PACFICO

    OCEANO

    PACFICO

    Trpico de Capricrnio

    Trpico de Cncer

    Crculo Polar rtico

    Crculo Polar Antrtico

    3+210-1-0

    Mer

    idia

    no

    de

    Gre

    enw

    ich

    Geo7. IBEP_ M003

    A maior parte dos pases com crescimento natural ou vegetativo negativo encontra-se na Europa.

    Fonte: FNUAP, 2007.

    ESCALA9144 km45720

    Mapa-Mndi: taxas de cresciMento vegetativo

    16

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 16 30/04/12 10:32

  • Evoluo da populao brasilEira

    Fonte: Censo Demogrfico, Tendncias Demogrficas, IBGE, perodo 2000/2010.

    Daw

    idso

    n Fr

    anao crescimento demogrfico no

    Brasil

    O crescimento da populao brasileira ace-lerou, como pode ser observado no grfico ao lado, no ltimo quartel do sculo XIX, em decor-rncia, sobretudo, da entrada macia de imigran-tes em nosso pas no perodo de 1870 a 1930.

    A partir do incio dos anos de 1930, hou-ve uma diminuio muito acentuada do fluxo imigratrio para o Brasil. A partir dessa data, o acelerado crescimento demogrfico que ocor-reu no nosso pas foi resultado, principalmente, do aumento da taxa de crescimento natural ou vegetativo de sua populao.

    Essa expanso demogrfica no Brasil foi mais acentuada no perodo entre 1940 e 1970, pois a taxa de mortalidade foi menor que a taxa de natalidade, o que elevou consideravelmente a taxa de crescimento vegetativo no perodo.

    Declnio da mortalidade no Brasil

    Em relao populao mundial, ao longo dos sculos XIX e XX, as taxas de mortalidade pas-saram a declinar de forma mais acentuada do que as de natalidade, o que provocou uma elevao tambm acentuada do crescimento natural ou vegetativo da populao mundial.

    Esse fenmeno ocorreu primeiro nos pases ricos, tambm denominados desenvolvidos, e, pos-teriormente, nos pases pobres, tambm chamados de subdesenvolvidos, entre os quais se inclui o Brasil, onde esse fenmeno se destaca a partir de 1950. Observe no grfico a seguir o crescimento da populao brasileira entre 1842 e 2010.

    Fonte: Censo Demogrfico, Tendncias Demogrficas, IBGE, perodo 2000/2010.

    Map

    s Wor

    ld

    CrEsCimEnto da populao brasilEira

    17

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 17 5/1/12 3:21 PM

  • ATIVIDADES

    1. Quais so os fatores demogrficos responsveis pelo crescimento da populao de um pas ao longo de um ano?

    2. Em que situao pode-se afirmar que o crescimento natural da populao de um pas positivo?

    3. Por que a taxa de mortalidade infantil menor nos pases ricos do que nos pases pobres?

    4. Por que a taxa de natalidade infantil um bom indicador das condies de vida da populao de um pas?

    Natalidade, mortalidade, imigrao e emigrao.

    Nos casos em que a taxa de natalidade maior do que a de mortalidade.

    Porque com as melhores condies de vida e de sade (tratamento mdico, alimentao, saneamento bsico, poder aquisitivo etc.) nos pases ricos, as crianas tm mais probabilidade de nascerem e crescerem sadias.

    Porque quanto mais bem assistida for a populao, menor a taxa de mortalidade infantil.

    O declnio das taxas de mortalidade no mundo, nesse perodo, foi consequncia de uma srie de fatores, entre os quais a melhoria generalizada das condies sanitrias e de saneamento bsico das reas urbanas (que cresceram em funo da industrializao) e do avano da medicina, a produo de novos medicamentos, como vacinas, viabilizou a erradicao de inmeras doenas (varola, sa-rampo, difteria, paralisia infantil, febre tifoide etc.) em diversas reas do planeta.

    O uso de antibiticos revolucionou o processo de combate a inmeras doenas e diminuiu a incidncia de bitos provocados por elas.

    importante ressaltar que a diminuio da taxa de mortalidade nos pases pobres, como o Brasil, significou a diminuio das deficincias no campo da sade.

    Um dos indicadores usados para esse tipo de anlise a taxa de mortalidade infantil (nmero de crianas que morrem antes de completar 1 ano de idade dividido por mil nascidas vivas). A taxa de mortalidade infantil no Brasil, que era de 20 por 1.000 nascimentos em 2010, apesar de se encontrar em declnio, ainda hoje elevada quando comparada a vrios pases com mais recursos e com melhor assistncia mdico-hospitalar oferecidos populao.

    Declnio Da taxa De mortaliDaDe infantil no Brasil

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    Daw

    idso

    n Fr

    ana

    18

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 18 5/1/12 3:23 PM

  • Porque a taxa de mortalidade deste pas mais alta do que a taxa de natalidade. Professor, explique aos alunos que isso ocorre, pois, na Europa, o padro de vida e as necessidades profissionais influenciam diretamente no planejamento familiar.

    Pases do Norte e pases do Sul

    Os pases ricos, tambm chamados de desenvolvidos, e os pases pobres, tambm chamados de subde-

    senvolvidos, por sua localizao geogrfica, costumam ser denominados, respectivamente, pases do Norte e

    pases do Sul.

    Essa maneira de dividir o mundo, embora seja bastante questionada por analistas, ainda hoje utilizada

    para caracterizar, de forma genrica, a existncia de acentuadas desigualdades socioeconmica entre os pases

    que integram os dois blocos.

    Nos pases ricos a maior parte de suas populaes tem elevado nvel socioeconmico, registrando,

    por exemplo, elevado nvel escolar, de sade e de renda; nos pases pobres a maior parte de suas populaes

    apresenta baixo nvel socioeconmico, apresentando, por exemplo, baixo nvel de escolaridade, de sade

    e de renda.

    Alguns pases pobres, por apresentar uma economia mais dinmica e expressiva que a dos demais pases

    so denominados pases emergentes. Dentre esses pases, pode-se citar como exemplo China, ndia, Coreia

    do Sul, Brasil e frica do Sul.

    Costuma-se incluir no bloco dos pases ricos a maioria dos pases europeus; Estados Unidos; Canad;

    Austrlia; Nova Zelndia e Japo. Costuma-se incluir no bloco dos pases pobres, os localizados na frica, na

    sia (com exceo do Japo), na Oceania (com exceo da Austrlia e da Nova Zelndia) e na Amrica Latina

    (nome que se d parte central do continente americano que foi colonizado predominantemente por povos

    europeus de origem latina, como os espanhis e portugueses).

