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www.vbmlitag.com.br LIVROS E AUTORES 2014 1º semestre Rio de Janeiro Av. Delfim Moreira 1.222 / 102 Cep 22.441-000 Rio de Janeiro, RJ, Brasil Tel: +55 21 3724-1046 Nova York 30 Wall Street, 8th Floor Nova York, Nova York 10005-2205 Atlanta 3630 Peachtree Road, Suite 1025 Atlanta, Georgia 30326 Tel: (212) 709-8043 Fax: (815) 364-0515 Skype: vbmliteraryagency

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www.vbmlitag.com.br

LIVROS E AUTORES2014

1º semestre

Rio de JaneiroAv. Delfim Moreira 1.222 / 102

Cep 22.441-000Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Tel: +55 21 3724-1046

Nova York30 Wall Street, 8th Floor

Nova York, Nova York 10005-2205

Atlanta3630 Peachtree Road, Suite 1025

Atlanta, Georgia 30326

Tel: (212) 709-8043Fax: (815) 364-0515

Skype: vbmliteraryagency

CO-AGENTES

Ella Sher Agency

Portugal, Espanha, Itália e Israel

2 Seas Agency

Holanda e Escandinávia

L’Autre Agence

França

Tassy Barham Agency

todos os territórios exclusivamente para Edney Silvestre

QUE MISTÉRIOS TEM CLARICE

Sergio ABRANCHES

Clarice é uma autora de relativo sucesso, que ensina literatura e criação literária na universidade. Feliz, aberta, mãe divorciada de um jovem casal, ambos profissionalmente bem situados. Quando seu médico lhe diz que ela tem um câncer terminal, Clarice escreve para seu filho, Jorge, e sua filha, Marina, e começa a preparar sua partida como se fosse para uma longa viagem. Lê seus livros prefe-ridos, ouve música, passa tempo com os filhos, quietamente, sem queixas, mas sua memória trai sua calma. Ela começa a lembrar de uma criança que esquecera, uma estranha que invade sua mente e revolve pecados e segredos que deveriam permanecer enterrados. Agora ela tem que lidar com eles pela última vez, mas decide não revelá-los aos filhos. Depois de sua morte, é a vez de Marina e Jorge procurarem esses segredos, e eles descobrem mais do que gostariam de saber sobre o papel da mãe na história recente do país e por que ela sempre insistira na relatividade da verdade.

Status/Publicação: A ser publicado pela Biblioteca Azul/Globo em 2014.

O PELO NEGRO DO MEDO

Sergio ABRANCHES

Um romance sobre os medos e as paixões de um casal. Ele é escritor, ela, compositora. Passam um fim de semana na cidade colonial de Paraty, Brasil, na década de 80. Enquanto caminham pelas ruas seculares, recordam seus medos e suas paixões: suas relações fracassadas, suas vidas familiares tu-multuadas. O tempo curto de um final de semana se expande e se torna uma expedição ao passado à medida que ambos são tomados pelas memórias de histórias que viveram ou ouviram contar, mer-gulhando em suas vidas, suas relações familiares e suas raízes ancestrais. A narrativa cobre décadas da história brasileira: de país rural a nação urbana; das esperanças da década de 50 à repressão da ditadura militar; das mulheres que negavam o amor e o sexo a mulheres que aprenderam a livremen-te saborear um e outro. Eles caminham, fazem amor, conversam. Trocam impressões sobre literatura, música, amor, perdas e felicidade. O medo, porém, está sempre a assombrá-los a cada esquina, reve-lando lados escuros e desconcertantes de si mesmos e de um ao outro.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2012.

O AUTOR

Cientista político com PhD pela Universidade de Cornell, Sérgio Abranches é comentarista diário da rede de rádio CBN sobre Ecopolítica. Ele é cofundador de O Eco, uma agência de notícias ambientais dedicada a treinar jovens jor-nalistas na cobertura de temas do meio-ambiente e a facilitar o diálogo entre cientistas e jornalistas, com apoio da Avina e da Hewlett Foundation. Em 2010, publicou Copenhagen: antes e depois, sua cobertura da conferência de cúpula sobre a mudança climática e a política global para o meio-ambiente. Sua repor-tagem sobre os muriquis (macaco-aranha), em coautoria com Miriam Leitão, recebeu o Prêmio SOS Mata Atlântica de jornalismo ambiental.

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ENIGMAS DA PRIMAVERA

João ALMINO

O romance narra uma bela e bem construída história, passada entre 2011 e 2013, na qual sobressaem a qualidade da linguagem, a destreza dos diálogos, o frescor da voz de um jovem brasileiro de 20 anos em sua viagem de Brasília a Madri e Granada, confrontado com os dilemas e tensões do mundo contemporâneo, o papel das realidades virtuais, a desorientação identitária, a solidão e a fragilidade das relações sociais. Num misto de ficção e realidade, memória e imaginação, a história enfoca as crises do Oriente Médio, o Islã em suas várias facetas e os temas da tolerância e intolerância, ao mesmo tempo em que revê uma história mais antiga, a do reino árabe de Granada. No centro de tudo estão as várias revoltas dos jovens, entre as quais a árabe, a dos indignados e a dos brasileiros.

Status/Publicação: Inédito no Brasil. Vendido para a Dalkey Archive Press (EUA) em 2014.

CIDADE LIVRE

João ALMINO

Seis meses após a morte do pai, o narrador, João, reconta a conversa que teve com ele, durante sete noites, entre quatro paredes sujas (que ao final do livro o leitor entenderá serem a cela de uma prisão). A narrativa é uma tentativa de realizar um projeto fracassado do pai: recontar a fundação e construção de uma cidade, Brasília, entre 1956 e 1960. À medida que conta sua conversa com o pai, o narrador narra também suas memórias de infância na Cidade Livre, o vilarejo construído para receber os trabalhadores, engenheiros, empresários e aventureiros, além de seitas místicas, durante as obras para erguer a capital do Brasil. João tenta entender os crimes na vida do pai que o levaram à prisão e o que sucedeu ao projeto utópico de Brasília.

Cidade livre conquistou o Prêmio Literário Zaffari & Bourbon de Melhor Romance publicado no Brasil entre maio de 2009 e maio de 2011 e foi finalista das premiações Jabuti e Portugal-Telecom.

Status/Publicação: Publicado por Editora Record, 2010; Métailié (França) com o título de Hotel Brasília em 2012; Dalkey Archive Press (EUA), 2013.

O LIVRO DAS EMOÇÕES

João ALMINO

Em um Brasil do futuro, um fotógrafo cego reflete sobre a sequências de suas velhas fotografias. Isolando em sua memória os momentos nos quais foram feitas, tenta analisá-las como se usasse uma lente. Mas, desprovido da visão, o fotógrafo deve agora reconstruir suas experiências como uma série de instantâneos afetivos. O resultado é não só a descrição de uma imagem recordada, mas também a memória emocional que a imagem evoca. João Almino oferece aqui um retrato incisivo de um artista tentando fechar o vácuo entre visão objetiva e memória sentimental, folheando um catálogo de suas realizações e fracassos numa cidade universal, artificial, violenta, e tentando compor o quebra-cabeças que foi sua vida.

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Uma resenha da Publishers Weekly afirmou: “Almino consegue capturar a essência dessas fotografias – solidão e desejo – através da linguagem, e os leitores irão se solidarizar com o artista que nunca recebe o amor ou o respeito que procura e merece.”

O BookForum disse que, “sendo um existencialista à maneira de Clarice Lispector, Almino escreve dos confins da consciência do narrador numa prosa sem enfeites”.

Status/Publicação: Publicado por Editora Record; Dalkey Archive Press (EUA).

AS CINCO ESTAÇÕES DO AMOR

João ALMINO

A crítica americana Marjorie Perloff define esse romance como “brilhante e instigante”. Para cumprir um pacto da juventude, Ana Kauffman, 55 anos, planeja uma festa para celebrar o novo milênio. À medida que velhos amigos reaparecem e a contagem regressiva se aproxima, o passado de Ana atravessa inúmeras, inesperadas revisões, a começar pela chegada de Berta, a nova persona de um antigo namorado, Norberto. Ambientada no caos da Brasília contemporânea – onde mesmo as mais básicas coisas humanas, como amor, amizade, sexo e trabalho, tomam estranhas formas –, a história de Ana é simultaneamente moderna e eterna. O livro cobre um período de três décadas.

Prêmio Casa de Las Américas de 2003.

“João Almino produziu um quadro múltiplo, detalhado e historicamente ressonante.” – Michael Palmer, poeta americano.

Status/Publicação: Publicado por Editora Record, 2003; Host Publications (EUA); Alfaguara (Méxi-co); Corregidor (Argentina); Il Sirento (Itália)

O AUTOR

João Almino, cujos romances são altamente elogiados pela crítica brasileira, já conquistou alguns dos mais importantes prêmios literários. Está publicado internacionalmente e foi descrito pela Folha de S. Paulo “como um dos mais brilhantes autores de sua geração”. Desde seu primeiro romance, os críticos reconheceram a qualidade e a originalidade de sua linguagem. Nas palavras do escritor mexicano Alberto Ruy Sanchez, “ele é um autor único, que sabe chegar a profundas ideias sem sugar fora a vida de suas histórias”. João Almino é também diplomata.

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TANGO COM VIOLINO

Eduardo ALVES DA COSTA

Este magnífico romance descreve o dia-a-dia de Abeliano, professor aposentado de História da Arte que vive em um pequeno hotel num bairro decadente. Abeliano tem o hábito de pegar ônibus alea-toriamente com a esperança de que a jornada o revele algo de novo. O ônibus é o mundo, a realidade de cada dia, ”um navio de tolos”, onde Abeliano passa grande parte do tempo ouvindo, observando, conversando. Trata-se de uma visão da terceira idade que foge ao tradicional padrão de hospitais, cadeiras de rodas, dor, depressão, desilusão. Abeliano e seus amigos são idosos que não envelheceram ainda, que continuam intensos e vibrantes apesar da morte que os espreita. Esta acompanha Abelia-no aonde ele vai, conversa com ele sob vários disfarces, até a última cena, em que dançam tango no corredor de um ônibus parado em seu ponto final. Uma dança amigável e afetuosa, que não indica o fim da vida de Abeliano mas um novo começo para o qual ele se mostra cheio de energia.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Tordesilhas em março de 2014.

BALADA PARA OS ÚLTIMOS DIAS

Eduardo ALVES DA COSTA

Este poema de aproximadamente 2.800 versos tem como tema a destruição da Terra pela degradação do meio ambiente. Com humor e ironia, o autor nos apresenta a ignorância, a cegueira e a arrogância humanas, desde a morte de Deus, proclamada por Nietzsche mas ocorrida muito antes, até os dias de hoje. De Adão e Eva aos dias atuais, seres humanos continuam destruindo o trabalho divino para satisfazer seus prazeres. Numa previsão tragicômica, assistimos a Veneza, Nova York, Amsterdã e ou-tras cidades serem invadidas pela água, os níveis dos oceanos elevadíssimos devido ao aquecimento global. No fim, um chamado às tribos indígenas e aos espíritos do povo negro, que sempre souberam como assegurar a sobrevivência das espécies em diálogo com a natureza, apelo que se estende a toda humanidade, a fim de que se cumpra essa missão.

Status/Publicação: Vendido à Geração Editorial, para ser publicado no segundo semestre de 2014.

O AUTOR

Poeta, escritor e pintor, Eduardo Alves da Costa nasceu em Niterói, no Estado do Rio, em 1936. Formado em Direito pela Universidade Pres-biteriana Mackenzie (SP), trabalhou no Tribunal do Trabalho, o que o levou a concluir que Kafka não inventou nada, apenas observou aten-tamente a realidade. Seus poemas estão em várias antologias, entre elas Os 100 melhores poetas brasileiros do século (Geração Editorial). Eduardo já teve suas pinturas expostas em Paris, Haia, Amsterdã, Ber-lim, Bremen, Antuérpia, além da Pinacoteca de São Paulo e do Museu Nacional de Belas Artes. Em 2010, passou nove meses em Paris trabalhando num estúdio como con-vidado da Cité Internationale des Arts. Atualmente, vive em Picinguaba, pequena vila de pescadores no litoral norte de São Paulo.

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ANATOMIA DA EXPRESSÃO

Maria Pia ANDREONI

Este livro apresenta uma visão revolucionária sobre a corporeidade e oferece ferramentas preciosas para utilizar o corpo de maneira mais sábia. É um guia incomparável para compreender a organi-zação muscular da expressão, em que cada sentimento tem seu lugar preciso na carne e ativa um determinado músculo responsável pela sua expressão. Desta forma, podemos mapear os afetos no corpo e aprender a contatá-los pela via física por meio da respiração e de movimentos.

A consciência da expressão muscular é a chave para integrar a forma física aos conteúdos internos, ampliando o poder de comunicação. Na prática existe um oceano de distância entre o que pen-samos e sentimos e o que expressamos. Entretanto, julgamos e somos julgados somente pelo que mostramos. A construção de uma imagem harmoniosa proporciona resultados concretos e rápidos no desempenho de qualquer campo de atividade, tornando a pessoa mais próspera e carismática. Quando reaprendemos a expressar pela via física, libertamos a pulsão do movimento e voltamos a ser bailarinos da expressão.

Status/Publicação: Inédito.

A AUTORA

Maria Pia é terapeuta corporal, coach de atores e escritora. Ao longo de sua trajetória ela integrou sua vivência com a dança e artes cênicas aos estudos de metafísica, anatomia e movimento, combinados com a prática da meditação para elaborar um método que trabalha a expressão de forma holística. A téc-nica de Organização Muscular da Expressão baseia-se na interrelação entre os músculos e as emoções para criar uma imagem harmoniosa. Durante o processo de trabalho, os sentimentos, os movimentos, o gestual e a voz são elaborados em uma expressão única que interliga constantemente a carne e a psique. Maria Pia mora no Rio de Janeiro, e dirige a Usina de Expressão, lecionando seu método para artistas, empresários, terapeutas, público em geral e ministrando workshops no Brasil e no exterior.

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ESTRANHOS NO AQUÁRIO

Adriana ARMONY

Às vésperas da virada do milênio, o jovem Benjamin contempla, através de um retângulo de vidro, as águas ondulantes de uma piscina onde corpos inconscientes do seu olhar se atravessam, lentos como o sono que o invade, até que algo penetra inesperadamente o vidro azulado. Tudo acontece tão rápi-do quanto a mudança que o atingirá em seguida: ao sair precipitadamente da pousada onde se hos-peda com amigos, sofre um acidente de carro que o deixa com sequelas de locomoção e memória. Na luta para recuperá-lo, seus pais esbarram nas lacunas de uma memória ilhada num eterno presente, mas à medida que a narrativa recua no passado, mesclando lembranças e atualidade, percebe-se que o estado de Benjamin é consequência de um outro acidente, que envolve histórias e paixões mais antigas e profundas. Amor, traição, culpa e esperança se misturam e surpreendem em um romance emocionante sobre identidade e redenção.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2012.

JUDITE NO PAÍS DO FUTURO

Adriana ARMONY

O romance acompanha a trajetória de Judite, que emigra da Palestina para o Brasil após a Primeira Guerra Mundial. Com delicadeza literária, mas também rigor histórico, Adriana Armony apresenta três passagens da vida da personagem – primeiro, Judite na Palestina, ainda moça; nos anos 40, em Além Paraíba, em Minas Gerais, onde se divide entre os filhos, o marido e uma paixão proibida; e, anos mais tarde, velha e viúva, no Rio de Janeiro, em 1984. Judite no país do futuro fala da capacidade do ser humano de sobreviver e se adaptar a novas realidades.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2008.

A FOME DE NELSON

Adriana ARMONY

Neste romance, a autora reinventa um episódio biográfico da juventude de Nelson Rodrigues, quan-do, rejeitado por sua amada Eros Volúsia e tuberculoso, passa uma temporada no Sanatório de Cam-pos de Jordão entre moribundos da carne e da alma. Um suspeito narrador dostoievskiano conta como nessa “Casa dos mortos” Nelson escreve sua primeira peça, sublimando a doença em arte e formando, com surpreendente compaixão, a galeria de personagens tragicômicos que o tornou tão famoso e amado.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2005.

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A AUTORA

Adriana Armony nasceu no Rio de Janeiro, em 1969. É escritora, professora do Colégio Pedro II e doutora em Literatura Comparada pela UFRJ, com a tese Nelson Rodrigues, leitor de Dostoievsky. Além dos romances que publicou, Adriana organizou, com Tatiana Salem Levy, a coletânea Primos: histórias da herança árabe e judaica (2010), da qual também participa com um conto. O romance Estranhos no aquário foi premiado com a Bolsa de Criação Lite-rária da Petrobras.

DOCE GABITO

Francisco AZEVEDO

Doce Gabito conta a história de Gabriela Garcia Marques, nascida em 1967, em meio à guerrilha ru-ral do Araguaia. Depois da morte de seus pais pelos militares, ela se muda para o Rio de Janeiro com seu avô, Gregório, para viver semiclandestinamente na favela. Durante uma tempesta-de, um senhor simpático de grandes bigodes aparece em um sonho para convencê-la a deixar o barraco, que cai e mata Gregório. A partir desse episódio, a tortuosa vida de Gabriela envolve as dificuldades de ser criada pela tia, proprietária de um bordel; os sofrimentos da adolescência; a paixão por José Aureliano, um homem casado que a trata como prostituta; e a perda de Florentino, seu único verdadeiro amor, quando ela decide escrever suas memórias. Ao fundo, a fantástica história do Brasil na segunda metade do século XX e a presença constante de Gabriel García Márquez, apelidado Gabito, que aparece em sonhos para Gabriela sempre com conselhos preciosos.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2012.

O ARROZ DE PALMA

Francisco AZEVEDO

Primeiro romance a lidar com a grande imigração portuguesa para o Brasil no século XX, O arroz de Palma narra a saga de uma família em busca de um futuro melhor. Durante os cem anos em que o leitor acompanha suas vidas, irmãos e irmãs brigam e fazem as pazes. Alguns casam bem, outros se separam. Filhos são motivo de preocupação e de felicidade. Ao longo da história, sempre lá, está o arroz jogado sobre o patriarca e a matriarca da família, José Custódio e Maria Romana, em seu casamento, em 1908. O arroz é o fio que liga a história, como uma trilha de farelos pelos labirintos da memória.

