livro do eber capitulo 3

Livro do Eber

“III - Konan minha assassina particular”

– Só me diga que foi um sonho – Eduardo despertava em sua cama.

– Não era só um sonho, foi real – respondeu Ícaro.

– Então o que tem dentro de mim?

– Uma massa pura de energia maligna.

Os dois estavam no quarto de Eduardo.

– Apagou também nossas memórias?

– Não o selo fez vocês esquecerem aos poucos, nada foi apagado.

– Selo? Energia maligna? De onde vem tudo isso?

– Perpetua estancou seu ferimento desça logo para o café vou conversar com todos – Ícaro

começou a caminhar na direção da porta.

– O que fez com Victor?

– André Victor, esse é seu nome, ele está dormindo nesse momento.

E assim começava um novo dia.

– Todos se acomodem Ícaro já vem – pedia Perpetua na enorme sala do casarão.

– Existe mais alguma coisa sobre nós que não sabemos? – se manifestava Josi com um rosto

não tão agradável, parecia mais com cara de quem recentemente tivera sido feita de refém.

– Josi não fale assim, estamos apenas protegendo vocês.

– Protegendo exatamente do que Perpetua?

– Demônios – anunciou Ícaro descendo as escadas.

– Demônios? Está perturbado isso não existe.

– Há um dia também era impossível uma pessoa transformar-se em areia não? E eu fiz isso.

Naquele momento todos ficaram pasmos.

– Demônios são criaturas perversas, lembram-se das histórias que escutavam quando eram

crianças sobre Deus ter criado o mundo em sete dias, os anjos, Adão e Eva, Jô, Tobias,

histórias que a igreja nos conta.

– Essa besteira inteira é real? – perguntava Eduardo descendo as escadas atrás de Ícaro.

– Sim, tudo é real e não é besteira, eu sou um anjo.

– Não brinca? Isso é maneiro – falou Marcos.

– Onde estamos envolvidos nessa história? – perguntou Luke.

– Alguns de vocês são... Meio anjos.

– Meio anjos? – perguntou Carol.

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– Bem não sei se esse seria o termo apropriado mais é por ai Carol.

– Não consigo acreditar anjos?

– Bianca e todos vocês escutem, há dez anos ocorreu uma grande guerra entre anjos e

demônios, vários de ambos os lados foram extintos, meus mestres Aang e Izildo selaram

Lúcifer, mas agora esse tal Victor apareceu, é provável que alguns demônios tenham fugido

do campo de batalha e se escondido até agora, é disso que venho os protegendo esse tempo

todo. Ninguém garantiu com certeza que todos os demônios foram selados por Aang.

Eduardo ficou sentado nos degraus da escada.

– Ainda quero saber em qual parte entramos nisso tudo – perguntava Bianca.

– Como já disse vocês são meio anjos, Rafael o anjo mensageiro de Deus, deu o poder dos

anjos para várias almas humanas.

– Então todos nós possuímos poderes?

– Provavelmente. Aang antes de morrer selou a memória e o poder de muitas crianças e

jovens, ai todas as crianças daquela época foram trazidas pra cá e pra alguns outros lugares

aqui na terra, por exemplo, o convento onde Juliana estava é um exemplo. Com seus poderes

selados seria impossível um demônio os achar.

– O Essencial agora é nos contar toda essa história! Interveio Sendy.

– Está bem. No principio Deus criou o céu e a terra, contudo, o primeiro ser humano que

surgiu não foi Adão, e sim, Aang – começou Ícaro sentando-se no sofá.

– Quem é esse tal Aang?

– Calma, vou chegar lá. Aang foi o primeiro ser humano, a partir dele nasceu Adão e Eva.

Nessa época no paraíso os anjos criaram um salão chamado Mizar. Dentro desse salão estava

presente uma pequena bola prateada flutuando no ar, ela se chama Espírito Santo. Ao redor

do Espírito Santo tem duas estrelas, uma é a mizar azul, ela da origem às almas humanas, a

outra se chama mizar dourada que da origem às almas dos anjos.

