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As Conquistas do PIBIC IEC/CNPq, em seus 10 anos de existência As Conquistas do PIBIC IEC/CNPq, em seus 10 anos de existência Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Instituto Evandro Chagas Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da saúde PIBIC PIBIC 2006 2006 I X 03 a 05 de julho

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As Conquistas doPIBIC IEC/CNPq,

em seus 10 anosde existência

As Conquistas doPIBIC IEC/CNPq,

em seus 10 anosde existência

Conselho Nacionalde DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico

InstitutoEvandro Chagas

Secretaria deVigilância em Saúde

Ministérioda saúde

PIBIC PIBIC20062006

IX 03 a 05 de julho

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

INSTITUTO EVANDRO CHAGAS &

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO

CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

XI SEMINÁRIO INTERNO DO PIBIC-IEC 2006

03 a 05 DE JULHO DE 2006

LIVRO DE RESUMOS

Belém, Pará.

Dr. Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Diretora do IEC

Dr. Paulo Sérgio da Pureza Pantoja

Diretor do CENP

Dr. João Carlos Lopes da Silva Chefe do Serviço de Administração

Dra. Gilberta Bensabath Chefe do Serviço de Epidemiologia

Dra. Maria Luiza Lopes Respondendo pela Seção de Bacteriologia

Dra. Iracina Maura de Jesus Chefe da Seção de Meio Ambiente

Dr. Sebastião Aldo da Silva Valente Chefe da Seção de Parasitologia

Dr. Alexandre da Costa Linhares Chefe da Seção de Virologia

Dr. Pedro Fernando da C. Vasconcelos Chefe da Seção de Arbovírus

Dra. Manoel Gomes da Silva Filho Chefe da Seção de Patologia

Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares

Chefe da Seção de Hepatopatias

Rui Leonardo V. de Almeida Setor de Comunicação Eventos

Carolina Rodrigues da Costa

Setor de Informática

COORDENAÇÃO DO PIBIC/IEC

Ana Cecília Ribeiro Cruz (Coordenadora)

Ediclei Lima do Carmo (Vice-Coordenador)

COMITÊ INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO DO PIBIC

Alexandre da Costa Linhares

Ana Cecília Ribeiro Cruz

Fernando Tobias Silveira

Franscisco Lúzio de Paula Ramos

Heloisa Marceliano Nunes

Iracina Maura de Jesus

Joana D’Arc Pereira Mascarenhas

Marco Antônio Vasconcelos Santos

Marinete Marins Póvoa

Wyller Alencar de Mello

COMITÊ EXTERNO DE AVALIAÇÃO DO PIBIC 2006

Dr. José Paulo Gagliardi Leite, FIOCRUZ, Representante do CNPQ

Dra. Maristela Gomes da Cunha UFPA.

COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINÁRIO

Ana Cecília Ribeiro Cruz – Coordenadora do PIBIC

Ediclei Lima do Carmo – Vice-Coordenador do PIBIC

João Carlos Lopes da Silva – Administrador do IEC

Nívia Helena M. Santos – Secretaria do PIBIC

Rui Leonardo V. de Almeida – ASCOM

Adlai Sousa – ASCOM

Maria da Graça S. da Silva – ASCOM

Carolina Costa - Informática

ORIENTADORES E RESPECTIVOS BOLSISTAS

Orientador: Dr.Fernando Tobias Silveira Bolsistas: Ana Paula de Azevedo Banhos Juliana Baima Amora Orientadora: Dra. Mônica Cristina de Moraes Silva Bolsista: Andréa Lisboa Carneiro Orientadora: Dra. Lourdes Maria Garcez Silveira Bolsista: Carolina Miranda de Souza Orientador: Dr. Sebastião Aldo da Silva Valente Bolsista: Déborah Cruz Novaes Orientadora: Dra. Vera da Costa Valente Bolsista: Leidiane Oliveira dos Santos Silva Orientadora: Dra. Ana Maria Revoredo da Silva Ventura Bolsista: Marcus Paulo Rocha Libonati Orientadora: Dra. Giselle Maria Rachid Viana Bolsista: Nathália Nogueira Chamma Orientadora: Dra. Edna Aoba Yassui Ishikawa Bolsista: Thiago Vasconcelos dos Santos Orientadora: Dra. Cintya de Oliveira Souza Bolsista: Ana Roberta Fusco da Costa Orientadora: Dra. Maurimélia Mesquita da Costa Bolsista: Fabíola Silveira Gomes. Orientadora: Dra. Karla Valéria Batista Lima Bolsista: João Francisco Cardoso e Cardoso. Orientadora: Dra. Silvia Helena Marques da Silva Bolsista: Rosiane Ferreira Pimentel.

Orientador: Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares Bolsista: Andreza Pinheiro Malheiros Orientadora: Dra. Gilberta Bensabath Bolsista: Felipe D’Almeida Costa Orientadora: Dra. Ana Cecília Ribeiro Cruz Bolsista: Adriana Ribeiro Carneiro. Orientadora: Dra. Lívia Caricio Martins Bolsista: Anderson Diego Costa Agrassar. Orientadora: Dra. Elizabeth Salbé Travassos da Rosa Bolsista: Darlene de Brito Simith Orientadora: Dra. Raimunda Socorro da Silva Azevedo Bolsista: Fernanda Lúcia Cardoso Silva Orientador: Dr. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos. Bolsista: Max Moraes dos Prazeres. Orientador: Dr. Márcio Roberto Teixeira Nunes Bolsista: Samir Mansour Moraes Casseb Orientadora: Dra. Joana D’Arc Pereira Mascarenhas Bolsistas: Sylvia de Fátima dos Santos Guerra Clarissa Silva Lima. Orientadora: Dra. Talita Antônia Furtado Monteiro Bolsista: Amanda Emanuelle Santos da Silva Orientador: Dr. Wyller Alencar de Mello Bolsista: Helem Ferreira Ribeiro. Orientador: Dr. Alexandre da Costa Linhares Bolsista: Isis Ferreira Bezerra

Orientadora: Dra. Yvone Gabbay Mendes Bolsista: Liliany Satiko Nakamura Orientadora: Dra. Rita Catarina Medeiros de Sousa Bolsista: Luana Soares Barbagelata. Orientador: Dr. Reinaldo de Amorim Carvalho. Bolsista: Aline Amaral Imbeloni Orientador: Dr. Nelson Veiga Gonçalves Bolsista: Cláudia Carolina Nascimento Souza

AGRADECIMENTOS

Os organizadores do Seminário Interno do PIBIC/IEC

2006 formulam os seus agradecimentos ao CNPq, à Direção

do IEC, Serviço de Administração, ASCOM, Seção de

Informática, aos integrantes do Comitê Institucional e Comitê

externo e principalmente aos nossos bolsistas e seus

respectivos orientadores por toda compreensão, empenho e

apoio, aspectos fundamentais para realização e para o

sucesso de nosso seminário.

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ......................................10 - 11

2. PROGRAMAÇÃO........................................12 - 18

3. RESUMOS ..................................................19 - 48

3.1 PARASITOLOGIA...................................... 19 - 27

3.2 BACTERIOLOGIA.......................................28 - 31

3.3 HEPATOLOGIA.............................................32

3.4 EPIDEMIOLOGIA........................................ 33

3.5 ARBOVÍRUS................................................ 34 – 39

3.6 VIROLOGIA.................................................40- 46

3.7 CENP ..........................................................47

3.8 GEOPROCESSAMENTO.......................... 48

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1. APRESENTAÇÃO

Este livro publica os resumos apresentados no XI seminário

interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica,

PIBIC/CNPq, desenvolvido no Instituto Evandro Chagas/SVS/MS

(IEC). Na oportunidade devo ressaltar que o objetivo que norteou a

criação do PIBIC pelo CNPq, e que resultou nessa estrutura de apoio e

estímulo para que o jovem universitário, dentro de diversas Instituições,

descobrisse os primeiros passos da carreira de pesquisador, assume uma

dimensão especial aqui na região amazônica.

Nenhuma região do país como a Amazônia - que ocupa cerca de

60% do território nacional - precisa tanto de criar massa crítica

qualificada de pesquisadores que, com suas presenças nas Instituições

locais, e nas diferentes áreas do conhecimento, contribuam para

preencher o vácuo de ciência e tecnologia que nos consome.

A Ciência, que gera conhecimento e tecnologia, tornou-se hoje um

dos principais fatores de superação de desigualdades, assim como de

agregação de valor, criação de emprego qualificado e de promoção de

qualidade de vida, qualquer que seja sua área de atuação.

Entretanto, o IEC/SVS/MS, que neste ano de 2006 completa 70

anos de atuação, sempre teve a percepção da importância de preparar

futuros profissionais de pesquisa para a área da saúde. Quem hoje faz

parte de nossos quadros, foi um dia estagiário aqui, e, tal como

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“aprendizes de feiticeiro” conheceram os passos do ofício, desde a

esterilização de materiais, recepção de amostras, técnicas laboratoriais,

até as tantas outras etapas da preparação de um pesquisador.

Para vocês do PIBIC, os que aqui encerram suas atividades, e

aqueles que ainda vão continuar, que o tempo de estágio no IEC tenha

tido sucesso em transmitir, a cada um de vocês, o necessário e suficiente

para prepará-los, nessa atual etapa preliminar, para um processo mais

amplo, mais exigente, mais profundo, durante o qual cada um de vocês

venha, no final, a se transformar num profissional da saúde, pesquisador

ou não, contanto que vossos diferentes caminhos sejam sempre

percorridos com ética, conhecimento e integridade.

A área da saúde precisa do melhor em cada um de vocês, e o IEC

não espera nada menos. Desejo que também isso lhes tenha sido

ensinado.

Elisabeth Conceição de Oliveira Santos

Diretora do Instituto Evandro Chagas

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PROGRAMAÇÃO

1º DIA: 03 de julho de 2006 SOLENIDADE DE ABERTURA 18:00-20:00h Coordenação do PIBIC/IEC Comitê Externo de Avaliação Dra. Elisabeth C.de Oliveira Santos - Um breve histórico sobre o papel do Instituto Evandro Chagas na Amazônia PALESTRAS PIBIC-IEC/SVS – CNPq: Uma década formando jovens cientistas para a Amazônia e o Brasil. Palestrante: Dr. Alexandre da Costa Linhares IEC/SVS/MS Ética, saúde e inovação: Reflexão. Palestrante: Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares IEC/SVS/MS 2ºDIA: 04 de julho de 2006 Sessão I. Parasitologia 08:00-10:15h Moderadora: Danielle Regina Lima Barbosa (Ex-bolsista do PIBIC/IEC) (01) Bolsista: Ana Paula de Azevedo Banhos Orientadora: Dr. Fernando Tobias Silveira

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“Avaliação imunohistoquímica da interação entre célula de Langerhans e a resposta imune CD4 + /CD8+ na infecção experimental de camundongos Balb/c e C57BL/6 por Leishmania (V.) braziliensis e L.(L.) amazonensis.”

(02) Bolsista: Andréa Lisboa Carneiro Orientadora: Dra. Mônica Cristina de Moraes Silva “Diagnóstico da criptospiridiose e identificação molecular de Cryptosporidium parvum em pacientes com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).” (03) Bolsista: Carolina Miranda de Sousa Orientadora: Dra. Lourdes Maria Garcez “Exoantígenos e Hsp 83 para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina no Pará.” (04) Bolsista: Deborah Cruz Novaes Orientador: Dr. Sebastião Aldo da Silva Valente “Estudo experimental da viabilidade do Trypanosoma cruzi no açaí e infecção em camundongos.” (05) Bolsista: Juliana Baima Amora Orientador: Dr. Fernando Tobias Silveira “Avaliação da especificidade do efeito da saliva do flebotomíneo vetor sobre a infecção e/ou virulência da espécie de Leishmania: Infecção experimental de Leishmania (L.) amazonensis e Leishmania (V.) braziliensis com a saliva de Lutzomya Flaviscutellata, psychodopigus wellcomey e Lutzomya longipalpis em camundongos Balb/c.” (06) Bolsista: Leidiane Oliveira dos Santos Orientadora: Dra. Vera da Costa Valente “Ciclo evolutivo experimental e perfil epidemiológico do Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), uma nova espécie de Triatomíneo descrita no estado do Pará.”

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(07) Bolsista: Marcus Paulo Rocha Libonati Orientadora: Dra. Ana Maria Revorêdo da Silva Ventura “Malária por Plasmodium vivax: possível influência do peso na resposta ao tratamento.”

(08) Bolsista: Nathália Nogueira Chamma Orientadora: Dra. Giselle Maria Rachid Viana “Validação da técnica de semi nested-Pcr para detecção das três espécies de parasitos de malária humana em áreas endêmicas do estado do Pará.” (09) Bolsista: Thiago Vasconcelos dos Santos Orientadora: Dra. Edna Aoba Yassui Ishikawa “Detecção de Leishmania (Leishmania) Chagasi por PCR em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no município de Barcarena –PA”

INTERVALO 10:15 – 10:30h Sessão II: Bacteriologia/Micologia; Hepatologia; Epidemiologia 10:30 – 12:00h Moderadora: Daisy Elaine Andrade da Silva (Ex-bolsista do PIBIC/IEC) (10) Bolsista: Ana Roberta Fusco da Costa Orientadora: Dra. Cintya de Oliveira Souza “Investigação molecular dos fatores de virulência em Escherichia Coli enteropatogênicas isoladas de pacientes infectados pelo HIV.” (11) Bolsista: Fabíola Silveira Gomes Orientadora: Dra. Maurimélia Mesquita da Costa

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“Prevalência de micoses sistêmicas e oportunistas em pacientes imunodeprimidos por doença infecciosa crônica.” (12) Bolsista: João Francisco Cardoso e Cardoso Orientadora: Dra Karla Valéria Batista Lima “Diagnóstico molecular de micobactérias e genotipagem do Mycobacterium tuberculosis.” (13) Bolsista: Roseane Ferreira Pimentel Orientadora: Dra. Silvia Helena Marques da Silva “Produção de exoantígeno do fungo termo-dimórfico Paracoccidioides Brasiliensis para utilização em testes sorológicos e produção de soro hiperimune.” (14) Bolsista: Andreza Pinheiro Malheiros Orientador: Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares “Caracterização ultraestrutural, sorológica e molecular do vírus da Hepatite B em soros com presença do DNA viral.” (15) Bolsista: Felipe D’Almeida Costa Orientadora: Dra. Gilberta Bensabath “Avaliação da abordagem sindrômica na detecção de doenças infecciosas.” 3ºDIA: 05 de julho de 2006 Sessão III. Arbovirologia; Virologia; CENP; Geoprocessamento

8:00-10:00h Moderador: Patrick Abdala Gomes (Ex-bolsista do PIBIC/IEC-1ª turma) (16) Bolsista: Adriana Ribeiro Carneiro Orientadora: Dra. Ana Cecília Ribeiro Cruz

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“Análise genética de amostras dos vírus Dengue 1 isoladas no Instituto Evandro chagas.” (17) Bolsista: Anderson Diego Costa Agrassar Orientadora: Dra. Lívia Caricio Martins “Estudo experimental sobre a patogenicidade e padrão da resposta imune humoral e celular para o vírus Caraparu em hamsters dourados jovens (Mesocricetus Auratus).” (18) Bolsista: Darlene de Brito Simith Orientadora: Dra. Elizabeth Salbé Travassos da Rosa “Caracterização molecular de hantavírus em amostras biológicas de roedores silvestres capturados no estado do Mato Grosso.” (19) Bolsista: Fernanda Lúcia Cardoso Silva Orientadora: Dra. Raimunda do Socorro da Silva Azevedo “Estudo clínico-epidemiológico dos casos de Dengue: Dinâmica da circulação dos sorotipos circulantes em Belém e Ananindeua de 2002 a 2004.” (20) Bolsista: Max Moraes dos Prazeres Orientador: Dr.Pedro Fernando da costa Vasconcelos “Febre Amarela: Caracterização genética de cepas brasileiras isoladas em diferentes períodos e regiões geográficas.” (21) Bolsista: Samir Mansour Moraes Casseb Orientador: Dr. Márcio Roberto Teixeira Nunes “Caracterização molecular de cepas do vírus Tacaiuma (Bunyaviridae, Orthobunyavirus) isolados na Amazônia.” (22) Bolsista: Sylvia de Fátima dos Santos Guerra Orientadora: Dra. Joana D´Arc Pereira Mascarenhas “Estudo da NSP4 de rotavírus em espécimes fecais de crianças em Belém, Pará.”