Estreia literária do roteirista e dramaturgo Francisco Azevedo, O arroz de Palma é um romance delicado, com um quê de Isabel Allende, um entrecho sentimental que revela a nostalgia de um tem-po em que as famílias eram sempre o porto seguro. No Brasil, um grande sucesso para a Record; já vendido para mais de uma dezena de editoras internacionais.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2008. Publicado pela DTV (Alemanha), La Colu-mna (Catalunha), Espasa Calpa (Espanha), Autrement (França), Mondadori (Itália), Cappelen Dam (No-ruega), Porto Editora (Portugal), Carobna Knjiga (Sérvia) e Norstedts (Suécia). A sair pela Átria/Simon & Schuster (EUA) e Signatuur (Holanda), em maio e julho de 2014.

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O AUTOR

Dramaturgo, roteirista, poeta, romancista, ex-diplomata, Francisco José Alonso Vellozo Azevedo nasceu no Rio de Janeiro, em 1951. Suas peças Unha e carne e A casa de Anais Nin foram sucesso de público e crítica, produzidas no Brasil e no exterior. Seu primeiro romance, O arroz de Palma, encantou dezenas de milhares de leitores brasileiros, que se tornaram seus ardorosos divulgadores. Seu segundo romance, Doce Gabito, voltou a apaixonar seu leitores, reiterando sua carreira literária. O autor está agora mergulhado na escrita de seu terceiro romance, Os retalhos de Petra, que terminará de compor em 2014.

A CASA CAI

Marcelo BACKES

Um homem, que fugiu da vida a vida inteira, de repente perde o pai, com quem nunca se entendeu, e recebe uma herança vultosa, mas pantanosa, com a qual é obrigado a lidar, e que conta a história imobiliária do bairro do Leblon, um dos mais caros do mundo, e da cidade do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, esse homem constrói uma casa para sua mulher, a mulher que também herdou do pai. E o faz, por humildade, justamente no pior lugar do pântano deixado pelo pai, a Selva de Pedra, construída sobre os escombros daquilo que um dia foi a Praia do Pinto, uma das favelas horizontais da Zona Sul do Rio, aniquilada como as outras para dar espaço à especulação imobiliária. Enquanto reforma seu ninho em meio aos dejetos do passado e do presente, desvenda seu passado, o passado terrível de seu pai e o passado da cidade e do país, o homem é obrigado a perceber que a verdadeira construção nada tem a ver com concreto armado, mas sim se dá por dentro, e que mesmo a arquite-tura de um bairro só começa a ser armada de verdade quando tocada pelo afeto humano.

Status/Publicação: A ser publicado pela Companhia das Letras em 2014.

O ÚLTIMO MINUTO

Marcelo BACKES

Um treinador de futebol faz uma confissão, desnudando sua alma à medida que tenta compreender por que cometeu um crime terrível. Ele não ama seu filho, que não tem talento como jogador, mas por sentimento de culpa o seleciona para compor sua equipe, deixando no banco um competente centro-avante. Numa decisão de campeonato, pela primeira vez o treinador faz a escolha justa – imediatamente antes de deixar o sangue correr. É um tolo que de repente quer mudar sua vida e percebe que o futebol – toda sua vida – só lhe trouxe desilusão e infortúnio. Nas idas e voltas de sua fuga da Justiça, ele descobre muito sobre o Brasil e suas mudanças recentes, percebe que o futebol é uma grande metáfora da vida e compreende um pouco da complexidade do mundo contemporâneo.

“À maneira de um Riobaldo, o narrador de Grande Sertão: Veredas, João, ao contar a sua história a outro, tenta dar-lhe um sentido. Mesmo se, em meio à narração, desconfie frequentemente de que a trajetória de uma pessoa possa de fato possuir essa coisa pomposa que chamamos de significado.” – Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S. Paulo

“O último minuto não deixa de ser um baita romance, com o charme adicional de incorporar ousadamente fatos muito recentes da nossa história.” – Alfredo Monte, Folha de S. Paulo

Status/Publicação: Publicado pela Companhia das Letras em 2013. Vendido para a Del Vecchio Editore (Itália).

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O AUTOR

Nascido em 1973 em Campina das Missões, no sul do Brasil, Marcelo Ba-ckes completou seu doutorado em Estudos Românicos e Germânicos na Universidade de Freiburg, depois de se formar em Jornalismo e Literatura Brasileira. É autor, tradutor e palestrante, tendo editado mais de vinte auto-res clássicos e contemporâneos internacionais, sempre no contexto de edi-ções anotadas, incluindo Goethe, Schiller, Heine, Nietzsche, Kafka e Arthur Schnitzler. Em 2010, Backes ganhou uma bolsa de escritor da Academia de Artes de Berlim, onde escreveu O último minuto. Como autor, suas obras publicadas incluem dois romances; uma coleção de aforismos, epigramas e fragmentos narrativos; um livro de história da literatura alemã e sua tese de doutorado sobre Heine.

ENTRE A CRUZ E O ARCO-ÍRIS

Marília de CAMARGO CÉSAR

Esta contundente e abrangente reportagem trata da relação entre os cristãos, sobretudo os evangé-licos, e a homossexualidade. Por meio de pesquisas sólidas em fontes históricas, a autora procura a origem do pensamento de exclusão social e religiosa dos homossexuais pelos cristãos. Além disso, o livro expõe sentimentos e opiniões sobre o tema através de inúmeras entrevistas com religiosos, pastores, gays, familiares, historiadores, psicólogos, entre muitos outros, e o resultado é um mosaico de histórias profundamente humanas que mostram, além de argumentos e discussões em torno de questões polêmicas, muitos conflitos e atitudes causadoras de sofrimento.

Status/Publicação: Publicado pela Gutenberg em 2013.

MARINA – A VIDA POR UMA CAUSA

Marília de CAMARGO CÉSAR

Uma biografia de Marina Silva, ambientalista brasileira, ex-senadora e ex-ministra do Meio Am-biente, que foi nomeada pelo jornal The Guardian uma das 50 pessoas que poderiam salvar o pla-neta e definida por muitos brasileiros como a “síntese de uma nova era”. Com mais de 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010 na condição de candidata pelo Partido Verde, Marina Silva transformou sua vida em uma história inspiradora de fé e superação de adversidades. Nascida na selva amazônica, no Estado do Acre, era analfabeta até os 16 anos e logo em seguida conquistou um diploma em História depois de lutar contra graves doenças e preconceitos. O livro apresenta a sua infância pobre nos campos de borracha da Amazônia, sua juventude e luta pela sobrevivência, além do desejo de ser freira e seu posterior envolvimento com as comunidades eclesiais de base e os lí-deres seringueiros, como Chico Mendes, um de seus principais mentores. Sua comovente trajetória de vida retrata o trabalho e o idealismo de uma das mais inspiradoras líderes ambientais do mundo, alguém que nunca comprometeu sua visão alternativa de vida.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Mundo Cristão em 2010.

A AUTORA

Marília de Camargo César é jornalista e escritora. É autora também de Feridos em nome de Deus (2009). Trabalhou na TV Globo, na Gazeta Mercantil, no Il Sole-24 Ore, principal jornal de economia e negócios da Itália, e faz parte da primeira equipe de jornalistas do Valor Econômico, maior jornal de economia da América Latina. Paulistana, é casada com André, tem duas filhas, Marina e Luiza, e vive atualmente em São Paulo.

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EU NÃO SEI TER

Marcelo CÂNDIDO

Dois grandes amigos de infância, Justiano e Gregório, após um longo período de afastamento, reencontram-se numa situação terrível: em coma devido a um brutal acidente, Gregório vê sua vida nas mãos de Justo, que se encontra dividido entre defendê-lo ou processá-lo pelo acidente. A dúvida é alimentada ainda pelo ciúme de Justo quanto ao envolvimento – neurótico e exaustivo – de Cândida, grande amor de sua juventude, com Gregório. Este romance está sendo adaptado para o teatro.

“O terreno literário em que campeiam nomes como Roth e McEwan é quase inexplorado pela literatura brasileira de hoje. E o editor Marcelo Candido o faz com rara eficácia.” – Folha de S. Paulo

Status/Publicação: Publicado por Virgilae em 2011.

O AUTOR

Em mais de dez anos como editor, Marcelo Cândido teve a oportunidade de amadurecer seu talento literário nos processos editoriais com seus autores. Nascido em São Paulo, em 1965, passou mais de 15 anos em Itapeva, pequena cidade do interior. Trabalhou como CEO de várias companhias e como empresário, mas desde a infância teve os livros como sua grande paixão. Marcelo decidiu escrever seu primeiro romance com estilo contundente e muito humor, sempre questionando a incoerência da espécie humana. Atualmente, está trabalhando em seu segundo romance.

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CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA

Lúcio CARDOSO

A obra, cânone da literatura brasileira, narra a decadência dos Menezes, tradicional família de fa-zendeiros de Minas Gerais. Movidos por fortes sentimentos de inveja, incesto, desamor e ambição, os Menezes devoram-se uns aos outros até a mais completa desintegração financeira e moral da família. O fulcro da ação se dá no relacionamento amoroso entre Nina, mulher de um dos irmãos proprietários da fazenda, e o suposto filho deles, André. Com uma variedade de instrumentos literá-rios – como cartas, diários, memórias, depoimentos, confissões e relatos –, o autor tece uma história complexa e extremamente envolvente, com um estilo de prosa único na literatura brasileira.

Status/Publicação: Originalmente publicado em 1959, este clássico brasileiro está em sua 13a reedição pela Civilização Brasileira (braço do Grupo Record). Publicado em francês pela Métailié. Vendido para a Open Letter Books (EUA).

O AUTOR

Lúcio Cardoso (1912-1968) é um dos principais escritores brasileiros do período entre 1930 e 1960. Além de escrever inúmeros romances e contos, atuou também como dramaturgo, poeta, jornalista, cineasta e pintor. Dentro da história da literatura brasileira, suas obras fazem uma análise subjetiva do eu moderno, trazendo à tona os dilemas e dramas pessoais que permeiam a percepção da existência coletiva. Lúcio Cardoso teve uma criação fortemente católica, e seus diários (republicados em 2012) relatam suas dúvidas e culpas decorrentes de sua homossexualidade. Como escritor, ele se afastou do rea-lismo social, moda literária na década de 1930 no Brasil, e abriu as portas da literatura brasileira às obras introspectivas, como as de Clarice Lispector – sua maior seguidora e admiradora. Cardoso também foi uma grande força para a renovação do teatro brasileiro na década de 1940, autor da primeira peça encenada pelo grupo Teatro Experimental do Negro, criado por Abdias do Nascimento. Apaixonado por cinema, escreveu Porto das Caixas, primeira produção do Cinema Novo brasileiro, filmada por Paulo Cesar Saraceni. Parcialmente pa-ralisado por um derrame, em 1962, Lúcio Cardoso foi forçado a parar de escrever e a pintura foi o escape encontrado. Nas palavras de Fausto Wolff, “ele começou a expressar em imagens o que já não podia dizer com palavras”. Em 1966, Lúcio Cardoso foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Morreu dois anos depois, com 56 anos, em virtude de um segundo derrame.

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O REMANESCENTE

Rafael CARDOSO

História e ficção se misturam na trajetória de Hugo Simon, banqueiro judeu, influente colecionador de arte, político socialista e uma figura de destaque na República de Weimar, declarado inimigo do Estado alemão em 1933, depois da ascensão de Hitler ao poder. Fugindo inicialmente para Paris, Simon viu-se obrigado a procurar refúgio na América do Sul, depois da queda da França para os nazistas em 1941. A história não contada de seu exílio no Brasil, onde sua estrada se cruza com a de outros exilados notáveis como Stefan Zweig e Georges Bernanos, oferece uma perspectiva única sobre os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. As experiências de Simon e sua família são o cerne da narrativa, que tem como pano de fundo o Brasil em rápida mutação. Do regime autori-tário de Vargas nos anos 40 à ditadura militar da década de 60, o espectro do fascismo assombra na distância enquanto Simon, sua mulher Gertrude, suas duas filhas, seu genro artista e aventureiro, e seu neto – todos eles enfrentam o desafio de construir uma nova vida a partir das ruínas daquela deixada para trás. Escrito pelo bisneto de Simon, este romance será uma verdadeira saga familiar de quatro gerações, iluminando um dos grandes temas do século XX: a luta do indivíduo para manter sua identidade diante das adversidades da História.

Status/Publicação: Vendido para Companhia das Letras e para a Fischer (Alemanha).

ENTRE AS MULHERES

Rafael CARDOSO

Dezesseis histórias – cada uma jogando o foco sobre um personagem feminino e um bairro do Rio de Janeiro – compõem a tapeçaria da vida de uma grande cidade, observada dos múltiplos pontos de vista de suas habitantes. Os personagens vão de Maria, 93, forçada a lidar com mais um assalto à mão armada em sua casa, a Jade, seis anos de idade, deixada um dia aos cuidados do último namora-do da mãe. Os bairros cobrem a gama dos extremos sociais do Rio, dos prédios de luxo de Ipanema e da Barra da Tijuca às favelas da periferia. Cada história captura um momento de virada na vida dessas mulheres: Renata, 34, recepcionista em um consultório de dentista que decide se vingar das infidelidades do marido; Helena, 16, que tem de escolher entre a excitação de um romance à Romeu e Julieta com um traficante e a existência de alta classe média de sua família; Jamilly, 25, lutando para se livrar da condição de prostituta; Rosana, 50, que tem o desafio de se livrar de um cadáver na véspera do casamento da filha; ou Mariellen, 24, filosofando sobre as dificuldades de ser jovem, gay e pobre. Seguindo esses fios, um personagem masculino misterioso, o DJ-cum-Casanova Rafael, é o toque final do quadro, entrando e saindo da vida dessas mulheres, em geral provocando o caos em seu caminho.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2007, pela Fischer (Alemanha) em 2013, e pela Siruela (Espanha), também em 2013.

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O AUTOR

Rafael Cardoso é escritor e historiador da arte, baseado no Rio de Janeiro. PhD em História da Arte pela Universidade de Londres, atua também como curador independente. Contribui amplamente para catálogos e periódicos no Brasil e no exterior e é autor, co-autor ou editor de dez livros: três títulos de ficção e sete de não ficção. Criado nos Estados Unidos, Rafael é bilíngue em inglês-português. Atualmente mora em Berlim, onde está vertendo O remanescente, originalmen-te escrito em inglês, para o português.

UMA LADEIRA PARA LUGAR NENHUM

Marco CARVALHO

Uma história de amor e desamor entre um padre branco e uma mulata casada, que flerta com o candomblé e com a superstição, tem lugar durante a demolição do Morro do Castelo, um símbolo da cidade do Rio de Janeiro. Neste romance, as nuances dessa relação amorosa fadada ao fracasso são narradas com leveza até o final insólito, mas poético e libertador, no qual o padre voa. Em paralelo, a crítica à prepotência com que as reformas urbanas foram impostas à população da cidade no início do século passado, culminando com o desmonte do morro onde se ergueram as primeiras constru-ções oficiais do Rio, para marcar a reconquista pelos portugueses, em 1865, do território ocupado pelos franceses. Os cenários do Morro do Castelo com seus misteriosos subterrâneos, na parte cen-tral da cidade, nas primeiras décadas do século XX, descritos com requinte, e os percalços de duas pessoas com tantas limitações para viver o amor.

Status/Publicação: A ser publicado pela Record em 2014.

FEIJOADA NO PARAÍSO – A SAGA DE BESOURO, O CAPOEIRA

Marco CARVALHO

Este é o livro que deu origem a Besouro, um dos filmes brasileiros mais aguardados de 2009, cujo trailer foi visto por mais de 500.000 pessoas no Youtube. Ícone da cultura popular baiana, o herói capoeirista Besouro ganha voz neste romance, contando os casos e histórias que o tornaram famoso. Ao misturar lenda, fantasia e realidade, Marco Carvalho mostra como um homem comum se trans-formou em personagem mítico.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2009.

A LUA PARA PRINCIPIANTES

Marco CARVALHO

O livro, por meio de uma visão bem humorada e poética, conta histórias da lua: mostra suas fases – Nova, Crescente, Cheia, Minguante –, explica como é o movimento de rotação, eclipse e até o porquê de a lua ter crateras! Um livro singelo e de uma simplicidade que agrada principalmente aos novos leitores.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Compor em 2007.

ERA UMA VEZ UM OVO

Marco CARVALHO

Aqui é contada a história de uma pintinha que sai da casca e vai ganhar o mundo até virar galinha e por um ovo, e o ciclo da vida iniciar novamente. Brincando com a sonoridade das palavras, o cartu-nista e romancista Marco criou esse livro para crianças pequenas, mas a história também diverte e encanta adultos de todas as idades. Pela estrutura simples, o livro se mostra apropriado para a crian-ça em fase de aprendizagem da leitura.

Status/Publicação: Publicado pela Zit Editora em 2006.

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THE AUTOR

Marco Carvalho é carioca, cartunista da geração Pasquim e escritor. Iniciou sua carreira como desenhista publicitário, atuando em diversas agências do Rio de Janeiro. Publicou seus desenhos e charges em jornais como Jornal do Brasil e O Dia e colabora até hoje em diversos veículos de comunicação. Atualmente desenvolve projetos como redator e progra-mador visual em seu estúdio, onde faz também criação e direção de arte.

ANTES QUE EU MORRA

Luis ERLANGER

Sexo, crime, drogas e psicanálise são alguns ingredientes picantes do relato da crise existencial de um homem envolvido, acidentalmente, numa perigosa trama de corrupção e poder. Um bem humorado e delirante jogo de verdade e fantasia sobre as angústias do ser humano, em que até mesmo o autor perde o compromisso com a realidade do que escreve.

Publicação/Status: Publicado pela Record em abril de 2014.

