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I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAÇÃO DO SUL DE PORTUGAL I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAÇÃO DO SUL DE PORTUGAL A Flora e a Vegetação Mediterrânicas no Ordenamento Biofísico E Conservação da Natureza no Sul de Portugal” 14 de Outubro de 2011, 9.15h às 18.00h, Anfiteatro 1 do Colégio Luís António Verney, Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, Évora, Portugal ( [email protected] ) Organização Colaboração Patrocínios Livro de Resumos Livro de Resumos Organização Marízia Pereira (Universidade de Évora) Mónica Martins (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa) Nuno Gracinhas Guiomar (Universidade de Évora) Vanda Prazeres (Universidade de Évora) Rita Menezes (Universidade de Évora) Lénia Duarte (Universidade de Évora) Comissão Científica Marízia Pereira (Universidade de Évora) Nuno de Sousa Neves (Universidade de Évora) Carlos Pinto Gomes (Universidade de Évora) Carlos Silva Neto (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa) Jorge Capelo (Instituto Nacional de Recursos Biológicos) José Carlos Costa (Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa)

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I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL

A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da Natureza no Sul de Portugal

14 de Outubro de 2011, 9.15h s 18.00h, Anfiteatro 1 do Colgio LusAntnio Verney, Escola de Cincias e Tecnologia da Universidade de vora,

vora, Portugal ( [email protected])

Organizao

Colaborao

Patrocnios

Livro de ResumosLivro de Resumos

OrganizaoMarzia Pereira (Universidade de vora)Mnica Martins (Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, Universidade de Lisboa)Nuno Gracinhas Guiomar (Universidade de vora)Vanda Prazeres (Universidade de vora)Rita Menezes (Universidade de vora)Lnia Duarte (Universidade de vora)

Comisso CientficaMarzia Pereira (Universidade de vora)Nuno de Sousa Neves (Universidade de vora)Carlos Pinto Gomes (Universidade de vora)Carlos Silva Neto (Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, Universidade de Lisboa)Jorge Capelo (Instituto Nacional de Recursos Biolgicos)Jos Carlos Costa (Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa)

mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/DELTA_CAFES_-_LOGO.jpg

9:15: Sesso de Abertura. Nuno Neves (Director do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de vora)1 Sesso: Conhecimento da Flora e Vegetao Mediterrnicas9.30:10.00: Caracterizao, Biogeografia e Bioclimatologia da Vegetao Mediterrnica. Jos Carlos Costa (Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa)10.00:10.30: Sinopse sobre a vegetao do Alentejo e Algarve. Marzia Pereira (Universidade de vora)10.30:11.00: Pausa para caf, sesso de posters e exposio de fotografia11.00: 11.30: Vegetao florestal e pr-florestal do Baixo Alentejo (Vale do Guadiana). Jorge Capelo (Instituto Nacional de Recursos Biolgicos)11.30:12.00: Composio e estrutura das pastagens anuais do Alentejo. Slvia Ribeiro & Dalila Esprito-Santo (ISA - UTL)12.00:12.20: Avaliao da composio qumica e actividade biolgica de leos essenciais de Lavandula spp.. Slvia Arantes et al. (Universidade de vora)12.20:12.40: Comunidades turffilas do centro e sul de Portugal: inventariao multidisciplinar e pistas filogeogrficas. Miguel Geraldes et al. (Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, Universidade de Lisboa)12.40:12.50: Questes e debate12.50:14.00: Intervalo para Almoo2 Sesso: Perturbao e Recuperao: Desafios da Conservao14.00:14.30: O coberto vegetal do Algarve Interior e Presses no Territrio. Carlos Pinto Gomes etal. (Universidade de vora)14.30:15.00: Ocupao do Solo na Herdade da Contenda: uma Anlise Histrica. Nuno Lecoq(Autoridade Florestal Nacional)15.00:15.30: Dinmicas da vegetao ps-fogo. Nuno Gracinhas Guiomar (Universidade de vora)15.30:16.00: Vulnerabilidade vs. resilincia das comunidades das praias e dunas litorais. Mnica Martins et al. (Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, Universidade de Lisboa)16.00:16.30: Pausa para caf, sesso de posters e exposio de fotografia16.30:17.00: A Rede Natura 2000 em Portugal. Carlos Silva Neto (Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, Universidade de Lisboa)17.00:17.20: As Orqudeas de Portugal a sul do Tejo: novas espcies e reas prioritrias para a Conservao. Ivo Rodrigues & Eduardo Marabuto (Faculdade de Cincias de Lisboa) 17.20: 17.40: O papel do enrelvamento na conservao da diversidade florstica do olival. Maria Paula Simes et al. (Universidade de vora)17.40.17.50: Questes e debate17.50:18.00: Entrega de prmios melhor poster e melhor foto18.00: Balano e Encerramento

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I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL

A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

Natureza no Sul de Portugal

Programa

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I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL I JORNADAS SOBRE A FLORA E VEGETAO DO SUL DE PORTUGAL

A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

Natureza no Sul de Portugal

Caracterizao, Biogeografia e Bioclimatologia da Vegetao MediterrnicaJos Carlos Costa1

1Centro de Botnica Aplicada Agricultura (CCBA), Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal. [email protected]

Apresenta-se uma breve caracterizao da bioclimatologia e da tipologia biogeogrfica da RegioMediterrnica. Analisa-se brevemente os tipos de formaes vegetais que ocorrem nesta Regiobiogeogrfica relacionando com a bioclimatologia. Por fim apresentamos os principais tipos de vegetaoque ocorrem em Portugal continental e da Madeira.Palavras-Chave: Biogeografia, Bioclimatologia, Vegetao Mediterrnica, Portugal, Madeira.

