livro pensar com tipos - capítulo letra

48
LETRA ( 13 ) JOHANNES GUTENBE RG Thxto impresso, "156 LETRA ESTE NAO E UM uvRo SOBRE FONTES. E urn livro sobre como usa-las. Elas sao urn recurso essencial empregado por designers graficos, assim como vidro, pedra, ferro e infuneros materiais sao utilizados por arquitetos. Os designers as vezes criam suas pr6prias fontes e letragens personalizadas. Mas e mais frequente ve-los consultando a vasta biblioteca de fontes existentes. escolhendo-as e combinando-as em resposta a publicos ou situas:oes especificas. Fazer isso com senso de humor e sabedoria requer conhecimento de como - e por que - as letras evoluiram. A origem das palavras esta nos gestos do corpo. As primeiras fontes foram modeladas diretamente sobre as formas da caligrafia. No entanto, elas nao sao gestos corporais, mas imagens manufaturadas para repetis:ao infinita. A hist6ria da tipografia reflete uma tensao continua entre a mao e a maquina, o organico e o geometrico, o corpo humano e o sistema abstrato. Essas tensoes, que marcaram o nascimento das letras impressas ha mais de quinhentos anos, continuam a energizar a tipografia hoje. Os tipos m6veis, inventados por Johannes Gutenberg na Alemanha no inicio do seculo xv, revolucionaram a escrita no Ocidente. Ao contrario dos escribas, que fabricavam livros e docurnentos a mao, a impressao com tipos permitia a produs:ao em massa. Grandes quantidades de letras podiam ser fundidas a partir de um molde e concatenadas em "formas". Depois que as paginas eram revisadas, corrigidas e impressas, as letras eram dispensadas em caixas subdivididas para reutilizas:ao. Os tipos m6veis haviam sido empregados antes disso na China, mas Ia forarn menos uteis. Enquanto o sistema de escrita chines contem dezenas de milhares de caracteres distintos, o alfabeto Iatino traduz os sons da fala em urn pequeno conjunto de sinai.s apropriados a mecanizas:ao. A famosa Biblia de Gutenberg baseou-se no manuscrito. Emulando a densa e escura escrita manual conhecida como letra g6tica, ele reproduziu sua textura erratica criando varias:oes de cada letra, bern como infuneras ligaturas (caracteres que Este capitulo amplia e revisa o artigo "Laws of the Letter· (Leis da letra]. de Ellen Lupton e J. Abbott Miller, publicado em Design Writing R esearch: Writing on Graphic Design York: IGosk, 1996: Londres: Phaidon. 1 999). pp 53-61.

Upload: priscila-ribeiro

Post on 18-Dec-2015

127 views

Category:

Documents


19 download

TRANSCRIPT

  • LETRA ( 13

    )

    JOHANNES GUTENBE RG Thxto impresso, "156

    LETRA ESTE NAO E UM uvRo SOBRE FONTES. E urn livro sobre como usa-las. Elas sao urn recurso essencial empregado por designers graficos, assim como vidro, pedra, ferro e infuneros materiais sao utilizados por arquitetos. Os designers as vezes criam suas pr6prias fontes e letragens personalizadas. Mas e mais frequente ve-los consultando a vasta biblioteca de fontes existentes. escolhendo-as e combinando-as em resposta a publicos ou situas:oes especificas. Fazer isso com senso de humor e sabedoria requer conhecimento de como - e por que - as letras evoluiram.

    A origem das palavras esta nos gestos do corpo. As primeiras fontes foram modeladas diretamente sobre as formas da caligrafia. No entanto, elas nao sao gestos corporais, mas imagens manufaturadas para repetis:ao infinita. A hist6ria da tipografia reflete uma tensao continua entre a mao e a maquina, o organico e o geometrico, o corpo humano e o sistema abstrato. Essas tensoes, que marcaram o nascimento das letras impressas ha mais de quinhentos anos, continuam a energizar a tipografia hoje.

    Os tipos m6veis, inventados por Johannes Gutenberg na Alemanha no inicio do seculo xv, revolucionaram a escrita no Ocidente. Ao contrario dos escribas, que fabricavam livros e docurnentos a mao, a impressao com tipos permitia a produs:ao em massa. Grandes quantidades de letras podiam ser fundidas a partir de um molde e concatenadas em "formas". Depois que as paginas eram revisadas, corrigidas e impressas, as letras eram dispensadas em caixas subdivididas para reutilizas:ao.

    Os tipos m6veis haviam sido empregados antes disso na China, mas Ia forarn menos uteis. Enquanto o sistema de escrita chines contem dezenas de milhares de caracteres distintos, o alfabeto Iatino traduz os sons da fala em urn pequeno conjunto de sinai.s apropriados a mecanizas:ao. A famosa Biblia de Gutenberg baseou-se no manuscrito. Emulando a densa e escura escrita manual conhecida como letra g6tica, ele reproduziu sua textura erratica criando varias:oes de cada letra, bern como infuneras ligaturas (caracteres que

    Este capitulo amplia e revisa o artigo "Laws of the Letter (Leis da letra]. de Ellen Lupton e J. Abbott Miller, publicado em Design Writing Research: Writing on Graphic Design (Nov;~ York: IGosk, 1996: Londres: Phaidon. 1999). pp 53-61.

  • LETRA 114

    NICOLAS JEN SON aprendeu a imprimir onde ntlsceu a tipograjitl, em Mllinz, ntl Alerntlnhtl,

    tlntts de estllbdear grtijictl pr6pritl em

    Veneztl. SUils letras tim hastes vertictlis fortes, e a trtlnsi~o do trayo

    grosso ptlra o fino reflete o caminho de uma pena

    de bico largo.

    A CE NTAUR, desenhada entre 1912 e 1914 por Bruce Rogers, ~ uma

    revive.scincia do tipo de Jenson que enfatiza seu lra~ado em Jormtl de faixa.

