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CUFA FAZENDO DO NOSSO JEITO

CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS PARA INSERÇÃO SOCIOECONÔMICA NA CADEIA

PRODUTIVA DO TURISMO

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“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.”

Pitágoras

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ÍNDICE

MINISTÉRIO DO TURISMO – APRESENTAÇÃO

CUFA – FAZENDO DO NOSSO JEITO

O INÍCIO DE UM NOVO TEMPO

A PARCERIA COM O MINISTÉRIO DO TURISMO

A EXPERIÊNCIA

CURSOS

MONTAGEM E PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS TEATRAIS

GASTRONOMIA

PRODUÇÃO CULTURAL

MODA E MODELO

AUDIOVISUAL

RESULTADO DA PESQUISA COM OS ALUNOS

FORMATURA

CONCLUSÃO

PÁG

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“Projeto desenvolvido com recursos do convênio nº 513/2006 entre a Central Única das Favelas - CUFA e o Ministério do Turismo”

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APRESENTAÇÃO

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O Turismo brasileiro como setor econômico é reconhecido como importante gerador de divisas capaz de gerar oportunidades de tra-balho e renda e de contribuir para a redução das desigualdades regionais e sociais em diferentes pontos do nosso território.

A importância da atividade turística como indutora do desenvolvi-mento requer a efetiva cooperação entre os diversos atores sociais, no qual destacamos a cooperação entre o Ministério do Turismo e a Central Única de Favelas – CUFA, por meio da implementação do Projeto de Formação de Jovens para a Inserção Socioeconômica na Cadeia Produtiva do Turismo, para a qualificação profissional de mais de 1.000 jovens das comunidades de Cidade de Deus, Ma-dureira, Complexo do Alemão e Acari, nos cursos de Audiovisual, Moda e Modelo, Gastronomia e Auxiliar de Cozinha, Montagem e Produção de Espetáculos Teatrais e Produção Cultural.

Acreditamos que projetos de qualificação profissional de jovens para as atividades ligadas ao turismo, liderados por instituições da sociedade civil, como a CUFA, em um destino turístico da maior importância como o Rio de Janeiro, fortalecem o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa em que o desenvolvi-mento econômico resulte em distribuição de renda e inserção no mercado de trabalho.

Sabemos das potencialidades do produto turístico brasileiro com-posto pela diversidade da nossa cultura e das inúmeras belezas naturais sendo que atividades como as desenvolvidas no âmbito deste projeto favorecem a concretização do nosso objetivo de trans-formar o turismo em fator de desenvolvimento social, econômico e cultural.

Avaliamos positivamente a parceria com a CUFA, por entendermos que a promoção da cidadania e da cultura de jovens da periferia contribuem para a valorização da imagem da cidade do Rio de Janeiro, ao criar oportunidades para a integração de diferentes es-paços sociais e econômicos.

Ministério do Turismo

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CUFA – FAZENDO DO NOSSO JEITO

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A CUFA – Central Única das Favelas – é uma organização sem fins lucrativos que, ao longo dos seus 10 anos de história (completados em 2009) realiza um trabalho de inclusão social por meio de inicia-tivas de caráter educacional, cultural, recreativo, desportivo e de promoção da cidadania.

Entre as suas atribuições está a promoção de complementos edu-cacionais visando a difusão de idéias, conceitos e métodos que visem a ampliação da criatividade, da sensibilidade, da consciên-cia crítica dos valores culturais brasileiros, da flexibilização da so-ciedade e da interação da pluralidade cultural brasileira.

A CUFA foi criada a partir da união de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro que buscavam espaços para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver. A percepção de que a união de esforços e competências poderia efetivamente construir um futuro mais digno, foi a força motriz do que viria a se tornar uma das organizações do terceiro setor mais atuantes em todo o território nacional.

Um dos fundadores da CUFA, o rapper MV Bill, já recebeu diversos prêmios devido à sua ativa participação no movimento Hip Hop e, no ano de 2004, a UNESCO o premiou como uma das dez pes-soas mais militantes no mundo na última década.

Outra forte referência que consolida ainda mais as ações da CUFA é a cantora Nega Gizza, que além de atuar no mundo do Rap, é conhecida e respeitada por seu empenho e dedicação às causas sociais. Nega Gizza é também diretora do HUTÚZ, o maior festival de Rap da América Latina, que é produzido anualmente pela CUFA.

O Hip Hop é a principal forma de expressão da Central Única das Favelas e serve como importante ferramenta de integração e in-clusão social.

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Por ser um movimento que, há 20 anos, sobrevive se desenhando nos guetos brasileiros, mesmo sem o apoio da mídia, cresce e se forta-lece a cada dia, arrebatando admiradores de todas as camadas sócio-econômicas e deixando para trás o rótulo de “cultura do excluído”.

Através de uma linguagem própria, a CUFA pretende ampliar suas for-mas e possibilidades de expressão e alcance. Assim, vai difundindo a conscientização das camadas menos privilegiadas da população brasileira com oficinas de capacitação profissional, entre outras ativi-dades, que elevam a auto-estima da periferia quando levam conheci-mento, oferecendo-lhe novas perspectivas.

Agindo como um pólo de produção cultural, por meio de parcerias, apoios e patrocínios, a CUFA forma e informa os cidadãos do Rio de Janeiro e dos outros 25 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. Dentre as atividades desenvolvidas pela CUFA, há cursos e oficinas de DJ; Break, Graffiti, Escolinha de Basquete de Rua, Skate, Informática, Gastronomia, Audiovisual e muitas outras. Boa parte da equipe de profissionais que compõe a estrutura atual da CUFA é de jovens formados nas oficinas de capacitação e profis-sionalização das bases da instituição e oriundos das camadas menos favorecidas da sociedade - em sua maioria, moradores de favelas.

Dentre as ações que imprimem legitimidade ao trabalho desenvolvido pela CUFA, vale a pena lembrar o já citado HUTÚZ – único evento de grande porte e expressão focado exclusivamente no Hip Hop, sendo um marco, um referencial para esta cultura. Além dele, existe a LIIBRA – Liga Internacional de Basquete de Rua, que surgiu através de uma atitude orgânica dentro do HUTÚZ 2003, quando jovens improvisaram jogadas de basquete com uma cesta de lixo, o que fez com que esta modalidade esportiva ganhasse espaço no ano seguinte e um campe-onato nacional em 2005.

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Atualmente CUFA, HUTÚZ e LIIBRA são marcas de identidade singu-lar, iniciativas sem precedentes que fidelizaram seu próprio público e são fundamentais para o desenvolvimento de novos segmentos profis-sionais.

A intenção da instituição, como o próprio lema diz, é: Fazer a diferença, fazendo do nosso jeito!

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O início de um novo tempo

Por Celso Athayde

A parceria estabelecida com o Ministério do Turismo para a imple-mentação deste projeto é uma das que mais me agrada sob diver-sos aspectos: primeiro porque uma parceria com um Ministério tão importante mostra que a CUFA está no caminho certo para a for-mação da cidadania dos brasileiros, e que somando forças entre a sociedade civil e os órgãos públicos é possível fazer efetivamente a diferença para a construção de uma vida mais digna.

Segundo porque o nosso entendimento é o de que estes cursos deveriam preparar cada um de nossos alunos para a real inser-ção no mercado de trabalho, e isso está acontecendo a cada dia. Acredito que as ações que envolvem formação são as mais rele-vantes, pois são conhecimentos agregados nas vidas das pessoas que se tornam um grande patrimônio. Para a CUFA é importante, sobretudo, porque existe uma cultura de levar conhecimento para as favelas sob a visão e o olhar dos “homens do asfalto”, e essa é mais uma boa oportunidade de transmitir cultura e conhecimento do ponto de vista da própria comunidade.

E a terceira razão, talvez a que mais me sensibilize, é a de que a vida desses alunos em muito se parece com a minha própria história de vida e a de tantas outras pessoas que conheço. São pessoas que têm a necessidade de enxergar uma luz no fim do túnel, mesmo que a realidade aponte outros caminhos. São pes-soas com sede de aprender, de crescer e que acabam se agar-rando às oportunidades e fazendo com que elas façam a diferença em suas vidas.

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Tenho a certeza de que ainda ouviremos falar muito desses jovens, seja pela qualidade desenvolvida em cada uma das suas funções, seja pelo desejo que eles possuem de passar essa experiência única a outras pessoas.

E que este seja o embrião de diversas outras ações.

Que esta semente continue germinando e os frutos colhidos, é o desejo de todos nós.

Que assim seja!

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DEPOIMENTO

Fernanda BorrielloCoordenadora

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A imensa alegria de ver tantos jovens recebendo seu certificado de conclusão do curso escolhido compensou cada momento de trabalho árduo durante o período do projeto. Acho que para tantos jovens fica a mensagem de renovação e esperança de um futuro melhor, diferente da dura realidade que muitos são submetidos. Os resultados de um projeto como este são a prova de que valeu o investimento e a aposta na formação na Cadeia Produ-tiva do Turismo. Uma significativa parte dos jovens que participaram do proje-to conseguiram entrar formalmente no mercado de trabalho e outros encontraram uma forma de geração de renda dentro de suas próprias comunidades. Estes jovens que passaram pelo projeto levam para suas vidas uma coisa muito valiosa e que levarão para sempre que é o conhecimento.

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A PARCERIA COM O MINISTÉRIO DO TURISMO

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A ideia de desenvolver cursos de qualificação profissional para jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro surgiu em 2006 por meio de um encontro entre representantes do Ministério do Turismo e da CUFA. Nesta ocasião discutimos no contexto da realização dos Jogos Pan-Americanos o apoio do Ministério para um o projeto com a Central Única das Favelas.

As demais parcerias foram surgindo individualmente, de acordo com as necessidades e a busca pela qualidade. Entenda-se como parceiras as instituições que cederam espaços físicos para a realização de aulas específicas (Gastronomia em cozinha industrial, por exemplo), profis-sionais do mercado que dedicaram seu tempo ao projeto e empresas que de alguma forma colaboraram com a execução dos cursos.