Sinopse sobre a flora e vegetao natural do Alentejo e AlgarveMarzia Menezes Dias Pereira1,2

1Departamento de Planeamento, Ambiente e Ordenamento, Universidade de vora, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal; 2 ICAAM, Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas, Universidade de vora, Largo dos Colegiais, Ap. 94, 7002-554 vora,

Portugal. [email protected]

ResumoO Alentejo e Algarve possuem reas com vegetao natural com elevado interesse para a conservao dabiodiversidade, tanto a nvel ibrico como europeu. Estas reas so escassas e em rpida degradao devidoaos fogos, pastoreio, prticas agrcolas, cortes e desbastes, espcies exticas, entre outros factores. Seminterveno apropriada, a regenerao natural poder ser nula ou reduzida. Com este trabalho pretendeu-se fazer uma abordagem geral sobre a flora e a vegetao naturais, predominantes no Alentejo e Algarve,abarcando as serras da Adia (518 m), Cercal (372 m), dOssa (653 m), Mendro (412 m), Monfurado (424 m),S. Mamede (1025 m), Caldeiro (580 m) e Monchique (902 m), dos distritos de Portalegre, vora, Beja, sulde Setbal e Faro. O territrio estudado integra as bacias hidrogrficas do rios Mira, Sado, Guadiana eArade, retalhadas por rios e ribeiras com regimes irregulares e/ou permanentes. Do ponto de vistabioclimtico pertence ao macrobioclima mediterrnico pluviestacional ocenico, e, em relao biogeografia, insere-se nos sectores Marinico-Monchiquense, Ribatagano-Sadense e Algarviense. Naanlise da flora e vegetao natural identificaram-se 13 grupos principais: bosquetes, matagais, matos deporte mdio e baixo, orlas, arrelvados mesoflicos, vivazes e xeroflicos, ruderais, bosques ripcolas, matagaishigrfilos, comunidades de charcas, valas hmidas e linhas de gua e vegetao aqutica flutuante,submersa ou enraizada.Palavras-Chave: Flora, Vegetao, Biodiversidade, Alentejo, Algarve.

1 Sesso: Conhecimento da Flora e Vegetao Mediterrnicas

mailto:[email protected]:[email protected]

Vegetao Florestal e Pr-Florestal do Baixo Alentejo (Vale do Guadiana)Jorge Capelo1

1Instituto Nacional de Recursos Biolgicos, IP., L-INIA, UISPF, Quinta do Marqus, 2780-159 OEIRAS. [email protected]

Os remanescentes de floresta pristina do Baixo Alentejo e as comunidades de orlas correspondentes socaracterizados do ponto de vista dos padres florsticos. Ensaia-se uma reconstruo do coberto florestalprimitivo com recurso a mtodos fitossociolgicos quantitativos. Foram seguidos procedimentos desintaxonomia numrica com o objectivo de obter tipos de vegetao. Foi usado um conjunto de tcnicasmultivariadas de carcter complementar, nomeadamente de ordenao e classificao, na obteno degrupos florstico-estatsticos coerentes. Foi efectuada tambm uma interpretao ambiental dos grupos egradientes obtidos. O tratamento de dados foi repetido para quatro conjuntos de dados, que conduziram anove tipos de floresta espontnea, seis comunidades herbceas de orlas e clareiras; cinco tipos demedronhais e dezassete tipos de matagal esclerofilo-espinescente. Uma reviso da sintaxonomia resultou dacomparao com as unidades fitossociolgicas formais reconhecidas na literatura. Efectua-se umacaracterizao semi-quantitativa dos sintxones em termos de composio, estrutura, fisionomia, bioclima,solo, posio sucessional, contexto biogeogrfico e factores antrpicos. Um exerccio de classificao deuma matriz sinfitossociolgica [i.e. dos mosaicos de comunidades vegetais] conduz a uma interpretaocoerente das sries de vegetao e dos tipos de bosque obtidos por critrios florsticos. Finalmente, discutida a relao entre modelo da paisagem vegetal a paisagem cultural agroflorestal.Palavras-Chave: Fitossociologia, floresta, anlise multivariada, sintaxonomia, Alentejo.

1 Sesso: Conhecimento da Flora e Vegetao Mediterrnicas

Composio e estrutura das pastagens anuais do AlentejoSlvia Ribeiro1 & Dalila Esprito-Santo 1

1 Centro de Botnica Aplicada Agricultura, Instituto Superior de Agronomia, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal. [email protected], [email protected]

Com o objectivo de efectuar um estudo da diversidade florstica de comunidades herbceas sujeitas adiferentes regimes de uso do solo no CE e SE de Portugal Continental, especificamente nas SubprovnciasLuso-Extremadurense e Carpetano-Iberico-Leonesa (Superdistrito Altibeirense) foi efectuada umaprospeco das comunidades anuais das classes Stellarietea mediae e Tuberarietea guttatae. Assim, foiefectuada uma caracterizao biofsica geral do Alentejo designadamente nas suas componentesbiogeogrfica, bioclimatolgica, geolgica e pedolgica. Foi tambm reunida informao sobre as condiesedafo-climticas e biogeogrficas em que estas comunidades anuais se desenvolvem. Nos levantamentosdas comunidades foi utilizada a metodologia fitossociolgica, tendo sido realizados cerca de 200 inventriosfitossociolgicos em reas que se inserem nas sries de Poterio agrimonioidis-Querco suberis S. e Pyrobourgaeanae-Quercetum rotundifoliae S. Com recurso ao programa Juice 7.0.33 os inventrios foramsubmetidos a uma anlise classificativa Modified Twinspan usando a distncia de Jaccard como medida dedissimilaridade. A anlise ecolgica das comunidades efectuou-se com anlises cannicas decorrespondncias (CCA) com recurso ao programa Canoco 4.5. Desta forma, procurou-se estabelecer aligao entre as diferenas florsticas encontradas nas comunidades anuais e as diferentes condiesambientais e de uso.Este estudo financiado pela Fundao para Cincia e Tecnologia (bolsa SFRH/BD/29515/2006).Palavras-Chave: Comunidades anuais, Fitossociologia, Classificao, Ordenao Dinmica serial.

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Avaliao da composio qumica e actividade biolgica de leos essenciais de Lavandula spp.