    A RU tT Joi projelada pelo tip6grafo, profosscr

    e te6rico holandls Gerrit Noordzij. Iissa

    fonte, construfda digillllmente nos

    anos 1990, captura a qualidade dinllmica e tridimensional das

    I los tppdlatur mariti the iiii welda,~ hen~ . d . fra lotcl, 1M thcchirchcma

    euar aatur tcr mar that l.t;,wctc,orthatl ratrizappellanturqu: aodortbathccosiuth .mitini frattUm & ma1 in ~ or the chU

    aau~lt"S mamlm fraa tJDICI. that ben in th r b . . d b _.J OD.C ~at that oti o'o nn~tx ~ ~eu ~acortbccom~~c ta funttn anaquiS au ben or foyc and RIAdl1 Lorem ipsum dolor si Lorem ipsum dolor sit amet , consectetuer adipis consectetuer adipiscing elit. Integer pharetra, 1 Integer pharetra, nisl u1 ut luctus ullamcorper, ullamcorper, augue tort augue tortor egestas cu egestas ante, vel pharetra vel pharetra pede urna ' urna ac neque. Mauris neque. M auris ac mi e eu purus tincidunt fauc

    vanum laboraverunt , Lorem ipsum dolor ~ si Do.minus custodie~ consectetuer adipisci Lstra vigilavit qui cos1 Integer pharetra, nis: num est vobis ante h: ullamcorper, augue t rgere postquam sede: ante, vel pharetra pee i manducatis panem neque. Mauris ac mi m dederit dilectis sui tincidunt faucibus. P ALMI IVXT A LXX dignissim lectus. Nun

    fontts rolntlntlS do ~culo xv, bem como mas origens g6tiCtlS (lntlis que A SCALA Joi apresentada em 1991 pelo tip6grafo lwlandls Martin Majoor. Embora esstl Jottte emi1~ntemente contemporllnea tenha serifas geomttricas e formas racionais quase modulares, ela reflete tlS origens caligrclficas da tipograjia, o que fica evidente em caracteres como a letra a.

    humat~istlls) . Como o pr6prio Noordz ij explica, Jenson "adaptou as letras alem/Js a modtl itlllitlna (um pouco mtlis redonda, um pouco

    mais leve) e tlSsim criou os tipos romanos.

    Q GOLDEN TYPE {oi criado por um riformador do design, o ingtes William Morris, em 1890. Ele procurou recaplurar a densidade escura e solene dtlS pclgintlS de Jenson.

    A ADOBE / EN SON {oi projetada em 1995 por Robert Slimbach, que refonnula fo ttlts hist6riCtlS para uso digitlll. A Adobe Jenson t menos estilizada e decorativa que a Centaur.

  • LETRA I I 5

    S td ne forte tuo atrea Hie tim

  • CEOFROY TORY

    afirmava q~

  • Aabcdef ABCD

    ~R

    ttallc/1 /tt:, ~

    JJ6, JVCg2

    GEORGE BI CK H A M , 174] Amoslras da "Roman Prinl" Jimprc:ssao romanaf t da

    "llalia11 Hand"Jc:scrita ilatiana j.

    Essa acusa~lo foi contada a BaskemUe em um:~ carta de seu 3dmirador Benjamin Fnnklm. 0 texto integral pode ser consultado em F E. Pudoe, john Baskcrvilt' of Barm~ngltam: t..mcr-Foutldtr and Printer (l..ondres: Frederick Muller Umited, 1975). p 68. Ver tambem Robert Bnnghurst, Elunmlos do t stfto lipogrdfico (S2o P;IUio: Co~ac Naafy. zoos).

    ILUMINISMO E ABSTRA~AO

    Os artistas do Renascimento buscaram padroes proporcionais em corpos humanos idealizados. Em 1529 , o designer e tip6grafo frances Geofroy Tory publicou uma serie de diagramas que vinculavam a anatomia das letras a do homem. Uma nova abordagem, distanciada do corpo, despontaria na era do lluminismo cientifico e fi1os6fico.

    Em 1693, urn comite frances nomeado por Luis x1v pos-se a construir letras romanas em um diagrama finamente tramado. Ao contrario dos diagramas de Tory, que eram gravados em madeira, as representar;oes da romain du roi (alfabeto do rei) eram buriladas em chapas de cobre. As fontes de chumbo derivadas desses diagramas de grande formato reAetem o carater linear do processo e a atitude cientifica do comite real.

    As tetras entalhadas, cujas linhas Auidas nao se atem ao diagrama mecanico da prensa tipografica, oferec.iam urn meio apto a tetragem formal. Reprodur;oes entalhadas da arte caligrafic.a disseminaram a obra dos grandes mestres caligrafos do secuto xv 111. Livros como The Universal Penman (1743), de George Bickham, traziam tetras romanas- cada qual gravada como urn caractere (mico - e manuscritas profusamente curvas.

    A tipografia do secuto XV III foi influenciada por novos estilos manusc.ritos e suas reprodur;oes gravadas. lmpressores como Will iam Caston, na decada de 1720, e john Baskervi lle, na de 1750, abandonaram a rigida pena humanista em favor da pena metalica Aexivet e da pena de ave com ponta fina - instrumentos que produziam linhas fluidas e ondulantes. Baskerville, urn mestre caligrafo, teria admirado as linhas finamente esculpidas que apareciam nos livros de escrita entalhada. As fontes que ele criou eram tao definidas e contrastadas que seus contemporaneos o acusaram de "cegar os teitores do pais, pois os trar;os de suas tetras, de tao finos e estreitos, machucam os olhos.n Para aumentar a impressionante precisao de suas paginas, Baskerville fazia suas pr6prias tintas e passava a ferro suas paginas ap6s imprimi-tas.

    Na virada do secuto x1x, o severo vocabulario de Baskerville foi levado ao extremo por Giambattista Bodoni na ltalia e Firmin Didot na Franr;a. Suas fontes, com eixos totalmente verticais, contraste extreme entre trar;os grosses e finos e serifas nitidas como laminas, foram a porta de entrada para uma visao da tipografia desvincutada da caligrafia.

    A romain du rot nio foi projetada por urn tip6grafo, mas por urn comite govemamental composto por dols padzes, urn contador e urn engenheiro. Robert Bringhurst, 1992

  • P. VIR G ILl I M A R 0 N I S

    BUCOLICA ECLOGA I. cui nomen TITrRUS.

