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INFORMAÇÕES SOBRE UMBANDA ALEGORIA Umbanda é o trigal do “SENHOR”; semeado por Òxalá, regado por Yemonjá e Òxún, aquecido por Xòngó, cultivado Òxòsì, colhido por Ògún e transformado em “pão do espírito”, distribuído por Èxú na forma de caridade. 2) ORIGEM Pensar na origem da Umbanda é desvendar a razão de ser das civilizações que se sucedem através do mistério dos tempos. Conta-nos a sua evolução os velhos símbolos encontrados por todo o Globo, as tradições. As tradições nos dizem que a mais antiga civilização foi a “Lemúrica” que floresceu no vasto continente situado no Oceano Pacífico, na zona equatorial, cujos extremos confinavam com as terras da Califórnia, as do nordeste da América do Sul, bem como as do leste da África e sul da Índia. Iniciou o homem, nesta região, sua evolução propriamente dita, pois percebeu o seu “Ego” como conseqüência do primeiro esboço do seu veículo físico. Consta mesmo que no fim desse período as reencarnações eram, por necessidade de aperfeiçoamento da forma, imediatas. Evolutivamente, constituem hoje, os lemurianos, os Òrìxàs do plano físico que, são os verdadeiros donos do planeta Terra. Com a hecatombe da lemúria, por terremotos sucessivos, desaparece quase a totalidade da terceira raça deixando, no entanto, sementes na África, sul da Ásia (Índia) e América. Foram os germens desse povo, no solo americano, que povoou a não menos fabulosa “Atlântida”, terra que se ergueu no fundo do oceano para berço de um novo povo, arquivo das tradições lemúricas, cujos sobreviventes desenvolviam-se ainda na África e Índia. No estágio Atlanta, consolida o homem, seu veículo físico, perdendo a introspecção externa, originando-se os primeiros fenômenos anímicos-mediúnicos. Coube a gloriosa Atlântida, a luta entre a carne e o espírito e, se ela sucumbiu, venceu no entanto, por ter o espírito conquistado a vitória sobre a matéria que lhe queria tomar as rédeas da evolução, permanecendo na forma tosca, sem veículos superiores. Cumprida a sua tarefa também a Atlântida submerge, 1

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INFORMAÇÕES SOBRE UMBANDA  ALEGORIA

Umbanda é o trigal do “SENHOR”; semeado por Òxalá, regado por Yemonjá e Òxún, aquecido por Xòngó, cultivado Òxòsì, colhido por Ògún e transformado em “pão do espírito”, distribuído por Èxú na forma de caridade.

2) ORIGEM

Pensar na origem da Umbanda é desvendar a razão de ser das civilizações que se sucedem através do mistério dos tempos. Conta-nos a sua evolução os velhos símbolos encontrados por todo o Globo, as tradições. As tradições nos dizem que a mais antiga civilização foi a “Lemúrica” que floresceu no vasto continente situado no Oceano Pacífico, na zona equatorial, cujos extremos confinavam com as terras da Califórnia, as do nordeste da América do Sul, bem como as do leste da África e sul da Índia. Iniciou o homem, nesta região, sua evolução propriamente dita, pois percebeu o seu “Ego” como conseqüência do primeiro esboço do seu veículo físico. Consta mesmo que no fim desse período as reencarnações eram, por necessidade de aperfeiçoamento da forma, imediatas. Evolutivamente, constituem hoje, os lemurianos, os Òrìxàs do plano físico que, são os verdadeiros donos do planeta Terra. Com a hecatombe da lemúria, por terremotos sucessivos, desaparece quase a totalidade da terceira raça deixando, no entanto, sementes na África, sul da Ásia (Índia) e América. Foram os germens desse povo, no solo americano, que povoou a não menos fabulosa “Atlântida”, terra que se ergueu no fundo do oceano para berço de um novo povo, arquivo das tradições lemúricas, cujos sobreviventes desenvolviam-se ainda na África e Índia. No estágio Atlanta, consolida o homem, seu veículo físico, perdendo a introspecção externa, originando-se os primeiros fenômenos anímicos-mediúnicos. Coube a gloriosa Atlântida, a luta entre a carne e o espírito e, se ela sucumbiu, venceu no entanto, por ter o espírito conquistado a vitória sobre a matéria que lhe queria tomar as rédeas da evolução, permanecendo na forma tosca, sem veículos superiores. Cumprida a sua tarefa também a Atlântida submerge, deixando, como Guia de Raça, Antúlio nas suas tradições. Porém, antes que o mar a tragasse, legou-nos colônias entre as quais, por seu esplendoroso mistério, o Egito e as comentadas civilizações pré-colombianas da América. Desaparecida a Atlântida, isola-se o continente americano, entretanto os descendentes da terceira e quarta raças que ali habitavam, em declínio. Progride a colônia Atlântida – o Egito iniciando a nova era “Filosófica-Científica”, - em contraposição a “Mística”que caracterizou os períodos lemúrio e Atlanta. Por essa época, entra o Egito em contato com a Índia que forma a quinta raça, a Ária, trocando tradições e espargindo em sua passagem, saber o conhecimento, civilizando a Caldéia e a Pérsia. Dessa permuta de ensinamento resultou um misto da “religião-filosofia-ciência”, pois a Índia ainda não se havia libertado dos conceitos iniciais lemúricos. Irradiam-se os conhecimentos dos grandes iniciados como Rama, Khrisna e Buda – na Índia; Confúncio difunde sabedoria na China; Hermes no Egito e Zoroastro na Pérsia; ergue-se Moisés no Sinai com as tábuas da Lei; multiplicam-se as sociedades secretas

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ocultistas. Reaparece, Grécia, nova fase e do conhecimento aliado a Arte e a Filosofia com Orfeu, Aristóteles e Pitágoras, recebendo a Europa seu primeiro banho de cultura, oriundo do Oriente, por assimilação no Império Romano. Surge, enfim, o Cristo de Jesus, o último Avatar, proveniente do plano superior da universalidade das idéias, aniquilando os Deuses da Raça, bem concretizado em Jeovah, e solapando o ódio pelo estabelecimento da Lei do Amor. Cristianizan-se a Europa.Paralelamente, ao desenvolvimento destas civilizações, multiplicaran-se os descendentes lemúricos no Continente Negro que, por falta de Guias deturparam os conhecimentos primitivos pela confusão entre o ritual e o saber iniciativo, dando origem aos mais complexos misticismo descambado para o fetichismo. Sobre a África influências das mais variáveis na sua parte norte, de outras civilizações proveniente do Oriente, fazendo-se sentir o seus reflexos mesmo no seu interior, formando centros cenográficos, ou seja, aquelas regiões em que o conjunto de caracteres são mais puros estendendo-se para a zonas onde a mescla de caracteres é intensa, isto é nos pontos fronteiriços de dois ou mais pontos culturais.

Assim, as populações africanas podem ser estudadas em nove áreas e duas subáreas como o faz Herskovits, hipoteticamente, em:

1) – Hotentote; 2) – Boschimana; 3) – Área Oriental do Gado; 3a) – Subárea Ocidental; 4) – Congo; 4a) – Subárea da Costa da Guiné; 5) – Ponto Oriental; 6) – Sudão Oriental; 7) – Sudão Ocidental; 8) – Área do Deserto 9) – Área do Egito.

Habitam estes diversos pontos culturais vários grupos humanos, compreendendo diferentes tipos raciais e, como nos diz Seligman, os grupos primitivos africanos, por uma divisão mais simples são: Hematitas e Semitas de origens comuns; os negros propriamente ditos; os Boschimanos e Hotentotes denominados conjuntamente de Khoisans e os Negrilios, que possuem caracteres bastantes distintos.Os Hamatitas, também chamados de Kamitas, compreendem dois grupos: 1) – Os Orientais-Egípcios, os Bedjas, os Berberin ou Núbios, os Gala, os Somali, os Danakil, grande parte dos negros abissínios são mestiços de Semitas e Negros; 2) – Os Setentrionais compreendem os Berberes, os Líbios, os Taureg, os Tebu, os Peuhl ou Foulah e os Guanches, já extintos ( Ilha das Canárias ).Os Semitas são os norte-africanos de origem árabe de difícil estudo pela intensa fusão com os Kamitas, devendo-se notar ainda um novo grupo o Sephardim, que é uma conseqüência da mistura de Semitas, Kamitas e Judeus europeus. Os Boschimanos, o homem da selva do holandês, de origens étnicas muito discutidas, não são também verdadeiros Negros, considerados por muitos como sobreviventes de uma raça pré-histórica, de costumes muito primitivos vivendo em cavernas e arvores como abrigo tosco.

Os Hotentotes, resultantes, parece, da mestiçagem de Boschimanos com Kamitas, povos pastores.Os Negrilios ou Pigmeus, são os anões da África, já cantados por Eródoto, de pele avermelhada ou amarelo escura.Os Boschimanos, Hotentotes e Negrilios, parecem ser os mais antigos habitantes do Continente Negro e, hoje, apresentam-se como os sobreviventes de uma

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estranha raça pré-histórica desaparecida. Sobre os Negros, velhas lendas os davam como vindos do Oriente, de onde se derramaram no Continente Africano, em varias migrações sucessivas. A mais recente dessa migrações são os Malgaches, originários da Indonésia, o que parece confirmar a hipótese de Delafose, de que a origem dos Negros na estaria na extremidade sul-oriental do Continente Asiático.

Essa asserção colabora com as afirmativas da tradição Rosacruz.Para nosso estudo, as áreas culturais que merecem maior atenção por sua influencia na formação étnica religiosa e social do Novo Mundo, são: Área do Congo: que compreende toda a bacia do rio Congo e é habitada por povos da língua Bantu, também chamada área Hylaeana – é a zona da linguagem do tambor, a vida religiosa é de grande complexidade, sendo Zàmbi o grande Deus que toma vários nomes conforme as regiões; Sub-area da Guiné – São suas culturas as consideradas mais típcas africanas. Foi essa região que forneceu maior numero de escravos ao Novo Mundo. A sua linguagem é do grupo Sudanês e a densidade de população é imensa, sendo bastante complexa a vida social-econômica. Lá existiram grandes reinados, como o de Benin, Daomei, Ashanti. Seu campo mitológico-religioso é muito rico, principalmente os dos Yorùbá ou Nagò, dos Ewe.

Através da mitologia, vamos mergulhar em velhas concepções mediterrâneas da mitologia greco-romana e sistemas místicos egípcios e assírios-babilônicos. A organização religiosa compunha-se de um sistema de divindades- os Òrìxàs - , forças despersonificadas, e de um sistema iniciático bem característico. Constitui esta área uma das mais evolutivas da África, nada ficando a dever às velhas civilizações; Área do Sudão Ocidental: - De grande importância para nós do Brasil, pois, desta zona é a importação da Cultura Male. É a área de cultura fronteiriça, assinalada pela fusão das culturas maometanas e aborígines. Floresceram nela impérios famosos, como o de Songoi, Lentouana, o dos Mandingas ou Malí e de Ghana. Sua religião é um misto de islamismo com religião dos naturais.

Na África existem representantes de diversíssimos padrões de cultura. Lá vivem não só os sobreviventes das velhas civilizações, como contingentes misteriosos, cujas origens ainda não foram definitivamente esmiuçadas. Por isso, não sabemos se os primitivos lá existentes, são indivíduos colocados nos inícios da evolução cultural, ou se seriam elementos regredidos de civilizações desaparecidas.E não foram pesquisadores como o padre Schimidt, descobrir o monoteísmo primordial “Urmonotheismo” em grupos humanos, os Pigmeus que eram considerados os mais atrasados da civilização africana.Concluímos, então, pelo sucinto exposto que o habitante da África não é um selvícola que vive a esmo em florestas tropicais, mas que forma em seu conjunto uma cultura poliédrica expressa em suas facetas religiosas.Enquanto esse movimento cultural se processava na África, a América se povoava com os remanescentes lemúricos e posteriormente atlantas nela se desenvolveu civilizações que, por sua grandeza em monumentos, lembra o Egito.Toltecas, Astecas e Maias, demonstraram seu grau de cultura por época do

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redescobrimento da América. Suas pirâmides de tal forma são orientadas que exalaram o conhecimento de astronomia que possuíam seus mentores, conhecimentos estes confirmados pelas inscrições zodiacais, em pedra, mais tarde estudadas.

A costa do Pacifico é rica em detalhes deste gênero, onde o estudioso encontra um reino de pesquisa. A Ilha da Páscoa, ao largo do Chile, leva a confusão aos mais hábeis decifradores, já por seus monumentos, pelos costumes do povo, caracteres raciais que diferem por completo dos aborígines da costa chilena e do culto povo conhecido por Inca no Peru, onde a civilização chegou a um apuramento apreciável. Pode-se afirmar que a América, ao tempo de Colombo, era toda habitada, ora por grupos compactos de grande densidade demográfica, ora por pequenos grupos tendo a orla litorânea maior numero de habitantes, embora esparsos. O grau de cultura era variável, desde os conhecimentos superiores nos impérios citados até a mais rude condição de vida.Mas, de uma maneira geral, o nativo americano tinha a crença em um Deus. Alguns admitiam uma trindade superior e a imortalidade da alma e nas suas manifestações, após o desencarne, para os que se encontravam ainda na matéria.A prática mediúnica era evidente em seus feiticeiros, pajés, que se portavam como verdadeiros oráculos.Este era o estado geral dos habitantes americanos na época dos descobrimentos.A América é invadida pelo europeu de pele clara, em diversos pontos. formaram-se colônias em varias zonas do território, sendo o Brasil colônia do Reino de Portugal.Havia necessidade de progresso nas colônias para compensar economicamente as despesas feitas para mantê-las. A colônia devia produzir e dar lucro para o colonizador.Escraviza-se o homem da terra – o índio americano, - como o chamavam. Porém, este não se adaptou ao estado de coisas, mesmo muitas campanhas foram levantadas, tendo a frente padres jesuítas, contra este tipo de escravidão.Surge um recurso, o negro do Continente africano, e com ele, um rendoso tráfico. Infiltra-se no Brasil mais um tipo racial alem do branco usurpador da terra e o dono da terra.