    OCEANO

    ATLNTICO

    OCEANO GLACIAL RTICO

    OCEANO

    NDICOOCEANO

    PACFICO

    OCEANO

    PACFICOEquador

    Trpico de Capricrnio

    Trpico de Cncer

    Crculo Polar rtico

    Crculo Polar Antrtico

    NORTE

    NORTE

    SUL SUL

    Domnio dos pases ricos

    Domnio dos pases pobres

    Geo7. IBEP_ M005

    Fonte: Atlas Geogrfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.

    ESCALA3988 km19940

    Map

    s Wor

    ld Mapa-Mndi: pases do norte e pases do sul

    5. Por que o crescimento vegetativo de grande parte dos pases da Europa indicado como negativo? Em decorrncia de uma estabilizao profissional as mulheres engravidam cada vez mais tarde, ou seja, mais velhas, e quando o fazem tm um nico filho, o que contribui para o ndice negativo.

    19

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 19 30/04/12 12:07

  • Declnio da taxa de natalidade no Brasil

    A partir de 1970, o ritmo de crescimento da populao brasileira diminuiu gradativamente, o que aconteceu em decorrncia do declnio da taxa de fecundidade (nmero mdio de filhos por mulher em idade de procriao 15 a 49 anos) e, consequentemente, da taxa de natalidade e do crescimen-to vegetativo que ocorreu no Brasil.

    O declnio verificado na taxa de fecundidade, a partir desse perodo, deveu-se a uma srie de transformaes socioeconmicas no pas, como resultado, principalmente, das implicaes decor-rentes do seu processo de urbanizao. Entre essas implicaes costuma-se destacar:

    Elevao do nvel de escolaridade e de informao da populao;

    Aumento da participao feminina no mercado de trabalho;

    Aumento do custo de criao dos filhos e o crescimento do nmero de pessoas com acesso aos mtodos contraceptivos disponveis no mercado.

    Como pode ser observado no grfico acima, em 1970 as mulheres em idade reprodutiva no Brasil tinham em mdia 5,8 filhos e em 2010 essa mdia era de 1,86.

    Abaixo de dois filhos por mulher, a populao no reposta em nmero absolutos. Isso quer dizer que a populao do pas diminui em nmero absoluto.

    A taxa de fecundidade no igual em todas as regies do Brasil. Ela maior na Regio Norte (2,51 filhos/mulher) e menor na Regio Sudeste (1,75 filho/mulher).

    Segundo analistas, o Brasil ao atingir esse ndice completou sua transio demogrfica.

    Taxa de fecundidade no Brasil

    Daw

    idso

    n Fr

    ana

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    20

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 20 5/1/12 3:24 PM

  • Transio demogrfica

    Fonte: Organizado pelo autor.

    Map

    s Wor

    ldTransio demogrfica

    A transio demogrfica um fenmeno nico na histria da humanidade e to novo quanto o desenvol-

    vimento econmico. A passagem de altos a baixos nveis de fecundidade e mortalidade acontece uma s vez,

    assim como a passagem de uma sociedade agrria e rural para uma sociedade urbana e voltada para a produ-

    o de bens e servios. [] O fenmeno da transio demogrfica compreende trs etapas:

    1. A taxa de mortalidade cai e a taxa de natalidade permanece elevada, provocando um rpido crescimento

    populacional;

    2. Posteriormente, a taxa de natalidade comea a cair, reduzindo o ritmo de crescimento da populao;

    3. Finalmente, a existncia de baixas taxas de mortalidade e natalidade, resultando em lento crescimento

    demogrfico. []

    ALVES, Jos Eustquio Diniz. A polmica Malthus versus Condorcet reavaliada Luz da

    transio demogrfica Textos para discusso n.4. In: Escola Nacional de Cincias Estatsticas.

    Rio de Janeiro: IBGE, 2002. Disponvel em: . Acesso em: abr. 2012. p. 26-28.

    1. Segundo o texto, como podemos definir a transio demogrfica?

    Leia mais...

    A composio tnica da populao brasileiraUma das caractersticas mais marcantes da populao brasileira o fato de ela ser composta por

    uma variedade muito grande de etnias ou povos, entre as quais esto os povos indgenas; povos de origem africana; os povos de origem europeia (como portugueses, espanhis, italianos, alemes e eslavos) e os povos de origem asitica (como japoneses, chineses e coreanos).

    21

    Um fenmeno caracterizado por alguns fatores: a passagem de altos a baixos nveis de fecundidade e mortalidade acontece uma s vez, assim como a passagem de uma sociedade predominantemente agrria e rural para uma sociedade predominantemente urbana e voltada para a produo de bens e servios.

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 21 5/1/12 3:25 PM

  • O fato de a populao brasileira ser composta de povos to diferentes faz com que apresente traos tnicos e culturais (crenas, hbitos alimentares etc.) bastante diversificados. Esses povos, por sua vez, ao se misturarem entre si, ao longo da histria, acabaram dando origem a um dos traos mais marcantes do nosso pas: a existncia de uma grande miscigenao de nosso povo.

    O processo de miscigenao, como pode ser observado no grfico a seguir, cresce a cada ano no pas, uma vez que a participao relativa do grupo mestio (tambm classificado como pardo, pelo IBGE) no total da populao brasileira aumenta a cada recenseamento.

    Para efeito de anlise o IBGE classifica a populao: branca, preta, amarela, pardos e ind-genas. Segundo analistas, os dados apresentados na tabela so questionveis, pois essa pesqui-sa leva em conta apenas a cor da pele das pessoas pesquisadas. Dessa forma, eles devem ser observados com cuidado, pois a discriminao que atinge alguns grupos tnicos no pas, como os pretos e os indgenas, faz com que muitos deles se declarem ao pesquisador como mestios ou brancos.

    ATIVIDADES

    1. O que taxa de fecundidade? Escreva a definio com suas prprias palavras.

    2. Analise o grfico da pgina 20, taxa de fecundidade no Brasil (%), e responda s perguntas.

    a) Quando e qual foi a taxa de fecundidade mais alta do Brasil?

    b) Quando ela comeou a decair?

    c) Quanto era em 2010?

    3. Explique o que caracteriza a miscigenao de nosso povo?

    Relacione a urbanizao brasileira e a diminuio da taxa de fecundidade.

    uma estimativa do nmero mdio de filhos que uma mulher teria at o final de seu perodo reprodutivo, mantidas constantes as taxas observadas na referida data. Tambm pode ser definida como o nmero mdio de filhos por mulher em idade de procriar, ou seja, de 15 a 49 anos.

    Os traos marcantes dos vrios povos que formaram o nosso povo, dentre eles os indgenas (nativos), os africanos e os imigrantes que vieram para o Brasil e que, aqui, se misturaram entre si.

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico, 2000.