– Qual é o processo?

– O Espírito Santo libera uma energia para as mizares que por sua vez vão produzir almas

humanas ou de anjos, depois as almas são enviadas a uma estátua onde recebem um corpo,

pelo menos com os anjos é assim. Com os humanos bem, só a parte da alma já dá.

– Qual a diferença de uma alma humana pra uma de um anjo?

– Dentro da mizar dourada existe uma pequena pedra chamada Divina Providencia, essa

pedra foi dada aos arcanjos por Deus, ela da poderes divinos pros anjos. Rafael o anjo

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mensageiro de Deus invadiu o salão mizar, quebrou uma lasca da Divina Providencia e

colocou na mizar azul, logo seres humanos nasceram com poderes espirituais.

– Então não são todos os seres humanos que possuem poderes, por que Rafael colocou na

mizar azul só uma lasca da Divina Providencia?

– Exato Sendy!

– Ele podia fazer isso?

– Não.

– Então por que ninguém retirou a lasca que ele colocou na mizar azul?

– Por que a lasca era tão pequena que ao entrar em contato com a mizar azul, ela virou poeira

e se fundiu totalmente a mizar dos humanos.

– Por que ele fez isso?

– Lúcifer estava ficando forte, então ele deu o poder dos anjos a alguns humanos pra nos

ajudarem nessa luta.

– Os humanos e anjos venceram e Lúcifer perdeu.

– Sim. Mas, com muitos sacrifícios.

– Onde está Lúcifer agora?

– Aang o humano mais velho do mundo morreu junto de meu mestre, Izildo, selando

Lúcifer, o mandando a outra dimensão.

– Não havia outros demônios?

– Sim, mas Aang ao selar Lúcifer transformou seu exercito em soldados de pedra e os lançou

de volta ao inferno. Mas o selo de Aang só pôde selar todos os demônios no campo de

batalha, ou seja, qualquer...

–... Demônio que não estivesse no campo de batalha não seria selado.

– Exato. Por isso a preocupação de mandar vocês a terra com seus poderes e memória

selados.

– Nos mandar a terra? Onde estávamos – perguntou Alice.

– Em Monte Castelo, na dimensão dos anjos. Foi lá que vocês nasceram, foi lá que os pais de

vocês morreram e foi lá que nós vencemos. Estamos em 2009, à guerra ocorreu em 1999. A

terra corria sérios riscos com a guerra. Monte Castelo fica acima da terra e do inferno, mas

abaixo do paraíso, se Monte Castelo fosse destruída, os restos dessa dimensão cairia na terra.

– Esse André Victor, é um demônio? – perguntou Gabriel.

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– Não. Ele tem a marca dos 666 no pulso, isso significa que ele é um humano que deu algo a

Lúcifer em troca de poderes demoníacos, em geral as pessoas dão a própria alma, ele eu não

sei o que deu.

– E por que não nos lembramos de nada se os selos foram rompidos?

– Bem, Aang no momento que selava Lúcifer, espalhou um selo pelo mundo pra selar os

poderes e a memória de todas as crianças e alguns adultos com poderes que pudessem ter

participado da guerra.

– Até os adultos não foram poupados.

– Na verdade, alguns humanos ajudaram os demônios nessa guerra, foi por isso que ele selou

o poder de alguns humanos, mas no caso de vocês que ainda são jovens, Aang pôde apagar

suas memórias. Ele queria apenas uma vida comum com segurança a todos.

– A maioria aqui tem 14 anos, eu ao contrário tenho 18, sou mais velha, como foi possível eu

esquecer tudo?

– Aang era muito forte. A única lembrança que eu acho que você deve ter é de Josi

segurando sua mão aos quatro anos, certo?

– Sim.

– Esse foi o dia que vocês assim como todo o resto do pessoal vieram pra cá.