Traz o negro, de origem quase na totalidade Sudanês e Bantu, consigo, o ritual e conhecimentos místicos de suas paragens.E, aqui, em nossa Pátria, ouve-se , pela primeira vez, quem sabe, o “tan-tan” africano. Combate o branco o seu ritual, proibindo tais manifestações e, mais uma vez, os jesuítas intervém permitindo os seus trabalhos, procurando ao mesmo tempo apresentar, através da catequese, um único Deus. Assim, traduz-se o termo Òrìxàs por santos, em similitude ao santo católico, datando daí, a confusão entre o santo católico e Òrìxàs Nagò. E, mistura dos dois rituais: Católico e Nagò-Jèje, notando-se, nas primeiras épocas de colonização, santos católicos entronados em mesas de Batuque (Batukàjé). O São Jorge passou a ser o Ògún ou Òxosi e a confusão continuou, não que o Negro iniciado não soubesse suas diferenças, porém, aceitou por necessidade. Tanto que, se por cima de uma mesa tosca havia uma estátua de um Santo Católico, por baixo estava o “fetiche”do Òrìxà Africano – o “Etá ou Otá”.

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O Africanismo impuro, por influência do Catolicismo traz, simultaneamente, para as suas fileiras, as tradições religiosas do aborígine brasileiro, surgindo culto especiais, formando dois grupos distintos: o daqueles que admitiam, em suas reuniões, somente manifestação de Òrìxàs, lutando pela pureza dos ritos iniciais e, o dos que também aceitaram manifestações de outras “Entidades Espirituais – os Egunguns”.

Estas reuniões de culto Afro-Ameríndio-Católica, tomaram várias denominações tais como: na Bahia, - “Candomblé” deturpação por extensão do termo que se referia às grandes festas anuais do Africanismo; os “Encantados de Caboclos, onde o misto é mais nítido; “Cabulá”, Sociedade Secreta de Componentes Bântus, que teve o seu apogeu com o “13 de Maio”, entrando rapidamente em declínio e, atualmente, quase extinta; no nordeste brasileiro, “Xangô” – onde a dosagem da cultura ameríndia é bem maior; no norte do País, o “Catimbó”, com influências da magia mediterrânea, com seus bonecos de cera e a aceitação de manifestações, por médiuns (aves), de espíritos de “animais desencarnados”, como o da “Cobra Grande”( sem levarmos em consideração o símbolo esotérico da nossa “Boi-Açu”); No Rio de Janeiro, “Macumba”; no Rio Grande do Sul, “Batukàjé”, mais conhecido por “Batuque e Toque”. O sincretismo continua em sua marcha, mas, nos dias de hoje é indevido, por este imenso Brasil, nas mais variadas formas e percentagens de misturas. É o período preparatório, de confusão, de adaptação, descambando em vezes para a involução de processos espiritualistas, depois de um apogeu em Cristo. O sopro evolutivo chega. A massa se agita e surge um movimento renovador. É a “UMBANDA”, o renascimento dos velhos princípios, titubeantes ainda, mais a névoa já é menor. A codificação; é pouco. Escrevem-se “livros”de doto gênero. Nova confusão. O neófito perde-se na entrada do “Templo”. Concorrem as diversas correntes espiritualistas, os ramos de uma árvore, quer através de suas obras ou de seus membros, para reerguer as velhas tradições, concretizando-as na “Umbanda”, provocando um movimento de caráter nitidamente evolutivo e sem fanatismo.

“A “Umbanda” não é espiritismo, esoterismo,teosofia, mentalismo, como muitos julgam. Ela é tudo isso e muito mais: é também magia.”

De suas origens se deduz que ela é conhecimento (Magia), sob aspectos básicos de filosofia, ciência e religião.

É FILOSOFIA, porque estuda os problemas gerais relativos aos sumos princípios de interpretação do Cosmos e a intuição universal da realidade em que se fundamenta. Admite uma única Lei. A lei de Umbanda, a da causa que é o próprio efeito, a realidade única indefinível, Olorun (Deus).

É CIÊNCIA, porque estuda racionalmente os fenômenos de ordem psíquica e física, comprovado pela experiência suas Leis. Tem como meio de pesquisa os métodos e processos da Psicologia, Psicanálise, dos estados Anímicos,

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Mediúnicos e Mentais; do Magnetismo, Hipnotismo, Matemática, Química, Física, Botânica, Zoologia, Geologia, Arqueologia e das demais ciências chamadas Acadêmicas e Herméticas.

É RELIGIÃO, porque mantém “um culto”e uma liturgia baseada em “símbolos” com caráter : “MONOTEISTA” por venerar somente um Deus, em Espírito e Verdade, não passível de representação; NATURAL, pela consciência do mundo com as forças que o impulsiona; MORAL, pela consciência do ser em si mesmo, das idéias de progresso espiritual; REDENTORA, pela consciência em Deus, quer por abstração negativa, como Buda, quer por abstração positiva, como Jesus Cristo. A “Umbanda”é, pois, a religião da “natureza”, da “moral” e da “redenção”. Segue os ensinamentos de Jesus Cristo, condensados em seu único mandamento: “Ama o próximo como a ti mesmo, para que possas amar a Deus acima de tudo”. Não é nova a revelação, porque a revelação é Una é o pensamento através do tempo, expresso em conhecimentos. DEFINIÇÃO : Definiríamos a Umbanda como: “O CONJUNTO DOS CONCEITOS E PROCESSOS DE ORDEM FILOSÓFICA, CIENTÍFICA E RELIGIOSA, COM A FINALIDADE DE EVOLUÇÃO MATERIAL ESPIRITUAL DAS FORÇAS INTRÍNSECAS E EXTRÍNSECAS QUE REGEM O HOMEM”.

“UMBANDA UNIVERSAL E MATER”

O caráter de “Conhecimento, Revelação e Tradição”, assegura à “Umbanda” sua “Universalidade” nos diversos matrizes da “Filosofia, Ciência e Religião”: É o que se conclui, por dedução do que nos conta a sua origem. É a “Mater Filosofia-Ciência-Religião” una em seu trino aspecto básico, fonte primitiva de “Quando o Mundo não era Mundo”, d’onde brotam, através dos tempos, os atuais “Conceitos Universais”.

“UMBANDA NO BRASIL”

Embora a Umbanda”seja universal, a sua exteriorização vária com o povo que a prática. Já no tempo histórico, em nosso “Arabutã”(Brasil), existe uma forma de Umbanda que iniciou em “13 de Maio de 1500”, com a primeira missa rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Assim, reporto-me porque foi o ponto inicial, quem sabe, da assimilação litúrgica pelos nativos, por imitação e por mímica, sem conhecer o significado oculto do “Gesto” ante o altar e a cruz.. Habitava, por essa época, a nossa terra, o seu dono, por posse e assentamento, o “aborígine brasileiro”, os “brasis”. Chega o branco ao Continente Sul-Americano, ávido de riqueza e de retorno a sua Pátria, mas termina se fixando no novo “Habitat”, mesclando seu culto religioso com os do ameríndio.

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Por escravidão, aportou às plagas brasileiras, o Negro, proveniente dos mais variados rincões africanos e, aqui, mistura seus ritos, que já não eram puros na origem (África), com os do “Índio brasileiro” e o homem importado. Com três raças em contato, com três culturas se beirando, era fatal a troca, o sincretismo, e foi o que aconteceu lá pelos idos das primeiras colonizações pelas sucessivas levas de Negros. “Os vários cultos africanos se “amalgamaram” a princípio, entre si, e depois com as religiões brancas : Catolicismo e espiritismo. (nota de Ocipalede: amalgaram-se também, com a do ameríndio-cabôclo). De modo que temos, em ordem crescente de sincretismo :

l) Jèje-Nagò (nota de Ocipalede: ambos de origem Sudanês). 2) Jèje-Nagò-Muçulmi ( nota de Ocipalede: Negro de cultura Árabe). 3) Jèje-Nagò-Bântu ( nota de Ocipalede : outro grupo lingüístico e pobre em rituais). 4) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu; 5) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio; 6) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio-Espírita; 7) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio-Espírita-Católico.

O sincretismo continuou, estendendo-se por todo o País. Outras correntes de pensamentos chegaram, como a Teosofia, o Protestantismo e o Rosacrucianismo, para enriquecer o manancial de conhecimento litúrgico da Umbanda Brasileira, por assim, chamar, pois de fato, a não ser didaticamente, não há distinção da Umbanda Universal, já que a “Umbanda e Una”, sendo, apenas polimórfica. Não há dúvida de que “Ela é Sincrética; faceta brasileira, com “nada de seu”, porém, por sua origem “Universal e Mater”, “tudo” lhe pertence, como até o próprio nome, que de fato lhe é exclusivo. A Umbanda, atualmente, já superou a fase de “recolhimento”, isto é, superou a fase sincrética, a fase involutiva, com retorno à processos, por vezes arcaicos, calcados em rituais bárbaros, sem fundamento “Esotérico”que se perdeu no “Tempo”. O fato geral: “perde-se o “ensinamento e fica-se com o ritual”. ( Hoje, em pleno século XXI, vejo como grande inimigo da Umbanda, a essa coisa que estão criando, como, um novo culto em substituição da Umbanda, que é para Entidade Èxú, outorgando-lhe poderes indevidos, como sendo, superior, igual aos demais, Caboclos Òrìxàs.). Despontando a aurora do conhecimento esotérico no meio umbandista, a “alfa da evolução”, nos indicando a senda do ecletismo, requer, ao trilha-la, por eliminação, por expurgo e por substituição, as formas menos espiritualizadas pela “estabilidade”espiralada da evolução que é a “própria Umbanda” no ecletismo da revelação e da seleção, na aquisição de conhecimentos filosóficos e científicos. Eis, pois, a meta da Umbanda no Brasil : “O ecletismo universal evolutivo”.

“FUNDAMENTOS DA UMBANDA A LEI”

INTRODUÇÃO:

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A mediunidade e a filantropia são atributos individuais, intrínsecos do “Homem”e independentes das correntes de pensamentos a que pertença. As vestes brancas, em reuniões espirituais, são usadas através dos tempos. Freqüentar reuniões umbandistas, qualquer pessoa poderá fazer, levada por inúmeros motivos, tais como, a curiosidade ou a necessidade de bálsamo para sofrimentos físicos ou Moraes, etc... Alguns fazem como certos prosélitos de outros cultos, e a exemplo, citamos Católicos que dizem: “sou Católico mas não aceito a confissão nem comunhão”. Estes, certamente não são Católicos. O Católico é aquele que segue os mandamentos de Moisés, chamados “Mandamentos de Deus e os Mandamentos da Igreja Católica Apostólica Romana”. Exercer, portanto, a mediunidade e a caridade, freqüentar reuniões umbandistas, usar vestes brancas e ter restrições aos “Fundamentos da Umbanda”, não é ser “umbandista”. E sim, quem poderia afirmar, simpatizante. Porque, umbandista consciente, é aquele que aceita os “Fundamentos”emanados dos básicos aspectos:

“Filosófico, Científico e Religioso da Umbanda”.

Só assim têm sentido a frase:

“Sou Umbandista”, “Sou da Lei”.

A Umbanda fundamenta-se:

“UNA, TRINA E SEPTENARIAMENTE”.

“FUNDAMENTO UNO” – A Umbanda possui um único fundamento, que é a sua LEX, aquela CAUSA é o PRÓPRIO EFEITO, DEUS- OLORUN, A LEI DE DEUS, A LEI DA UMBANDA.

“FUNDAMENTO TRINO” – É o seu fundamento básico, a Lei do Uno, desdobra-se em três complementares, que em linguagem hermética são: “ARQUÉTIPO - MACROCOSMO - MICROCOSMO”

Obs.: Para serdes um “iniciado”, tendes de conhecer a Deus, a Natureza e o Homem”.

De Deus são os “PRICÍPIOS”. Da Natureza são os “Fatos”. Do Homem são as “Leis”.

Conseqüentemente, a Umbanda fundamenta-se trinamente:

Em Deus, o “Arquétipo”. Na Natureza, o “Macrocosmo”. No Homem, o “Microcosmo”.

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“FUNDAMENTO SEPTENÁRIO”- O septenário é o número universal por encerrar os demais. Sete são os Fundamentos da Umbanda. Sete é a soma do Ternário com Quaternário. E isto, quer significar: a soma dos Princípios, dos Fatos e das Leis: Assim a Umbanda se fundamenta:

l) Na existência de Deus; 2) Na pluralidade dos Mundos; 3) Na pluralidade dos corpos do homem e a existência do espírito; 4) Na pluralidade das Entidades Espirituais; 5) Nas linhas de Umbanda; 6) Na evolução da forma e do Espírito: 7) Na ética entre os entes.

“PRIMEIRO FUNDAMENTO”“DEUS”

Deus é um “ENTE” indefinível, primitivo, conceituado pela mente que admite. Definir Deus é dar-lhe atributos antopomórticos. Em nossa humanidade dividida encontramos: Os “Teistas”, que aceitam Deus e estão distribuídos em: Monoteísta, que admitem um Deus. Politeísta, que aceitam a existência de muitos Deuses. Os Ateístas, que pregam a não existência Deus. Os Agnósticos, que declaram a não compreensão de Deus pela inteligência. Esotéricamente, Deus é um “ENTE CÓSMICO”, que em sua atividade se exterioriza sob três aspectos distintos, que são harmônicos e simultâneos. É o fenômeno da “Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade”, que se desdobra nos “Sete Espíritos Governantes Cósmicos”e que são os “Sete Òrìsàs Maiores”, os “Sete Mundos”. A Umbanda e Monoteísta, admitindo Deus Uno e Trino, e sua conseqüência Septenário e, somente Ele é passível de adoração, por abstração, sem representação, nem mesmo por símbolos.

