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  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    TROL

    Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    Clementina Olivia da Cunha Moreira da Hora

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  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    DIREO SUPERIOR Chanceler Joaquim de Oliveira

    Reitora Marlene Salgado de Oliveira

    Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira

    Pr-Reitor de Planejamento e Finanas Wellington Salgado de Oliveira

    Pr-Reitor de Organizao e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira

    Pr-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira

    Pr-Reitora Acadmica Jaina dos Santos Mello Ferreira

    Pr-Reitor de Extenso Manuel de Souza Esteves DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTNCIA Diretor Charlston Jos de Sousa Assis

    Assessora Andrea Jardim

    Coordenadora Geral de Ps-Graduao Maria Alice Correa Ribeiro

    FICHA TCNICA Texto: Clementina Olvia da Cunha Moreira da Hora

    Reviso Ortogrfica: Walter P. Valverde Jnior

    Projeto Grfico e Editorao: Andreza Nacif, Antonia Machado, Eduardo Bordoni , Fabrcio Ramos, Marcos

    Antonio Lima da Silva e Ruan Carlos Vieira Fausto

    Superviso de Materiais Instrucionais: Janaina Gonalves de Jesus

    Ilustrao: Eduardo Bordoni e Fabrcio Ramos

    Capa: Eduardo Bordoni e Fabrcio Ramos COORDENAO GERAL: Departamento de Ensino a Distncia

    Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niteri, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Universo Campus Niteri

    Bibliotecria: Ana Marta Toledo Piza Viana

    CRB 7/2224

    Departamento de Ensino a Distncia - Universidade Salgado de Oliveira

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma

    ou por nenhum meio sem permisso expressa e por escrito da Associao Salgado de Oliveira de Educao e Cultura, mantenedora

    da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

    H811f Hora, Clementina Olivia da Cunha Moreira da. Fundamentos tericos e metodolgicos dos anos iniciais / Clementina

    Olvia da Cunha Moreira da Hora ; reviso de Walter P. Valverde Jnior. 1.ed. Niteri, RJ: EAD/UNIVERSO, 2011.

    118 p. : il

    ISBN:

    1. Educao e Estado. 2. Ensino fundamental - Currculo - Brasil. 3. Educao - Avaliao - Brasil. 4. Poltica educacional. 4. Ensino - Legislao. I. Valverde Jnior, Walter P. II. Ttulo.

    CDD 379.81

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    Palavra da Reitora

    Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo,

    exigente e necessitado de aprendizagem contnua, a Universidade Salgado de

    Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO Virtual, que rene os diferentes

    segmentos do ensino a distncia na universidade. Nosso programa foi

    desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experincias do gnero

    bem-sucedidas mundialmente.

    So inmeras as vantagens de se estudar a distncia e somente por meio

    dessa modalidade de ensino so sanadas as dificuldades de tempo e espao

    presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu prprio

    tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se

    responsvel pela prpria aprendizagem.

    O ensino a distncia complementa os estudos presenciais medida que

    permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo

    momento ligados por ferramentas de interao presentes na Internet atravs de

    nossa plataforma.

    Alm disso, nosso material didtico foi desenvolvido por professores

    especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade so

    fundamentais para a perfeita compreenso dos contedos.

    A UNIVERSO tem uma histria de sucesso no que diz respeito educao a

    distncia. Nossa experincia nos remete ao final da dcada de 80, com o bem-

    sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo

    de atualizao, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualizao,

    graduao ou ps-graduao.

    Reafirmando seu compromisso com a excelncia no ensino e compartilhando

    as novas tendncias em educao, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o

    programa e usufruir das vantagens que o estudar a distncia proporciona.

    Seja bem-vindo UNIVERSO Virtual!

    Professora Marlene Salgado de Oliveira

    Reitora

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    Sumrio

    1. Apresentao da disciplina ................................................................................................... 07

    2. Plano da disciplina.................................................................................................................... 09

    3. Unidade 1 Aspectos Legais do Primeiro Segmento do Ensino

    Fundamental......................................................................................................................................... 11

    4. Unidade 2 Parmetros Curriculares Nacionais .......................................................... 29

    5. Unidade 3 O Ensino Fundamental de 09 Anos ......................................................... 57

    6. Unidade 4 Planejamento e Avaliao dos Anos Iniciais ........................................ 77

    7. Consideraes finais ................................................................................................................ 99

    9. Conhecendo a autora.............................................................................................................. 101

    10. Referncias .................................................................................................................................. 103

    11. Anexos........................................................................................................................................... 105

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Apresentao da Disciplina

    Caro aluno

    A disciplina de Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais a

    base do conhecimento sobre a Matriz Curricular referente ao primeiro segmento

    do Ensino Fundamental.

    A disciplina ser o ponto norteador sobre os estudos dos Fundamentos Legais

    e Normativos da Educao e os Parmetros Curriculares Nacionais, em que as

    questes referentes ao seu conhecimento, sua reflexo e aos seus

    desenvolvimentos sero estudados, visando oferecer aos futuros professores um

    conhecimento mais especfico voltado para as atribuies da legislao, escolha de

    contedos de acordo com os nveis de escolaridade e todo o processo de avaliao

    referente a essa faixa de segmento do ensino.

    O contedo a ser estudado uma sntese organizacional da LDB, dos

    Parmetros Curriculares Nacionais e da Port. N 48 sobre Avaliao da

    Aprendizagem e encontra-se distribudo em 04 unidades.

    Cada unidade est fundamentada nos aspectos conceituais dos Parmetros

    Legais.

    Acreditando que toda a transformao s ser efetiva atravs de uma

    educao de qualidade, essa disciplina tem a finalidade de orientar aos futuros

    professores sobre os aspectos que regem os anos iniciais do ensino fundamental.

    Bons estudos

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Plano da Disciplina

    A disciplina Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais tem como principal objetivo contribuir para a formao do pedagogo, do aluno de pedagogia ou de licenciatura, apresentando os princpios bsicos e uma viso global sobre os fundamentos e as metodologias que regem os anos iniciais de escolaridade sob os aspectos legais.

    Trata-se de uma disciplina fundamental na formao acadmica do aluno, porque favorece a articulao entre o conhecimento terico e a prtica educativa.

    A disciplina foi dividida em quatro unidades com o objetivo de facilitar a compreenso dos contedos.

    Apresentaremos cada unidade, enfatizando seus objetivos, para que voc tenha uma viso ampla daquilo que estudar em detalhes.

    Unidade 1 - Aspectos Legais do Primeiro Segmento do Ensino

    Fundamental.

    Em nossa primeira unidade, estudaremos os aspectos Legais do Primeiro

    Segmento do Ensino Fundamental as noes fundamentais da Legislao e o

    Histrico do Marco Educacional.

    Objetivo: Compreender os aspectos legais que regem a educao brasileira

    no que se refere ao primeiro segmento do ensino fundamental de acordo com os

    fundamentos legais e normativos da educao brasileira. LDB. N. 9394 / 96.

    Unidade 2 - Parmetros Curriculares Nacionais.

    Em nossa segunda, unidade vamos estudar os Parmetros Curriculares

    Nacionais e a importncia do Conhecimento Escolar Atravs da Organizao dos

    Temas transversais.

    Objetivo: Conhecer os critrios que devem ser dominados pelos alunos, para

    que se tornem cidados plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em

    nossa sociedade.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Unidade 3 O Ensino Fundamental de 09 anos.

    Em nossa terceira unidade, vamos estudar os anos Iniciais, a Portaria SAAP . N

    48/ 2004, o desenvolvimento dos conceitos, tcnica de abordagem pedaggica, a

    importncia da alfabetizao e a importncia da famlia para o desenvolvimento do

    aluno.

    Objetivo: Definir as prioridades sobre o ensino fundamental de 09 anos, dando

    prioridade aos anos iniciais.

    Unidade 4 Planejamento e Avaliao dos anos Iniciais

    E para finalizar, em nossa ltima unidade, estudaremos a avaliao nas sries

    iniciais, roteiro para elaborao de relatrios e instrumentos de avaliao.

    Objetivo: Compreender as diretrizes que orientam o processo avaliativo das

    sries iniciais

    Bons Estudos

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Aspectos Legais do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental

    Noes fundamentais da legislao.

    Histrico do marco educacional.

    1

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    Nesta unidade, estudaremos as questes pertinentes s normas, legislao e

    aos aspectos histricos da educao fundamental para que o futuro professor

    conhea a importncia dos regimentos educacionais.

    Objetivos da unidade:

    Compreender os aspectos legais que regem a educao brasileira no

    que se refere ao primeiro segmento do ensino fundamental de acordo com os fundamentos legais e normativos da educao brasileira. LDB. N. 9394 / 96.

    Plano da Unidade:

    Noes fundamentais da legislao. Histrico do marco educacional.

    Bons estudos

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    A Educao brasileira estruturada por normas e regimentos definidos pela

    Lei de Diretrizes e Bases da Educao. Por esse motivo, antes de iniciarmos

    qualquer contedo pertinente aos anos iniciais do ensino fundamental, temos que

    ter o conhecimento do que rege a legislao.