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(23) Bolsista: Amanda Emanuelle Santos da Silva Orientadora: Dra. Talita Furtado Monteiro “Detecção do vírus de Epstein Barr em tecidos de pacientes suspeitos de Doença de Hodgkin.” INTERVALO 10:00 – 10:15h Continuação da Sessão III 10:15 – 12:00h Moderadora: Lena Lílian Canto de Sá (Ex-bolsista do PIBIC/IEC-1ª turma) (24) Bolsista: Clarissa Silva Lima Orientadora: Dra. Joana D´Arc Pereira Mascarenhas “Caracterização molecular de Rotavírus: Monitoramento de amostras visando uma futura estratégia de vacinação anti-Rotavírus em Belém – Pará.” (25) Bolsista: Helem Ferreira Ribeiro Orientador: Dr. Wyller Alencar de Mello “Estudo da etiologia viral em casos de infecção respiratória aguda (IRA) na Amazônia.” (26) Bolsista: Isis Ferreira Bezerra Orientador: Dr. Alexandre da Costa Linhares “Estudo da prevalência de Adenovírus entérico em espécimes fecais de crianças diarréicas em Belém, Pará.” (27) Bolsista: Liliany Satiko Nakamura Orientadora: Dra. Yvone Gabbay Mendes “Detecção e caracterização molecular de Norovírus em fezes de crianças com diarréia aguda, atendidas em um hospital público, de Belém-Pará.”

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(28) Bolsista: Luana Soares Barbagelata Orientadora: Dra. Rita Catarina Medeiros de Souza “Caracterização molecular de Vírus Respiratório Sincicial, isolados em Belém no período de 1999 a 2004.” (29) Bolsista: Aline Amaral Imbeloni Orientador: Dr. Reinaldo de Amorim Carvalho “Determinação da saturação de oxigênio (SpO2) em primatas não humanos Cebus apella utilizando diferentes associações anestésicas.” (30) Bolsista: Cláudia Carolina Nascimento Orientador: Dr. Nelson Veiga Gonçalves “Desenvolvimento de modelos de inter–relacionamento de bases de dados não convencionais aplicadas a vigilância em saúde e epidemiologia”. ENCERRAMENTO

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AVALIAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DA INTERAÇÃO DAS CÉLULAS DE LAGERHANS E A RESPOSTA IMUNE CD4+/CD8+ NA INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE CAMUNDONGOS BALB/C E C57BL/6 POR Leishmania (V.) brazilienses e Leishmania (L.)amazonensis Bolsista: ANA PAULA DE AZEVEDO BANHOS Orientador: DR. FERNANDO TOBIAS SILVEIRA Seção: PARASITOLOGIA Introdução: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é doença endêmica na região Amazônica. Um largo espectro de manifestação clínicas é conhecido, dependendo do agente etiológico e da resposta imune do hospedeiro, cutânea localizada (L.C.L.), cutânea mucosa ( L.C.M.), cutânea disseminada boderline ( L.C.D.B.) e cutânea anérgica difusa (L.C.D.A.). Variações na resposta imune ao parasito no hospedeiro humano têm feito da Leishmania excelente modelo para estudo de mecanismos imunorregulatórios relacionados a doença. Objetivo (Geral): Estudar a dinâmica de migração das CL da pele para o linfonodo regional e sua relação com o desenvolvimento da resposta imune CD4+ Th1/ Th2 e CD8+ na infecção experimental de camundongos BALB/c e C57Bl/6 por cepas de Leishmania (V.) brazilienses e Leishmania(L.) amazonenesis .Materiais e métodos: 720 camundongos isogênicos, 360 da linhagem BALB/c e 360 C57BL/6 de 4 a 8 semanas. Parasitos: 12 cepas de Leishmania, 6 L.(V.) brazilienses, 6 de L.(L..) amazonensis mantidas em meio de cultura DifcoB45. Formas promastigotas: mantidas a 25ºC em meio RPMI 1640 (GiBCO, USA).Desenho experimental: 30 camundongos serão usados para cada cepa (BALB/c e C57BL/6). As inoculações serão intra-dérmicas na pata traseira esquerda. Os camundongos serão divididos em 10 grupos iguais, sacrificados nos seguintes intervalos: ½ h, 3 h, 5h, 24h, 48h, 72h, 15 dias, 30 dias, e aos 60 dias p.i.. Grupo controle: inoculado com água destilada. Avaliação da infecção experimental; exame microscópico; retirada dos fragmentos de lesões cutâneas, fixação em formalina a 10%, tamponada (ph=7,2), desidratação, diafanização, e inclusão em parafina. Corar em Hematoxilina- Eosina e Giemsa. Avaliação imunohistoquímica das CL e dos LT TCD4+ e TCD8+: amostras submetidas à desparafinização e xilol e hidratação em álcool etílico. Incubação com anticorpo primário CD1a. Amplificação e visualização da amostra com uso do sistema estreptavidina-biotina conjugado LSAB (Dako). Leitura dos cortes histológicos em microscópio Carl Zeiss: monitor JVC, 14 polegadas. Determina-se área equivalente a 4900mm2 , objetiva de 40 x , divide-se a área em 10 campos e calcula-se a média nos campos. Avaliação imunohistoquímica das citocinas: introduz-se a saponina 0,1 % e anticorpos primários anti-IL-4, anti-gamainterferon, anti-IL-2 e anti-IL-10. Avaliação estatística: análise no programa Biestat 2,0, Teste t de Student, Mann Whitney e Kruskal-Wallis, valor de P< 0,05. Resultados: Em intervalos de até 15 dias p.i. a reação inflamatória era pouco evidente nas patas e os linfonodos mostravam-se semelhantes aos linfonodos controles inoculados com água destilada. 30 dias p.i.,as patas inoculadas com L(L.)amazonenis mostravam infiltração e edema. Os linfonodos mantiveram semelhança macroscópica com os do grupo controle. As lesões provocadas por L.(V.)braziliensis eram pouco conspícuas, ausência de edema e de reação inflamatória evidente. Identificada hipertrofia linfonodal com aumento significativo em relação aos do grupo controle em alguns animais. Os cortes dos materiais biopsiados não se mostraram satisfatórios. Nenhum dos anticorpos reagiu de forma específica com as CL,CD4+e CD8+, pois são produzidos para humanos. A padronização da concentração ideal ainda está sendo feita. O anticorpo biotinilado reconhece imunoglobulinas de coelhos, cabras e tecidos de camundo ngos produzindo reação de padrão intersticial de marcação inespecífica nos tecidos, e em células como plasmócitos e linfócitos. Conclusão: : Os resultados parecem estar de acordo com os estudos de Silveira et al (2004) e propõe que o subgênero de Leishmania e o sistema imunológico do hospedeiro é que determinam o fenótipo da resposta imune. Palavras chaves:Leshmaniose cutânea experimental,camundongo BALB/c, imunopatogenia

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DIAGNÓSTICO DA CRIPTOSPORIDIOSE E IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE CRYPTOSPORIDIUM PARVUM EM PACIENTES COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) Bolsista: ANDRÉA LISBOA CARNEIRO Orientador (a): MÔNICA CRISTINA DE M. SILVA Seção: PARASITOLOGIA Introdução: A diarréia é uma complicação comum e um sério problema em indivíduos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em todos os continentes, com diversos patógenos relacionados com a doença. Entre os protozoários, a criptosporidiose é uma das principais causas de diarréia crônica sendo considerada importante infecção oportunista. Entre as espécies de Cryptosporidium já identificadas, o C. parvum e o C. hominis estão relacionadas com maior gravidade da doença. O diagnóstico é feito pelo encontro de oocistos nas fezes utilizando técnicas de concentração seguida de coloração específica. A sensibilidade e a especificidade dos métodos microscópicos são variáveis e dependem do método utilizado e do número de parasitos nas fezes. Atualmente, as técnicas moleculares têm mostrado alta sensibilidade e especificidade quando comparadas ao método padrão-ouro (Ziehl-Neelsen) e capaz de identificar as espécies de Cryptosporidium. Objetivo: Realizar diagnóstico da criptosporidiase em pacientes portadores do vírus HIV por meios de métodos parasitológicos e molecular, bem como investigar casos da doença causados por C. parvum. Material/Métodos: Neste estudo, foram utilizadas amostras fecais de pacientes atendidos no Centro de Atenção a Saúde e Doenças Infecciosas (CASA-DIA) e Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitarias Especiais (URE-DIPE). Para pesquisa de oocistos empregou-se o método de Ziehl-Neelsen. A ext ração do DNA fecal foi realizada por kit comercial (QIAmp DNA Stool Mini Hanbook - Qiagen) e as amostras submetidas a dois ciclos de amplificação utilizando os iniciadores descritos por Xiao et al. (1999a) e Laxer et al. (1991), segundo técnica descrita por Almeida (2004). Como controles positivos foram utilizadas amostras de fezes de 10 pacientes HIV com diagnóstico parasitológico e imunoenzimático positivos para Cryptosporidium spp. No período de setembro/2005 a maio/2006 foram obtidas 45 amostras fecais, 15 das quais de pacientes com diarréia persistente. Duas amostras foram positivas no método de ZN, mostrando um percentual de 4,44% (2/45). A análise molecular foi realizada em 42 (32 testes e 10 controles) amostras. Na primeira etapa da PCR, não obteve-se produto de amplificação. Na segunda amplificação, 5 das 10 amostras usadas como controle positivo e 7 das 32 amostras testes amplificaram. Em todas as amostras foram observados produtos de amplificação inespecíficas, além do fragmento de 450 pb para C. parvum. Todas as amostras testes amplificadas haviam sido negativas no método de ZN e eram procedentes de pacientes com quadro diarréico. Conclusão: A técnica de Nested-PCR parece mostrar maior sensibilidade no diagnóstico de C. parvum em amostras diarréicas quando comparada ao método ZN, apesar de não ter sido observada amplificação para o gênero Cryptosporidium spp (1ª etapa da PCR). Todavia, a presença de bandas inespecíficas pode ser um fator comprometedor da sensibilidade do método, sendo, portanto necessários ajustes no protocolo da PCR e a utilização de novos métodos de extração. Palavras-chave: Cryptosporidium, diagnóstico, PCR

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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE HANTAVÍRUS EM AMOSTRAS BIOLÓGICAS DE ROEDORES SILVESTRES CAPTURADOS NO ESTADO DO MATO GROSSO Bolsista: DARLENE DE BRITO SIMITH Orientadora: ELIZABETH SALBÉ TRAVASSOS DA ROSA Seção: ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS Introdução: A Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) é uma doença emergente causada por vírus do gênero Hantavirus da família Bunyaviridae, que são mantidos em natureza pela infecção crônica de roedores da família Muridae subfamília Sigmodontinae e transmitidos ao homem por aerossóis de excretas de roedores infectados. O Estado do Mato Grosso corresponde ao quinto estado brasileiro com o maior número de casos de SCPH e o primeiro de maior ocorrência na região Amazônica, no entanto o agente etiológico permanece desconhecido. Objetivos: Detecção do genoma de hantavírus em fragmentos de órgãos de roedores silvestres sorologicamente positivos e caracterização genética por meio de técnicas de biologia molecular. Materiais e Métodos: Vísceras (pulmões, coração, rim, baço e fígado) de oito roedores IgG positivos (ELISA), pertencentes ao gênero Calomys, capturados nos municípios de Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis - MT, foram submetidas a detecção do RNA viral pela técnica RT-Nested-PCR para o gene N do segmento SRNA de hantavírus, sequenciamento automático e análise filogenética pelo método de agrupamento de vizinhos (Neighbor Joining). Resultados: O SRNA de hantavírus foi detectado em vísceras de sete dos oito roedores analisados. A análise filogenética comparativa entre as seqüências nucleotídicas obtidas das amostras dos roedores RO 19089 (pulmão) e RO 18980 (coração), procedentes de Tangará da Serra, e outros Hantavírus do Velho e Novo Mundo mostraram similaridade genética entre si (98,4% nt; 100% aa) e com o vírus Laguna Negra (média de 86,8% nt, 100% aa ). Conclusões: A detecção do genoma de hantavírus nos diversos órgãos dos roedores, não demonstrou um órgão alvo para a replicação viral. Os dados eco-epidemiológicos sugerem a circulação do mesmo vírus em ambos os municípios. A similaridade genética, o fato destes vírus apresentarem roedores do gênero Calomys como reservatório natural, a proximidade geográfica com o Paraguai e Bolívia (locais de circulação do vírus Laguna Negra) e o tipo de vegetação pré-amazônica observada nos municípios mato-grossenses em estudo e nos países relacionados, indicam a possibilidade dos vírus RO 18980 e RO 19089 serem uma cepa do vírus Laguna Negra . No entanto, torna-se necessário ampliar estudos moleculares para dar subsídio a esta hipótese. Palavras-Chave: Hantavírus, Mato Grosso, caracterização genética, roedores silvestres.

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ESTUDO EXPERIMENTAL DA VIABILIDADE DO TRYPANOSOMA CRUZI NO AÇAÍ E INFECÇÃO EM CAMUNDONGOS. Bolsista: DÉBORAH CRUZ NOVAES Orientador: SEBASTIÃO ALDO VALENTE. Seção: PARASITOLOGIA. Introdução: A via oral configura um novo aspecto na transmissão da doença de Chagas aguda (DCA) na Amazônia Brasileira e o açaí está envolvido em pelo menos 250 casos. O estudo da viabilidade do T.cruzi neste alimento amplamente consumido nos estados do Pará e Amapá é objeto deste trabalho. Objetivo Geral: Realizar estudos experimentais com metodologia que simule o mais próximo possível as condições de preparo do açaí contaminado com fezes de triatomíneos e a reprodução da infecção em camundongos albinos pela via oral. Materiais e Métodos:a) Isolamento de cepas de tripanossomas, tratamento e crio preservação das amostras isoladas: As amostras que foram utilizadas nos experimentos foram aquelas já caracterizadas e consideradas como amostras padrões de T. cruzi.b) Caracterização dos isolados de Trypanosoma sp . b.1) Bioquímica por eletroforese de isoenzimas (EFIGA): utilizou-se a metodologia descrita por READY & MILES, (1980), baseada na análise de 18 isoenzimas para caracterizar epimastigotas de T. cruzi, quatro foram selecionadas, alanina-aminotransferase ALAT; aspartato-aminotransferase ASAT; fosfoglucomutase PGM e glicose-fosfato-isomerase GPI. Três amostras padrões internacionais de T. cruzi, representativas dos três principais grupos de zimodemas, WA250Cl110B (Z1); ESMClAri (Z2); CANIIICI1 (Z3) e uma amostra padrão de Trypanosoma rangeli R1625 foram incluídas como padrões ouro para análise de fenótipo. b.2) Caracterização genotípica: foi realizada com um PCR-multiplex (FERNANDES et al 2001),com os seguintes iniciadores: TC1(5’-ACACTTTCTGGCGCTGATCG); TC2 (5’-TTGCTCGCACACTCGGCTGCAT);Z3(5’-CCGCGWACAACCCCTMATAAAAATG);TR(5’-CCTATTGTGATCCCCATCTTCG);EXON(5’TACCAATATAGTACAGAACTG) Resultados: a) Caracterizaçãobioquímica: isolaram-se parasitas de 4 pacientes, quando analisadas por EFIGA,apresentaram perfis compatíveis de reprodutibilidade e resolução característicos de Z1; b) Caracterização genotípica: 9 amostras foram caracterizadas, sendo que 6 apresentaram perfis compativeis com Z1 e 3 apresentaram uma variação dentro do perfil Z3.Conclusões: Na análise de isoenzimas as 4 amostras com perfil de Z1 foram confirmadas na caracterização genotípica também como Z1-TCI pelo gene de mini-exon. Num total de 6 amostras examinadas por este marcador não foi possível distinguir variabilidade intra espécie. Contudo, quando examinou-se outras amostras de surtos ocorridos em Mazagão e Ananindeua classificadas como Z3, apresentou uma variação dentro desse zimodema. Esta diferenciação poderia ser melhor esclarecida aplicando-se ferramentas específicas como o marcador gene denominado internal transcriber spacer (ITS) do gene RNAr ribossomal. Palavras-chave: T. cruzi, açaí, transmissão oral, Zimodema (1,2 e 3), EFIGA, mini-exon