“SEGUNDO FUNDAMENTO”

“PLURALIDADE DOS MUNDOS”

A doutrina da pluralidade dos mundos é, atualmente, de caráter quase universal. Todavia, nem sempre foi assim, pois muitas das filosofias e religiões, que ainda hoje existem, afirmavam a sua unidade, cujo centro seria a nossa “acanhada” Terra. Com a evolução do entendimento filosófico e as conquistas da ciência, os conceitos também progrediram e, hoje, nas elites pensantes do planeta, discute-se a habilidade de seres em outros mundos físicos, os seus aspectos e os seus graus de inteligência. A Umbanda, nitidamente evolutiva, para ser redundante, conclama com a “ciência acadêmica”a pluralidade física dos mundos – mundos da forma – e, com a ciência esotérica aceita a sua pluralidade hiper e infra-física. Quanto a forma, a ciência atual costuma classificar os Cosmos, em “quatro ordens de universos”: 1a) O de primeira ordem, que é o constituído pelo nosso “Sistema Solar”, ou

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por sistema análogos em outras estrelas que não o “Sol”e, em cada galáxia (com seus planetas, satélites, cometas, asteróides, meteoritos e poeiras); 2a)O universo de segunda ordem, é aquele de cada galáxia semelhante a nossa Via Láctea. É, pois, constituído por miríades de estrelas e suas coortes de astros; 3a)O de terceira ordem, é o dos cúmulos de galáxias ou hipergaláxias; 4a)O universo de quarta ordem, é formado pelos cúmulos do hipergaláxias. Assim. O Cosmos é o conjunto de universos, implicando na noção de “Cosmos Finito”como já o afirmava “Finstein”e, para acentuar a noção compreenda-se sua expansibilidade. O Cosmos, na pluralidade dos mundos, é “Finito” e está em “Expansão no Espaço” através do “Tempo”. A Umbanda entende a pluralidade dos mundos, partindo da compreensão de “Deus como o Absoluto”, por existir, independentemente de qualquer condição, sem atributos, nem limites.

Primeiro plano Cósmico: No entanto, partindo do conceito de “Espaço Total”, conjunto de mundos e, de “Tempo Total”, por correspondência e abstração, depreende-se uma relação, “Um Ente Deus”. Segundo plano Cósmico: A Divindade Cósmica, passando pela Trindade se desdobra em “Sete Universos”. Terceiro plano Cósmico: Cada um destes Sete Universos, com sua Divindade Regente trina, também é septenária, formando, por sua vez, Sete Universos. Quarto plano Cósmico: Estes universos, com seu Regente Divino, se desdobram em sete universos de quarta ordem, como os denomina a ciência acadêmica, na “Unidade e na Trindade”. Quinto plano Cósmico: Segue-se, a condensação dos universos de quarta ordem, em sete universos de terceira ordem. Sexto plano Cósmico: Cada um dos sete universos de terceira ordem se desdobram, depois do Uno-Tríplice, em outros sete universos de segunda ordem. Sétimo plano Cósmico: Os universos de segunda ordem, transformam-se, na decida para a matéria, em sete universos de primeira ordem, ou sistemas solares que são os de maior densidade e de maior extensão.

Estamos na presença do nosso Universo! O sistema Solar, com sua cadeia de planetas, que esotéricamente são sete, considerando-se o satélite da Terra, a Lua, como tal e, formando, assim, “Sete Planos”, que são:

1a) Mahaparanirvánico, Adi ou Mundo de Deus; 2a) Paranirvánico, Anupadaka ou Mundo dos Espíritos Virgens; 3a) Nirvánico ou Atímico ou Mundo do Espírito Divino; 4a) Buddhico, Intucional ou Mundo do Espírito da Vida; 5a) Mental, dos Pensamentos; 6a) Astral, dos Desejos, Emocional; 7a) Físico, Material.

O primeiro plano, o ADI, é o da Atividade Divina. O segundo e o Terceiro. São os campos da evolução Hiper-Humana, enquanto que Mental, Astral e o Físico, são evolução humana e os mais conhecidos pelas religiões e filosofias antigas.

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Assim, o Plano Mental corresponde ao Céu ou Paraíso de certas religiões Cristãs, para os muçulmanos e judeus; aos Campos Elíseos dos Gregos, e ao Devacam dos Hindus. Nota-se que estes planos, não são como prateleiras, um em cima do outro, mas também “Interpenetrantes”, cuja penetração é do mais evoluído ao menos evoluído, do primeiro ao sétimo e todos formados por matéria universal, que se gradua de mais densa a menos densa. Sendo a menos densa, a do primeiro plano e, devido a interpenetração dos planos, que se dá a Deus, o atributo de “Onipresença”.

“TERCEIRO FUNDAMENTO”

“OS CORPOS DO HOMEM - ESPÍRITO”

A constituição do ENTE HUMANO, depende do plano de observação em que se coloque o estudioso e, por isso, o Homem poderá ter um, dois, três sete e até dez corpos distintos ou veículos. “Primeiro – O Homem Uno” 1a) Materialistas: Ao contemplar o Homem, com os sentidos ou com instrumentos que o amplie, de imediato, ressalta, através de suas particularidades físicas e fisiológicas, como sendo este, constituído de matéria do Mundo Físico, e aqueles, que assim se situam, são os que militam na Escola Materialista e afirmam que o Homem é Uno, apenas composto de elementos químicos, que ao se combinarem formam o seu Corpo Físico e, portanto, o homem seria: “Uno. Somente Matéria, com um só corpo: O Corpo Físico. Nota-se: Hoje, não se fala em termos de matéria, e sim, em energia, campos energéticos e níveis de energia. Entretanto, esta Escola mantem, ainda, a sua denominação, talves por tradição. 2a) Espiritualistas Unilateralistas: Os pertencentes a esta Escola Filosófica, com muito poucos adeptos, dizem que o homem é matéria somente na “aparência”, mas, que de fato, o que há é um erro de observação ou falta de apuramento de nossos sentidos físicos e que, na verdade, o Homem é Somente Espírito. Esta corrente, que é espiritualista, difere apenas da materialista, por troca dos termos, ou seja, onde se diz matéria, se diz espírito, e nunca na essência do conceito e, portanto, o Homem seria: “Uno e, Somente Espírito, com um só corpo: O Espírito” SEGUNDO- O HOMEM DUAL: Algumas correntes espiritualistas, como a dos Católicos e Protestantes, aceitam o Homem como constituído de um “Corpo Físico” onde habita, e um “Corpo Espiritual, o Espírito”, pertencente a um “Mundo Espiritual, o hiper-físico e, portanto, o Homem seria “DUAL”, formado por dois corpos: “ESPÍRITO – MATÉRIA – CORPO FÍSICO”

“TERCEIRO – O HOMEM TRINO”: O Espiritismo, em sua filosofia espiritualista, acentuada por Kardec na codificação, dá ao Homem um tríplice constituição:

1ª) O Espírito, pertencente a Mundo Hiper-Físicos; 2ª) O Corpo Físico, elaborado pela matéria do Mundo Físico; 3ª) O Corpo Perispíritual, é o Perispírito, ligação entre o Espírito e o corpo

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material do Homem e formado por partículas de matéria do Corpo Físico, ou do Mundo Físico, e por partículas mais ou menos densas, dos Mundos Hiper-Físicos. Portanto, o Homem seria “Trino”e formado por três corpos: “ESPÍRITO – PERISPÍRITO – CORPO PERISPÍRITUAL”.

“QUARTO – O HOMEM HEPTENÁRIO”: Os teosofistas, hinduístas e algumas correntes espiritualistas, apregoam que o Homem é composto de sete corpos, que são:

1a) O Espírito, pertencente ao terceiro plano de nosso Universo, o Nirvánico ou Atímico; 2a) O corpo Espiritual ou Buddhico, que é formado por partículas do plano Buddhico; 3a) O corpo Causal, que é composto de partículas do plano Mental Superior; 4a) O Corpo Mental, cuja composição é a constituição do plano Mental Inferior; 5a) O Corpo Astral, formado de matéria do plano Astral; 6a) O Corpo Etéreo, formado pela matéria etérea do plano Físico; 7a) O Corpo Físico, formado pela matéria do plano Físico.

“QUINTO – O HOMEM DECENÁRIO”: Os espiritualistas rosacrusianos, em primeiro lugar, fazem distinção entre “Mente”e “Alma”e consideram o Homem como composto de Dez Princípios. Afirmam que o Homem é um Tríplice Espírito, possuidor de uma Mente, que comanda um Tríplice Corpo, que gerou uma Tríplice Alma. O Tríplice Espírito seria: 1ª) O Espírito Divino, o espírito em si, pertencente ao plano Nirvánico; 2ª) O Espírito da Vida, constituído e pertencente ao plano Intucional ou Buddhico; 3ª) O Espírito Humano, composto e pertencente ao plano Mental Superior. A Mente, que pertence a região inferior do plano Mental, é constituída de seu material e forma um elo entre o Tríplice Espírito e os Três Corpos. A Tríplice Alma, que é emanação do Tríplice Corpo, seria: 1ª) A Alma Consciente;2ª)A Alma Intelectual; 3ª) A Alma Emocional, todas pertencentes e formadas pela matéria do plano Mental Inferior.

O Tríplice Corpo, emanação do Tríplice Espírito, seria: 1ª) Corpo Astral, formado e pertencente ao plano Astral; 2ª) Corpo Etérico, composto e pertencente a região Etérea do plano Físico; 3ª) Corpo Físico, constituído e pertencente ao plano Físico tangível pelos sentidos comuns. “O ESPÍRITO”

Todas as correntes de pensamentos, a não ser as materialistas, são acordes, que no Homem há um “Espírito”. A Umbanda segue a recíproca de Hermes – “Como em baixo assim é em cima”, - “Assim como é o “Microcosmos é o Macrocosmos”. A Gênese ( primeiro, v.26) diz: “O Homem foi feito à imagem e semelhança” de seu Criador. Embora seja uma afirmativa pretensiosa, o termo semelhança deixa uma distância incomensurável, podendo ser aceito com restrição e,

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então, como Deus, o Homem Trino em sua atividade, e Septenário em seu Universo. O Homem é uma “Consciência Encarnada” em um Universo Mutável ( os seus corpos mortais), onde se manifesta trinamente como: “Vontade – Amor – Inteligência”. A Umbanda aceita o “Espírito Uno e Trino”em seu Universo Septenário na pluralidade dos Corpos do Homem. IMORTALIDADE: Resta saber, se o Espírito Humano é mortal, se parece na transformação da matéria por absorção em seu plano, ou se é Imortal ? Os materialistas, como não poderia deixar de ser, nem cogitam do assunto, pois para eles, só há existência material. As demais correntes, todas espiritualistas, afirmam a Imortalidade do Espírito, fazendo coro com elas, a Umbanda.

MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO: Os espiritualistas não estão acordes com a manifestação do Espírito fora da matéria, quer quando encarnado, quer após o desencarne. Para alguns, o Espírito quando fora do Corpo Físico, jamais se manifesta. Outros, só admitem, sua manifestação após o desencarne e, assim, formando dois grupos: “os que aceitam sua manifestação SEM interferência de intermediários ( médiuns), e os que admitem a manifestação do Espírito Humano COM ou SEM intermediários ( médiuns)”. Porém, encontramos outra classe que embora aceitam a manifestação do Espírito com a dependência ou não do médium, só admitem esta comunicação, quando o Espírito for desencarnado, ou melhor, quando já não possua “Corpo Físico”. Poder-se-ia, ainda, inserir uma nova classificação na daquelas que aceitam a manifestação só do Espírito Humano e outros que acreditam na manifestação do Espírito Humano e outros Entes Espirituais. A Umbanda aceita a manifestação do Espírito Humano, sem nenhuma restrição, bem como, de outros Entes Espirituais.

A REENCARNAÇÃO: Como conseqüência de existência e imortalidade do Espírito Humano, nasce o problema dos renascimentos ( reencarnação). Correntes há, como a Católica e a Protestante, que apregoam, que o Espírito uma vez descarnados, não mais volta a ter Corpo Físico. Mas, a corrente mais numerosa entre os espiritualistas “é a dos rencarnacionistas”. Também, aqui, encontramos divergências , porque alguns se situam na admissão de reencarnações, “somente em seres da mesma evolução”, ou seja, “que o Espírito Humano reencarna só na forma Física Humana”. Acontece, que outros assim não entendem e afirmam “que o Espírito Humano pode reencarnar em outras formas Físicas menos evoluídas”, tais como, a dos animais. A Umbanda situa-se entre os que só admitem a reencarnação na forma Humana. Nota: Espiritualismo é crença na existência do Espírito Imaterial, oposto ao materialismo. O Espiritualismo é a base todas as Religiões. Assim, espiritualista é aquele que acredita que no Homem, nem tudo é matéria, o que de modo algum, implica na crença da manifestação dos Espíritos. Todo Espírita é, necessariamente, Espiritualista. Põem, se pode ser Espiritualista sem ser Espírita. Claro está, que o Materialista não é nem um

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nem outro. Espiritismo é, pois, a “doutrina” fundada sobre a crença na existência dos Espíritos e em outras manifestações. O seu adepto denomina-se Espiritista, palavra que não foi consagrada pelo uso, empregando-se em seu lugar o termo Espírita. A Umbanda “NÃO” é Espiritismo, embora contenha os seus ensinamentos não se limita a Eles. Estuda, também, a natureza de “Entes Espirituais não Humanos”.