    M E L I B OE u s. T 1 T y R u s.

    T ITYRE, tu patt.We recubans fub tegmine fagi Silvefirem tenui Mufam meditaris avena: Nos patrice fines, et dulcia linquimus arva; Nos patriam fugimus: tu, Tityre, lentus in umbra

    5 Formofam refonare doces Amaryllida filvas. T. 0 Melibree, Deus nobis ha:c otia fecit:

    Namque erit ille mihi femper Deus: illius aram Srepe tener nofiris ab ovilibus imbuet agnus. llle meas errare boves, ut cernis, et ipfum

    10 Ludere, qure vellem, calamo permifit agrefti. M. Non equidem invideo; miror magis: undique totis

    Ufque adeo turbatur agris. en ipfe capellas Protenus reger ago : hanc etiam vix, Tityre, duco: Hie inter denfas corylos modo namque gemellos,

    I 5 Spem gregis, ah! filice in nuda connixa reliquit. Srepe malum hoc nobis, fi mens non lreva fui1fet, De crelo tatlas memini prredicere quercus: Srepe finiftra cava prredixit ab ilice cornix. Sed tamen, ifte Deus qui fit, da, Tityre, nobis.

    20 T. Urbem, quam dicunt Romam, Melibree, putavi Stultus ego huic noftrre fimilem, quo Crepe folemus Paftores ovium teneros depellere fretus. Sic canibus catulos fimiles, fie matribus hredos

    A Noram;

  • VIRGILIO (ESQ.) P~gina de livro, 1757 Impressa por john Baskerville As fontes criadas por john Baskerville no skulo xv 11 1 eram notaveis - e att mesmo chocantes para a epoca- por suas formas afiadas e eretas, e por seu forte contraste entre elementos grossos e fi nos. AJtm de uma fonte de texto romana, essa p6gina usa versais it6licas, versa is grandes (generosa mente espacejadas) versaletes (dimensionadas para acompanhar o texto em caixa-baixa) e numerais nc1o alinhados (com ascendentes, descendentes e corpo pequeno, para foncionar com caracteres minusculos).

    RACINE (01 R.) P~gina de Jivro, t8ot Impressa por Firmin Didot As fontes gravadas pela famaia Didot na Frans;a eram ainda mais abstratas e severas que as de Baskerville, com serifas retangulares e urn forte contraste grossofmo. Os impressores e tip6grafos do skulo XIX chamavam essas fontes resplandecentes de "modernas".

    Ambas as p6ginasforam reproduzidas do livro de William Dana Orcutt, In Quest of the Perfect Book (Nova York: Little, Brown and Company, 1926); as margens nao sao precisas.

    LA THEBAIDE, ou

    LES FRERES ENNEMIS,

    TRAGEDIE.

    ------------------------------------------------

    ACTE PREMIER.

    SCENE I. .J OCASTE, OLYMPE.

    .IOCA.STL

    ILS sont sortis, Olympe? Ah! mortelles douleurs! Qu'un moment de repos me va couter de pleurs! Mes yeux depuis six mois etoient ouverts aux larmes., Et le sommeilles ferme en de telles alarmes! Puisse plut6t Ia mort les fermer pour jamais, Et m'emp~cher de voir le plus noir des forfaits! Mais en sont-ils aux mains?

  • 1 8 J :S; A t 10 o'Clock Ita 1M Mtlf'rting:

    l QUANTITY OF OLI

    ORDAGI Salls m~!!ji;" ~the rema ,k of the Sch'

    nome dado ao estilo tipogrtijico injlado e ltiper-negritado que apareceu 1w infcio do stculo X IX. Essasfontes exaguaram a polarizao das letras em componentes grossos e }it1os vistas 11a tipograjia formal de Bodoni e Didot.

    ECl PC tAS ou retangulares. essas fontes jizeram com que a serifa passasse de detalhe rejitw.do a laje estnllural. Componente arquiletonico independente, a serifa retangular ajirma seu peso e massa. Apresentado em Bo6. esse estilo foi rapidamente denunciado por puristas: uma monstruosidade tipogrtijica".

    ...

    espa;;os estreitos. Anulll:ios do stwlo XIX costumavam combinar Jontes de proporfdes e estilos variados na mesma ptigina, mas essas misturas bombtisticas eram tipicamente alit1lwdas em composifdeS csttiticas e centralizadas.

    c6nco t wn termo do stculo xtx criado para designar letras sem serifa. Tais Jontes clwmavam a alenfdO por sua frontalidade macifa. Embora 110 stculo xx essas fontcs ten ham servido freqilttl temente para transmitir neutralidade, g6ticas extravagantementt: decoradas jti foram comuns .

    LETRA I 2.0

    Minha pessoa era horrenda, rninha estatura gigante. 0 que isso queria dizer? Quem era eu? 0 que era eu? ( ... ) Criador maldito! Por que criaste urn monstro tao medonho que ate mesmo tu te afastaste de mim em desgosto? Mary Shelley, Frankenstein, 1831

  • I r'rRA 21

    0 historiador da 11pograjia Rob Roy Kelly (1916- 1004) l

  • LETRA I 22

    DURYEA'S IMPORTED

    CORNSTARCH [ESQ.] Cartao comercial litografico, r878 A ascenfilo da propaganda no siculo XIX estimulou a demanda por letras em grande escala, que pudessem chamar a ateno no ambiente urbana. Aqui, r~m homem aparece colando um cartaz em flagrante desrespeito d lei, enquanto um policial aproxima-se na esquina.

    FULL MOON [DIR. j Cartaz tipografico, 1875 Uma duzia de fontes diforentes e utilizada nesse cartoz de um cruzeiro a vapor. Em cada linha, tamanhos e estilos diforentes foram escolhidos para ampliar ao mtiximo o tamanho das letras no espafo dispon{vel. Embora as fontes sejam ex6ticas, o leiaute t tao esttitico e convencional quanta uma ltipide.