– E no meu caso, o que houve comigo? Por que eu só vim agora pra cá? – manifestou-se

Juliana.

– Lúcifer queria controlar você na guerra devido aos seus poderes. Você tinha quatro anos

quando sua mãe foi assassinada por Lúcifer. O convento pro qual te enviaram não existe

aqui na terra, na verdade ele é uma dimensão paralela a terra, lá, todas as freiras são anjas.

Assim como lá e aqui existem outros lugares para crianças com poderes na terra.

– Eu tinha oito anos e Josi quatro – prosseguiu Sendy – Onde estão nossos pais Ícaro?

– Escutem todos. Isso vai ser duro mais os pais de todos vocês participaram dessa guerra do

Armageddon, vocês foram às únicas coisas preciosas que restaram deles.

O silêncio tomou conta da sala por um momento.

– E eu? O que era aquela coisa em mim?

– Lúcifer criou um super demônio feito de pedaços de demônios pra destruir o paraíso, ele se

chamava Teuilo. Dentro de você Eduardo, está selado Teuilo, ou melhor, você é o próprio

Teuilo. Quando eu liberei seu selo, desfiz parte do selo de Teuilo. André aproveitou e ajudou

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de alguma forma Teuilo a despertar dentro de você, eu consegui refazer o selo, seus poderes

espirituais vão ser liberados aos poucos, mas não se preocupe, Teuilo está sobre controle.

– Quanto tempo vai levar pra recuperarmos nossa memória por completo?

– Não sei, ela vai volta aos poucos, assim como o poder de vocês vai ser liberado devagar,

ou rapidamente dependendo de vocês. Mais é provável que não recordem de muitas coisas,

sinto muito.

– Isso foi muita informação – disse Gabriel – eu perdi até as perguntas que tinha pra fazer.

– Sim foi.

– Ícaro se temos poderes, qual são nossos poderes? – perguntou Beatriz.

– Querem vir comigo pra descobrir?

Nesse momento os rostos dos jovens se tornaram curiosos, bem melhor que tristes.

– Todos corram lá pra fora, no gramado – disse Ícaro – em linha horizontal à minha direção,

geralmente os poderes se manifestam na puberdade, fase na qual vocês se encontram agora.

– E como se descobrem os poderes? – perguntou Gabriel.

– Alguns descobrem na sala de aula, em casa, numa festa ou qualquer outro lugar...

– Harry Potter falou com uma cobra num zoológico – lembrou Bianca.

– Sim seria uma opção, mas geralmente os poderes manifestam-se na adrenalina – dizendo

isso Ícaro correu na direção de Josi e abriu suas asas – asas grandes e brancas que saíram de

dentro de sua costa – a levando para o céu entre as nuvens.

– Uau Ícaro aqui no céu é legal! – informou Josi.

– Sim, mas essa não é a adrenalina.

Ícaro soltou Josi do alto das nuvens.

– Ícaro você está louco?! – gritou Sendy na terra.

– Não, isso pode nos revelar os poderes de Josi – ele estava ao lado dela já em terra.

– Como chegou aqui tão rápido?

– Voando claro.

– Ah! – Josi caia em pura queda livre.

– Ícaro acho isso um exagero, sabe que podemos descobrir os poderes deles com as pílulas

dos anjos.

– Pílula dos anjos?

– Sim Alexandre, os anjos desenvolveram uma espécie especial de pílula pra despertar

rapidamente os poderes nos seres humanos.

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– Sim, tem a aura também. Existe uma espécie de poder chamada “visão angelical”, poucos

anjos desenvolvem esse poder nos olhos. Ele serve pra identificar os humanos com poderes.

Eu não sei usar isso, por esse motivo prefiro a adrenalina.

– Legal, mas sabe, Josi está mais perto do chão, você não poderia a pegar e dar a tal pílula

que Perpetua mencionou?

– E qual seria a graça?