“FUNDAMENTOS DA UMBANDA”

QUARTO FUNDAMENTO

“PLURALIDADE DAS ENTIDADES ESPIRITUAIS”

É conceito firmado em quase todas as Religiões, a existência de Entidades Espirituais, umas acima e outras abaixo, da escala evolutiva do Homem. Há nessa cadeia, Entidades Sublimes, pelas suas perfeições, que formam uma verdadeira Hierarquia Espiritual, que cuidam e guiam a evolução de “Entes” em estágios inferiores aos seus. Para nosso estudo, entende-se como ‘Entidades Espiritual”, todo o “Ente”que não mais possua seu Corpo Físico, ou que nunca o teve. Classifica-las, ordena-las, é tarefa muito difícil por sua complexidade, porém, como cunho didático, salvo melhor, é satisfatória a que segue:

ENTIDADES ESPIRITUAL HUMANA COM ÊGO—“EGUM”: Neste grupo se situam as formas Espirituais que tiveram Corpo Físico como nosso, e que são atidas por sua essência – O Espírito. Na Umbanda tomam o nome genérico de “Egum”-Espírito de Morto. Tome-se o termo “morto”como desencarnado.

ENTIDADE HUMANA SEM ÊGO: São resíduos dos corpos do homem, que militam em plano inferior, comumente no Astral, enquanto que o Êgo, o Espírito, com os demais corpos superiores, encontram-se em plano mais elevado. Para melhor entendimento, poderemos agrupa-los em: A) SOMBRAS: Compreenda-se por “sombras”, as entidades espirituais, não mais animadas pelo Êgo Superior, mas, que por falta de libertação, o seu Êgo inferior não foi absorvido totalmente, ficando, pois, este “Ente Hiper-Físico” vitalizado, apenas, por seu reflexo. Estes Entes Espirituais não tem consciência de si mesmo como “Personalidade”, pois, na sua inteligência limitada, “supõem-se ser o indivíduo de que fez parte, transitoriamente, como um de seus corpos”. A duração de uma “Sombra”, como entidade independente, vária com a intensidade do Espírito Inferior do indivíduo que o animava, mas vai diminuindo, lentamente, em sua atividade inteligente até reduzir-se a atos instintivos. Prestam-se, estas “Sombras”, para as mistificações freqüentes em reuniões Espíritas, bem como, por suas tendências más já que lhes restam só o Corpo Emocional, por serem Entidades do Astral, para operações de “Magia Negras”. B) INVÓLUCROS OU CASCÕES: O invólucro é um cadáver do plano que pertence. É o que resta, no plano, daquilo que foi veículo do Espírito, em sua

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fase última de desintegração, ou melhor, quando os estão abandonando as últimas partículas do plano imediatamente superior e, quase sempre, “é o que resta do que foi uma “Sombra”. Mas, o Cascão, ao contrário da Sombra, não tem consciência e inteligência de qualquer espécie, vagueiam, por assim dizer, em correntes no plano que pertencem . Acontece, porém, que quando entram no campo de atração de um “médium”, reproduzem as expressões e até mesmo a letra daquele que serviu como um dos seus corpos. Mas, são atos automáticos, que devido a qualquer excitação, tendem a repetir, mecanicamente, os movimentos habituais. Às vezes, achamos inteligência nos “Cascões”, que de fato a tem, mas, não sí próprio, como poderia parecer à primeira vista e, sim, provenientes do “médium” que o aciona ou das Entidades com Êgo Superior, que lhes emprestam a inteligência, por momentos. Os invólucros podem ser vitalizados, quer por pensamentos humanos, quer por Entidades Espirituais. Em geral, esta vitalização visa o mal, pois são de fácil manejo e servem como ação na Magia do Vood e do Obeah . No entanto, sua vitalização pode ser para o bem, quando utilizada como roupagem de Entidades Espirituais Superiores. A sua conservação, principalmente, no plano Astral, feita artificialmente, é Lícita, quando para fins benéficos, mas, requer conhecimentos de “Umbanda Esotérica”. c) CORPO ETÉREO OU VITAL: Como o “Cascão”, também é um cadáver, porém, pertencente a parte Etérea do plano Físico. Difere do “invólucro”, por não vaguear daqui para ali, e sim, por manter-se a pouca distância do Corpo Físico em decomposição – É o fantasma dos cemitérios. Está categoria, também, é desprovida, completamente, de inteligência e de consciência. A sua utilização é uma das formas mais “Horríveis na Magia Negra”. d) ESSÊNCIA ELEMENTAL: É massa que permanece nos planos evolutivos e que pertencente a nossa evolução, reage aos pensamentos humanos. Existe uma outra espécie de “Essência Elemental”, em Umbanda, se faz através de cerimonial mágico, por “Entidade Espiritual” evocada para tal, ou pelo “Mago”. e) ESPÍRITO GRUPO: Os minerais, as plantas e os animais não tem espíritos individualizados e, sim, coletivos cuja sede é o plano “Mental”. Estes Entes, pouco a pouco ganham a sua individualidade. Basta observar o grau de evolução que separa um animal selvagem de um doméstico. f) ESPÍRITOS DA NATUREZA – ELEMENTARES: São Entidades Espirituais que muito diferem das demais, pois nunca foram, nem são, nem hão de ser membros de uma humanidade como a nossa, por terem evolução completamente diversa . Somos apenas companheiros evolutivos no mesmo planeta Terra . Estas Entidades são mais evolutivas que a “Essência Elemental”, mas guardam entre si, a sua classificação primária, que é septenária, como tudo no Cosmos. Classificam-se em “Sete Classes” que ocupam os mesmos “Sete Estados” coesivos da “Matéria”, e que são: Os Espíritos da Terra; Os Espíritos d’Água; Os Espíritos do Ar; Os Espíritos do Fogo; Os Espíritos dos três Estados Etéreos . São Entidades Astrais e algumas Etéreas, com inteligência, que habitam e funcionam em cada um desses meios . O Umbandista pode e sabe utilizar os seus “Serviços”, mas com parcimônia e muito conhecimento de causa. Nota: Como aviso de prudência, não se deve evocar tais Entidades, através de

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promessas, em troca de algo material, ou, ainda, o que é pior, utilizando influência que lhes obriguem “Obediência”. Muita “Calma e Conhecimento” no trato com “Elementares”. g) Orixá ( Òrìxà): É o “Deva” do Hindu, o Anjo Ocidental. É a classe de Entidades Espirituais de Maior Evolução que tem contato com a Terra . Apesar de sua relação conosco, não estão confinados nos seus limites, porque o conjunto dos Sete Universos que constituem a nossa cadeia planetária, é o campo evolutivo daqueles de maior elevação. Nunca encarnaram como nós, e o processo evolutivo é bem diverso do nosso . Foram uma grande hierarquia espiritual, desde os que militam no plano físico ( etéreo), astral e mental do nosso planeta, até os grandes Orixás Cósmicos, regentes de Universo . E, então, estaremos na presença do “Único Orixá – Olorun”. Entretanto, embora pertençam a uma cadeia evolutiva mais elevada que a da Humanidade, não quer dizer que não haja Orixás menos evoluídos que certos Entes Humanos . h) ENTIDADES ESPIRITUAIS ARTIFICIAIS: Consideram-se como Entidades Espirituais Artificiais, aquelas produzidas pelos pensamentos humanos. A mais levada ação de pensar, faz com que a Essência Elemental se agite . No entanto, se o pensamento é mais intenso a Essência Elemental ganha forma que dependerá do tipo de pensamento emitido, e a sua duração, da intensidade do pensamento . Claro está que o pensamento inconsciente, aquele sem rumo certo, já produz pequenas vagas e minúsculas formas, naturalmente no plano que afine. Entretanto, quando o pensamento é dirigido, repetido muitas vezes, estas formas corpo, podendo ser alimentadas pelo seu “Criador”, e mesmo aumentadas, já que são produtos de pensamentos conscientes . As vezes, formam verdadeiras correntes nos planos onde foram criadas e denominam-se “Noures” ( termo de Ubaldi).

Ao conjunto de pensamentos de um recinto, é o que se denomina EGRÉGORA.

Por vezes, um espírito de natureza, um elementar, os anima agindo como um Ente Inteligente. As ondas de pensamentos, a forma pensamento ou forma vitalizada por elementar e a Egrégora, são utilizadas na Umbanda seguidamente. É de bom alvitre, para com os Espíritos da Natureza, o “Profundo Conhecimento de Parte do Umbandista”, no seu manejo, para evitar males muito comuns provocados por neófitos e imitadores de rituais. Assim, a Umbanda, esotéricamente, é a Egrégora do Planeta. É, pois, “O CONJUNTO DOS PENSAMENTOS EMITIDOS PELA HUMANIDADE ATRAVÉS DO TEMPO”.

QUINTO FUNDAMENTO

“AS LINHAS DE UMBANDA”

O estudo das Linhas de Umbanda,é deveras complexo e extremamente importante para a “CONSOLIDAÇÃO DA UMBANDA”, e não dogmatização,

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pois a Umbanda não tem “Dogmas”e sim “Fundamentos Evolutivos”. Alguém já disse : “A UMBANDA MUITO SE DÁ OU TUDO SE LHE TIRA”. Eis, pois, a primeira dificuldade que parte de sua origem universal ou brasileira.

A segunda, prende-se ao seu trino aspecto de filosofia, ciência e religião e a concordância destes aspectos na unidade de LINHAS. Desde logo, devemos preterir aqueles que formulam arranjos hipotéticos fora da razão, da lógica e do conhecimento. Destas premissas, brota a compreensão que haverá muitas “Linhas”que vão depender de seu apoio conceitual, tomados em conjunto ou separadamente. Desta forma, nascem as chamadas “LINHAS PRÁTICAS DEVOCIONAIS, DE CABÔCLOS, AFRICANAS, DE SANTO CATÓLICO, DE ORIXÁ, MITOLÓGICAS OU HISTÓRICO- MITOLÓGICOS, ESOTÉRICAS ORIENTAIS OU OCIDENTAIS, DE “QUIMBANDA”, etc...

LINHAS PRÁTICAS OU DEVOCIONAIS: Quando se situa a Umbanda como, religião independente de suas origens, ressalta ao observador, seu sincretismo e suas fazes ecléticas. Assim, a Umbanda seria formada por fragmentos de cultos religiosos, onde, aqui e ali há a predominância deste ou aquele, por formação ou escolha eclética. Estas “Linhas”são constituídas, por agrupamentos de regras ditadas por “Chefe de Cultos” ou por “Entidades Espirituais” responsáveis por eles. Daí, haver tantas “Linhas” quantas forem as idealizações ou necessidades, ambientais das reuniões. As “Linhas Práticas Devocionais” são livres. Cada Chefe, possivelmente cria a sua “Linha”. Nelas podem ser enquadradas as de “Caboclos”, as de “Africanismo” ou de “Pretos Velhos”, as de “Santos Católicos”, as de “Orixás”e, assim, nada mais são do que “Sistemas de Trabalhos”. Sobre estas modalidades de reuniões, nada há a criticar. Somente, somos de parecer que não constituem “LINHAS DE UMBANDA”. São “SISTEMAS DE TRABALHO”. Cada um realiza dentro seu “RITMO”, de, “PROCESSO ESPIRITUAL”, ou na dependência da “COLETIVIDADE” que comanda ou pertence, sua maneira de trabalho.

LINHAS HISTÓRICO – MITOLÓGICAS: A filosofia da história, a história, a “Cosmogonia”e a comparação dos “Mitos dos Povos”, trazem novas concepção de agregamento que vão constituir as “LINHAS DE UMBANDA HISTÓRICO-MITOLÓGICAS”. Enquanto que as “LINHAS PRÁTICAS” ou “DEVOCIONAIS” são formuladas sem regras fixas e variáveis no tempo, as “LINHAS HISTÓRICO-MITOLÓGICAS” tem método distinto, pois seguem a conjuntos de conjuntos de conceitos universais em comparação lógica. Estas, naturalmente entram em choque com as primeiras, pois e de probabilidade mínima coincidirem: “vontade de acertar com cronologia histórica e crônica mitológica”.

LINHAS DE QUIMBANDA: Sobre esta, “lembramos”que são sete as cabeças da besta do apocalipse . Tais cabeças representam os sete instintos baixos do Homem, os sete vícios capitais da Igreja Católica : Soberba; Avareza; Luxúria; Ira; Gula; Inveja; Preguiça. Logo, alguém que tenha juízo e queira fazer um quadro esquemático com as

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“sete linhas de quimbanda”, é melhor que aproveite os nomes acima e dêem aos seus respectivas Entidades da Quimbanda . As sete “Linhas da Quimbanda”, se existem, estão dentro dos vícios de cada Homem . É, lamentável, pela incapacidade de muitos “Chefes de Terreira”, hoje, substituindo certos fundamentos da Quimbanda, em troca por “Giras de Kiumbas”, onde possibilita a infiltração dos vícios como: Cachaça, cigarros, charutos, maconha, e outras. Com a finalidade de conquistar novos adeptos e, fazer exploração através destes vícios, um meio lucrativo. Não desejando generalizar, ou seja, nem todas as Terreiras de Umbanda se utilizam deste expediente. Que, em, futuro próximo, a tendência é prejudicar aquém realmente não se utiliza destes rituais, que na verdade é um passo para “Magia Negra”. Como exemplo, cito: O Projeto de Lei que controla ritos Afro- Umbandistas , na Cidade de Viamão-RS. Sendo aprovado pelos Vereadores da Câmara Municipal, o projeto de Lei número 120/2002. Com o grande objetivo, de, dar proteção aquém realiza os rituais corretos. (Exu, como sendo, sempre escravo de Entidades, e não superior as mesmas.).

LINHAS ESOTÉRICAS: As Linhas Esotéricas, ou mais precisamente, Linhas Esotérica Oriental, têm por base a constituição planetária: Sol, Mercúrio. Vênus, Júpiter, Marte, Saturno e Lua, onde estes planetas não são “Santos”, “Entidades” ou “Orixás”, ou não foram classificados como tais. Senão vejamos: a) Não há matéria sem Espírito que a anime; b) A Filosofia Oriental afirma a existência de “Raios”de personalidades encarnantes, os “Temperamentos”; c) A Cabala dos Hebreus nos ensina que os planetas representam as forças físicas de seus “Anjos”, e que os “Sete Planetas”são símbolos hieroglíficos de nossas afeições. Portanto, se pode estabelecer uma correspondência “Básica entre Orixá, Planeta e Raios”- Temperamentos.