    Daw

    idso

    n Fr

    ana

    Composio da populao por etnia 1991/2000

    Com a urbanizao, aumentou o nvel de escolaridade e de informao da populao, mulheres entraram no mercado de trabalho. Como tambm

    6,3 filhos por mulher em 1960.6,3 filhos por mulher em 1960.

    Em 1970.

    1,86 filho por mulher.

    o nvel de escolaridade e informao, o que fez cair o nmero de filhos por mulher.

    22

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 22 5/1/12 3:25 PM

  • A estrutura da populaoO estudo da estrutura da populao considera aspectos da idade (que pode ser representada

    pela pirmide etria), de gnero (sexo) e de trabalho e renda (emprego, desemprego, salrio etc.), para analisar as variveis e entender a situao poltica, econmica, social e cultural de uma popu-lao e de um pas ou regio.

    A composio da populao mundial por faixa etria

    O conhecimento da estrutura etria muito importante para o planejamento governamental e tambm para o mercado privado. Para o governo, esse conhecimento fornece informaes para dimensionar as necessidades da populao e, dessa forma, definir suas prioridades de ao. Para o mercado privado, fornece informaes para que as empresas possam verificar o potencial de mer-cado de acordo com as vrias faixas etrias e usar esse conhecimento para definir o que produzir, considerando, portanto, as realidades da regio na qual estes produtos sero vendidos.

    Apesar das transformaes demogrficas mundiais, por causa do declnio da taxa de fecun-didade e, tambm, pela reduo do nmero do nascimento de crianas, a populao ainda hoje pode ser classificada como jovem, pois, em 2011, perto da metade da populao mundial tinha menos de 30 anos de idade e apenas 8% era composta de pessoas com idade superior a 60 anos. Hoje as pessoas vivem mais, tm uma expectativa de vida maior ou mais alta a esperana de vida ao nascer.

    importante considerar, no entanto, que existem diferenas sensveis no mundo, pois a idade mdia da populao dos pases que integram o bloco dos pases ricos, ainda hoje, mais elevada do que a idade mediana da populao dos pases que integram o bloco pobre.

    A esperana de vida da populao consequncia direta das condies sociais e econmicas existentes em um pas, o que explica, em grande parte, por que a populao da maioria dos pases ricos apresenta um tempo mdio de vida superior ao da grande maioria dos pases pobres.

    OCEANO

    ATLNTICO

    OCEANO GLACIAL RTICO

    OCEANO

    NDICO

    Equador OCEANO

    PACFICO

    OCEANO

    PACFICO

    Trpico de Capricrnio

    Trpico de Cncer

    Crculo Polar rtico

    Crculo Polar Antrtico

    Geo7. IBEP_ M006

    Mer

    idia

    no

    de

    Gre

    enw

    ich

    Menos de 50 anos

    Mais de 70 anos

    Mais de 50 anos

    Mais de 75 anos

    Mais de 60 anos

    Mais de 80 anos

    Fonte: Atlas Geogrfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.

    Map

    s Wor

    ld

    ESCALA7314 km36570

    expectativa de vida Mundial

    23

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 23 30/04/12 10:32

  • A pirmide etria

    Pirmide etria a estrutura da populao representada em forma de pirmide, dividindo-se em base, corpo afunilado e pice. A base corresponde aos indivduos com faixa etria entre 0 e 19 anos, corpo afunilado corresponde aos indivduos com faixa etria entre 20 e 59 anos e o pice cor-responde aos indivduos com idade superior a 59 anos. Assim, a base ser larga se a maior parte da populao de um pas for jovem, mas se a pirmide tiver o corpo afunilado, o pas analisado possui mais adultos em sua populao e, por fi m, se o pice for a rea mais larga da pirmide porque a maior parte da populao idosa.

    1. Para entender como a estrutura etria de uma populao formada, observe o mapa Expectativa de

    vida mundial e recorra, quando precisar, tabela Caractersticas da populao mundial para enten-

    der essa composio e responder:

    a) Qual a expectativa de vida no Brasil?

    b) Cite dois pases que esto na mesma faixa de expectativa de vida que o Brasil.

    c) Cite dois pases cujo ndice de expectativa de vida superior ao do Brasil.

    d) Cite dois pases que esto numa faixa de expectativa de vida inferior do Brasil.

    2. Em seguida, rena-se em grupo e juntos faam uma anlise mundial.

    a) Que informaes podem ser extradas desta anlise?

    b) Qual continente tem a maior expectativa de vida? E a menor?.

    c) Comente como a expectativa de vida na Amrica do Sul.

    em ao!!em ao!! Professor, esta atividade pode ser realizada em duas etapas. Primeiro a anlise do mapa e da tabela, e, depois, a coleta do material pesquisado para que os alunos elaborem o relatrio.

    Mais de 70 anos.

    Professor, a resposta poder variar de acordo com o pas citado, sendo correta a citao de China, Tailndia, Colmbia etc.

    Professor, neste caso a resposta tambm poder variar de acordo com o pas citado, sendo exemplos os Estados Unidos, o Canad, a Argentina etc.

    Professor, resposta de acordo com o pas citado, so exemplos ndia, Rssia, Paraguai etc.

    A maior a Europa, e a menor, a frica.

    Os pases pobres tm expectativa de vida muito mais baixa do que os ricos.

    Na Amrica do Sul, Argentina, Chile e Equador apresentam a maior expectativa de vida e as menores esto com Bolvia, Peru, Suriname e Guiana Francesa.

    Caractersticas da populao mundial

    Grupo de pases Situao mundial Consequncias

    Ricos

    A maioria destes pases apresenta taxas de natalidade mais baixas.

    A participao relativa de jovens no total de seus habitantes menor.

    A expectativa de vida mais elevada.A participao relativa de idosos no total de seus habitantes maior.

    Pobres

    A maioria desses pases apresenta taxas de natalidade mais altas.

    A participao relativa de jovens no total de seus habitantes maior.

    A expectativa de vida mais baixa.A participao relativa de idosos no total de seus habitantes menor.

    Esperana de vida ao nascer nmero mdio de anos que uma pessoa espera viver.

    24

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 24 30/04/12 10:32

  • A pirmide etria, portanto, um grfico usado para mostrar a distribuio por gnero (mas-culino e feminino) e a distribuio por idade (faixas etrias) de uma de terminada populao. O eixo vertical representa a distribuio dessa populao em faixas etrias, que se deseja des-tacar, e o eixo horizontal representa o nmero ou proporo da populao existente em cada uma delas.