    Noes Fundamentais da Legislao

    A LDB dispe sobre todos os aspectos do sistema

    educacional, dos princpios gerais da educao escolar s

    finalidades, recursos financeiros, formao e diretrizes para

    a carreira dos profissionais do setor.

    A LDB tem sido constantemente aprimorada. Exemplo

    recente a ampliao do ensino fundamental para nove

    anos com matrcula obrigatria aos seis anos de idade ( Lei

    n 11.274/2006)

    A LDB atual foi apresentada ao Senado, sobre o texto

    do Senador Darcy Ribeiro, por essa razo a LDB n

    9.394/1996, tambm ficou conhecida como Lei Darcy

    Ribeiro.

    Muitas pessoas ainda tm dvidas no que se refere s definies sobre a

    educao. Vamos relembrar?

    Educao processo de desenvolvimento, envolvendo a formao humana, tendo em vista a orientao de sua interao humana, com o meio social diante de um determinado contexto.

    Educao Escolar compreende em: Educao Bsica e Ensino Superior. A

    Educao Bsica, por sua vez, compreende em Educao Infantil. Ensino Fundamental e Ensino Mdio. J o Ensino Fundamental organizado da seguinte forma: Ensino Fundamental 1 segmento - do 1 ao 5 ano de escolaridade. Ensino Fundamental 2 segmento - do 6 ao 9 ano de escolaridade.

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    O que iremos estudar neste material referente aos Anos Iniciais que

    corresponde ao Ensino fundamental no 1 segmento.

    Veja o que diz a LDB:

    LEI n. 9.394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

    TTULO I

    DA EDUCAO Art.1. A Educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais. 1 Esta lei disciplina a educao escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituies prprias. 2 A educao escolar dever vincular-se ao mundo do trabalho e prtica tica social.

    EDUCAO BSICA. Art. 22. A educao bsica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 23. A educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no seriados, com base na idade, na competncia e em outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. 1A escola poder reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferncias entre estabelecimentos situados no Pas e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. 2 O calendrio escolar dever adequar-se s peculiaridades locais, inclusive climticas e econmicas, a critrio do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o nmero de horas letivas previsto nessa lei.

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    Art. 24. A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horria mnima anual ser oitocentas horas, distribudas por um mnimo de duzentos fias de efetivo trabalho escolar, excludo o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II - a classificao em qualquer srie ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a srie ou fase anterior, na prpria escola; b) por transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas;

    c) independentemente de escolarizao anterior, mediante a avaliao feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experincia do candidato e permita sua inscrio na srie ou etapa adequada, conforme regulamentao do respectivo sistema de ensino;

    III nos estabelecimentos que adotam a progresso regular por srie, o regimento escolar pode admitir formas de progresso parcial, desde que preservada a seqncia do currculo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV podero organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sries distintas, com nveis equivalentes de adiantamento na matria, para o ensino de lnguas estrangeiras, artes ou outros componentes curriculares; V a verificao do rendimento escolar observar os seguintes critrios: a) avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante verificao do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concludos com xito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia paralelos ao perodo letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituies de ensino em seus regimentos;

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    VI o controle de freqncia fica a cargo da escola, conforme o dispositivo no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqncia mnima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovao. VII cabe a cada instituio de ensino expedir histricos escolares, declaraes de concluso de srie e diplomas ou certificados de concluso de cursos, com as especificaes cabveis. Art. 25. Ser objetivo permanente das autoridades responsveis alcanar relao adequada entre o nmero de alunos e o professor, a carga horria e as condies materiais do estabelecimento. Pargrafo nico. Cabe ao respectivo sistema de ensino, vista das condies disponveis e das caractersticas regionais e locais, estabelecer parmetros para atendimento do dispositivo neste artigo. Art. 26 . Os currculos do ensino fundamental e mdio devem ter por base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma base diversificada, exigida pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. 1 Os currculos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente o estudo da lngua portuguesa e da matemtica, o conhecimento do mundo fsico e natural e da realidade social e poltica, especialmente do Brasil. 2 O ensino da arte constituir componente obrigatrio, nos diversos nveis da educao bsica, de formao a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. 3 A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricular obrigatrio da educao bsica, sendo sua prtica facultativa ao aluno: I - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas. II maior de trinta anos de idade; III que estiver estiver prestando servio militar inicial ou que, em situao similar, estiver obrigado prtica da educao fsica; IV amparado pelo Decreto-Lei n 1.044, de 21 de outubro de 1969; V - ( vetado); VI que tenha prole. 4 O ensino da Histria do Brasil levar em conta as contribuies das diferentes culturais e etnias para a formao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indgena, africana e europia.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    5 Na parte diversificada do currculo ser includo, obrigatoriamente, a partir da quinta srie ( sexto ano), o ensino de pelo menos uma lngua estrangeira moderna, cuja escolha ficar a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituio. 6 A msica dever ser contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do componente curricular de que trata o 2 deste artigo. Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio, pblicos e privados,torna-se obrigatrio o estudo da histria e cultura afro-brasileira e indgena. 1 O contedo programtico a que se refere este artigo incluir diversos aspectos da histria e da cultura que caracterizam a formao da populao brasileira, a partir desses dois grupos tnicos, tais como o estudo da histria da frica e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indgenas no Brasil, a cultura negra e indgena brasileira e o negro e o ndio na formao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuies nas reas social, econmica e poltica, pertinentes a histria do Brasil.

    2 Os contedos referentes a histria e cultura afro-brasileira e dos povos indgenas brasileiros sero ministrados no mbito de todo o currculo escolar, em especial nas reas de educao artstica e de literatura e histria brasileiras.

    Art. 27 Os contedos curriculares da educao bsica observaro, as seguintes diretrizes:

    I - a difuso de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidados, de respeito ao bem comum e ordem democrtica.

    II - considerao das condies de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento.

    III orientao para o trabalho.

    IV promoo do desporto educacional e apoio s prticas desportivas no formais.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Art. 28 Na oferta da educao bsica a populao rural, os sistemas de ensino promovero as adaptaes necessrias sua adequao s peculiaridades da vida rural e de cada regio, especialmente:

    I contedos curriculares e curriculares e metodolgicos apropriadas s reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;

    II organizao escolar prpria, incluindo adequao do calendrio escolar s fases do ciclo agrcola e s condies climticas.

    III adequao natureza do trabalho na zona rural.

    Seo II

    Da Educao Infantil

    Art 29. A educao infantil, primeira etapa da educao bsica, tem finalidade o desenvolvimento integral da criana at seis anos de idade, em seus aspectos fsicos, psicolgicos, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.

    Art. 30 . A educao infantil ser oferecida em:

    I - creches, ou entidades equivalentes, para crianas de at trs anos de idade.

    II pr-escolas, para crianas de quatro a seis anos de idade.

    Art .31. Na educao infantil a avaliao far-se- mediante acompanhamento e registros do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

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    Seo III

    Do Ensino Fundamental

    Art. 32. O ensino fundamental obrigatrio, com durao de nove anos, gratuito na escola pblica, iniciando-se aos seis anos de idade, ter por objetivo a formao bsica do cidado, mediante:

    I- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios bsicos o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo.

    II- A compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

    III- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e valores;

    IV- O fortalecimento dos vnculos da famlia, dos laos de solidariedade humana e a tolerncia recproca em que se assenta a vida social.

    1 facultativa aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 2 Os estabelecimentos que utilizam progresso regular por srie podem adotar no ensino fundamental o regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. 3 O ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada s comunidades indgenas a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem. 4 O ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia utilizado como complementao da aprendizagem ou em situaes emergenciais. 5 O currculo do ensino fundamental incluir, obrigatoriamente, contedo que trate dos direitos das crianas e dos adolescentes, tendo com diretriz a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da criana e do Adolescente, observada a produo e distribuio de material didtico adequado. Art. 33. O ensino religioso, de matricula facultativa, parte integrante da formao do cidado e constitui disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de ensino fundamental, assegurado o respeito diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    1 Os sistemas de ensino regulamentaro os procedimentos para a definio dos contedos do ensino religioso e estabelecero as normas para habilitao e admisso dos professores. 2 Os sistemas de ensino ouviro entidade civil, constituda pelas diferentes denominaes religiosas, para a definio dos contedos do ensino religioso. Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o perodo de permanncia na escola. 1 So ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organiza0 autorizadas nesta lei. 2 O ensino fundamental ser ministrado progressivamente em tempo integral, a critrio dos sistemas de ensino.

    Essas informaes so imprescindveis para que o futuro docente prossiga seus estudos, porque nada se estabelece sem uma formao padronizada e para que isso acontea o conhecimento sobre legislao fundamental.

    Histrico do Marco Educacional

    Constituio ato ou efeito de constituir. a Lei fundamental num Estado, que contm normas sobre a formao dos poderes pblicos, direitos e deveres dos cidados.

    Para compreender a funo social da escola, importante situ-la no mundo moderno, observando os mltiplos papis exercidos ao longo do tempo.

    Independente de suas modificaes no decorrer da histria, a escola foi a instituio que a humanidade criou para socializar o saber sistematizado. Isso significa dizer que o lugar onde, por princpio, veiculado o conhecimento que a sociedade julga necessrio transmitir s novas geraes.