O Búzio dá o Orixá. A Astrologia dá o Ascendente. O Esoterismo Oriental dá o Raio. Será uma mesma cousa ? Quem sabe o “Prisma”é o mesmo e vamos cores diversas da mesma “Luz Branca”.

LINHA MÁGICA: A Umbanda também é magia, por isso, melhor seria dizer “Linha Mágica de Umbanda”, linhas traçadas pelo raciocínio, através do Saber que é a “Magia da Ciência”, com os recursos da “Metafísica”, da “Tradição”, da “História”, das “Mitologias dos Povos”e das “Cosmogonias Religiosas”, e que se originam do “Uno”, “Olorun”, na sua restrição astrológica. Como Hermes : “Assim como é em cima é em baixo”. Como Olorun é Uno, Trino e Septenário, assim, também, o nosso Universo, o Sistema Solar é Uno, Trino e Septenário. OBATALÁ, o Orixá-Deus, é o Uno do nosso Sistema, cujo domínio é de todos os planos com permanência no primeiro, o “Ádico”o “Plano Divino”, e constitui-se nos aspectos: Oxalá – Xangô – Oxu, que por desdobramento, chegam até nós, por formação no Septenário constituindo os “Sete Orixás Criadores”, pertencentes aos Planos Nirvánico e Búdico, e que são, “As Sete Linhas

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Mágicas da Umbanda”: OXALÁ – XANGÔ – YEMONJÁ – IBEIJE – OGUM – OKÊ – OXUM, que formam no “Plano Mental Superior”, o “Casual”, as “Doze Hierarquias Criadoras”, até chegarem aos “Planos Astral e Físico- Etéreo”, onde se passam os fatos comuns da Umbanda.

A PEMBAINTRODUÇÃO: Com a pemba tudo se pode fazer em Umbanda, bem como, em todos os Rituais Africanistas e, no entanto, é o objeto sagrado mais profanado.Tenho observado, que qualquer pessoa usa sem saber, e sem o preparo devido, para o que está fazendo . Mas isso, não é o pior ! Há Entidades Espirituais que a empregam sem o conhecimento de causa, o que se pode verificar com facilidade. Quando incorporam em um médium, solicitam a pemba e saem riscando por aí a fora . Estas Entidades são iguais aos Umbandistas inexperientes, que tudo quer resolver, sem nada saber .”Conceda a pemba às Entidades, com parcimônia, observando o que estão fazendo”. Na maioria das vezes, não estão fazendo nada mesmo e são como crianças que imitam os adultos. E, outras vezes, são iguais aquelas pessoas que sabem escrever em línguas estrangeiras que não conhecemos, e se divertem a escrever barbaridades, pois estão conscientes de que não entendemos o que estão fazendo . E, assim, temos várias Terreiras de Umbandas, com falsas Entidades . Por isso, quando entregar a pemba para as Entidades desconhecidas, ou para a que não tenha confiança, use outra pemba e vá desmanchando aquilo que a Entidade, de má fé, está atraindo para o ambiente de seu trabalho . O uso da pemba é abusivo e, na quase totalidade dos Terreiros de Umbanda.

Nota: Lembre-se, que só pode usar a “pemba”, quem têm àse (axé) e, conhecimento para usa-la. Vigie: A “pemba” é uma espada de dois gumes, - tanto pode cortar para “ o “Bem”como para o “Mal”. O Senhor é livre, pois têm o livre arbítrio!!! A força que recebeu no àse (axé) é sua . Faça, conscientemente, o uso que melhor lhe aprouver!!! “Não semeie ventos para não colher tempestade”. “Que a força de Tupã, esteja contigo,Irmão” !!! Os donos da pemba: A pemba têm como Orixá Regente o Okê – Senhor dos montes -, e como Orixá Coadjuvante a Oxum – Senhora do rio e do lago. A Entidade Egum protetora, denomina-se “Mepemba”, a própria lenda nos dá esse conhecimento. Nota: a) Toda lenda encerra uma verdade esotérica; b) Habitue-se a ler, não com olhos da carne, e sim, com os do espírito e, descobrirá verdades profundas, que são veladas ao profano; c) Procure por si, desvendar os Olhos de Ísis.

PREPARO DA PEMBA PARA O TRABALHO: Quando se toma uma pemba nova, o primeiro cuidado é saber prepara-la. A pemba pode ser de uso individual ou coletivo, no seu preparo, leve em consideração a finalidade a ser empregada. Sendo para o uso individual o preparo de “imantação- fluídico-magnético”é feito sobre o “Ponto Individual” do o perante .

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Quando se trata de pemba para o uso coletivo, a “Imantação”é feita sobre o “símbolo da falange protetora da Sociedade (Terreira)”. A sua preparação consiste:

1a) Saúda Okê; Oxum: Mepemba e dono da cor da pemba; 2a) Trace com outra pemba, já preparada, o símbolo individual ou da falange, conforme o caso, saudando-o; 3a) Desfluidifique-a com as mãos e procure retirar os fluidos estanhos, caso exista; 4a) a.) Tome-a com as duas mãos, segurando com as pontas dos dedos polegar e indicador, as suas extremidades ; b) Eleve-a e, com a força da mente, atrair do alto, fluídos puros para a pemba em preparo; c) Traga-a até ao centro fluídico do símbolo traçado, sem deposita-la sobre o símbolo; d) Respire fundo, enchendo os pulmões de ar (prana), curve-se e, com os olhos, emita fluídos magnéticos em direção a pemba, que simultaneamente, é girada nas pontas dos dedos, para ser imantada em toda a sua superfície e depois fluidifique as suas pontas e, só aí, suspenda a respiração corrigindo-a com duas aspirações profundas; e) Sempre com a pemba segura entre os dedos das duas mãos, trace o ponto no ar, sem tocar, imantando a pemba no ponto traçado. Chame mentalmente pelo dono ou donos (falange) dos pontos; f) Caso a pemba não seja para uso imediato, guarde-a em volta de algodão, em lugar fechado e longe dos olhos de estranhos; g) Saúda o dono ou donos do ponto (falange) novamente, ao seu Pai de Cabeça e, a pemba está preparada para o fim que se deseja h) Quando se tratar de trabalho especial, a pemba é preparada sobre o símbolo adequado e, por vezes, com a cor conveniente. A sua preparação é idêntica às demais, levando-se em conta as saudações correspondentes. Nota: A pemba preta é preparada sobre os símbolos de “Omulú e Exu”. Prepare-a duas vezes. Não a use. Prepare e prefira a cor cinza, ou junto com a pemba branca, nos trabalhos mágicos de destruição (trabalhos de demanda).

COMO UTILIZAR A PEMBA: Quando se vai trabalhar com pemba é necessário saber usa-la e, por isso, necessário se torna ter os seguintes cuidados : a) Desfluidificação da pemba – retire com carinho e respeito a pemba de sua proteção em algodão e a coloque entre as mãos. Saúda Mepemba, pedido licença : Ago ! Ago ! êi ! Mepemba! Depois a desfluidifique ( por ação magnética), rolando-a entre as palmas das mãos. Role-as várias vezes. Com esta operação, procure retirar os fluídos estranhos que por ventura nele houver: “TIRE DA PEMBA PARA AS MÃOS”. b) Fluidificação das mãos: Saúda Okê e Oxum, pedindo proteção e licença para o trabalho que se vai realizar: Ago! Ago ei ! Okê Ago! Ago ei! Oxum

Continue a rolar a pemba nas palmas das mãos, mas agora é de fluidificação das mãos, por fricção magnética da pemba contra as mãos, com proteção de

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Okê e Oxum: “TIRE DA PEMBA PARA AS MÃOS, MAIS IRRADIAÇÕES DE OKÊ E OXUM”.

c) Fluidificação da pemba: Saúda a sua irradiação principal ( Pai de Cabeça). Continue rolando a pemba entre as mãos e a fluidifique com seu próprio magnetismo, por fricção das mãos contra a pemba e a irradiação de seu Pai de Cabeça: “TIRE DAS MÃOS PARA A PEMBA, MAIS IRRADIAÇÃO DE SEU DONO DE CABEÇA”. Saúde Oxalá se a pemba for branca, ou ao Orixá que corresponda a cor da pemba que está preparando. Daí em diante, a pemba está pronta para ser utilizada. Lembre-se que toda a vez que a abandone, durante o trabalho, deve protege-la com algodão e , quando vai utiliza-la novamente, deverá rola-la entre as mãos rapidamente. Não há mais necessidade de saudações. Isto será feito em outro trabalho, em outro dia.

d) Encerramento: Terminado o trabalho, faça saudação à Okê, Oxum, Mepemba e ao Orixá que corresponda a pemba, em relação a cor e, agradeça suas proteções. Guarde a pemba, com cuidado, em volta de algodão, para resguarda-la de fluidos estranhos a sua natureza. Nota: As saudações e licenças às Entidades Donas da pemba e ao Dono de Cabeça, preferencialmente, devem ser feitas “MENTALMENTE”. Cuidado com os profanos!!! Cuidado com os imitadores!!!

CRUZAMENTO COM A PEMBA: Entende-se por cruzamento, fazer cruzes, no caso, com pemba. A cruz pode ser simples, a de 4 braços iguais, ou a de 8 braços ( cruz de Umbanda) , que é a preferível, não só pelo seu significado, mas ainda, por seu maior contato com o “Ente” que está cruzado ( maior exposição de superfície).

1a) No corpo humano: a) Tome a pemba, depois de observar as regras “como utilizar a pemba”e, fluidifique por fricção as partes do corpo que deseja cruzar. Esta fluidificação deve ser feita em Cruz de Umbanda com a pemba . Saúde o seu Dono de Cabeça e invoque o Dono de Cabeça do Paciente e, solicitando permissão para o trabalho,comece o cruzamento na seguinte ordem:

1) Articulação do pulso direito; 2) Articulação do tornozelo esquerdo;3) Articulação do pulso esquerdo; 4) Articulação do tornozelo direito; 5) Articulação do cotovelo direito; 6) Articulação do joelho esquerdo; 7) Articulação do cotovelo esquerdo; 8) Articulação do joelho direito;9) Articulação do ombro direito; 10) Articulação da parte superior da perna esquerda; 11) Articulação do ombro esquerdo; 12) Articulação da parte superior da perna direita ; 13) Nuca ;

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14) Peito ; 15) Testa ( chacra frontal); 16) Cóccix ( chacra básico) ; 17) Pescoço ( chacra laríngeo) ; 18) Estômago ( chacra umbilical) ; 19) Baço ( chacra esplênico) ; 20) Coração (chacra cardíaco) ;21) NÃO. Parte superior da cabeça ( chacra coronário) .

Nota: a) Estes são os 21 pontos sagrados de contato, cruzamento com a pemba . O ponto 21 ( chacra coronário) só pode ser usado pelo Bàbálòrìxàs ou Yálòrìxàs, ou seja, por instrutor espiritual capacitado, ou como comumente se chama de Africanismo, o Feitor da pessoa – o Preparador-, embora a maioria das vezes seja ignorante em assuntos esotéricos e espirituais, mas tem a força e prática que o capacitam para tal operação; b) Neste cruzamento deve ser usada somente “pemba branca”; c) Pode-se usar pemba de cores para os contatos físicos básicos dos chacras, mas é necessário saber a cor da pemba correspondente a cada chacra, o que dificulta o trabalho, e não apresenta grandes vantagens. Lembre-se de que “o branco é o conjunto de todas as cores”; d) Não faça uso das pembas de cores, enquanto não lhe for dada a permissão para usa-las. Mais tarde pelo Instrutor Espiritual, ser-lhe-á dada está permissão.

 

“A PACIÊNCIA É VIRTUDE DO OCULTISTA”.

No corpo humano: b) No trabalho comum de Umbanda o cruzamento com pemba é bem mais simples. Basta invocar o Pai de Cabeça do paciente pedindo licença e cruza-lo na seguinte ordem:

1) Articulação do pulso direito; 2) Articulação do pulso esquerdo.

Nota: Caso se torne necessário, cruze, ainda, na nuca . Poderá, ainda, seguir a ordem abaixo mais completa:

1) Articulação do pulso direito; 2) Articulação do tornozelo esquerdo; 3) Articulação do pulso esquerdo; 4) Articulação do tornozelo direito; 5) Articulação da nuca ; 6) Coração; 7) Testa;

Nota: a) O cruzamento da letra “A” é feito: 1) Para pessoas doentes, que necessitam fluídos vitais. É um trabalho delicado e, somente mais tarde lhe será dado ciência dos conhecimentos necessários para a sua execução;

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2) Para pessoas facilmente influenciáveis com Entidades barônticas (sofredores) . Poderá faze-lo com êxito; b) O cruzamento em “B” é um trabalho de resguardo. É uma proteção fluídica de garantia, além de ser o primeiro contato do Dirigente do trabalho com seus colaboradores ( auxiliares e médiuns);

2o) EM RESIDÊNCIAS: Têm por finalidade à atração fluídica benéfica para o “ambiente”e, procede-se da seguinte maneira: “Traça-se, com “pemba branca”, a “Cruz da Umbanda”( com8 braços) , em locais resguardados como: “atrás de portas, janelas e moveis. Enfim, dissemine este símbolo por toda a residência nesta ordem : “da frente para os fundos da casa”. Antes deve invocar seu Dono de Cabeça e a falange protetora de sua Sociedade e os protetores daquele lar, residência coletiva ou estabelecimentos comerciais. Deixe os símbolos por 24 horas e depois elimine-os convenientemente”.