O Projeto formulado em parceria com a CUFA estabeleceu como prin-cipais diretrizes a formação de jovens, em cursos relacionados com o desenvolvimento do Turismo na Cidade do Rio de Janeiro. Esse en-tendimento surgiu por dois motivos específicos: um filosófico e outro técnico. O primeiro era porque a CUFA acreditava que a oferta de cur-sos deveria ser conforme a demanda das comunidades e o interesse do público jovem no segmento da cultura que pode ser associado ao turismo, como uma atividade econômica importante e em evidência na cidade. Este foi o grande desafio desta parceria uma vez que a experiência maior era com o universo do Hip Hop e do basquete de rua. O segundo de ordem técnica foi a definição dos conteúdos dos cursos que contou com a colaboração de diferentes atores sociais e a orientação do Ministério do Turismo para a identificação da demanda e a oferta dos cursos em face da especificidade do setor turístico e do público alvo do projeto.

Desta forma, optou-se por cursos que atendessem às especificidades da área do Turismo conforme experiências de outras instituições que se preocupavam com a formação de jovens em comunidades distin-tas.

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Os objetivos principais desse projeto eram de promover o desen-volvimento do turismo na cidade do Rio de Janeiro por meio de ações de qualificação e formação profissional em atividades de produção turística associada - manifestações artísticas e culturais, produção e realização de eventos de carnaval, festival de cinema, apresentações, espetáculos culturais, entre outros; bem como de oferecer para jovens destas comunidades alternativas de inserção no mercado de trabalho. Desta forma, contribuir com a melhoria da qualidade e oferta da produção turística e com o fortalecimento da identidade e diversidade cultural do destino turístico Rio de Ja-neiro.

Assim, o foco do projeto foi a formação profissional de jovens com base no estímulo à elevação de escolaridade, e valorização da criatividade Os jovens que participaram do projeto são das comuni-dades de Cidade de Deus, Acari, Madureira e Complexo do Alemão da cidade do RJ.

Os cursos inicialmente propostos foram de audiovisual; corte, cos-tura e serigrafia; gastronomia/auxiliar de cozinha; produção de fan-tasias e adereços para o carnaval e produção cultural.

Dentre os resultados esperados com essas ações estavam a for-mação de 1200 jovens para o mercado de trabalho em ocupações relacionadas com o turismo e geradoras de emprego e renda na cidade do Rio de Janeiro; A estratégia adotada previa cursos teóri-cos com o incentivo a produção cultural dos jovens por meio da re-alização de atividades práticas como documentários, eventos; or-ganização do trabalho em cooperativas e divulgação dos produtos e serviços desenvolvidos pelos jovens dos cursos de qualificação profissional bem como da produção cultural da CUFA.

No primeiro ano de execução do projeto foram observadas diver-sas dificuldades para o cumprimento das metas. Ficou claro que a metodologia de aprendizagem adotada não refletia a realidade do

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público-alvo a ser atingido e que era preciso que fossem desen-volvidas ações mais próximas da realidade desses jovens das co-munidades, para que os objetivos esperados fossem alcançados. Nesta primeira etapa foram formados 150 alunos.

No entanto, como o próprio Secretário Geral da CUFA, Celso Athayde, resume: “É correto dizer que escolhemos parceiros para conduzir o processo e implementar as ações nas favelas devido a sua expertise e pelo fato deste ser credenciado nos órgãos rela-tivos às atividades propostas, porém, uma coisa é certa, para de-senvolver trabalhos em favelas, sobretudo nas comunidades em que atuamos, como Cidade de Deus, Acari ou o ponto mais alto do Complexo do Alemão entre outras, é preciso mais do que um registro formal, é preciso conhecer as vielas da favela, é preciso ter o DNA daquela gente. Logo a solução não estava nos livros, mas estava na nossa essência. O que precisaríamos então era orga-nizar um grupo competente e extremamente comprometido, para produzir um resultado que representaria a depressão e o fracasso individual e coletivo para nós ou a realização e o sucesso dese-jado. Vencemos . A favela mais uma vez mostrou que é possível produzir resultados tão nobres quanto os que sonhamos”.

E desta forma foi percebido que a própria CUFA deveria assumir a responsabilidade e liderança no processo de execução do projeto. Esta situação foi devidamente justificada e aceita pelos represen-tantes do Ministério do Turismo. As principais alterações propostas pela CUFA foram as seguintes:

Revisão da oferta e distribuição dos alunos por curso, o que re-sultou no incremento de turmas nos cursos de Audiovisual e Gas-tronomia, para os quais identificou-se mais alunos interessados. A oferta por turno foi redefinida, de acordo com o resultado da pes-quisa prévia de disponibilidade e interesse no ato da inscrição.

Quanto à metodologia dos cursos, concentrou-se em aulas práti-cas, a fim de estimular mais os alunos; os conteúdos programáti-cos foram adequados por uma equipe de profissionais das áreas

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específicas para abordar os conteúdos em sala de aula de forma mais dinâmica e estimulante.

Optou-se por substituir o curso de “Fantasias e Adereços para o carnaval” pelo curso de “Montagem e Produção de Espetáculos Teatrais”. Este curso prepara o jovem para atividades artísticas e culturais que no caso da Cidade do Rio de Janeiro se constitui em produção associada ao turismo e cria diversas oportunidades de tra-balho para o jovem trabalhar nas artes técnicas e cênicas.

O curso de Corte e costura foi substituído por “ “Moda e Modelo”, visando ampliar a procura dos jovens por esta área, incluindo as ca-deiras específicas para atuarem também como modelo/recepcionis-tas em eventos da cadeia turística. A oferta de lanche nos intervalos das aulas foi redimensionada com o objetivo de melhorar o desempenho dos jovens durante o curso.

Após a aprovação da proposta de reformulação do projeto a Central Única das Favelas realizou um estudo junto às comunidades, alu-nos e professores para inovar na execução do projeto e, a partir daí, realizar as alterações e adaptações nos tipos de cursos oferecidos.

Uma dessas adaptações foi justamente a preocupação em fazer com que as atividades ultrapassassem a barreira das salas de aula e da preparação para o mercado de trabalho, assim os cursos pas-saram a visar conceitos de cidadania e trabalho em equipe entre outros. Essa mudança fez com que houvesse uma visível melhora na auto-estima dos participantes acarretando, inclusive, mudanças no âmbito familiar.

Outra alteração fundamental foi a necessidade de expansão das áreas de atuação do projeto, inicialmente previsto para quatro pó-los específicos (Acari, Cidade de Deus, Complexo do Alemão e Ma-dureira). Essa necessidade foi apurada pelos próprios alunos, uma vez que a distância entre o local de trabalho e/ou estudo era um fa-tor determinante para a evasão ou o não aproveitamento completo do conteúdo lecionado.

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É importante ressaltar que este projeto contempla jovens de 16 a 29 anos, que – na maioria das vezes – dividiam o horário dos cursos com outras atividades e a proximidade do local de realização das ações fez com que o rendimento individual aumentasse. Desta forma, foram in-seridos no projeto os pólos de Realengo (Espaço Jorge Benjor), Nova Iguaçu, SESC Ramos, SESC Madureira e CEASA.

Com sugestões atualizadas e renovação nos métodos de ensino, no-vos alunos foram atraídos para os cursos e mantiveram assiduidade e interesse que superaram todas as previsões e expectativas, totali-zando mais de 700 jovens formados em 33 turmas.

Estamos certos de que as reformulações ocorridas ao longo do de-senvolvimento do projeto contribuíram com os nossos objetivos de for-mar com qualidade os jovens para o mercado de trabalho e possibilitar a inserção na cadeia produtiva do turismo, além de enriquecer a ex-periência do turista na cidade do Rio de Janeiro com eventos culturais e artísticos produzidos pela CUFA.

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A EXPERIÊNCIA

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A próxima pergunta a ser respondida pela equipe da Central Única das Favelas seria: como divulgar essas atividades de modo a atin-gir efetivamente o público-alvo?

Após inúmeras reuniões ficou decidido que seriam utilizadas duas frentes de divulgação: a primeira específica para cada comunidade – com a divulgação de cartazes em locais com grande concentra-ção de jovens, carros de som, faixas nas principais esquinas das localidades, além de performances de teatro para atrair os mo-radores e tornar a entrega de panfletos mais atrativa. E a outra frente, um pouco mais tradicional, com a inserção de mídia em jornais, rádios e telejornais de grande abrangência.

Outra preocupação presente era em relação ao conceito visual que os meios de divulgação deveriam ter. Não seria possível incorrer em erros já percebidos na primeira etapa desenvolvida.

O conceito aprovado foi o de utilizar uma árvore no topo da favela (em uma alusão à árvore do conhecimento – obra que fala das múltiplas competências de cada ser humano e da gestão destas competências), onde seus frutos fossem os cursos oferecidos, e ao redor do morro pontos turísticos que caracterizassem a cidade do Rio de Janeiro. A seguir, o resultado final:

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CARTAZ UTILIZADO PARA DIVULGAR AS ATIVIDADES

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Um fator importante foi percebido durante o processo de divul-gação: Embora seja direcionado ao público morador das comu-nidades carentes, o projeto “Formação Profissional de Jovens para Inserção Socioeconômica na Cadeia Produtiva do Turis-mo” ultrapassa os limites das favelas.

E isso se deve a questões relacionadas à gratuidade e quali-dade dos cursos, ao grande anseio dos jovens que buscam uma formação e sua inserção no mercado de trabalho mas, principalmente, porque hoje há bairros da periferia que são tão carentes de ações direcionadas para a formação de jovens como qualquer favela.

Por isso, a média de alunos de bairros como Rocha Miranda, Coelho Neto, Bangu, Marechal Hermes e tantos outros chegou a quase cinquenta por cento da procura de alunos.

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OS CURSOS

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Nesta nova etapa foram desenvolvidos cursos de qualificação profissional nas áreas de: Audiovisual, Gastronomia, Moda e Modelo, Montagem e Produção de Espetáculos Teatrais e Produção Cultural, que atenderam a 33 turmas, com 987 alunos inscritos, dos quais 717 formandos (o que representa 72,64% de aproveitamento), no período de 2008/2009.