    Como surgiu a escola?

    A escola para crianas e jovens, como hoje a conhecemos, tem a presena

    recente na histria da humanidade. verdade que, desde um passado remoto,

    existia a tarefa de transmitir s novas geraes o conhecimento sistematizado e as

    normas de convivncia consideradas necessrias aos mais jovens. J na

    Antiguidade, tanto em Roma como na Grcia, a preocupao com a formao

    cultural daqueles que iriam constituir as camadas dirigentes estava presente.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Foi apenas h cerca de 200 anos, com os ideais da Revoluo Francesa e

    da democracia americana, que a escola passou a ser compreendida como uma

    instituio importante, no apenas para os filhos das elites como para os filhos das

    camadas trabalhadoras. Essas mudanas polticas resultantes de movimentos

    revolucionrios tiveram influncia sobre a funo social da escola.

    Educao no Brasil

    De maneira geral, pode-se dizer que, os nossos primeiros educadores

    foram os jesutas. Houve desde o incio muito improviso em nossa educao, e a

    oferta de matrculas era precria.

    A Constituio do Imprio outorgada pela coroa 1824, estabelecia que a

    instruo primria seria gratuita, porm s veio a se modificar j na Repblica, no

    incio do sculo XX, por volta dos anos 20 e 30. At ento, as escolas, quando

    existiam, sobreviviam s custas de iniciativas isoladas.

    Em nossa histria, tem sido frequente o descompasso entre as

    determinaes legais e o que ocorre em termos de oferta escolar. A Constituio de

    1824, por exemplo, previa a educao gratuita para todos os cidados, mas no

    havia escolas para todos, muito menos gratuita. A Constituio de 1988, por sua

    vez, determinou que, durante os dez primeiros anos da promulgao, pelo menos

    50% das receitas resultantes de impostos aplicados em educao seriam utilizados

    para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental (art. 60 das

    Disposies Transitrias). Embora nossos indicadores educacionais tenham

    melhorado bastante, dez anos depois da promulgao da Constituio de 1988

    ainda no se universalizaram o ensino fundamental em todas as unidades da

    federao tampouco o analfabetismo foi eliminado.

    Embora a Repblica tivesse sido proclamada em fins do sculo XIX

    (1889), somente a partir dos anos 20 e 30 do sculo XX que as coisas comearam

    a mudar no campo educacional. Isso tem a ver com as outras transformaes que

    aconteceram na vida brasileira, algumas ocasionadas por fatores externos. Esses

    fatores ocorreram na esfera cultural, econmica, poltica e educacional e acabaram

    por influenciar todo o processo social do Brasil.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Dcadas de 20 e 30: Eventos Importantes 1922 - Semana de Arte moderna (cultura) 1929- Queda da Bolsa de Nova York (economia ) 1930 - Revoluo de 1930 (poltica) 1930 - Fundao do Ministrio da Educao (educao) 1932- Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova (educao) 1934 - Incorporada a Constituio de 1934 a gratuidade obrigatria do

    ensino primrio.

    1937- Incio do Estado Novo.

    No Brasil, desde o comeo de nossa histria, temos a forte tradio de

    uma escola para poucos. Essa situao comearia a mudar j no sculo XX, depois

    da Proclamao da Repblica. Ainda assim, por muito tempo, a escola exerceu (em

    alguns lugares ainda exerce) uma funo social excludente, ou seja: a escola

    atendia apenas uma pequena parcela, a camada mais rica da populao.

    Hoje temos o projeto Educao Para Todos, o que prev exterminar com

    esse tipo de educao.

    A LDB Lei de Diretrizes e Bases.

    A LDB complementa a Constituio, reiterando os dispositivos constitucionais em seus ttulos introdutrios (da Educao, dos Princpios e fins da Educao Nacional e do Direito Educao e do Dever de Educar).

    Em 1961, tivemos a nossa primeira lei de Diretrizes e Bases da Educao, de mbito Nacional a LDB ( Lei n 4.024/1961).

    Em 1968, tivemos a Lei n 5.540/1968, que desencadeou a Reforma Universitria.

    Em 1971, tivemos a Lei n 5.692/1971, que reformou o ensino primrio e secundrio, ampliando a oferta da escolaridade obrigatria de 04 para 08 anos, instituindo o ensino de 1 e 2 graus e propondo a profissionalizao do ensino.

    Em 1996 , mais precisamente em 20 dezembro de 1996, foi promulgada a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao, conhecida tambm por Lei Darcy Ribeiro.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    23

    At dezembro de 1996, o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos pela Lei Federal n. 5.692 de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as Diretrizes e Bases da Educao Nacional, estabeleceu ao educando como objetivo geral, tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino mdio, uma formao necessria para o desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de autorrealizao, preparao para o trabalho e para o exerccio da cidadania.

    Tambm generalizou as disposies bsicas sobre o currculo, estabelecendo o ncleo comum obrigatrio em mbito nacional para o ensino fundamental e mdio. Manteve tambm uma parte diversificada a fim de contemplar as peculiaridades locais, as especificidades dos planos dos estabelecimentos de ensino e as diferenas individuais dos alunos.

    Coube aos Estados a formao de propostas curriculares que serviriam de base s escolas estaduais municipais e particulares situadas em seu territrio, compondo, assim, seus respectivos sistemas de ensino.

    Tendo em vista o quadro atual da educao no Brasil e os compromissos assumidos internacionalmente, o Ministrio da Educao e do desporto coordenam a elaborao do Plano Decenal de Educao Para todos (1993-2003).

    Podemos observar que todo o processo educacional devidamente planejado e que os contedos disponibilizados para aplicao so elaborados atravs de orientaes pedaggicas baseadas nos Parmetros Curriculares Nacionais. At a elaborao dos contedos dos livros didticos so conferidos para saber se esto inseridos nos critrios estabelecidos.

    Observamos tambm que alguns acadmicos de pedagogia e licenciatura ainda apresentam uma resistncia, quando tem que estudar as disciplinas ligadas aos contedos legais e normativos. Porm quando iniciam a sua vida profissional em uma instituio de ensino que comeam a dar valor, pois esses conhecimentos so imprescindveis para o profissional de educao, inclusive fazendo parte dos contedos exigidos para a aprovao de Concursos Pblicos.

    Ao finalizarmos essa unidade, conclumos sobre a importncia dos conhecimentos Legais e Normativos referentes educao bsica, mais precisamente sobre o ensino fundamental, em que o professor tem que possuir um conhecimento sobre todos esses aspectos, para que possa planejar os contedos de suas aulas de forma atrativa e consciente no que diz respeito legislao.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    24

    Leitura Complementar

    Decreto-Lei n 1.044, de 21 de outubro de 1969

    Lei n 11.274/2006

    Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990.

    Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

    hora de se avaliar

    Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas iro ajud-lo

    a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-

    aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie

    atravs do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

    Agora que o processo legislativo e histrico foram esclarecidos,

    estudaremos os Parmetros Curriculares Nacionais referentes aos cinco primeiros anos da Educao Fundamental.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    25

    Exerccios- unidade 1

    1) A Educao brasileira estruturada por normas e regimentos definidos pela Lei

    de Diretrizes e Bases da Educao (LDB). Apesar do processo de elaborao da Lei

    ter tramitado na Cmara dos Deputados durante cerca de 08 anos, em meio a

    debates intensos, o texto da LDB ( Lei n 9.394/96, finalmente foi aprovado em 20

    /12/19996, resultou de um projeto isolado, elaborado rapidamente e apresentado

    ao Senado por:

    a) Florestan Fernandes.

    b) Octvio Elsio.

    c) Carlos Sant Anna.

    d) Darcy Ribeiro.

    e) Jorge Hage.

    2) A educao visa preparar o indivduo para o presente e para o futuro. Para

    formar indivduos flexveis e sintonizados com o mundo, levando em conta, ao

    mesmo tempo, a diversidade do grupo e a individualidade de cada grupo. Assim, a

    Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, n 9.394/96, prev a composio da

    educao escolar nos seguintes nveis:

    a) educao infantil, ensino fundamental, ensino mdio e ensino superior.

    b) educao bsica e ensino mdio.

    c) ensino fundamental e ensino mdio.

    d) educao bsica e educao superior.

    e) ensino mdio e ensino superior.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    26

    3) A educao bsica compreende:

    a) Educao infantil, ensino fundamental e ensino mdio.

    b) Ensino fundamental e ensino superior.

    c) Educao infantil e ensino mdio.

    d) Educao infantil e ensino fundamental.

    e) Ensino mdio e ensino superior.

    4) De acordo com a Lei 11,274/2006 que alterou o artigo 32 a Lei 9394/96, o ensino

    fundamental e mdio, respectivamente, tem durao de:

    a) 4 anos e 3 anos.

    b) 9 anos e 3 anos.

    c) 4 anos e 8 anos.

    d) 6 anos e 2 anos.

    e) 3 anos e 8 anos.