Nota: Este trabalho faz parte do que se chama : “Limpeza de Casa”. Portanto, pode ser empregado em emergências, mas, o melhor será um trabalho de limpeza extra-física do ambiente, seguido de outro, com finalidade de atração fluídica benéfica; consulte , sempre, o seu Bàbálòrìxà ou Yálòrìxà, de Nação e não de Umbanda, nestes casos.

3o) EM DOCUMENTOS: Têm por finalidade influenciar a pessoas aquém são em caminhados. “NÃO PEÇA NADA À QUEM NÃO TENHA DIREITO”

O procedimento é simples:

“Invoque seu Dono de Cabeça, e faça a invocação simbólica dos Donos de Cabeças das pessoas aquém dirige o documento e, a seguir, trace cruzes de Umbanda o mais disfarçadamente possível no documento. “Três cruzes bastam”.

4o) CRUZAR OBJETOS: Procede-se do seguinte modo: “Invoque seu Dono de Cabeça e trace a Cruz de Umbanda no objeto que deseja resguardar. Não deixa-lo exposto a olhares profanos”.

5o) NA NATUREZA: Procede-se do seguinte modo: “Invoque o seu Dono de Cabeça e cruze o local na Natureza ( mato, praia, etc...), onde vai permanecer ou executar algum trabalho Espiritual”.

Nota: Este trabalho faz parte do conjunto de normas para trabalhos Espirituais realizados em contato com a Natureza. Claro está, que pode ser utilizado em passeios sociais no campo, como resguardo de más influências. Assim mesmo, antes de utilizar o lugar onde vai passar o seu fim de semana, por exemplo : peça licença para o Dono Espiritual do lugar. Obs.: “O UMBANDISTA NADA FAZ SEM PEDIR PERMISSÃO”- Pelo menos, é um índice de respeito e boa educação;

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O USO DO PÓ DE PEMBA BRANCA: O pó de pemba branca pode ser usado.

1) No corpo humano: Procede-se da seguinte maneira: “Invoque seu Pai de Cabeça. Ante, tome o pó de pemba e por imposição das duas mãos, digo: e por imposição das mãos fluidifique-o . Solicite permissão ao Pai de Cabeça do Paciente e, com a palma da mão direita friccione o Paciente nas partes citadas para o cruzamento com pemba e na mesma ordem . Termine a operação saudando o seu Dono de Cabeça, respeitosamente, e agradeça a sua assistência”. 2o) Em residências: O processo é simples e têm por finalidade a atração fluídica benéfica para o ambiente. “Deve-se espalhar o pó de pemba branca por toda a residência, tendo-se o cuidado de o fazer da “frente para os fundos”. Lembre-se que no princípio e no fim do trabalho, deve saudar o seu Pai de Cabeça, a Falange da Sociedade a que pertence e os protetores da residência onde se vai realizar o trabalho”. Nota: Este trabalho faz parte do que se chama “Limpeza de Casa”.

3o) Em documentos: Procede-se do mesmo modo que o cruzamento de documentos com pemba . Espalhe o pó de pemba sobre o documento. Melhor é associar as duas operações: “Cruzamento com pemba e cruzamento com pó de pemba”.

4o) Em objetos: Realizar, mesmo, que para o cruzamento com pemba . Somente espalhe o pó de pemba sobre o objeto. Mais interessante é associar os dois processos: “Cruzamento com pemba e cruzamento com o pó de pemba”.

5o) Na Natureza: Seu emprego é pequeno. Apenas é usado para preparar o lugar onde se vai trabalhar. O ritual é o comum: “Invocação de Pai de Cabeça, Falange da Sociedade e licença ao Dono Espiritual do lugar”.

6o) Atrativo simpático: O pó de pemba funciona como atrativo social simpático, por “atração dos bons e expulsão dos maus fluídos”. Esta operação deve ser feita pela própria pessoa e da seguinte maneira: “Passe o pó de pemba no corpo, em geral misturado no talco ou no pó de arroz, fazendo as respectivas saudações de praxe”. 7o) Na massagem com talco : Procede-se da seguinte maneira : “Misture o pó de pemba com o talco que se vai massagear. Antes do trabalho, invoque se Pai de Cabeça, a Falange protetora do Terreiro e Ossãe. Peça licença para o Pai de Cabeça do Paciente e processe a massagem e, ao mesmo tempo fluidifique a parte lesada do doente. Encerre o trabalho como iniciou”.

A FEITURA ESOTÉRICA DA PEMBA: Na confecção ou na fabricação de uma pemba, não basta ter uma boa receita industrial. Que, hoje, é comum, os novos Umbandistas, adquirirem, as mesmas, juntos as Floras, sem saber, a verdadeira confecção de uma pemba. Na fabricação de uma pemba, antigamente, era, e, é necessário, também , possuir certos conhecimentos de ordem “esotérica”, e muito respeito, e sempre dentro do Ritual, ou seja:

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1a) A Água: A água a ser empregada é a do rio corrente. Evite cotovelos e reentrâncias, onde a água não é pura. Na falta de água de rio, use a de lago ou lagoa (água doce), como as de fontes, ou vertentes. Enfim, a água deve ser a mais pura possível, mas nunca a destilada ou de chuva. Colha a água em vasilhas destinadas para este fim. As vasilhas não podem ser de metal. Empregue-as de vidro não transparente, para que a luz não penetre na água, depois de colhida. Também as de plásticos servem. Procede-se da seguinte maneira: “Ao chegar no rio, escolha o lugar onde a água deve ser colhida. Feito isto, na margem do rio ou pouco antes, saúda o Óbará Ajelu, pedindo licença para chegar até a água, assim: Agò-mi-leu , Óbará Ajelu ! (dá licença de chegar).Penetre com respeito até chega o rio, e saudando Oxum: Agò-Ari-eê Oxum! ( saudação à Oxum)

Recolha a água que necessitar e retire-se em seguida, depois de novamente saudar à Oxum: Agò-ba-mi-ló, Oxum ( peço licença para sair)

Ao sair do mato, ou seja, da beira d’água, peça licença ao Óbará:

Agò-ba-mi-ló, Óbará da praia ou da Oxum, Óbará Ajelu.

A coleta terminou. Conduza a água do rio bem acondicionada, para casa e coloque-a em lugar onde não bata a luz. Tendo um lugar preparado para trabalhos de Umbanda, ou até mesmo, para o Africanismo, tanto melhor.

2a) O pó: A matéria prima para a fabricação de pembas é o pó branco (efum), CaC03 ( carbonato de cálcio), hoje é encontrado em qualquer Farmácia, mas antigamente, tinha que se encontrar na natureza em estado natural, com procedências diversas, em geral de origem orgânica. Ao chegar no local da jazida escolha onde vai recolher o carbonato de cálcio natural. Depois peça licença ao Óbará do local, bem como: Agonjú e Okê. Devemos proceder da mesma maneira, de quando retirar a água, sempre pedindo licença. Comece por retirar o material ( CaC03) para a feitura da pemba. Tenha cuidado para não usar metais. Use as mãos ou instrumentos de madeira. Recolha o carbonato de cálcio em caixas de madeira isentas de umidade. Não empregue caixas de metal. Devemos novamente, saudar Agonjú e Okê: Salve Agonjú !Salve Okê ! Ao se retirar, cumprimenta novamente o Óbará do local: Lalupo! Lalupo! Lalupo! Obara do local. Terminada que foi a coleta, leve o material para casa, deixe-o em local adequado ou em sala preparada para trabalhos de Umbanda. Observação: A maioria das vezes, não é possível recolher o material “in natura”. Adquire-se, então, na “Farmácia”. O procedimento deverá ser o seguinte: “Ao entrar na Farmácia cumprimente o Obara da Casa (Farmácia), mentalmente: Agò-mi-leu, Obara da Casa !

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Compre normalmente o carbonato de cálcio, veja ( não bicarbonato de cálcio) e, quando toca-lo saúda a Okê e Agonjú. Ao sair saúda ao Obara da Casa : Lalupo! Lalupo! Lalupo! Óbara da Casa. Agò-ba-mi-ló.

Ao leva-lo para casa guarde-o em lugar seco, em caixa de madeira.

3a) Goma, cola, etc..: Compre na Farmácia e proceda da mesma maneira, que fez com a compra do carbonato de cálcio.

4a) Corante: Usando-se corante natural, este deve ser colhido no mato, onde houver a espécie vegetal desejada, para está ou aquela cor que necessite. Quando chegar na orla do mato, cumprimente o Óbara da beira do mato:Agò-mi-leu, Óbara do mato (Adague). Agò-mi-leu, Óbara de Oxossi ! E, no interior do mato, saúde Oxossi: Oke! Oke Bamo! Odé ( Oxossi).! Ao encontrar a árvore ou arbusto desejado, saúde Ossãe ( Òxónyìn). Salve Ossãe,  Òxónyìn !

Então, da árvore, retire o material de que necessite, porém, não use metal. O uso das mãos é suficiente. Retire-se do mato, saudando Ossãe e Oxossi (odé). O material retirado da árvore, deverá ser guardado em embalagem de madeira ; de maneira que não penetre luz. Não use caixa de metal para guardar o material. Ao sair do mato, cumprimente o Óbara da beira do mato: Alá-lupo! Alá-lupo! Óbara do mato! Em casa, proceda da mesma maneira, de que com produtos anteriores. Observação: Quando não puder obter da natureza, recorra à Farmácia e proceda da mesma maneira aos produtos anteriores.

5a) Consagração: Obtido o material para o fabrico da pemba, e seguindo os preceitos esotéricos anteriores, não aplique a receita, de imediato, pois falta “consagrar o material”: Inicie preparando o local de trabalho, ou seja, o ambiente: a) Faça a saudação individual; b) Trace seu ponto individual, batendo cabeça (adobá) e pedindo proteção ao trabalho; c) Trace o Signo de Salomão ( estrela de 8 pontas) e nele deposite um copo com água, deixando só três centímetros para enche-lo, tendo o cuidado para este esteja bem seco em seu exterior; d) Invoque Oke; Oxum e Mepemba ; Salve Oke! Salve Oxum! Salve Mepemba! e) Acenda o defumador e saúda a Xangô e Orungan: Salve Xangô! Salve o Povo do Fogo! Salve Orungan! Salve o Povo do Ar! Use incenso e faça bastante fumaça; f) Defume toda a sala, a si próprio e conserve o defumador aceso e em prontidão; g) Coloque todo o material sobre a mesa e comece a trabalhar:

1) A água: Sobre a mesa coloque a água do rio, em uma vasilha perfeitamente limpa. Antes, passe álcool na vasilha para poder usa-la, seca-la bem, e defuma-la. A vasilha não pode ser de metal. Use de vidro, barro ou de plástico; a) Trace o ponto de Oxum ( ponto de Entidade, Orixá). Desejando, use a

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pemba de cor adequada. Porém, a pemba branca é suficiente. Saúde Oxum: Ei-Eu! Ei-Eu! Ari-eê Oxum !

Ponha a vasilha, que deve estar bem seca no seu exterior, sobre o ponto traçado de Oxum; b) Defume a água com quatro (4) movimentos, cruz simples. Saúde simultaneamente Orungan e Oxum: Salve Orungan! Salve Oxum! c) Imponha as mãos sobre a água. As mãos devem estar , em primeiro lugar limpas, para depois sim, desfluidificadas com álcool e fluidificadas com pó de pemba branca; d) Realize a seguinte invocação ou chamada:

Ó OXUM! TU ÉS A DONA DO RIO! TU ÉS A GOTA CHEIA DE ORUN, TRANSFORMA EM FÔRÇA, POR TEU VEÍCULO, A PUREZA D’ÁGUA! EMANA TUAS FÔRÇAS E CONSAGRA ESTÁ ÁGUA, VITALIZANDO A PEMBA, QUE DELA NASCERÁ ! Salve Oxum! Salve Oxum! Ei-Eu! Ari-eê Ei-Eu - Oxum!

E, a água está consagrada e pronta para ser usada na confecção da pemba, podendo ser novamente guardada em sua vasilha rotulada para o fim que se destina;

2o) O carbonato, os corantes e a cola: Tome uma vasilha bem limpa, desfluidificada com álcool antes de usa-la, colocando-a, em seguida sobre a mesa juntamente com as caixas com corantes e com gomas. “Não use metal nunca”; a) Trace o ponto de Oxalá ( ponto de Orixá) com pemba de cor ou pemba branca. Saúde Agonjú; Okê e Oxalá : Salve Agonjú! Salve Okê ! Salve o Pai Oxalá! Ponha a vasilha com carbonato de cálcio sobre o ponto de Oxalá e, ao redor as caixinhas com cola e corantes ; b) Defume tudo ( carbonato de cálcio, cola e corantes), em cruz simples, saudando “Orungan; Okê; Agonjú e Oxalá. Salve a todos, como antes. c) Coloque as mãos sobre o carbonato, cola e corantes ( mãos bem limpas e desfluidificadas com álcool e fluidificadas com pó de pemba branca) ; d) Faça a seguinte invocação:

Ó AGONJU! TU ÉS A VIRTUDE DO PÓ DA TERRA! TU ÉS O BARRO MATRIZ! EMANA A FORÇA DA FORMA NA SUTIL MACIEZ DA PEMBA! Ó OKÊ !  TU QUE ÉS O TEMPO DA MONTANHA ETERNA! DÁ TUA DURAÇÃO AOS FLUIDOS EMANANTES DA PEMBA! SALVE AGONJU! SALVE OKÊ ! SALVE AO PAI OXALÁ !

Assim, o carbonato, a goma e os corantes estão consagrados e prontos para serem usados, podendo ser guardados novamente. A consagração chega ao fim, podendo-se usar a receita para a “feitura da pemba”.