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AVALIAÇÃO DA ESPECIFICIDADE DO EFEITO DA SALIVA DO FLEBOTOMÍNEO VETOR SOBRE A INFECTIVIDADE E/OU VIRULÊNCIA DA ESPÉCIE DE LEISHMANIA: INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE LEISHMANIA (L.) AMAZONENSIS E LEISHMANIA (V.) BRAZILIENSIS COM A SALIVA DE LUTZOMYIA FLAVISCUTELLATA, PSYCHODOPIGUS WELLCOMEY E LUTZOMYIA LONGIPALPIS EM CAMUNDONGO BALB/C. Bolsista: JULIANA BAIMA AMORA. Orientador (a): FERNANDO TOBIAS SILVEIRA. Serviço: PARASITOLOGIA Introdução: Existem diferentes aspectos patogênicos da L. (V.) braziliensis e da L. (L.) amazonensis pois ambas são capazes de induzir um largo e diferente espectro de manifestações clínicas e imunopatológicas. Desse modo, podemos perceber que existem espécies de flebotomíneos que transmitem na natureza espécies de Leishmaniacom potenciais, patogênico e imunopatológico, bastante diferentes. Objetivo (s): Geral: Avaliar a especificidade do efeito da saliva de flebotomíneos vetores sobre a infectividade e/ou virulência de espécies deLeishmania. Específicos: Verificar a especificidade do efeito da saliva das espécies de flebotomíneos Lutzomyia flaviscutellata, Lu. longipalpis e Psychodopigus wellcomey sobre a infectividade e/ou virulência de L. (L.) amazonensis e de L. (V.) braziliensis e comparar através de marcadores imunocitoquímicos as respostas imunes TCD4+ e TCD8+ presentes nos infiltrados inflamatórios das infecções experimentais. Materiais e Métodos: Serão utilizadas 3 cepas L. (L.) amazonensis e 3 de L. (V.) braziliensis, inoculadas com 5 pares de glândulas salivares de Lutzomyia flaviscutellata, Lu. longipalpis e Psychodopigus wellcomey em cada experimento. Serão usados 120 camundongos BALB/c de 30 a 40 dias de idade, divididos em grupos de 20, inoculados com cada uma das cepas de Leishmania; estes serão divididos em 4 grupos; 3 serão inoculados com diferentes pares deglândulas salivares de flebotomíneos, e 1 será inoculado sem glândulas. As inoculações serão feitas via ID, com suspensão (0.1 mL) de 2 x 106 de promastigotas metacíclicas, no coxim plantar das duas patas traseiras dos animais. A evolução das infecções experimentais será monitorada através de exame macroscópico; com da verificação das médias da espessura das patas inoculadas com as formas promastigotas, aos 60 dias após as inoculações; e microscópico das lesões cutâneas, com o estudo da evolução da reação histopatológica e da carga parasitária através da imunohistoquímica. Resultados: Foi extraído um total de 55 pares de glândulas salivares de L. flaviscutellata e com eles realizados 3 experimentos com L. (L.) amazonensis e 2 com L. (V.) braziliensis. E um total de 44 pares de glândulas de Psychodopigus wellcomey, com os quais foram realizados 2 experimentos com L. (L.) amazonensis e 1 com L. (V.) braziliensis. Além destes, foram extraídos 55 pares de glândulas de Lu. longipalpis, e com eles realizados 3 exp erimentos com L. (L.) amazonensis e 1 com L. (V.) braziliensis.Conclusão: Não foram identificadas diferenças macroscópicas significativas entre as infecções com e sem glândulas de Lu. Longipalpis e L. flaviscutellata, tanto na infecção por L. (V.) braziliensis, quanto por L. (L.) amazonensis, já que a hipertrofia linfonodal, e a infiltração e edema nas patas inoculadas foram observados em todos os camundongos sem discrepâncias nas médias dos tamanhos. As análises histopatológica e imunoistoquímica são necessárias para a conclusão dos objetivos específicos do projeto. Palavras-chave : Flebotomíneo, Leishmania,camundongo Balb/c,

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CICLO EVOLUTIVO EXPERIMENTAL E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO RHODNIUS MILESI (Valente et al. 2001), UMA NOVA ESPÉCIE DE TRIATOMÍNEO DESCRITA NO ESTADO DO PARÁ. Bolsista: LEIDIANE OLIVEIRA DOS SANTOS SILVA Orientadora: VERA DA COSTA VALENTE Serviço: PARASITOLOGIA Introdução: Apesar da interrupção da transmissão vetorial da doença de Chagas no Brasil, Chile, Uruguai e parte da Argentina, nos demais países da América do Sul e na América Central não conseguiram controlar os triatomíneos domiciliares e a doença constitui um sério problema de saúde pública. Na Amazônia Brasileira, ambientes degradados facilitam a adaptação e permanência de triatomíneos silvestres nos domicílios, como a introdução e sobrevivência de espécies procedentes de áreas endêmicas (Forattini, 1980), (Schofield, 1994). A descrição de Rhodnius milesi infectado com Trypanosoma cruzi em palmeira e eventualmente insetos adultos no domicílio do homem atraído pela luz no nordeste do Pará, (Valente et. al. 2001), por se tratar de uma nova espécie precisar ter sua biologia e epidemiologia estudadas apoiando-se em marcadores bioquímicos (isoenzimas, Mieles et al.,1981) e moleculares(gene de mini-exon, Fernandes, et al., 2001), que identifiquem os perfis fenotípicos e genotípicos dos is olados. Objetivo: Estudar o ciclo evolutivo experimental e o perfil epidemiológico do R. milesi e avaliar sua importância na fauna triatomínica na Fazenda Racisa e no Sítio Faustino, no município de Bragança, Estado do Pará. Materiais e Métodos: 1) Isolamento de tripanossomas, tratamento e crio preservação das amostras isoladas:As amostras isoladas e utilizadas para os trabalhos experimentais obedeceram aos procedimentos de MILES et. al. (1993), até a obtenção de massa de epimastigotas de T. cruzi em fase log ± 1,5X106/mm3, para obtenção de extratos biológicos mantidos sob forma de pérolas de nitrogênio. 2) Caracterização por eletroforese de isoenzimas:Foi utilizada a metodologia de READY & MILES, (1980), que analisou 18 isoenzimas extraídas de epimastigotas de T. cruzi, dentre estas quatro foram selecionadas, ALAT; ASAT; PGM e GPI. Incluíram-se três amostras padrões internacionais de T. cruzi, representativas dos três grupos de zimodemas (Z1, Z2 e Z3) e uma amostra padrão de Trypanosoma rangeli utilizadas como referenciais para análise de fenótipo. Miles et al. (1993) e LYMAN, et.al. (1999). 3) Extração do DNA genômico de tripanossomas:Utilizou-se o kit da AMERSHAM PRODUTO 27-5237-01 com e protocolo do fabricante. 4) Caracterização dos isolados de Trypanosoma sp: Para a caracterização dos isolados foi realizados um PCR-multiplex (FERNANDES et al 2001). Esta reação amplifica especificamente uma parte do espaçador não transcrito do gene de mini-exon que varia com cada tipo de Trypanosoma . Os iniciadores apresentamasseguintesseqüências:TC1(5’ACACTTTCTGGCGCTGATCG);TC2(5’TTGCTCGCACACTCGGCTGCAT)Z3(5’CCGCGWACAACCCCTMATAAAAATG);TR(5’CCTATTGTGATCCCCATCTTCG);EXON(5’TACCAATATAGTACAGAACTG). Os produtos amplificados foram submetidos a eletroforese em gel de agarose 2%, corados com brometo de etídio e visualizados sob luz ultravioleta. Os géis foram fotografados com câmara Polaroid®. Resultados: Foram analisadas 18 amostras de tripanossoma isoladas de triatomíneos (9 de R. milesi e 9 de R. pictipes). Também se analizou 6 isolados de animais (4 de D. marsupialis e 2 de P. opossum). As amostras tanto de isolados de triatomíneos, quanto de animais silvestres, foram caracterizadas genotipicamente como Z1-TCI de T. cruzi pelo gene de mini-exon, com exceção de uma amostra isolada de R. milesi que possivelmente pode ser uma amostra mista de Z1-TCI e T. rangeli. Conclusão: Há muito que se esclarecer sobre a biologia e epidemiologia de R. milesi e apesar da espécie ter anualmente seu habitat destruído em Bragança pela expansão agrícola, sua distribuição é ampla nos município de Bragança e Vizeu. Sua taxa de infecção em mamíferos e triatomíneos silvestres associados para flagelados, permitiu isolar 26 amostras de T. cruzi; 24 foram caracterizados por isoenzima e/ou pelo gene de mini-exon, apresentaram perfis típicos de zimodema 1 ou Tipo I (Z1-TCI). Porém, uma amostra isolada de R. milesi apresentou na caracterização perfil possível de amostra mista de Z1-TCI e T. rangeli, que será analisada em novos estudos. Palavras Chaves: Rhodnius milesi, Triatominae, Doença de Cahgas, Caracterização de T. cruzi.

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POSSÍVEL INFLUÊNCIA DO PESO NA RESPOSTA AO TRATAMENTO POR P. VIVAX Bolsista: MARCUS PAULO ROCHA LIBONATI Orientador(a): ANA MARIA REVOREDO DA SILVA VENTURA Serviço: PARASITOLOGIA Introdução: A malária é endêmica no Brasil, sendo 99,7% de sua incidência na Região Amazônica, com maior participação do P. vivax na casuística da doença. A terapêutica preconizada pelo Ministério da Saúde tem obtido êxito na cura clínica e cura radical da doença, porém estudos realizados têm verificado que ainda é grande o número de recaídas devido às formas hipnozoítas do plasmódio, com uma associação significativa entre o peso e o número de pacientes com recaídas. Objetivos:Geral: Avaliar a influência do peso na resposta ao tratamento Específicos: 1) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o Índice de Massa Corporal; 2) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o peso dos pacientes; 3) Verificar se o Índice de Massa Corporal interfere no tempo de recaída; 4) Verificar se os níveis plasmáticos de cloroquina e primaquina têm relação com a resposta ao tratamento; 5) Verificar se há associação entre circunferência abdominal e concentração plasmática da cloroquina e primaquina. Materiais e Métodos: Os pacientes que aceitaram participar da pesquisa foram randomizados em três grupos conforme o IMC (P/A2), grupo A (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por dia durante 14 dias), grupo B (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por dia durante 7 dias) e grupo controle (IMC normal, com dose de 2 primaquinas por dia durante 7 dias). Os pacientes foram também enquadrados em dois outros grupos: com peso igual ou menor que 70 kg e com peso maior que 70 kg. O peso foi aferido com balança antropométrica da marca Filizola, o perímetro abdominal foi medido com fita métrica, paquímetro (avaliação da percentagem de gordura corporal), coleta de sangue no primeiro, terceiro, oitavo e décimo-quinto dia de tratamento para verificar os níveis plasmáticos de cloroquina e primaquina. Resultados: Observou-se, que não há associação entre resposta ao tratamento e o IMC dos pacientes, e não há relação entre a resposta ao tratamento e o peso dos pacientes (teste exato de Fischer, p > 0,05). Verificou-se que há uma correlação negativa mas não significativa entre circunferência abdominal e a concentração plasmática da cloroquina e primaquina: quanto maior a circunferência abdominal, menor a concentração da droga. Conclusão: Conclui-se, através da amostra obtida, que não há influência do peso na resposta ao tratamento por P. vivax. Palavras-chave: malária vivax, peso, recaída, IMC.

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VALIDAÇÃO DA TÉCNICA DE NESTED-PCR PARA DETECÇÃO DAS TRÊS ESPÉCIES DE PARASITOS DE MALÁRIA HUMANA EM ÁREAS ENDÊMICAS DO ESTADO DO PARÁ. Bolsista: NATHÁLIA NOGUEIRA CHAMMA. Orientador (a): GISELLE MARIA RACHID VIANA. Serviço: PARASITOLOGIA Introdução: A Gota Espessa (GE) é o método de escolha para o diagnóstico laboratorial da maláriaem áreas endêmicas, porém há fatores limitantes, como: experiência do microscopista, coloração adequada das lâminas, tempo gasto para examiná-las, etc. Para superar algumas destas limitações, métodos baseados na Reação em Cadeia Mediada pela Polimerase (PCR) têm sido desenvolvidos para a detecção e identificação de parasitos de malária e em estudos epidemiológicos por detectar infecções mistas e baixos níveis de parasitemia. Objetivos: Validar a técnica de Nested-PCR para detecção das espécies Plasmodium falciparum, P. malariae e P. vivax em áreas endêmicas do Pará; verificar afreqüência de cada agente etiológico e de infecções mistas na amostra estudada; comparar diferentes métodos de obtenção de DNA [preparo e lavagem das amostras segundo Warhurst et al. (1991) e Saponina/Chelex-100 segundo Wooden et al. (1993)] e comparar os resultados obtidos pelo Nested-PCR com os da GE realizada no IEC. Material e Métodos: Amostras de sangue total preparadas em membrana de fibra de vidro Whatman® de 2,5 cm de diâmetro (Whatman International, Maidstone -England) foram coletadas de residentes das localidades de Novo Repartimento, Parauapebas, Tucuruí e Belém (PA), além de controles positivos para as três espécies de plasmódios e água destilada estéril como negativo. Estas membranas foram submetidas aos dois métodos de obtenção de DNA e posteriormente ao Nested-PCR de acordo com Kimura et al. (1997). A visualização das amostras foi feita em gel de agarose a 2% e coloração em brometo de etídio. Resultados: Das 153 amostras testadas pelo Nested-PCR com intervalo de parasitemia de 0,01 a 2,00%, obteve-se: 43,79% (67/153) positivas para ao menos uma espécie do gênero Plasmodium e 56,20% (86/153) negativas pelo protocolo de obtenção de DNA descrito por Warhurst et al. (1991). Já pelo descrito por Wooden et al. (1993), 51,63% (79/153) foram positivas e 48,36% (74/153) negativas pelo Nested-PCR. A GE detectou 49,01% (75/153) de amostras positivas e 50,98% (78/153) negativas. O Nested-PCR obteve os seguintes parâmetros para o protocolo descrito por Warhurst et al. (1991): sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo, falso-positivo, falso-negativo e acurácia iguais a 89,33%,100%, 100%, 90,70%, 0,0000, 0,0107 e 94,77%, respectivamente quando comparada com a GE, enquanto o protocolo descrito por Wooden et al. (1993), obteve: 100%, 94,87%, 94, 94%, 100%, 0,0513, 0,0000 e 97,39%, respectivamente para os mesmos parâmetros. O Nested-PCR detectou ainda quatro infecções mistas (P. falciparum + P. vivax) pelo método descrito por Warhurst et al. (1991) e cinco (P. falciparum + P. vivax; P. vivax + P. malariae) pelo protocolo descrito por Wooden et al. (1993) que não foram detectadas pela GE (p < 0,05). Conclusão: O protocolo descrito por Wooden et al. (1993) obteve maior sensibilidade em detectar as infecções maláricas, devendo ser o de escolha para a etapa de obtenção de DNA e posterior execução da técnica de Nested-PCR como método alternativo e complementar de diagnóstico laboratorial da malária humana. Palavras-chave: malária, diagnóstico laboratorial, Gota Espessa (GE), Nested-PCR.