  • ST - MIOHA5L;~9

    TEMPERANCE BAND I Prof. V. Yeager, Leader, will give a G :x& :151( 4!!!!!1;acl!!!!!!!l) ..

    R8tRLitBT a

    On the Steamer

    BELLE! -To Oabrook and Watch Hlil,

    On Sa.turday Evening, July 17th, Leaving Wharf at 7! o'clock. Returning Jo Westerly

    at 10~ o'clock. K enneth will be at Osbrook.

    TICKETS, ;. FORTY GENTS. G. B. & J. H. Utter, Ste&m Printers, Weetel"ly, R. I.

  • TH EO VAN OOESBURG,jimdador e principal promot.or do movimento holandes De Stijl. projetou este alfabeto com elementos perpendiculares em 1919. Aplicad
  • LfTRA 2.)

    EDWARD JO II NSTON biiStOUSC

    em antigas inscri~oes romanas para criar este diagrama de

    caractae~ "esswciais", em 1906. Embora zombasse da lttragtm dt displays comuciais, johnston 11tlo tevt problemas em aceitar o embdezamet1to clasfomoas inspiradas no ptrlodo mtdoeval.

    Sobre a Fu!llr3. vcr Christopher Burke, Paul Rtlllltr: noc Art ofTypograploy jPaul Rl'nner: a arte da tipografiaj (Nova York: Princeton Architec1ural Press. 1998). Sobre as fon tl'S expenmentais das decadas de 1920 e 1930. ver Robtn Kutross,

    Unju~to)itd Texts: l'aspectives on Typography (Londrt's: Hyphen Press. 2.002). pp 2B-45

    REPORMA E REVOLU;AO

    Alguns designers consideravam a distor~ao do alfabeto grosseira e imoral, Jigada a urn sistema industrial destrutivo e desumano. Em 1906, Edward johnston reanimou a procura por urn alfabeto essencial e padronizado, alertando para os "perigos" do exagero. lnspirado no movimento Arts and Crafts do secu lo XI X, johnston voltou-se para 0 Renascimento e para a !dade Media em busca de tetras puras e nao corrompidas.

    Embora reformadores como johnston permanecessem romanticamen te ligados a hist6ria, eles redefiniram a figura do designer como urn intelectuaJ dis tanciado do comercio. 0 moderno reformador do design era urn cri tico da sociedade, esfor~ando-se para criar objetos e imagens que desafiariam e revisariam habitos e praticas dominantes.

    Os artistas de vanguarda do inicio do secuJo xx rejeitaram as formas hist6ricas mas adotaram o modelo do critico outsider. Membros do grupo De Stijl na Holanda reduziram o alfabeto a elementos perpendiculares. Na Bauhaus, Herbert Bayer e josef Albers construiram alfabetos com fo rmas geometricas basicas- circulo, quadrado e triangulo -, que consideravam elementos de uma linguagem universal da visao.

    Tais experimentos entendiam o alfabeto como urn sistema de rela~oes abstratas. Assim como os impressores populares do secuJo x1x. os designers de vanguarda abandonaram a busca por urn alfabeto essencial e perfeitamente conformado, mas ofereceram alternativas austeras e te6ricas em Iugar das novidades solicitas da grande propaganda.

    Montados como maquinas, com componentes modulares. esses projetos experimentais imitavam a produ~ao fabri l, mas a maioria deles foi produzida a mao e nao chegou a ter versoes mecanicas (embora muitos estejam dispon iveis em meio digital). A Futura, projetada por Paul Renner em 1927, encamou as obsessoes da vanguarda em uma fonte multifuncional e comercial. Em bora Renner rejeitasse o movimento ativo da caligrafia em favor de formas mais "tranquilizadoras" e abstratas, ele temperou a geometria da Futura com varia~oes sutis em seus tra~os, curvas e propor~oes. Renner deu a Futura diversos pesos, vendo-a como uma ferramenta artistica para construir paginas com grada~oes de cinza.

    As formas tranquilizadoras e abstratas dessas novas fontes que dispensam o movimento manuscrito oferecern ao tip6grafo novos valores tonais afinados corn grande pureza. Esses tipos podern ser usados ern pesos leves, semipretos ou saturadamente pretos. Paul Renner, 1931

  • WIM CROUWEL publicou seus desenhos para um "novo a!fabeto" sem diagonais ou curvas em 1967. A The Foundry, em Londres, COmtfOu a desenvolver e a

    lan~r edit:s digitais das fontes de Crouwel em 1997.

    Ver Wim Crouwel, New Alphabet (Amsterdam: Wim Crouwel(fotal Design. 1967); e Wim Crouwel. Kees Broos e David Quay, Wim Crouwel: Alphabets (Amsterdam: BIS Publishers, 2003).

    LETRA I 26

  • LlTRA 27

    WlM CRouwu mo~trava es~u ve11do cs,aneadn" de uma GaramoLd para contra5tar com scu novo alfabtto, n~al formas aceatavam a tstrutura miwlatla da tela.

    7U7..ANA Uc.'J

  • CURATOJ:l.: JOSEPH WESNEF Linda Ferguson SteveHandschu James Hay Matthew H oil and$CUL PTURI

    C. Gary Laatsch ~Brian Liljeblad :::::;) Dora Natella (.) Matthew Schellenberg ~ Richard String i Michell Thomas m f RobertWilhelm ~pening Reception : FridayJun e 8,5:3G-~8:30 pm c ~ < ......

    ..

    ...

    etro it Foe y s Galler)(313)96 2 _90 2 5 43 Beaubie r\, Third Floor TROIT, MICHIGAN 48 2 26

    H N WEDNESDAY- SATURDAY

    ours: oon to6pnf-

    LETRA I z8

    ED FELLA produziu uma obra de tipogra.fia experimental que influmciou fortemertte o design de tipos 11a decada ck 1990. Seus cartazes para a Detroit Fows Gallery trazem fonruzs danific:adas e difeituosas. desenltadas a mao ou recollt idas do refugo de copiadoras de terceira gerafiiO ou de 1/lminas de letragem por transferertcia como a Letrasel. Awvo do Cooper-Hewitt, National Design Mr+seum .