Slvia Arantes1, M. R. Martins 1,2, M. M. D. Pereira3,2 & J. Cruz-Morais 1,21Departamento de Qumica, Universidade de vora; 2ICAAM, Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas;

3Departamento de Planeamento, Ambiente e Ordenamento, Universidade de vora. [email protected]

As Lavandula spp. pertencem famlia Lamiaceae, conhecidas vulgarmente por rosmaninho, so das plantasmedicinais mais populares e de grande importncia econmica. Tm sido utilizadas durante sculos, secas,frescas ou os seus leos essenciais, num grande nmero de aplicaes, na indstria farmacutica, naaromaterapia e cosmtica como fragrncia. Algumas espcies do gnero Lavandula, apesar deapresentarem propriedades etnobotnicas semelhantes, diferem na composio dos leos essenciais,podendo estes constituir importantes marcadores de quimiotipo para caracterizao destas espcies.Paraeste estudo foram seleccionadas espcies expontneas do Alentejo, como a L. stoechas L. subsps. luisieri(Rozeira) Rozeira, L. pedunculata (Mill.) Cav. subsp. pedunculata var. lusitanica Chaytor, e do Algarve, L.viridis LHr. Estes espcimes so frequentes nos sub-bosques de azinhais, sobreirais e pinhais de pinheirobravo, matagais, estevais e sargaais, em solos arenosos, quartzticos, granticos ou xistosos. O objectivodeste estudo foi caracterizar os leos essenciais das espcies-alvo no que concerne composio qumicacom vista a avaliar a sua diversidade e avaliar as actividades antimicrobiana e antioxidante dos leosessenciais da espiga e folha de L. luisieri e de L. viridis. Os leos essenciais das folhas e espigas das plantasespontneas, recolhidas na Primavera, foram extrados por hidrodestilao, num aparelho tipo Clevenger ea sua composio qumica foi determinada por GC/FID. Neste estudo, observaram-se diferenas nacomposio qumica dos leos essenciais das 3 espcies analisadas, quanto diversidade e proporo dosseus constituintes. Os principais componentes dos leos foram: 1,8-cineol, acetato de bornilo e lavandulol,para L. stoechas L. subsps. luisieri; cnfora, acetato de bornilo, fenchona, -pineno e 1,8-cineol, para L.pedunculata, e 1,8-cineol, cnfora, linalol e -pineno, para L. viridis. A actividade antimicrobiana foiestudada pelo mtodo de difuso em meio slido, com determinao do halo de inibio face a estirpes debactrias patognicas Gram+ e Gram, leveduras patognicas e fungos filamentosos contaminantes deculturas e alimentos, utilizando antibiticos comerciais como controlo. A actividade antioxidante foi avaliadapelos mtodos do radical livre DPPH e do sistema -caroteno/cido linoleico. Os leos essenciaisapresentaram um largo espectro de actividade antibacteriana e antifngica, e actividade antioxidante,revelando-se eficazes na captura de radicais livres e na proteco da peroxidao lipdica. Os leosessenciais das diferentes Lavandula spp. da regio Sul de Portugal apresentaram importantes propriedadesantimicrobianas e antioxidantes, sugerindo o seu potencial uso para aplicaes farmacolgicas comoagentes nutracuticos e/ou fitoteraputicos.Palavras-Chave: Lavandula spp., leos essenciais, composio qumica, actividade antimicrobiana,actividade antioxidante.

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1 Sesso: Conhecimento da Flora e Vegetao Mediterrnicas

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Comunidades turffilas do centro e sul de Portugal: inventariao multidisciplinar e pistas filogeogrficas

Miguel Geraldes1, Carlos Silva Neto2, Estvo Portela-Pereira1, Francisco Gutierres & Jos Carlos Costa1 Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio da Universidade de Lisboa, Alameda da Universidade, 1600-214, Lisboa,

Portugal. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 5 Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017, Lisboa, Portugal. [email protected]

No mbito de um projecto europeu de contextualizao filogeogrfica, com marcadores moleculares, depopulaes turffilas do Centro e Sul de Portugal, est a realizar-se uma anlise multivariada, que integradados geobotnicos, florstico-sociolgicos, topo e microclimatolgicos, hidrogeolgicos, morfogenticos,micromorfolgicos e paleobotnicos, para cartografar essas comunidades azonais e entender os principaisfactores que comandam a sua distribuio, pois esto descontextualizadas do bioclima termomediterrnicoinferior (classificao de Rivas-Martnez), podendo representar relquias de uma disjuno recente naevoluo quaternria da vegetao portuguesa. Porm, reconstruir a histria climtica a partir dessaevoluo, difcil na Regio Mediterrnea, mesmo com recurso a dados proxy, porque h uma dinmicarefugial edafo-microclimtica de muitas espcies de corologia claramente eurossiberiana, sendo a presenaabundante de gua, a escassos metros do solo, o factor de comando de natureza catenal, contornando asecura estival (sem chuva). Diversamente dos bogs e fens ombrognicos da Europa do Norte, as turfeiras dabacia cenozica do Tejo e nos sectores da orla ocidental de substrato arenoso no tm uma origemclimtica, resultando antes de locais de drenagem deficiente (minerotrficos topognicos) de cursos de guae da presena de um lenol subsuperficial retido sobre substrato impermevel (de argilas e arenitos plio-plistocnicos). A subida da gua, por percolao, favorecida pela elevada porosidade de depsitos noconsolidados de areias, balastros, cascalhos ou conglomerados. O bitopo repete-se, em escalas diversas,desde lagoas vestibulares de ribeiras endorreicas, a lagoas em depresses campos interdunares costeiros,ou, mais afastados do litoral, em meras valas abertas pelo Homem prximas da toalha fretica. Mesmo emcascalheiras de material menos calibrado, a ocupao intersticial por gua permite a existncia decomunidades turffilas com Sphagnum auriculatum, amide em valas (Torre das Vargens) ou em taludesestabilizados antropicamente (Caxarias), permitindo a formao de urzais higrfilos dominados por Ericaciliaris com especialistas acidfilas. Das turfas de esfgno s turfas de monocotiledneas, passando pelolodo orgnico com macro-restos, as turfeiras sublitorais destacam-se pelo domnio por cyperaceae e poruma espcie de musgo, o S. auriculatum. O confronto entre os dados dos levantamentos de campoefectuados nas populaes, por exemplo, de Gentiana pneumonanthe L. (que Pereira Coutinho sugere sersubespcie major) ou de Cirsium palustre L., consultados nas pranchas de herbrios, com as populaesrealmente encontradas do Sado, e pelo litoral ocidental at ao Lima (Bertiandos), mostram que aquelas tmvindo a sofrer forte reduo ao longo do sc. XX, mormente por fragmentao ou destruio do seu habitat,urgindo a sua catalogao, delimitao corolgica pormenorizada e proteco.Palavras-Chave: Comunidades turffilas, reliquiais, sul, centro, Portugal.