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DETECÇÃO DA Leishmania (leishmania) chagasi POR PCR EM FLEBOTOMÍNEOS NATURALMENTE INFECTADOS DA LOCALIDADE DE CAFEZAL, ÁREA ENDÊMICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL, NO MUNICÍPIO DE BARCARENA (PA). Bolsista: THIAGO VASCONCELOS DOS SANTOS Orientador (a): EDNA AOBA YASSUI ISHIKAWA Serviço: PARASITOLOGIA Introdução: Encontrar flebotomíneos naturalmente infectados não é suficiente para incriminar como vetores de Leishmania, pois muitas vezes estes insetos podem carregar parasitos humanos e animais que não podem ser distinguidos morfologicamente, assim como realizar o isolamento do parasito em meio de cultura para posterior identificação é prática difícil devido às contaminações. Desta forma, métodos moleculares, como a técnica de PCR, têm sido ultilizados em diferentes estudos para identificar flebotomíneos naturalmente infectados. Objetivo (s): Detectar por PCR a Leishmania chagasi em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no município de Barcarena (PA). Materiais e Métodos: Os flebotomíneos foram coletados em ambientes intradomiciliar e peridomiciliar no período de janeiro de 2004 a novembro de 2005, utilizando o método de captura de luz tipo CDC, realizada pela equipe de entomologia do Laboratório de Leishmanioses do Instituto Evandro Chagas- SVS, e armazenados a –70° C até a extração de DNA. O DNA foi extraído individualmente utilizando SDS e KOAc e precipitado com etanol 96%. A reação de PCR foi realizada em um volume total de 25µl contendo: 0,2 mM dNTPS; 1,5mM cloreto de magnésio; 10x PCR Buffer; primer D1 e D2; Taq DNA polimerase (5U/µl); DNA da amostra; água destilada estéril. Os produtos de PCR foram fracionados em eletroforese horizontal em uma matriz de gel de agarose 1%.O DNA foi corado com brometo de etídio 0,5µg/mL e visualizado em transluminador UV para a análise das bandas obtidas. Foi utilizado como controle positivo o DNA extraído de flebotomíneo infectado experimentalmente com uma cepa de L. (L.) chagasi (M15677); e água para o controle negativo. Resultados: Foram analisados um total de 312 flebotomíneos coletados nos períodos de Janeiro/2004 (72), Fevereiro/2004 (43), Novembro/2004 (30), Dezembro/2004 (46), Janeiro/2005 (12), Fevereiro/2005 (4), Outubro/2005 (26) e Novembro/2005 (79). Foi encontrado um total de 13 amostras positivas, todas coletadas no ambiente peridomiciliar, sendo que 4 amostras correspondentes ao período de Janeiro/2004, 8 ao período de Fevereiro/2004 e ao período de Novembro/2004. Conclusão: Concluímos que pelos resultados obtidos, comparados aos de outros autores, tanto a sensibilidade do teste quanto ao tipo de marcador utilizado foram muito bons, entretanto existe a necessidade de avaliar pelo menos por mais um ano a população dos flebotomíneos desta área para observar o fluxo de infecção dos mesmos. Palavras-chave : L. (L.) chagasi, Lutzomyia Longipalpis, PCR.

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INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DOS FATORES DE VIRULÊNCIA EM Escherichia coliENTEROPATOGÊNICAS ISOLADAS DE PACIENTES INFECTADOS PELO HIV-1 Bolsista: ANA ROBERTA FUSCO DA COSTA Orientadora: CINTYA DE OLIVEIRA SOUZA Seção: BACTERIOLOGIA/MICOLOGIA Introdução: Dentre os patógenos bacterianos, a Escherichia coli tem sido associada com diarréia persistente nos pacientes HIV-positivo. A diarréia provocada por E. coli deve-se às categorias patogênicas dessa espécie que não pertencem a microbiota normal humana e que apresentam características específicas chamadas de fatores de virulência. De acordo com a presença dos genes codificadores destes fatores as E. coli são classificadas em: EPEC, ETEC, STEC e EIEC. O diagnóstico das infecções por E. coli é geralmente realizados por métodos convencionais de isolamento e testes sorológicos, os quais não asseguram o reconhecimento das categorias patogênicas. Entretanto, o uso da PCR para a identificação dos genes de virulência, são métodos de elevada sensibilidade e especificidade que possibilitam uma identificação adequada dessas categorias. Objetivo:Investigar os fatores de virulência, identificar as categorias patogênicas e demonstrar suas freqüências nos casos diarréicos e não diarréicos. Materiais e Métodos: Foram avaliadas amostras de Escherichia coli isoladas de 178 pacientes HIV-positivo , 120 com diarréia (aguda ou crônica) e 58 sem diarréia (controle), durante agosto de 2000 a junho de 2002. As colônias de E. coli foram inicialmente submetidas à temperatura de 100° C, em 400 µL de água purificada estéril por 10 minutos e em seguida congeladas para a obtenção do DNA bacteriano. Foram utilizadas na PCR iniciadores para a pesquisa dos genes de ETEC (lt-1 e st-a), EPEC (bfp, eae e Região EAF), EIEC (ipaH) e STEC (stx-1, stx-2 e eae). Foram utilizados controles positivos de categorias patogênicas de E. coli nas reações. O teste do Qui-quadrado com correção de Yates foi utilizado para a determinação da significância estatística dos resultados. Um valor de p< 0,05 foi considerado significante. Resultados: Dos 178 pacientes investigados, 16,8% (30/178) encontravam-se infectados por categorias patogênicas de E. coli, sendo estas estatisticamente associadas aos casos diarréicos (p = 0,024). A categoria mais freqüente foi EPEC, presente em 43,3% dos pacientes, sendo duas infecções mistas (EPEC + ETEC e EPEC + EIEC), seguida por EIEC, com 40% e ETEC com participação de 23,3%. Apenas um paciente apresentou amostras de STEC, perfazendo 3,3%. É importante ressaltar que dos 13 pacientes com EPEC, 92,3% apresentavam amostras de EPEC atípicas, sendo que, 50% tinham diarréia crônica, 16% (2/12) diarréia aguda e 33% (4/12) eram pacientes não diarréicos. Conclusão: Dentre os pacientes HIV-positivo, os principais agentes bacterianos associados aos casos de diarréia foram às categorias patogênicas de E. coli (p = 0,02) com destaque para EPEC (20,4%), EIEC (18,5%), Salmonella (20,4%) e Shigella (11,1%). Observou-se que em 92,3% (12/13) dos pacientes, as amostras isoladas de EPEC apresentaram somente o gene eae (intimina), caracterizando a chamada EPEC atípica, que atualmente vem sendo considerada por alguns autores como possível patógeno emergente. Este fato reforça a necessidade de investigar, em nossa região, a participação desta categoria nos casos de diarréia, uma vez que, seu isolamento foi mais freqüente do que os de EPEC típica. Cerca de 40% das infecções por categorias patogênicas de E. coliestavam associadas a infecções por outros enteropatógenos, com destaque para o Cryptosporidium sp. Considerando que para a maioria das causas de diarréia os sinais clínicos são inespecíficos, é importante a investigação de potenciais agentes enteropatogênicos, como as categorias patogênicas de E. coli, porém deve-se considerar a possibilidade destes pacientes apresentarem infecção por múltiplos patógenos. Palavras-chave : Categorias patogênicas de E. coli, pacientes HIV-positivo, diarréia.

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PREVALÊNCIA DE MICOSES SISTÊMICAS E OPORTUNISTAS EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS POR DOENÇA INFECCIOSA CRÔNICA Bolsista: FABÍOLA SILVEIRA GOMES Orientadora: MAURIMÉLIA MESQUITA DA COSTA Serviço: BACTERIOLOGIA E MICOLOGIA Introdução: Micoses sistêmicas e oportunistas são infecções causadas por uma grande variedade de espécies fúngicas e transmitidas ao hospedeiro humano primariamente por meio da inalação de propágulos infecciosos. Tais infecções têm mostrado ocorrência crescente nos últimos anos em virtude da confluência de vários fatores. Dentre estes, destacam-se as condições que provocam imunossupressão, particularmente aquelas ocasionadas pela presença de doença infecciosa crônica, tais como a tuberculose e a AIDS, assumindo características de maior gravidade, devido à sintomatologia inespecífica que leva à demora na instituição de tratamento correto. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de micoses sistêmicas e oportunistas em pacientes portadores de doença infecciosa crônica. Materiais e Métodos: Foram avaliados 38 pacientes, encaminhados a Seção de Bacteriologia e Micologia do Instituto Evandro Chagas. Os espécimes clínicos coletados foram submetidos a exame direto, utilizando solução de hidróxido de potássio a 20%, lactofenol azul-algodão e tinta nanquim, e cultivo em temperatura ambiente, por até 60 dias, nos meios ágar BHI suplementado, ágar Sabouraud dextrose, ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol e ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol e cicloheximida. A identificação da espécie foi feita a partir de técnica de microcultivo em ágar batata, utilizando chave de classificação de De Hoog &Guarro, 2001 Resultados e Discussão: Dos 38 pacientes selecionados, 28,9% (11/38) pertenciam ao sexo feminino e 71,1% (27/38) ao sexo masculino. A média de idade global foi de 36 anos, e 63,2% dos pacientes eram provenientes de área urbana da região metropolitana de Belém – PA. Tuberculose pulmonar e AIDS foram relatadas como as doenças infecciosas crônicas mais freqüentes, com percentuais de 44,0% (17/38) e 34,0% (13/38), respectivamente. O exame direto foi negativo para todos os pacientes testados. A freqüência de micoses observada foi obtida por meio de cultura e revelou índice de 18,4% (7/38), sendo isoladas as espécies Aspergillus niger, Aspergillus flavus, Cryptococcus neoformans, Fusarium solani, Fusarium incarnatum, Histoplasma capsulatum var. capsulatum e Paracoccidioides brasiliensis. A média de idade desses pacientes foi de 35 anos. Os sintomas mais freqüentes foram febre e perda ponderal, tosse produtiva e dispnéia, sendo que 85,7% (6/7) dos casos de micoses apresentavam acometimento pulmonar como parâmetro clínico que gerou a solicitação de exame. Micoses oportunistas corresponderam a 71,4% (5/7) dos casos, enquanto 28,5% (2/7) apresentavam micose sistêmica. A aspergilose e a fusariose foram as micoses oportunistas mais freqüentes. Conclusões: O presente estudo demonstrou que as micoses apresentam freqüência considerável em pacientes acometidos por infecções crônicas, e que fungos oportunistas são importantes agentes de complicação do estado clínico desse grupo de pacientes. Palavras-chave : micose sistêmica; micose oportunista; doença infecciosa crônica

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EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DA TUBERCULOSE EM BELÉM Bolsista: JOÃO FRANCISCO CARDOSO E CARDOSO Orientadora: KARLA VALÉRIA BATISTA LIMA Seção: BACTERIOLOGIA E MICOLOGIA Introdução: A epidemiologia molecular integra técnicas moleculares com abordagens epidemiológicas convencionais, na tentativa de entender a distribuição e a fonte primária da doença. Nesta investigação a análise de 12 “loci” contendo unidades repetidas espaçadas micobacterianas- MIRU é proposta por se tratar de uma ferramenta que associa melhor resolução, praticidade, reprodutibilidade e menor custo. O MIRU, quando automatizado, utiliza reações de PCR multiplex e análise dos fragmentos em sistemas de seqüenciamento, permitindo a tipagem de cepas em grande escala, em curto período de tempo. Objetivos: Investigar epidemiologicamente e laboratorialmente casos de tuberculose encaminhados ao Instituto Evandro Chagas. Material e Métodos: Foram encaminhados ao IEC 80 espécimes clínicos de pacientes com suspeita de tuberculose pulmonar, deste total, 73 amostras foram genotipadas. Dados epidemiológicos foram coletados de prontuários e ficha do SINAN. A baciloscopia foi realizada por meio da técnica de coloração de Ziehl-Neelsen e o DNA foi extraído de cultura. A genotipagem foi feita por MIRU. Para otimização do MIRU automatizado foram avaliadas 4 PCR multiplex, com analise dos produtos em seqüenciador ABI PRISM ® 3100, usando o software GeneMapper 3.7. Resultados: Dos 80 casos suspeitos de tuberculose, 68 (85,0%) foram notificados como BAAR positivos e 12 (15,0%) negativos. Foram encontradas 25 (34,3%) cepas formando 11 grupos e 48 (65,8%) perfis únicos. Não foram encontradas quaisquer relações epidemiológicas que justificassem a transmissão entre as cepas agrupadas. Não foi evidenciada diferença significativa quanto ao sexo (39- 53,4%- homens e 34-46,6%-mulheres). Houve predominância na faixa de 15 a 29 anos e em indivíduos de baixa escolaridade. As ocupações mais freqüentes foram estudantes (15 - 20,5%), atividades no lar (8 - 11%) e lavradores (6 - 8,2%). Os bairros com maior freqüência de casos foram: Marco e Coqueiro (8 - 10,9%) e Souza (4- 5,4%). Os casos novos predominaram (65- 89%), tendo dois (2,7%) casos de recidiva e um (1,3%) de retorno por abandono. Os sintomas mais freqüentes foram: emagrecimento (61- 83,5%), tosse produtiva (57- 78,0%), febre (50 – 68,5%), dor torácica (46 – 63,0%) e anorexia (39 – 53,4%). A doença foi considerada crônico-evolutiva em 56 (76,7%) casos e crônico-estável em 17 (23,3%). Durante otimização do MIRU automatizado os produtos de PCR foram observados em gel desnaturante de acrilamida, porém, nem todos foram visíveis em agarose 3%. O marcador molecular usado (MapMarker 500 e 2500 ROX™, Invitrogen) não foi adequado para gel desnaturante, impossibilitando a medida exata dos fragmentos. Conclusões: O número de casos multibacilares foi elevado. Observou-se diagnóstico tardio da doença. A tuberculose concentra-se na faixa etária mais produtiva, sendo freqüente entre estudantes. O alto índice de agrupamentos encontrados sugere transmissão recente. O MIRU automatizado permite a tipagem de cepas em grande escala, no entanto, problemas inerentes a sua implantação precisam ser resolvidos. Palavras-chave : tuberculose, genotipagem, MIRU.