    A maneira como so distribudas as faixas etrias nesses grficos, explica, inclusive, por que as pirmides etrias de pases ricos, como a Frana, e de pases pobres, como o Egito, apresentam for-mas to diferenciadas:

    os pases ricos apresentam pi-rmides etrias com topo ou pice mais largo do que as da grande maioria dos pases po-bres em decorrncia do fato de suas populaes apresentarem espectativa de vida mais ele-vada do que a dos ltimos e, dessa forma, uma proporo de idosos mais elevada no total de suas populaes.

    os pases pobres apresentam pi-rmides etrias com base mais larga do que as da grande maio-ria dos pases ricos em decor-rncia do fato de apresentarem taxas de natalidade mais altas e, dessa forma, uma proporo de jovens mais elevada no total de suas populaes;

    Estrutura ativa da populao mundial

    O nmero de atividades que utilizam a populao economicamente ativa de um pas muito grande e costuma ser dividido, para efeito de estudo, em trs setores:

    o setor primrio da economia: que abrange, entre outras atividades, as realizadas na produo extrativa (animal, vegetal e mineral, na forma de garimpo), agricultura e agropecuria;

    o setor secundrio, que abrange, entre outras atividades, as realizadas na produo indus-trial, da minerao mecanizada e da construo civil;

    o setor tercirio, que abrange, entre outras atividades, as realizadas como prestao de servi-os (bancos, mdicos e hospitais, educao, segurana pblica, lazer, turismo e pesquisa) e pelo comrcio.

    Egito pas pobrE

    Daw

    idso

    n Fr

    ana

    Fonte: U.S. Census Bureau, International, 2010.

    Frana pas rico

    Daw

    idso

    n Fr

    ana

    Fonte: U.S. Census Bureau, International, 2010.

    25

    pnld2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 25 5/1/12 3:29 PM

  • A populao economicamente ativa (PEA) corresponde parte da populao ativa que est trabalhando ou procurando emprego.

    A populao inativa corresponde parte da populao que no est trabalhando nem est pro-curando emprego, por exemplo, as crianas e os jovens (estudantes) e os idosos (aposentados).

    Entre os pases que apresentam ainda hoje elevado percentual de sua populao trabalhando na rea rural, cerca de 80% possuem consequentemente elevada participao do setor de produo agrcola na composio de suas PEAs. A China e a ndia esto nesse grupo, o que demonstra que apesar do grande crescimento urbano e industrial que est ocorrendo nesses pases, eles ainda hoje apresentam uma grande dependncia dessa produo. Zona rural da ndia, 2008.

    Tao

    Long

    /Xin

    hua

    Pres

    s/Co

    rbis/

    Latin

    stoc

    k

    Piya

    l Adh

    ikar

    y/EP

    A/Co

    rbis/

    latin

    stoc

    k

    A China possui elevado percentual de sua populao trabalhando na rea rural, no setor primrio. Na foto ao lado

    os trabalhadores transportam mudas de arroz para serem plantadas, Guangxi Zhuag, China, 2008.

    Nos pases ricos, o percentual da PEA que se refere s atividades que integram o setor secund-rio e tercirio de suas economias mais elevado do que o percentual da PEA das atividades que in-tegram esses setores da economia na maioria dos pases pobres.

    Isso acontece, entre outros aspectos, porque os pases ricos apresentam uma economia urba-no-industrial mais expressiva do que a maioria dos pases pobres e, tambm, um nvel de meca-nizao na rea agrcola mais elevado do que a grande maioria desses pases.

    26

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 26 30/04/12 10:32

  • Por que os aposentados continuam trabalhando?

    [...] Uma dcada aps entrar para a classe dos aposentados, a comerciante Odete Tabbakh Sbankawski, 65

    anos, continua no mercado de trabalho. Dona do prprio negcio, ela mantm a rotina de comerciante, de

    segunda a sbado: acorda cedo, abre a loja s 8h, sai para almoar, volta e s 18h ajuda a fechar o comr-

    cio. [...] Conta que no d para abrir mo do trabalho e viver com salrio de aposentada. Eu e meu marido

    somos aposentados e continuamos trabalhando, pois apenas com a aposentadoria no conseguiramos

    manter o mesmo padro de vida, mal daria para os gastos com a alimentao e sade, lamenta.

    O sonho de ter tempo livre e condies financeiras para aproveitar a vida no se perdeu. Nem para Odete e

    o marido, Jorge Conrado Sbankawski, 65, nem para a maioria dos aposentados.

    Infelizmente, a necessidade de continuar trabalhando faz parte da realidade. No d para parar, afirma

    o presidente da AAPJR (Associao dos Aposentados e Pensionistas de Jundia e Regio), Edgar de Assis,

    traando o perfil do aposentado na cidade: tem entre 65 e 70 anos, recebe a mdia de R$ 900,00 mensais

    e tem emprego fixo para complementar o oramento.

    Lembro da ansiedade na poca em que estava para conseguir a aposentadoria. Hoje, quase 20 anos

    depois, nada como imaginei que seria, diz Francisco Castro Valverde, 70. Ele se aposentou como meta-

    lrgico em 1991. Permaneceu por mais seis anos trabalhando na mesma empresa pela qual conquistou a

    aposentadoria. Quando realmente saiu, precisou arrumar outra atividade remunerada. [...]

    Casado e pai de uma filha, Francisco comemora o fato de ter conquistado a casa prpria e conseguido investir na

    educao da filha, hoje com 25 anos e cursando ps-graduao. Mas precisou batalhar muito por isso. Passava

    a maior parte do tempo dentro da empresa. Consegui me aposentar recebendo o teto. No pouco porque tem

    gente que recebe um salrio mnimo, mas tambm no d para depender s desse salrio, completa. O sonho

    da aposentadoria virou frustrao. Essa histria de se aposentar e aproveitar a vida no existe para a maioria.

    A professora e pedagoga aposentada Luzia Alves dos Santos, 77, est entre a minoria que sabe o real

    significado da aposentadoria. H 16 anos parou de lecionar e por um perodo, quase cinco anos, ficou

    simplesmente sem fazer nada. Gostava de brincar e dizer que queria ficar olhando o teto mesmo, sem

    preocupao com nada. Foi o que fiz de imediato, recorda.

    Aps o merecido descanso, Luzia comeou a procurar diferentes passatempos. Faz aulas de literatura, condicio-

    namento fsico, dana, integrante de um coral e est escrevendo o segundo livro de poesias. Tem orgulho pela

    histria de sucesso que conseguiu trilhar. Vim de famlia simples, tive que parar de estudar aos 14 anos para traba-

    lhar e s retornei aos 28. Batalhei muito, mas hoje posso dizer que tenho a vida que sempre desejei, comemora.

    STELLA, Michele. Aposentadoria est virando sinnimo de trabalho. In: Dirio de So Paulo. Disponvel em: . Acesso em: abr. 2012.

    1. Segundo o texto, relacione os motivos pelos quais os aposentados continuam trabalhando.

    2. Exponha sua opinio a respeito da situao relatada.

    3. Voc conhece alguma pessoa que continue trabalhando aps a aposentadoria?

    leia mais...