  • TIPOGRAFlA COMO NARRATI VA

    No come~o dos anos 1990, enquanto as ferramentas de design digital abriam as portas para a reprodu~ao e a integrac;:ao de diversos meios, crescia a insatisfac;:ao de muitos designers com as superficies lim pas e imaculadas. Procurava-se lanc;:ar a letra no mundo rude e d.ustico dos processes fisicos. Ela, que por seculos havia buscado a perfeic;:ao em temologias cada vez mais exatas. foi arranhada. dobrada. manchada e poluida.

    Template Gothic: tecnologia imperfeita A fonte Template Gothic, de Barry Deck, projetada em 1990, baseia-se em letras desenhadas com urn estencil de plastico. Assim, a fonte refere-se a urn processo ao mesmo tempo meciinico e manual. Deck fez este projeto quando era aluno de Ed Fella, cujos cartazes experimentais inspiraram uma

    gera~ao de tip6gafos digitais. Ap6s seu lanc;:amento comercial pela Emigre Fonts, a Template Gothic passou a ser usada em todo o mundo, tornando-se um emblema da "tipografia digital" dos anos 90.

    Dead History: nutrindo-se do passado A fonte Dead History, de P. Scott Makela, tambem projetada em T990. e urn pastiche de duas fontes existentes: a tradicional fonte serifada Centennial e a classica pop VAG Rounded. Manipulando os vetores de fontes prontas, Makela adotou a estrategia de apropriac;ao empregada na arte e na musica contemporaneas, aludindo ainda a importancia da hist6ria e do precedente, importantes para quase toda inovac;ao tipografica.

    CcDdEeFfGgHhiiJjiCl< Os tip6grafos holandeses Erik von BlokJand e Just van Rossum combinaram JS figuras do designer e do programador, criando fon tes que contem acaso, mudanc;:a e incerteza. Sua fonte Beowulf. de 1990, foi a primeira de uma serie de fontes com con tornos aleat6rios e comportamento programado.

    Os metodos industriais de produ~ao da tipografia for~aram todas as letras a ser identicas ( ... ) Hoje, a tipografia e produzida com equipamentos sofisticados, que nao impoern tais regras. As unicas limita~oes residern ern nossas expectativas. Erik van Blokland e Just van Rossum, zooo

  • LETRA JO

    DB VOLTA AO TRABALHO

    Embora os anos 1990 sejam mais lembrados por imagens de decadencia, os designers tipograJicos continuaram a construir urn repert6rio de fontes de uso comum. projetadas para acomodar confortavelmente grandes quantidades de texto. Em vez de contar sua propria hist6ria, essas fontes fomecem aos designers paletas Aexiveis de letras, coordenadas em famllias maiores.

    Mrs Eaves: mulher trabalhadora Enquanto fazia fontes display experimentais, Zuzana LiCko, intrepida pioneira da aurora digital, produziu alguns revivals hist6ricos nos anos 1990. A Mrs Eaves, desenhada em 1996 e inspirada nos tipos do seculo XVII I de John Baskerville (seu nome vern de sua amante e govemanta Sarah Eaves), tornou-se uma das fontes mais populares do seu tempo.

    Quadraat: Barraco faz-tudo Projetadas na Holanda, fontes como a Scala, de Martin Majoor (usada no texto deste livro) , e a Quadraat, de Fred Smeijers, oferecem interpreta

  • lETRA 3 I

    RIIOUT CONTACT

    -CUISSICS I CIJ8TOOOR 17

    PAQ

  • LETRA } 2

    2

    6. a font without temporal lnflectoon. without the lmerlnt

    7. ar a,..ohtlcal font, a font that

    8. a font unaffected by the force of gravity and the welaht ol

    9. a font without fomily,

    10. 1 Marshall Mcluhan font that stubbornly persists I

    11. a font that takes advantaa of all that promosed

    12. a font that does something other than sit on Its ass In a dl&lbl

    13. a font wi th the

    14. a recomblnont font- every letterform the unruly child of a predictable but

    15. a font that sounds as aood

    18. a font that responds and reacts to the meaning It carrie~

    20. a font that mlaht sense your level of agitation, f .. r. or

    2L a font prone to sudden outbursts

    22. a font that exceeds the tnooaoapll ...

  • IITRA JJ

    font thl .. ,.t, b w he

    font that refuses to utter omperatives or commands

    karaoke font. a l ipsynching font, a font without 1 voice of its own

    font that los tens while ot speaks

    font that toules effortlessl y between langu1ges

    font for speaking In ton&uos

    font that 01 L I

    1 metropolitan font for uptown, the ghetto, ~nd suburboa alike

    font that simultaneously translat ..

    font hat

  • ANATOMIA LETRA I 34

    LIGATURA ASCEN DENTE

    BARRA IIORJZONTAL

  • LETRA J 5

    o:

    Algum rlmutltos J>Odrm r lrtru1 rxclttmtrltlr m mdadr," maior l'"'tr dtH Jontn mlo r prc')Cillda dr,~a manriru. A czlll.rax normalmmu 0< upcz 11m po11co rna~> q11r a mttadr dn altura dt vtr~al . Quanta mawr jM a allllrax rm rdurtlo cl all lim dr

  • TAMANHO

    11 pt~1l0" tqurw&lwa a 1 pa&ea

    6 pul) cquwolcm t1 1 JWitgt&dr&

    Aja ~CiliA !>I 60 PONIOS As font(~ 1

  • LHKA 37 TAMANHO

    INTFRSTA.l l }~VI RODON I 32 rT MRS FAVI:S }2 1' 1

    Parec;o gorda neste parcigrafo? Essen kim' tim o mcsmo ramanho em pnfO.(, mea citjacntcs alttm.s-x. pesos e propor(iks.

    Quando duas fontes sao compostas como mesmo tamanho em pontos. uma costuma parecer maior que a outra. As diferenc;as de altura-x, peso de linha e largura afetam a escala aparente da letra .