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PRODUÇÃO DE EXOANTÍGENO DO FUNGO TERMO-DIMÓRFICO Paracoccidioides brasiliensis PARA UTILIZAÇÃO EM TESTES SOROLÓGICOS E PRODUÇÃO DE SORO HIPERIMUNE. Bolsista: ROSIANE FERREIRA PIMENTEL Orientador (a): SILVIA HELENA MARQUES DA SILVA Seção: BACTERIOLOGIA E MICOLOGIA Introdução: Paracoccidioides brasiliensis é um fungo termo -dimórfico, o agente causal da paracoccidioidomicose (PCM), uma micose sistêmica e prevalente em vários países da América Latina e especialmente no Brasil. A doença tem sido reconhecida como um problema de saúde pública em várias áreas da América Latina. Os antígenos de P. brasiliensis derivam de filtrados de cultura e cujas células leveduriformes tem sido usadas com sucesso no preparo de reagentes para serem utilizados em ensaios sorológicos. A qualidade das diferentes preparações antigênicas difere dependendo do meio de cultura, tamanho do inoculo, tempo de incubação, etc. Várias vezes, protocolos selecionados não são reproduzíveis, e a atividade antigênica não é detectada por métodos convencionais. Objetivos: Preparar e obter exoantígeno do fungo termo -dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, bem como preparar soro hiperimune do referido fungo, para serem utilizados posteriormente em testes sorológicos e realizar controle de qualidade dos exoantígenos produzidos de acordo com cada isolado fúngico utilizado.Materiais e Métodos: Os isolados fúngicos de P. brasiliensis (Pb 113, Pb 30, Pb 15, Pb B-339, Pb 34, Pb 101) foram revertidos para a fase leveduriforme em meio de YPD. Em seguida, cultivos leveduriformes de pelo 10 tubos foram adicionados em 150ml de meio caldo YPD e deixados em shaker a 37ºC por 3 dias. Após este período, o conteúdo deste frasco foi transferido para outro frasco contendo 350ml do mesmo meio e deixados por mais 7 dias em shaker a 37ºC. Após este período, as culturas foram mortas pela adição de timerosal (0,2g/L), filtradas, concentradas e dialisadas. Este preparado constituiu o exoantígeno. Os exoantígenos obtidos foram analisados pela técnica de imunodifusão. Resultados: A reversão completa do fungo deu-se por volta de 7 dias. Cada isolado fúngico apresenta uma característica que lhe é particular. Os exoantígenos analisados pela técnica de imunodifusão, demonstraram linha de precipitação entre o antígeno e soro controle. Ás vezes esta linha era uma linha muito fraca, em outros podíamos perceber até 3 bandas. Entretanto, sabendo-se que o exoantígeno é uma mistura complexa de vários metabólitos fúngicos e que cada fungo pode expressar ou não uma determinada proteína, faz-se necessário à análise destes exoantígenos por meio da técnica de SDS-PAGE. Assim, poderemos garantir que as principais proteínas de interesse do fungo termo -dimórfico P. brasiliensis (gp43 e gp70) que são utilizadas como marcadores epidemiológicos estão sendo produzidas e excretadas pelo fungo no meio de cultura e com isto poderemos garantir que os soros hiperimunes que ainda serão produzidos, venham ser de boa qualidade para serem utilizados em outros testes sorológicos. Conclusão: com base nos resultados do ensaio de Imunodifusão podemos verificar que os exoantígenos produzidos até o mo mento parecem ser adequados para a produção de soro hiperimune em coelhos. Palavras-chave : Paracoccidioides brasiliensis, exoantígenos, soro hiperimune;

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CARACTERIZAÇÃO ULTRAESTRUTURAL, SOROLÓGICA E MOLECULAR DO VÍRUS DA HEPATITE B EM SOROS COM PRESENÇA DO DNA VIRAL Bolsista: ANDREZA PINHEIRO MALHEIROS Orientador: MANOEL DO CARMO PEREIRA SOARES Seção: HEPATOLOGIA Introdução: O vírus da Hepatite B (HBV) permanece como agente importante de doenças aguda, crônica e neoplásica na Amazônia brasileira. Dentre as características mais marcantes do HBV, destacam-se a sua heterogeneidade antigênica, molecular e estrutural com eventuais repercussões nesses processos. Objetivo: Descrever os padrões sorológico, molecular e ultraestrutural do vírus da hepatite B, em amostras de soro com presença do HBV-DNA e procedentes da Amazônia brasileira. Material e Métodos: Mediante a proposta original de examinar diferentes situações na Amazônia brasileira, das 144 amostras HBsAg positivas inicialmente selecionadas, foram excluídos os casos de co-infecção viral com HCV, HDV e HAV e aqueles cuja amostra foi coletada após a introdução da vacina contra a hepatite B (1989). Restaram para o estudo 131 amostras, distribuídas de modo eqüitativo entre a Amazônia ocidental e oriental; no total, 50 amostras procedentes de inquérito sorológico, 50 amostras de casos de hepatite B aguda, 21 amostras de casos de hepatite B crônica e 10 amostras de casos de hepatite A aguda (grupo-testemunha). Para controle de viremia não detectada através da presença do HBsAg foi selecionada, aleatoriamente uma amostra anti-HBc positivo isolado para cada quatro amostras HBsAg positivas. Para abordagem molecular foram selecionadas 61 amostras. Os testes sorológicos para marcadores da infecção viral conforme os objetivos do estudo (HBsAg, anti-HBc, anti-HBc IgM, anti-HBs, HBeAg, anti-HBe, anti-HCV, anti-HAV IgM e anti-HD) foram realizados por meio de técnicas imunoenzimáticas. A pesquisa do HBV-DNA foi realizada pela amplificação (por PCR) de um fragmento do gene S do HBV. A genotipagem foi realizada por sequenciamento (Sanger, 1997). As observações referentes à ultraestrutura viral nos soros, foram realizadas por técnica de contrastação negativa adaptada (Almeida, 1980) e observadas em Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET) ZEISS (EM 900). Resultados:As 10 amostras do grupo-testemunha mostraram resultados negativos para a pesquisa do HBV-DNA. Das outras 121 amostras examinadas para a presença do HBV-DNA, a freqüência de positividade foi de 78,5% (95/121). A freqüência total do HBeAg foi de 43,8% (53/121). Dentre as amostras cujo HBV-DNA foi seqüenciado, os resultados mostraram que 34 pertencem ao genótipo A (24 procedentes da Amazônia oriental e 10 da Amazônia ocidental), 18 ao genótipo D (3 procedentes da Amazônia oriental e 15 da Amazônia ocidental) e 6 ao genótipo F (2 da Amazônia oriental e 4 da Amazônia ocidental). Até o momento foram examinadas por MET 15 amostras HBeAg positivas, sendo que em 11 amostras foi possível observar a presença de partículas completas (Dane). Em 6 amostras, após o exame de três malhas das respectivas grades o número de partículas completas variou de 3 a 9 partículas virais com média de 4. Conclusões: Conclui-se ratificando a elevada sensibilidade do HBV-DNA, mediante a técnica aqui empregada, quando comparada à pesquisa do HBeAg como indicadores de replicação viral. Digno de registro é a presença de HBV-DNA entre as amostras com o anti-HBc positivo isolado. A possibilidade em identificar e relacionar a presença partículas virais do HBV no soro com os dados sorológicos e biomoleculares abre perspectivas de abordagens complementares nesse sentido. Palavras-chave : HBV-DNA, sorologia, caracterização ultraestrutural,

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AVALIAÇÃO DO MODELO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA POR SÍNDROMES NA REGIÃO AMAZÔNICA Bolsista: FELIPE D’ALMEIDA COSTA Orientadora: GILBERTA BENSABATH Seção: EPIDEMIOLOGIA Introdução: O modelo de vigilância epidemiológica por síndromes, também conhecido como abordagem sindrômica, é citado pela OMS com as seguintes vantagens: evitar a demora laboratorial, relatar o que é observado ao exame clínico, preencher as deficiências da vigilância e promover ações de saúde mais precoces e eficazes. Na realidade amazônica a abordagem sindrômica surge como uma nova alternativa no intuito de contornar as dificuldades logísticas da região, por ser mais rápida e eficaz que o sistema tradicional na detecção, contenção e prevenção das mais variadas etiologias. Objetivo: O objetivo do presente projeto é verificar a eficácia da abordagem sindrômica na avaliação das doenças infecciosas da Amazônia. Metodologia: Foram incluídos no projeto pacientes com história de febre e que apresentam hemoscopia negativa para Plasmodium sp . Em cada primeira consulta foi realizada a anamnese e o exame físico completo, bem como a coleta de dados epidemiológicos, com a utilização de um protocolo de pesquisa e foram coletadas de todos os pacientes amostras de sangue (total e soro), fezes e urina. Essas amostras foram separadas em alíquotas e posteriormente encaminhadas às respectivas seções do Instituto Evandro Chagas onde foram analisadas. Todos os dados obtidos a partir da abordagem e dos resultados dos exames foram anotados em protocolo de pesquisa e transferidos ao programa Epi Info 2002 para posterior análise. Resultados e discussão: A síndrome febril isolada foi a classificação sindrômica mais atribuída aos pacientes, seguida pela síndrome febril diarréica, depois a síndrome febril ictérica e havendo um caso de síndrome febril respiratória. Do total 124 de pacientes, foi possível definir o diagnóstico etiológico através da abordagem sindrômica em 64 casos (51,6%), sendo identificadas 11 diferentes etiologias, dentre as quais a mais freqüente foi a Dengue (19,4%), seguida pela Febre Tifóide (10,5%) e a toxoplasmose (6,5%). Dentre as síndromes febris isoladas diagnosticadas (45 casos), a Dengue (51,1%), a Febre Tifóide (17,8%) e a Toxoplasmose (17,8%) foram os diagnósticos mais encontrados. A principal etiologia dentre as síndromes febris diarréicas diagnosticadas (14 pacientes) foi a Febre Tifóide (35,7%), seguida pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (28,6%). Quanto à síndrome febril ictérica, foi diagnosticado em iguais freqüências a Hepatite A e a Leishmaniose Visceral. Dos 64 casos diagnosticados, 48,4% procuraram atendimento ou foram encaminhados após mais de 16 dias de febre sem diagnóstico. Por outro lado, após serem incluídos no projeto e submetidos à abordagem sindrômica, a situação se inverte, com 70,3% dos pacientes tendo seu diagnóstico etiológico definido em até 15 dias após a consulta inicial. Conclusão: A abordagem sindrômica foi eficaz na detecção das doenças infecciosas causadoras de síndromes febris, tendo sido capaz de diagnosticar as mais variadas patologias mediante a realização de um único atendimento clínico e uma única coleta de amostras para a realização de exames, com uma resposta diagnóstica em um curto período de tempo, quando a maioria dos pacientes já apresentava uma evolução prolongada do seu quadro mórbido, propiciando ações de saúde precoces, tanto no sentido terapêutico como em relação à notificação.

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ANÁLISE GENETICA DE AMOSTRAS DOS VÍRUS DENGUE 1 ISOLADAS NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Bolsista: ADRIANA RIBEIRO CARNEIRO Orientadora: ANA CECÍLIA RIBEIRO CRUZ Seção: ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS Introdução: A febre do dengue é das mais importantes arboviroses amplamente distribuída por todas as áreas tropicais do mundo. Os vírus são transmitidos principalmente pelo Aedes Aegypti. A dispersão do vetor e o aumento do fluxo migratório entre países possibilitaram a ocorrência de grandes epidemias e manifestações clínicas severas, como febre hemorrágica do dengue (FHD) e Síndrome do choque (SC). Objetivo (s): Estudo molecular dos vírus VDEN1 no Brasil por sequenciamento nucletídico, além de analisar a variabilidade genética ao nível do gene E do VDEN 1 isolado em surtos ocorridos no Brasil. Materiais e Métodos: Foram utilizadas 7 amostras de dengue 1 provenientes de suspensão celular, e estas foram recuperadas em cultura de células de artrópodes, clone C6/36, para a verificação do efeito citopático( ECP). O teste de imunoflurescência indireta (IFI) foi feito para a confirmação da presença viral. Foi feita a extração de RNA viral pela técnica do Trizol LS Reagente. O RT-PCR foi realizado para a obtenção de um fragmento de 1.041 pb para o sequenciamento, na posição de 1559 a 2600. A purificação do cDNA foi realizada através do Kit comercial QIAGEN. O seqüênciamento nucleotídicas foi obtido usando o kit Big Dye Terminator aplicadas em seqüenciador automático ABI Prisma 377 (Applied Biosystem). A análise genética foi feita em softwares específicos (SEQMAN-DNASTAR), sendo utilizado o programa Megalign (método Clustal W) comparando com 27 seqüências de VDEN 1, disponíveis no GenBank , para a montagem dos dendogramas e árvore filogenética foi utilizado o programa MEGA, versão 3.1, usando o método de agrupamentos de vizinhos, e para o enraizamento usou-se uma seqüência de VDEN 3. Resultados: Nossos resultados mostraram que o VDEN1 que circula no Brasil desde 1990 pertence ao genótipo V, corroborando com estudos anteriores. A homologia de seqüência entre as amostras estudadas comparadas a outras seqüências brasileiras disponíveis no Genbank, apresentou 95,3 a 99,3 % de identidade nucleotídica. Nossos resultados ainda não são conclusivos, devemos ainda aumentar o número de amostras do estudo, além de sequenciar toda região estrutural e da proteína NS3, e determinarmos os marcadores de virulência.

Palavras-chave : Vírus dengue 1, Flavivirus, Flaviviridae

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ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A PATOGENICIDADE E PADRÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMURAL E CELULAR PARA O VÍRUS CARAPARU EM HAMSTERSDOURADOS JOVENS (MESOCRICETUS AURATUS) Bolsista: ANDERSON DIEGO COSTA AGRASSAR Orientadora: LÍVIA CARICIO MARTINS Seção: ARBOVIROLOGIA Introdução: O Vírus Caraparu (VCAR) é um arbovírus pertencente à família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus(Büchen-Osmond, 2003), sorologicamente é classificado como um vírus do grupo C. O VCAR, foi descrito na Amazônia na década de 50 e já foi isolado de humanos, animais selvagens (roedores, morcegos e marsupiais) e artrópodes, os quais fazem sua manutenção na natureza. Conseqüentemente, as pessoas que mantêm contato mais estreito com o ambiente silvestre estão mais expostas a se infectarem pelo VCAR. Este pode ser associado a doenças limitadas como a dengue que comprometem o desempenho da vida da pessoa infectada, o que o torna um problema de saúde pública.Objetivo (s):Geral: Investigar a patogenicidade e o padrão de resposta imune humural e celular do Vírus Caraparu, mediante ensaio experimental utilizando como modelo hamsters dourados jovens (Mesocricetus auratus). Material e Métodos:Usamos a amostra BeH 190863 do VCAR, Os experimentos foram a inoculação em hamsters dourados jovens e titulação da amostra viral, detecção de antígeno viral e anticorpos pelo teste de fixação do complemento (FC), detecção de anticorpos pelo teste de inibição da hemaglutinação (IH), exame histopatológico. Resultados: O título da cepa viral Be H 5546 inoculada VIP em hamsters jovens, calculado pelo método de Reed & Muench (1938), foi 8,5. Os animais foram observados diariamente e a coleta de sangue (para obtenção de soro) e dos fragmentos de vísceras (cérebro, fígado, coração, baço, rim e pulmão) ocorreu a cada 24 H p.i do 1º ao 8º dia e no 12º e 15º dia p.i., sendo coletados 2 animais infectados e um controle não infectado. Detectamos antígenos por FC do 5º ao 7º dias pós inoculação, sendo que os títulos mais altos foram no fígado, pulmão e rim. Na detecção de anticorpos não conseguimos resultados positivos nos testes de FC e IH, porém devemos repetir esses testes para melhor avaliação dos resultados. Nos estudos histopatológicos o fígado mostrou hepatócitos com tumefação intensa e focos de necrose lítica, no pulmão observamos congestão e edema de paredes alveolares com focos de hemorragia e colapso pulmonar, no rim observamos moderada tumefação de células tubulares e congestão glomerular, no baço observamos hiperplasia de polpas branca e vermelha e nas secções de miocárdio e SNC não encontramos alterações importantes.Conclusão: As alterações histopatologicas celulares mais marcadas foram observadas no fígado, rim e pulmão. Hepatócitos tumefeitos e balonizados, indicação indireta do parasitismo viral nos metabólicos celulares no fígado. Os focos de necrose hepatocitária em lise representam a forma evolutiva irreversível de lesão celular em células infectadas. Alterações das células tubulares renais são um indicativo do tropismo deste vírus pelo rim, entretanto, essas alterações, quando comparadas às observadas no fígado, apresentaram-se em geral discretas. Os pulmões, por sua vez, mostraram nítida congestão e colabamento em áreas específicas, com focos de hemorragia e congestão, Em relação a detecção de antígenos pelo teste de FC, os resultados estão de acordo com os achados histopatológicos, onde os títulos mais altos foram detectados no fígado, pulmão e rim. O período de viremia detectado no teste de FC foi do 5º ao 7º dia p.i., sendo que o pico de viremia foi detectado no 6º dia p.i. No cérebro das amostras de hamsters não detectamos antígenos FC, sendo que em camundongos este vírus é considerado neurotropico (Karabatsos, 1985), assim podemos sugerir que em hamsters este vírus não apresenta um comportamento neurotropico. Na detecção de anticorpos não conseguimos resultados positivos nos testes de FC e IH, porém devemos repetir esses testes para melhor avaliação dos resultados. Palavra-chave: VCAR, IH, FC e Histopatologia