    Resposta pessoal.

    Na maioria dos casos citados, o valor da aposentadoria no cobre as despesas familiares, ento, os aposentados se veem obrigados a continuar traba-lhando para sustentar suas necessidades bsicas e para pagar seus compromissos financeiros.

    Resposta pessoal.

    27

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 27 30/04/12 10:32

  • estrutura da populao brasileira por idade

    Em 1960, mais da metade da populao brasileira apresentava menos de 20 anos de idade e menos de 5% tinha 60 anos ou mais, o que significa dizer que o pas era extremamente jovem. Isso acontecia porque a taxa de natalidade no Brasil era muito elevada e a esperana ou expectativa de vida de sua populao era muito baixa.

    Os jovens, adultos e idosos no Brasil (%)

    Faixa etria 1970 1980 1991 2000 2010

    Jovens (0 a 19 anos) 53,0 48,5 44,5 40,0 33,2

    Adultos (20 a 59 anos) 41,8 45,0 47,8 51,4 55,7

    Idosos (+ de 60 anos) 5,2 6,5 7,7 8,6 11,1Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    Essa situao demogrfica, no entanto, comeou a mudar a partir de 1970, em decorrncia do gradativo declnio da natalidade e o aumento da esperana de vida no pas.

    Os dados dos anos de 2000 e 2010 mostram que esse processo se consolidou, evidenciando que a tendncia de envelhecimento gradativo da populao brasileira um processo irrever-svel. Veja as pirmides etrias abaixo, que mostram as mudanas que ocorreram no Brasil no perodo entre 1980, 2000 e 2010.

    A base da pirmide etria brasileira estreitou-se entre 1980 e 2000, mostrando que houve diminuio da proporo de jovens no total da populao nesse perodo, e seu pice se alargou, mostrando que houve elevao da proporo de idosos no total da populao.

    75

    70

    60

    65

    55

    50

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    00

    Populao

    Homens Mulheres

    500 000500 000 1 000 0001 000 000 1 500 0001 500 000 2 000 0002 000 000

    Fonte: IBGE, 1980.

    Map

    s Wor

    ld pirMide etria absoluta brasil 1980

    75

    70

    60

    65

    55

    50

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    00

    Populao

    Homens Mulheres

    500 000500 000 1 000 0001 000 000 1 500 0001 500 000 2 000 0002 000 000

    Fonte: IBGE, 2000.

    Map

    s Wor

    ldpirMide etria absoluta brasil 2000

    Mais de 100 anos

    95 a 99 anos

    90 a 94 anos

    85 a 89 anos

    80 a 84 anos

    75 a 79 anos

    70 a 74 anos

    65 a 69 anos

    60 a 64 anos

    55 a 59 anos

    50 a 54 anos

    45 a 49 anos

    40 a 44 anos

    35 a 39 anos

    30 a 34 anos

    25 a 29 anos

    20 a 24 anos

    15 a 19 anos

    10 a 14 anos

    5 a 9 anos

    0 a 4 anos

    7.247

    31.529

    114.964

    310.759

    668.623

    1.090.518

    1.667.373

    2.224.065

    3.041.034

    3.902.344

    4.834.995

    5.692.013

    6.320.570

    6.766.665

    7.717.657

    8.460.995

    8.630.227

    8.558.868

    8.725.413

    7.624.144

    7.016.987

    16.989

    66.806

    211.595

    508.724

    998.349

    1.472.930

    2.074.264

    2.616.745

    3.468.085

    4.373.875

    5.305.407

    6.141.338

    6.688.797

    7.121.916

    8.026.855

    8.643.418

    8.614.963

    8.432.002

    8.441.348

    7.345.231

    6.779.172

    0,00%

    0,00%

    0,10%

    0,20%

    0,40%

    0,60%

    0,90%

    1,20%

    1,60%

    2,00%

    2,50%

    3,00%

    3,30%

    3,50%

    4,00%

    4,40%

    4,50%

    4,50%

    4,60%

    4,00%

    3,70%

    HOMENS MULHERES

    3,60%

    3,90%

    4,40%

    4,40%

    4,50%

    4,50%

    4,20%

    3,70%

    3,50%

    3,20%

    2,80%

    2,30%

    1,80%

    1,40%

    1,10%

    0,80%

    0,50%

    0,30%

    0,10%

    0,00%

    0,00%

    Fonte: IBGE, 2010.

    Tom

    s Tr

    oppm

    air distribuio da populao por sexo, segundo os grupos de idade (2010)

    28

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 28 30/04/12 12:07

  • As mudanas desse perodo resultam na diminuio da proporo de jovens e no aumento da proporo de adultos e idosos no total no Brasil, decorrncia do declnio da taxa de fecundidade e do aumento da esperana de vida de sua populao. Nesse caso foram resultado direto de transfor-maes sociais e econmicas que ocorreram nas ltimas dcadas, entre as quais, as provocadas pelo crescimento urbano que se intensificou no pas nesse perodo.

    Apesar do aumento da proporo de adultos e de idosos no total da populao brasileira, a proporo de jovens ainda bastante elevada nos dias atuais, especialmente, se comparada existente na grande maioria dos pases mais ricos. Apesar disso, a proporo de idosos no total da populao brasileira tem aumentado de forma expressiva e, segundo estimativas, deve aumentar ainda mais nos prximos anos, uma vez que a expectativa de vida est aumentando e essa tendn-cia tem se mantido inalterada.

    Observe, no grfico Evoluo da idade mdia da populao, uma das implicaes dessa tendn-cia no pas, relacionada ao aumento da idade mdia da populao brasileira. O grfico mostra que a idade mediana do brasileiro no ano de 2000 era de 25 anos e no ano de 2010 era de 28 anos. A projeo para o ano de 2050 de 40 anos caso no se verifiquem alteraes nas tendncias demo-grficas atuais, relacionadas com a dinmica da natalidade, no perodo.

    Brasil: 1980-205042,5

    40,0

    37,5

    35,0

    32,5

    30,0

    27,5

    25,0

    22,5

    20,0

    17,5

    15,0

    12,5

    10,01980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

    20,221,2

    22,4

    23,9 25,3

    26,7

    28,3

    30,1

    31,8

    33,2

    34,6

    35,9

    37,3

    38,7

    40,0

    Fonte: IBGE, 2007.