O AUTOR

Luis Erlanger nasceu em 1955, no Rio de Janeiro, e tem seis filhos. Começou como jornalista no jornal O Globo em 1974, com passagens pelas editorias de Cidade, Polícia, Esporte, Cultura e Política. Depois, em Brasília, esteve encar-regado da cobertura de fatos relevantes no processo de redemocratização no Brasil; a eleição e a morte do presidente Tancredo Neves, a Constituição de 1988, o impeachment do presidente Collor e os planos econômicos que muda-ram o país. Após quatro anos como editor-chefe do jornal, em 1995, foi para a TV Globo, como diretor editorial de Jornalismo. Em 2000, assumiu a direção de Comunicação da TV. Este ano, passou para a diretoria de Análise e Controle de Qualidade. Ele está escrevendo seu segundo romance.

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A OUTRA FACE DO DIABO

Fabio T. FARAH

No século XII, em Jerusalém, uma peregrina alemã recebe uma terrível revelação: no final dos tem-pos, o papa se tornaria o maior aliado do diabo. Mais de 800 anos depois, a Igreja Católica está na mira do grupo terrorista Sayfullah. E os exorcistas da Confraria dos Quatro Anjos se tornam alvos de uma obscura seita xiita, suposta herdeira da Ordem dos Assassinos. Entre eles, o padre Pietro Amorth. Exilado em um mosteiro grego, o italiano tem nas mãos a pista para desmascarar os mis-teriosos inimigos. Desejando deixar para trás seu passado negro, o jornalista inglês David Rowling percorre o Caminho de Santiago de Compostela. E descobre uma poderosa relíquia. Forjada por um papa que se tornou santo, ela é capaz de fazer os demônios tremerem.

Nesse thriller, padre e jornalista repetem a parceria de A outra face de Deus. Será que, dessa vez, conseguirão impedir a realização do Apocalipse satânico?

Status/Publicação: Inédito.

A OUTRA FACE DE DEUS

Fabio T. FARAH

Em 1589, o conselheiro da rainha Elizabeth I, John Dee, e seu discípulo Edward Kelley, são surpreen-didos com o Livro das Folhas Prateadas. Supostamente escrito por um anjo, ele carrega, em suas 48 páginas, a chave para uma nova era. Contudo, apenas uma pessoa poderia iniciá-la. Mais de 400 anos depois, em uma basílica romana, o padre Pietro Amorth é desafiado durante um ritual de exorcismo com uma charada diabólica. Numa reunião a sete chaves no Vaticano, descobre seu significado e recebe das mãos de um cardeal a missão mais difícil de sua vida.

Na capital inglesa, o aristocrático editor assistente David Rowling luta para recuperar seu prestígio profissional no jornal sensacionalista The Star. Sua carreira naufragou ao tentar desvendar o assas-sinato de cinco mulheres, encontradas com o útero eviscerado e sem o coração. Para o jornalista, uma poderosa seita satânica estava por trás dos rituais macabros. Quando um psicopata assumiu a autoria dos crimes, David insistiu que era uma manobra para enganar a opinião pública. Mas quase ninguém acreditou nele.

A poucos dias do desembarque da top model brasileira Fernanda Albuquerque em Londres, o jorna-lista e o padre se unem para desvendar enigmas que atravessam os séculos, e devem correr contra o relógio para impedir a realização do Apocalipse Negro. No caminho, cruzam com inimigos imprevi-síveis, despertam demônios e ficam frente a frente com seus piores pesadelos. A outra face de Deus reúne mistérios históricos, sociedades secretas, seitas satânicas, profecias cristãs e alta espionagem em uma trama com reviravoltas surpreendentes.

“Suspense de ritmo acelerado, com tons de sobrenatural, que conta uma historia envolvendo, magia, exor-cismo e personagens e cenários históricos.” – IstoÉ Gente

“Um livro de tirar o fôlego, com todos os ingredientes que um bom suspense deve ter.”– Status

“Crimes misteriosos, citações bíblicas, sociedades secretas, cenário europeu e personagens históricos. Esta poderia muito bem ser a crítica do best-seller Código Da Vinci. Mas é a descrição de A outra face de Deus.” – IG Cultura Portal

Status/Publicação: Publicado por Rai Editora em 2012.

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ENIGMA DAS ESTRELAS

Fabio FARAH

Desde que um padre foi queimado em praça pública, uma estranha maldição paira sobre um vilarejo. Seus enigmáticos habitantes são perseguidos por luzes sinistras e possuem uma estranha obsessão pelo Morro do Ferro, um local cercado de mistério. Esse vilarejo, cercado por histórias assustadoras, é o destino das férias de julho de cinco amigos: Jonas, Alfredo, Carola, Carmem e Vicentinho que, encorajados pelos pais, resolvem acampar no topo do Morro dos Anjos, um lugar isolado da civili-zação – não tem nem sinal de celular – e famoso pelas “luzes” que passeiam por lá. Seriam Anjos? Demônios? Extraterrestres? Respire fundo e prepare-se para uma aventura de tirar o fôlego. Mas tome cuidado! Se resolver acompanhar a galera nessa jornada, criaturas perversas poderão cruzar seu caminho.

Status/Publicação: Publicado pela Geração Editorial em março de 2014.

PUM DE PEIXE

Fábio FARAH

Ruthinha adora as histórias da vovó. Apesar de nunca ter visitado uma floresta, sabe que ela é cheia de seres encantados, como os gnomos e as fadas de asas coloridas. Ruthinha também adora receber presentes, mas fica desconfiada do último que recebeu. É um homenzinho verde, com orelhas pontu-das e uma cara engraçada. Zubiri, como ela o chama, usa chapéu comprido, botinhas e carrega uma pequena bolsa na cintura. É igualzinho aos gnomos dos livros! “Será que ele se disfarçou de boneco para fugir da poluição?”, pergunta-se. Será? Embarque com Ruthinha numa aventura mágica e des-cubra o segredo de Zubiri.

Status/Publicação: Publicado pela Abacatte Editorial em 2010.

O AUTOR

F.T. Farah é autor de thrillers e escritor de livros infantis e também para o público jovem adulto. É ainda jornalista e pesquisador de demonologia e ciên-cias ocultas. Seu estilo em A outra face de Deus já foi definido pela crítica como uma combinação de Dan Brown e Stephen King, com pitadas de Arthur Conan Doyle. Enigma das estrelas é o primeiro de cinco volumes da série Clube dos Mistérios, voltada ao público adolescente, e que aborda diversas lendas regionais, sem deixar de lado referências já consagradas do realismo fantástico. Também trata de episódios marcantes da história brasileira – um dos personagens é descendente de escravos –, e revela traços culturais emble-máticos, como o sincretismo religioso.

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ARRABAL E A NOIVA DO CAPITÃO

Marisa FERRARI

Nápoles, século XVIII, coração da Commedia dell’Arte. Aí se passa a história dos gêmeos Giordano e Giuseppe, idênticos em aparência, diametralmente opostos em temperamento. Giordano é o grande herói, il Capitano della Guarda del Corpo del Re; Giuseppe é o cavalheiro dos versos, ator itinerante que com sua trupe apresenta-se nas praças e castelos das pequenas cidades da Campania. Enquanto Giordano – apesar de crítico do governo – acredita que sua única missão é proteger o rei e a cidade, Giuseppe tem um sonho e um objetivo: escrever uma peça de teatro com diálogos, grande inova-ção numa época em que o palco era o campo do improviso, principal característica da Commedia dell’Arte. Os irmãos têm um acordo que os faz respeitar o espaço um do outro até que uma mulher, Luigia di Medinacelli, desperta o amor de ambos e os ama também, igual e loucamente. Eles exigem que ela se decida por um ou outro. Poderia ser uma história comum sobre dois gêmeos, quase clichê, se não fosse por essa escolha, chave para o desencadeamento do drama e base da narrativa. Arrabal e a noita do capitão é uma história sobre as máscaras que escondem nossas várias personalidades; uma narrativa sobre a beleza das contradições humanas; e uma homenagem à magia do teatro.

Status/Publicação: Publicado pela Novo Conceito em março de 2014.

UM PRÍNCIPE DESENCANTADO

Marisa FERRARI

Um príncipe intelectual. Não tem um corpo atlético. Não canta, não dança. Ele prefere acordos di-plomáticos a guerras, e, acima de tudo, espirra. Este é Armand de Lorain, o príncipe do Reino do Lado, que decide cortejar Madeleine, uma princesa sonhadora e mimada, que rejeita todos os seus pretendentes por preferir esperar pelo príncipe encantado dos contos de fada que adora ler. Para conquistar seu amor, Armand está disposto a enfrentar os perigos da Floresta das Sombras de Si, onde precisa lutar contra a Preguiça, o Mau Humor, o Ciúme e o maior de todos os perigos: o Medo de Assumir seu Amor. Armand conta apenas com Tutuia – uma fada glamurosa e excêntrica – sua Consciência relutante e um atrapalhado Bobo da corte. Madeleine irá aprender suas lições: enfren-tará seu Orgulho e entenderá que, para ser realmente feliz um dia, precisará vencê-lo. Originalmente um musical para o teatro, por muitos anos encenado nos palcos do Rio de Janeiro, a história de Um príncipe desencantado renasce como um romance doce e bem humorado para deliciar o públi-co jovem de todas as idades.

Status/Publicação: Opção da Nova Conceito.

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A AUTORA

Marisa Ferrari nasceu em 1957, no Rio de Janeiro. Tem graduação em jorna-lismo e pós-graduação em filosofia antiga. Durante toda a vida escreveu poe-mas, peças e roteiros, sendo Um príncipe desencantado seu maior sucesso, encenada no Rio de Janeiro em 1996. Agora, Marisa dá os primeiros passos no mundo dos livros, presenteando os leitores com seus dois primeiros ro-mances. Marisa Ferrari trabalha como jornalista.

AS VISITAS QUE HOJE ESTAMOS

Antonio Geraldo FERREIRA

Formado por quase duzentos fragmentos, delicadamente integrados, este livro revela a complexi-dade da sociedade brasileira. Num fragmento, uma velha tenta entender o passado, marcado por um crime que destruiu sua família. Em outro, um ator suicida envia a um conhecido uma peça teatral cuja temática é o incesto. Outro fragmento revela a decepção de um menino aleijado que, levado pelos pais até um padre milagroso, volta sem a cura para casa. Há também o fragmento do policial que confessa, com requintes de sadismo, o prazer de assassinar os marginais. A união de todas as histórias, como numa teia, revela um livro excepcional na literatura brasileira.

Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013.

“Como toda experiência radical, a obra causa tanto estranheza quanto fascínio, lembrando algo de Dalton Trevisan e de Hilda Hilst. Ao fim e ao cabo, é um livro formidável. E conforme sua reputação crescer, como acredito que acontecerá, maior será o perigo para o autor: porque agora dele só esperaremos coisas super-lativas. Não queria estar em sua pele.” – Alfredo Monte, Folha de S.Paulo.

“É a partir desta pequena Arceburgo, dessas caminhadas pela rua, que, com ouvido atento, o escritor tira a força e a graça – muitas vezes desabusada e irônica – de sua literatura, uma literatura que, sem rodeios, vai abrindo sua própria picada, com vozes anônimas de um país que surge e desaparece, repondo o malogro de sua história.” – Heitor Ferraz Mello, Revista Cult.

“A exposição do entroncamento problemático do rural e do urbano, ‘de duas realidades que são uma só’, um esforço de releitura da tradição narrativa brasileira, e de contraponto entre compilação e esgarçamento, marcam As visitas que hoje estamos.” – Flora Sussekind, O Globo.

Status/Publicação: Publicado pela Iluminuras em 2012.

O AUTOR

Antonio Geraldo Ferreira nasceu em Mococa, SP. Estudou na USP, onde se graduou em Letras e ingressou na pós-graduação. Na década de 90, aban-donou a Academia e foi morar em Arceburgo, MG. Publicou o livro Peixe e míngua, de poemas, pela Nankin Editorial, e outros textos em diversos jor-nais e revistas. As visitas que hoje estamos é seu primeiro romance e, desde sua publicação, tem sido apontado pela crítica como a grande revelação dos últimos anos em nossa literatura.

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ANTITERAPIAS

Jacques FUX

Um romance que é um diálogo contemporâneo com a história da literatura: o personagem central mistura suas histórias de vida com referências literárias, incorporadas ao falar de si e de suas memó-rias. Com frases curtas, o livro desperta no leitor imagens, sensações e questionamentos. Testemu-nho, memória, masturbação, ficção, história, Cabala, bíblia e literatura se embaralham e permeiam a biografia de um jovem judeu em busca do seu lugar face à Diáspora e aos guetos na contempora-neidade brasileira. Sempre perseguido pelo dibouk e em busca da mulher, o personagem narra sua vida, encontros e desencontros repletos de ironia, iconoclastia, citações e plágios literários, desde a tenra infância até seus trinta e três anos. Em tom muitas vezes poético e profético, em outras, vul-gar e leviano, o autor descreve momentos vividos e dogmas enfrentados no colégio, nas relações familiares, sentimentais e sociais. Num diálogo contraditório com a voz do narrador, constrói outra história dentro da história sugerindo uma perseguição a um dos nazistas foragidos da 2ª Guerra, Martin Bormann. Após o encontro com o neto do nazista, o narrador se vê impedido de assimilar-se inteiramente à cultura brasileira, principalmente em relação aos olhos do outro. Numa perspecti-va internacional, Antiterapias mostra o exotismo e as semelhanças de uma pequena comunidade judaica brasileira no século XXI com todas as outras.

Status/Publicação: Publicado pela Scriptum em 2013

O LIVRO DOS PORQUÊS

Jacques FUXIlustrações: Daniel BRONSTEIN

Neste livro, personagens que povoam a literatura são os protagonistas de mais um dos tantos livros dos porquês. Entretanto, nestas páginas cuidadosamente ilustradas, os porquês são infinitos – não porque as perguntas nunca se esgotem – isso todos nós já sabemos – mas porque inúmeras relações podem ser estabelecidas, principalmente com os grandes clássicos da literatura. A ideia é que leito-res adultos e crianças curiosas de todas as idades questionem e procurem saber mais sobre o amor, o desejo, as crenças, as religiões, os medos e suas mais variadas histórias literárias. Ao apresentar e reinventar estórias e personagens, multiplicando a arte do sentir, do criar e do esconder, os autores recriam sonhos através da escrita e do contar. O livro propõe, então, um pensar sobre esses tantos porquês como uma maneira de riscar do mapa a arrogância, e de não se levar tão a sério: algo como o avesso do avesso de rir de nós mesmos. Nós, senhores do universo, dominados por uma pergunta pequenininha, boba e sem resposta: Por quê?

Status/Publicação: A ser publicado pela Rocco em 2015.

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AUTOR

Jacques Fux é Visiting Scholar na Universidade de Harvard (2012-2014). Pós-doutor pela Unicamp, doutor em Literatura Comparada pela UFMG e docteur em Langue, Littérature et Civilisation Françaises pela Université de Lille 3. Licenciado em Matemática, mestre em Ciência da Computação pela UFMG. Publicou em 2011 seu primeiro livro: Literatura e matemática: Jorge Luis Borges, Georges Perec e o OULIPO, que ganhou o Prêmio Capes de Me-lhor Tese de Letra/Linguística do Brasil em 2010. Autor de grande produção acadêmica, morou em diversos países (Israel, EUA, França, Argentina) reali-zando pesquisas para seus diversos trabalhos.

MISSÃO PRÉ-SAL 2025

Vivianne GEBER

O oficial da Marinha Brasileira Rodolfo Ruppel é enviado a Londres numa missão secreta. Aparentemente, essa é uma oportunidade para ele e Carla, sua esposa, desfrutarem uma segunda lua de mel e, quem sabe, retomarem seu casamento já sem vida. Sua missão é recapturar informações roubadas sobre o Projeto Pré-Sal 2025, grande conquista tecnológica da Marinha brasileira: um submarino híbrido, semi-diesel, semi-nuclear, e, potencialmente, a arma mais poderosa dos últimos anos. As instruções para sua atuação em Londres lhe são passadas por meio de uma imagem gráfica codificada em seu celular, os Girassóis, de Vincent Van Gogh. Logo, porém, ele é forçado a ir muito além das instruções. A engenheira naval Victoria Borges entra no quadro de alianças e traições em que Rodolfo se vê envolvido e põe em cheque o seu casamento; Londres acaba conduzindo-o a um mundo de espionagem muito mais profundo e perigoso do que ele previra para sua missão.

Status/Publicação: Inédito.

A AUTORA

Como militar por quase dezesseis anos, Vivianne Geber prestou assessoria jurídica à Marinha do Brasil em inúmeros projetos de lei, além de ter feito a interface com a Advocacia-Geral da União e outros órgãos públicos. Pós--graduada em Direito Público, também fez parte da banca examinadora de advogados que querem entrar para a Marinha. Durante toda sua vida adulta, foi escritora de petições, recursos e pareceres jurídicos, mas, recentemente, em Londres, onde morou por dois anos, tornou-se ávida por escrever para os leitores – tocar suas almas e transportá-los para um mundo diferente.

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LINHA DA VIDA

Thales GUARACY

Um domingo de sol no parque. Um jovem e feliz casal, que tenta ter um filho. O encontro com a cigana que se recusa a ler a mão do marido, sem dizer o que viu, nem explicar a razão.

A partir desse fato estranho e perturbador, Linha da vida mostra o efeito da incerteza sobre o ser humano. O que é melhor: saber ou não saber o futuro? O homem cético, racional e pragmático vê sua antiga segurança desmoronar até se transformar em pura paranoia. A mulher que ele julga frágil esconde um problema real e secreto: é sexualmente assediada por uma espécie de Dr. Jekyll contem-porâneo: o médico que dirige a clínica de reprodução onde eles tentam a fertilização.

Baseado em fatos reais, Linha da vida é um relato breve, direto e impactante sobre o jogo de enga-nos entre homem e mulher no relacionamento, no casamento e na vida. E nos coloca brutalmente diante do maior desafio humano: como sermos felizes, mesmo diante da possibilidade sempre imi-nente de um final trágico.

Status/Publicação: Inédito.