– Eu vou te matar Ícaro! – esgoelava Josielma.

– É eu acho que a graça está acabando, vou pegar as pílulas. Disse Perpetua com um ar de

ironia.

...

Após a agitação alguns dos meninos e meninas estavam na sala.

– Vamos às explicações, vocês devem descobrir qual o poder de vocês e dominá-los –

anunciou o anjo. Suas asas estavam dentro da carne da costa.

– Sim eu preparei pílulas dos anjos pra vocês ela fará com que seus poderes sejam despertos

de maneira acelerada – Perpetua estava segurando uma pequena tigela com pílulas verdes

escuras dentro.

– Já ia esquecendo. Perpetua você também é uma anja? – perguntou Clara uma menina de

dez anos moradora da casa.

– Não Clara, sou uma velha amiga de Ícaro que sabe sobre a guerra, então resolvi o ajudar

no trabalho de cuidar de vocês.

– Alexandre venha aqui vamos testar as pílulas de Perpetua – pediu Ícaro.

O rapaz levantou do sofá da sala e foi até Perpetua.

Alexandre tinha 14 anos, moreno, olhos pretos, cabelos pretos e usava óculos.

– Eu não me dou bem com remédios.

– Não se preocupe ela faz bem, agora coma – disse Perpetua.

Alexandre esticou a mão pegou uma das pílulas verdes parecidas com folhas úmidas

amassadas – pareciam bolinhas de alga – em seguida jogando-a na boca gritou:

– Aaaiii. Essas pílulas são tão terríveis quando os sanduíches de alho com atum que Ícaro

come meia noite.

– Tum!

O som da face de Alexandre encontrando o chão soava.

– Não fale mal de meus sanduíches – replicava Ícaro com o pé em cima do rapaz.

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Josielma o acertou com um cascudo.

– Não toque no Alexandre, ele é meu marido – em seguida o ajudou a levantar.

– Agora nos resta esperar – replicou Perpetua. Ela abriu um sorriso meio maldoso – Quem

vai ser o próximo?

– Não – gritaram vários.

...

Já à noite Eduardo se rebatia na cama suando e gritando tendo pesadelos.

– Não!

Acordou o rapaz.

– Pesadelos, não? – perguntou alguém sentado na poltrona do quarto de Eduardo.

– Ícaro? Desde quando está sentado aqui perto?

– Há certo tempo. Então?

– Sim pesadelos com demônios. Faz parte da minha memória que deve estar voltando.

– Você sabe a diferença entre um demônio e um humano?

– Como?! – perguntou Eduardo com o olhar fixo de suspeita dirigido ao anjo.

– Eu poderia ser um demônio disfarçado de humano.

– E é?

– Não.

– Que bom.

– Vamos lá pra baixo? – disse Ícaro levantando indo em direção à porta.

– Mais ainda não amanheceu.

– Eu sei, contudo algumas pessoas também tiveram pesadelos, venha junte-se aos demais.

Eduardo ficou mais um tempo deitado na cama pensando em sua vida tão sucinta e ao

mesmo tempo conturbada.

– Ele também estava acordado – informava Ícaro chegando à sala onde se encontrará Josi e

Juliana sentadas no sofá, em outro sofá Alice estava sentada com a cabeça encostada no

ombro de Luke, Marcos estava sentado no chão espalhando um baralho.

– Um selo de dez anos, ele provavelmente deve ter acumulado grande quantidade de energia

espiritual – afirmava Perpetua em pé.

– Está aqui Josi e Juliana o café – vinha Sendy da cozinha com três canecas de café.

– Acho que mulheres deveriam tomar suco.

– Marcos não seja fresco, café ajuda a deixar as pessoas acordadas.

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– Que seja Sendy.

– Aquele menino o Eduardo não vem? – perguntava Juliana.

No quarto de Eduardo...

– É melhor eu descer – pensava Eduardo levantando da cama.