    5) De acordo com o art. 32, sobre o Ensino Fundamental obrigatrio, com durao

    de 09 anos, ele dever ser gratuito na escola pblica, iniciando-se aos seis anos de

    idade, e ter por objetivo a formao bsica do cidado mediante:

    a) o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

    bsicos o pleno domnio somente da leitura.

    b) a compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da

    tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

    c) o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

    aquisio de conhecimentos e habilidades e formao de atitudes e

    valores.

    d) o fortalecimento dos vnculos da famlia, dos laos de solidariedade

    humana e tolerncia recproca em que se assenta a vida social.

    e) A alternativa (a) a nica alternativa INCORRETA.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    27

    6) Marque a alternativa INCORRETA.

    a) O ensino religioso, de matrcula facultativa, parte integrante da

    formao do cidado e constitui disciplina dos horrios normais das

    escolas pblicas de ensino fundamental, assegurando o respeito

    diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

    proselitismo.

    b) A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menos 08 horas de

    trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o

    perodo de permanncia na escola.

    c) O ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa,

    assegurada s comunidades indgenas a utilizao de suas lnguas

    maternas e processos prprios de aprendizagem.

    d) O ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia

    utilizado como complementao da aprendizagem ou em situaes

    emergenciais.

    e) O currculo do ensino fundamental incluir, obrigatoriamente, contedo

    que trate dos direitos das crianas e dos adolescentes, tendo como

    diretriz Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da

    criana e do Adolescente, observada a produo e distribuio de

    material didtico adequado.

    7) At dezembro de 1996, o ensino fundamental, esteve estruturado nos termos

    previstos pela Lei Federal n :

    a) Lei n 11.271/2006.

    b) Lei n 4.024/1961.

    c) Lei n 5.540/1968.

    d) Lei n 9.934/1996.

    e) Lei n 5.692/ 1971.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    28

    8) A parte diversificada consiste em :

    a) contemplar as peculiaridades locais, somente.

    b) contemplar as peculiaridades locais as especificidades dos planos dos

    estabelecimentos de ensino e as diferenas individuais dos alunos.

    c) contemplar somente as diferenas individuais.

    d) Nenhuma das alternativas.

    e) Disponibilizar disposies bsicas sobre o currculo.

    9- Disserte sobre as principais caractersticas da LDB.

    10- Disserte sobre o Projeto Pedaggico, suas dimenses e misso.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    29

    Parmetros Curriculares Nacionais

    A orientao proposta nos parmetros curriculares.

    A importncia do conhecimento escolar atravs da organizao dos

    temas transversais.

    2

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    30

    Em nossa segunda unidade, estudaremos os critrios referentes distribuio

    dos contedos a serem aplicados nas sries iniciais, de acordo com os objetivos

    propostos nos Parmetros Curriculares Nacionais, que concretizam as intenes

    educativas em termos de capacidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos

    ao longo da escolaridade.

    Objetivos da unidade:

    Conhecer os critrios que devem ser dominados pelos alunos, para que se tornem cidados plenamente reconhecidos e conscientes de

    seu papel em nossa sociedade.

    Plano da Unidade:

    A orientao proposta nos parmetros curriculares. A importncia do conhecimento escolar atravs da organizao dos

    temas transversais.

    Bons estudos

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    31

    Os Parmetros Curriculares Nacionais do 1 ao 5 ano foi um trabalho

    elaborado e discutido com educadores de todo o pas com o objetivo de atualizar e

    dar nova viso educao fundamental.

    Sabemos que responsabilidade da escola oferecer uma educao de

    qualidade e para que isso se concretize ela tem que estar preparada. A escola tem

    que ser um espao vivo, dinmico, flexvel, tem que atender aos PCNS e s

    propostas educacionais a fim de organizar todo o contedo a ser ministrado em

    sala de aula, entendendo que tudo o que acontece no espao escolar faz parte do

    processo educativo.

    A escola responsvel pela transmisso dos valores da cidadania em cada

    pequeno ato. A responsabilidade dos professores tambm muito grande, pois

    eles so os condutores desse processo de transmisso e transformao do saber.

    Ainda atuam como mediadores das prticas e vivncias dos alunos apoiando-os na

    convivncia solidria e produtiva.

    Para compreender a natureza dos Parmetros Curriculares Nacionais,

    necessrio situ-los em relao a quatro nveis de concretizao curricular

    considerando a estrutura do sistema educacional brasileiro. Tais nveis no

    representam etapas sequenciais, mas sim amplitudes distintas da elaborao de

    propostas curriculares, com responsabilidades diferentes, que devem buscar uma

    integrao e, ao mesmo tempo, autonomia.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    32

    Os Parmetros Curriculares Nacionais constituem o primeiro nvel de

    concretizao curricular. So uma referncia nacional para o ensino fundamental;

    estabelecem uma meta educacional para a qual devem convergir as aes polticas

    do Ministrio da Educao e do Desporto, tais como os projetos ligados sua

    competncia na formao inicial e continuada de professores, anlise e compra

    de livros e outros materiais didticos e avaliao nacional. Tm funo subsidiar a

    elaborao ou reviso curricular dos Estados e Municpios, dialogando com as

    propostas e experincias j existentes, incentivando a discusso pedaggica

    interna das escolas e a elaborao dos projetos educativos, assim como servir de

    material de reflexo para a prtica de professores.

    Apesar de apresentar uma estrutura curricular completa, os Parmetros

    Curriculares Nacionais so abertos e flexveis, uma vez que, por sua natureza,

    exigem adaptaes para a construo do currculo de uma Secretaria ou mesmo

    uma escola. Tambm pela natureza, eles no se impem como uma diretriz

    obrigatria: o que se pretende que ocorram adaptaes, por meio do dilogo,

    entre estes documentos e as prticas j existentes, desde as definies dos

    objetivos at as orientaes didticas para a manuteno de um todo coerente.

    Os Parmetros Curriculares Nacionais esto situados historicamente; no so

    princpios atemporais. Sua validade depende de estarem em consonncia com a

    realidade social, necessitando, portanto, de um processo peridico de avaliao e

    reviso, a ser coordenado pelo MEC.

    O segundo nvel de concretizao diz respeito s propostas curriculares dos

    Estados e Municpios. Os Parmetros Curriculares Nacionais podero ser utilizados

    pelas Secretarias de Educao, em processo definido pelos responsveis em cada

    local.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    33

    O terceiro nvel de concretizao refere-se elaborao da proposta curricular

    de cada instituio escolar, contextualizada na discusso de seu projeto educativo.

    Endente-se por projeto educativo a expresso da identidade de cada escola em um

    processo dinmico de discusso, reflexo e elaborao contnua. Esse processo

    deve contar com a participao de toda a equipe pedaggica, buscando

    comprometimento de todos com o trabalho realizado, com os propsitos

    discutidos e com a adequao de tal projeto as caractersticas sociais e culturais da

    realidade em que a escola esta inserida.

    O quarto nvel de concretizao curricular o momento da realizao da

    programao das atividades de ensino aprendizagem na sala de aula. quando o

    professor, segundo as metas estabelecidas na fase de concretizao anterior, faz

    sua programao, adequando-a quele grupo especfico de alunos. A programao

    deve garantir uma distribuio planejada de aulas, distribuio dos contedos

    segundo um cronograma referencial, definio das orientaes didticas

    prioritrias, seleo do material a ser utilizado, planejamento de projetos e sua

    execuo.

    No contexto da proposta dos Parmetros Curriculares Nacionais, se concebe a

    educao escolar como uma prtica que tem a possibilidade de criar condies

    para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os

    contedos necessrios para construir instrumentos de compreenso da realidade e

    de participao em relaes sociais, polticas e culturais diversificadas e cada vez

    mais amplas, condies estas fundamentais para o exerccio da cidadania na

    construo de uma sociedade democrtica e no-excludente.

    Os Parmetros Curriculares Nacionais esto organizados em ciclos, mais pela

    limitao conjuntural em que esto inseridos do que por justificativas pedaggicas.

    Assim, o primeiro ciclo se refere alfabetizao, primeira e segunda sries; o

    segundo ciclo, a terceira e a quarta sries; e assim subsequentemente para outras

    sries.

    Atravs de todo o processo direcionado pelos PCNS, as esferas educacionais

    puderam inserir no seu planejamento os contedos pertinentes a cada ano de

    escolaridade.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    34

    A mudana de oito para noves a as nos de escolaridade foi uma deciso

    necessria, pois no que se refere alfabetizao, esta se encontrava facultativa, e,

    por essa razo, existiam vrias condutas pedaggicas, resultando em uma

    avaliao com resultados diferenciados para cada instituio.

    Importante

    As crianas ao ingressarem na mesma turma da antiga primeira srie do ensino

    fundamental possuam um nvel de aprendizado diferenciado, pois eram

    alfabetizadas de formas diversas, no que resultava numa turma muito heterognea

    e o resultado final por muitas vezes era insatisfatrio. Havia crianas alfabetizadas,

    crianas ainda em processo e crianas em nvel mais elevado. O professor ficava

    ministrando problemas a nvel pedaggico o tempo inteiro. A partir do momento

    que a Alfabetizao foi includa na matriz Curricular como obrigatria (resultando

    no 1 ano de escolaridade), o processo educacional ficou mais uniforme.

    A alfabetizao de todas as sries a mais valiosa, pois o momento de

    descobertas e de incio de um novo ciclo na vida do aluno.

    A Lei n, n. 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 assegura o direito das crianas

    de seis anos educao formal, obrigando as famlias a matricul-las e o estado

    oferecer o atendimento.