    Map

    s Wor

    ldevoluo da idade Mdia da populao

    Isso quer dizer, portanto, que o governo, obrigado a manter polticas pblicas direcionadas ao atendimento dos jovens (nas reas, por exemplo, de educao, formao profissional e gerao de emprego), uma vez que a participao desse contingente populacional ainda muito elevada no pas. O governo precisa, tambm, desenvolver cada vez mais polticas pblicas voltadas ao atendi-mento dos idosos (como, por exemplo, na sade pblica e no lazer) alm de promover a adequao do sistema previdencirio brasileiro, diante dessa nova realidade. Sem dvida, a exemplo do que ocorreu em outros pases do mundo, isso significa aumento dos investimentos pblicos para paga-mento de penses e aposentadorias.

    29

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 29 30/04/12 10:32

  • estrutura da populao brasileira por gnero

    A populao brasileira em 2010 era de 190,7 milhes de habitantes, dos quais, aproximadamen-te, 51% do gnero feminino, o que significa dizer que, at aquele ano, havia cerca de 4 milhes de mulheres a mais do que homens no Brasil.

    O predomnio da populao feminina sobre a masculina no ocorre em todas as faixas de idade, verificando-se de forma crescente apenas nas faixas etrias acima de 24 anos.

    Isso acontece porque a esperana de vida das mulheres (em torno de 76 anos) mais elevada do que a dos homens (em torno de 73 anos). Essa diferena decorre, entre outras causas, do fato de as mortes por causas externas entre o contingente da populao masculina ser muito maior do que o da populao feminina.

    As mortes por causas externas ou por bitos evitveis (como so classificadas) correspondem s que acontecem, por exemplo, por causas violentas, como as decorrentes de homicdios, de acidentes de trnsito ou, ainda, por ocorrncia de afogamento, envenenamento, queimadura ou queda.

    Brasil: 1980-20507000

    6500

    6000

    5500

    5000

    4500

    4000

    3500

    3000

    2500

    2000

    1500

    1000

    500

    0

    1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

    Fonte: IBGE, PNAD 2007.

    Map

    s Wor

    ld excedente feMinino (eM Milhares) na populao total

    9 000 000 7 000 000 5 000 000 3 000 000 1 000 000 1 000 000 3 000 000 5 000 000 7 000 000 9 000 000

    Populao

    0 0

    HOMENS MULHERES

    2050

    2040

    2030

    2020

    2010

    2005

    2000

    1990

    1980

    Fonte: IBGE, PNAD 2007.

    Caso no haja alteraes nas tendncias demogrficas atuais, a participao relativa da populao feminina no total da populao brasileira deve se elevar nos prximos anos.

    Map

    s Wor

    ld populao Masculina e feMinina coM 80 anos ou Mais 1980-2050

    30

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 30 30/04/12 10:32

  • A populao economicamente Ativa do Brasil

    A Populao Economicamente Ativa (PEA) do Brasil, no ano de 2010, supera 100 milhes. Em que pese o crescimento da participao feminina no total da PEA brasileira, nesse ano, essa ainda era composta em sua maior parte por trabalhadores do gnero masculino. Analise o grfico a seguir.

    90,00%

    1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

    80,00%

    60,00%

    50,00%

    70,00%

    30,00%

    20,00%

    10,00%

    0,0%

    40,00%

    masculina

    feminina

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    Map

    s Wor

    ld

    participao Masculina e feMinina no total da populao

    econoMicaMente ativa no Brasil de 1950 a 2010

    A maior parte da PEA brasileira encontra-se no setor tercirio da economia. Isso acontece em decorrncia de uma srie de transformaes que se sucedem na organizao da produo no pas.

    Entre essas transformaes encontram-se as que ocorrem na expanso da mecanizao agrcola e da automao industrial, ambas ocasionando menor absoro de mo de obra humana.

    Para efeito de anlise do nvel de desemprego existente em determinada rea do mercado de trabalho, ela costuma ser dividida em populao ocupada (que corresponde ao contingente da PEA que se encontra trabalhando no perodo pesquisado) e populao desocupada (que corresponde ao contingente da PEA que se encontra em busca de trabalho, portanto desempregada).

    Veja, na tabela a seguir, a distribuio da populao ocupada por atividade, em seis regies me-tropolitanas brasileiras (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, So Paulo e Porto Alegre.

    Distribuio da populao ocupada por grupamento de atividade (%)

    REC SAL BH RJ SP POA

    Indstria 11,5 10,5 17,3 12,1 20,9 23,2

    Construo 5,5 8,8 7,9 8,4 6,4 6,8

    Comrcio 25,1 20,1 18,7 19,3 19,6 18,6

    Servios prestados empresas 12,2 12,3 12,6 15,1 15,1 12,1

    Servios pblicos educao, sade, administrao pblica

    20,7 18,9 17,1 17,7 13,7 16,1

    Servios domsticos 6,9 10,4 9,0 8,8 7,7 6,7

    Outros servios 17,1 18,2 16,4 18,3 15,9 15,3 Fonte: IBGE, PNAD 2006.

    31

    pndl2014_miolo_sxxi_g7_un1_30abr12_p5.indd 31 30/04/12 10:32

  • Resposta pessoal.

    2. Que a participao feminina tem aumentado no mercado de trabalho, reduzindo as desigualdades entre homens e mulheres.

    3. Professor, oriente os alunos a reler como estimada a taxa de fecundi-dade e esclarea suas dvidas se necessrio. Incentive-os a entender que a participao feminina no mercado de trabalho foi e decisiva para que as taxas de fecundidade diminuam, j que as mulheres tm dedicado mais anos sua formao acadmica e ao seu estabelecimento profissional.

    Mulher no mercado de trabalho

    O estudo Mulher no Mercado de Trabalho, realiza-

    do pelo IBGE, revela a participao das mulheres

    no mercado de trabalho.

    Em 2009, aproximadamente, 35,5% das mulheres

    estavam empregadas com carteira de trabalho as-

    sinada, percentual inferior ao observado na distri-

    buio masculina, 43,9%. As mulheres autnomas

    correspondiam a 30,9% e os homens a 40%. J

    o percentual de mulheres empregadoras era de

    3,6%, pouco mais da metade do percentual verifi-

    cado na populao masculina, 7,0%.

    Enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos

    ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o Ensino

    Mdio completo, para os homens este percentual

    era de 53,2%. A parcela de mulheres ocupadas com

    nvel superior completo era de 19,6%, tambm su-

    perior ao dos homens, 14,2%. Por outro lado, nos

    grupos de menor escolaridade, a participao dos

    homens era superior a das mulheres. [...]

    O rendimento de trabalho das mulheres, estimado

    em R$ 1.097,93, continua inferior ao dos homens,

    R$ 1.518,31. Em 2009, comparando a mdia anu-

    al de rendimentos dos homens e das mulheres,

    verificou-se que as mulheres ganham em torno de

    72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em

    2003, esse percentual era de 70,8%.