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EXOANTÍGENOS E HSP 83 PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO PARÁ. Bolsista: CAROLINA MIRANDA DE SOUSA Orientadora: LOURDES MARIA GARCEZ Seção: PARASITOLOGIA Introdução: O controle da leishmaniose visceral (LV) humana, se faz pela eliminação de cães infectados, considerados reservatórios de Leishmania (Leishmania) chagasi. O protozoário é transmitido ao homem pela picada do inseto Lutzomya longipalpis. Dada a importância do diagnóstico da infecção canina nas ações de controle da doença, se discute a necessidade da padronização e uso de antígenos mais sensíveis que os disponíveis para o sorodiagnóstico por meio do Ensaio Imunoenzimático (ELISA). Objetivo (s): Avaliar o uso dos exoantígenos e Hsp 83 de Leishmania (L.) chagasi para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina em área endêmica do Estado do Pará. (I) Investigar o desempenho diagnóstico dos exoantígenos e HSP 83 por meio do ELISA, comparando ao observado com o extrato cru particulado de L. (L.) chagasi; (II)Verificar a soroprevalência da doença por meio de um screening test com os três antígenos, considerando as vilas Pingo D’água e União; (III)Discutir a aplicabilidade dos antígenos solúveis em estratégias diagnósticas no Estado do Pará; (IV)Utilizar a PCR como método padrão ouro para a comparação com a sorologia. Material e Métodos: SOROLOGIA: Utilizaram-se 170 plasmas de cães, divididos em 02 grupos: A obtidos em julho/2002 (n=80), em 06 diferentes vilas (com dados clínicos), e B em abril/2005 (N=90), nas vilas Pingo d’Água e União. Realizou-se ELISA-IgG com antígenos de L. (L.) chagasi: lisado cru de promastigotas (padrão ouro), exoantígenos (moléculas liberadas em cultura) e o recombinante Hsp83. PCR: Foi extraído DNA de cálulas brancas (buffy coat) pelo método fenol-clorofórmio. Em seguida, o DNA foi precipitado com acetato de sódio 3M, pH 7.0, resfriado com etanol e posteriormente suspenso em 100µL de água destilada estéril. Para a PCR utilizaram-se os iniciadores (“primers”) RV1-RV2. As condições da PCR foram: temperatura inicial de 94ºC/4’, 35 ciclos de 94ºC/30’’, 61ºC/30’, 72ºC/30’’ e temperatura final de 72ºC/10’. Cada experimento teve um controle positivo e negativo. O produto amplificado foi analisado por eletroforese e visualizado no transiluminador de UV.Resultados: Houve alta freqüência de positividade no grupo A (lisado cru: 69/80, 88%; exoantígenos: 71/80, 89% e Hsp83: 68/80, 86% - p>0,05). No grupo B, que consiste na população das vilas Pingo d’Água e União, a soroprevalência com o lisado cru foi 74,4% (67/90), com o Hsp83 77,8% (70/90) e com o exoantígeno 84,4% (76/90). Já a freqüência de positivos com o padrão ouro, a PCR, foi de 66,7% (60/90). O índice Kappa teve valores muito baixos (Kappa<0,40) não indicando boa concordância entre a PCR e os antígenos utilizados, apesar da concordância observada ter sido maior que 60% em todos os casos. Conclusão: A sorologia comparada ao teste paddrão ouro (PCR) teve melhor desempenho quando usado o antígeno Hsp83. A aplicabilidade do ELISA com antígenos solúveis em estratégias diagnósticas apresenta vantagens pela facilidade de execução em relação a PCR e boa sensibilidade, além da possibilidade transformar-se em testes rápidos. Palavras-chave : Lisado cru; Hsp83; exoantígenos; PCR

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ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DENGUE: DINÂMICA DE CIRCULAÇÃO DOS SOROTIPOS CIRCULANTES EM BELÉM E ANANINDEUA DE 2002 A 2004. Bolsista: FERNANDA LÚCIA CARDOSO SILVA Orientadora: RAIMUNDA DO SOCORRO DA SILVA AZEVEdO Seção: ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS Introdução: O dengue é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus e transmitida ao homem através da picada de mosquitos Aedes aegypti. O Vírus dengue (VDEN) compreende quatros sorotipos, denominados VDEN-1, VDEN-2, VDEN-3 e VDEN-4, e pertence ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Do ponto de vista clínico, o dengue pode manifestar-se sob duas formas: a febre clássica do dengue (FD) e a febre hemorrágica do dengue (FHD) com ou sem síndrome do choque do dengue (SCD). Embora os diferentes sorotipos do Vírus dengue possam levar a variações nas manifestações clínicas e perfis epidemiológicos apresentados, pela inexistência de informações consistentes, ainda não se tem definido quais características clínicas estão associadas a cada um dos sorotipos. Objetivo: Realizar análises clínico-epidemiológicas de surtos de dengue ocorridos nos municípios de Belém e Ananindeua de 2002 a 2004. Materiais e Métodos: Foram coletadas informações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais a partir de fichas de investigação (modelo SINAN), arquivas na Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (SEARB/IEC.), Belém-PA, referentes aos pacientes atendidos no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2004, residentes nos municípios de Belém e Ananindeua, que apresentavam tempo de doença ≤ 5 dias no momento do atendimento, e resultado de isolamento viral positivo para Vírus dengue ou tempo de doença compreendido entre 5 e 10 dias, com conversão sorológica para a pesquisa de anticorpos IgM para dengue pelo método Imunoenzimático (MAC ELISA). Os dados coletados foram armazenados em banco de dados (BD) elaborado no programa Epi Info 6.04d, o qual também foi utilizado para realização das análises estatísticas. Resultados: Entre 2002 e 2004, foram analisados 487 casos confirmados de dengue. Cerca de 85.8% foram procedentes do município de Belém, onde observamos a ocorrência da doença em todos os bairros.Os 14.2% restantes foram procedentes de Ananindeua, dos quais 44.9% referiram ser residentes do bairro do Coqueiro. Dos casos analisados, 55.6% dos pacientes foram do sexo masculino e 44.4% do feminino, com média de idade de 36 e 35, respectivamente. Foram isoladas 396 cepas do Vírus dengue , sendo 152 (38.4%) do sorotipo DEN -1, 80 (20.2%) de DEN – 2 e 164 (41.4%) do sorotipo DEN – 3, com predomínio de VDEN-1 (74.1%) , DEN-2 (31.6%) e 3 (46.9%), e DEN-3 (85.9%) nos anos de 2002, 2003 e 2004, respectivamente. Observamos a ocorrência da doença durante todos os meses do ano, entretanto, 55.5% dos casos ocorreram entre os meses de janeiro a março. Todos os pacientes relataram sintomas e sinais clínicos, os quais constituíam-se de febre (98.2%), cefaléia (90.3%), mialgia (77.6%),artralgia (74.7%), dor retroorbitária (75.4%), náuseas (62%),prostração (60.6%), anorexia (46%), vômito (33.7%),calafrios (29.8%) e fotofobia (26.3%); em alguns casos, exantema (24.6%), epigastralgia (23.6%), prurido (17.7%),diarréia (16.6%), frio (17.7%), congestão cutânea (9%), insônia (17.9%) e boca amarga (7%), não sendo observada diferença significativa entre as manifestações ocasionadas pelos diferentes sorotipos no que se refere aos sinais e sintomas clássicos da FD. Entretanto, os indivíduos infectados pelo sorotipo DEN-1 apresentarm maior chance de doença com prostração (OR=4.31; IC=2.63-7.08), calafrio (OR=3.41; IC= 2.12-5.51), epigastralgia (OR=3.60; IC=2.14-6.06), anorexia (OR=3.38; IC=2.16-5.30), frio (OR=2.07; IC=1.20-3.58), tonteira (OR=4.63; IC=2.81-7.64), congestão cutânea (OR=3.64; IC=1.66-8.67) e fotofobia (OR=2.89; IC=1.84-4.84) que os demais sorotipos, enquanto que o sorotipo DEN-3 apresentou 2 vezes mais chance de apresentar exantema (OR=2.0; IC= 1.19-3.37). Vinte e seis pacientes relataram manifestações hemorrágicas, principalmente petéquias (30.7%) e sangramentos do trato gastro-intestinal (19.2%).Dentre os casos analisados, 1.4% referiram dor abdominal como sinal/ sintoma de alerta, sendo os sorotipos DEN-1, 2 e 3 responsáveis por 57.2%, 28.5% e 14.3%, respectivamente. Apenas 12 pacientes referiram uso de medicamentos, dos quais 5 relataram uso de medicamentos com Ácido Acetil Salicílico (AAS) na formulação, entretanto não observamos relação do uso com a presença de manifestações hemorrágicas.

Palavras chaves: dengue; clínico-epidemiológico; sorotipos

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FEBRE AMARELA: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE CEPAS BRASILEIRAS ISOLADAS EM DIFERENTES PERÍODOS E REGIÕES GEOGRÁFICAS Bolsista: MAX MORAES DOS PRAZERES Orientador: PEDRO FERNANDO DA COSTA VASCONCELOS Seção: ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS Introdução: O vírus da febre amarela (VFA) pertence ao gênero Flavivírus da Família Flaviviridae . Atualmente o VFA possui 5 genótipos na África e dois genótipos nas Américas.Objetivo (s): Determinar a distribuição de genótipos virais de febre amarela circulantes no Brasil a partir de cepas isoladas no IEC e desenvolver estudos sobre a patogenicidade da febre amarela em hamsters dourados (Mesocricetus auratus). Materiais e Métodos: A extração de Ácido Ribonucléico (RNA) foi realizada usando o reagente Trizol LS (Invitrogen). O cDNA de 669 pares de bases (pb) foi obtido diretamente do RNA viral pela transcrição reversa in vitro utilizando o método de transcrição Reversa (RT) - Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Para o sequenciamento o produto de RT-PCR foi purificado usando o sistema comercial QIAquick® Gel Extraction Kit (QIAGEN, Inc.). O sequenciamento nucleotídico do cDNA foi feito com o Kit ABI PRISM Dye Terminator (Applied Biosystems). A seguir foi analisado com os programas SEQMAN, EDITSEQ e MEGALIGN (DNASTAR) e na montagem das árvores filogenéticas foi utilizado o programa Molecular Evolutionary Genetics Analysis - MEGA, versão 2.1 –2001 (Kumar S., Tamura K., Jakobsen I.B. e Nei M.) usando o método de agrupamentos de vizinhos (Kimura 2 parâmetros), com valores de “bootstraps” de 1000 réplicas. Na análise foi colocada uma seqüência externa para permitir um melhor enraizamento da árvore, e foi representada pela cepa ASIBI que é o protótipo do VFA. Oshamsters inoculados com suspensão da cepa H 423602 foram sacrificados e as principais vísceras foram preservadas em solução tamponada de formalina a 10%, em seguida processados para histopatologia usando parafina e foram feitos cortes de 10 µm de espessura, fixados em lâminas e corados pela técnica de hematoxilina e eosina (HE) e analisados em microscópio ótico. Resultados: A análise de 600 pares de bases de 8 cepas de VFA que foram obtidas de diferentes áreas geográficas e períodos distintos, mostraram similaridade de 90 a 98% entre si e com 16 seqüências de cepas virais obtidas do GenBank. Estes dados mostram um intenso relacionamento genético entre as cepas, mesmo entre aquelas isoladas de origem geográfica distinta e ou se obtidas de artrópodes ou de casos de febre amarela humana. Os hamsters infectados com a cepa H 423602 não mostraram sinais de doença, no entanto lesões teciduais, principalmente no fígado foram observadas e se caracterizaram por necrose médio-zonal, esteatose e discreto infiltrado inflamatório. Os Hamsters controles não infectados não mostraram alterações teciduais. Conclusão: Em conclusão, estudos mais detalhados devem ser realizados, usando maior número de cepas para análise da região prM/E, permitindo melhor comparação com as seqüências disponíveis no Genbank. Também, a análise de outras cepas do VFA pode gerar importantes informações acerca da patogenicidade e virulência entre diferentes cepas do VFA isoladas em diferentes anos, regiões geográficas e hospedeiros. Palavras Chaves: Vírus da febre amarela, Flavivirus, Flaviviridae.

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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CEPAS DO VÍRUS TACAIUMA (BUNYAVIRIDAE, ORTHOBUNYAVÍRUS) ISOLADOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA Bolsista: SAMIR MANSOUR MORAES CASSEB Orientador: MARCIO ROBERTO TEIXEIRA NUNES Seção: ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS Introdução: O vírus Tacaiuma (VTCM) pertence à família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus. Este vírus é classificado sorologicamente no grupo Anopheles A. O VTCM é mantido em natureza através de um ciclo complexo que envolve espécies de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Anopheles (Nyssorhynchus) como principais vetores. Objetivo (s): Caracterizar molecularmente cepas do VTCM isoladas na Amazônia pertencentes ao acervo da seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas / SVS / MS. Materiais e Métodos: As amostras do VTCM (An73, BeH 411166, BeAr483238, BeAr537334) foram propagadas em células VERO e o RNA viral foi extraído do fluído das células infectadas através do método Trizol LS Reagent e alternativamente pelo kit comercial Qiamp Viral RNA mini kit (Qiagen). A amplificação do genoma das cepas estudadas foi realizada pela técnica de RT-PCR em uma única etapa empregando iniciadores genéricos para o segmento SRNA dos orthobunyavírus e iniciadores específicos para o gene N do VTCM. Os produtos de RT-PCR foram clonados e seqüenciados empregando o método de terminação de cadeia por didesoxirribonucleotideos. As seqüências nucleotídicas foram analizadas com o auxílio dos programas Clustal V, SeqMan star 5.03 © e Mega 2.1. As árvores filogenéticas foram construídas empregando o método de neighbor joining (NJ) e máxima parcimônia(MP), implementados nos programas PAUP 4.0 e Mega 2.1. Conjuntamente realizou-se a análise de bootstrap fixado para 1000 réplicas. Resultados: O segmento SRNA do VTCM foi determinado em 991 nt, apresentando duas ORFs sobrepostas: uma ORF maior com 706 nt e outra menor com 306 nt que codificam para duas proteínas uma estrutural de nucleocapsídeo (N) e outra não estrutural NSs, respectivamente. O gene N das cepas do VTCM mostrou baixo grau de divergência nucleotídica entre as mesmas (0,9% a 2,0%) e diferentes graus de homologia em comparação a determinados vírus representantes dos sorogrupos Bunyamwera, Califórnia, C e Simbú. Conclusão: o segmento SRNA do VTCM apresenta a mesma organização genômica dos demais Orthobunyavirus e a análise filogenética comparativa evidenciou que as cepas do VTCM formam um grupo monofilético à parte, sendo este grupo geneticamente distinto dos demais membros do gênero. Palavras-chave : Vírus Tacaiuma, Bunyaviridae, Orthobunyavirus.