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1 Sesso: Conhecimento da Flora e Vegetao Mediterrnicas

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O Coberto Vegetal do Algarve Interior e Presses no TerritrioCarlos Pinto-Gomes1, Ricardo Quinto-Canas1 & Carlos Vila-Viosa1

1 Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento / Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas (ICAAM), Universidade de vora, Rua Romo Ramalho, n 59, P-7000-671 vora, Portugal. [email protected]

A presente comunicao tem como intuito identificar e utilizar as distintas sries de vegetao climatfila,para efectuar uma diagnose ambiental das sub-regies fito-ecolgicas do interior da provncia administrativado Algarve (Serra e Barrocal). Tratam-se de estruturas individualizadas dos territrios envolventes, que, notendo exactamente as mesmas caractersticas morfolgicas, partilham especificidades comuns, face situao geogrfica e condies edafo-climticas particulares, as quais lhe conferem uma elevadaoriginalidade ao nvel da flora e das comunidades vegetais. Assim, tendo como principal objectivo o estudodo coberto vegetal do interior algarvio, deu-se incio a um trabalho, com base fitossociolgica, que pretendeconstituir uma ferramenta importante para os decisores estratgicos das polticas de ordenamento doterritrio, bem como para a gesto e conservao do patrimnio biolgico regional. Os objectivosespecficos foram: Identificao das sries de vegetao climatfila presentes no territrio estudado; Estudoe anlise do conjunto de comunidades vegetais ou estdios que se podem observar em cada superfcietesselar; reconhecimento dos habitats naturais e semi-naturais e das espcies de elevado valor patrimonialou com estatuto de proteco; Indicao das principais medidas de gesto susceptveis de contribuir para avalorizao da biodiversidade. Aps o respectivo enquadramento biogeogrfico e bioclimtico, bem como acaracterizao geomorfolgica e pedolgica, apresentam-se as principais sries de vegetao climatfila doAlgarve interior, onde se destacam: Querco alpestris-broteroi S.; Euphorbio monchiquensis-Quercocanarienis S.; Lavandulo viridis-Querco suberis S.; Rhamno oleoidis-Querco rotundifoliae S.; Myrto communis-Querco rotundifoliae S.; Aro italici-Oleo sylvestris S.. Para cada srie avalia-se, ainda que muitosucintamente, o seu comportamento ecolgico e dinmico, as principais plantas caractersticas das etapassucessionais e o valor patrimonial correspondente, sendo apontados alguns exemplos de medidas de gestocompatveis com a preservao da biodiversidade, tendo sempre em vista o ordenamento do territrio e aconservao da natureza. Por ltimo, tecem-se algumas consideraes sobre o estado de conservao dasformaes climcicas, destacando-se as principais presses exercidas neste territrio, tais como:desenvolvimento da actividade turstica com ocupao desordenada do solo; crescente urbanizao eedificao dispersa; introduo de culturas agrcolas desarticuladas com o territrio; extraco desordenadade inertes; invaso de espcies exticas, entre outras. Ainda, no contexto da flora e vegetao, apesar de seter publicado numerosos estudos de insignes botnicos e fitossocilogos sobre estes territrios algarvios,no so muitos os que tratam as sries de vegetao climatfila do interior deste territrio. Neste sentido,para uma correcta gesto da biodiversidade urge compreender e diagnosticar as sries de vegetaoclimatfila, bem como a sua dinmica e respectivas relaes catenais, uma vez que encerram um nmeroconsidervel de habitats e espcies endmicas ou de interesse para a conservao.Palavras-Chave: Sries climatfilas; Fitossociologia; Ordenamento do territrio; Algarve interior.

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2 Sesso: Perturbao e Recuperao: Desafios da Conservao

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Ocupao do Solo na Herdade da Contenda: uma Anlise Histrica.Nuno Lecoq1

1Autoridade Florestal Nacional. [email protected]

Aps a ltima glaciao (40-35 000 anos) a cobertura vegetal do nosso Pas seria constituda pela Fagosilva,em que predominavam as florestas densas de carvalhos, de folha caduca a Norte do Tejo e de folhapersistente a Sul (Paiva, 2003). Aps aquele ciclo, verificaram-se passagens de vrios povos como, entreoutros, Cromagnons, Oestrmnios, Persas, Celtas, Cartagineses, Romanos e rabes. Todos deixaram a suamarca quer atravs dos respectivos usos e costumes, quer pela introduo de novas espcies vegetais (ouanimais) e de novas tcnicas. Aps a independncia de Portugal (em 1143) mas, sobretudo a partir da 2.metade do sculo XIII, ocorreram desavenas em vrios pontos de uma fronteira que ainda no existia eentre os dois povos, portugueses e castelhanos, traduzidas em disputas pela posse das terras que lhesasseguravam a sobrevivncia, e que muitas vezes foram resolvidas pelos exrcitos de cada um dos lados.Um desses locais foi a Contenda mas que perdurou mais de seis sculos, s tendo terminado no fim do scXIX. As populaes em conflito, de Moura, Aroche e Encinasola, viviam daquilo que a terra dava: pequenashortas, cereal, bolota de azinho e pastoreio do gado. Em 1893, pela Conveno de Madrid, teve lugar adiviso da grande propriedade que era a Contenda (ento com cerca de 12 289 ha): a parte portuguesa foientregue Cmara Municipal de Moura (5268 ha) e a espanhola ao Ayuntamiento de Encinasola (7021 ha).Por alturas de 1924, a Junta de Freguesia de Santo Aleixo, arrendou a Herdade da Contenda para serexplorada pelo povo da freguesia. Mais tarde, entre os anos 30 e 1946, a Cmara Municipal de Mourapassou a explorar a HC atravs do arrendamento em hasta pblica dos lotes (ou cortes) em que dividiu apropriedade. A Campanha do Trigo (deciso poltica no tempo da Ditadura) levou a uma sobrexploraoagrcola nas dcadas de 30, 40 e 50. A submisso da Herdade da Contenda ao Regime Florestal, permitiuque o Estado (Administrao Central) iniciasse um processo de florestao ao longo dos ltimos 50 anos,que introduziu alteraes significativas na propriedade, em termos de ocupao do solo (land cover) e daexplorao da propriedade (land use).PalavrasChave: Herdade da Contenda, land use, histria.