    A orientao proposta nos parmetros curriculares

    A orientao proposta nos Parmetros Curriculares Nacionais reconhece a

    importncia da participao construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da

    interveno do professor para a aprendizagem de contedos especficos que

    favoream o desenvolvimento das capacidades necessrias formao do

    indivduo.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    35

    Os Parmetros Curriculares Nacionais, tanto nos objetivos educacionais que

    propem quanto na conceitualizao do significado das reas de ensino e dos

    tempos da vida social contempornea que devem perme-las, adotam como eixo o

    desenvolvimento dessas capacidades do aluno. Assim, os objetivos se definem em

    termos de capacidades de ordem cognitiva, fsica, afetiva, da relao interpessoal e

    insero social, tica e esttica, tendo em vista uma formao ampla.

    A anlise das propostas curriculares oficiais para o ensino fundamental,

    elaborada pela Fundao Carlos Chagas, aponta dados relevantes que auxiliam a

    reflexo sobre a organizao curricular e a forma como seus componentes so

    abordados.

    Segundo essa anlise, as propostas, de forma geral, apontam como grandes

    diretrizes uma perspectiva democrtica e participativa, e que o ensino fundamental

    deve se comprometer com a educao necessria para a formao de cidados

    crticos, autnomos e atuantes. No entanto, a maioria delas apresenta um

    descompasso entre os objetivos anunciados e o que proposto para alcan-los,

    entre os pressupostos tericos e a definio de contedos e aspectos

    metodolgicos.

    A estrutura dos Parmetros Curriculares Nacionais buscou contribuir para a

    superao dessa contradio. A integrao curricular assume as especificidades de

    cada componente e delineia a operacionalizao do processo educativo desde os

    objetivos gerais do ensino fundamental, passando por sua especificao nos

    objetivos gerais de cada rea e de cada tema transversal, deduzindo desses

    objetivos os contedos apropriados para configurar as reais intenes educativas.

    Assim, os objetivos, que definem capacidade, e os contedos que estaro a servio

    do desenvolvimento dessas capacidades formam uma unidade orientadora da

    proposta curricular.

    As propostas curriculares oficiais dos Estados esto organizadas em reas.

    Apenas alguns Municpios optam por princpios norteadores, eixos ou temas, que

    visam tratar os contedos de modo interdisciplinar, buscando integrar o cotidiano

    social com o saber escolar.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    36

    Nos Parmetros Curriculares Nacionais, optou-se por um tratamento especfico

    das reas, em funo da importncia instrumental de cada uma, mas contemplou-

    se tambm a integrao entre elas. Quanto s questes sociais relevantes, reafirma-

    se a necessidade de sua problematizaro e anlise, incorporando-as como tema

    transversal. As questes sociais abordadas so: tica, sade, meio ambientes,

    orientao sexual e pluralidade cultural.

    Os objetivos propostos nos Parmetros Curriculares Nacionais concretizam as

    intenes educativas em termos de capacidade que devem ser desenvolvidas

    pelos alunos ao longo da escolaridade. A deciso de definir os objetivos

    educacionais em termos de capacidade crucial nessa proposta, pois as

    capacidades, uma vez desenvolvidas, podem se expressar numa variedade de

    comportamentos. O professor, consciente de que condutas diversas podem estar

    vinculadas ao desenvolvimento de uma mesma capacidade, tem diante de si

    maiores possibilidades de atender diversidade de seus alunos.

    Assim, os objetivos se definem em termos de capacidade de ordem cognitiva,

    fsica, afetiva, de relao interpessoal e insero social, tica e esttica, tendo em

    vista uma formao ampla.

    Objetivos Gerais do Ensino Fundamental

    So as grandes metas educacionais que orientam a estruturao curricular. A

    partir deles so definidos os Objetivos Gerais de rea, os dos Temas Transversais,

    bem como o desdobramento que estes devem receber no primeiro e no segundo

    ciclo, como forma de conduzir s conquistas intermedirias necessrias ao alcance

    dos objetivos gerais.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    37

    Espera-se que os alunos ao finalizarem o primeiro segmento do ensino fundamental sejam capazes de:

    1. Compreender a cidadania como participao social e poltica, assim como exerccio de direitos e deveres polticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperao e repdio s injustias, respeitando o outro e exigindo para si mesmo respeito.

    2. Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas diferentes situaes sociais, utilizando o dilogo como forma de mediar conflitos e tomar decises coletivas.

    3. Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais, materiais e culturais como meio de construir progressivamente a noo de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinncia ao Pas.

    4. Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimnio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais e de outros povos e naes, posicionando-se contra qualquer discriminao baseada em diferenas culturais, de classe social, de crenas, de sexo, de etnia ou outras caractersticas individuais e sociais.

    5. Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interaes entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.

    6. Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiana em suas capacidades afetiva, fsica, cognitiva, tica, esttica, de inter-relao pessoal e de interao social, para agir com perseverana na busca do conhecimento e no exerccio da cidadania.

    7. Utilizar diferentes linguagens, diferentes fontes de informaes e recursos tecnolgicos para adquirir conhecimento.

    8. Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolv-los, utilizando o pensamento lgico, a criatividade, a intuio, a capacidade de anlise crtica, selecionando procedimentos e verificando sua adequao.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    38

    Organizao dos Parmetros Curriculares

    Utilizar diferentes linguagens, verbal, matemtica, grfica, plstica, corporal,

    como meio para se expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das

    produes da cultura.

    Adotam as propostas de estruturao por ciclos, pelo conhecimento de que tal

    proposta permite compensar a presso do tempo e distribuir os contedos de

    forma mais adequada na aprendizagem.

    Toda essa abordagem pedaggica foi devidamente estruturada, com a

    finalidade de valorizar o perfil educacional e transformar a educao em um

    processo construtivo e de qualidade.

    Contedos

    Propem uma mudana de enfoque em relao aos contedos

    curriculares: ao invs de um ensino em que o contedo seja visto como fim em si

    mesmo, o que se prope um ensino em que o contedo seja visto como meio

    para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e

    usufruir dos bens culturais e econmicos.

    A tendncia predominante na abordagem de contedos na educao escolar

    se assenta no binmio transmisso-incorporao, considerando a incorporao de

    contedos pelo aluno como finalidade essencial do ensino. Existem, no entanto,

    outros posicionamentos: h quem defenda a posio de indiferena em relao aos

    contedos por consider-los somente como suporte ao desenvolvimento cognitivo

    dos alunos e h ainda quem acuse a determinao prvia de contedos como uma

    afronta s questes sociais e polticas vivenciadas pelos diversos grupos.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    39

    No entanto, qualquer que seja a linha pedaggica, professores e alunos

    trabalham, necessariamente, com contedos. O que diferencia radicalmente as

    propostas a funo que se atribui aos contedos no contexto escolar e, em

    decorrncia disso, as diferentes concepes quanto maneira como devem ser

    selecionados e tratados.

    Nessa proposta, os contedos e o tratamento que a eles deve ser dado

    assumem papel central, uma vez que por meio deles que os propsitos da escola

    so operacionalizados, ou seja, manifestados em aes pedaggicas. No entanto,

    no se trata de compreend-los da forma como so comumente aceitos pela

    tradio escolar. O projeto educacional expresso nos Parmetros Curriculares

    Nacionais demanda uma reflexo sobre a relao dos contedos, como tambm

    exige uma ressignificao, em que a noo de contedo escolar se amplia para

    alm de fatos e conceitos, passando a incluir procedimentos, valores, normas e

    atitudes. Ao tomar como objeto de aprendizagem escolar contedos de diferentes

    naturezas, reafirma-se a responsabilidade da escola com a formao ampla do

    aluno e a necessidade de intervenes conscientes e planejadas nessa direo.

    Nesse documento, os contedos so abordados em trs grandes categorias:

    contedos conceituais, que envolvem fatos e princpios; contedos

    procedimentais e contedos atitudinais, que envolvem a abordagem de valores,

    normas e atitudes.

    Contedos Conceituais: referem-se construo ativa das capacidades

    intelectuais para operar com smbolos, ideias, imagens e representaes que

    permitam organizar a realidade.

    Contedos Procedimentais: so abordados muitas vezes de maneira

    equivocada, no sendo tratados como objeto de ensino, que necessitam de

    interveno direta do professor para serem de fato aprendidos. O aprendizado de

    procedimentos , por vezes, considerado como algo espontneo, dependente das

    habilidades individuais.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    40

    Contedos Atitudinais : permeiam todo o conhecimento escolar. A escola

    um contexto socializa dor, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao

    professor, aos colegas, s disciplinas, s tarefas e sociedade. Ensinar e aprender

    atitudes requer um posicionamento claro e consciente sobre e como se ensina na

    escola.

    Para o tratamento didtico dos contedos, preciso considerar tambm o

    estabelecimento de relaes internas ao bloco e entre blocos. Exemplificando: os

    blocos de contedos da Lngua Portuguesa so lnguas orais e lnguas escritos

    sobre a lngua.

    A importncia do conhecimento escolar atravs da organizao dos temas transversais

    Os contedos aplicados integram uma srie de conhecimentos de diferentes

    disciplinas, que contribuem para que os instrumentos sejam construdos para

    atuarem como agente transformador da vivncia dos alunos.