CAMPO DE ESTRELAS

Thales GUARACY

Um bem sucedido publicitário brasileiro descobre em seus exames de rotina um pólipo na bexiga que o fará rever sua vida e tentar recuperá-la, mesmo sem saber até quando. Sua luta contra o câncer e o medo da morte são entrecortados pelo relato de uma intrépida viagem a Machu Picchu, no Peru, feita na adolescência ao lado do pai, seu primeiro encontro com os mistérios da vida. A inexplicável reaparição de um personagem daquela aventura do passado, misto de mendigo e de anjo, surge como a intrigante esperança do encontro com a paz espiritual e o resgate da vida. Por meio da viagem de pai e filho, juntos em busca do desconhecido, Thales Guaracy nos guia em um road book onde o caminho para a cidade perdida de Macchu Picchu é também uma viagem pelas profundezas do coração.

“Testemunho da força representada pela determinação em situações extremas, Campo de estrelas ultra-passa o reducionismo da literatura de auto ajuda para se firmar como um emocionado relato das grandes questões humanas.” – Ubiratan Brasil, O Estado de S. Paulo

Status/Publicação: Publicado pela Editora Globo em 2007.

AMOR E TEMPESTADE

Thales GUARACY

Entre os conflitos do Brasil dos anos 1920, marcado por revoltas militares, o movimento conhecido como Tenentismo produziu uma das mais extraordinárias jornadas da humanidade: a Marcha da Coluna Prestes, liderada por Luis Carlos Prestes, que percorreu 9.000 quilômetros no sertão brasi-leiro, desafiando o governo central e buscando, por meio de seu périplo heroico, levantar todo o país

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para derrubá-lo. Atrás de Prestes, levado pelo destino às fileiras hesitantes das tropas federais, segue o jovem sargento Coracy, personagem atormentado pelas circunstâncias que o carregam sempre mais longe de casa, onde o irmão postiço quer lhe tomar a herança paterna, a posição e seu amor de infância, Eugênia. Em sua caminhada não menos épica, em que o combate é a última das prioridades, Coracy cruza com personagens lendários da história brasileira, como o Marechal Rondon, célebre defensor dos índios e desbravador do sertão, o sanguinário cangaceiro Lampião e, ao cabo, o próprio herói que todos admiram, a quem lhe é dado pelo acaso a oportunidade indesejável de prender: Prestes. O desenlace do encontro entre o herói famoso e o outro anônimo é o clímax dessa viagem por um país desconhecido, fronteira entre o sublime e o picaresco, onde Coracy terá a oportunidade de encontrar o verdadeiro sentido do heroísmo, antes de voltar para casa e resgatar o seu amor, no momento em que a vida de Eugênia se encontra ameaçada.

“Thales Guaracy é um bem-sucedido jornalista que eu conheço desde os anos 1980, quando ele era um jo-vem repórter talentoso e insolente. Anos depois, continua parecido consigo mesmo. Propõe-se a ressuscitar um período histórico turbulento e consegue. É o talento. E não hesita em colocar no centro da história brasi-leira um avô que até no nome se parece com ele. É a insolência que funciona.’’ – Ivan Martins, Revista Época

“Um passeio romântico pela história do Brasil.’’ – O Estado de S. Paulo

Status/Publicação: Publicado pela Suma de Letras/Objetiva em 2009.

O AUTOR

Nascido em 1964 em São Paulo e criado no bairro da Liberdade, onde coexis-tiam imigrantes japoneses, os inferninhos e a intelectualidade boêmia que en-frentava a recém instalada ditadura militar, Thales Guaracy é escritor, jornalista e editor. Trabalhou nos principais veículos de imprensa do país, como o jornal O Estado de S. Paulo, Exame e Veja, maior revista semanal brasileira. Lançou e dirigiu no Brasil a revista Forbes e foi consultor de publishing do Discovery, Inc. Entre outros, recebeu o prêmio Esso de Jornalismo – maior distinção da imprensa no Brasil – pela cobertura da primeira eleição presidencial após 30 anos, na volta da democracia plena ao país, em 1989. Como repórter, escreveu o bestseller O sonho brasileiro, biografia de Rolim Adolfo Amaro, fundador da TAM, maior companhia aérea brasileira. Está também entre os autores de ficção mais vendidos do país, com livros publicados por editoras como Globo, Objetiva e Saraiva. Como diretor editorial da Saraiva, criou o Prêmio Benvirá de Literatura e publicou de autores clássicos como Patricia Highsmith, John dos Passos, Willian Faulkner e Hermann Broch a bestsellers con-temporâneos como Paulo Coelho. Recentemente, atuou como diretor de redação da Revista Playboy, mas agora está totalmente dedicado ao desenvolvimento de sua obra, com dois livros de não-ficção sobre a história do Brasil em andamento.

CABOCLO KOKAKOLA

ÍNDIGO

A floresta amazônica sempre nos fascinou por suas belezas, lendas e mistérios. No passado, explora-dores nos trouxeram relatos extraordinários sobre os seres mágicos que lá habitam. Agora, depois de uma fascinante expedição, Índigo nos traz o registro inédito de uma novíssima lenda amazônica: a do Caboclo Kokakola, poderosa entidade que já faz parte do dia a dia da floresta. Neste livro, Índigo conta como ele surgiu, como evoluiu e dá prova de suas manifestações através do relato de quem se embrenhou nas profundezas da floresta e sobreviveu para contar.

Status/Publicação: Inédito.

AS AVENTURAS DE GLAUBER & HILDA

ÍNDIGO

Glauber e Hilda levam uma vida de parasitas. Uma vida difícil e sofrida. Mas há um motivo para isso. É que Glauber é um ácaro, e Hilda, uma pulga. Se não fosse pelo enorme amor que sentem um pelo outro e pela ousadia natural dos parasitas, eles estariam ferrados. Em As aventuras de Glauber & Hilda, acompanhamos cinco passagens dramáticas da vida dos protagonistas. Em “Monga, a mulher gorila”, Glauber descobre seus talentos para artista de circo enquanto o casal habita a pelagem de um horrendo monstro circense. Em “O cão de três patas”, eles levam uma vida de luxo e regalias, vivendo nos pelos de um sortudo cachorrinho de madame. Em “Mutação genética”, Hilda inala uma perigosa quantidade de veneno anti-pulga e sofre um transtorno de personalidade. Agora ela acredita ser uma vespa. Em “As barbas do profeta”, eles vão parar nas barbas de um velho hippie, onde Glauber vivencia momentos de desapego e amor universal. E para terminar, “Férias merecidas”, na qual o casal mergulha numa turbulenta temporada no fundo do mar.

Status/Publicação: A ser publicado pela Companhia das Letrinhas em Julho de 2014.

CASAL VERDE

ÍNDIGO

Walter e Sílvia viviam na mesma rua. E como se viam todos os dias, começaram a gostar de verdade um do outro. Acontece que Walter e Sílvia são árvores, e não fosse pelo bem-te-vi Benjamim, eles jamais saberiam que seus sentimentos eram correspondidos. Infelizmente, nem todos na vizinhança compreendem essa paixão – e tem gente até dizendo que suas demonstrações de afeto não passam de “pouca vergonha”. Mas esse casal verde vai contar com a ajuda de alguns intrépidos amigos que farão o possível e o impossível para que esse romance tenha um final feliz.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Caramelo em 2013.

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A MALDIÇÃO DA MOLEIRA

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Uma avó que tem um estranho fetiche: apertar a moleira de um bebê. Um belo dia ela se encontra so-zinha com o neto e, finalmente, realiza seu desejo. Ploct! O resultado é que o pequeno Heitor adquire consciência e começa a narrar seu dia-a-dia com a desenvoltura e o discernimento de um adulto.

Irônico e desconfiado, Heitor vai aos poucos aprendendo a lidar com seus familiares, com outros be-bês, e até com os brinquedos que dividem berço com ele. Nesse livro descobrimos que os primeiros anos da vida de uma pessoa são bem mais sinistros e agitados do que parece.

Finalista do prêmio Jabuti.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Moderna em 2012.

SAGA ANIMAL

ÍNDIGO

Ígor, um garoto de onze anos, nos conta a história da sua incessante luta por um bicho de estimação. Ele vive num apartamento apertado, junto com a mãe e a irmã caçula. A complicação começa quando sua mãe determina que eles não podem ter bichos no apartamento. Ígor não se conforma. Está can-sado de receber tantos “nãos”, e decide ir atrás de um bicho. Ígor faz um acordo com Seu Barba, dono de uma loja de animais exóticos. Caso a mãe não goste do animal, Ígor sempre poderá trocá-lo por outro, até encontrar o bicho perfeito, um bicho capaz de conquistar o coração da Dona da Casa.

Assim, Ígor começa a trazer uma série de bichos para casa. Desde iguanas até saguis. Cada bicho vai disparar uma série de dilemas na vida do garoto. Kleber, um iguana pacifista, o faz pensar sobre o uso da violência. Godorico, um sagui, levanta uma discussão sobre as consequências da criação em cativeiro. O casal de escargots franceses detona uma reflexão sobre as implicações do sexo hermafro-dita e o movimento feminista. Em Saga animal, o leitor entrará na imaginação desenfreada de um menino disposto a lutar por seu sonho. Com muito jogo de cintura, Ígor se envolve numa série de situações insólitas e engraçadíssimas.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Hedra em 2001 e pela Giunti (Itália) em 2008. Será relançado pela Editora Moderna em 2014.

UM DÁLMATA DESCONTROLADO

ÍNDIGO

Em Saga animal, depois de inúmeras peripécias, negociações e muita persistência, Ígor ganhou seu tão desejado bicho de estimação. Agora, em Um dálmata descontrolado, Conan, o cão, mostra o que acontece quando o sonho vira realidade. Ígor vai aprender o que significa cuidar de um bicho, e isso inclui regras, disciplina, dedicação e... adestramento!

Nessa nova aventura, Ígor deixa sua confortável posição de filho para virar uma espécie de figura paterna. Isso vai causar uma turbulência na sua visão de mundo, levando-o a pensar sobre as tradi-cionais relações de poder e os princípios pedagógicos.

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Em Um dálmata descontrolado, Ígor e seus amigos enfrentam uma nova seleção de bichos exóticos, e não tão exóticos assim. Através das situações mais malucas e engraçadas, bichos e crianças desco-brem que são muito mais parecidos do que imaginavam.

Status/Publicação: Publicado pela Hedra em 2007. Será republicado pela Editora Moderna em 2014.

UM PINGUIM TUPINIQUIM

ÍNDIGO

Digamos que você seja um pinguim de 16 anos que está morrendo de tédio do destino traçado para sua vida: crescer, engordar, chocar um ovo e se conformar em ser mais um animal branco e preto morando num pedaço de gelo. A maior emoção da sua vida é quando o Greenpeace chega e dá umas palestras sobre a importância da perpetuação da sua espécie. Pronto, isso é a sua vida. Até que um dia, da imensidão branca do Polo Norte, surge o veleiro do Amyr Klink e você pensa: é pegar ou largar.

A situação de Orozimbo é mais um menos essa quando ele toma a decisão radical de se mudar do seu habitat natural para o interior de um barco que o levará à terra firme da América do Sul, onde acaba conhecendo gente esquisita em um sítio cravado nos confins do Brasil.

É claro que as chances de sobrevivência de um pinguim na roça são mínimas, mas este livro trata justamente disso, de mostrar que às vezes o impossível é possível, e que, se não todos, pelo menos um pinguim pode não só viver na roça como encontrar a felicidade dentro de um galinheiro.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Manati em 2013.

O LIVRO DAS CARTAS ENCANTADAS

ÍNDIGO

Neste livro, Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida ganham voz. Com suas próprias palavras as três princesas narram uma fase crucial de suas vidas. Branca de Neve acaba de ser expulsa do castelo de Weitenburg e está vivendo como serviçal numa choupana nos confins da Floresta Negra. Bela Adormecida está prestes a completar dezesseis anos, espetar o dedo no fuso de uma roca e cair em sono profundo. Cinderela foi deserdada, mora num porão imundo e tem de trabalhar o dia todo. Sua última esperança é um baile populista. Enclausuradas, cada uma por um golpe do destino, elas mantêm uma correspondência frenética e desesperada.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Brinque-Book em 2007.

COBRAS EM COMPOTA

ÍNDIGO

Cobras em compota é inspirado nas memórias de Índigo. O livro é dividido em “Infância” e “Adulti-ce” e reúne experiências variadas e curiosas. São pequenos contos sempre marcados pelo humor que pode ser irônico, sutil ou tão inusitado que beira o non-sense.

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Uma combinação de histórias de travessuras que crianças fazem com animais e também entre elas, de medos e pesadelos, visões religiosas, conversas imaginárias, fantasias, relações interpessoais e por aí vai. São histórias que nos parecem familiares, que fazem parte da realidade da maior parte das famílias e que poderiam ter acontecido com muitos de nós.

Status/Publicação: Publicado pelo MEC (Ministério da Educação) em 2006. Será republicado pela Mo-derna em 2014.

A AUTORA

Índigo cursava jornalismo na Mankato State University em Minnesota (EUA) quando se envolveu pela primeira vez com essa cor, como gerente do Índigo Café. Ao voltar para o Brasil começou a publicar contos na internet e adotou o pseudônimo. A identidade secreta a deixava mais à vontade para escrever. Isso levou ao primeiro livro, Saga animal, lançado em 2001 e publicado na Itália em 2008. Paralelamente, ela continuou escrevendo contos na rede, que evoluíram para uma série de blogs. Hoje tem mais de vinte livros publicados, todos para crianças e adolescentes. Foi vencedora do 1º Prêmio Literatura Para Todos, do Ministério da Educação, na categoria contos, com o livro Co-bras em compota, que teve tiragem de 300 mil exemplares e pode ser encon-trado em todas as bibliotecas públicas do país.

O QUE OS CEGOS ESTÃO SONHANDO?

Noemi JAFFE

Em 1944, durante a II Guerra Mundial, Liwia Jaffe, então com 19 anos, foi capturada pelos nazistas na cidade de Szenta, na antiga Iugoslávia. Foi conduzida com a família para Auschwitz e depois Ber-gen Belsen. Lili passou um total de onze meses nos campos de concentração, onde morreram seus pais. Libertada pela Cruz Vermelha, foi levada para a Suécia, onde passou o período de quarentena, e lá escreveu um diário narrando as experiências que viveu, da captura à liberdade. Sessenta anos depois, já no Brasil, Lili Jaffe e sua filha mais nova, Noemi, traduziram o diário para o português. Em 2009, após receber um incentivo do Ministério da Cultura e Educação para visitar Auschwitz – via-gem que fez com a filha Leda –, Noemi escreveu O Que os cegos estão sonhando? O livro é dividido em três partes: a primeira, o diário completo de Lili Jaffe, que, ao contrário de muitos relatos sobre a guerra, contém os momentos redentores da libertação e posteriores a ela; a segunda e maior parte, uma mistura de reflexões, ficção e ensaios de Noemi sobre memória, esquecimento e sobrevivência, divididos em sua maioria em capítulos temáticos, com tópicos como fome, raiva, dinheiro, palavras, coincidências, maternidade, em que a autora tenta ser a voz de uma memória que sua mãe tinha que esquecer; na última parte do livro, Leda Cartum, de 24 anos, reflete sobre a condição de neta de sobrevivente dos campos de concentração, 70 anos depois da guerra.

Status/Publicação: Publicado pela Editora 34, em 2012.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO ALFABETO

Noemi JAFFE

Adão, já cansado de ter que dar nomes a todos os animais e totalmente desprovido de inspiração, é aconselhado por um inseto desconhecido a imitar as formas das folhas e das flores, pois assim ele conseguiria criar novas letras e nomes. Então Adão criou a letra G e com ela a palavra grilo. A verdadeira história do alfabeto narra, de A a Z, a origem de toda as letras do alfabeto e a primeira palavra que teria sido criada com cada letra, passando por situações desde a descoberta do vidro até a percepção do “I” pelo homem das cavernas. Na segunda parte do livro, a autora cria um dicionário com palavras já existentes, mas nele cada definição é reinventada para dar lugar a um mundo onde flores se comunicam e elefantes contam histórias. Trata-se de um imaginário gênese do mundo atra-vés da linguagem.

Status/Publicação: Publicado pela Companhia das Letras em 2012.

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A AUTORA

Depois de trabalhar como professora de literatura brasileira por mais de 20 anos e concluir sua carreira acadêmica com um PhD sobre a obra do poeta Antonio Cícero, Noemi Jaffe publicou um volume de poesias, Todas as coisas pequenas (Editora Hedra), em 2005. Àquela altura, já trabalhava como crítica literária para o suplemento cultural da Folha de S. Paulo e havia publicado alguns livros sobre teoria literária. A partir de então, começou a se dedicar cada vez mais à ficção literária, circulando por diferentes gêneros. Atualmente, Noemi Jaffe escreve colunas mensais para o jornal Valor Econômico e a revista Harper’s Bazaar. Mantém, ainda, um curso regular de Escrita Criativa na Casa do Saber de São Paulo. Ela está também escrevendo um novo romance e tem um livro de poesia pronto.

BRASIL, ETERNA PROMESSA (BRAZIL, ETERNAL PROMISE)

Simon LANE

Um livro que, ao explorar mitos e quebrar clichês, abrirá os olhos do mundo para o mistério que é o Brasil, país sobre o qual todos têm uma ideia ou imagem, conhecendo-o ou não. Esse livro traz a visão de Simon Lane. Para o autor, não foram os europeus que descobriram o Brasil, mas o Brasil que descobriu os europeus. Como o país tem se saído desde a chegada dos portugueses? Lane leva o leitor por uma viagem pelo tempo e espaço da epopeia brasileira, desde a separação dos continentes até esse novo amanhecer que está chamando a atenção global para uma nação “incorrigível”, agora surgindo como potência econômica e cultural, e que o autor pede que seja tratada de acordo. Com-binando fatos de diferentes naturezas e leituras que vão de Darwin e do explorador Richard Burton até Stefan Zweig e Caetano Veloso, passando por uma paleta de autores incrivelmente ampla, Simon Lane oferece uma projeção imaginária do que é o imutável ritmo brasileiro e cria um retrato fas-cinante do país que adotou como seu – ou que o adotou. Uma visão da literatura, das artes plásticas, da música e também da rua, do jeito, das pessoas, de toda a existência no Brasil, como nunca se viu tão verdadeira em qualquer ensaio ou livro de viagens já publicado.