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2 Sesso: Perturbao e Recuperao: Desafios da Conservao

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Dinmicas da vegetao ps-fogoNuno Guiomar 1,2

1 Departamento de Planeamento, Ambiente e Ordenamento, Universidade de vora, Rua Romo Ramalho 59, 7000 vora. Portugal; 2 Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas, Universidade de vora, Ncleo da Mitra,

Apartado 94, 7002-774 vora. [email protected]

Os incndios florestais constituem um dos principais factores de perturbao dos ecossistemas portugueses.Estudos sobre a dinmica da vegetao ps-incndio so fundamentais uma vez que fornecem indicadoressobre a resilincia dos ecossistemas, aptido das estaes e vegetao potencial, elementos cada vez maisrelevantes para o planeamento e gesto do territrio, em particular no que se refere defesa da florestacontra incndios e recuperao de reas ardidas. Alguns autores descrevem a rpida recuperao daestrutura e composio destas comunidades pioneiras como um processo de recolonizao por auto-sucesso, uma vez que muitas das espcies dominantes esto presentes no local antes do fogo. No entanto,a escassez de auto-sucesses depois do fogo tem sido recentemente reportada em diferentes comunidadesvegetais dominadas por espcies que se propagam por semente, e perante a ocorrncia de novos incndiosno mesmo local algumas espcies de matos podem ser substitudas por outras. O histrico de perturbaeslocais relevante neste contexto, uma vez que a variao da abundncia das espcies envolvidas naregenerao depende tambm de factores relacionados com o uso do solo e com o regime dos incndios.Alguns estudos sugerem que as mudanas no regime do fogo podem produzir alteraes na composio eestrutura da vegetao, e que a resilincia dos ecossistemas pode diminuir significativamente com oaumento da frequncia de incndios. Contudo, a recorrncia dos incndios no o nico factor adeterminar os padres da vegetao. As caractersticas dos incndios so tambm determinantes, emparticular a extenso e a severidade. Depois de grandes incndios, os processos de sucesso so ainda maisimprevisveis uma vez que so influenciados pela heterogeneidade espacial criada pelo fogo e, emparticular, pelos padres heterogneos de sobrevivncia e propagao dos organismos. Nesta comunicaopretende-se explorar diferentes abordagens de anlise das dinmicas da vegetao ps-fogo no Sul dePortugal, assim como a complexidade de determinao dos padres de regenerao, que so fortementeinfluenciados pelas condies locais (condicionantes espaciais, produtividade do local), pelo comportamentodo fogo (espacialmente varivel), assim como pela eco-fisiologia das espcies.Palavras-Chave: Regenerao da vegetao ps-fogo, atributos funcionais, resilincia, sucesso.

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Natureza no Sul de Portugal

2 Sesso: Perturbao e Recuperao: Desafios da Conservao

Vulnerabilidade vs. resilincia das comunidades das praias e dunas litoraisMnica Martins1,2, Carlos Silva Neto1,2 & Jos Carlos Costa2

1 Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio da Universidade de Lisboa, Alameda da Universidade, 1600-214, Lisboa,

Portugal. [email protected]; [email protected]; 2Centro de Botnica Aplicada Agricultura (CCBA), Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal. [email protected]

Os ecossistemas ocorrentes em zonas litorais, devido ao seu carcter de interface entre a terra e o mar,suportam condies ecolgicas extremas. A sua sensibilidade aos factores de perturbao, contudo, varivel. As comunidades psamoflicas, que se estabelecem nas praias e dunas costeiras, so expostas ainmeras perturbaes. A sua composio e riqueza especfica, e a presena de indicadores biolgicos daqualidade ecossistmica, fornecem informao importante sobre a reaco aos factores externos deperturbao, de carcter fsico e antrpico. O balano entre a exposio, intensidade e impacto, por umlado, e a capacidade de recuperao das comunidades, por outro, depende da natureza dos factores depresso e distrbio (por exemplo, modificaes nas condies ambientais em consequncia das alteraesclimticas, como o aumento gradual das temperaturas mdias anuais, subida do nvel do mar ou o aumentode fenmenos catastrficos como tempestades, ou a intensificao das actividades tursticas, em resultadoda aco humana directa), mas so sobretudo ditados pela posio geogrfica e ecolgica ocupada pelascomunidades no ecossistema. Com base em 601 inventrios fitossociolgicos vlidos (Escola de Zurich-Montpellier ou clssica sigmatista), foi possvel conhecer a distribuio das principais comunidadesEurosiberianas e Mediterrnicas que ocorrem ao longo da costa arenosa Portuguesa, e estudar a suaResilincia e Vulnerabilidade segundo os gradientes zonais que caracterizam as praias e dunas. Este estudopermitiu concluir sobre o estado geral de ameaa e conservao da flora e vegetao, fornecendoelementos para o ordenamento biofsico do territrio, a tomada de deciso e o delineamento de medidas degesto adequadas, designadamente a regulamentao das actividades tursticas e a conservao natural.PalavrasChave: flora, vegetao, psamfila, resilincia, vulnerabilidade, conservao, costa Portuguesa.