    Cada disciplina recebe uma orientao direcionada, ligada s reas de

    conhecimento e cabe ao professor conhecer e adaptar tais contedos para o

    aprendizado do aluno.

    Distribuio das Disciplinas em reas de Conhecimento:

    Lngua Portuguesa Matemtica Cincias Histria Geografia Arte e Educao Fsica.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    41

    Partindo da ideia de que o aluno j traz consigo uma carga de conhecimentos

    vivenciada desde o seu nascimento, formando a educao no intencional, o

    professor dever inserir o conhecimento ao aluno, fazendo da sua prpria prtica

    educativa um estmulo para o aprendizado, no desprezando o fato da vivncia do

    aluno.

    A multiplicidade de informaes e de contedos variados dever ser

    administrada pelo professor de uma maneira coerente, priorizando a insero do

    aluno no contexto social.

    Os conjuntos de documentos dos Temas Transversais comportam uma

    primeira parte em que se discute a sua necessidade, para que a escola possa

    cumprir sua funo social, os valores, mais gerais e unificadores que definem todo

    o posicionamento relativo s questes que so retratadas nos temas justificando

    suas aes.

    Temas Transversais:

    1- Pluralidade Cultural

    2- Orientao Sexual.

    3- Meio Ambiente

    4- Sade.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    42

    A Temtica da Pluralidade Cultural

    Diz respeito ao conhecimento e valorizao

    das caractersticas tnicas e culturais dos diferentes

    grupos sociais que convivem no territrio nacional,

    as desigualdades socioeconmicas e a crtica s

    relaes sociais discriminatrias e excludentes que

    permeiam a sociedade brasileira, oferecendo ao

    aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um

    pas complexo, multifacetado e algumas vezes

    paradoxal.

    Este tema prope uma concepo da sociedade brasileira que busca explicitar

    a diversidade tnica e cultural que compe compreender suas relaes, marcadas

    por desigualdades socioeconmicas, e apontar transformaes necessrias.

    Considerar a diversidade no significa negar a existncia de caractersticas comuns,

    nem a possibilidade de constituirmos uma nao, ou mesmo a existncia de uma

    dimenso universal do ser humano.

    Tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a, e da superao

    das discriminaes atuar sobre um dos mecanismos de excluso; tarefa

    necessria, ainda que insuficiente, para caminhar na direo de uma sociedade

    mais plenamente democrtica. imperativo do trabalho educativo voltado para a

    cidadania, uma vez que tanto a desvalorizao cultural, o trao bem caracterstico

    de pas colonizado; quanto discriminao so entraves plenitude da cidadania

    para todos; portanto, para a prpria nao.

    Espera-se que ao final do segundo ciclo, o aluno conhea a existncia de

    outros grupos culturais alm do seu, reconhecer seu direito existncia e respeitar

    seus modos e suas expresses culturais, assim como conhecer histrias,

    personagens e fatos marcantes para as culturas estudadas e situ-las na Histria do

    Brasil. O aluno tambm dever conhecer a pluralidade cultural existente em seu

    prprio meio, relacionando de maneira respeitosa com suas diferentes

    manifestaes. Reconhecer a liberdade de escolha individual e a democracia.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    43

    A pluralidade cultural existente no Brasil fruto de um longo processo

    histrico de interao entre aspectos polticos e econmicos, no plano nacional e

    internacional. Esse processo apresenta-se como uma construo cultural brasileira

    altamente complexa, historicamente definida e redefinida continuamente em

    termos nacionais, apresentando caractersticas regionais e locais.

    A diversidade marca a vida social brasileira. Encontram-se diferentes

    caractersticas regionais, diferentes manifestaes de cosmolgicas que ordenam

    de maneiras diferentes a apreenso do mundo, formas diversas de organizao

    social nos diferentes grupos e regies, multiplicidade de modos de relao com a

    natureza.

    Temtica da Orientao Sexual

    No se restringe ao mbito individual. Pelo contrrio,

    muitas vezes, para compreender comportamentos e valores

    pessoais necessrio contextualiz-los social e culturalmente.

    nas relaes sociais que se definem, por exemplo, os padres de

    relao de gnero, o que homens e mulheres podem fazer, e

    principalmente, quais so e quais devero ser os direitos de

    cidadania ligados sexualidade e reproduo.

    Por outro lado, os valores que se atribuem sexualidade e

    aquilo que se valoriza so tambm produtos socioculturais. Como nos demais

    Temas Transversais, diferentes cdigos de valores se contrapem e disputam

    espaos. A explorao comercial, a propaganda e a mdia em geral tm feito um

    uso abusivo da sexualidade, impondo valores discutveis e transformando-o em

    objeto de consumo.

    Assim, como indicam inmeras experincias pedaggicas, a abordagem da

    sexualidade no mbito da educao precisa ser explcita, para que seja tratada de

    forma simples e direta; ampla, para no reduzir sua complexidade; flexvel, para

    permitir o atendimento a contedos e situaes diversas e sistemtica, para

    possibilitar uma aprendizagem e um desenvolvimento crescente.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    44

    A presente proposta de Orientao Sexual caracteriza-se por trabalhar o

    esclarecimento e a problematizaro de questes que favoream a reflexo e a

    ressignificao das informaes, emoes e valores recebidos e vividos no decorrer

    da histria de cada um, que tantas vezes prejudicam o desenvolvimento de suas

    potencialidades. Ressalta-se a importncia de se abordar a sexualidade da criana e

    do adolescente no somente no que tange aos aspectos biolgicos, mas tambm e

    principalmente aos aspectos sociais, culturais, polticos, econmicos e psquicos

    dessa sexualidade.

    No trabalho de Orientao Sexual so muitas as questes s que se deve estar

    atento. Em primeiro lugar, trata-se de temtica muito associada a preconceitos,

    tabus, crenas ou valores singulares. Para que o trabalho de orientao Sexual

    possa se efetivar de forma coerente com a viso pluralista de sexualidade aqui

    proposta, necessrio que as diferentes crenas e valores, as dvidas e os

    questionamentos sobre os diversos aspectos ligados sexualidade encontrem

    espao para se expressar.

    Espera-se que ao final do segundo ciclo do ensino fundamental, o aluno seja

    capaz de respeitar a diversidade de valores, crenas e comportamentos existentes

    e relativos sexualidade, desde que seja garantida a dignidade do ser humano.

    Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua sade sexual. Agir de modo solidrio

    em relao aos portadores do HIV e de modo positivo na implementao de

    polticas pblicas voltadas para a preveno e tratamento de doenas sexualmente

    transmissveis, entre outras.

    A Temtica da Questo Ambiental

    Vem sendo considerada cada vez mais urgente e

    importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade

    depende da relao estabelecida entre a natureza e o uso

    pelo homem dos recursos disponveis.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    45

    A opo pelo trabalho com o tema Meio Ambiente traz a necessidade de

    aquisio de conhecimento e informao por parte da escola para que se possa

    desenvolver um trabalho adequado junto dos alunos. Pela prpria natureza da

    questo ambiental, a aquisio de informaes sobre o tema uma necessidade

    constante para todos. Isso no significa dizer que os professores devero saber

    tudo para que possam desenvolver um trabalho junto dos alunos, mas sim que

    dever se dispor a aprender sobre o assunto e, mais do que isso, transmitir aos seus

    alunos a noo de que o processo de construo e de produo do conhecimento

    constante.

    O trabalho de Educao Ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os

    alunos a construrem uma conscincia global das questes relativas ao meio para

    que possam assumir posies afinadas com os valores referentes sua proteo e

    melhoria. Para isso importante que possam atribuir significado aquilo que

    aprendem sobre a questo ambiental.

    Os bens da Terra so uns patrimnios de toda a humanidade. Seu uso deve

    estar sujeito a regras de respeito s condies bsicas da vida no mundo, dentre

    elas a qualidade de vida de quantas dependam desses bens e do espao do

    entorno em que eles so extrados ou processados.

    Considerando a temtica ambiental temos que levar em conta a proposta do

    trabalho. O aluno tem que ser capaz de:

    1- Conhecer e compreender, de modo integrado e sistmico, as noes bsicas relacionadas ao meio ambiente. 2- Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interaes construtivas, justas e ambientalmente sustentveis. 3- Observar e analisar fatos e situaes do ponto de vista ambiental, de modo crtico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e positivo para garantir um meio ambiente saudvel e a boa qualidade de vida. 4- Perceber, em diversos fenmenos naturais encadeamentos e relaes de causa-efeito que condicionam a vida no espao (geogrfico) e no tempo (histrico), utilizando essa percepo para posicionar-se criticamente diante das condies ambientais de seu meio.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    46

    5- Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de

    conservao e manejo dos recursos naturais com os quais interagem.

    6- Perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando

    posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimnio natural,

    tnico e cultural.

    Identificar-se como parte integrante da natureza, percebendo os processos

    pessoais como elementos fundamentais para uma atuao criativa, responsvel e

    respeitosa em relao ao meio ambiente.

    nos espaos coletivos que se produz a considerao de sade da

    comunidade e, em grande parte, de cada um de seus componentes.