Além de oferecer os cursos de capacitação, o projeto possibilitou a geração de renda de agentes locais, empregando cerca de 50 funcionários entre coordenadores de curso, supervisores, professores e monitores.

Com as ações localizadas em 10 bases, ficou determinado que o cronograma de atividades fosse o seguinte:

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Base do Viaduto em Madureira

Manhã Audiovisual Produção Cultural Moda e modelo

Tarde Audiovisual Teatro Moda e modeloNoite Audiovisual Audiovisual Moda e modelo

SESC de Madureira Tarde Produção Cultural GastronomiaNoite Produção Cultural

Império Serrano em Madureira Manhã Gastronomia

Base da Cidade de DeusManhã ProduçãoCultural Obs.: Aulas de Teatro aos sábados pela manhã e tarde.

CSU (Centro Social Gabinal Margarida) na Cidade de DeusManhã Audiovisual Gastronomia Tarde Gastronomia

Obs: Em janeiro de 2009 as aulas de audiovisual passaram a ser na Igreja Pai Eterno.

SESC de Ramos (Complexo Alemão)Manhã Audiovisual Gastronomia TeatroTarde Gastronomia Teatro

Igreja de São Sebastião em Olaria (Complexo Alemão)Noite Gastronomia

Espaço Cultural Jorge BenJor em Realengo

Manhã Audiovisual Gastronomia P r o d u ç ã o Cultural

Moda e modelo

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CISANE em Nova IguaçuManhã GastronomiaTarde Audiovisual Gastronomia

CEASA em AcariManhã Gastronomia

Ao todo foram:

11 turmas de Gastronomia

09 turmas de Audiovisual

05 turmas de Produção cultural

04 turmas de Teatro

04 turmas de Moda e Modelo

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DEPOIMENTO

Tiago GomesUm dos Gestores do Projeto

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“Em junho recebo a notícia de que o aditamento do Projeto do Turismo, nome que damos ao projeto “Formação Profissional de Jovens para Inser-ção Socioeconômica na Cadeia Produtiva do Turismo“, foi aprovado e que esse projeto estava na conta do núcleo de Implementação. Eu tinha apenas um mês e meio na CUFA e estava confeccionando a apostila de audiovi-sual para o projeto “Ver Favelas” e planejando o projeto “Ações Educativas Complementares” ambos os projetos ligado ao audiovisual da instituição. Eu buscava em minha memória todos os erros que eu havia percebido en-quanto professor e tinha agora, menos de um ano depois, a oportunidade de tentar fazer diferente.

E pensei que uma coisa é estar na ponta do processo e apontar todos os erros, outra coisa é estar na frente do projeto e antecipando os problemas, e solucionando os que forem aparecendo. Era a hora da verdade, de provar que as coisas poderiam ser diferentes ou não.

A princípio eu ficaria responsável apenas pelo audiovisual deste projeto, mas numa reunião onde apresentei as primeiras sugestões e percepções da experiência anterior, ficou decidido que eu o executaria como gestor geral. Sentia que pela grandeza do projeto a Administração buscava alguém com experiência para coordenar esta nova etapa de implementação.

Peixe pequeno e peixe grande

Logo que comecei a ler o projeto, me lembrei de algo que muito me incomo-dava como professor: na primeira etapa os professores ganhavam quatro horas aula, por quatro horas de trabalho. Isso é extremamente errado, a hora aula é em torno de 45 a 50 minutos. Como professor cheguei a co-mentar com meu pedagogo, que disse que ia ver o que poderia ser feito, mas nunca tive resposta e diante do silêncio dele, achei melhor deixar para lá, quando se é peixe pequeno, se rec lamar demais, será lembrado no máximo, como um cara chato. A vida dá voltas, o peixe pequeno cresceu um

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pouquinho e agora eu não ia deixar isso passar em vão.

Quando comecei a fazer o planejamento de todo o projeto, calculei as horas aula em torno de 45 minutos, como manda a lei, e como tem que ser. Isso trouxe uma mudança significativa no pagamento dos professores, que foi entendida e aprovada pela coordenação.

Desdobramentos

Como a própria CUFA já produz grandes eventos, estava aí a opor-tunidade necessária para aliar o aprendizado teórico ao prático. Caso houvesse dificuldade de inserção de nossos alunos para es-tágio em alguma empresa externa, poderíamos estagiar dentro de nossos próprios eventos, como uma forma de agregar experiência, valor humano e profissional, além de aprimorar seus currículos.

A partir de então, começamos a costurar com a coordenação de Produção da CUFA - responsável por eventos como HUTÚZ (Fes-tival Internacional de Hip Hop), Cine CUFA (Mostra de cinema), LIIBRA (Liga Internacional de Basquete de Rua) entre outros.

E foi assim que os alunos de produção cultural passaram a per-ceber na prática o que era trabalhar na produção de um grande evento, alunos de Modelo trabalharam na recepção, os de Moda começaram a produzir estampas e camisas específicas para ações, alunos de audiovisual para filmar e fotografar, gastronomia para ficar responsável pelo bufe das aberturas e encerramentos, e de teatro para realizar performances proporcionando uma maior dinâmica artística aos eventos.

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E após esse leque de oportunidades que oferecemos aos nossos alunos dentro da própria CUFA, era preciso ampliar a rede e con-ceder esse acesso ao mundo formal do mercado de trabalho, algo muitas vezes distante da realidade de jovens de periferia que vêem oportunidades como essa longe de sua realidade, já que não pos-suem a formação necessária para concorrer de igual para igual no mercado de trabalho”.

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CURSO DE MONTAGEM E PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS TEATRAIS

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“Nosso curso teve por finalidade formar não apenas atores, mas artistas que compõem seu próprio espetáculo – desde a concep-ção do texto até a sua estreia, criando cenários, figurinos, mapas de som e de luz. Artistas que conhecem o seu publico e o atingem da forma mais consciente possível, pois esse jovem compreende não somente o texto que está sendo interpretado, mas o efeito do seu trabalho nas pessoas que o assistem. Buscamos formas de expressar os sentimentos, muitas vezes escondidos pela rotina social.

Ao todo foram formadas quatro turmas distribuídas pelas bases no Complexo do Alemão, Cidade de Deus e Madureira.A seguir, as mais representativas ações realizadas durante o cur-so.

Sejam bem vindos a este belíssimo espetáculo!

Abraços Teatrais!

Ana SabagCoordenadora

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Mais do que entretenimento, a formação teatral possibilita que o aluno desenvolva a auto-estima, conheça novos métodos de co-municação e desperte o interesse pelo conhecimento.

Os alunos fizeram apresentações em eventos como: CUFA Cri (em comemoração ao dia das crianças), Dia da Favela (inauguração da base CUFA Manguinhos), além de participarem de eventos como o Rap Festival, Filme Festival, Prêmio Hutúz e Cine CUFA. Uma das ferramentas de comunicação criadas pela equipe de teatro foi o blog “Teatrurismo”.

Para mais informações, acesse: www.teatrurismo.blogspot.com

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Depoimentos

Os textos do blog foram preservados em seu conteúdo e grafia para manter a autenticidade e opinião de seus autores.

11 OUTUBRO 2008

Dia das Crianças Turismático!“Sábado, 11 de outubro de 2008: véspera do dia das Crianças...

Dia comum? NÃO!!! Depois de uma semana agitada, enfim: produção, este sábado che-gou radiante. Não tenho idéia de quantas crianças havia embaixo do viaduto Negrão de Lima, se 300 ou mais, mas sei que todas viver-am um dia de sonhos, ou melhor, de realização de sonhos! Música, dança, basquete, skate, teatro, contação de histórias, maquiagens, fotos engraçadas, lanche, almoço, bolo gigante, DJ, animação cul-tural, desfile de moda... Ufa! Quanta atividade bacana!

Mas espera aí! Quem estava por trás de todas essas atividades? Quem cuidou de todas essas crianças? É aí a chave do sucesso, da felicidade... Jovens e recém-chegados alunos, professores e co-ordenadores de cursos de gastronomia, produção cultural, moda e modelo, audiovisual e teatro, além dos excelentes veteranos da CUFA!!!! Esse elenco firme, e jovialmente adultos - eles tinham mais brilho nos olhos, davam mais saltos e abraços cheios de amor que todas as crianças! Não que as crianças não estivessem radiantes!

Tenho certeza que cada um voltou para casa com mil histórias para contar, com a resposta iluminada de mil olhares atentos e satis-feitos... E eu vou contar a minha: a história do Teatro...

Os jovens que fazem aula no viaduto e Ramos se voluntariaram, chegaram bem cedo, se caracterizaram de bonecos e personagens para receber as crianças e se divertiram mais que elas... Mas logo

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depois veio a ansiedade, a troca de figurinos para a apresentação da tarde. da tarde. Concentração, falta de fome, mãos tremendo, co-mum... O que não foi comum era a beleza e encanto que causaram em todas as crianças que se sentaram para assistir o espetáculo “Contos de fadas do nosso jeito”.

Os alunos deram um show! E quando se uniram, em sua sala de aula, após os aplausos, em roda, choraram todos (rapazes e moças) ao dizer o quanto estavam felizes em sua primeira apre-sentação no palco, o quanto cada um ajudou o outro, o quanto eram importantes um para o outro, já que convivem de terça a sexta fazendo teatro.

Palavras de incentivo, auto-estima, recriação da realidade causaram Lágrimas (que rolaram em minha face e nas outras faces teatrais do grupo) e estarão sempre em seus corações adolescentes.”

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A primeira estreia no Curso!

“Uau, estreamos!

Antes de falar dessa experiência única, em nome de todo o grupo go-staria de agradecer a CUFA, ao Governo Federal, Professores e Co-ordenadores pela oportunidade de participarmos desse grande projeto de capacitação e inclusão. Desejamos que cada vez mais pessoas tenham acesso!O dia de sábado amanheceu diferente.