Nota: Para o encerramento deste trabalho, procede-se da seguinte maneira: 1) Encerra-se o trabalho normalmente, eliminando-se os pontos riscados e fazendo-se as saudações correspondentes;

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2) A água do copo deve ser despejada em um verde, fora da casa . E água descarga e, deve-se ter o cuidado para não molhar as mãos ao descarrega-la. Caso isso, aconteça, lava as mãos com álcool; 3) Poderá aproveitar o ambiente formado, caso, pretenda fabricar a pemba logo após a consagração do material; 4) Pretendendo fabricar a pemba em outro dia, prepare o ambiente, convenientemente e, execute o trabalho com muito respeito. Use bastante fumaça ( defumação) . e) Depois das pembas prontas e secas, - a secagem devem ser natural e longe da luz solar, o que leva alguns dias, consagre as pembas a Mepemba sobre o ponto de Oxalá.

 

“QUADRO DE CORRESPONDÊNCIA – ORIXÁ X COR DE PEMBA” “UMBANDA DE PELOTAS - RS.”

Não há dificuldade. É só oferecê-las a Mepemba. A pemba de cor: 1a) As pembas de cores têm quase que uso exclusivo no traçado de símbolos ( ponto riscados) de Orixás. A cada cor corresponde um Orixá. a) Por vezes. O Orixá não têm uma só cor. Daí, o emprego de mais de uma pemba de cor para o traçado destes símbolos; b) Além disso, emprega-se as pembas de cores no traçado de pontos riscados de Orixás individuais; c) Também, são empregadas no traçado de pontos cruzados de Entidades. 2a) Quando se trabalha em “cromoterapia”, as pembas de cores são úteis pela aplicação da cor adequada ao órgão do corpo humano afetado; 3a) Por outro lado, nos trabalhos de “canalização de energia vital”através dos “Chacras” a cor da pemba pode ser empregada com êxito, - quando se sabe

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associar o tipo de energia, cor “Chacras” e Orixá - É um trabalho de cura muito eficiente, porém, de extrema delicadeza que o iniciante não deve tentar. “Tudo têm a sua hora”!

Nota: a) A pemba branca é de uso universal. Pode ser sempre usada; b) A pemba de cor deve ser empregada com cuidado, delicadeza, “conhecimento e licença”. d) A pemba preta não deve ser usada pelo Umbandista, usando-se em seu lugar a de cor cinza, quando houver necessidade. O seu emprego, pelo Umbandista, é exclusivo para trabalhos de realização positiva, em contra-posição à trabalhos negativos realizados por “Magos Negros”. Depois de seu uso, deve-se desfluidificar, imediatamente, as mãos com álcool ou até com cachaça e fluidifica-las com pemba branca. A verdadeira pemba preta é feita com carvão vegetal, ( em determinados casos se faz, a mesma, com carvão mineral (pó) ), com grande quantidade de carbono, elemento químico básico da matéria orgânica viva . Daí, seu emprego para a destruição da matéria viva. Já falei demais em maldade.- Saiba para a defesa do BEM e esqueça para o MAL.

Atenção: Lembre-se de que, para receber, temos de dar e, para dar, temos de ter. O que pode dar para receber? Amor, compreensão, tolerância, dedicação, carinho, fidelidade, consideração e muita Fé.

LINHA E FALANGEA princípio devemos definir o que é “Linha” e “Falange” na “Umbanda”. Para muitos Umbandistas e elucidar os leigos e adeptos.

LINHAS

Conceito de “Linha na Umbanda” - Resumindo: Faixa de vibração, dentro da grande corrente vibratória espiritual universal, correspondente a um elemento da “Natureza” representada e dominada por uma potência espiritual cósmica – uma “Entidade”, chamada de “Protetor” e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa afim.

Exemplo:

Linha de Oxalá: É subdividida em “Falanges”, dirigidas por representantes das “Entidades” (Umbanda). Conjunto de “Falanges” em que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal; danças; cores; símbolos) e rituais (comidas; bebidas; dia da semana, etc...) de cada “Entidade”. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Exemplo: Linha de Angola; Linha de Umbanda; Linha Branca, etc... O cântico particular de cada “Mestre de Terreiro”, pelo qual é invocado e identificado ao “baixar”. Assim, podemos definir as Linhas:

Linhas de Umbanda e Linhas de Quimbanda 1 e2 posição, localização; 3 e 4 diretriz; 5 Linha Melódica.

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LINHA DE UMBANDA (1)= Conjunto de rituais praticados na Umbanda, referindo-se em especial à parte desta que só pratica o “bem” e a “benevolência”. São sete (7), subdivididas em “Falanges”.

1- Linha de Santo ou de Oxalá ( santo católico). 2- Linha de Iemanjá ( povo do mar) . 3- Linha do Oriente ( povos orientais e outros). 4- Linha de Oxossi ( caboclos). 5- Linha de Xangô (caboclos). 6- Linha de Ogum ( caboclos). 7- Linha Africana (Pretos Velhos).

LINHA DE UMBANDA (2)= Na Umbanda esotérica, iniciativa ou cabalística, também são sete (7) e subdivididas em “Legiões” // Chefes de Legiões = Que são Entidades de grande evolução espiritual que descem nos “terreiros”, representando “Orixás”, dentro de suas Linhas ou correntes vibratórias astrais. São sete (7) em cada Linha:

CHEFES DE LEGIÕES - LEGIÕES:

1- Linha de Oxalá – Caboclo Urubatão da Guia; Caboclo Ubirajara; ; Caboclo Ubiratã; Caboclo Aimoré; Caboclo Guarani; Caboclo Tupi. 2- Linha de Iemanjá – Cabocla Iara; Cabocla Indaiá; Cabocla Nanã; Cabocla Estrela do Mar; Cabocla Oxum; Cabocla Iansã; Cabocla Sereia do Mar. 3- Linha de Yori ( espíritos de crianças) – Tupãzinho; Ori; Yariri; Doum; Yari; Damião e Cosme. 4- Linha de Xangô – Caboclos = Xangô Caô; Xangô Sete Montanhas; Xangô Sete Pedreiras; Xangô Pedra Preta; Xangô da Pedra Branca; Xangô Sete Cachoeiras; Xangô Agodô. 5- Linha de Ogum – Caboclos = Ogum de Lei; Ogum Iara; Ogum Nagô; Ogum Rompe-Mato; Ogum de Malê; Ogum Beira-Mar e Ogum Matinata. 6- Linha de Oxossi – Caboclos = Arranca-toco; Caboclo Guiné; Caboclo Arruda; Caboclo Pena branca; Caboclo Cobra Coral; Caboclo Aribóia e a Cabocla Jurema. 7- Linha Yorimá – (corrente dos Pretos Velhos) = Pai Guiné; Pai Tomé; Pai Arruda; Pai Congo de Aruanda; Pai Benedito; Pai Joaquim e Vovó Maria Conga. Observação: Na Umbanda há algumas diferenças ver a “Falange”.

LINHA DE QUIMBANDA= É a Linha de rituais da Umbanda que pratica a “Magia Negra”, que emprega a feitiçaria, sem escrúpulo. Também é chamada por muitos de “Linha Negra ou Linha Preta”. Utilizando-se dos Kiúmbas (Exus) e algumas “Falange de Ciganos”. Essa é a Linha do engodo e da trapaça, enquanto existir otário eles terão forças, é assim chamada pelos Umbandistas da “Linha Branca”, pois os praticantes desta “Linha de Quimbanda” nunca se identificam, apenas se dizem Umbandistas. Cuidado com o “Povo Quimbandeiro”, porque ele tanto serve e tem poder de iludir em fazer o bem, fazendo de você um escravo, como sendo, tudo que a “Entidade” lhe dá depois você paga para manter, na verdade só serve para o mal, de quem pratica, de quem manda realizar trabalhos (serviços) e de freqüentadores. Mostramos os

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erros que se cometem “voluntariamente ou involuntariamente”, quando uma pessoa, desconhecendo o terreno que está pisando, ou mesmo por maldade, procura os urubus (Quimbandeiros) e na Entidade Exu ou Cigano, o objetivo máximo para a sua sede de conquista ou vingança, só que, a médio prazo, a pessoa passa a ser a vitima, deles! Esse “Povo”é tão falso que se diz Umbandista e Africanista e nisto englobando tudo em “Batuqueiro”. Para isso, as pessoas tem que aprender a diferenciar as facções. Eles são conhecido por “mójùbá” ( mójù = viver à noite; bá = neste sentido; armando emboscadas), os urubus da noite (Quimbandeiros), se aproveitam do mundo atualmente dominado pela maldade, pela ambição ao poder, pelos desmandos de autoridades, pela injustiça, pela incoerência, enfim, por tudo quanto representa atraso na mente daqueles que se julgam ter o poder do feitiço, e da maldade. Para elucidar melhor, antigamente, perguntava aos “Velhos” - Bàbálóòrìsàs e Yálóòrìsàs, que hoje, não estão mais entre nós, sobre a “Quimbanda e suas Entidades”, muitos deram a resposta, assim: Para saber lidares, com eles (Quimbandeiros e suas Entidades), é necessário que se torne conhecedor profundo de seus mistérios, a sua magia, as suas atividades, para que não venhas mais tarde sentir o peso da sua inconsciência, e sofrer por todo o mal que quiseste lançar sobre o teu semelhante. E outros diziam: Calma meu filho, a ti mesmo será entre o prêmio ou o castigo por tudo quanto fizeres ao teu semelhante. Orixás são justos, Entidades são falsas. E muitos outros, advertiam, assim: O teu destino está em tuas próprias mãos. Aproxima-te sempre dos bons elementos (Orixás) que nada sofrerás, a não ser, possuir o mérito de um dia ter sido útil ao teu próximo. Veja bem! O mal que praticares voltará para ti, pela “Lei do Retorno”, que nada mais representa do que o julgamento dos teus próprios atos. Nunca te iludas e nem deves iludir alguém, meu amigo..... A Quimbanda, tem como sua origem, e a sua influência mais diretamente pelos “Negros Bantús” de Tribos: Cabindas; Benguelas; Congos; Angolas; Moçambiques, etc... Chegados dos portos africanos à vários Estados do País, não fugiu ao sincretismo. Cultua os mesmos Orixás e Entidades que a Umbanda “Branca”, mas trabalha quase exclusivamente e principalmente com Entidades Exus, que são considerados espíritos desencarnados, havendo entre eles os Exus em evolução e os Kiúmbas, como também, os Ará – òrún = (habitantes dos céus, aqueles que tiveram mortes precipitadas, como: morte por acidente, morte por arma de fogo ou branca, os que suicidaram, os que morreram afogados, etc...). Com o objetivo, de mediante encomendas realizam feitiços ou contra feitiços, visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas. Geralmente os terreiros de Quimbanda, chamada em alguns Estados de Macumba ou Batuque pelos leigos, têm as mesmas características dos das “Linha de Umbanda” ou “Linhagem Africanista (Òrìsàs). Há gongás, com imagens de santos católicos, representativos de Orixás, imagens de Caboclos e de Pretos Velhos, tendo os “Exus” (ou Exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão além da “casa” no portão. As giras de Exus são freqüentes (na “Linha de Umbanda” e raras nas “Linhagens Africanistas”, a não ser de sua maioria na “Linhagem Bantú); na Linha de Umbanda são realizadas comumente a partir da meia-noite (horas-fechadas) e com a preferência nas sextas-feiras. Exus e Exu Fêmea, diversos “baixam”, dançam, fumam diversos cigarros, cigarrilhas e charutos, bebem cachaça (marafo)e outras bebidas; dizem gentilezas para conquistarem suas

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presas ou palavrões aos assistentes e dão consultas sobre várias coisas ( todo Exu é um bom psicólogo, e tem ótima percepção dos problemas das pessoas, sempre atirando verde para poder colher maduro). A Quimbanda, diz que cultua muito o Homolu (querendo dizer que é o mesmo Orixá Homolu, isto não é verdade, o nome é Hamalu = é o pai do cemitério, o encarregado de receber os Exus). No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos Quimbandeiros, devendo o iniciado deitar algumas horas sobre ou dentro de um túmulo, entre velas e cânticos do Protetor ou Protetora e iniciados do terreiro, tendo de cumprir, antes e depois, diversas obrigações secretas, chegando a um passo da “Magia Negra” ( essa, tendo como base os Dez Mandamentos de Deus invertidos). As roupas são, geralmente, as mesmas da “Linha de Umbanda”, já para confundir os leigos, havendo, porém, muito uso do vermelho e do preto, cores de Exu e de Hamalu . São muito usados os trabalhos com pólvora, pós e ervas mágicas , dentes e unhas, cabelos (animais e humanos), galos, galinhas pretos (que são as vezes, estraçalhados entre os dentes do iniciado (cavalo ou aparelho) incorporado com um Exu, sendo empregado também o envultamento, cabritos, etc... Os despachos, normalmente, são colocados nas vias urbanas em encruzilhadas em cruz (macho) ou em T (fêmea), com velas e diversos artefatos, animais de duas ou quatro patas sacrificados, isto é uma afronta a Comunidade ou Sociedade. Esses são os Quimbandeiros. A Quimbanda possui, também sete (7) Linhas, diferentes das de Umbandas. Há Caboclos e Preto Velhos que incorporam no Quimbanda, dando consultas, em giras separadas das dos Exus. Antigamente os terreiros quase sempre eram pobres, na sua maioria localizados em morros ou locais afastados, hoje não, ostentam muito luxo e belas moradias. No africano ( dialeto - Kikongo) Kimbanda quer dizer = Feiticeiro.

AS LINHAS DA QUIMBANDA SÃO AS SEGUINTES:

1- Linhas das almas = Chefe – Hamalu e não Homolu / Omolu. 2- Linha dos Caveiras – Chefe = João Caveira; também chamada “Linha dos Cemitério – Chefe = Ogum Mejê. 3- Linha de Nagô ( povo de Ganga) – Chefe = Gererê. 4- Linha de Malei (povo de Exu) – Chefe = Exu-Rei. 5- Linha de Mossurubi (povo zulus – cafres) – Chefe Caminoá. 6- Linha dos Caboclos Quimbandeiros – Chefe = Pantera Negra. 7- Linha Mista – Chefe = Exu das Campinas / Campos / encosta de Matos.