    A Mn Ea,e,, projrtada por Zt1 Bnsktrville fcitos no st!mlo xv 111. joi batizada tnt ltomcnagem a Saralt Eavc.s, amante. govcrnanta c coltlboraciora dt Baskenitlc. 0 ca(a( vivru jwllo pordcusscis unos ali sc casar em 1764.

    bela altura -x Maoo"s alturns-x. aciotclfla' no ;,i{ 11lo xx.ftum as Jontts paruaem mworrs ma.\imizando rt area rontula rta cirmmsilo gerul cia letra. Toda fonte quer saber: "Parec;o gorda neste paragrafo?" Tudo e uma questao de contexto. Uma fonte pode parecer perfeitamente esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma quando impressa. Algumas sao desenhadas com linhas mais pesadas que outras, ou tern alturas-x maiores. A Helvetica nao e gorda. Ela tern ossos grandes.

    IIHHTJ CA 9/12

    Toda fonte quer saber: "Pare9o gorda neste paragrafo?" Tudo e uma questao de contexte. Uma fonte pode parecer perfeitamente esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma quando impressa. HEI~H1CA 12/1.\

    Tod a fo nte quet saber : " Pare~o gorda nes te paragrafo?" T udo e uma questiio de contexte . Uma fo nte pod e pa recer perfeitamente esbe lta na tela. mas go rducha e fo ta de fo rma quando im p ressa. Algumas sao d ese nhadas com lin has mai s pesadas que ou tras. o u tern allu ras- x ma io res. A Mrs Eaves tern cinlura baixa e co rpo peque no . MR~ EAV~S 9/11.

    Toda fonte quer saber : " Pare~o gorda neste panigrafo ?" Tudo e uma quesUio de co ntexto. Uma fonte pode parecer p erfeitamente esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma quando impressa.

    MRS ~AVlS 12/14

    0 ltllllllltho-padrilo em 11111itos programas i de 11 pl. Embora is.~o 11ormalmmte oit ltxlos legfveil em tela, tipos de texto com 11 pt costtuncmt f>tlrtcer grattdt<

  • l ETRA I 38

  • L F. TRA 3 9

    REV O LVER:

    ZEITSC HR tFT FO R FILM

    ]R EV I ST A DE CINEMA) Revista, 1998-2oo3 Designer: Gerwin Schmidt Essa rt:vista foi criada por e para diretores de cinema. 0 contraste wtre tipos grandes e ptiginas pequenas gera drama e surpresa,

  • LETRA 40 T

  • lFl RA 4 I

    IASP ER MORRISON:

    VERYTHJNC BUT Tit[ WALLS

    Livro. 2002 Drsigncrs: Jasper Morrison, Lars Muller c Matilda Plojel Editor: Lars Muller Design das vitrines Cappellini: Jasper Mornson Fotogralia: Dan Meyers A lpografia realiza-se em escala urbana nesta vilrint criada pelo d~signtr industnal Jasper Morrison. A arqLiileturtl existtnte detennina o tamauho r o ritmo das Jetras monumtntais.

  • CLASSIPICACTAO

    IIUMANJ>lA' >\1 j(Jnlt'l ror111mu\ do1 }(wlo} X\' r X\ I ~lll t41CIVUI?I tJ wligrajia cltlssica. A Jontr Sobon Joi proJelada por Jan Tschichold em 1

  • lETRA I 4 l

    Sa bon SABON 14 1'1

    Baskerville IIA~KI I(Villl 14 f'l

    Bodoni llOllOSI 1-j 1'1

    Clarendon (tAR I Nl>ON IIL II I 14 P I

    Gill Sans C. Ill ~A.N~ 14 Pl

    Helvetica IIF I \FTIC'\ 14 VT

    Futuro I UIURA 14 PT

    Esre nao e um livro sabre fo nres, mas sobrc como usa-las. As fom es sao recursos essencia is ao designer grafico, assim como o vidro, a pedra, o ac;o e ourros materia is sao essenciais ao a rquitet o.

    ~AHON 9/12

    Este nao e um livro sobre fontes, mas sabre como usa-las. As fontes sao recursos essencia.is ao designer gnifico, assim como o vidro, a pedra, o ac;;o e outros mate riais sao essenciais ao arquiteto. 81\SK[RVllll: 9/12

    Este nau ~ um livro sobre fun tes, mas sobre comu usti-las. As fontes sao recursos essenr iais ao des igner grafico, ass im como o viJro, a pedra , o a9o e outros mate riais siio essencia is ao urquite to. nOf>ON I 0001( 95/ 12

    Este nao e urn livro sabre fon tes, mas sabre como usa-las. As fontes sao recursos essenciais ao designer grafico. assim como o vidro, a pedra. o ac;:o e outros materiais sao essenciais ao arquiteto. c:JARFNOON tiGHT 8f12.

    Este nao e urn livro sobre fontes , mas sobre como usa-las.As fontes sao recursos essenciais ao designer grafico, assim como o vidro, a pedra, o ac;o e outros materiais sao essenciais ao arquiteto. C.ltl 'AN~ R FColiiAI< 9/12

    Este nao e um livro sobre fontes , mas sobre como usa-las. As fontes sao recursos essenciais ao designer grafico, assim como o vidro. a pedra, o a

  • CSWEENEY'S

    TAKil: )0111' aumstll. Q UES'IION: ytNtr ag:rrmo11. R EMOVE l'r.jrtJNI Ibt rrmtfkt111 ojOfhm. WALK W ITH rr. 10

    11f11Yi111'01 p/llfl. A !.ONE? l n. IIIOIIt. !.nAVE rr. lllllltr a frtt11 ll'lflt s!Jy. txpoJttf. ttfktrt. Do NOT'. b11ry it. Do NOT'. lil!t uitb it. Nr.vu: 111 JOlt' bomt. NOT'. in )'Oitr lift. IT IS: l'tral. IT GROWS: /tin a slkldou~ We MIJST: rarr)' llnii'IIJ.