    Considerando um grupo mais homogneo, com a

    mesma escolaridade e do mesmo grupamento de

    atividade, a diferena entre os rendimentos persis-

    te. Tanto para as pessoas que possuam 11 anos ou

    mais de estudo quanto para as que tinham curso

    superior completo, os rendimentos da populao

    masculina eram superiores aos da feminina.

    IBGE. Mulher no Mercado de Trabalho. Disponvel em: . Acesso em: abr. 2012.

    A presena feminina no mercado de trabalho

    A lucratividade das empresas tem relao com a

    presena feminina. Pesquisas recentes, de diversas

    partes do mundo, comprovam a influncia positiva

    das mulheres no ambiente corporativo.

    Estudos da Catalyst, fundao que se dedica a in-

    vestigar sobre a experincia feminina nos negcios,

    mostram que organizaes com mulheres em altos

    cargos de gesto so mais lucrativas.

    J a pesquisa Women in the Economy, da McKin-

    sey, revelou que se as mulheres no participassem

    da fora de trabalho, o PIB atual dos Estados Unidos

    seria 25% menor. No Brasil, nos ltimos 40 anos, a

    participao delas na economia foi de 28,8% para

    43,6%. Em funo disso, o nmero de filhos dimi-

    nuiu de 5,8 para 1,9.

    A influncia feminina nas organizaes e as dife-

    renas relacionadas a emprego, educao e famlia

    ganharam relevncia e tm sido muito discutidas

    no mercado. [...]

    O impacto da mulher nas organizaes.

    Disponvel em: .

    Acesso em: abr. 2012.

    1. Em sua opinio, o quanto importante a partici-

    pao feminina no mercado de trabalho?

    2. O que podemos afirmar, com base nas notcias,

    sobre a situao das mulheres no mercado de

    trabalho?

    3. Relacione a presena feminina no mercado de

    trabalho ao declnio da taxa de fecundidade

    ocorrido nos ltimos anos.

    leia mais...

    Aumentando, inclusive, o rendimento familiar, sendo muitas vezes a mulher respon-svel por manter um domiclio.

    32

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  • AtividAdes de sistemAtizAo

    QUestes

    1. As projees para a populao brasileira so de aumento rpido ou lento? Justifique sua resposta.

    2. Para se ter ideia da expressividade populacional das trs regies mais populosas do Brasil, compare suas populaes com as de outros pases.

    3. Um pas que tem uma taxa de mortalidade maior que a taxa de natalidade pode ser considerado um pas com crescimento natural negativo. Explique essa frase.

    4. Ao longo dos sculos XIX e XX, as taxas de mortalidade no mundo passaram a declinar de forma mais acentuada. O que causou essa mudana?

    5. Explique por que o conhecimento da estrutura etria de um pas importante tanto para o governo, como para o mercado privado.

    6. Explique por que as caractersticas que marcam o fenmeno da transio demogrfica de um pas acontecem uma nica vez.

    7. Quais so as transformaes demogrficas mundiais que interferem diretamente nos planejamentos pblico e privado?

    8. Pesquise dois pases ricos e pobres, e analise a caracterstica etria de cada um deles. Indique se o resultado compatvel com os dados apontados na tabela Caractersticas da populao mundial. Justifique sua resposta.

    9. Explique o que mostra a pirmide etria.

    10. Explique o que a PEA de um pas.

    11. Por que o percentual da PEA, relacionado s atividades de produo industrial, comrcio e prestao de servios, mais alto nos pases ricos?

    12. Por que os aposentados so considerados parte da populao inativa de um pas?

    13. D exemplos de atividades que utilizam a PEA de um pas nos seguintes setores:

    a) primrio: as realizadas no campo da produo extrativa (animal, vegetal e mineral, na forma de garimpo) e agrcola.

    b) secundrio: as realizadas no campo da produo industrial, da minerao mecanizada e da construo civil.

    c) tercirio:

    O mundo passa por uma transio de faixa etria, em que h o declnio da taxa de fecundi-

    dade e a reduo do nmero do nascimento de crianas, e envelhecimento gradativo da populao que ainda hoje pode ser classificada como jovem. Esse processo dimensiona o planejamento pblico e privado para aes voltadas a jovens e idosos, atendendo-os em suas necessidades.

    Professor, a resposta ser pessoal, de acordo com os pases escolhidos. No entanto, espera-se que os alunos consigam compreender que as taxas de expectativa de vida, natalidade e fecundi-

    dade esto relacionadas ao desenvolvimento econmico do pas, sendo que nos mais desenvolvidos a taxa de natalidade mais baixa e a expectativa de vida mais elevada, ocorrendo o inverso nos pases em desenvolvimento.

    33

    So de aumento mais lento, porque as taxas de natalidade e fecundidade apresentam indce de queda.

    A populao da Regio Sudeste, em 2007, tinha um nmero prximo da Alemanha; a populao do Nordeste era equivalente s populaes somadas da Espanha e de Portugal e a populao do Sul tinha um nmero equivalente s populaes somadas do Chile, Paraguai e Uruguai.

    O crescimento natural ou vegetativo de um pas (ou regio) a diferena entre a natalidade e a mortalidade neste pas e, portanto, se o nmero de pessoas que morre no pas durante um ano for maior que o nmero de nascimento (excluindo-se a questo da migrao e de outros fatores), esse crescimento natural ou vegetativo ser negativo.

    Uma srie de fatores: a melhoria generalizada nas condies sanitrias e de saneamento bsico nas reas urbanas; a industrializao e o avano da me-dicina; a erradicao de inmeras doenas e o uso de antibiticos, que revolucionaram o processo de combate a inmeras doenas e diminuram bitos.

    Porque por meio dela pode-se conhecer a estrutura de populao e planejar aes governamentais e privadas.

    Um pas quando se torna predominantemente urbano no voltar a ser rural.

    Pirmide etria dividida em base, corpo afunilado e pice, correspondendo cada diviso s seguintes faixas etrias: base entre 0 e 19 anos; corpo afunilado entre 20 e 59 anos, e o pice aos indivduos com idade superior a 59 anos. A diviso mais larga corresponde faixa etria predominante em determinado pas ou regio.

    Porque os pases ricos tm uma economia urbano-industrial mais expressiva do que a maioria dos pases pobres e, tambm, um nvel de mecanizao no setor agrcola mais elevado do que a grande maioria desses pases.

    as realizadas no ramo da prestao de servios (como a bancria, mdico-hospitalar, educacional, segurana pblica, lazer e pesquisa) e do comrcio.

    PEA de um pas corresponde parte de sua populao que est trabalhando (mesmo que procurando emprego).

    Porque, de modo geral, fazem parte da populao de um pas que no est trabalhando nem est procurando emprego.

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  • pesQUisA

    O trabalho informal o realizado sem registro em carteira de trabalho, portanto, sem proteo das leis trabalhistas. Essa atividade cresce de importncia no pas, especialmente em perodos de crises econmicas.