– Track!

A janela do quarto do rapaz se desfazia em diversos pedaços.

– Que som foi esse? – perguntou Perpetua.

– Eu acabei de vir lá de cima, o que será que está havendo? – Ícaro voltou correndo na

direção do quarto de Eduardo.

No quarto...

– Quem é você?

Uma mulher estava de pé em frente de Eduardo.

– Responda!

– Não grite comigo, além do mais uma pessoa prestes a morrer não precisa saber – disse a

mulher atingindo Eduardo com sua perna na barriga dele, em seguida segurou-o pelo

pescoço erguendo-o como um brinquedo.

– Droga! Que porra você quer?

– Tenha modos, eu vim apenas à procura de Ícaro, mas não posso deixar testemunhas de um

sequestro.

Aquela mulher estava com o rosto coberto por uma mascara, ela puxou uma arma diferente

que se a semelhava a um espeto de churrasco, mais de aço com a ponta quente.

– Ei solte-o.

Chegava o anjo.

– Ícaro? Ainda bem que veio logo – disse a intrusa.

– Me conhece? – perguntou Ícaro a desconhecida.

– Não importa tenho o deve de levá-lo comigo.

O comparsa de Konan, Kandachi saiu da sombra dela colocando um selo no peito de Ícaro

paralisando seu corpo.

– Quem são vocês?

– “Técnica de teletransporte” – Kandachi ao pronunciar essas palavras fez o corpo de Ícaro

ser sugado pelo selo e desaparecer.

– Foi bem rápido.

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– Melhor assim Konan, deixe esse pivete ele não nos serve pra nada.

Neste instante Clara que tinha o quarto ao lado do de Eduardo saiu pra ver o que ocorria.

– Essa menina usa um cordão igual o da Amélia? Será quê? Clara? – por detrás da máscara

Konan franziu a testa, e ficou assustada.

Clara possuía em seu pescoço um cordão de prata com a imagem de um anjo.

– Pare! Esqueça, vamos embora Konan.

Os dois começaram a sumir como poeira lançada ao vento.

– Eduardo! Como você está? – dizia Perpetua chegando ao andar de cima.

– Apareceram duas pessoas e eles levaram Ícaro.

Os dois desceram. Os que estavam acordados encontravam-se na sala.

– Então? – perguntou Luke.

– Então, o quê? – perguntou Perpetua.

– Nós não temos de salvar Ícaro?

– Luke não é tão fácil assim.

– Perpetua?!

– Desconhecidos estão aparecendo e nos atacando, vocês mal se lembram de alguma coisa,

nem sabem ainda qual o poder que possuem.

– E se pedirmos ajuda ao André? – sugeriu Eduardo.

– Eduardo?

– Ele foi capaz de fazer coisas bem impressionantes, comparado a nós.

– Seria arriscado demais – replicou Perpetua.

– Não existe algum selo ou qualquer coisa que possamos usar para controlá-lo?

– Talvez tenha algo assim, mas só Ícaro era capaz de usar esse selo na forma perfeita.

– Nós podemos tentar?

– Esse selo é complicado de controlar.

– Vamos tentar mesmo assim.

– Tem certeza?

– Temos outra escolha?

– Está bem eu vou preparar – cedeu Perpetua.

Algumas horas depois...

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Eduardo, Sendy e Luke estavam em um cômodo onde André encontrava-se em profundo

sono com o selo de Ícaro ainda em sua testa. Perpetua estava fazendo desenhos nos braços

pernas e sobre a boca de André Victor.

– Terminei.

– Vamos lá, comece – pediu Eduardo.

– Afastem-se.

Perpetua bateu a palma das duas mãos uma contra a outra e ao afastá-la apareceu um

desenho negro entre suas mãos que a mesma encostou ao peito de André, logo o mesmo

começou a se debater.

– O que está acontecendo? – perguntou Luke.