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A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

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2 Sesso: Perturbao e Recuperao: Desafios da Conservao

A Rede NATURA 2000 em PortugalCarlos Silva Neto1

1 Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio da Universidade de Lisboa, Alameda da Universidade, 1600-214, Lisboa, Portugal. [email protected];

A Rede Natura 2000 constitui, actualmente o principal instrumento para a conservao da natureza naUnio Europeia. Trata-se de uma rede ecolgica constituda por Zonas Especiais de Conservao e Zonas deProteco Especial da flora e da fauna e dos respectivos habitats, em toda a Unio Europeia. O seu objectivoprincipal foi o de travar as elevadas taxas de perda de biodiversidade numa das reas com maioresdensidades populacionais a nvel mundial atravs da criao de reas protegidas que contemplem asespcies e os habitats com maior interesse para proteco e conservao. Em Portugal a poltica deconservao da natureza materializou-se na primeira rea protegida em 1971 com a criao do ParqueNacional da Peneda-Gers. Actualmente a rede nacional de reas protegidas constituda por 43 reasprotegidas (1 Parque Nacional, 13 Parques Naturais, 10 Reservas Naturais, 11 Paisagens Protegidas e 7Monumentos Naturais e 1 rea Protegida Privada) a que corresponde pouco mais de 8 % do territrioNacional. Com a aplicao da Directiva Habitats, a politica de conservao da natureza estende-se a 17,4%do territrio num crescimento de 98%. Se incluirmos a Directiva Aves esse valor sobe a 21,5 % do territrionacional. A Rede Natura 2000 constituda por zonas especiais de conservao (ZEC), de acordo com odisposto na Directiva 92/43/CEE e zonas de proteco especial (ZPE) de acordo com o disposto na Directiva79/409/CEE, relativa s aves selvagens. A Directiva Aves (Directiva n 79/409/CEE) foi, relativamente conservao do patrimnio natural, a primeira grande aco conjunta dos Estados Membros da UnioEuropeia. O objectivo consiste na proteco, gesto e controlo das aves que vivem, em estado selvagem. Aesta Directiva seguiu-se a Directiva 92/43/CEE do conselho de 21 de Maio de 1992 relativa preservaodos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens, a qual tem por objectivo contribuir para assegurar abiodiversidade atravs da conservao dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens no territrio daUnio Europeia. Relativamente Directiva Habitats, os stios que foram definidos em Portugal distribuem-sepor 3 regies biogeogrficas: Regio Atlntica: 1 Lista inicial de stios: DECISO Dez 2004 (Aprovados 7stios para Portugal). 2 Lista actualizada de stios: DECISO Nov. 2007 (Mesmos 7 stios). RegioMediterrnica: 1 Lista inicial de stios: DECISO 19 Julho 2006 (Aprovados 60 stios para Portugal). 2 Listaactualizada de stios: DECISO 12 Dez. 2008. (Mesmos 60 stios). Regio Macaronsica: 1 Lista inicial destios: DECISO Dez. 2001 (Aprovados 34 stios para Portugal. 2 Lista actualizada de stios: DECISO Jan.2008 (Mesmos 34 stios). Em Portugal apenas nos AORES foram tomadas medidas necessrias parasatisfazer as exigncias ecolgicas dos habitats e das espcies e portanto consideraram-se reunidas ascondies necessrias e suficientes para a designao dos stios em ZEC. No restante territrio Nacional essaetapa ainda no est realizada, apesar de legalmente ter de ser efectuada num prazo mximo de 6 anosaps a designao como stio.Palavras-Chave: Rede Natura 2000, conservao, Portugal.

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A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

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As Orqudeas de Portugal a sul do Tejo: novas espcies e reas prioritrias para a Conservao

Ivo Rodrigues1 & Eduardo Marabuto21 Rua D. Afonso III, 22D, Beja, Portugal. [email protected]; 2 FCUL/CBA, Computational Biology and Population Genomics

Group (http://cobig2.fc.ul.pt/), Edifcio C2, sala 2.3.22, Faculdade de Cincias de Lisboa, 749-016 Lisboa, Portugal. [email protected]

Entre Portugal Continental e Ilhas Atlnticas so conhecidas cerca de 70 espcies na famlia Orchidaceae,fundamentalmente distribudas pela orla calcria mesozica (macio calcrio estremenho, barrocal algarvio)e isolados calcrios no interior do pas. Apesar das espcies presentes em territrio nacional seremfundamentalmente bem conhecidas, o conhecimento sobre a sua distribuio, inmeros aspectos da suabiologia e conservao permanecem ainda por identificar, principalmente longe do litoral e dos grandesmacios calcrios peri-litorais. Deste modo, entre 2007 e 2011 e durante os perodos de mximo fenolgicodas orqudeas procurou-se aumentar o conhecimento cartogrfico das orqudeas numa das reas onde alacuna de conhecimento se revelava mais premente em virtude dos dados existentes no territrio contguoespanhol e segundo a informao disponvel na bibliografia, tendo-se dado especial relevncia ao Alentejo(Distritos de Portalegre, vora e Beja). Recorrendo a cartas geolgicas e informao sobre os habitatsdisponveis na rea de estudo o trabalho de campo foi orientado no sentido do estudo da composioespecfica em orqudeas numa resoluo compatvel com um esforo no intensivo, ao nvel da quadrculaUTM de 10x10km abarcando os dados disponveis a quase totalidade da rea de Portugal a sul do Tejo. Apartir deste trabalho, identificam-se como taxa novos para a rea a sul do Tejo: Barlia robertiana, Ophrysbilunulata, Ophrys dyris, Ophrys fusca, Orchis morio subsp. chiscanoi, Ophrys tenthredinifera subsp.ficalhoana, Serapias occidentalis, e aportam-se novas localizaes para o interior de espcies raras comoGenaria diphylla, Ophrys bombyliflora, Ophrys incubacea, Orchis collina, Orhis laxiflora, Spiranthes aestivalise Spiranthes spiralis. Finalmente, agora possvel a identificao de reas de maior riqueza especfica edado que as orqudeas representam um dos grupos biolgicos de maior aptido bio-indicadora, prioridadesde conservao num contexto local e nacional.Palavras-Chave: Orchidaceae, Alentejo, Algarve, Portugal, cartografia, conservao.