    Faa uma pesquisa nos meios de informao sobre o trabalho informal no Brasil. De acordo com o que pesquisou identifique:

    a) As vantagens do trabalho informal.

    b) As desvantagens do trabalho informal.

    Traga os resultados da pesquisa para comparar com os dos colegas e juntos tirar suas concluses.

    AtividAde prticA

    Minicenso na escola

    Nessa unidade, abordamos vrias caractersticas populacionais, indicando vrios ndices e taxas, para os quais houve uma pesquisa antes. Esta pesquisa denominada Censo, realizada a cada dez anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia, o IBGE que, com dados coletados, analisa e traa o perfil da populao brasileira.

    Agora, voc ser o recenseador. Siga as etapas e veja no formulrio o modelo para sua pesquisa. Professor, para realizar as pesquisas extra sala de aula, os alunos podem se organizar em grupos.

    Planejamento

    1. Escolha se sua pesquisa ser um censo ou uma amostragem.

    2. Solicite autorizao de seu professor e do diretor para realizar a pesquisa com alunos de outras salas.

    3. Faam cartazes divulgando a pesquisa e deixe-os em rea visvel a muitas pessoas.

    4. Faam crachs para cada recenseador.

    5. Com o auxlio de seu professor dividam a turma em grupos. Cada grupo deve ficar responsvel por colher os dados em determinada sala.

    6. Vejam o modelo a seguir e escolham quais questes integraro o seu questionrio.

    7. Faam cpias suficientes para o nmero de alunos que sero entrevistados.

    34

    Professor, promova um debate sobre o assunto em sala de aula, incentive os alunos a refletir sobre as condies do trabalho informal e a citar exemplos desse cotidiano.

    Professor, oriente os alunos a ver no glossrio a diferena entre essas duas pesquisas. Se necessrio exmplifique como seria a pesquisa em cada um dos casos.

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  • minicenso na escolaNome da escola:

    Ano do recenseamento:

    informaes sobre o entrevistado

    Sala (ano e turma):

    Nome:

    1. Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

    2. Nmero de irmos: ( ) nenhum ( ) 1 ( ) 2 a 4 ( ) mais de 4

    3. Com quem voc mora? ( ) pais ( ) parentes ( ) pessoa responsvel

    4. Voc nasceu: ( ) neste municpio ( ) neste estado, mas em outro municpioEm outro estado da regio ( ) Norte ( ) Nordeste ( ) Centro-Oeste ( ) Sudeste ( ) Sul

    5. Como voc vem escola? ( ) a p ( ) de nibus ( ) de carro ( ) de bicicleta ( ) de outras formas

    6. Fora do horrio das aulas, a que atividades voc dedica mais tempo?( ) brincar ( ) estudar ( ) praticar esportes ( ) trabalhar em casa ( ) trabalhar fora de casa ( ) outra atividade

    7. Fora do horrio das aulas, quanto tempo por dia voc dedica aos estudos e leitura?( ) 1 hora ( ) 2 horas ( ) 3 horas ( ) mais horas

    informaes sobre a escola

    1. Quantos alunos estudam em sua sala?( ) menos de 25 ( ) de 25 a 30 ( ) de 30 a 35 ( ) de 35 a 40 ( ) mais de 40

    2. A merenda escolar boa?( ) sim ( ) no ( ) mais ou menos

    3. O que voc observa que falta na escola?( ) professores ( ) salas de aula ( ) material escolar ( ) equipamentos multimdia ( ) rea de lazer ( ) atividades culturais e esportivas ( ) outras respostas

    Professor, pondere se esta informao necessria, explique aos alunos que as informaes coletadas devem permanecer em sigilo, pois a privacidade dos colegas deve ser respeitada.

    ( ) nenhum ( ) 1 ( ) 2 a 4 ( ) mais de 4

    ( ) pais ( ) parentes ( ) pessoa responsvel

    ( ) neste municpio ( ) neste estado, mas em outro municpioEm outro estado da regio ( ) Norte ( ) Nordeste ( ) Centro-Oeste ( ) Sudeste ( ) Sul

    Como voc vem escola? ( ) a p ( ) de nibus ( ) de carro ( ) de bicicleta ( ) de outras formas

    Fora do horrio das aulas, a que atividades voc dedica mais tempo?( ) brincar ( ) estudar ( ) praticar esportes ( ) trabalhar em casa ( ) trabalhar fora de casa ( ) outra atividade

    Fora do horrio das aulas, quanto tempo por dia voc dedica aos estudos e leitura?( ) 1 hora ( ) 2 horas ( ) 3 horas ( ) mais horas

    informaes sobre a escola

    Quantos alunos estudam em sua sala?( ) menos de 25 ( ) de 25 a 30 ( ) de 30 a 35 ( ) de 35 a 40 ( ) mais de 40

    A merenda escolar boa?( ) sim ( ) no ( ) mais ou menos

    3. O que voc observa que falta na escola?( ) professores ( ) salas de aula ( ) material escolar ( ) equipamentos multimdia ( ) rea de lazer ( ) atividades culturais e esportivas ( ) outras respostas

    , pondere se esta informao necessria, explique aos alunos que as informaes , pondere se esta informao necessria, explique aos alunos que as informaes coletadas devem permanecer em sigilo, pois a privacidade dos colegas deve ser respeitada.coletadas devem permanecer em sigilo, pois a privacidade dos colegas deve ser respeitada.

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  • Coleta de dados

    1. De acordo com o nmero de salas, estipule o tempo em que o questionrio ser aplicado.

    2. Os questionrios devero ser guardados cuidadosamente.

    Anlise

    A primeira etapa da anlise organizar as informaes coletadas atravs da contagem e organizao das respostas obtidas para cada questo. Isso chamado de tabulao de dados.Com base nessa anlise, ser possvel conhecer os resultados da pesquisa. Observem o exemplo:

    Cce

    ro S

    oare

    s

    1C

    cero

    Soa

    res

    3

    Cce

    ro S

    oare

    s

    2

    Como os alunos vem escola?

    Respostas Tabulao das respostas no de alunos

    a p 20

    de nibus 35

    de carro 14

    de bicicleta 55

    de outras formas 26

    Total de alunos 150

    Divulgao de resultados

    Depois da tabulao de dados e da montagem da tabela, a tarefa construir grficos que ajudam na visualizao dos resultados. Para cada pergunta do questionrio, monte um grfico. O exemplo a seguir de um grfico de colunas, mas existem outros modelos que tambm podem ser utilizados para divulgar o Censo. Voc vai precisar de folhas de papel quadriculado, ou dever fazer quadrinhos de 1 em 1 centmetro numa folha lisa. Tambm vai precisar de lpis de escrever, lpis de co