    LA Til SUMMER ~ EARLY FAll

    2002 t WE W ILL f~IOI1fF IXH

  • lFTRA 4 5 FAMfLIAS

    A ideia de organizar fontes em famil ias combinadas data do seculo XV I , quando OS irnpressoreS comes:aram a coordenar tipos romanos e italicos. 0 conceito foi formalizado na virada do secuJo xx.

    A fonte romana eo nucleo ou a espinha de onde deriva uma familia tipografica. ~008 GAMAMOND RfC.Ul.AK A forma romanfJ, lwnbbn chmdr cit "regulur, ( '' vu'Sdo

    normal t rt'tta tie uma Jotllt. f lipOOI (,ARAMOND BOLD [ SEM IBOlU No stculo x.x. wrson bold dr fonles de Lrl(lo tradi.;ionasforam

    aiadas para satisjaur a neccssidadr ck jormas enftltica.l. Famrl/as mlo,rnfuJu\ nllrmulmtnlr "" lucm 1111111 mnpla gam a t/( pe

    Estofadas nas bordas. es~as letras

    ficam JMerte~ r ~em brilJ10.

    CRIME TIPOGRAFICO:

    PHl>DOVfRSALET6

    F.ssas vers&s wcolhidas Jr ilfr

  • GRANDBS PAMfLIAS LETRA I 46

    FAMiLIA THESIS l'r"}rtmlu pur Luu~ tl( Groot. lHCt

  • LETRA 47

    Interstate Light Interstate Light Compressed Interstate Light Condensed Interstate Regular Interstate Regular Compressed Interstate Regular Condensed Interstate Bold Interstate Bold Compressed Interstate Bold Condensed Interstate Black Interstate Black Compressed Interstate Black Condensed l'rojrtadnpor Tobia< Frrrtfous. Font Burrau. 199!

    nn Scala Scala Italic SCALA CAPS

    Scala Bold

    pp Scala Sans Scala Sans Italic SCALA SANS CAPS

    Scala Sans Bold

    GRANDES FAMiLIAS

    ---

    .....

    ................... Mo.M ..

    u u u u u ~-__,_,.. .... .......

    ....._ __ ....,._ .......... u ~ 11 N I \ I R \ foa prOjtiCIIill pclollpogmjo sl

  • PROJETANDO PONTES

    MERCUR\ BOLD SMALL CAPS Prova, ZOO} Destgner: Jonathan Hoefler, TI1c HoeAer Type Foundry A Mtrcul'} fo projrtada para a produplo dr jomais modemos. ou se;a. para a impussao rapida t dt grande toltmu em papel barato. As notas dtsta prolltl, que most ram apmas tuna das variantes dtssa vasta Jamnia llpogrtlfica. comentam tudo - da largura ou ptso das lctras ao tamanlto t ti forma das scrifas.

  • I.ETRA I 49

    LAS VEGAS: CASTAWAYS

    Desenhos e tipos acabados, 2001 Dirc~ao de a rte: Andy Cruz Design tipogr :ifico: Ken Barber Engenharia de fonte: Rich Roat House Industries A Castaways pertence a uma sirie de fontes digitais baseadas na sinalizao comercial de Las Vegru. A sinalizaviio original foi feita por artistas letristas cujos letreiros e logotipos eram fti tos d milo. A Ho~

  • I ETRA I 50

    T H E LOC U ST (ESQ.( E MELT BA NANA (D l R.) Cartazes serigrafados, 2 002 Designer: Nolen Strals Nem todas as tetras sdo tipograjicas. A letragem manual ai11da e 11ma jor~a vibrante no design grajico, como most.ram esses cartazes de dois ever1tos musicais de Balt.imore. A letragem manual tambem i a base de vd rias fontes digi tais, mas dificilment.e etas chegam perto da potencia das tetras verdadeiramente Jeitas d mdo.

  • LOGOTIPOS

    Johannes Hubner

    ubner

    lngenieurburo Informations- und Funktechnlk

    Tel 0351-4272181 Fax 0351-4272191 Funk 0172-351 3564

    BunaustraBe 21 01 109 Dresden

    www.johannes-huebner.de [email protected]

    LETRA I 52

    HUBNER

    Programa de identidade, 1998 Designer: Anton Stankowski A identidade visual desta firma de engenharia usa a letra H como marca. As propor,oes da marca mudam de acordo com o contexto.

    ~r

  • ll IRA 5!

    os LOGOTI ros usam a tipografia e a letragem para grafar o nome de uma organiza~ao de um modo memor:ivel. Se algumas marcas sao feitas com sfmbolos abstralos ou icones pict6ricos, urn logotipo usa letras para criar uma imagem dislinta.

    Os logotipos podem ser feitos com fontes existentes ou com letras personalizadas. Atualmente, muitos deles te rn va rias versoes para uso em situa~oes diversas. Um logotipo faz parte de um programa de identidade mais abrangente. que o designer concebe como uma linguagem viva (e mutante) de acordo com as circunstiincias.

    the

    1111 NOGUCHI MUSFUM

    logollpo, 2004 DestgnNs: Abbott M tiler e lt>remy lloffman, Pentagram

    museum

    Os ladM dr um quculrado joram 1utlvrmenlr rncurvado~ w1 rtifrrbJcia a obra de lsamu Nogucht, que da JJOmr ao NogtKlll Museum. 0 quadrado tlJJmvo roordcnrHr rom a Jonle Bala11ce, qtte tambem po,sui drmt11tos lcvemellle curvos.

    LOGOTIPO S

    RACII El COM [Y Logotipos. 2003 Designer: Anton Ginzburg Esses logotipos. Jeitos para 1111111 designer de moda. tHam letras tradicionais dr maneira COJJirmportiJea. A Jormalidadr dos caratJeres manuscritos

    c/cissico~ e atenuada prlo uso de letras minusculas JJa escnta do nome da designer. rnquanto a letra M em caixa-alta 1111 part{cula "coMey" injeta um elemeniOSt

  • FONTES DE TELA

    LETIERSCAPES

    Site, zooz Designer: Peter Cho Esse site experimental traz letras bitmap animadas em um esparo tridimensional.