O desenho negro reluziu uma luz roxa e penetrou totalmente no peito de André foi quando

Perpetua caiu pra trás.

– Te peguei você – Luke a segurou.

– Obrigada Luke.

– Ah! – levantou André gritando com uma expressão de susto.

– Oi? Você está bem?

– André segurou Sendy pelo pescoço ao ela se aproximar dele.

– Solte-a! Ela só lhe fez uma pergunta.

– Cale a boca Eduardo.

– André a solte – disse Perpetua com um tom de seriedade.

– kkkk[risada de convencido] – Acha que vou obedecer ...?

O corpo de André começou a se mover de acordo com a vontade de Perpetua.

– Esse é?

– O “selo de controle corporal” desenvolvido por Ícaro.

– Sua maldita.

– Não reclame! Eu devia te matar depois do que tentou fazer.

– Então por que não o faz nesse momento?

– Precisamos da sua ajuda – disse Eduardo.

– O que é?

– Ícaro foi raptado.

– E você quem é?

– Eu me chamo Luke.

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– Ah sim agora me lembrei de ter batido em você.

– Sim meu estômago também se recorda desse acontecimento.

– Nós queremos que encontre Ícaro e o traga são e salvo – falou Perpetua.

– Caso contrário?

– Como caso contrário? Nós estamos o deixando vivo – Eduardo estava alterando sua voz.

– Mulher negra...

– Meu nome é Perpetua!

– Perpetua quem me garante que vocês não iram me matar depois que eu salvar Ícaro?

– Não sei de onde você veio André mais nossa palavra vale a pena – disse Sendy.

– Você é?

– Sendy.

– Sendy, sim, eu sou muito forte se me enganar eu vou achar um jeito de me vingar.

– Já disse que nossa palavra vale a pena.

– Então vai nos ajudar? – perguntou Luke.

– Sim, mas antes eu preciso saber o que vocês sabem sobre as pessoas que sequestraram o

casula e estou com fome.

– Vem comigo eu vou te contar – dizia Eduardo o puxando pelo braço.

– Não me segure, lembra? Minha raiva por você ainda não acabou.

– Está bem eu só queria ajudar.

André desceu da cama meio tonto em seguida foi atrás de Perpetua.

Já na cozinha...

– Ei Sendy me sirva.

– Sirva-se sozinho André.

– Eu acabei de sentar e vocês estão me controlando com esse selo, por favor! – sorria André.

– Não me mostre esse seu sorriso falso, ainda a pouco estava tentando me sufocar.

– Na verdade eu estava tentando quebra seu pescoço de uma única vez.

Sendy avançou com raiva na direção de André, porém foi interrompida por Perpetua.

– Sendy, por favor, faça isso provisoriamente? – pedia Perpetua.

– Ai, só por que eu estou de bom humor, não se acostume André.

Sendy e André se fitavam com um olhar de raiva.

– Ok, voltando ao assunto antes que vocês se matem, uma mulher entrou pela janela do meu

quarto Ícaro tentou me salvar e um cara apareceu e o levou.

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– Já sei Konan e Kandachi.

– Hm?

– Sim, Konan e Kandachi esses dois são a melhor dupla de assassinos que tem.

– Quer dizer?

– Não Luke, Ícaro ainda deve estar vivo, por isso Kandachi o levou, caso contrário teria logo

o matado.

– Como você pretende o encontrar? – perguntava Eduardo enquanto Sendy servia André.

– O quê? Vocês não tem pista nenhuma?

– Não por isso nos o acordamos.

– Ai, ai, ai. Eu pensei que vocês tinham algum rastreador.

– Não temos – disse Perpetua.

– Perpetua será que entre vocês não existe algum rastreador?

– André eles não tem tempo para treinar!

– Eu ia apenas fazer o poder deles sair do controle dessa maneira poderíamos saber o que

cada um pode fazer.

– O que sugere então? – perguntou Eduardo.

– Jorge, a tartaruga.

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