Tudo parecia ter um pouco de ansiedade e expectativa, e tenho certe-za que não só para o grupo, mas principalmente para todas as crian-ças que iriam comparecer à festa embaixo do Viaduto Negrão de Lima.Estar em cima do palco pela primeira vez não é fácil!Estar em cima do palco pela primeira vez e se apresentar para 300 crianças então, nem se fala...

O nervosismo estava à flor da pele, dava pra ver no rosto de cada um do grupo a expectativa de sentir a energia indescritível que é estar no palco e a enorme responsabilidade de apresentar a todas aquelas crianças a magia do teatro.Tava na hora! Não dava mais pra voltar atrás, e aquele público infantil que é sempre tão temido se divertiu e não tirou os olhos da gente um só minuto. Nos divertimos no palco! Conseguimos!

O primeiro passo foi dado, agora é só experimentar e traçar novos caminhos! Outros desafios virão e tenho certeza que, com a nossa energia, vontade, criatividade e auxílio dos nossos professores vamos muito longe!Acreditamos!

Contamos do nosso jeito e deu super certo!”

Mariana Karla de Jesus Santosaluna do curso – Turma Madureira.

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Algumas postagens no blog:

Yasmin Souza Meirelles disse...

Simplesmente nossa estréia foi espetacular!! o mais incrível foi ter conhecido crianças que nunca tiveram a chance de assistir a uma peça de teatro, enfim o nosso sonho se realizou...nossos corações transbordaram de alegria por te proporcionado a essas crianças um dia repleto de FELICIDADES e ALEGRIAS!!!

Seguro a tua mão na minha para que possamos fazer juntos o que sozinha ñ faria, prometemos levar o teatro do alto nível em todos os cantos da Terra!!!e foi isso que nós fizemos e continuaremos fazendo!!!!!!!!

A todos que contribuíram para esse grande sucesso...meu muitoOBRIGADAAA!!!!!

BY:Yasmin Souza Meirelles21 de Outubro de 2008 19:16

Lorena disse...

Aquele dia foi mais que especial, foi mágico, foi um conto de fadas virando realidade. O contando do nosso jeito foi um trabalho mara-vilhoso na qual mostramos para 300 crianças que nunca foram a um teatro e talvez nunca viram uma peça ,o que é arte de alto nível e fizemos de coração com todo nosso amor e dedicação !

O teatro tem feito milagres na minha vida e creio que tem aumenta-do as pessoas q fazem também de alguma forma, lá aprendemos a ser ator e principalmente aprendemos a ser cidadão de bem. Que-ria agradecer a toda a família CUFA por ter proporcionado um dia repleto de felicidades aquelas crianças e pro ter feito minha vida

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ganhar um sentido,creio que encontrei meu caminho ! kkk ^^Beijos e não deixem de visitar nosso blog !

4 de Novembro de 2008 15:34 Lorena de Sá disse... Ahhhh não poderia esquecer de dizer que o sonho apenas começou e estou aqui para convidar a todos vocês,visitantes,que embarquem nesse sonho conosco !4 de Novembro de 2008 15:40

O segundo Espetáculo: Teatro na Escola Pública

No dia 22 de outubro de 2008, os alunos do Curso de Teatro, mon-tagem e produção de espetáculos, turma do viaduto de Madureira, foram convidados a se apresentar na Semana da Normalista do Instituto Carmela Dutra, em Madureira.

Durante a tarde inteira a coordenadora de implementação de pro-jetos Janaina Rodrigues e os professores de Teatro Juliana Moraes e Ricardo Andrade mostraram para os jovens o que é a CUFA, quais os nossos projetos, porque o jovem deve se envolver em atividades como essas e como eles, como futuros professores, po-dem levar essas experiências para a sala de aula.

Após uma longa conversa, os alunos de teatro do viaduto apresen-taram uma esquete de teatro e em seguida, todos os convidados para a tarde “entraram de corpo e alma” numa oficina-dinâmica realizada pelos professores TEATruRismáticOs.

Resultado: Mais sonhos realizados; mais sonhos instigados e ali-mentados; mais força provocada; mais uma turma de teatro aberta - agora no Instituto Carmela Dutra!Ou seja, é a CUFA levando complemento escolar para o Ensino Médio Estadual.

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Depoimento da aluna Anastácia

“Quem diria que aquele medo da estreia ia virar combustível pra mais e mais trabalhos? Agora ninguém segura mais a gente! Mais uma apre-sentação idealizada com muito amor e executada com muita paixão! Pois foi sobre isso que falamos no colégio Carmela Dutra, sobre o AMOR e a PAIXÃO, para jovens como nós com o auxílio de músi-cas conhecidas. Levantamos a questão o que é melhor, AMOR ou PAIXÃO? Após muitas discussões sobre o assunto e interpretações de esquetes retratando músicas que falavam sobre amores e paixões nada fugazes, chegamos a conclusão que a paixão está dentro do amor, mas o amor não está na paixão!É assim, com muito amor e paixão que estamos seguindo o caminho da arte! Que venham mais apresentações!”

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“O segundo público dos alunos de Madureira” Mariana disse...

Cada público, uma emoção e reação diferente! E, mas uma vez conseguimos prender a atenção da galera... Estamos ficando bons nisso!

Agora é se preparar para mais e mais apresentações!7 de Novembro de 2008 10:36

Yasmin Meirelles disse...

Como sempre arrasamos!!Agora é se preparar para o que esta por vir!!!enfim...

PARABÉNS PARA TODOS!8 de Novembro de 2008 15:23

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Lorena de Sá disse...

Apresentação show de bola ! modéstia à parte nós arrasamos. A peça foi sobre a diferença entre amor e paixão e conseguimos co-locar mto bem isso na prática! Adorei essa apresentação e depois dessa virão outras mais, agora e só q venha a próximaa ! ^^

9 de Novembro de 2008 22:15 Roberto disse...

Não sei muito bem por onde começar a falar, mas acho que vou começar do ponto em que mais me tocou. Sei que sou novo e que não nos conhecemos, pois isso que eu quero passar para todos que estejam interessados no teatro... Primeiro dia foi uma simpatia de todos, segundo logo vieram os elogios e as brincadeiras.

Bom isso é ótimo, mas cada um com seu modo de pensar e agir, me fez ver que tão grande atores e atrizes como vcs, com tanta, determinação e amor um pelo outro fez todos conseguirem enxer-gar que ali estava nascendo não só um grupo de amizades, mas também uma família que é unida.

A peça ( O importante é ser feliz ). Sou novo, nem conhecimento eu tinha direito para poder atuar até mesmo como um personagem tão simples, mas de forma que o entusiasmo e a determinação em nosso “camarim”(sala) quando estavamos prontos para botar pra quebrar... vi que NÓS somos muito bons nisso e se continuarmos assim é de melhor em diante.

Agora vou ficando por aqui pq daqui a pouco estarei no SALMOS.Rsrs... Brincadeira gente !

Abraço a todos, divulguem e comentem o quanto quiser.

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04 DE NOVEMBRO 2008

A estreia do Teatro de Ramos no Dia da Favela

Quatro de Novembro:

Dia da Favela; Inauguração da Base da CUFA em Manguinhos; festa; festa; festa... Quer data mais empolgante para os alunos de teatro das duas turmas que existem em Ramos estrearem?

Isso mesmo, duas turmas de Ramos. Alunos do Entorno e da Pe-dra do Sapo, no Complexo do Alemão formam turmas manhã, com o professor Ricardo Andrade, e turma à tarde, com a professora Joyce Lynch.

Cada turma se preparou, produziu seu figurino, textos e vieram, cheios de sonhos, medos, nervosismos, “dores-de-barriga” e von-tade, muita vontade de estar no palco pela primeira vez...

Enfim, ninguém melhor para falar sobre isso do que a professora Camila Triches, que acompanhou esse ensaio durante a semana passada, a convite da professora Joyce, para nos descrever essa fusão de sentimentos de uma das turmas:

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“A primeira vez, a gente nunca esquece...

Na primeira hora, desespero!Oito energias diferentes, num misto de euforia e curiosidade.Ausência...Olhos fechados, mas ouvidos bem atentos numa voz diferente de todos os outros dias.Nas horas seguintes, já havia cumplicidade. Todos nós embar-camos numa mesma viagem, mas cada um no seu tempo. A ansie-dade para a primeira vez, que aconteceria em poucas horas, era constante.“Isso atrapalha!” - “Isso ajuda!”Como é gostoso ver o entusiasmo ingênuo, no olhar de cada um que lá estava. Assim como a improvisação, muitos sentimentos estavam em jogo; alegria, solidão, amizade, solidariedade, insegu-rança, desconfiança e medo.Mas a hora estava chegando...“Então, vocês vêm ou não vem?Não! Tenho medo.Medo de quê?Medo do que as pessoas possam saber.Mas ninguém vai saber. Saber como?”.E é bom mesmo que todos saibam, que mesmo desejando em dezesseis horas, aquilo que acabaria em cinco minutos, a sensa-ção da primeira vez, será inesquecível.Por que a primeira vez é sempre e pra sempre A primeira vez!”

Camila Triches

(Prof. de teatro convidada - responsável pelo exercício apresen-tado em Manguinhos)

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Sobre este evento, foram publicados artigos impressos e transmis-sões em programas da Rede Globo:

http://www.cufa.org.br/in.php?id=materias2008/mat08-0141http://busca2.globo.com/Busca/?query=hutuz

Vídeos TV Globo:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM906690-7823--CUFA+INAUGURA+SEDE+EM+MANGUINHOS,00.html

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM906425-7823--CUFA+INAUGURA+UNIDADE+EM+MANGUINHOS,00.html

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“A estréia do Teatro de Ramos no Dia da Favela” mariana disse...

Parabéns galera de Ramos!

Depois da tensão da estréia o gostinho bom da próxima apresen-tação não vai demorar muito pra chegar!

Valeu!

11 de Novembro de 2008 21:50 Yasmin Meirelles disse...