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ESTUDO DA NSP4 DE ROTAVÍRUS EM ESPÉCIMES FECAIS DE CRIANÇAS EM BELÉM, PARÁ Bolsista: SYLVIA DE FÁTIMA DOS SANTOS GUERRA Orientadora: JOANA D’ARC PEREIRA MASCARENHAS Seção: VIROLOGIA Introdução: Os rotavírus se destacam como os agentes enteropatogênicos mais importantes epidemiologicamente, sendo os principais causadores de gastroenterite em crianças menores de cinco anos de idade. Os rotavírus representam um gênero específico da família Reoviridae, medem de 70 a 90 nanômetros de diâmetro, possuem simetria icosaédrica e são desprovidos de envelope. Seu genoma reúne cerca de 18.500 pares de bases, divididos em 11 segmentos de RNA de dupla fita (dsRNA). O décimo segmento do genoma viral codifica a NSP4 que é uma glicoproteína transmembrana retículo endoplasmática específica, sendo composta por 175 resíduos de aminoácidos. A NSP4 desempenha importante papel na morfogênese e patogênese viral, sendo classificada geneticamente em cinco genotipos, A (KUN), B (WA), C (AU-1), D (EW) e D (CH-1), sendo que apenas os genotipos A, B, e C, infectam humanos. Objetivo (s): Caracterizar o gene da NSP4 em amostras de rotavírus em crianças de Belém, Pará. Material: Espécimes fecais foram testados provenientes de estudos conduzidos em gastrenterites virais, em Belém, Pará, no período de 1990 a 2003: Neonatos, Hospital Sentinela, Estudo de campo com a vacina contra rotavírus (RRV-TV) e Vigilância Hospitalar. Metodologia: O dsRNA dos rotavírus foi extraído a partir da suspensão fecal e a RT-PCR foi conduzida com os iniciadores específicos JRG30/JRG31 com a obtenção de um amplicon de 738pb, que foi purificado e quantificado objetivando o seqüenciamento de nucleotídeos. Posteriormente esse produto foi purificado por precipitação com o isopropanol, ressuspenso em formamida e submetido a eletroforese em seqüenciador automático ABI 3100 (Applied Biosystem). As seqüências foram alinhadas, editadas e submetidas ao programa visando a construção da árvore filogenética. Resultados: Um total de 93 amostras foi analisado: (n = 28), do projeto Neonatos; (n = 32) do projeto Hospital Sentinela; (n = 13) do projeto RRV-TV e (n = 20) do projeto Vigilância Hospitalar. No projeto Neonatos, não se observou significativa divergência entre as amostras dos neonatos sintomáticos e assintomáticos, as quais agruparam no genotipo A de NSP4, com exceção do RN-150 que agrupou no genotipo B de NSP4 e foi mais similar a protótipos suínos. No projeto Hospital Sentinela, 13 amostras agruparam no genotipo A de NSP4 e 19 no genotipo B, ambos os grupos apresentando elevados índices de similaridade. Dentre as amostras do genotipo B, 15 foram mais similares a protótipos de origem humana, enquanto que 4 foram mais similares a protótipos de origem suína. Nos projetos RRV-TV e Vigilância Hospitalar, todas as amostras agruparam no genotipo de B de NSP4, com altos valores de similaridade, contudo, no projeto RRV–TV, 5 amostras foram mais similares a protótipos suínos.Conclusão: O gene NSP4 demonstrou ser bastante conservado entre as amostras de Belém e as outras sob comparação, parecendo não ser o único determinante de virulência para os rotavírus. A caracterização de amostras de neonatos e de crianças com diarréia agrupada no genotipo B de NSP4 sendo mais similares a suínos, sugere possível transmissão interespécie de animal para humano. É importante se proceder a pesquisa de rotavírus em suínos visando ampliar o conhecimento da epidemiologia daNSP4 em Belém verificando a ocorrência de possíveis polimorfismos no gene da NSP4 de rotavírus em animal. Palavras-chave : Rotavírus, RT-PCR, genotipos A e B de NSP4,

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DETECÇÃO DO VÍRUS EPSTEIN BARR EM TECIDOS DE PACIENTES SUSPEITOS DE DOENÇA DE HODGKIN Bolsista: AMANDA EMANUELLE SANTOS DA SILVA Orientador: TALITA ANTONIA FURTADO MONTEIRO Seção: VIROLOGIA Introdução: O vírus Epstein- Barr, é um vírus linfotrópico B humano pertencente à família Herpesvirdae e ao gênero Lymphocryptovirus. As partículas do vírus se caracterizam por apresentarem um nucleocapsídeo hexagonal contendo 162 capsômeros , de DNA linear, filamento duplo, envelopado, com diâmetro de 180 a 200nm. Podem ocorrer 2 tipos de infecção, conforme a produção de diferentes antígenos virais. Epidemiologicamente, esse vírus tem distribuição universal, com ampla infectividade em todas as populações. Apesar de apresentar- se de maneira geral de forma benigna, o EBV tem sido associado a uma variedade de desordens linfoproliferativas e neoplasias epiteliais severas tais como o linfoma de Burkitt africano endêmico, o carcinoma nasofaríngeo e certos tipos de linfomas de células T e natural-killer. Objetivo: Determinar a prevalência dos agentes virais do Epstein Barr vírus em pacientes suspeitos de doença de Hodgkin. Materiais e métodos: Foram obtidas 160 amostras de tecidos linfóides parafinizados (biópsia) de pacientes com linfomas, de diferente faixa etária, pertencentes ao Serviço de Patologia do Hospital Ofir Loiola, referentes ao período de 1996-2006, sendo que cada participante do estudo foi identificado por código e ficha clínico-epidemiológica. As amostras foram analisadas pelo procedimento de Hibridização in situ, para a detecção de genes que codificam RNA (EBER) do EBV expressos em células latentemente infectadas. Resultados: Foram encaminhados ao Instituto Evandro Chagas 160 casos de linfomas, onde 97 (60,6%) destes pertenciam ao sexo masculino e 63 (39,4%) ao sexo feminino. Foram analisadas 129 amostras, com variação de idade de 2 a 98 anos (média de ± 34,37 anos) pelo procedimento de Hibridização in situ. Com relação ao diagnóstico histopatológico realizado no hospital Ofir Loiola, a doença de Hodgkin foi detectada em 49,6% (64/129) dos tecidos linfóides analisados. A freqüência total de positividade para o gene EBER 1 do EBV nos linfomas foi de 86,8% (112/129) dos espécimes pesquisados, dando destaque para o subtipo Esclerose Nodular, pois em 72,7% (24/33) dos espécimes de doença de Hodgkin testados. Conclusão: A taxa de positividade para o gene EBER 1 do EBV nos casos de doença de Hodgkin foi de 73,4% (47/64), sendo o subtipo Esclerose Nodular mais prevalente em 72,7% (24/35) nos casos analisados. Os dados demonstram a presença do EBV em expressiva parcela dos casos de Hodgkin, reforçando que o EBV seria um co-fator no processo de transformação neoplásica além da susceptibilidade genética do hospedeiro. Palavras-chaves: Doença de Hodgkin; EBV; linfomas; Hibridização in situ.

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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE ROTAVÍRUS: MONITORAMENTO DE AMOSTRAS VISANDO UM FUTURA ESTRATÉGIA DE VACINAÇÃO ANTI-ROTAVÍRUS EM BELÉM, PARÁ Bolsista: CLARISSA SILVA LIMA Orientadora: JOANA D’ARC PEREIRA MASCARENHAS Seção: VIROLOGIA Introdução: Os rotavírus (RV) ocasionam, em escala global, aproximadamente 39% dos casos diarréicos que culminam em hospitalizações e um valor superior a 450 mil óbitos em crianças menores de 5 anos de idade anualmente. Representam um gênero específico dentro da família Reoviridae, medem de 70-90 nanômetros de diâmetro e apresentam triplo capsídio. Possuem genoma constituído por RNA de dupla fita (dsRNA) com 11 segmentos, cada um codificando uma proteína. Seis proteínas são estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e 6 não estruturais (NSP1-NSP6). As proteínas VP7 (Glicoproteína) e VP4 (sensível a Protease) designam os sorotipos/genotipos G e P, respectivamente, e estão envolvidas com a imunidade protetora, induzindo a formação de anticorpos neutralizantes e, conseqüentemente, protegendo os indivíduos susceptíveis. Um sistema de classificação binária baseado nas combinações dos genotipos G e de P, reúnem os RV em usuais (P[8]G1, P[4]G2, P[8]G3 e P[8]G4, P[8]G9 e P[6]G9) que são os mais freqüentes e não-usuais, menos freqüentes. Objetivo: Caracterização genotípica de amostras de RV obtidas de crianças em Belém, Pará. Material: Os espécimes fecais testados foram obtidos de três projetos de pesquisa em gastroenterite viral já realizados em Belém, Pará, no período de 1990 a 2000: Projeto Neonatos; Hospital Sentinela e Vacina contra RV (RRV-TV). Metodologia: Suspensões fecais foram preparadas e submetidas ao ELISA para detecção dos sorotipos G. O dsRNA viral foi extraído e submetido à EGPA para determinação dos eletroferotipos. Na RT-PCR e nested-PCR, utilizou-se iniciadores consensuais e específicos, para a determinação dos genotipos G e P, os quais foram visualizados no gel de agarose a 1,5%, seguido de hibridização para confirmação do genotipo P. O produto da RT-PCR foi purificado, quantificado e submetido à reação de sequenciamento. O produto desta reação purificado em isopropanol, seco e o sedimento, ressuspenso em formamida, foi submetido à eletroforese em seqüenciador automático ABI 3100 (Applied Biosystems). As seqüências obtidas foram alinhadas, editadas, e comparadas a outras seqüências disponíveis no banco de genes visando a construção da árvore filogenética. Resultados: O perfil elétroforético “longo” foi prevalente nos projetos Sentinela e Vacina, e o “curto”, nos Neonatos, este associado ao genotipo não usual P[6]G2, com exceção de uma amostra P[6]G1+G4. De 31 seqüências analisadas dos genes VP4 e VP7, 3 do genotipo G4 foram mais similares à outras amostras de origem suína. No entanto, essa similaridade não foi observada para os genotipos G1, G2, G9, P[4], P[6] e P[8]. No gene VP4, as amostras P[8] do projeto sentinela formaram um grupo bem coeso, com elevada similaridade entre si, semelhantemente ao observado no genotipos G9. Vários estudos têm relatado o genotipo G9, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, tornando-se emergente em escala global Conclusão: No presente estudo foi possível se caracterizar os genotipos G e P de RV e associá-los, baseado em análise filogenética, a origem humana ou animal. Esses achados reforçam a hipótese de transmis são interespécie, especialmente, suínos e a importância do contínuo monitoramento dos genotipos circulantes de RV, não apenas em humanos, mas também em animais, haja vista a inclusão de uma vacina contra RV no calendário de vacinação do Brasil. Palavras-chave: Rotavírus, VP4, VP7, genotipo G, genotipo P

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ESTUDO DA ETIOLOGIA VIRAL EM CASOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA) NA AMAZÔNIA Bolsista: HELEM FERREIRA RIBEIRO Orientador : WYLLER ALENCAR DE MELLO Seção VIROLOGIA GERAL Introdução: As doenças respiratórias agudas são preponderantemente ocasionadas por vírus. São responsáveis por um alto índice de morbidade e mortalidade em todo o mundo. No Brasil, as IRA são reconhecidas como a segunda causa de de óbito em menores de 5 anos. Distintos vírus respiratórios ocasionam surtos e epidemias anuais em todos os continentes, com um padrão sazonal fortemente associado ao clima. Em paises de clima temperado são mais incidentes durante o outono e inverno, entretanto em zonas tropicais são muito escassos os dados registrados na literatura. Na região amazônica, existe a suspeita que os surtos de viroses respiratórias possam ser associados a estação chuvosa, entretanto estudos de sazonalidade merecem ser implementados para um melhor conhecimento do comportamento epidemiológico dos diferentes agentes virais. O monitoramento constante da circulação do vírus da influenza na região permite a identificação de de cepas com potencial epidêmico a ser utilizada na composição da vacina. Objetivo (s): Obter informações específicas sobre a sazonalidade de algumas categorias de vírus, tais como: Influenza, VRS, Parainfluenza, Adenovírus. Investigar informações mais precisas do comportamento epidemiológico desses vírus na população. Monitorar cepas epidêmicas do vírus da influenza contribuindo na produção da vacina contra gripe através do isolamento e identificação de suas cepas. Materiais e Métodos: Foram investigados 173 indivíduos de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, oriundos das cidades de Belém – PA, Rio Branco – AC e Manaus – AM, com sintomas sugestivos de IRA. Os espécimes clínicos foram obtidos de pacientes com até 5 dias de doença. A metodologia laboratorial de diagnóstico envolveu a utilização de técnicas de isolamento viral em cultivo de células (MDCK e HEp-2), ovos embrionados de galinhas e detecção de vírus pela técnica de imunofluorescência (Kit Chemicon). Resultados: Dos 173 indivíduos investigados no período de Maio de 2005 a Maio de 2006, 39 (26%) tiveram a etiologia viral confirmada. Os agentes identificados foram o VRS, com 29 diagnósticos (64,4%), Parainfluenza, com 12 isolamentos (26,7%) e Adenovírus, com 4 espécimes positivos (8,9%). Não foram isolados vírus Influenza durante o período estudado. Foram diagnosticados dois surtos, sendo um de Parainfluenza tipo 3 no mês de Setembro de2005, na cidade de Rio Branco, no Acre, e um de VRS, no período de Fevereiro a Abril de 2006. Quanto à idade, 72,8% dos indivíduos investigados tinham entre 0 e 4 anos. Houve dois picos de casos de IRA durante o período, sendo um no mês de Setembro de 2005 e outro no mês de Março de 2006. Conclusão: A prevalência das IRA com etiologia viral está de acordo com o citado na literatura. Mereceu a atenção a ausência de infecções pelo vírus da influenza no período abordado. No entanto, variações no padrão de circulação deste vírus são mencionadas mesmo em países de clima temperado. Outra possível justificativa para esta ocorrência pode ter sido o número reduzido de pacientes maiores de 5 anos analisados. A alta incidência de VRS em menores de 5 anos também foi detectada e é compatível com outros relatos que apontam este patógeno como mais importante causador de IRA neste grupo populacional. Os outros vírus respiratórios também foram encontrados, entretanto com uma menor incidência. Vale ressaltar que os resultados deste estudo ainda são parciais, considerando que algumas analises diagnósticas ainda estão em andamento. Palavras-chave: IRA, VRS, Influenza e vírus respiratórios.

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ESTUDO DA PREVALÊCIA DE ADENOVÍRUS ENTÉRICO EM ESPÉCIMES FECAIS DE CRIANÇAS DIARREICAS EM BELÉM, PARÁ.TÍTULO DO TRABALHO EM ,PARÁ. Bolsista: ISIS FERREIRA BEZERRA Orientador: ALEXANDRE DA COSTA LINHARES Seção: VIROLOGIA Introdução: As gastroenterites se destacam, nos países em desenvolvimento, entre os principais problemas de saúde pública, atingindo especialmente os menores de 5 anos. Em Belém, a taxa de mortalidade infantil no ano de 2000 era de 27,2 para cada 1000 nascidos vivos, sendo que a maioria desses óbitos ocorria por doença diarréica, principalmente entre os menores de um ano de idade. Apenas nas últimas décadas os vírus foram descritos como agentes envolvidos na etiologia das gastroenterites infantis. Dentre esses vírus se destacam os rotavírus, adenovírus entéricos tipos 40 e 41 (AdE), astrovírus e norovírus. Os adenovírus entéricos (AdEs) são vírus que causam gastroenterite em seres humanos, pertencem à família Adenoviridae, gênero Mastadenovirus, subgênero F, compreendendo os sorotipos 40 e 41. Objetivo (s):Determinar a freqüência de adenovírus em 760 amostras provenientes de crianças diarreicas em Belém, Pará. Materiais e Métodos: O grupo estudado envolveu 626 crianças que no período de março a setembro de 2006 participaram de um estudo de vigilância realizado em 26 hospitais e 23 unidades de saúde de Belém, Pará. Para analise das amostras empregou-se as seguintes técnicas: ensaios imunoenzimáticos para triagem e sorotipagem de adenovírus e análise molecular pela reação em cadeia da polimerase. Resultados: Foram testadas por ELISA 626 amostras, em 7% (43/626) detectou-se a presença de adenovírus. A freqüência de adenovírus entérico foi de 3,5 % (22/626). Pela técnica de PCR testaram-se 28 amostras: 64% (18\28) foram positivas apenas para o primer F; 21%(6\28) apenas para o primer C; 4% (1\28) para os primers C e F; 7% (2\28) pára o primer D e 4%(1/28) negativa para todos os primers. Analisando os sintomas manifestados pelas crianças, observou-se que 5% manifestaram apenas diarréia (2\43), 16%(7\43) febre e diarréia, 23%(10\43) vômito e diarréia e 56%(24\43) febre, vômito e diarréia. O tempo de hospitalização das crianças com AdE foi em média 3,8 dias, já aquelas com AdNe passaram em média 2,7 dias internadas. Em 40% (17/ 43) dos casos a hospitalização foi de seis dias e 2% (1/43) permaneceram internadas por apenas um dia. A média de hospitalização para crianças com AdE foi de 3,8 dias e para AdNe 2,7. Quanto à distribuição temporal dos adenovírus, verificou-se uma maior prevalência desses vírus no mês de abril 23% (10/43), seguido do mês de agosto 19% (8/43), junho 16% (7/43) e maio 14%(5/43).Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo evidenciam a participação desses vírus como agentes etiológicos das gastroenterites infantis, e confirmam a circulação desses vírus na cidade de Belém, Pará. Palavras-chave : adenovírus, gastroenterites.