    Espera-se que os alunos, ao final do segundo ciclo do ensino fundamental

    sejam capazes de: conhecer e compreender, de modo integrado e sistmico, as

    noes bsicas relacionadas ao meio ambiente. Adotar posturas na escola, em casa

    e em sua comunidade que os levem a interao construtiva.

    A Temtica da Sade

    Cumprir seus objetivos ao conscientizar os alunos para o direito a sade,

    sensibiliz-los para a busca permanente da compreenso de seus determinantes e

    capacit-los para a utilizao de medidas prticas de promoo, proteo e

    recuperao da sade ao seu alcance.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    47

    Entende-se Educao para Sade como fator de promoo e proteo sade

    e estratgia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua incluso no currculo

    responde a uma forte demanda social, num contexto em que a traduo da

    proposta constitucional em prtica requer o desenvolvimento da conscincia

    sanitria da populao e dos governantes para que o direito sade seja encarado

    com prioridade.

    No se pode compreender ou transformar a situao de sade de um

    indivduo ou de uma coletividade sem levar em conta que ela produzida nas

    relaes com o meio fsico, social e cultural.

    A educao para a Sade cumprir seus objetivos ao conscientizar os alunos

    para o direito sade, sensibiliz-los para a busca permanente da compreenso de

    seus determinantes e capacit-los para a utilizao de medidas prticas de

    promoo, proteo e recuperao da sade ao seu alcance. Espera-se que ao final

    do ensino fundamental, que os alunos sejam capazes de:

    1-Compreender que a sade um direito de todos e uma dimenso essencial

    do crescimento e desenvolvimento do ser humano.

    2-Compreender que a condio de sade produzida nas relaes com o

    meio fsico, econmico e sociocultural, identificando fatores de risco sade

    pessoal e coletiva presentes no meio em que vivem.

    3-Conhecer e utilizar formas de interveno individual e coletiva sobre os

    fatores desfavorveis sade, agindo com responsabilidade em relao sua

    sade e sade da comunidade.

    4-Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades

    de utilizao dos servios voltados para a promoo, proteo e recuperao da

    sade.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    48

    5-Adotar hbitos de auto cuidado, respeitando as possibilidades e limites do

    prprio corpo.

    Espera-se que ao final do segundo ciclo do ensino fundamental, os alunos

    sejam capazes de compreender que a sade um direito de todos e uma dimenso

    essencial do crescimento e desenvolvimento do ser humano.

    importante ressaltar que existe uma responsabilidade e uma complexidade

    muito grande na elaborao dos contedos a serem ministrados no ensino

    fundamental. por essa razo que todo o professor tem o dever de ter

    conhecimentos sobre os Parmetros Curriculares Nacionais.

    Para o profissional de educao, seja ele atuando na rea pedaggica ou na

    regncia de turma, os conhecimentos sobre os Parmetros so necessrios. Um

    exemplo clssico o que acontece durante a escolha dos livros didticos.

    Normalmente as editoras distribuem nas escolas os seus catlogos e exemplares do

    material (livro didtico) de responsabilidade dos professores, escolherem qual o

    livro a ser adotado. Mas como fazer essa escolha? Baseado em quais critrios

    poderemos escolher este ou aquele livro? Todo poca de escolha o mesmo bl

    bl bl . Cabe ao Coordenador pedaggico intermediar tal situao, e convm

    lembrar a todos os professores que a escolha sempre feita de forma seletiva,

    aderindo aos contedos que mais se adapte aos Parmetros Curriculares

    Nacionais O mesmo acontece na hora da elaborao de um bom plano de aula e

    para a elaborao de Projetos Educacionais, dando nfase tambm as questes

    ligadas aos Temas Transversais.

    Podemos entender a necessidade de se estudar uma sntese dos Parmetros

    Curriculares com a finalidade de obter um melhor desenvolvimento na elaborao

    das atividades didticas do profissional de educao. Tivemos a oportunidade de

    conhecer um pouco sobre a importncia da abordagem dos Temas Transversais

    para s-la acrescida aos contedos.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    49

    hora de se avaliar

    Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas iro ajud-lo

    a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-

    aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie

    atravs do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

    A prxima unidade referente abordagem especfica dos estudos dos Anos

    inciais do ensino fundamental.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    50

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    51

    Exerccios- unidade 2

    1) Os Parmetros Curriculares Nacionais do 1 ao 5 ano foi um trabalho elaborado

    e discutidos com educadores de todo o pas e como o objetivo de :

    a) Transmitir conhecimentos de forma ordenada.

    b) Atualizar e dar nova viso educao fundamental.

    c) Acompanhar os sucesso e insucessos dos alunos.

    d) Fiscalizar a ao docente

    e) Fiscalizas a gesto pedaggica.

    2) Levando em considerao sobre o papel da escola, como ocorre a

    responsabilidade do professor?

    a) A responsabilidade do professor muito grande, pois eles so os

    condutores desse processo de transmisso e transformao do saber.

    b) A responsabilidade do professor grande, porm a famlia exerce um

    poder central mais intenso , na hora de transmitir conhecimentos mais

    especficos.

    c) A escola tem uma grande parcela na formao do aluno, o professor

    ficar isento de qualquer situao que possa responsabiliz-lo.

    d) Os grandes condutores do saber so os lderes religiosos.

    e) O grande condutor de conhecimento o Diretor(a) da escola.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    52

    3) A orientao proposta dos Parmetros Curriculares Nacionais reconhece :

    a) a importncia da ao da comunidade e ao, mesmo tempo, a interveno

    da famlia no aprendizado do contedo especfico que favorecem o

    desenvolvimento cognitivo.

    b) a importncia construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da interveno

    do professor para o aprendizado do contedo especficos que favorecem

    o desenvolvimento das capacidades necessrias formao do indivduo.

    c) a importncia do gestor, na hora de decidir sobre os contedos a serem

    definidos e trabalhados na prtica com os alunos.

    d) a importncia de uma educao tradicional, para que os bons costumes,

    no caiam na vulgaridade e assim retornar a um ensino de qualidade.

    e) a necessidade de se trabalhar com um currculo nico e sem possibilidade

    de mudanas, para abranger a maior parte dos alunos.

    4) Leia e preste ateno! So as grandes metas educacionais que orientam a

    estruturao curricular. A partir deles so definidos os :

    a) Objetivos especficos

    b) Objetivos gerais.

    c) Contedos educacionais.

    d) Processos avaliativos.

    e) Temas Transversais.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    53

    5) Marque ( V ) para as questes verdadeiras e (F) quando as questes forem falsas.

    a) Utilizar uma nica linguagem verbal uma estratgia para usufruir das

    produes de cultura. ( )

    b) A educao de qualidade uma utopia. Somente os pases considerados de 1

    mundo podem possu-la. ( )

    c) Toda essa abordagem pedaggica foi devidamente estruturada, com a

    finalidade de valorizar o perfil educacional e transformar a educao em um

    processo construtivo de qualidade ( )

    d) Utilizar diferentes linguagens, verbal, matemtica, grfica, plstica, corporal,

    como meio para se expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das

    produes da cultura. ( )

    e) Adotar as propostas de estruturao por ciclos, pelo conhecimento de que tal

    proposta permite compensar a presso do tempo e distribuir os contedos de

    forma mais adequada na aprendizagem ( )

    6) Os contedos aplicados integram uma srie de conhecimentos de diferentes

    disciplinas, que contribuem para que os instrumentos sejam construdos para

    atuarem com agente transformador da vivncia dos alunos. Cada disciplina recebe

    uma orientao direcionada, ligada s reas de conhecimento, so elas:

    a) Lngua Portuguesa, Matemtica, Educao Fsica, Estudos Sociais.

    b) Comunicao e Expresso, Matemtica e Estudos Sociais.

    c) Lngua Portuguesa, Matemtica, Cincias, Histria, Geografia, Arte e

    Educao Fsica.

    d) Lngua Portuguesa , Cincias , Geografia , Histria e Matemtica

    e) Comunicao e Expresso, Educao Fsica e Estudos Sociais e Arte.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    54

    7) A multiplicidade de informaes e de contedos variados dever ser

    administrada pelo professor de uma maneira coerente, priorizando a insero do

    aluno no contexto social. A esse conjunto damos o nome de:

    a) Temas Nacionais.

    b) Unidades Transformadoras

    c) Temas Transversais.

    d) Meio ambiente

    e) Cultura de massas.

    8) Defina o posicionamento relativo e quais so s questes que so retratadas nos

    Temas Transversais.

    a) Pluralidade Cultural.

    b) Orientao Sexual.

    c) Meio ambiente.

    d) Sade.

    e) Todas as alternativas esto corretas.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    55

    9- Disserte sobre a importncia dos PCNS.

    10- Explique a Temtica da Pluralidade Cultural.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    56

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    O Ensino Fundamental de 09 Anos

    Os anos iniciais.

    A portaria e/SAAP n 48/2004.

    O desenvolvimento dos conceitos.

    Tcnica de abordagem pedaggica.

    A importncia da alfabetizao.

    A importncia da famlia para o desenvolvimento do aluno.

    3

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    58

    Nesta unidade, estudaremos sobre o desenvolvimento do ensino fundamental

    de 09 anos.