Status/Publicação: Inédito.

O AUTOR

Simon Lane nasceu na Inglaterra em 1957. Depois de se graduar na Escola de Artes de Londres, em 1979, deixou seu país iniciando uma vida de nômade, com longos períodos em Berlim Ocidental, Nova Iorque, Milão e Lisboa, es-crevendo romances, contos, ensaios e artigos. Em 1988, mudou-se para Paris, onde permaneceu até 2001, trabalhando na televisão, fazendo filmes para o canal ARTE e apresentando um programa de rádio. Expôs seus trabalhos, in-clusive sua poesia, em teatros, galerias de arte e museus ao redor do mundo, dentre eles o Centre Georges Pompidou, onde foi realizada uma exposição de seus desenhos e litografias, que tiveram também uma edição limitada em livro. Viajante inveterado, Lane peregrinou pela Austrália, México, Índia e Islândia. Em 2001 mudou-se para o Rio de Janeiro como correspondente da Global Radio News/GRNLive, comentando a vida no Brasil. Seus títulos de ficção incluem cinco romances. Ele já foi publicado por Christian Bourgois Editeur, em Paris, e pela Editora Record, no Rio. E também pela Bridge Works Publishing e pela Abbingdon Square Publishing, em Nova York. Simon Lane faleceu em 2012.

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TEMPOS EXTREMOS

Miriam LEITÃO

Bento e Paulina são irmãos, escravos numa fazenda no interior de Minas Gerais em meados do sé-culo XIX e divididos pela ideia do melhor caminho para a liberdade. Hélio e Alice, também irmãos, escolhem campos opostos num Brasil dividido pela radicalização política na década de 1970, em plena ditadura militar. São nesses dois passados que transita a jovem Larissa, em delírio e espanto, entendendo antigas dores e encontrando respostas às suas próprias aflições. Tudo era para ser apenas um encontro de família, nos dias atuais, numa fazenda centenária de Minas Gerais, para comemorar o aniversário da matriarca. Mas os dramas e os conflitos insepultos voltam cobrando o justo ponto final, no país que nunca soube olhar seu passado. Nesse fim de semana, uma porta se abriu para os tempos extremos.

Status/Publicação: A sair pela Intrínseca em maio de 2014.

A PERIGOSA VIDA DOS PASSARINHOS PEQUENOS

Miriam LEITÃO

Nesta adorável história, sabiás, andorinhas, beija-flores, canarinhos-da-terra, coleirinhos e tantas outras espécies vivem soltos, em meio à natureza, na fazenda Brejo Novo. Mas nem por isso a vida desses pequenos cantadores é fácil: além do medo natural de humanos e das aves maiores, eles tam-bém sofrem com a falta de árvores, conforme sua população vai aumentando. Plantadores natos, eles carregam em seus bicos sementes mil, espalhando-as pela terra – no entanto, os bois e agricultores sempre acabam destruindo as mudas assim que elas começam a crescer, impedindo que a mata cresça. Decididos a aumentar a área verde da fazenda, os passarinhos se reúnem e decidem chamar a atenção dos donos da propriedade para o seu problema. A ideia é ousada: organizar um grande concerto ao redor da casa dos humanos e cantar bem alto para sensibilizá-los. Será que sua música será compreendida e eles serão ajudados?

Status/Publicação: Publicado pela Rocco em 2013.

SAGA BRASILEIRA: A longa luta de um povo por sua moeda

Miriam LEITÃO

Desde a hiperinflação até o congelamento dos preços, planos falidos, o confisco das economias dos cidadãos pelo governo do Presidente Fernando Collor e o Plano Real, Miriam Leitão, uma das mais respeitadas jornalistas econômicas em todo o país, mostra como os brasileiros sofreram e resistiram até a estabilização da economia no país. Neste livro sobre a história recente do Brasil, Miriam oferece um panorama único da relação do povo brasileiro com a sua moeda e o papel dessa relação na construção da identidade nacional. Misturando histórias comoventes com análises econômicas, Saga brasileira, que permaneceu por mais de seis meses no topo das listas de mais vendidos e vendeu mais de 100 mil exemplares, revela como os esforços para manter a estabilidade econômica moldaram a sociedade brasileira.

Status/Publicação: Publicado pela Record, em 2010.

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A AUTORA

Miriam Leitão é uma das mais influentes jornalistas econômicas do Brasil. Suas análises precisas e claras são publicadas desde 1991 diariamente no jornal O Globo. Miriam também é comentarista na TV Globo, no canal Globonews e na rádio CBN, além de já ter trabalhado em várias outras publicações do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ao longo de sua carreira, conquistou diversos prêmios, dentre eles o aclamado Maria Moors Cabot Prize, da Universidade de Jornalismo de Columbia. Além de seu trabalho de não-ficção, Miriam Leitão é poeta, autora de livros infantis e, no momento, finaliza A história do futuro, uma ampla investigação sobre as potencialidades do Brasil e os principais de-safios que o país enfrenta a fim de que se cumpra seu destino de grande nação.

O BIBLIOTECÁRIO DO IMPERADOR

Marco LUCCHESI

Rio de Janeiro, último dia do longo reinado de Dom Pedro II. O Visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros, tenta evitar a implantação do novo regime, organizando ampla resistên-cia, que prontamente se desfaz. Duas personagens tomam conta da narrativa: o barão de Jurujuba, inveterado ladrão de livros, e Inácio Cesar Raposo, bibliotecário do Imperador. História e ficção se misturam a tal ponto que o próprio narrador é chamado a participar da trama, lendo cartas e diários, visitando cemitérios e arquivos, frequentando bibliófilos e ladrões, produzindo um desfecho miste-rioso e emocionante.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Globo em 2014.

O DOM DO CRIME

Marco LUCCHESI

Ao final dos anos 1860, o mais importante romancista brasileiro, Machado de Assis, é editor de um jornal no Rio de Janeiro. O assassinato de uma mulher e o julgamento do criminoso tocam, marcam e abalam a sociedade carioca, coração do império brasileiro. Um crime passional: um marido acre-dita que sua esposa de muitos anos vê um outro homem e, sem qualquer prova, movido por puro ciúme, a mata. O ato monstruoso poderia ter inspirado Machado – como crê com estranha obstina-ção o narrador de O Dom do crime – na criação de seu belo romance Dom Casmurro, clássico maior da literatura brasileira. Com grande elegância e estilo, O Dom do Crime revela a fina fronteira entre ficção e história. Laureado com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e o segundo lugar do Prêmio Brasília de Literatura, este romance conduz o leitor pelas ruas do fasci-nante Rio de Janeiro do século XIX, onde ele – o leitor – tentará resolver um duplo mistério, sobre a possibilidade de um caso extraconjugal e sobre uma genealogia literária.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2010.

O AUTOR

Marco Lucchesi vem de uma família toscana e nasceu no Rio de Janeiro em de-zembro de 1963. Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro da Academia Brasileira de Letras e Cavaliereda República Italiana, trabalhou por muitos anos como editor de revistas e facsímiles na Biblioteca Nacional. Publicou ensaios, ficção e poesia, e além das premiações por O Dom do crime, recebeu o Prê-mio Ars Latina, na Romênia, por seu ensaio Ficções de um Gabinete Ocidental, em 2009; o Prêmio Alphonsus Guimarães por Meridiano celeste e Bestiário, em 2006; o Prêmio João Fagundes de Meneses por A memória de Ulisses, em 2004, entre muitos outros. Traduziu autores de diferentes idiomas como Rumi, Rilke, Umberto Eco, Primo Levi, Khlebnikov, Süsskind, e os poemas de O Doutor Jivago.

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TÃO LONGO AMOR TÃO CURTA A VIDA

Helder MACEDO

O narrador desse thriller psicológico é um escritor português que mora em Londres. Uma noite, ele recebe a visita inesperada de um amigo diplomata, também português, na cidade para uma conferência sobre o Oriente Médio, mas que se diz em fuga de uma tentativa de sequestro. Conta que esteve preso numa casa vizinha, aonde o levaram uma mulher e um homem mais velho, possivelmente de origem árabe. A mulher teria falado sobre experiências que ele teve com uma cantora de ópera, por quem se apaixonou no início de sua carreira em Berlim Oriental, e que desapareceu no dia em que o muro caiu. Ela falava como se fosse aquela mulher, dizendo-lhe que após deixar Berlim perdera a voz em consequência de uma doença.

O escritor duvida da veracidade de história tão bizarra e receia que o diplomata esteja acobertando algum crime. Decide escrever sua versão do que poderia ter acontecido nos 23 anos entre o desapa-recimento da cantora e o suposto sequestro do diplomata. Quando o diplomata retorna a Londres, o escritor mostra a ele sua reconstrução ficcional da história que poderia ter levado ao sequestro e ao possível crime. As consequências são dramáticas e totalmente imprevisíveis. Ambientada em meio a acontecimentos da política internacional recente, a combinação das duas narrativas produz um ro-mance brilhante, que explora todas as conexões entre fato e ficção, memória e imaginação, perversão e máscaras, amor e desejo.

Status/Publicação: Publicado pela Presença (Portugal), em 2012, e pela Rocco, em 2013.

O AUTOR

Helder Macedo publicou seis romances, sete livros de poesia e ex-tensa obra de crítica literária. Ele viveu sua infância em Moçam-bique e seus anos de formação em Portugal. Vive hoje em Londres, onde ocupou a cátedra Camões como professor de Português no King’s College e é Professor Emérito de Português. Trabalhou para a BBC, em Londres, e foi professor visitanteem diversas univer-sidade dos Estados Unidos, França, Espanha e Brasil, além de Secretário do Estado para a Cultura em Portugal. Seus romances foram publicados em Portugal pela Editorial Presença e, no Brasil, pela Editora Record. Tem, ainda, romances e livros de poesia publi-cados na Espanha, Itália e Alemanha.

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OS ESCOLHIDOS DE GAIA

Marcela MARIZ

O romance conta a história da mudança de Alberto, um rapaz de 15 anos, da Califórnia para um novo mundo de tecnologia incompreensível e estranhos colegas. Superando medos a ponto de igno-rar detalhes importantes dos primeiros tempos no novo mundo, ele logo precisará encontrar forças

para desafiar as autoridades, pois sua família passará por um escândalo que ameaçará separá-los e até apagar suas identidades. Numa narrativa com ritmo acelerado sobre uma família aparentemente normal lutando por seu espa-ço em um mundo supostamente perfeito, os leitores devem estar preparados para muitas aventuras, humor e mistério. Os escolhidos de Gaia, além de le-var os leitores para uma atmosfera de fantasia e suspense, promove os valores da diversidade e da auto-estima. Um livro leve que lida com experiências uni-versais, de adaptação a novos lugares, pessoas e afetos.

Originalmente publicado pela Amazon, Os ecolhidos de Gaia tornou-se rapi-damente um hit na internet, alcançando mais de 10.000 downloads em pou-

cos meses. O livro foi recomendado pela Kindle Owners Association. No Brasil, a editora Gutenberg conquistou em leilão os direitos de publicação no Brasil.

“Um exemplo perfeito de fantasia combinada com mistério.” – Jessica Torres, Hopeless Bibliophile

“Tem um pouco de tudo: um crime a ser desvendado, tecnologia futurística, amor juvenil, esportes, ação, intrigas, suspense, conspirações e muito mais.” – Scott Pie, Indie Book Blogger

Status/Publicação: Originalmente publicado em inglês (eletronicamente e em papel), pela Amazon, em 2012. Publicado pela Gutenberg, em abril de 2014.

A AUTORA

Marcela Mariz é uma jovem advogada bem sucedida, mas a escrita tomou o posto de grande paixão. Ela escreve roteiros e romances em português e em inglês e tem diversas peças montadas no teatro. Vive com o marido em Orange, Califórnia, onde constantemente desenvolve ideias de novas histórias a serem contadas para encantar leitores de todas as idades.

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O BRASIL DOS ARAPONGAS

Paulo MARKUN

A partir de pesquisa em arquivos das várias repartições da repressão política durante a ditadura mi-litar brasileira, agora abertos ao público, o autor pretende mostrar a lógica interna daquele sistema. Ele está analisando milhares de dossiês, informes, relatórios e fichas, a fim de compor uma espécie de pot-pourri seleto e abrangente de um universo ainda pouco explorado. Com um título que refere à maneira popular de denominar os agentes secretos da ditadura, a partir de um personagem cômico de programa de TV, a coletânea permitirá vislumbrar o país que só existia na mente desses agentes e de seus chefes, obcecados pela Segurança Nacional, vendo comunistas em todos os cantos.

Status/Publicação: Em proposta, obra em progresso.

ANITA GARIBALDI, UMA HEROÍNA BRASILEIRA

Paulo MARKUN

Em 1839, em Laguna, no litoral sul do Brasil, Ana Maria de Jesus Ribeiro deixou seu primeiro ma-rido, um sapateiro, para ir a bordo do navio comandado pelo revolucionário italiano Giuseppe Gari-baldi. O romance com Garibaldi durou dez anos, resultou em quatro filhos e daria um filme de ação. Lutando com armas de fogo, Anita foi capturada em combate, fugiu e se escondeu na mata. Cercada pelo inimigo, com seu filho recém-nascido nos braços, galopou, seminua, no meio da noite. Em Montevidéu, enquanto seu marido lutava ao lado dos uruguaios contra os argentinos, ela teve mais três filhos. Foi para a Itália antes de Garibaldi, que ainda estava oficialmente condenado à morte. Recebida com festas em Nice, testou a boa vontade do imperador quanto ao marido, que voltou em seguida e logo estava em ação novamente. Ela não se juntou à nova missão de Garibaldi, que lutava pela unificação italiana. Ficou em casa, até receber a notícia de que seu marido estava em Roma, cercado pelos austríacos. Partiu, então, para o campo de batalha, mantendo-se ao lado de Garibaldi na campanha de guerrilha em que seu companheiro enganou o inimigo, mais preparado e em maior número. Os dois ficaram juntos até a morte de Anita, numa fazenda perto de Roma.

Anita tornou-se mito. Em torno de sua saga cresceram lendas e mentiras. A trajetória da jovem humilde de Laguna foi distorcida por entusiastas e críticos. Nem seu rosto é descrito com precisão. Dos retratos que a representam, apenas um é considerado fiel às suas características, assinado por Gaetano Gallino. Para separar lenda da realidade, o autor realizou extensa pesquisa no Brasil, Itália, Uruguai e EUA. Como resultado de seu trabalho, uma heroína é revelada.

Status/Publicação: Publicado pelo Senac, em 2010, e pela Armando Editore (Itália), em 2012.

CABEZA DE VACA

Paulo MARKUN

Este livro traz a saga de um tipo diferente de conquistador, o personagem central é o nobre espanhol Alvar Núñez Cabeza de Vaca. Intrépido e ousado, ele tem uma história pessoal semelhante a um filme de aventura. Arriscando sua vida em busca de fama e fortuna, nunca alcançou seus objetivos,

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mas escapou da morte dezenas de vezes, sobrevivendo a todos os seus adversários. No fim da vida, Cabeza de Vaca publicou Naufrágios e Comentários, um relato de sua primeira viagem ao continente americano, uma expedição para a Flórida, com a descrição detalhada de seus feitos em Río de la Plata, na Argentina e no Uruguai. O relatório é, até hoje, republicado como um dos melhores exem-plos desse tipo de narrativa.

Além de buscar na extensa bibliografia fatos sobre o personagem e sua época, o autor baseou sua bio-grafia, que exigiu uma década para ser feita, em material obtido do Archivo de Las Indias em Sevilha, transcrito por especialistas em escrita do século 16. A análise de tais documentos, até então exami-nados apenas superficialmente, propicia uma visão equilibrada e rica de um personagem incrível na história da Espanha e das Américas. Uma narrativa emocionante, escrita com toda a exatidão histórica, em um texto que pode ser lido como um romance de aventura.

Status/Publicação: Publicado pela Companhia das Letras em 2009.

O AUTOR

Paulo Markun nasceu em São Paulo em 1952. Diretor da Revanche Produções, uma produtora brasileira independente, ele é jornalista profissional desde 1971. Foi repórter, editor, comentarista e chefe de redação em diversas emissoras de TV, jornais e revistas. Durante dez anos, apresentou o Roda Viva, mais impor-tante programa de entrevista da televisão brasileira. Seu currículo inclui 21 do-cumentários e duas séries de televisão: Lá e Cá, co-produzido pela TV Cultura e RTP 2, e Autor Por Autor, co-produzido pela TV Cultura e SESCTV. Presidiu o Santacine (União da Indústria Audiovisual do Estado de Santa Catarina), onde mora, e a Fundação Padre Anchieta, responsável pela gestão da TV Cultura, UNIVESP TV, Multicultura, Cultura Brasil e FM Cultura. Markun criou jornais, revistas e boletins (Pasquim São Paulo, Jornal do Povo, Jornal do Norte, Radar, Deadline) e escreveu treze livros. Como consultor, ele preparou o projeto da UNESCO de reformulação da TV Escola.

CARTA AO FILHO

Betty MILAN

“Que tipo de mãe sou eu?” e “Como poderia ter evitado os erros que cometi?” são as perguntas cen-trais que movem a autora neste livro. Guiando-se por essas questões, ela escreve a seu filho e repassa toda sua história de vida na tentativa de encontrar respostas. A autora percebe que não se encaixa em nenhum perfil de mãe e conclui que, para agir corretamente, uma mãe precisa ouvir o que seu filho tem a dizer. Para ela, não existe nenhum modelo de mãe, e nem mãe-modelo. Sem nunca ultra-passar os limites que a relação entre mãe e filho impõe, ela quebra um velho tabu ao escrever sobre sua vida amorosa. Lembrando La Touche Étoile, de Benoîte Groult, há aqui um livro emocionante que examina minuciosamente o que é a maternidade, completamente baseado nas experiências da autora, de seu nascimento à maturidade, incluindo seus estudos com Lacan, em Paris, e seu retorno a um Brasil que ela redescobre.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2013.