Parabéns galera!!!!que vcs tenham muitas e muitas realizações!!!fique com Deus!

18 de Novembro de 2008 10:52

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06 NOVEMBRO 2008

Alunas do Teatro compuseram um RAP!!! E cantaram ao vivo para Instituiçao panamense

Uma organização do Panamá e também uma representante do Minis-tério do Turismo vieram neste dia seis de novembro à CUFA, visitar os projetos e conhecer de perto os cursos. Para surpresa deles, a turma de teatro do viaduto de Madureira fez uma apresentação exclusiva de um exercício, que contava com estátuas sociais apresentadas ao som da grande obra da semana: Um rap feito pelas alunas Lorena Peixoto de Sá e Yasmin Meireles.

Infelizmente não podem ouvir, mas podem admirar a letra das talento-sas alunas do nosso curso:

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“É a CUFA que tá representando

o movimento teatral que tá chegando

E é assim que isso funciona

Oportunidade para todos proporciona

Sem preconceito e com respeito

Essa é a Cufa contando do nosso jeito

É a arte contada da forma mais bela

É a Cufa, Central Única das Favelas

Eu tinha um sonho de ser ator

Mas com o passar do tempo o destino me roubou

E eu pensei que não seria mais feliz

Aí chegou a Cufa e fez tudo que eu quis

Eu fui chegando cheia de vontade

Mostrando meu talento, mas com toda humildade

Antes eu pensava: O que farei?

Aí entrei na Cufa

Ah, me encontrei

Eu tinha um sonho e você não botou fé

Agora vê aí quem é o Zé Mané

Se você tem um sonho a realizar

Entre aqui na Cufa

Porque aqui é o seu lugar!”

Composição:

Lorena Peixoto de Sá

Yasmin Meireles

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13 NOVEMBRO 2008

Rapazes do Teatro participam da gravação do vídeo clipe da Nega Gizza

Neste último dia 13, os alunos Reynaldo, Pablo e Rafael, da turma do viaduto gravaram com a Nega Gizza o vídeo clipe de seu mais novo sucesso “testa de Ferro” que logo estará no ar em diversos canais!

Durante um dia inteiro de gravação, vários alunos do projeto de forma-ção em Produção Cultural, Moda e Modelo e Teatro participaram deste trabalho, que contou com figurino de Raquel Azevedo, coordenadora deste sucesso que está sendo o curso de Moda e Modelo na Cufa, além de Cintia Maura, coordenadora dos Cursos de Gastronomia. Além da produção do núcleo de audiovisual e participação dos nossos atletas do basquete, não é mesmo?

Bom, tudo isso para dizer que a CUFA realiza várias ações em con-junto com nossos alunos, já que é em função do sucesso de todos eles que trabalhamos diariamente, com força total e muito sentimento!

Sejam bem vindos todos que querem se misturar com a gente e fazer do nosso mundo, do nosso futuro, a realidade presente que merec-emos!!!

Este vídeo estreou na MTV no dia 14 de abril de 2009. O vídeo “Testa de Ferro”, da raper Nega Gizza, com a participação dos alunos deste curso, pode ser visto na MTV, no site MTV, no youtube e também no site de Nega Gizza (www.negagizza.com.br).

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“Rapazes do Teatro participam da gravação do videoclipe da Nega Gizza”Yasmin Meirelles disse... Muitoo show!!!Todos arrazaram...Mais ñ posso deixar de dizer sobre O FILHINHO DA “CUFA”PABLO!!!

O nosso grande jogador de basquete!!!

Amigo vc arrazo!!!

Galera é esse que aparece na TV quando é pra nos representar é ele galera!!!Parabéns Pablo!!!Parabéns pra todos!!!

Lorena de Sá disse... è isso ai galera ....tds arrazaram mas ...Pabblo vc foi demaiis !ele é como nosso mascote, sempre fazendo o trabalho dele e divulgando a CUFA por td canto, até na rede globo !Am,igoo vc é 10 e parabéns ao Rafa e ao Rei tbm !Pabloooooooo vc mais uma vez arrazou !

24 de Novembro de 2008 14:11

rafa disse... o que?que mané Pablo...o clipe foi demais...MTV ai vou eu...

7 de Dezembro de 2008 16:29

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nival disse...

olá Ana...é muito ver os trabalhos feitos por tua equipe.Aqui no Tocantins sou coordenador de Cultura da CUFA, e desejo fazer trabalhos como este. Estou fazendo projetos para concorrer a prêmios no MINC, Petrobrás e outros locais.caso vc poder contribuir com sugestões e contatos, por favor, somos apenas ouvidos.Sou ator e estou produzindo também..

Parabéns...

[email protected]

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Espetáculo “O Importante é Ser Feliz” no Viaduto Negrão de Lima

Carta da aluna-atriz Yasmin Souza Meireles para todos vocês, amigos e fãs do nosso curso de teatro:

Rio de Janeiro, 18/11/2008.

No dia 18 de novembro de 2008 tivemos nossa 3ª apresentação com a peça “O importante é ser feliz”, debaixo do viaduto Negrão de Lima, em madureira. Na peça contamos a história de um programa de televisão onde se encontra dois apresentadores, chamados Paulo Roberto e Roberto Paulo.

No decorrer da peça há várias surpresas como a dancarina eclítica e sua irmã machona; a doida da platéia e os seguranças que seguram essa barra.Esse espetáculo é uma mistura de baile funk e centro de macumba, fora a grande surpresa no final, quando descobrimos que o verdadeiro gay é o Paulo Roberto ao invés de Roberto Paulo, que se mostrava gay desde o início. É... realmente as aparências enganam.

Foi muito prazeroso ter feito essa peça, pois nos dividimos em vários grupos desde a direção à divulgação, passando por todos os itens de produção. Foi muito bom, mais um sucesso. No final do espetáculo “o importante é ser Feliz” tivemos nossas grandes “estátuas” feitas por nós. Através delas conseguimos passar ao público a idéia de cidada-nia e humanidade e ética social.

“Como você contribui para um mundo melhor?”“O que você faz pela sua vida e pela sociedade?”Fizemos essas perguntas para que todos pudessem refletir sobre o mundo em que podemos viver.“Não mudamos o mundo sozinhos, mudamos o mundo quando muda-mos a nós mesmos primeiro.”

Mais um espetáculo feito; Mais uma batalha ganha;Mais uma barreira quebrada.E é assim, de degrau em degrau que nós iremos fazer uma grande escada para o sucesso!

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05 DEZEMBRO 2008

Os alunos de Teatro foram à Gávea assistir Espetáculo Consagrado Nesta sexta-feira, 05 de dezembro, todas as turmas de teatro deste projeto entraram no ônibus fretado com o patrocínio do Ministério do Turismo e foram ao Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, assistir ao Espetáculo “O Inventário” do consagrado grupo “Doutores da Alegria.

Contemplado em 2006 com os Prêmios Myriam Muniz e Caixa Econômi-ca Federal, Inventário transpõe para o palco cenas inesquecíveis dos oito anos de atuação dos Doutores da Alegria nos hospitais do Rio de Janeiro. Depoimentos comoventes e humorados mostram um pouco da insólita ex-periência de ser palhaço numa enfermaria de hospital. Em cena, um jogo de improvisação baseado nas memórias dos atores mistura realidade e ficção nas vozes do paciente, do artista, do médico e do palhaço. Inventário - aquilo que teria sido esquecido se a gente não contasse...

Ficha Técnica:Direção: Andrea Jabor e Beatriz Sayad Elenco: César Tavares, Dani Barros, Flávia Reis, Marcos Camelo e Sávio Moll Iluminação: Djalma Amaral Figurinos: Flávio Souza Produção: Alexandre Boccanera e Flávia Reis Realização: Doutores da Alegria

Além das aulas e apresentações, os alunos contaram com a presença de professores convidados, entre eles os atores Caio Blat e George Sauma, entre outros.

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GASTRONOMIA

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A Gastronomia é a arte de cozinhar, de modo a que se dê prazer àquele que aprecia um bom prato.

Em nosso curso abordamos diversas matérias, tais como: cozinha brasileira, cozinha Italiana, cozinha francesa, panificação, cozinha italiana, confeitaria,noções de higiene e noções sobre vigilância sanitária entre outros aspectos fundamentais para o bom desem-penho das funções.

Bom apetite!

Cintia Maura da Silva KnightenCoordenadora do Curso

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O curso de gastronomia da CUFA foi realizado nos seguintes lu-gares: Igreja São Sebastião, SESC de Ramos, SESC de Madureira, CSU (Centro Social Gabinal Margarida), Lona cultural Jorge Benjor, em Realengo, Ceasa, e escola de samba Império Serrano.

Além de participar da elaboração de cardápios e preparação de eventos como a gravação do vídeo clipe da cantora Nega Gizza e da feira cultural (na base CUFA da Cidade de Deus), nossos alunos puderam visitar restaurantes e reeducar seus próprios hábitos ali-mentares com informações sobre o reaproveitamento de alimentos, por exemplo.

“O curso de gastronomia deve ter a missão de modificar o hábito alimentar das pessoas fazendo com que cada alimento seja por eles muito bem aproveitados. É preciso aprender que por mais simples seja o seu conteúdo você pode enriquece seu cardápio.”

Chef Cintia Maura da Silva Knighten

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Festa do Dia das Crianças

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Alunos em sala de aula com apostilas do curso

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Evento em Comemoração ao dia da Favela (04 de novembro de 2008)

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Rap Festival

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Aula de Gastronomia Natalina

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Alunos visitam restaurante

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Formatura dos alunos (Dia 03 de Abril de 2009)

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“Esse curso de gastronomia se estendeu a muitas famílias ali repre-sentadas por cada aluno, o relacionamento deles com cada matéria dada, fazia com que cada aula tivesse uma extensão em suas ca-sas, graças a esse projeto hoje temos muitos alunos no mercado de trabalho, devido principalmente aos seus esforços e a vontade de aprender.”