    Objetivos da unidade:

    Consiste em definir as prioridades sobre o ensino fundamental de 09 anos, dando prioridade aos anos iniciais.

    Plano da Unidade:

    Os anos iniciais. A portaria e/SAAP n 48/2004. O desenvolvimento dos conceitos. Tcnica de abordagem pedaggica. A importncia da alfabetizao. A importncia da famlia para o desenvolvimento do aluno.

    Bons estudos

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    Os anos iniciais

    Partindo da Lei n 11274, de 06 de fevereiro de 2006, em que foi implantado a

    Poltica de Ampliao do Ensino Fundamental de oito para nove anos de

    escolaridade, vamos estudar os conceitos das sries iniciais.

    O ensino fundamental foi dividido em dois segmentos:

    Ensino Fundamental 1 segmento engloba do 1 ao 5 ano de escolaridade.

    Ensino Fundamental 2 segmento - engloba do 6 ao 9 ano de escolaridade.

    Vamos ver como ocorreu essa transformao a partir da insero da

    alfabetizao, como componente obrigatrio na grade curricular.

    Alfabetizao corresponde ao 1 ano de escolaridade.

    1 srie corresponde ao 2 ano de escolaridade.

    2 srie corresponde ao 3 ano de escolaridade.

    3 srie corresponde ao 4 ano de escolaridade.

    4 srie corresponde ao 5 ano de escolaridade

    5 srie corresponde ao 6 ano de escolaridade.

    6 srie corresponde ao 7 ano de escolaridade.

    7 srie corresponde ao 8 ano de escolaridade.

    8 srie corresponde ao 9 ano de escolaridade.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    60

    A Portaria e/SAPP n 48/2004

    Podemos encontrar o primeiro segmento do ensino fundamental organizado

    em sries ou ciclos. No que diz respeito rede Pblica, essa organizao feita

    atravs de dois ciclos.

    O primeiro corresponde aos trs primeiros anos de escolaridade, e o segundo

    ciclo, aos dois anos subsequentes.

    Os ciclos compreendem perodos escolares que ultrapassam as sries,

    submetendo o tempo da escola ao tempo das aprendizagens. O objetivo evitar a

    fragmentao do currculo que decorre do regimento seriado, alm de possibilitar

    maior integrao dos conhecimentos, prevendo unidades maiores e mais flexveis,

    motivo pelo qual a reteno do aluno, s ocorre no final dos ciclos, quando

    constatadas dificuldades de aprendizagem.

    Esse tipo de organizao implica mudana nas concepes prticas e

    pedaggicas dos professores tendo em vista que o foco deslocado da aprovao

    / reprovao para o processo de construo dos conhecimentos pelos alunos.

    A proposta de que cada aluno tenha o seu tempo de aprender. Significa que

    enquanto o ciclo no finalizar, o aluno ainda ter chance de concluir o seu

    desenvolvimento cognitivo.

    Atravs de reflexes sobre o conhecimento, os professores realizam e

    redimensionam os projetos a serem trabalhados.

    Ao final do 1 ciclo, o aluno dever ser capaz de: ler, escrever pequenos textos,

    assim como operar com nmeros e resolver problemas elementares.

    No 2 ciclo, dedicado sistematizao e continuidade do processo de

    alfabetizao, o aluno dever: produzir e interpretar textos com conhecimentos

    lingusticos; compreender e propor normas de convivncia; resolver situaes-

    problema utilizando propriedades matemticas; reconhecer mudanas na

    sociedade, no tempo e no espao e identificar fenmenos naturais e materiais,

    atravs de explicaes cientficas.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    61

    Para o futuro professor, importantssimo tal esclarecimento, para que ele

    possa conduzir com xito a sua vida profissional. Sabemos que muito difcil o

    papel do professor, a responsabilidade imensa sobre a vida do aluno, pois o

    processo de aprendizagem uma constante na vida de todos os seres, e os alunos

    depositam muitas expectativas sobre esse processo. Educar para crescer e

    transformar um lema antigo, porm somente atravs da educao que

    poderemos modificar a qualidade de vida.

    O desenvolvimento dos conceitos

    O professor tem que interagir com o mundo do aluno, participar do seu

    universo e ser a ligao entre o processo de aprendizagem.

    Cada classe constitui um grupo social. Dentro desse grupo que ocupa o

    espao de uma sala de aula a interao social se processa por meio da relao

    professor-aluno e da relao aluno-aluno. no contexto da sala de aula, no

    convvio dirio com o professor e com os colegas, que o aluno vai exercitando

    pouco a pouco seus hbitos, desenvolvendo atitudes e assimilando valores.

    Dessa forma, o professor poder compreender o que Vygotsky reforava em

    descrever.

    Segundo Vygotsky, em a Construo do Pensamento e da Linguagem, o

    aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento e pe em

    movimento vrios processos que, de outra forma, no seriam possveis de

    acontecer.

    Nessa diviso do desenvolvimento em nveis que Vygotsky formulava o

    conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal como a distncia entre o nvel de

    desenvolvimento real e o potencial.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    62

    Segundo Patrcia Coresino, Doutora em Educao pela PUC e professora Adjunta do Departamento de Didtica da UFRJ, em As crianas de seis anos e as reas de conhecimento, compreender esses limites o grande desafio do trabalho pedaggico que se quer excelente. Como possvel conhecer os limites seguindo o livro didtico tal e qual, sem proceder a ampliao e alteraes?

    Como trabalhar de forma que garanta a atuao pedaggica no limiar superior, atuao pedaggica na zona do desenvolvimento imediato?

    A aprendizagem a mobilizao dos esquemas mentais do indivduo, que o leva a participar ativa e efetivamente da ao de adaptar-se ao meio quer pela assimilao, quer pela acomodao. Por outro lado, atravs da aprendizagem que o indivduo exerce uma ao transformadora sobre o meio ambiente. Em outras palavras, a aprendizagem a assimilao de dados novos aos esquemas mentais anteriores, para se ajustarem aos novos dados.

    Para Piaget, o desenvolvimento mental, tanto do ponto de vista cognitivo como afetivo e social, uma construo contnua.

    O ser humano, durante o seu crescimento, passa por estgios sucessivos de desenvolvimento mental e, em cada estgio, apresenta estruturas mentais diferentes. Portanto, as crianas tm estruturas mentais diferentes das dos adultos. por isso que Piaget diz que a criana estruturadamente diferente do adulto, pois ambos agem em funo de necessidade e interesses, e a inteligncia, tanto da criana como do adulto, cumpre uma funo adaptativa.

    O desenvolvimento mental evolui atravs de estgios que ocorrem numa ordem sequencial definida. Embora os estgios do desenvolvimento mental progridam numa sequncia fixa, as crianas podem passar de um estgio para outro em idades diferentes, algumas vezes mais cedo, outras vezes mais tarde. por esse motivo que, no sistema de ciclos, a reteno s usada nas sries finais de cada ciclo. Essas passagens dependem do nvel de maturao e do grau das experincias vivenciadas. Portanto, no h uma correspondncia regular entre a idade cronolgica e o nvel de desenvolvimento mental. O que Piaget constatou em suas pesquisas foi o fato de haver uma sequncia constante de etapas, cujos avanos ou atrasos com relao a medidas de idade mais comuns, tem sido atribuda interferncia de fatores individuais ou ambientais.

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

    63

    Os fatores que interferem no desenvolvimento mental so:

    maturao do sistema nervoso; o ambiente fsico; o ambiente social; o processo de equilibrao progressiva.

    Observaes importantes:

    1-Tais fatores so levados em considerao na hora de avaliar e classificar

    o aluno (Lei n 9394/96 Seo I / segundo Art. 24 -II ).

    2-Ensinar e aprender so como duas faces de uma mesma moeda. A

    Didtica no pode tratar do ensino, por parte do professor, sem considerar

    simultaneamente a aprendizagem por parte do aluno.

    Tcnica e Mtodos de Ensino de Abordagem Pedaggica

    Uma situao interessante e ao mesmo tempo importante para o professor

    utilizar como reflexo a lembrana da sua prpria vivncia como aluno.

    Lembrar de como foi alfabetizado, os pontos positivos e negativos. Isso ocorre

    para que o professor entenda um pouco mais do universo que o aluno est

    inserido e assim repensar a sua prtica pedaggica.

    A educao concebida a partir de princpios que constituem Os Quatro

    Pilares da Educao:

    1) Aprender a conhecer domnio dos prprios instrumentos;

    2) Aprender a fazer - aquisio no somente de uma qualificao profissional, mas

    de competncia;

  • Fundamentos Tericos e Metodolgicos dos Anos Iniciais

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    3) Aprender a conviver participao;

    4) Aprender a ser contribuir para o desenvolvimento total de pessoa.

    Procedimentos de ensino -aprendizagem individualizantes

    Comeam pela aula expositiva, por ser um dos procedimentos de ensino mais

    antigos e tradicionais e tambm o mais difundido nos vrios nveis escolares.

    Segundo a professora Regina Clia Cazaux Haydt em seu livro Curso de

    Didtica Geral; a aula expositiva pode ser dividida em:

    a) Exposio dogmtica de acordo com essa posio, a mensagem

    transm