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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE NOROVÍRUS EM FEZES DE CRIANÇAS COM DIARRÉIA AGUDA, ATENDIDAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO, DE BELÉM-PARÁ. Bolsista: LILIANY SATIKO NAKAMURA Orientadora: YVONE GABBAY Mendes Serviço: VIROLOGIA Introdução: Os Norovírus (NV), família Caliciviridae, foram descritos pela primeira vez em 1972 por Kapikian et al. e desde então têm sido considerados como uma das principais causas de gastroenterite viral, acometendo principalmente crianças menores de cinco anos. Os NV de origem humana são classificados nos gêneros NLV e SLV, que podem ser subdivididos em cinco genogrupos (G); os que infectam humanos são: nos NLV, GI/1-8, GII/1-17 e GIV/1, e nos SLV, GI/1-3, GII/1-3, GIV/1 e GV/1. Objetivo (s): Detecção e caracterização molecular de norovírus em amostras diarréicas provenientes de crianças atendidas em um hospital público, de Belém, Pará, Brasil. Materiais e Métodos: Foram coletados 281 espécimes fecais de crianças menores de cinco anos, internadas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará no período de nov/92 a nov/94. Essas amostras foram divididas em três grupos: diarréia comunitária (crianças já internadas com essa sintomatologia), diarréia nosocomial (que desenvolveram os sintomas após 72 horas de internamento) e não diarréico (grupo controle), sendo que oito amostras não foram classificadas por falta de dados. Os espécimes foram testados pela RT-PCR quanto à presença dos NV, utilizando o par de iniciadores 289/290. As amostras positivas foram purificadas (Kit QIAquick Gel Extraction) e quantificadas [peso molecular DNA Mass Leader (Invitrogen)]. Em seguida realizou-se a reação de seqüenciamento [Kit Big Dye Terminator (v. 3.1) e iniciadores 289/290] e a precipitação e lavagem do material genético com solução de isopropanol a 60% e 70%, respectivamente. O material seco foi ressuspenso em formamida HID e submetido à eletroforese em seqüenciador automático [ABI 3100 (Applied Biosystems)]. As seqüências obtidas foram analisadas utilizando os programas Bio Edit (v.6.0.5), BLAST e MEGA 3. Resultados: Os NV foram detectados em 14,6% (41/281) das amostras. A positividade por grupo foi de 15,5% (29/187) para diarréia comunitária, 5,4% (2/37) para o nosocomial e 20,4% (10/49) para o não diarréico. Das 41 amostras positivas, 34 foram seqüenciadas, sendo que deste total, 18 (53,0%) foram classificados no gênero NLV e 16 (47,0%) como SLV. Todas os NLV foram classificadas no GII, sendo nove GII/3, duas GII/8, uma GII/12. Seis amostras apresentaram resultados indeterminados entre GII/1 e GII/4. Os valores de similaridade entre todas as amostras NLV desse estudo variaram de 62,8% a 100%. No gênero SLV, 13 foram GI, duas GII e GIV, sendo que a similaridade encontrada entre todas as amostras foi de 67,1% a 100%. Quanto à distribuição mensal, observou-se uma maior prevalência nos meses de fevereiro/93, julho/93 e novembro/93 com valores de 37,5% (3/8), 50,0% (4/8) e 30,0% (3/10), respectivamente. Infecções mistas envolvendo os norovírus e astrovírus foram detectadas em 14,6% dos casos positivos. Conclusão: A positividade deste estudo foi similar ao obtido na França (14%), mas foi menor que a encontrada no Rio de Janeiro (20%) e maior que na região Centro Oeste do Brasil (7,5%). A freqüência dos NLV e SLV foi similar aos descritos em investigações realizadas na Tailândia e México. A prevalência do GII no gênero NLV também foi observada em estudos conduzidos na Irlanda e no Brasil. Esses dados reforçam a importância de se investigar esses agentes nos quadros de gastroenterite aguda. Palavras-chave : Norovirus, gastroenterite, crianças.

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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL, ISOLADOS EM BELÉM NO PERÍODO DE 1999 A 2004. Bolsista: LUANA SOARES BARBAGELATA. Orientador: RITA CATARINA MEDEIROS SOUSA. Serviço: VIROLOGIA Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRA) são uma das principais causas de mortalidade em crianças menores de cinco anos em todo mundo. Dentre os agentes virais associados à etiologia das IRAs encontra-se o vírus respiratório sincicial (VRS). Este vírus pertence ao gênero Pneumovírus da família Paramixoviridae. Ele apresenta um perfil sazonal diversificado, onde em países tropicais, o maior número de casos de infecção por VRS costuma ocorrer durante os meses chuvosos. Objetivo: Caracterizar o envolvimento do VRS nos casos IRA em um segmento populacional na cidade de Belém, determinando a incidência de infecções pelo VRS do tipo A e B na população citada. Incorporar técnicas de biologia molecular na identificação do VRS no laboratório de virologia do IEC. Além de contribuir para um melhor conhecimento da sazonalidade das infecções por VRS na cidade de Belém. Materiais e Métodos: Foram analisados espécimes clínicos (aspirado nasofaringe ou swab combinado) de pacientes que apresentavam sinais e/ou sintomas de IRA. O diagnóstico laboratorial consistiu no isolamento do vírus em cultivo celular (HEp-2), detecção de antígenos de VRS pela técnica de imunofluorescência indireta (IFI) com anticorpos monoclonais específicos para as glicoproteínas de superfície F e G e capazes de diferenciar os subgrupos A e B e em seguida, as amostras positivas por IFI ou cultura de células foram caracterização geneticamente e submetidas ao sequenciamento da proteína G. As técnicas de biologia molecular ainda serão aplicadas para a proteína F. Resultados: Foram identificadas 150 amostras positivas para VRS. Desse total, 46 foram reinoculadas, sendo, 10 de 1999; quatro de 2000; três de 2001; três de 2002; 15 de 2003 e 11 de 2004. As 46 amostras positivas para VRS foram caracterizadas antigenicamente pela IFI. Do ano de 1999, 10 amostras foram testadas, das quais oito identificadas como VRS do tipo B e duas como A e B. Em 2002, quatro amostras foram do tipo A. Em 2001 foram três amostras testadas uma A e duas B. No ano de 2003, foram 15 amostras testadas, sendo cinco identificadas como A, seis como B e quatro A e B. Já em 2004 das 11 amostras, sete foram do tipo B e quatro positivas para A e B. Trinta amostras foram analisadas por RT-PCR utilizando oligonucleotídeos específicos para o gene codificador da proteína G. Cinco de 1999, sendo todas do tipo B. De 2000 foram quatro testadas, todas dotipo A. De 2001, das três amostras tipadas geneticamente, uma do tipo A e duas do tipo B. As três amostras de 2002 foram do tipo A. De 2003, nove amostras foram analisadas, sendo três do tipo A e seis do tipo B, as cinco amostras analisadas de 2004 foram do tipo B. Até o momento foi feito o seqüenciamento do gene codificador da proteína G em quatro amostras, todas do subgrupo B, sendo duas de 1999, uma de 2001 e uma de 2003. A análise filogenética das mesmas evidenciou a circulação de dois genótipos denominados GB3 e SAB1. Onde em 1999 houve a co-circulação dos genótipos, e as amostras de 2001 e 2003 assemelham-se as cepas dos genótipos GB3 e SAB1, respectivamente. Conclusão: Os resultados mostram que a identificação do VRS foi mais freqüente nos anos de 2003 e 2004, e mais predominante em menores de quatro anos. A sazonalidade dos casos de VRS apresentou um padrão diversificado, em 1999 o pico de infecção foi em março, durante um período chuvoso, o que está de acordo com a literatura. Já em 2000, 2001, 2003 e 2004 o período epidêmico foi em abril e maio, período associado à mudança de estação chuvosa para outra mais seca. Em 2002 os casos de VRS ocorreram durante o ano todo. A caracterização antigênica mostrou a circulação de ambos subgrupos com predominância de um subgrupo a cada ano. A análise filogenética evidenciou a circulação de dois distintos genótipos do subgrupo B nos anos de 1999, 2001 e 2003, com co-circulação dos genótipos em 1999 o que está em concordância com os achados na literatura. Palavras-chave: IRA, VRS, epidemiologia molecular, genótipos.

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DETERMINAÇÃO DE SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO E PULSAÇÃO CARDÍACA EM PRIMATAS NÃO HUMANOS CEBUS APELLA UTILIZANDO DIFERENTES ASSOCIAÇÕES ANESTÉSICAS. Bolsista: ALINE AMARAL IMBELONI Orientador: REINALDO DE AMORIM CARVALHO Seção: CENP Introdução: A oximetria de pulso é uma técnica utilizada para monitorar a saturação periférica de oxigênio no sangue arterial (SpO2) em salas cirúrgicas, salas de recuperação e em unidades de terapia intensiva (UTIs) (MARCELINO FILHO et al., 1996) O oxímetro de pulso detecta precocemente a hipoxemia, permitindo assim, a tomada de medidas corretivas antecipadamente, reduzindo o índice de acidentes anestésicos relacionados a hipóxia (OLIVEIRA JR. et al., 1996; FERNANDES e OJEDA, 2001; FANTONI e CORTOPASSI, 2002). O presente experimento visou colaborar com estudos acerca de valores percentuais referentes à saturação de oxigênio e pulsação cardíaca em primatas não humanos Cebus apella, anestesiados com associações de cloridrato de tiletamina e zolazepam (Grupo 1) ou com cloridrato de quetamina e xilazina (Grupo 2) ou com cloridrato de quetamina, cloridrato de midazolam e cloridrato de levomepromazina (Grupo 3). Objetivo: Avaliar as três associações anestésicas sobre a saturação de oxigênio e pulsação cardíaca em primatas não humanos Cebus apella machos e fêmeas , criados sob condição de cativeiro no CENP. Material e Métodos: Inicialmente foram avaliados os animais submetidos à associação anestésica comercial, cloridrato de tiletamina e zolazepam (4,4 mg/kg), administrada por via intramuscular (IM), em seguida foi avaliado os animais anestesiados com a associação cloridrato de quetamina (10mg/kg) + cloridrato de xilazina (0,5 mg/kg), IM e os animais utilizado a associação de cloridrato de quetamina (10 mg/kg) + cloridrato de midazolam (0,5 mg/kg) + cloridrato de levomepromazina (0,5 mg/kg), IM. Após a sedação os animais foram levados à sala de procedimentos clínicos para a mensuração da SpO2 e pulsação cardíaca.Resultados: No grupo 1 os valores de SpO2 e pulsação cardíaca para machos e fêmeas foram em média 90,6% - 194,9 bpm e 88,9% - 192,5 bpm, respectivamente; no grupo 2 os valores de SpO2 e pulsação cardíaca para machos e fêmeas foram em média 96,5% - 126,6 bpm e 93,2% - 136,8 bpm, respectivamente; e no grupo 3 a SpO2 e pulsação cardíaca para machos e fêmeas foram 90,6% - 174,1bpm e 93,2% - 196,6bpm, respectivamente. Conclusão: Na análise estatística, os resultados entre machos e fêmeas de cada associação não demonstraram diferença estatística significante para SpO2 e pulsação cardíaca (p>0,05). Porém na comparação global, entre as 3 associações anestésicas realizado pelo teste Kruskall-Wallis e teste de comparação de Dunn, demonstraram diferença estatística significante (p<0,05) para SpO2 e pulsação cardíaca. A associação anestésica cloridrato de tiletamina e cloridrato de zolazepam para a obtenção dos valores de SpO2 e pulsação cardíaca em machos e fêmeas de Cebus apella no experimento demonstraram rápida obtenção dos valores em relação às outras associações anestésicas, pois os mesmos eram aferidos pelo aparelho já na primeira tentativa.

Palavras-chave: oximetria de pulso, pulsação cardíaca, Cebus apella, associação anestésica.

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DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE INTER-RELACIONAMENTO DE BASES DE DADOS NÃO CONVENCIONAIS APLICADOS A VIGILÂNCIA EM SAÚDE E EPIDEMIOLOGIA. Bolsista: CLÁUDIA CAROLINA NASCIMENTO SOUZA Orientador: NELSON VEIGA Seção: LABORATÓRIO DE GEOPROCESSAMENTO. Introdução: O LabGe/IEC, tem realizado estudos sobre a implantação de tecnologias emergentes de geoprocessamento. Desta forma, o presente trabalho mostra os resultados da utilização de tecnologias de Banco de Dados, Computação Gráfica e Inteligência Artificial, no desenvolvimento de modelos de inter-relacionamento de informações temáticas utilizados em estudos de caráter epidemiológico e ambiental, bem como os resultados da incorporação de ambientes livres de geoprocessamento. Objetivo (s): Estudos exploratórios sobre tecnologias de Bancos de Dados, Computação Gráfica e Inteligência Artificial e sua aplicação nos estudos Epidemiológicos; Desenvolver modelos de inter-relacionamento de base de dados para subsidiar os estudos de surtos; Desenvolver um acervo de banco de dados cartográficos e de imagens de satélites georreferenciados com dados relacionados aos surtos ocorridos; Desenvolver sistemas gráficos que auxiliem as pesquisas nas áreas de microscopia eletrônica. Materiais e Métodos: Fontes primárias de informação (relatórios de campo, periódicos e livros), secundárias (repositórios eletrônicos de informações) e terciárias (redes de informação), Bases cartográficas (milionésimo do IBGE); GPS Garmin 12; software de geoprocessamento TerraView 3.1.3 e ArcGis 9.0; imagens de satélite LandSat; imp ressoras e ploter. Metodologia: Levantamento bibliográfico sobre Epidemiologia, Vigilância em Saúde, Ecologia, Geoprocessamento, Software Livre, artigos e tutorias dos ambientes TerraView e ARCGIS; Editoração Gráfica;Desenvolvimento dos modelos de inter-relacionamento das bases de dados; Implementação da transformação de coordenadas geográficas com Engenharia de Software. Resultados: Os Estudos aplicados aos projetos das seções de Bacteriologia, Parasitologia, Epidemiologia, possibilitaram: Classificar a Tipologia Vegetal da Floresta Nacional de Carajás; Áreas de Coletas de Casos Humanos de Doença de Chagas no Pará e Amapá; Imagens digitais processadas, captadas por satélite, do Município de Caxiuanã e Melgaço. Geração de mapas temáticos para visualização de relações espaciais e temporais dos cálculos de áreas de risco dos surtos e a aplicação de técnicas de Computação Gráfica, na área de microscopia eletrônica. Criação preliminar de bases de dados estruturadas, para processamento inteligente. Conclusão: A ferramenta livre de Geoprocessamento teve bom desempenho na visualização de informações Ecoepidemiologicas. A utilização dos métodos de Computação Gráfica foi satisfatório, pois foi observado na imagem melhorias espectrais na visualização de alvos epidemiológicos. Os modelos de inter-relacionamento de informações epidemiológicas e ambientais viabilizaram análises epidemiológicas mais precisas. Palavras-chave :Geoprocessamento, Ecoepidemiologia, Base de dados, Vigilância em saúde, Computação Gráfica, Inteligência Artificial, Ecologia de Paisagem e Software Livre.