Chef Cintia Maura da Silva Knighten

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PRODUÇÃO CULTURAL

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O curso de Produção foi realizado no Centro Cultural Jorge Benjor em Realengo, no SESC de Madureira, no Viaduto Negrão de Lima (em Madureira) e na base da CUFA na Cidade de Deus. Ao todo, formaram-se cinco turmas, nos turnos da tarde e noite.

Além dos conceitos básicos de Produção Cultural, o conteúdo pro-gramático abordou temas como a cultura de massa, leis de incentivo à cultura (da elaboração até a realização do projeto), a abordagem a possíveis patrocinadores e o processo de pós- produção, sem-pre com a preocupação de orientar e motivar o empreendedorismo de cada um. Todas essas aulas foram acompanhadas de material didático específico (apostilas entre outros) e houve interação con-stante entre a teoria e a prática.

Os alunos participaram de eventos como o Festival Internacional de Cinema CINECUFA, e realizaram visitas técnicas ao centro Cultural Banco do Brasil e ao PROJAC – estúdios de gravação da rede Globo de televisão. O objetivo principal destas visitas foi ambientalizar e familiarizá-los com grandes produções. Os alunos foram recebidos pelo diretor de comunicação da Rede Globo, Luis Erlanger, e em seguida tiveram uma palestra sobre a história do PROJAC e a parceria da Rede Globo com a Central Única das Favelas. Logo após, foram conhecer os estúdios de gravação das novelas “Negócio da China” e “Três Irmãs”, além dos estúdios da série “A Grande Família”.

Ainda como complemento de informações e associação ao mer-cado de trabalho, os alunos foram encaminhados para estágio em dois grandes eventos: um produzido pela CUFA, o HUTUZ, e o segundo produzido pela ONG Banco da Providência, que foi a Feira da Providência. Ao término dos eventos, diversos alunos foram absorvidos pelo mercado de trabalho e alguns iniciaram a sua própria produtora.

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O conteúdo programático do curso ficou dividido da seguinte forma:

1° mês Conceito de Produção Cultural Conceito de cultura, cultura de massa, cultura pop Conceito de folclore EmpreendedorismoSugestão: Trabalho sobre folclore, dividindo a turma em grupos e dis-tribuindo as regiões do país entre eles. Pesquisar características, fes-tas, danças, comida típica e etc.

2° mês Fases do evento (Pré-produção, produção, pós-produção) Formatação de projetos Estratégia de ação (uma prévia do cronograma de atividades) Retorno ao patrocinadorSugestão: Elaborar um projeto sem o orçamento.

3° mês Conceitos de check-list, Schedule Apresentação dos órgãos ligados à cultura Direito autoral Marketing Tipos de divulgação Captação de recursos Leis de incentivoOBS: inserção do projeto na Rouanet.

4° mês Orçamento Cronogramas de desembolso e atividades

OBS: Elaborar o orçamento, cronogramas de desembolso e atividades do projeto do mês anterior e inseri-lo em uma lei de incentivo.

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Disponibilizar um valor menor que o orçado para realização do evento e pedir para que o projeto seja adaptado à nova realidade. (Para efeito de exercício: Por conta do recesso de fim de ano este projeto ou parte dele precisará ser realizado no início de janeiro).

5° mês Manifestações culturais (artes plásticas, dança, TV, música, cinema) Patrimônio HistóricoSugestões: Visitas aos bens tombados e aApresentar um trabalho sobre a história dos estilos musicais.

6° mês Pós produção Prestação de contas Prova Sugestão: Prestar contas do projeto trabalhado nos meses anteri-ores. Apresentação de trabalhos sobre a história dos estilos musicais.

7° mês Elaboração do projeto final Apresentação dos projetos finais de curso Realização dos projetos finais de curso Análise do projeto Análise do curso Prova

Sugestão: Apresentar um novo projeto, inserido em uma lei de in-centivo, fazer a apresentação simulando uma venda a um patroci-nador, realizar o projeto e prestar contas do mesmo.

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Visita ao PROJAC Palestra com o diretor de comunicação da Rede Globo Luis Erlanger

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Feira da Providência

Gerente de Marketing da Feira da Providência, Ericka

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Hutúz

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OUTROS EVENTOSReis da Rua – São Paulo

Sopa Cultural SESC Madureira

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Conscientização Social – São João de Meriti (RJ)

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CURSO DE MODA E MODELO

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Essa viagem percorreu várias décadas, registrando o modismo, gente da moda, tempos difíceis e de euforia. Olhando as roupas do passado, nos surpreendemos com tantas curiosidades. As culturas de rua, as estampas, o figurino e a modelagem são alguns dos atrativos desta viagem infinita ao mundo fashion.

Se for para falarmos de preconceitos, estamos no lugar certo. O nosso desafio é mudar o conceito, pois a Moda é efêmera, sim; mas nosso estilo, não. E cada um tem o seu... Mas a grande novidade – que poucos sabem – é que hoje, Moda é COMPORTAMENTO e ATITUDE, e isso a CUFA tem de sobra.

Por fim, rimos, brincamos, nos emocionamos, e chegamos à con-clusão de que amamos fazer moda. Eterna enquanto dure.

Raquel Oliveira de AzevedoCoordenação do Curso

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O curso de Moda e Modelo teve como objetivo principal formar profis-sionais que possam ser inseridos no mercado de trabalho e/ou desen-volver atividades por conta própria, estimulando o empreendedorismo dos alunos. Durante as aulas foram abordados temas como: história da moda, os estilistas, a moda de rua (veiculada ao universo Hip Hop), além da criação e confecção dos figurinos. A estamparia teve destaque especial com o conhecimento e uso de tingimentos, transfers e proces-sos especiais (bordado, fuxico, aplicações, patchwork, acripuff entre outros).

Cores primárias e secundárias que formam a cartela de cores, modela-gens diversas e o conhecimento de tecidos, além da estrutura de uma confecção também foram abordados. Na parte referente a Modelo, a etiqueta e a postura foram destaque, além de noções de passarela, fotografia e maquiagem ( Tratando, inclusive, de assuntos como uma boa apresentação em uma entrevista para trabalho).

Além das atividades desenvolvidas no Centro Cultural e Esportivo da CUFA (localizado embaixo do viaduto Negrão de Lima, em Madureira – RJ), foram realizadas atividades extras como desfiles na Avenida Presidente Vargas – uma das principais do centro da cidade do Rio de Janeiro e na Central do Brasil (estação de trem mais conhecida da ci-dade). Essas ações renderam destaque na mídia, trazendo benefícios e uma nova experiência para os alunos.

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Matéria publicada no Jornal O DIA de 16/12/2008.

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Alguns equipamentos utilizadosMáquina de Corte - Overloque (3 a 5 fios)

Prensa Térmica/ Transfer - Zig zag

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CURSO DE AUDIOVISUAL

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A indústria audiovisual brasileira está em constante evolução. A retomada e estabilidade do cinema nacional, a criação de novos canais de televisão, a disseminação da internet, além do crescente número de produtoras inde-pendentes faz com que esse seja um dos cursos com maiores chances de inserção no mercado de trabalho, o que ficou refletido também no grande número de inscrições.

Com início em agosto de 2008, as turmas do Curso Audiovisual partici-param ativamente de debates, palestras e eventos relacionados ao Fes-tival do Rio (um dos maiores festivais de cinema do país), ao CineCUFA (Festival de Cinema realizado pela Central Única das Favelas) e assistiram a dezenas de produções e levaram ao debate temas como o Mercado de Trabalho, A Função Social e Política dos Filmes de Favela, A Função das Novas Mídias e A Televisão e os Canais de Cinema Nacional, só para citar alguns. Participaram também de visita à Central Globo de Produção e de palestra com a produtora Paula Lavigne.

Outra preocupação do curso era a constante avaliação do mesmo pelos alunos, por meio de questionários aplicados, como segue o exemplo da aluna Regina Brizio, que se formou na turma de Madureira em 2007:

01- Como ficou sabendo dos cursos oferecidos pela CUFA?Fiquei sabendo dos cursos através de uma amiga.

02- Em que local foi realizado seu curso?Meu curso foi realizado no SESC Madureira, em uma das instituições par-ceiras da CUFA.

03- Qual a finalidade do curso para você?A finalidade do curso para mim é dar oportunidade para jovens menos favorecidos a buscarem uma vida digna através dos estudos, pois muitos têm sonhos e não têm chance, e a CUFA oferece essa chance.

04- O professor passou com clareza o conteúdo proposto?Quanto ao conteúdo proposto, foi passando com muita clareza pelo pro-fessor e foi além, pois o mesmo ainda complementava com livros, artigos de jornais e revistas.

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05- O material proposto atendeu as suas necessidades?Então, já em relação ao material, o mesmo não atendeu as nossas necessidades, pois não tínhamos equipamentos disponíveis para as aulas práticas, ou seja, demoraram a chegar os equipamentos comprados pelo Instituto Treinar, e quando os mesmos chegaram, eram de uso doméstico.

06- O ambiente para as aulas era agradável?O ambiente era bem agradável. O SESC disponibilizava as salas de aula e sempre estava pronto para nos atender da melhor forma possível.

07- Havia interação entre os funcionários e os alunos?A nossa interação com os funcionários era muito boa, eles esta-vam sempre dispostos a nos ajudar.

08- Pensou em desistir, em algum momento, no decorrer do curso? Por quê?Em nenhum momento do curso pensei em desistir, pois a cada aula, ia aprendendo coisas novas, e com isso tive a certeza de que era isso o que eu queria.

09- Que valores você leva consigo, além do aprendizado?Os valores que levo além do aprendizado são o companheirismo, o trabalho em equipe e os amigos eternos que fiz.

10- Num contexto geral, que nota você daria para o curso?Em um contexto geral, a nota que dou ao curso é oito, os conheci-mentos e a experiência que tive serão muito úteis na minha vida profissional.

11- Hoje você está trabalhando na área correspondente ao cur-so?Hoje estou trabalhando no Núcleo de Audiovisual do Viaduto – CUFA, na área em que fiz o curso, e o curso só abriu portas, pois

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estou estudando na Escola de Cinema Darcy Ribeiro para me apri-morar mais e mais.