O PAPAGAIO E O DOUTOR

Betty MILAN

Um romance sobre os “turcos” do Brasil – os descendentes de imigrantes sírios e libaneses, pejorati-vamente generalizados como “turcos” em São Paulo. A história é narrada por uma descendente deles, Seriema, que foi à França fazer análise com um renomado Doutor – inspirado em Jacques Lacan. Re-memorando a análise e o passado dos imigrantes, Seriema se liberta do Doutor e dos ancestrais, para se tornar quem deseja ser e cultivar o idioma brasileiro ou a língua do “ão”, na qual ela sonha. Pela irreverência, Seriema evoca a Emília do Monteiro Lobato e o herói sem caráter, Macunaíma. Como Emília, diz o que pensa. Como Macunaíma, faz pouco do sentimento de culpa. Ri de si mesma e dos outros para se libertar. Só que, à diferença do Macunaíma, ela não morre no fim do romance, não vira estrela, sai de cena gostando de ser brasileira, mestiça e mulher. Seriema vai procurar sua alma na capital do espírito e aí descobre que ela se encontra no seu país de origem, e o espírito paira em todo lugar. O livro tem posfácio de Michèle Sarde, biógrafa da Marguerite Yourcenar, e uma tradução para o espanhol assinada pela escritora Alicia Dujovne Ortiz.

Status/Publicação: Publicado pela Record, em reedição, em 1996; pela Édition de L’Aube (França), em 1997; e pela Homo Sapiens (Argentina), em 1999.

CONSOLAÇÃO

Betty MILAN

Brasileira, casada com francês, Laura assiste à agonia do marido em um hospital parisiense. Tenta inutilmente convencer o médico a abreviar o sofrimento dele e, depois do enterro, toma o avião para São Paulo, sua cidade natal, com a qual mantém uma relação de amor e ódio. Mas Laura não vai para a casa da família, pois não suporta a ideia de ouvir “meus pêsames” e de ser olhada com pena. Vai direto do aeroporto para o cemitério, onde fala com os vivos e com os mortos, cujas vozes ela ouve.

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Conversa com Mario e Oswald de Andrade, os escritores que, pela sua independência e sua relação com a cultura brasileira, a marcaram. Por fim, fala com o pai, que a incita a sair da concha do luto e a escutar os outros, o “povo da rua” – os que nela vivem sem serem vistos nem ouvidos. Laura segue o conselho e erra pela cidade. Vai descobrir a São Paulo que ninguém conhece e nos revelar o mundo dos seus moradores invisíveis. O périplo só se interrompe quando Laura ouve a voz do marido, que diz que, sendo mãe, ela precisa se cuidar, e “perder não significa não ter” – e ela o tem, desde que não se esqueça do amor. Antes de ir para casa, Laura assiste no teatro a uma homenagem a Oswald. Ouvindo o Manifesto Antropófago, ela enfim diz não à tristeza e se deixa tomar pela alegria que, segundo o poeta, é a prova dos nove.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2009.

A AUTORA

Betty Milan é escritora e psicanalista. Nasceu em São Paulo, onde cursou a Faculdade de Medicina da USP. Fez formação analítica na França com Jacques Lacan, de quem foi analisanda, tradutora e assistente na Universidade de Paris VIII. Publicou romances, crônicas e ensaios e tem livros traduzidos para o francês, o espanhol e o chinês. Foi colaboradora da Folha de S. Paulo durante 25 anos e colunista da Veja durante cinco. Trabalhou para o Parla-mento Internacional dos Escritores, sediado em Strasburgo.

DIAS PERFEITOS

Raphael MONTES

Téo é um jovem estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e dissecar cadáveres nas aulas de Anatomia – momento em que mais se sente feliz. Quando conhece Clarice, fica obcecado por ela e passa a persegui-la. Descobre que Clarice sonha em viver da criação de roteiros cinematográficos e que está escrevendo um road movie chamado Dias Perfeitos sobre três amigas que saem numa viagem de carro pelo Brasil. Ao tentar se aproximar, Téo é rejeitado e, levado a extremos, sequestra Clarice. Coloca-a sedada no banco carona de seu carro e inicia uma viagem pelo país – a mesma das personagens do roteiro dela. Téo pretende, assim, fazer com que ela tam-bém goste dele. Passando por cenários como um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, este thriller psicológico de clima sombrio e muitas vezes sufocante explora a tensão entre os dois personagens através de atitudes e diálogos que deixam o leitor a se perguntar se a tentativa de conquistar Clarice está realmente dando certo.

Status/Publicação: Publicado pela Companhia das Letras em 2014.

SUICIDAS

Raphael MONTES

Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que teria levado esses nove es-tudantes universitários da elite do Rio de Janeiro – aparentemente sem grandes preocupações – a acabar com suas vidas numa roleta russa? Um ano depois da tragédia, que terminou de forma violenta e misteriosa, uma nova pista, até então guardada em segredo pela polícia, lança luz sobre o caso. No comando da inves-tigação, a detetive Diana Guimarães reúne as mães dos nove jovens para tentar entender o que realmente teria acontecido e os motivos que os levaram ao suicí-dio coletivo naquela noite. Lendo anotações feitas por um dos suicidas durante o incidente, as mulheres são arrastadas para o turbilhão de fatos que culminaram na morte de seus filhos. No ambiente cada vez mais carregado da reunião, as máscaras começam a cair e uma verdade chocante emerge. Um enredo emocionante com final imprevisível.

“Uma refeição completa para os adeptos do gênero policial.” – Correio Braziliense

“Suicidas é uma caixa de surpresas. (...) Intrigante, a narrativa leva a imaginar a história no cinema.” – Portal R7

“Uma trama das mais originais e surpreendentes dos últimos tempos. Uma revelação.” – Alberto Mussa, escritor

“O autor só tem 22 anos, mas é incrível. Não consegui parar até o fim.” – Walcyr Carrasco, escritor e dra-maturgo.

“Suicidas mostra o fôlego de um novo autor que já sabe muito bem o que está fazendo. Um livrão, em todos os sentidos.” – Santiago Nazarian, escritor

Status/Publicação: Publicado pela Benvirá em 2012.

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O AUTOR

Raphael Montes nasceu no Rio de Janeiro, em 1990. Formou-se em Direito pela UERJ e já publicou contos em diversas antologias de mistério. Suicidas, seu romance de estreia, foi finalista do 1° Prêmio Benvirá de Literatura e do prestigiado Prêmio Machado de Assis, entregue pela Biblioteca Nacional. Raphael é dono de uma biblioteca com mais de 5.000 títulos de literatura policial, e sua pouca idade, associada ao estilo intenso de sua prosa, vem cha-mando a atenção do mercado literário brasileiro. Sucesso crítico e popular, ele foi recentemente convidado por Clifford Landers, um dos mais renoma-dos tradutores e especialistas em literatura policial brasileira, a contribuir para uma antologia de autores brasileiros de ficção policial a ser editada e traduzida para o inglês pelo próprio Clifford. A coleção contará com nomes como Rubem Fonseca, Moacyr Scliar e Patrícia Mello.

“Raphael Montes desponta como promessa da literatura policial brasileira.” – O Globo

“Uma estrela em ascensão.” – Ellery Queen Mystery Magazine

“Um garoto invade o território do noir.” – O Estado de S. Paulo

O ENCONTRO

Eduardo MOREIRA

Jonas é um dos executivos mais bem sucedidos em um dos maiores bancos de investimento do mun-do. Mora em Nova York e aos 37 anos vive exclusivamente em função do trabalho. Numa manhã, a caminho do escritório, é atropelado por um táxi em plena Park Avenue. Milagrosamente, porém, nada acontece com ele, que se levanta, caminha pensativo até o Central Park, e se senta em um banco para recuperar-se do susto. Reflete sobre o fato de que poderia ter morrido e se questiona sobre o que está fazendo de sua vida. Decide que precisa urgentemente responder três perguntas: O que o deixa feliz? O que busca na vida? Quem ele realmente é?

Surge daí uma trama em que realidade e sonhos se misturam e conversam, em um romance filosó-fico sobre o sentido da vida e a luta por ela. Os capítulos alternam o mundo criado por Jonas dentro do coma – em que acompanhamos sua busca pessoal por respostas existenciais – e o mundo real, em que pessoas próximas a Jonas repensam suas vidas a partir do drama do paciente. Questionamentos sobre vida e morte, envelhecimento, carreira, dinheiro, conflitos conjugais, relacionamento entre pais e filhos e sobre o amor são abordados, numa discussão filosófica com referência às ideias de Lacan, Jung, Foucault, Nietzche e Spinoza.

Status/Publicação: Publicado pela Record em maio de 2014.

O ENCANTADOR DA MONTANHA

Eduardo MOREIRA

O livro narra a história de Pólio e sua jornada por autoconhecimento. Em capítulos curtos, conta o encontro do jovem com o sábio Laervas, mestre de quem se tornará amigo e aprendiz e com quem encontrará os caminhos de se compreender e se recolocar no mundo. Dia após dia, Pólio e Laervas dedicam-se a caminhadas pela floresta, explorando os arredores da montanha onde o sábio vive, isolado e em comunhão com o meio ambiente. Nos detalhes do cotidiano, Pólio aprende a observar a natureza, engrenagem da qual extrai lições que o acompanharão para sempre. O jovem depara-se com experiências que ampliarão sua expectativa inicial e que lhe oferecerão meios para uma existên-cia fundamentada no presente e na humildade. A vida na floresta o ensinará a não julgar os outros pela primeira impressão e a reconhecer que, às vezes, é preciso recomeçar do zero.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2013.

ENCANTADORES DE VIDAS

Eduardo MOREIRA

Encantadores de vidas é o depoimento do próprio autor, Eduardo Moreira, que conta no livro como conseguiu mudar profunda e positivamente sua vida graças aos ensinamentos de dois gurus: o mais conceituado treinador de cavalos do mundo, Monty Roberts, e o treinador de atletas Nuno Cobra, grande preparador do piloto Ayrton Senna. O que poderiam ter em comum Monty e Nuno? Ambos escreveram livros de sucesso: O encantador de cavalos, que ficou 58 semanas na lista de mais-vendi-

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dos de The New York Times, e A semente da vitória, que vendeu mais de 500.000 exemplares no Brasil. Mas há muito mais, e Eduardo percebeu isso em primeira-mão. Primeiramente, detectou que estava observando não somente dois métodos de ensino, mas duas únicas e revolucionárias filosofias de vida, princípios que passaram a reger a vida do autor.

Em Encantadores de vidas, os métodos de Monty Roberts e Nuno Cobra são descritos pelos olhos de um discípulo, que se tornou como um filho para esses dois gurus. Monty Roberts e Nuno Cobra contribuíram com prefácios. Com tiragem inicial de 50.000 exemplares, o livro foi um grande suces-so, permanecendo por meses nos primeiros lugares das listas de mais vendidos de não-ficção.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2012.

O AUTOR

Eduardo Moreira é sócio-fundador da Plural Capital, uma das empresas fi-nanceiras mais respeitadas do Brasil. Nascido em 1976, graduou-se em En-genharia e é formado em Economia pela Universidade da Califórnia – San Diego. O sucesso surpreendente de Encantadores de vidas, que o manteve no topo das listas de best-seller por vários meses ao longo de 2012, levou-o a desenvolver uma série de projetos literários. Ele publicou Investir é para todos, também pela Record, um guia financeiro para leigos em finanças, em dezembro de 2013.

A HISTÓRIA DE MORA: A saga de Ulysses Guimarães

Jorge Bastos MORENO

A história de Mora refaz a trajetória política de Ulysses Guimarães, figura central no processo de democratização do Brasil, através do olhar de Dona Mora, sua esposa. Nas crônicas, originalmente publicadas no jornal O Globo, a história de um dos principais nomes da política brasileira é contada com humor e intimidade, revelando segredos, paixões e estratégias do poder, com o diferencial da visão feminina.

Ao escrever com humor e dramaticidade, entrelaçando fatos irônicos e trágicos, o jornalista nos faz per-ceber o quão profundas podem ser as ideias políticas, as ideologias do bem comum, assim como algumas personalidades. É assim que revela, ao lado de seu personagem, grande amor pelo Brasil e pela democracia.” – Jorge Mautner

Status/Publicação: Publicado pela Rocco em 2013.

O AUTOR

Em seus mais de 40 anos de carreira, Jorge Bastos Moreno tem passagens pelo Jornal de Brasília e Jornal do Brasil. Hoje, é diretor do Infoglobo e assina a coluna “Nhenhenhém de Brasília” no jornal O Globo. Criador do blog “Rádio do Moreno”, seu jornalismo político se destaca pelas notícias de bastidores do poder, contadas com estilo próprio e humorístico. A história de Mora é o seu primeiro livro.

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A PRIMEIRA HISTÓRIA DO MUNDO

Alberto MUSSA

Rio de Janeiro, 1567. A cidade tinha apenas dois anos de fundação quando Francisco da Costa, ser-ralheiro, foi encontrado morto com oito flechas nas imediações do núcleo urbano. Não fazia muito tempo que as últimas aldeias dos tamoios tinham sido destruídas. E, à primeira vista, aquele cadáver cravado de flechas deveria sugerir um ataque furtivo do inimigo indígena. Mas não foi essa a conclu-são a que chegaram os portugueses: em pouco tempo, dez cristãos, cidadãos do Rio de Janeiro, foram considerados, isoladamente, suspeitos de assassinato – o primeiro assassinato acontecido na cidade. Ainda mais surpreendente é que Jerônima Rodrigues, mulher do serralheiro morto, foi apontada como causa única do crime, em todas as dez acusações.

A primeira história do mundo é o romance que retoma esse caso real e tenta, retrospectivamente, desvendar o crime. Além de reconstituir a história primitiva da cidade, dando vida às personagens envolvidas no processo, faz do pensamento mítico indígena uma das chaves para a solução do caso – cujo grande segredo era a própria mulher.

A obra integra uma série de cinco romances policiais ambientados um em cada século da história carioca, do XVI ao XX. O trono da rainha Jinga, aclamada novela publicada em 1999 (com segunda edição em 2007), é o primeiro volume e se passa no século XVII. O senhor do lado esquerdo, de 2011, é o segundo volume da série e se passa no século XX.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2014.

O SENHOR DO LADO ESQUERDO

Alberto MUSSA

Rio de Janeiro, 1913. O secretário da Presidência da República, no governo Hermes da Fonseca, é encontrado morto num dos quartos da antiga casa da Marquesa de Santos, então conhecida como a Casa das Trocas – luxuoso bordel e também esconderijo de amores clandestinos, que funcionava sob a fachada de uma clínica ginecológica, cujo proprietário era um médico polonês, obcecado pelas fan-tasias sexuais femininas. Durante as investigações, um perito da polícia científica, frequentador da Casa, se depara com um malandro do cais do porto, possivelmente envolvido no crime, com quem começa um longo embate para saber qual dos dois é o maior sedutor. Uma intriga policial como ponto de partida para a investigação da mitologia erótica do Rio de Janeiro.

Laureado com o prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, e com o Prêmio de Ficção da Academia Brasileira de Letras, O senhor do lado esquerdo foi eleito pelo jornal O Globo um dos dez melhores livros lançados no Brasil, entre obras nacionais e internacionais, em 2011. Seu direitos de adaptação audiovisual foram vendidos para a Pásssaro Filmes, e uma grande produção começará a ser rodada em 2014.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2011. Publicado pela e/o (Itália) e pela Europa (EUA, Grã--Bretanha, língua inglesa em geral), em 2013. Publicado pela Angle (Catalunha), em 2014. Vendido para a Phoebus (França), a sair para o Salon du Livre de 2015, quando o Brasil será homenageado, e para a Fu-nambulista (Espanha). Vendido para a Hohe (Etiópia).

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O TRONO DA RAINHA JINGA

Alberto MUSSA

Rio de Janeiro, século XVII. Uma onda de inexplicável violência aterroriza a cidade – sequestros, mutilações, assassinatos. A irmandade secreta de escravos africanos traz pânico à cidade. Ao mesmo tempo, na África, os eventos surpreendentes que parecem evocar os crimes no Brasil estão ocorren-do em torno da enigmática rainha reinante Jinga. Aliando a técnica ágil das tramas de mistério a uma linguagem de precisão artística, este livro faz um grande passeio pelo Rio Antigo, dos solares às senzalas, dos largos cheios de gente às vielas escuras. Como cada capítulo é narrado por um perso-nagem, com visões diferentes da história, o desfecho é ainda mais imprevisível.

Mais de 20.000 cópias vendidas nas livrarias e aquisições do governo para as bibliotecas escolares.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2007. Vendido para Univers (Romênia).

O AUTOR

Traduzido em inglês, francês, espanhol, italiano, catalão, turco, árabe e romeno, vencedor dos prêmios Casa de Las Américas, da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis (da Biblioteca Nacional) e da Associação Paulista dos Crí-ticos de Arte, Alberto Mussa é um dos escritores mais originais da literatura brasileira contemporânea. Chamado de “gênio” pela revista francesa Télérama, em sua literatura Mussa tira grande proveito de sua enorme erudição sobre civi-lizações antigas e culturas primitivas e de seu conhecimento da cultura popular brasileira. Seu romance O enigma de Qaf (Record, 2004) foi publicado em dez países além do Brasil. Em 2014, além de A primeira história do mundo, a Record publicará também uma antologia de contos do autor, A biblioteca elementar.

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CANTOS PROFANOS

Evando NASCIMENTO

Cantos profanos é uma coletânea de narrativas contemporâneas inspirada no universo moderno e pós-moderno laico em contraste com as tradições religiosas e com os fundamentalismos atuais. Originário de família católica não praticante, o autor faz neste livro um ajuste de contas com o cristianismo e os monoteísmos em geral, sem recair, no entanto, num viés maniqueísta ou simplo-riamente antirreligioso. Em sua maioria conduzidos na primeira pessoa, os contos compõem uma espécie de canto coral em que vozes se alternam em contraponto, configurando aspectos violentos e brutais, mas também prazerosos e lúdicos do Brasil e do mundo atual. Insinua-se em todo o volume a ideia de que só um mundo verdadeiramente livre da tirania dos deuses pode sinalizar o advento de um novo Homem e de uma nova Mulher e, assim, de uma outra Humanidade.