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A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

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O papel do enrelvamento na conservao da diversidade florstica do olivalMaria Paula Simes1,2, A. F. Belo1,2, C. Pinto-Cruz1,2 & M. C. Castro1,3

1Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas, Universidade de vora, Largo dos Colegiais, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal; 2Dep. Biologia, Universidade de vora, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal; 3Dep. Paisagem, Ambiente e Ordenamento,

Universidade de vora, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal. [email protected]

Os olivais, legados dos bosques mediterrnicos de zambujo, representam um dos sistemas agrcolas maisimportantes da zona sul de Portugal Continental. A sua flora, constituda por inmeras espcies, na maioriaarvenses, constitui uma mais-valia destes agro-ecossistemas, com elevado valor conservacionista. Porcompetir com as oliveiras, por gua e nutrientes, a vegetao espontnea tradicionalmente controlada pormobilizao. A intensificao desta tcnica de maneio tem conduzido perda de biodiversidade e degradao e eroso do solo. Neste contexto, pretendeu-se comparar o efeito do enrelvamento manuteno das herbceas espontneas at ao incio da primavera como tcnica alternativa mobilizaotradicional, num olival de sequeiro, na regio de Moura, entre 2000 e 2007. O controlo de infestantes foirealizado anualmente, no incio da primavera, com grade de discos nos talhes mobilizados e por corte edestroamento dos resduos com gadanheira, tendo sido preservada uma faixa central para ressementeira,no enrelvamento. As famlias com maior diversidade foram Poaceae e Asteraceae, cada uma com 24espcies, seguidas de Fabaceae com 9. As mesmas famlias juntamente com Convolvulaceae e Brassicaceaeforam as mais representadas em percentagem de cobertura, em ambos os tratamentos. Ao longo dos 8 anosde estudo foram identificadas 108 espcies. O enrelvamento com 98 destas espcies promoveusignificativamente (P=0,03) a diversidade florstica relativamente ao mobilizado com apenas 82. Os valoresdeterminados para o ndice de Shannon variaram entre 2,16 e 3,17 no enrelvamento e entre 2,02 e 2,80 nomobilizado. A proporo de solo coberto por terfitos, hemicriptfitos e proto-hemicriptfitos foi tambmsuperior no enrelvamento, tendo gefitos e camfitos sido exclusivos deste tratamento. Por promover adiversidade florstica e a conservao do solo, sem prejudicar a produo, o enrelvamento parece ser umaalternativa ambientalmente mais adequada para a gesto destes agro-ecossistemas.Palavras-Chave: Biodiversidade, Conservao, Enrelvamento, Flora, Gesto, Olival.

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A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

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Composio qumica e actividade biolgica de extractos de Schinus molle L.Maria do Rosrio Martins 1,2, M. Ftima Candeias1,2, S. Arantes1, M. Teresa Tinoco2 & J. Cruz-Morais 1,2

1Departamento de Qumica, Escola de Cincias e Tecnologia, Universidade de vora; 2ICAAM, Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas. [email protected]

O Schinus molle L. uma rvore de grande porte pertencente famlia das Anacardiceas, sendovulgarmente conhecida por pimenteira rosa. muito utilizada como planta ornamental em pases com climaquente, encontrando-se frequentemente nos jardins do Alentejo. Esta planta apresenta diversas utilizaesna medicina tradicional, nomeadamente como agente antimicrobiano, anti-inflamatrio, anti-reumatismal eestimulante digestivo. As folhas e os frutos desta planta tm sido objecto de estudo no Departamento deQumica da Universidade de vora com o propsito de avaliar a sua composio qumica e determinaralgumas actividades biolgicas que justifiquem o seu uso na medicina tradicional. Neste trabalho, procedeu-se avaliao da composio qumica dos leos essenciais da folha fresca e fruto maduro e avaliao dassuas propriedades antioxidantes e antimicrobianas. Foi tambm estudada a composio qumica dosextractos da folha em diclorometano e etanol e avaliadas as suas actividades antioxidante e farmacolgica.Os constituintes maioritrios dos leos essenciais foram -felandreno, -felandreno e limoneno, para o leoda folha, e mirceno, -felandreno, limoneno e -felandreno, para o leo do fruto. O extracto dediclorometano apresentou como componentes principais cidos gordos, compostos flavnicos, cumarinas elactonas e, o extracto etanlico, taninos e polifenis. Os leos essenciais da folha e do fruto apresentaramum largo espectro de actividade antimicrobiana face a bactrias patognicas Gram-positivas e Gram-negativas e actividade antifngica, face a leveduras patognicas dos gneros Candida e Geotricum. Os leosessenciais e os extractos de diclorometano e etanol das folhas frescas apresentaram actividade antioxidantepelos dois mecanismos estudados: capacidade de captao de radicais livres e proteco da peroxidaolipdica. Os extractos de diclorometano e de etanol da folha apresentaram baixa toxicidade aguda in vivo,com valores de DL50 superiores a 5000 mg/kg. As actividades anti-inflamatria e analgsica do extracto dediclorometano foram avaliadas em rato e ratinho, tendo-se observado anti-inflamatria e actividadeanalgsica para os extractos na concentrao de 250 mg/kg. Os leos essenciais e extractos das folhas efrutos de S. molle apresentaram importantes actividades microbiolgicas, antioxidantes e farmacolgicas,pelo que os estudos prosseguem no sentido de esclarecer a toxicidade dos extractos, incluindo a suahepatotoxicidade e nefrotoxicidade, e de avaliar o seu potencial uso para aplicaes farmacolgicas e/oucomo nutracuticos.Palavras-Chave: Schinus molle, leos essenciais, extractos orgnicos, actividade antioxidante, actividadeantimicrobiana, actividade farmacolgica.

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Linaria ricardoi na Rede Secundria de Rega do Empreendimento de Fins Mltiplos de Alqueva

Rita Azedo1, Ana Ilhu1, Miguel Mascarenhas2, Hugo Costa2 & Srgio Vinuesa31Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA S.A.), Rua Zeca Afonso n3, Beja, Portugal. [email protected];

[email protected] 2Bio3 - Estudos e Projectos em Biologia e Valorizao de Recursos Naturais, Lda., Rua D. Francisco Xavier de Noronha, 37B, Almada, Portugal, [email protected]; [email protected]; 3Me dgua Consultoria Tcnica em reas

de Interesse Natural, Lda., Travessa das Zebras, 23, Lisboa, Portugal, [email protected]