Além de capacitar para trabalhar nas diversas áreas de atuação que envolvem o universo Audiovisual, o curso também estimulou a produção de curtas metragem totalmente desenvolvidos pelos alu-nos (da discussão da ideia inicial do roteiro até a edição final). Os filmes produzidos pelos alunos foram:

2007

Título: SERrinha

Um vídeo-exercício de alunos que buscavam encontrar um con-ceito que desse uma definição de FAVELA. E da discussão da sala de aula partiram para Serrinha, uma das favelas mais antigas do Rio de Janeiro - comunidade que surgiu de um quilombo onde as raízes culturais permanecem vivas através do Jongo e de outras manifestações. De forma despretensiosa o filme segue num bate papo com moradores da favela que revelam seus medos, angústias e sonhos.

Roteiro:Daniel Braga, Édipo Pereira, Eduardo Alcantara, Eddugrau, Lucas Christian, Mariana Oliveira, Regina Brizio e Ricardo Marins.Diretor: Tiago GomesProdução:Mariana Oliveira, Regina Brizio e Rogaciano Filho.Elenco:Augusto José Domingues, Iraci Cardoso dos Santos, Ma-ria Aparecida Souza, Leandro Henrique de Araújo e Sandra Miguel Nogueira.Direção de fotografia:Alace Santos, Édipo Pereira e Eduardo Alcan-tara.Direção de arte:Mariana Oliveira, Regina Brizio e Rogaciano Filho.Concepção sonora:Daniel Braga e Ricardo Marins.Montagem/edição: Renato Borges.

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Montagem/edição: Renato Borges.

Título: Pelego Veríssimo

Numa favela, jovens com estereótipos predefinidos desmistificam o olhar da sociedade através da atitude de três amigos do morro do Pelego, que levam a literatura às crianças apresentando o uni-verso de Luis Fernando Veríssimo.

Roteiro: Alace Santos, Mariana Oliveira, Monique Mendonça, Re-gina Brizio e Ricardo MarinsDiretor: Ricardo MarinsProdução: Regina Brizio.Elenco: Tatiane Silva, Carlos Peixoto e Thynin Magalhães.Direção de fotografia: Édipo Pereira.Direção de arte: Isac Maia.Concepção sonora: Daniel Braga.Montagem/Edição: Édipo Pereira e Lucas Christian.Importante: O filme “Pelego Veríssimo” ganhou o prêmio de Melhor Roteiro em 2008, na Primeira Mostra de Cinema da ABI – Aca-demia Brasileira de Imprensa.

2008/ 2009

Titulo: Até o Fim

Conta a história de dois amigos que cresceram juntos em uma co-munidade carente no Rio de Janeiro. Bob e Teco trabalham duro, e mesmo com tantas dificuldades conseguem tempo para se di-vertirem e fazer piadas com a própria condição.

Direção: Mariana Santos Andrade Silva/ Raisa Luiz de MeloRoteiro: Vitor Hugo da S. FrançaEdição: Adriano F. Vieira da CruzFotografia: Adriano F. Vieira da Cruz

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Produção: Adriano F. Vieira da Cruz/ Mariana Santos Andrade Silva/ Raisa Melo/ Thiago Campos

Título: Influenciado

O filme retrata a história de Pedro, um adolescente, pobre que aca-ba de ganhar uma bolsa numa escola particular. Wanderley, uma espécie de líder da turma, e um dos mais populares na escola, o convida para uma festa em sua casa, Pedro a princípio não aceita o convite, mas percebe que esta é a sua chance de ser aceito na nova escola e pelos seus colegas de classe. Pedro se rende AP uni-verso das drogas e consegue fazer parte do grupo. Para sustentar seu vício, passa a roubar e se vê devendo na boca de fumo do líder Cabeça que não hesita em cobrar-lhe sua dívida, a qualquer custo.

Direção: Luana MarianoRoteiro: Rodrigo MarianoEdição: Luana Mariano e Fernando LimaFotografia: Rogério Ignácio e Henrique OliveiraProdução: Luana Mariano

Título: O Cerco à Presa

Osiel, marido exemplar com uma vida simples, vê no candidato à prefeitura de sua cidade, Ivan Salvação, a esperança de uma vida melhor para sua família. No entanto, Osiel se desilude e provoca sua autodestruição ao descobrir que Márcia, sua esposa, se vendeu ao candidato corrupto.

Direção: Alexandre BotelhoRoteiro: Patrícia SavatoreEdição: Alexandre Botelho, Cadu Passos, Katia Fialho Senra, Pedro Felipe Coutinho, Robson Dávilla, Leandro Rodrigues, Jefferson Frei-tas, Patrícia Salvatore

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Freitas, Patrícia Salvatore Fotografia: Cadu PassosProdução: Daniela Alfredo Nascimento

Título: Atemporal

Este documentário propõe a partir da pergunta, “que grandes mu-danças a arte sofreu?”, um bate-papo entre duas gerações de ator-es, os jovens e a terceira idade. Evidenciando as questões e dúvi-das de cada grupo.

Direção: Sergio Roberto Batista JuniorRoteiro: Sergio Roberto Batista Junior/ Thaisy Chantal F.G. PecsenEdição: Sergio Roberto Batista Junior/ Thaisy Chantal F.G. PecsenFotografia: Ladylaine Kelly Machado/ Jenifer de Miranda AreasProdução: Tatiana Pereira de Souza

Título: O Passo de Madureira

Um comparativo de duas épocas, anos 70 e dias atuais. Um dos bairros mais tradicionais do estado do Rio de Janeiro, Madureira pode ser considerada a capital do subúrbio, que gira em torno do bairro que a partir dos anos 70 ganhou uma grande força e comer-cial.

Direção: Thiago Araújo, Marcos Vinícius de Araújo Silva e Leonardo GomesRoteiro: Giovanni da Cunha Silva, Paulo Vieira, Ventolídio José de Almeida Neto, Maurício Santos de Oliveira, Thiago AraújoEdição: Andrew Cummings, Tatiana dos Anjos, Carlos Vinicius de Sousa Marriel, Julianne Gouveia e Giovanni da Cunha SilvaFotografia: Diego LucenaProdução: Adriana Santos da Silva

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Titulo: “Do Futebol ao Samba, Uma História de Bamba”

A história do surgimento da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, contada pela Velha Guarda, numa narrativa que en-trelaça futebol e samba.

Direção: André Luiz Barros da SilvaRoteiro: André Luiz Barros da Silva/ Leonardo Pereira NovaesEdição: André Luiz Barros da Silva/ Leonardo Pereira NovaesFotografia: Leonardo Pereira NovaesProdução: Luciene Bonfim Gomes

Além da realização de filmes de curta metragem, os alunos do curso de audiovisual puderam realizar:

- Vídeos institucionais para a rede SESC;- Vídeo Clipe da Rapper Nega Gizza;- Alunos foram contemplados com bolsas de estudo da Escola de Cin-ema Darcy Ribeiro;

Entre outros.

Todos os vídeos estão disponíveis na sede da CUFA (Rua Carvalho de Souza, 137 sala 111 – Madureira – Rio de Janeiro – RJ)

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Festival do Rio 2008Alunos com o ator Selton Mello

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Aula prática

Visita ao espaço “Tempo Glauber”

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RESULTADO DA PESQUISA COM OS ALUNOS

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Por meio de uma pesquisa de amostragem aleatória simples, foi possível perceber questões pertinentes ao desenvolvimento dos alunos e de que forma é possível aprimorar ou desenvolver novas técnicas de percepção para o melhor aproveitamento individual.

Num universo de 717 alunos, 264 fizeram parte desta amostra-gem, o que representa 37% do total de participantes do projeto.Observou-se que a predominância de gênero é do sexo feminino e que a idade da maior parte destes alunos gira em torno de 16 a 20 anos. A maioria dos alunos que participaram da avaliação é de jo-vens solteiros, residentes na Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro com seus pais, e concluíram o Ensino Fundamental em Escolas da Rede Pública de Ensino.

Considerando a escolha da instituição – CUFA – para participa-rem do curso, os alunos dividiram suas opiniões entre a qualidade do curso oferecido, por ser um curso gratuito e pela credibilidade da instituição. Escolheram os cursos oferecidos pelo projeto por aptidão pessoal. Os alunos tomaram conhecimento do curso por meio de divulgação na mídia, jornais, indicação de amigos e dentro das próprias comunidades.

Ao avaliar o nível de escolaridade dos pais dos alunos, verificou-se que varia entre o Ensino Fundamental incompleto e o Ensino Médio completo. A maior parte dos alunos é de estudantes que não exercem atividade remunerada e são sustentados pela família, re-cebem uma renda mensal entre 1 a 3 salários mínimos.

Segue o resultado dessa pesquisa:

Questionário Socioeconômico

Total de alunos formandos: 717 Alunos Participantes da Pesquisa: 264

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QUESTÕES RESP.1.Qual o seu sexo?