Status/Publicação: A ser publicado pela Biblioteca Azul/Globo em 2014.

CANTOS DO MUNDO

Evando NASCIMENTO

Uma coletânea de contos instigante e provocativa, dividida em três partes: climas e paisagens; bes-tiário e cantos do mundo. Com forte teor autobiográfico, traz, ainda, textos que se desdobram em histórias de amor, separação, cartas fictícias, elucubrações filosóficas. O autor empresta ao texto um sentimento de universalidade, ao mesmo tempo em que desconcerta o leitor trazendo elementos de seu lugar natural, obrigando-o a movimentar-se pelo mundo e seus cantos. Ao propor a discussão de questões contemporâneas como o esfacelamento da perspectiva de futuro, a fragilização de vínculos sociais e afetivos e a fragmentação do sujeito, Evando Nascimento nos brinda com uma sucessão de viagens, cores, cheiros, sentimentos. Os quatro cantos de um mundo muito grande, onde a existência é um barco sem rumo, sempre em movimento.

Cantos do mundo foi finalista do Prêmio Portugal Telecom.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2011.

RETRATO DESNATURAL

Evando NASCIMENTO

Este livro é um encontro de vários gêneros: narrativa, poesia, ensaio, autobiografia, correspondência. Com o subtítulo “Diários – 2004 a 2007” e classificado como ficcional, ocorre na trama uma mistura de realidade e imaginação pautada pela experiência de um indivíduo fragmentado. No conjunto, tem-se um romance, pois se acompanha a trajetória de Evando Nascimento nas seis partes em que se divide o livro. Para o poeta e filósofo Antonio Cícero, trata-se, acima de tudo, de uma “reescrita sem limites, trabalho vital de pensamento”.

Retrato desnatural, primeira ficção do autor, também foi finalista do Prêmio Portugal Telecom.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2008.

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O AUTOR

Evando Nascimento é escritor, ensaísta e professor universitário de litera- tura. Baiano, nascido em 8 de agosto de 1960, em Camacã, ele atualmente vive no Rio de Janeiro. Na década de 90, passou cinco anos na França, fazendo cursos na Sorbonne e dando aulas na Universidade Stendhal, em Grenoble. Em 2007, fez pós-doutorado em Filosofia na Universidade Livre de Berlim. Autor de ensaios e diversos livros de filosofia, teoria e crítica literária, vem recebendo por seu trabalho amplo reconhecimento da críti- ca literária brasileira.

“Entre as várias correntes da prosa brasileira atual, existe uma bem consolidada, que poderíamos chamar de literatura exigente. São obras de gênero inclassificável, misto de ficção, diário, ensaio, crônica e poesia. [...] Evando Nascimento é o mais ensaístico de todos; fala de arte, de política, contém sua própria teoria e sua própria crítica, restando muito pouco a dizer ao ‘amável crítico’ que ele interpela ironicamente.” – Leyla Perrone-Moisés, Folha de S. Paulo.

“Não é possível ignorar a existência de Evando Nascimento: ele não só existe, como afirma sua existên- cia através de uma escrita inconfundível, que não se contenta em ser mera distração ou devaneio, mas se apresenta como um lugar de dúvida e interrogação ferozes. Ela expande assim as fronteiras da pró- pria literatura (e, por isso, é excelente literatura), avançando sobre as coisas do mundo para desafia-las”. – José Castello, O Globo

A TRILOGIA DO CAMPUS: O marido perfeito mora ao lado, O verso do cartão de embarque e A fábrica de diplomas

Felipe PENA

Uma série de crimes acontece em três universidades diferentes: uma particular, outra católica e, por último, uma instituição pública. Em todos os romances, o investigador dos crimes é o psicanalista espanhol Antonio Pastoriza, que também precisa lidar com sua instável vida amorosa e com a cor-rupção do sistema universitário brasileiro.

“Felipe Pena investe em uma narrativa de entretenimento com qualidade, e tanto sua versatilidade de técnicas como seu excesso de imaginação o colocam em posição privilegiada para cumprir esse objetivo.” – O Estado de S. Paulo.

“Felipe Pena mistura psicanálise, risos e lágrimas” – Folha de S. Paulo.

A FÁBRICA DE DIPLOMAS

Felipe PENA

Uma envolvente história de suspense que utiliza como cenário a conturbada (e pouco explorada) realidade universitária brasileira, com jovens divididos entre livros, amores impossíveis e festas rega-das a drogas e álcool. Uma estudante de Farmácia é baleada no campus de uma faculdade do Rio de Janeiro durante o intervalo das aulas. O psicanalista Antonio Pastoriza é chamado pelo Reitor para investigar o crime e descobre a participação de um estranho personagem que, apesar de analfabeto, acaba de entrar para a universidade.

Atormentado por dúvidas sobre os métodos utilizados pela profissão que escolheu, Pastoriza reencontra uma ex-namorada, envolve-se em uma disputa pessoal com o chefe de polícia e se vê no meio da guerra entre milícias e traficantes cariocas pelo controle de uma nova droga sintética produzida no laboratório farmacêutico da universidade. E ainda precisa descobrir a identidade do misterioso Doutor, um bandido cujo rosto nunca foi visto por ninguém.

Status/Publicação: Publicado pela Record, em 2011, e pela Arara Verlag (Alemanha), em 2013.

O VERSO DO CARTÃO DE EMBARQUE

Felipe PENA

A quem delegar a difícil tarefa de receber uma trágica notícia “pessoal”? Quem (re)contará uma história que não nos pertence? É o que se pergunta o decadente Antonio Pastoriza quando preenche o verso do cartão de embarque e dedica uma crônica ao assunto, minutos antes de viajar para um lugar desconhecido.

Duas leitoras se identificam com a crônica e tentam descobrir o paradeiro de Pastoriza. Nicole e Berenice passam a se envolver com os burocráticos amigos do desaparecido – professores de uma universidade pública –, que têm suas próprias narrativas sobre o acontecimento. Em quem devem

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acreditar? O verso do cartão de embarque é um romance sobre a dor. A dor daqueles que esbarram na falta de sentido de um mundo que insiste em impor sentidos.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2011.

O MARIDO PERFEITO MORA AO LADO

Felipe PENA

Um romance que mistura obsessões, crimes e paixões dentro de uma trama contemporânea, situada entre a pobreza das favelas e o luxo de Ipanema, no Rio de Janeiro. Personagens típicos da cida-de retratam as discrepâncias sociais e a convivência aparentemente democrática de tipos heterogê- neos, sem deixar de lado a crítica social. Uma mulher angustiada que busca a ajuda de um grupo de terapeutas universitários para salvar o casamento. Mas logo o leitor percebe que a angústia é compartilhada por outros personagens, principalmente pelos bem casados. Ocorre um crime, e os terapeutas farão o papel de investigadores. Quem é o culpado pela incomunicabilidade entre ho-mens e mulheres?

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2010.

O AUTOR

Jornalista, psicólogo, professor universitário e escritor (autor de treze livros), Feli-pe Pena é doutor em Literatura pela PUC-Rio, com pós-doutorado pela Universi-dade de Paris/Sorbonne III. Seus três romances foram sucesso de público e crítica. Professor de Jornalismo na Universidade Federal Fluminense, seus livros acadêmi-cos são adotados em diversas universidades de Brasil, Portugal, Espanha e América Latina. Nos anos 1990, foi repórter e comentarista de televisão. Foi sub-reitor da Universidade Estácio de Sá, experiência que serviu como base para a construção do seu primeiro romance. Além de lecionar, foi roteirista da TV Globo e escreve crônicas semanais para o Jornal do Brasil. Atualmente, prepara uma nova trilogia sobre o que há de universal na história do Rio de Janeiro, além de um livro sobre a psicanálise nos seriados de TV.

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O AMOR É OUTRA COISA

Margarida Rebelo PINTO

Um livro tocante sobre o desafio do amor duradouro. Com rara sensibilidade, fazendo uso de uma escrita sincera e comovente, a autora intercala neste livro a história de um amor que não vingou com uma enternecedora fábula sobre dois animais que se apaixonaram e lutaram incansavelmente por seu amor, mesmo sabendo que não há fórmulas nem receitas milagrosas para fazê-lo durar, apenas a certeza de que tudo é possível quando o amor é forte. Mas aqui não foi apenas a relação da cegonha Adelaide e do urso Simão que não deu em nada; há no livro outras histórias de amor dramatica-mente interrompidas, como a dos pequenos Alessandro e Bianca, que ficaram órfãos de mãe, e a da protagonista que perde sua única irmã.

Status/Publicação: Publicado pelo Clube do Autor (Portugal), em 2012.

MINHA QUERIDA INÊS

Margarida Rebelo PINTO

Fruto de vários anos de investigação histórica misturada à paixão da autora por mulheres fortes, esse romance narra, sem perder o tom intimista e inconfundível de Margarida, os últimos sete dias da vida de Inês de Castro, maior heroína romântica da história de Portugal. A trajetória da bela e nobre espanhola que, no século XIV, rouba o coração de Pedro, príncipe português, e ameaça com seu poder e influência a soberania do próprio rei, que decide matá-la para salvar o reino, é contada a partir da voz da própria heroína, que a cada dia tem de lidar com um novo inimigo, trazendo um olhar totalmente novo às intrigas e mitos que envolvem essa história de amor. Forte e apaixonada, Inês acredita e luta pelo seu amor e seus ideais. Mas como a fé não é nada sem um senso de ironia, ela acaba perdendo a chance de viver quando pensa que está finalmente a salvo. Primeiro romance histórico da autora, o livro é um grande sucesso em Portugal, com mais de 40.000 cópias vendidas.

Status/Publicação: Publicado pelo Clube do Autor (Portugal), em 2011, e pela Suma de Letras (Espanha) em 2013.

A AUTORA

Margarida Rebelo Pinto nasceu em Lisboa num dia 7 de junho. Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Universidade Clássica de Lisboa e começou a trabalhar como jornalista aos 22 anos, destacando-se desde o começo como cronista. Foi copywriter em diversas agências de publicidade, repórter da RTP e autora de conteúdos para a televisão. Em 1999, publicou seu primeiro romance, Sei lá, vencedor do 1o Prêmio Literário FNAC, que foi adaptado para o cinema e estreou em 2014. Desde então, foi construindo uma sólida carreira literária: oito romances, seis livros de crônicas e pequenas ficções e dois livros infantis, tendo já vendido mais de um milhão de exemplares só em Portugal. Paralelamente, manteve-se sempre presen-te na imprensa com crônicas publicadas em diversas revistas: Elle, Dna, Maxmen e Seleções (Reader’s Digest). Atualmente, assina uma crônica no semanário Sol e colabora nas revistas Máxima e Egoísta.

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A DEFINIÇÃO DO AMOR

Jorge REIS-SÁ

“Envelheci hoje a minha vida inteira”. Numa pequena cidade portuguesa, Francisco inicia os seus apontamentos com a frase que define o acontecimento mais importante da sua vida: a sua esposa Susana, mãe do seu pequeno filho e amor da sua vida, está deitada na cama de um hospital depois de um acidente vascular cerebral. E assim ficará entre os meses de maio e outubro, porque decidem não interromper sua gravidez. Francisco dirá do que é viver as fases do luto anunciado, com todas as circunstâncias que ali o levaram e que diariamente tem de enfrentar. Entre cada um dos meses, uma véspera se anuncia. Cada um delas composta por uma carta, atiradas que foram anos depois da sua escrita para o fundo de uma gaveta de meias, percorrem trinta anos e irão explicar muito do que agora se passa na cama do hospital. E, com isso, definir o amor.

Status/Publicação: A ser publicado pela Editora Guerra & Paz (Portugal) em 2014.

O DOM

Jorge REIS-SÁ

Um espelho social. Pleno de ação, e nos olhos de vinte personagens, O dom apresenta-nos o destino de uma improvável circunstância: e se todos nos tornássemos contas, como as que se usam na confecção de colares, exceto 150 pessoas que ficaram presas num centro comercial? Se saírem, terão o mesmo destino. E só uma pessoa – O Homem do Dom – consegue sair e entrar do centro comercial, trazendo tanto a esperança como o sofrimento. O que acontecerá? Quem é o Homem do Dom?

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2009 e Editorial Magnólia (Portugal) em 2007.

TODOS OS DIAS

Jorge REIS-SÁ

Um livro sobre a perda. A perda de uma pessoa da família, mas também do próprio tecido romancesco, deixando o leitor imerso na atmosfera da linguagem fabricada pelo autor. Quatro personagens num romance polifônico em que nos é apresentado um dia na vida de uma família. E desse dia emergem todos os dias e todas as memórias.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2007 e Dom Quixote (Portugal) em 2006.

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O AUTOR

Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão, uma pequena cidade ao norte de Portugal, em 1977. Cursou Astronomia e Biologia. É consultor editorial, depois de ter fundado e editado as Quasi Edições entre 1999 e 2009 e ter sido diretor editorial da Babel entre 2010 e 2013. Organizou diversas antologias, a mais importante das quais Poemas portugueses, mais completa antologia de poesia já feita em Portugal. A sua obra de poesia está reunida no volume Instituto de Antropologia. Além dos romances Todos os dias e O dom, publicou dois livros de contos, Por ser preciso e Terra e vários livros de crônicas. É colaborador assíduo de vários jornais e revistas portugueses, como Público,

LER e Sábado, entre outros. Os seus romances foram publicados no Brasil pela Record e vários de seus textos e livros foram traduzidos para italiano, espanhol, inglês e lituano. Termina neste momento o seu terceiro romance, a ser publicado em 2014. Vive em Lisboa com a sua esposa e filho.

CAVE CANEM

Claudinei RONCOLATTO

Viajar para o exterior, se não se está de todo habituado, já não é o que de mais simples se faça na vida. O que dizer, então, de se mudar para outro país, com família, tralha e cachorro. Pois essa era a empreitada a que Enzo, sua mulher Sofia, as três filhas – Maria Pia, Rosa e Luísa – e mais o Pipo se dispunham. Pipo, o cão, bem menos disposto. Ia na marra, essa era a verdade, de bilioso mau humor. A família se dirigia a Roma, para uma permanência de um ano. Enzo a trabalho, a mulher e as filhas com projetos pouco claros, meio esfumaçados. A expectativa delas, mesmo, era a de serem romanas por alguns meses.

Viveram todos a sua Roma, a sua Itália, entre tantas outras possíveis. O livro conta as peripécias vividas pela família. Com leveza, bom humor, um pouco de ironia e muito de humanismo e calor humano. E com o Pipo a roubar as cenas.

Status/Publicação: Inédito.

PORTO PURGATÓRIO

Claudinei RONCOLATTO

Salvador, capitão, intérprete de francês, retorna da Missão de Paz no Haiti e é excluído do Exército, incapacitado por distúrbio nervoso. Recolhe-se a uma praia pouco habitada. Alice, jornalista brasi-leira recém-formada que ele conhecera como estudante no Haiti, vai ao seu encontro em busca de entrevistas que lhe rendam um livro. A história, com alguns saltos no tempo e no espaço, retrata o conflito, a condição de vida dos haitianos e a atuação dos militares brasileiros naquela que foi a fase mais aguda e violenta da Missão de Paz.

A descrição da cruel batalha de Bois Neuf. Os interesses insanos e a miséria deplorável. Amor, ciúme, emoção, morte, brutalidade, culpa, a magia do vodu, crianças-soldados, castigos da natureza... Jovens militares brasileiros que jamais retornam incólumes da guerra. Esses são alguns dos ingredientes marcantes deste forte romance.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Baraúna em 2010.

NA GUERRA DA BÓSNIA

Claudinei RONCOLATTO

Coronel do Exército, Roncolatto foi representante do Brasil como Observador Militar junto à ONU, no conflito da Bósnia. As histórias desse livro, extraídas de suas observações, não resultam da fusão do fictício com o imaginário, cuja interação, num conceito amplo de Wolfgang Iser, gera literatura. Os textos não ultrapassam a realidade, são um registro documental do que ocorreu, conforme o autor constatou ao vivo. Aqui ele não se refere ao improvável como verdadeiro, mesmo que alguns eventos pareçam opostos à razão. Tudo reflete o estranho e obscuro ambiente criado pela guerra. Trata-se de situação por vezes difícil de entender, sobretudo à distância, mas bem captada e reproduzida pelo

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arguto observador. O que escreveu sobre os países em conflito que formavam a antiga Iugoslávia não traduz só o sentido aparente do fenômeno, porém, remete, de modo sutil, para velhos ou eternos problemas comuns na Europa balcânica. A forma de registrar os acontecimentos, ainda que em estilo diferente, tem o sabor do que escreveram o Visconde de Taunay, na Guerra do Paraguai, e Rubem Braga, na Segunda Guerra Mundial.

Como observador da ONU, embora militar, era-lhe vedado o uso de arma. Missão de paz, portanto. Assim, arriscando a própria vida, Roncolatto presenciou os conflitos e dramas de jovens, velhos e crianças moradores de cada localidade atingida pela guerra. A seleção dos assuntos e a sensibilidade no tratamento de cada tema levam a supor que ninguém, no Brasil, escreverá sobre a Guerra da Bósnia sem primeiro consultar o livro de Roncolatto.

Status/Publicação: Originalmente publicado pela Thesaurus em 2003 e republicado pela Biblioteca do Exército Editora em 2004.

O AUTOR

Claudinei Roncolatto é paulista, coronel da reserva e escritor. Doutor em Ciências Militares, bacharel em Direito e pós-graduado em Psicopedagogia. Integrou o Corpo de Observadores Militares da ONU no conflito da ex-Iu-goslávia (Bósnia, Croácia e Macedônia), de setembro de 1993 a setembro de 1994. Morou um ano na Itália, em Roma, onde frequentou o Curso de Altos Estudos de Defesa, no ano letivo 2001/2002. Foi redator da revista Verde--Oliva por quatro anos. Dirigiu vários documentários, um deles premiado em 2004 no Festival “Eserciti e Popoli”, concurso internacional de filmes e documentários militares realizado em Bracciano, na Itália. Em 2005, foi Chefe do Estado-Maior e Subcomandante do terceiro contingente brasileiro na Missão de Paz da ONU no Haiti. Mem-bro da Associação Nacional dos Escritores, escreveu ainda O Ingrato de Zepa (contos) e A Guerra da Irmandade Encantada (romance histórico sobre a Guerra do Contestado). Atualmente mora em Curitiba.