    LETRA 54

    Fui ficando cansado da gritarla por tipos mais suavizados que corrigissem o senilhamento dos tipos digitais. Enquanto uma parte de mim chorava ao ver a Garamond retalhada na grade de pixels, a outra parte pensava, "E dai7" John Maeda, 2001

  • LETRA 'j 'j PONTES DB TELA

    A suaviza~o, que usa tons de cinza para criar a ilusao de contomos curvos, e eficaz para a

    reprodu~o de textos na tela em tamanhos grandes.

    Em 1lrmmhor~m=s, no =t=ID. ~ ledm p~CezDJ d.sfooadca M UJIDI derianerw (e leitcrea) Jre&:n!m \.Slr .fa:r:rta cle,... ucstr cuo.

    \ """zu1do digual [tlllll ,,litlmtgj tria a ''P'"'"' '" df IIIIIC1 /J

  • P ONTES BITMAP LETRA I 56

    rontes bitmap sao feita s para mostradores digitai s. font e s oitma~ sao feitas ~ara mostrauores ui~itai s em tamannos es~ecffico s. Fontes bitmap sao para mostradores digitais. Fontes bittnap sao feitas para mostradores digitais. fon tes bitmap sao feitas para mostradores digitais em tamanhos especfficos. Fontes binnap sao feitas para mostradores digitais. r 'MIliA 1 O I\ I s Pro;erarln por Zuzcma Liiko pMa u C"11ugrr. 1985 E;sa,jorllt> IHimup illrop(Jram '" Jumtlm tipogr(l.Jira> prrcedento En11gre. Empror Ooklmul r Uru"r~nl , todn> dn mnma dt>lg>l rr.

    Fonte 5 bitmap 5 a o feit as p a r a mos trador es d i gitai5 ern t arna n hos e 5 pedfico 5. FarJtes ilitlnap siiet feitas para metstradares digitais em t amartftos espe c/ftcos. Fontes bitmap sao feitas para mostradores digitais em tamanhos espedfic:os. Font'es bitmap siiO reit'os poro mostrodores digimis em mmon/Jos especificos. I'IXfll.'\ ki

  • I [TRA S7

    AS FONTES BITMAP sao fcitas dos pixels (picture dements [ou elementos pictograficosl) que estruturam a tela. Se uma letra PostScript consiste de um contorno vetorizado, um caractere bitmap contem um numero fixo de umdades retilineas "ligadas" ou "desligadas".

    Fontes de contorno sao escalaveis, ou seja, podem ser reproduzidas em meios de alta resolu~ao bern como impressas em quase qualquer tamanho. No en tanto. sao dificeis de ler em pequenas dimensoes na tela. onde os caracteres sao traduzidos em pixels. (A suaviza~ao pode ate piorar a legibilidade de textos pequenos.) Em uma fonte bitmap, os pixels nao se dissolvem a medida que as letras crescem. Alguns designers gostam de explorar esse efeito, que chama a aten~ao para a geomelria digital das letras. As fontes de pixels sao amplamente utilizadas tanto no meio impressa quanto no digital.

    8 pK Cor porate

    16PK Corporate 24PK Corporate 32P" Corporate

    I ""')''n"' hrtm,,p, I"!Jrl"fltlJ''"" ~rr U\Oclll nu h.uttanlto' '"'/'f' r.Ju os lui\, utt:C1 ,'\ pt\\1~. t'nfur \f'U ,,.,r,,, Lellt,ltl41dc,prr,i\llmrtah ,wu wu.lad, s ,J, t.-1" Fm tria "'"" jonll' htur ,/nr scr ltl(l5lmcla rm 111141l1pil'< 1111'" d~ 1ru

    J~mollllt un~:ma/ (um llpo dr 8 fiX dnr It/ umpluu/u I''"" Jli . .14. 1-' fl.\ r Cl>\1011 I"'' dull! I) '" h ''" dr Mill:020-6393294

    NIJHOf & I EE

    Reabo, 2003 Ess( recibo de cmxa r~gistradora, impressa com uma Jonte bitmap, vem de uma livraria de design e tipogrnfia em Amstuda. (A at

  • EXBRciCIO COM LBTRAS

    Crie um prot6tipo para uma fonte bitmap desenhando tetras em uma maJha quadrada. Substitua as cu rvas e diagonais das tetras tradicionais por elementos retilineos. Evite fazer "escadas" detalhadas, que nao passam de curvas e diagonais disfar\adas. Esse exercicio revis ita os anos 19 10 e 1920, quando designers de vanguarda faziam fontes experimentais baseados em elementos geometricos simples. 0 projeto tambem reftete a estrutu ra das tecnologias digitais - dos recibos de caixas registradoras e placas de LEOS as fontes de tela - , mostrando de que maneira uma fonte pode funcionar como urn sistema de elementos.

    Exemplo1 d~ lrabalho~ dr estudatJ tr> do Mar)land lnslllutt Colleg~ oj Art

    lAMES AI VARFZ

    LETRA 58

    I \VI NPY NHSE

  • LETRA S 9 EXERciCIO COM LETRAS

    JOn' POTTS

    [ BRUCI ~JiliN

    URINDON MCCUAN

  • TH E X IX AMENDMENT

    lnstala~ao tipografica na Grand Central Station . Nova York. 1995 Designer: Stephen Doyle Clientc: The New York State Divis ion of Women Patrocinadores: l11e New York State Division of Women. Metropolitan Trans portation Authority. Revlon e Merrill Lynch

    Lupton0001Lupton0002Lupton0003Lupton0004Lupton0005Lupton0006Lupton0007Lupton0008Lupton0009Lupton0010Lupton0011Lupton0012Lupton0013Lupton0014Lupton0015Lupton0016Lupton0017Lupton0018Lupton0019Lupton0020Lupton0021Lupton0022Lupton0023Lupton0024Lupton0025Lupton0026Lupton0027Lupton0028Lupton0029Lupton0030Lupton0031Lupton0032Lupton0033Lupton0034Lupton0035Lupton0036Lupton0037Lupton0038Lupton0039Lupton0040Lupton0041Lupton0042Lupton0043Lupton0044Lupton0045Lupton0046Lupton0047Lupton0048