Masculino 123Feminino 141

2. Qual a sua etnia?Branco 74Afro-Descendente 109Indígena 14Outros 58Não respondeu 93. Qual a sua idade?16 a 20 anos 12321 a 25 anos 7826 a 29 anos 59Não respondeu 44.Qual seu estado civil?Solteiro 224Separado/divorciado 4Casado 6Viúvo 4Outro 2Não respondeu 245.Qual a sua área de moradia?Zona Oeste 92Zona Sul 5Zona Norte 105Centro do RJ 3Baixada Fluminense 47Não respondeu 12

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6.Você mora com quem?Pais 193Sozinho 13Companheiro(a) 25Outros 29Não respondeu 47. Em que tipo de estabelecimento de ensino você cursou o Ensino Fundamental? Escola Pública 184Escola Particular 44Escola Pública e Particular 31Escola Comunitária 0Não respondeu 58.Por que você optou por esta Instituição?Pela qualidade do curso oferecido 98Por ser gratuita 93Pela credibilidade da instituição 48Outros 59.Qual fator que o levou a escolher este curso?Mercado de trabalho garantido 55Afinidade pessoal, vocação, realização pessoal 161Permite conciliar o exercício da profissão com outros afazeres

47

Boa remuneração 6Pouca exigência e de fácil conclusão 7Não respondeu 43

10. O que mais o influenciou na escolha do curso?A família 24Aptidão pessoal 165Os amigos 27Os meios de comunicação 32Orientador vocacional, testes vocacionais 9

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Orientador vocacional, testes vocacionais 9Não respondeu 711.Como você ficou sabendo do curso?RJ TV 34Bom Dia Rio 10Jornal O Globo 2Jornal Extra 35Jornal Expresso 4Internet 9Indicação de amigos/família 91Divulgação a comunidade 63Não respondeu 1612.Que meio de comunicação você mais utiliza para se manter informado?Televisão 135Jornal 34Rádio 26Revista 13Internet 81Outras Fontes 313.Qual o nível de escolaridade do seu pai?Nenhum 10Fundamental incompleto 71Fundamental completo 32Ensino Médio incompleto 27Ensino Médio completo 72Superior incompleto 7Superior completo 19Pós-graduado 6Não respondeu 20

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14.Qual o nível de escolaridade da sua mãe?Nenhum 4Fundamental incompleto 66Fundamental completo 38Ensino Médio incompleto 47Ensino Médio completo 56Superior incompleto 17Superior completo 15Pós-graduado 6Não respondeu 1515.Você exerce atividade remunerada?Não 145Sim, regularmente, em tempo parcial 41Sim, regularmente, em tempo integral 33Sim, eventualmente 23Não respondeu 2216.Qual é a sua participação na vida econômica da sua família?Não trabalho e meus gastos são pagos pela família 145Trabalho e também recebo ajuda financeira da família 41Trabalho e sou responsável apenas pelo meu sustento 33Trabalho e sou o principal responsável 23Não respondeu 2217. Qual o seu ramo de ocupação?Indústria 6Comércio 2Serviços 59Estudante 122Nenhuma 26Não respondeu 30

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18.Qual a renda mensal total de sua família? Atenção: some todos os salários dos membros da sua família que trabalham e que estejam morando em sua casa. Inclua o seu salário, caso você trabalhe. Se for casado, refira-se a própria família. (Sal.mín.vigente = R$415,00)Até 1 salário mínimo 38Mais de 1 até 3 salários mínimos 111Mais de 3 até 5 salários mínimos 63Mais de 5 até 10 salários mínimos 20Mais de 10 salários mínimos 7Não respondeu 2519.Com quantas pessoas você reside?Moro sozinho 112 pessoas 813 pessoas 644 a 5 pessoas 616 ou mais pessoas 20Não respondeu 2720.Quanto tempo você leva para chegar aqui no curso?Menos de 1 hora 183Entre 1h a 1h e meia 47Entre 1h e meia a 2 horas 15Mais de 2 horas 1Não respondeu 1821.Qual o meio de transporte que você mais utiliza?Nenhum 48Bicicleta 51Ônibus 141Moto 1Carro 1Carona 5Não respondeu 17

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22.Qual seu tipo de participação no movimento social?Cursos 157Gari comunitário 0Grupo artístico 21Associação de Moradores 2Projeto social 14ONG 9Movimento estudantil 5Pastorais 2Partido político 6Não participo 43Não respondeu 523.Você já foi vítima de discriminação?Sim 135Não 113Não respondeu 1624.Que tipo de discriminação você já sofreu?Nenhum 92Aparência 56Classe social 46Racial 27Religiosa 15Baixa escolaridade 13Ex-presídio 0Emprego/trabalho 7Deficiência 2Opção sexual 625.Você já participou de algum evento promovido pela CUFA? (Ex.Cine CUFA; Prefeitáveis; outros)Sim 125

Não 59Não respondeu 80

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DEPOIMENTO

Janaína RodriguesCoordenadora do Projeto

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“Desde o início da parceria da CUFA com o Ministério do Turismo o nosso principal objetivo era o de pensar em formas de qualificar e inserir os nossos alunos no mercado de trabalho, fosse por meio de estágios ou empregos propriamente ditos.

Hoje posso assegurar que os resultados ultrapassaram essas barreiras: mostramos que é possível promover uma verdadeira transformação social na vida desses jovens, despertando a consciência crítica de cada um.

Mais do que a experiência de estagiar em grandes empresas e na própria CUFA, esses alunos hoje têm a consciência da importância dos papéis que desenvolvem na sociedade.

Sem medo de cair no lugar comum, acredito que essa foi uma vitória da união. Conseguimos provar que a vontade de promover a transformação faz efetivamente a diferença, não só na vida dos alunos mas na vida de cada um de nós.

Gostaria de agradecer ao Ministério do Turismo, a cada um dos nossos apoiadores e a todos da CUFA que investiram e acreditaram em nosso trabalho. Meu especial agradecimento aos coordenadores dos cursos, que não mediram esforços para provar que juntos podemos provar que a união faz a força. ”

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FORMATURA

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As formaturas aconteceram em três etapas: a primeira em 2008 no

SESC, a segunda em abril de 2009 na quadra do GRES Império

Serrano e a terceira em novembro de 2009 no Centro Esportivo e

Cultural da CUFA (localizado embaixo do viaduto Negrão de Lima)

- todos localizados no bairro de Madureira, subúrbio do Rio de

Janeiro.

Os eventos contaram com a presença de familiares e amigos dos

alunos, representantes da Central Única das Favelas e do Ministé-

rio do Turismo, além de autoridades e apoiadores do projeto.

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“Vamos fazer de verdade mesmo porque vale a pena. Eu acredito que vale a pena!”

Isabela ReisProfessora do curso Audiovisual

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ALGUNS DEPOIMENTOS DE ALUNOS

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“O curso de produção cultural que fiz na CUFA foi fundamental para que eu pudesse conhecer mais sobre a área e através de um estágio na Feira da Providência tive a oportunidade de conseguir um emprego.”

Juliana Leite Aluna de Produção Cultural

“A gastronomia é muito mais do que eu imaginava e só pude perceber isso através do curso que fiz na CUFA e hoje trabalho num restaurante respeitado da cidade.”

Jeferson VasconcelosAluno de Gastronomia

“Nunca imaginei que seria capaz de subir num palco e realizar um grande sonho. Esse curso me mostrou que acreditar nos nossos sonhos e correr atrás para que eles se realizem é possível. Vou levar essas lembranças para o resto da minha vida. Muito obrigada.”

Yasmin MeirellesAluna de Teatro

“Tudo na minha vida começou a mudar depois que eu iniciei o curso. Além de crescer como pessoa, comecei a trabalhar, o que me trouxe mais responsabilidade e mais seriedade.”

Bruno ArautoAluno de Moda e Modelo

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CONCLUSÃO

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O Brasil é um país de dimensões continentais. E quase tão grande quanto o seu território é a capacidade turística de nossa terra: belezas naturais associadas à boa receptividade da população e uma série de possibilidades de diversão, negócios e entretenimento fazem com que o país se destaque como uma das promessas para o setor turístico do próximo século. Por isso, investimentos nesta área podem e devem ser vistos como investimento no futuro de uma nação.

A parceria da Central Única das Favelas com o Ministério do Turismo por meio do Projeto “Formação Profissional de Jovens para Inserção Socioeconômica na Cadeia Produtiva do Turismo” obteve resultados inquestionáveis.

Esta publicação apresenta apenas uma pequena parte destes resultados, os que podem ser mensurados. Há, no entanto, uma série de outros benefícios que não podem e não devem ser medidos em números – benefícios sociais, mudanças de postura, elevação da auto-estima e melhoria da qualidade de vida apenas para citar alguns.

Assim, entendemos que essa ação foi de extrema importância para o fortalecimento da identidade cultural e incentivo à atividade artística e cultural das comunidades envolvidas. Projetos de formação profissional e de incentivo à inserção dos jovens no mercado de trabalho impulsionam a economia e geram resultados significativos para toda a sociedade.

Esperamos que essa publicação sirva como incentivo e fonte de inspiração para as outras comunidades alcançarem o desafio de concretizar ações comprometidas com as questões sociais, éticas e culturais.

O Brasil possui uma grande riqueza e diversidade cultural que pode ser potencializada com ações e projetos como os realizados pela

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CUFA, em que a experiência e o conhecimento do modo de vida da comunidade tornam-se um atrativo e enriquecem a vivência do turista no destino e contribui com a imagem positiva e com a valorização da cidade do Rio de Janeiro.

Esperamos que este seja o primeiro de muitos outros projetos, que outros alunos e suas famílias sejam beneficiados e que consigamos construir juntos – sociedade civil e governantes – um país mais justo e digno.

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FICHA TÉCNICA PROJETO

Diretor Executivo

Celso Athayde

Coordenação Administrativa

Marilza P. Athayde e Jane Carvalho

Implementação do Projeto

Viviane Nobre, Tiago Gomes e Janaína

Rodrigues

Elaboração do Projeto

Fernanda Borriello

Pedagoga do Projeto

Ana Cláudia da Costa

Agradecimentos

Irene Ferraz (Escola de Cinema Darcy

Ribeiro), Espaço Cultural Jorge BenJor,

SESC Madureira, SESC Ramos, Yuri

Graneiro, Feira da Providência, GRES

Império Serrano, SindRIO e Igreja São

Sebastião.

FICHA TÉCNICA LIVRO

Elaboração e Publicação

Diretor Executivo

Celso Athayde

Coordenação Administrativa

Jane Carvalho

Marilza P. Athayde

Texto

Rogério Garcia e Tiago Gomes

Fotos

Simone Soares e Acervo CUFA

Elaboração de Projetos

Fernanda Borriello

Diagramação e Arte Final

Galdino, Filipe Silva e Leandro

Fernandes

Colaboradores

Viviane Nobre, Ana Sabag, Cintia Maura,

Raquel Oliveira, Juliana Dionísio, Flávia

Caetano, Tatiana Sousa e Janaína

Rodrigues.

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