As obras pblicas so consideradas como importantes alavancas ao desenvolvimento do nosso pas, noentanto tm sempre impactes associados, que podem ter magnitudes diferentes consoante o descritor emanlise. Os Estudos de Impacte Ambiental (EIA) desempenham um papel relevante na compilao deinformao ambiental existente na rea afectada pelos projectos e no levantamento no terreno de situaesrelevantes para o processo de Avaliao de Impacte Ambiental (AIA). No mbito de alguns processos de AIAde blocos de rega associados ao Empreendimento de Fins Mltiplos de Alqueva (EFMA), foram identificadosncleos da espcie Linaria ricardoi, endemismo portugus considerada como espcie de interessecomunitrio no Anexo B-II e B-IV do Decreto-Lei n. 140/99 de 24 de Abril, republicado atravs do Decreto-Lei n.49/2005 de 24 de Fevereiro, o que levou a que nos EIA fosse proposto efectuar a caracterizao dasituao de referncia e posterior monitorizao desta espcie na rea afectada pelos blocos de rega dePiso, Alvito-Piso, Ferreira e Valbom, Alfundo e Piso-Beja. As Declaraes de Impacte Ambiental (DIA)reforaram o proposto nos EIA, tendo sido efectuados os respectivos trabalhos desde 2007. No mbitodestes trabalhos foram identificados cerca de 3507 ha de olival de sequeiro, bitopo considerado comopreferencial para a ocorrncia da espcie, nos concelhos de Beja, Ferreira do Alentejo e Cuba tendo-serealizado transectos de prospeco em todas as reas que se encontravam em pousio ou com plantao decereal de forma descontnua na linha das oliveiras. Os transectos sinusoidais foram definidos em funo daslinhas de plantao das oliveiras. Nas parcelas onde foi detectada a espcie Linaria ricardoi procedeu-se contagem absoluta do nmero de indivduos. Foram tambm recolhidas amostras de solo para tentarcaracterizar as preferncias ecolgicas da espcie no que respeita a parmetros como o pH, textura,granulometria ou fsforo. Foram ainda realizados inventrios florsticos com o intuito de analisar a relaoentre a abundncia de Linaria ricardoi e a ocorrncia de outras espcies de flora. A ttulo de exemplo dosresultados obtidos, em 2008 foram contabilizados cerca de 32 000 indivduos de Linaria ricardoi, distribudosde forma irregular por 53 parcelas que totalizam 107,58 ha de olival de sequeiro, nmeros bastantesuperiores aos valores determinados no mbito do esforo de amostragem do Plano Nacional para aConservao da Flora em Perigo, demonstrando a relevncia dos trabalhos efectuados pela EDIA paracaracterizao e acompanhamento das populaes de Linaria ricardoi potencialmente afectadas pelosBlocos de Rega em causa. Em 2009 e 2010 foram identificadas variveis ambientais que potenciam aocorrncia e abundncia da espcie, nomeadamente a ocorrncia de pH elevado e a existncia de solos detextura fina e verificou-se existir uma influncia directa relativamente frequncia das aces demobilizao do solo com a presena de Linaria ricardoi, sendo especialmente favorvel a lavoura praticadano regime extensivo tradicional (Outono).Palavras-Chave: Linaria ricardoi, endemismo, monitorizao, blocos de rega.

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A Flora e a Vegetao Mediterrnicas no Ordenamento Biofsico E Conservao da

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Efeitos da gesto do solo na diversidade vegetal de um olival jovemBelo, A.F.1,2; Simes, M.P.1,2; Pinto-Cruz, C.1,2 & Castro, M.C.1,3

1Instituto de Cincias Agrrias e Ambientais Mediterrnicas, Universidade de vora, Largo dos Colegiais, Ap. 94, 7002-554 vora,Portugal; 2Dep. Biologia, Universidade de vora, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal; 3Dep. Paisagem, Ambiente e Ordenamento,Universidade de vora, Ap. 94, 7002-554 vora, Portugal. [email protected]

A cobertura e a diversidade vegetal foram monitorizadas, ao longo de 7 anos, num olival jovem, sujeito adois sistemas de controlo de infestantes na entrelinha - mobilizao e corte do coberto vegetal(enrelvamento). Avaliaram-se tambm as propores de palha e solo nu. A cobertura, riqueza e diversidadeespecficas foram mais elevadas nas parcelas com enrelvamento e a percentagem de solo nu foi superior nasparcelas mobilizadas. De acordo com os resultados obtidos, o corte da vegetao da entrelinha do olival, emalternativa mobilizao, promove a biodiversidade do olival, mesmo na sua fase inicial, contribuindo para aproteco do solo.Palavras-Chave: Biodiversidade, Conservao, Enrelvamento, Flora, Gesto, Olival.

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Plano de Aco de Conservao (Vale da Chanquinha)Silva, M. C. 1 & Gouveia, F. 1

1AmBioDiv Valor Natural, Rua Filipe da Mata, N10-1F, 1600-071 Lisboa, Portugal. [email protected], [email protected]

Este estudo integrou-se no projecto Plano de Aco e Conservao da Tapada Nacional de Mafra (Vale daChanquinha), actualmente ainda a decorrer e a ser desenvolvido pela AmBioDiv Valor Natural.Biogeograficamente e segundo Costa et. al. (1998), a zona em estudo situa-se na Regio Mediterrnica, Sub-regio Mediterrnica Ocidental, Superprovncia Mediterrnica Ibero-Atlntica, Provncia Gaditano-Onubo-Algarviense, Sector Divisrio Portugus, Subsector Oeste-Estremenho, Superdistrito Olissiponense.Apresentam-se os resultados de um primeiro estudo sistemtico a nvel da flora e da vegetao do Vale daChanquinha. Nas sadas de campo realizadas observmos e inventarimos (mtodo de Braun-Blanquet ouclssico sigmatista) vrias comunidades vegetais ribeirinhas: Freixial Mediterrnico, cujo estrato arbreo dominado unicamente pelo freixo-comum (Fraxinus angustifolia) enquadrvel na associao fitossociolgicaFicario ranunculoidis Fraxinetum angustifoliae; Carvalhais dominados por Quercus faginea subsp.broteroi pertencentes associao Arisaro-Quercetum broteroi; e Juncais com o endemismo lusitnicoJuncus valvatus pertencentes Juncetum acutifloro-valvati. As comunidas arbustivas so dominadas orapor Tojais da Lavandulo luisieri-Ulicetum jussiaei ora por Urzais da Cisto psilosepali-Ericetum lusitanicae.Palavras-Chave: Vale da Chanquinha, flora e vegetao, conservao, Portugal.

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