LINHAS DE UMBANDA

Linha Africana = Sétima Linha vibratória da Umbanda, a qual congrega os espíritos com luz dos Pretos Velhos (antigos Pais e Mães de santo), os antigos escravos africanos evoluídos. É dividida em sete “Falanges” (Povos), cada uma com seu Chefe. Ritual tradicional africano, como é realizado hoje nos salões mais ligados a essas tradições.

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Linha Branca = Ritual visando unicamente o “Bem”, “Caridade”, usado na Umbanda que se atribui o nome de “Umbanda Branca”, em contraposição ao que denominam “Quimbanda” ou também conhecida por “Umbanda Negra”ou “Linha Negra / Preta”.

Linha Cruzada = Ritual com influência de duas ou mais procedências, o que predomina nos dias de hoje. Ex.: Linha de Nagô cruzada com Angola; Umbanda Cruzada com Linhagens Africanas, etc... Também é dito “traçada”. Ainda que haja protestos contra esse termo, pelos que se consideram de ritual puro, a verdade é que as misturas existem e, portanto, podem ter um nome.

Linha das Almas = Culto originário do culto Kabulista (dialeto – Kabula / Bantú), proveniente, do culto aos espíritos dos antepassados, encontrado em toda a África Negra, especialmente entre o povo Bantú, sendo o principal culto. Sua Linha ou Corrente vibratória congrega os espíritos evoluídos de antigos Pais e Mães de Santo, bem como, antigos escravos africanos. Também Linha Africana // Linha de Quimbanda, cujo o Chefe é Hamalu = “Trabalha nos Cemitérios”. Obs.: Não confundir, Omolu ou Homolu com Hamalu.

Linha de “Ayahuasca”= Ritual seguido em terreiro em outros Estados , como: Rondônia , Porto Velho, onde é empregada a planta alucinógena caapi ou iagê, também chamada de “ayahuasca”, além dos pontos cantados, toques e danças, com a finalidade de provocar transe. Essa planta é usada ainda em outros terreiros, sendo cultuada com o nome de “Santo Dá-me”, em estranho sincretismo, numa capelinha católica vizinha a um terreiro, próximo à Capital, no Acre.

Linha de Caboclo = Ritual seguido nos terreiros de caboclos deles originados ou por eles influenciados.

Linha de Cura = Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual dos adeptos do que o culto às divindades, tais como no Catimbó, Toré, pajelança (bruxaria), etc...

Linha de Exu (Mójùbá) = Linha de vibração negativa, colocada, em alguns setores da Umbanda, em lugar da Linha do Oriente. É, como as outras Linhas, subdividida em “Falanges”.

Linha de Oxalá = Faixa vibratória dominada por Oxalá (caboclo). É a mais poderosa e representa a pureza e a sabedoria. Do mesmo modo há Linha de Iemanjá (cabocla); Linha de Oxóssi (caboclo), etc...Conjunto das representações e rituais particulares dessas “Entidades”, com Luz. Também chamada de Linha de Santo.

Linha do Oriente = O mesmo que Linha Oriental. Uma das Linhas de Umbanda popular. Congrega espíritos que viveram em povos do Oriente e outros.

Linha Negra / Preta – Como também é chamada a Linha da Feitiçaria / Maldade = Essa é a Magia / Negra Brasileira. Denominação dada ao conjunto de rituais de feitiçaria de maldade ao próximo, sem o menor escrúpulo, tendo

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no ”Exu” o seu “Chefe” e emissário de realizações negativas. Esses espíritos das “trevas”, aproveitando-se das fraquezas humanas, trazem consigo as más irradiações, e quase sempre conseguem os seus desígnios, derramando sobre a terra todas as calamidades e discórdia, que assolam o mundo, em virtude da má orientação dada ao homem, que não procura fugir à tentações, dando livre expansão aos seus maus instintos.

Linhas de rituais = É conjunto de rituais que seguem determinadas diretrizes, provindas deste ou daquele povo, de tal ou qual origem, de lado ou lados como dizem. As mais conhecidas são: Linha de Nagô; de Jèje; de Angola; do Congo; de Mina; de Kabinda; de Omolocô; de Muçurumim; de Majolo; de Moçambique, das Almas; de Linhas Cruzadas ( união de 2 ou mais tipos de rituais); Linha de Umbanda; de Quimbanda; de Caboclos, etc....

FALANGES

Falange, mesmo que “Legião”. Conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente afim (linha). É a subdivisões das Linhas de Umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigida por um “Chefe de Falange”. Chamam de “Falangeiro” as Entidades espirituais Chefe de Falange, Guia; Protetor. Que são as seguintes:

1- Linha de Oxalá ou de Santo = Falanges de Santo Antonio; S. Cosme e Damião; de Santa Rita, de Santa Catarina; de Santo Expedito; de S. Benedito e São Francisco de Assis. Desmancham trabalhos de magia “Negra”.

2- Linha de Iemanjá = Falange das Sereias (Chefe: Oxum); das Ondinas (Chefe: Nanã); das Caboclas do Mar (Indaiá); das Caboclas do Rio (Iara); dos Marinheiros (Tarimã); das Calungas ( Calunguinha); da Estrela-Guia (Maria Madalena). Protegem o mar, os rios, marinheiros e mulheres.

3- Linha do Oriente = Falange dos Hindus (Chefe: Zartu), dos Médicos e Cientistas (José de Arimatéia), dos Árabes e Marroquinos (Jimbaruê), dos Japoneses, Chineses, Mongóis e Esquimoós, Aztecas e Incas (Inhoari), dos Índios Caribas (Itaraiaci), dos Gauleses, Romanos e outras raças européias (Marcus I, Imperador Romano). Formadas por espíritos que encarnaram nesses povos, têm a missão de auxiliar o conhecimento das ciências ocultas e praticar a caridade.

4- Linha de Oxóssi = Falange de Urubatão (Chefe: o próprio); de Araribóia, do Caboclo Sete Encruzilhada, dos Peles Vermelhas ( Chefe: Índio Águia Branca); dos Tamoios (Índios Grajaúna); dos Guaranis ( Índio Araúna); da Cabocla Jurema. Protegem contra magia “Negra”, dão passes, ensinam o uso das plantas medicinais.

5- Linha de Xangô = Falange de Iansã (Chefe: Cabocla Iansã); do Caboclo do Sol e da Lua; do Caboclo da Pedra-Branca; do Caboclo do Vento; do Caboclo

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Treme-Terra; Falange dos Pretos ( Chefe: Quenguelê). Protegem contra a magia Negra, etc...

6- Linha de Ogum = Falange de Ogum Beira Mar; de Ogum Iara; de Ogum Mejê; de Ogum Naruê; de Nagô; de Ogum Malei e de Ogum Rompe-Mato. Protegem nas “demandas”., “lutas”, etc...

7- Linha Africana = Falange do Povo da Costa (Chefe: Pai Francisco); do Povo do Congo (Chefe: Rei do Congo); do Povo de Angola(Pai Jerônimo) ; do Povo Benguela ( Pai Benguela); do Povo de Moçambique (Pai José); do Povo de Luanda ( Pai Kabinda); do Povo da Guiné (Pai Zun Guiné). Fazem trabalhos de magia branca e desmancham os de magia Negra.

LEGIÃO

Legião é o grande número de pessoas. Exército de seres espirituais. O mesmo que “Falange”. É o conjunto de seres espirituais de grande evolução, já isentos do Carma. Conjunto de espíritos elementares (Entidades) em evolução dentro de certas doutrinas e funções cármicas. Seus Chefes ou “Cabeças-de-Legião”, já mais adiantados nessa fase evolutiva, são chamados “batizados” e controlam positivamente o movimento dessas forças vibratórias, inclusive policiando os “marginais” do espírito, os Exus Kiúmbas (espíritos sofredores e de pouca luz. Como todo, os Exus, são donos dos vícios, drogas e bebidas. E tornando o seres humanos seus escravos, impondo os vícios aos mesmos); o conceito de “bem”e de “mal” é, para eles, relativo. Cuidado com esse Povo. Até hoje, não ví ninguém feliz, com quem lida com Eles. É uma pura ilusão!

CABEÇAS – DE – LEGIÃO / QUIMBANDA

Exus intermediários , ditos batizados, já na última fase de elementares e que controlam os Exus mais atrasados e os Kiúmbas. Os principais são sete:

1- Exu Sete Encruzilhada = Para a Linha (vibração) de Oxalá. 2- Exu Pomba-gira = Linha de Iemanjá. 3- Exu Tiriri = Linha de Yori (opera com espíritos de crianças). 4- Exu Gira-Mundo = Linha de Xangô. 5- Exu Tranca-Ruas = Linha de Ogum. 6- Exu Marabô = Linha de Oxossi. 7- Exu Pinga-Fogo = Linha de Yorimá (opera com espíritos de Pretos Velhos).

CABOCLOS

São índios civilizados. Mestiços de índio e branco. Camponês de pele muito bronzeada. Nome genérico para mestiço para espírito aperfeiçoado de ancestral indígena brasileiro, representando um Orixá (Entidade) ou a si

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próprio, o qual “baixa” nos terreiros de Umbanda, Macumbas e Catimbós ou outros com influência ameríndia. A cor avermelhada, acobreada. Ex.: “vermelho-caboclo”.

1- Caboclo Araribóia = Guia-Chefe de Legião, Linha de Oxossi. 2- Caboclo Arranca-Toco = Entidade-Guia, Chefe de Legião na Linha de Oxossi. (afasta dificuldades) 3- Caboclo Arruda = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Oxossi. 4- Caboclo Cobra-Coral = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Oxossi.

5- Caboclo da Pedra Branca = Entidade Chefe de Falange ou Legião na Linha de Xangô. 6- Caboclo das Sete Encruzilhadas = Entidade, Chefe de Falange, na Linha de Oxossi. 7- Caboclo do Sol e da Lua = Entidade, Chefe de Falange, vibração na Linha de Xangô. 8- Caboclo do Vento = Entidade, Chefe de Falange, na Linha de Xangô. 9- Caboclo Guiné = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Oxossi. 10- Caboclo Malemba = Entidade representante de Oxalá, em Candomblés de Caboclo. 11- Caboclo Pena Branca = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Oxossi. 12- Caboclo Treme-Terra = Entidade, Chefe de Falange, na Linha de Xangô. 13- Caboclo-Menino = Qualquer espírito infantil em Cultos de Umbanda.

CABOCLAS

1- Cabocla Estrela do Mar = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Iemanjá. 2- Cabocla Indaiá = Entidade, Chefe da Falange das Caboclas do Mar, na Linha de Iemanjá. 3- Cabocla Iansã = Entidade que representa o Orixá Iansã e é Chefe de Legião, na Linha de Iemanjá. 4- Cabocla Iara = Entidade, Chefe da Falange das Caboclas do Rio, na Linha de Iemanjá. Também chamada Mãe d’Água. 5- Cabocla Jurema = Entidade-Guia, Chefe de Legião, na Linha de Oxossi. 6- Cabocla Nanã = Entidade que representa o Orixá Nanã e é Chefe da Falange das Ondinas, na Linha de Iemanjá. 7- Caboclas do Mar = Falange de seres espirituais que vibram na Linha de Iemanjá. Cujo Chefe é a Cabocla Indaiá. 8- Cabocla do Rio = Falange de seres espirituais que vibram na Linha de Iemanjá. Cuja Guia-Chefe é a Cabocla Iara. 9- Cabocla Sereia do Mar = Entidade Chefe de Legião, na Linha de Iemanjá.

Obs.: Entre os vários Caboclos e Caboclas existentes, citei somente os que estão acima, por achar, os mais conhecidos.

Esta parte dedico à “Você” que visitou ao “Site Didático”, fazendo algumas perguntas e dando algumas frases para Você analisar:

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PERGUNTAS?

Se és um Umbandista e conheces muito sobre essa seita, pergunto-lhe será que todos Umbandistas sabem definir o que é Linha e suas subdivisões ? O mesmo pergunto sobre Falange ? Se és um simples principiante da Umbanda, e da qual procuras tirar algum proveito para o teu bem estar, e de servir ao teu próximo, tenho a certeza de que adquiriste este conhecimento, ou seja, no intuito de melhor seus conhecimentos ? Aos leigos, antes de entrares em qualquer Casa de Umbanda, Você saberá investigar e avaliar o tipo de Umbanda praticada, para não entrar numa fria?

FRASES PARA MEDITAR:

1- A ilusão que temos de que somos infelizes praticando “O BEM”, ao passo que outros são felizes praticando “O MAL”, é puramente objeto de uma concepção mal formada, e de um espírito mal orientado. 2- A descrença nada mais é do que uma falta de fé e uma falta de raciocínio tão comum em quase toda a humanidade. 3- O homem só acredita naquilo que vê ou que sente, quando essa prova é por demais irrefutável, e quando a carapuça se lhe enterra até as orelhas. 4- Fora disso, ele é um relaxado, e pouco importância dá aos fenômenos que o cercam, sem de longe perceber que está incorrendo em um erro gravíssimo. 5- Se o homem procurasse refletir um minuto sequer, e aproveitasse o seu raciocínio, analisando detidamente todos os fenômenos que circulam em seu redor, forçosamente haveria de compreender que ele não está sozinho, e que uma grande força o conduz em todas as circunstâncias. 6- O homem será forte e dominará todos os obstáculos, quando vier a compreender que dentro de si próprio existe uma força superior que vive em estado latente, e que surgira tão cedo desenvolva ele o poder da sua mente. 7- Assim eu digo: A Umbanda “branca” é a Luz Divina, é a Força, é a Fé, ou melhor: é a própria vida.

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