A CONDESSA DE PICAÇUROVA

Antonio SALVADOR

Para aniquilar os “cretinos” e fazer sobressair o “sujeito-modelo”, o gênio hereditário Cesário Boa-ventura desenvolve a teoria de supremacia do macaco em relação à espécie humana. A teoria advém não só da observação dos habitantes de Coité, cidade fictícia montada sobre paradigmas de autodes-truição, mas principalmente do aparecimento insólito de uma macaca saída do tronco podre de uma árvore, o orabutã, que na língua tupi significa “pau-brasil”. Este é o ponto de partida da narrativa. A macaca é acolhida pela sociedade e, astuciosamente, galga espaço e devoção. Mantendo sua con-dição simiesca, ela personifica-se, torna-se Benguela. Benguela humaniza-se, torna-se Condessa – a Condessa de Picaçurova. O título nobiliárquico, o patamar máximo da artificialidade, é alcança-do. O desabamento de toda a ordem social é o resultado da articulação de forças que passam pelos caprichos da própria Morte. O eixo do romance está fincado no Brasil profundo e é atravessado por opostos: o universal e o particular, o moderno e o arcaico, o real e o surreal. O tempo mítico e o es-paço amorfo esboçam o painel cindido das sociedades contemporâneas.

Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013.

“A Condessa de Picaçurova é novela engraçada e perversa: se aproxima de delírio cômico-escatológico com base nos clássicos.” – Alcir Pécora, Folha de S.Paulo.

Status/Publicação: Publicado pela Prólogo Selo Editorial em 2013.

O AUTOR

Antonio Salvador é escritor e jurista brasileiro. Paralelamente à atividade de escritor, dedica-se à carreira acadêmica, tendo ministrado aulas em diversas universidades brasileiras e estrangeiras. Com escritos em diversas áreas do co-nhecimento, participou de institutos internacionais, como o DiverCult, desen-volvido na Espanha, e a RAIA – Rede Audiovisual Ibero-Americana. É copes-quisador do documentário Ctrl-V – VideoControl, lançado em 2011, autor do livro ensaístico Três vinténs para a cultura, a ser publicado em 2014, e coautor do livro documental Videocracia, com publicação também prevista para 2014. Com o seu romance de estreia, A condessa de Picaçurova, foi vencedor do Prêmio Nascente de Literatura, concedido pela USP, além de finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, em 2013, e do Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional, em 2012. Nascido em 1980, em Natal, mudou-se para São Paulo ainda criança. Atualmente, vive em Berlim, Alemanha, onde escreve seu segundo romance.

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NOSSOS QUERIDOS NAZISTAS

Miguel SANCHES NETO

Uma narrativa sobre as possibilidades terríveis de uma dominação nazista no sul do Brasil. Durante o período da ditadura Vargas, um acordo secreto com a Alemanha dá poder ao Partido Nazista do Brasil, promovendo uma verdadeira militarização das colônias alemãs – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O romance acompanha a vida de um negro genial, Adolpho Ventura, um enge-nheiro que sofre com a perseguição dos nazistas, principalmente depois que sua namorada ariana dá à luz um filho mestiço. Nossos queridos nazistas trata de uma página estrategicamente apagada da história do país, um momento de affair com a ideologia nazista, construindo uma história rica em tensões entre o Brasil tropicalizado e o europeu, numa assustadora proposta de saneamento social. Ao se alterar o curso da história, surge uma onda de violência que inebria a elite dirigente de uma nação que não se aceita como fruto de uma mistura de raças. Neste outro Brasil, não existe mais es-paço para os negros. Diz um dos personagens: “Getúlio Vargas está nos ensinando o que é ser negro no Brasil”. Neste país que se vê como ariano, não haverá piedade para os diferentes.

Escrito com a intensidade dos filmes de Quentin Tarantino, este romance mostra que nossa história poderia ter sido um pesadelo.

Status/Publicação: A sair pela Intrínseca em 2014.

A MÁQUINA DE MADEIRA

Miguel SANCHES NETO

No Brasil da metade do século 19, numa sociedade baseada na mão de obra escrava e preocupada em estabelecer uma mitologia indígena, um padre cientista sonha com instrumentos destinados a libertar as pessoas do jugo do trabalho físico. Entre as suas invenções está a primeira máquina de escrever do mundo passível de ser produzida em escala comercial, finalizada em 1859 e premiada na Exposição Nacional de 1861, no Rio de Janeiro. A narrativa acompanha as tentativas de moderniza-ção do Brasil e os dilemas de um homem dividido entre o sacerdócio e a ciência, entre o celibato e o amor por uma ex-escrava. O autor descreve um país incapaz de aproveitar suas mentes mais bri-lhantes e que acaba ficando para trás. Suas inovações são contrabandeadas para os Estados Unidos, onde a máquina de escrever é industrializada (com a marca Remington), enquanto o nome do padre é apagado da história. Um romance ágil, comovente e humano, que retrata o Brasil do passado e do presente, e um réquiem para o mundo mecanizado.

Status/Publicação: Publicado pela Companhia das Letras em novembro de 2012. Vendido para a Lux (Canadá/França).

UM AMOR ANARQUISTA

Miguel SANCHES NETO

No final do século 19, durante a onda científica do pensamento ocidental, um jovem italiano, Gio-vanni Rossi, decide testar as teorias do comunismo anarquista. Apostando nas oportunidades de emigração para o sul do Brasil, ele e um grupo de amigos partem para uma região não desenvolvida

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a fim de fundar uma colônia comunista – a Colônia Cecília, a primeira comunidade anarquista da América Latina. Adquirem terras do governo brasileiro e tentam pôr em prática seus princípios. Entre eles, o amor livre, que significa que as crianças nascidas nesta nova era pertencerão a todos em vez de a um pai específico. Nesta busca por relacionamentos igualitários, as tensões de uma vida de adversidades emergem, demonstrando a impossibilidade prática da ideologia. A colônia não dura muito, mas um amor maior resiste. Giovanni Rossi vive para sempre com uma mulher que deu à luz filhos de diversos homens.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2005 e pela Editora Beatriz Viterbo (Argentina).

O AUTOR

Nascido em 1965 no sul do Brasil, Miguel Sanches Neto é um dos principais escritores da literatura brasileira contemporânea. Seus romances combinam profundidade humana, habilidade narrativa e visão crítica. Vindo de uma família de trabalhadores sem formação, Sanches Neto trabalhou na roça, foi técnico agrícola e professor primário. Atualmente, ensina Literatura na Universidade e colabora com os principais jornais e revistas do Brasil. Fi-nalista dos principais prêmios de literatura do país, ele recebeu o Prêmio Cruz e Sousa 2002 e o Prêmio Binacional Brasil-Argentina Artes e Cultura (2005). Sua produção literária tem sido contínua, como mostram os anos de publicação de seus romances: Chove sobre minha infância (2000), Um amor anarquista (2005), A primeira mulher (2008), Chá das cinco com o vampiro (2010), A máquina de madeira (2012) e Nossos queridos nazistas.

“O melhor autor de sua geração” – Revista Veja

“Um dos grandes escritores de nossa época” – O Globo

“Um autor reconhecido como um dos melhores escritores brasileiros da atualidade” – Revista Época

LOTTE & ZWEIG

Deonísio da SILVA

Um romance sobre o suicídio de Stefan Zweig e sua mulher, Charlotte, em 1942, na cidade de Pe-trópolis, no Rio de Janeiro. Após supervisionar a consumação da obra final do marido, Lotte asse-gurou-se de que ele não mais respirava e permitiu-se, então, morrer também, ingerindo um veneno mais rápido e poderoso. Nas poucas horas em que passou sozinha, Lotte ganhou dimensões de uma grande heroína, a quem Deonísio da Silva magistralmente dá voz nesse livro, que recebeu da Aca-demia Catarinense de Letras (Florianópolis/SC) o prêmio de melhor romance do ano.

Status/Publicação: Publicado pela Leya em 2012.

AVANTE, SOLDADOS: PARA TRÁS

Deonísio da SILVA

Em 1867, dois anos após partir do Rio de Janeiro, a coluna do exército comandada pelo coronel Car-los de Morais Camisão penetra em território paraguaio, onde enfrenta a fome, as táticas de guerrilha da cavalaria inimiga e os efeitos devastadores do cólera. De três mil homens, apenas poucas centenas retornariam. Esse episódio da Guerra do Paraguai – um dos mais dramáticos da história brasileira – é o núcleo desta obra, vencedora do Prêmio Internacional Casa de Las Américas. Muito além do campo de batalha, conhecemos neste romance o Brasil de meados do século XIX e descobrimos, como diz o narrador, as leis inflexíveis do destino, cuja gramática jamais desvendaremos.

Status/Publicação: Publicado pela Leya em 2010. Publicado em espanhol pela Casa de Las Américas (Cuba) e, em italiano, por Tullio Pironte Editore.

O AUTOR

Deonísio da Silva é Doutor em Letras pela USP, professor aposentado da Uni-versidade Federal de São Carlos (1981-2003) e ex-professor da Universidade Estácio de Sá (2003-2013). Tem 34 livros publicados, entre romances, contos, crônicas, ensaios e obras infantis, em sua maioria premiados e reeditados. Apresenta dois programas sobre língua portuguesa numa rádio carioca e, há mais de vinte anos, escreve colunas semanais de Etimologia para a revista Caras. Atualmente, mora no Rio de Janeiro.

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A TERRA SEM MALES

Maria José SILVEIRA

O romance se passa em um Brasil mítico e a-histórico. O Primeiro Povo é o herdeiro do segredo da Terra sem Males, procurada por todos que já ouviram falar de sua existência. Eles sabem que o segre-do para essa “terra de muita alegria, liberdade e amor” é viver da melhor maneira possível e esperar. Mas o povo do El Dorado, o grande inimigo, acredita que o segredo deve ser algo mais concreto e material. Planeja descobri-lo e, para isso, arregimentam seu próprio exército, com o apoio dos Homens Sem Cor, dos Mortos-Vivos e Corpos-Secos. O Primeiro Povo tem em sua defesa as terrí-veis icamiabas (amazonas), e vários outros seres míticos da floresta como a M`Boitatá. O romance se estrutura em torno do ataque do povo do El Dorado ao Primeiro Povo, com outros personagens aparecendo como a Uiara, o Curupira e o Saci, a velha Pisadeira, os gêmeos Macu e Naíma, e os Ho-mens da Chuva. Por todo o romance, há suspense, mortes, cenas espantosas, paixões, muito humor e nenhum compromisso com qualquer verdade.

Status/Publicação: Inédito.

A BOA VIDA

Maria José SILVEIRA

Coletânea composta por dez contos, tratando cada um de um momento específico da luta de resis-tência à ditadura civil-militar no Brasil. Abarca o período que se inicia com o golpe de 64 e vai até 1987. Os contos falam do cotidiano e do entorno familiar e afetivo das pessoas que se envolveram na luta armada. Seus temas são momentos da vida clandestina, do trabalho político nas fábricas e bair-ros, da prisão e tortura, do exílio, e da volta ao país. Entre as histórias, aparece a intervenção de um personagem, chamado Curinga, que brinca com a intertextualidade, comentando e refletindo sobre literatura e política, e funcionando como intermediário entre o que é narrado e o leitor. Primeiro livro de contos da autora.

Status/Publicação: Inédito.

PAULICEIA DE MIL DENTES

Maria José SILVEIRA

Um romance sobre São Paulo, a sexta maior cidade do mundo, que se estrutura em torno da inva-são a um famoso escritório de advocacia por um jovem da burguesia paulistana. O jovem faz duas reféns: a ex-namorada que o rejeitou e a faxineira da firma. A partir desse fulcro, vários personagens entrelaçam suas complexas histórias e mundos diferentes, num livro denso e de leitura prazerosa, construído com vários tipos de linguagem e vozes que mostram a diversidade, energia e vitalidade de uma megalópole.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Prumo em 2012.

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GUERRA NO CORAÇÃO DO CERRADO

Maria José SILVEIRA

Damiana foi uma líder indígena da nação dos panará, desde pequena criada pelo governador de Goiás, no século XVIII. Aprendeu a falar com fluência o português e também os fundamentos da cultura branca e da religião católica. Tornou-se uma ponte entre os brancos e os indígenas. Viveu – e atuou – no coração da grande perturbação histórica que levou seu povo, considerado “o mais cruel e bárbaro”, à dizimação. Procurar entender o que aconteceu com Damiana e como pode ter acontecido é o desafio da ficção. Assim, a autora desconstrói o mito heroico de uma Damiana evan-gelizadora para que em seu lugar apareça uma personalidade extraordinária na tentativa de ser a prova viva e, no entanto, impossível, da harmonia entre duas culturas drástica e violentamente in-compatíveis.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Record em 2007.

O FANTASMA DE LUÍS BUÑUEL

Maria José SILVEIRA

Permanecendo um fantasma para toda a história contemporânea do Brasil, o golpe civil-militar de 1964 entra na vida de um grupo de cinco jovens estudantes em Brasília provocando a diáspora, mas também consolidando laços que os acompanharão para o resto de suas vidas. A costura da resistên-cia é a paixão coletiva pelo cinema, encarnada no cineasta Luis Buñuel, que uma vez disse que não lamentaria morrer se pudesse, de dez em dez anos, se erguer de entre os mortos, caminhar até uma banca de jornais e comprar alguns para ver o que teria acontecido no mundo. Essa ressurreição cícli-ca é a chave da teimosia dessa geração, que acusou o golpe, mas não desistiu de desenhar um mapa de possibilidades, alimentado pela imaginação, ao mesmo tempo incendiada pelo cinema e corroída por sucessivas derrotas.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Francis em 2004.

A MÃE DA MÃE DE SUA MÃE E SUAS FILHAS

Maria José SILVEIRA

O livro conta a história das mulheres que formaram a grande família que habitou e ainda habita o Brasil desde a época da colonização portuguesa e que tiveram importância no desenvolvimento do país. Cada mulher é a heroína de um capítulo, e as filhas vão tomando o lugar das mães, com relatos tão vivos que é como se estivéssemos presentes à época. Nessa teia de vivências e acontecimentos, a autora vai tecendo e recriando a História do Brasil, os costumes, os desafios, as mortes, os dilemas dessas almas ora tão puras, ora tão conturbadas.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Globo em 2002.

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ÍNDIOS E RIOS – DUAS HISTÓRIAS

Maria José SILVEIRA

Este livro conta histórias verdadeiras. Francisca de fato existiu. E o Tietê é o “rio verdadeiro” e co-nhecido, que banha São Paulo, a principal cidade do país, mas que nem por isso deixa de ser um rio vivo-morto, um rio que há muito tempo vem morrendo.

“Francisca”, a protagonista que dá nome ao primeiro conto, era uma índia manau que cresceu à beira do Rio Negro, no século XVIII. Quando jovem foi escravizada e, alguns anos depois, ousou processar os poderes da colônia pelo seu direito de ser livre. Francisca é seu nome ocidental. Seu verdadeiro nome indígena nunca saberemos. Já no conto Tietê, é a menina branca que não tem nome. E não tem nome porque pode ser qualquer garota das nossas cidades. É uma entre os 2/3 dos brasileiros que têm sangue indígena e negro correndo nas veias. É para ela que um personagem misterioso conta a dramática história desse rio.

Status/Publicação: Vendido à Editora Rocco para publicação em 2015.

NOSSOS QUERIDOS MITOS

Maria José SILVEIRA

Os mitos e lendas brasileiros falam de matas, rios, tempestades. De seres mitológicos vivendo em íntimo contato com as forças naturais. Seres legados pela herança indígena, primeiro. Seres sobre-naturais trazidos pelos portugueses e pelos africanos, depois. Com humor, este livro reconta treze mitos: Sacis, Boitatá, Uiara, a Cuca, o Boto, a Velha Pisadeira, o Negrinho do Pastoreio, Curupira, a Morta-Viva, Corpo-Seco, Estrela-das-Águas. São histórias do maravilhoso legadas pelos nossos an-tepassados, desde séculos atrás, e que de alguma forma continuam, vivos e lépidos, compondo nosso imaginário de brasileiros.

Status/Publicação: Vendido à Editora Rocco para publicação em 2015.

O VOO DA ARARA AZUL

Maria José SILVEIRA

André, o protagonista dessa novela juvenil, vive a primeira transformação de sua vida: uma imensa paixão platônica por uma jovem enfermeira que vive com o marido e um tio na casa vizinha. Es-tamos na época da ditadura no Brasil e a casa ao lado é de fato um “aparelho” cujos moradores são militantes clandestinos que lutam contra a situação em que vive o país. André aos poucos vai enten-dendo o que acontece ali através da paixão que, em vez de cegá-lo, abre seus olhos para a realidade. Seu universo, representado por quadrinhos desenhados por ele, é mesclado com documentos histó-ricos da época da ditadura militar, compondo um livro único.

Status/Publicação: Publicado pela Editora Callis em 2007.

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A AUTORA

Maria José Silveira é escritora e tradutora. Formada em Comunicação e em Antropologia, mestre em Ciências Políticas, trabalhou vários anos como edi-tora. Seu primeiro romance, A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas, rece-beu o Prêmio Revelação da APCA em 2002 e teve seus direitos comprados para minissérie pela TV Globo. Desde então, dedica-se apenas a escrever e tem seis romances e inúmeros livros infantis e infanto-juvenis publicados, vários dos quais premiados, comprados em grandes quantidades para biblio-tecas públicas e adotados por diversos programas de governo. É também au-tora de três peças de teatro, todas encenadas. Nascida em Goiânia, mora há vários anos em São Paulo, cidade que foi tema de seu romance mais recente, Pauliceia de mil dentes, finalista do prêmio Portugal Telecom.

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VIDAS PROVISÓRIAS

Edney SILVESTRE

Em enredos paralelos cheios de tensão, reviravoltas e fatos históricos, o novo e pungente romance de Edney Silvestre segue por quatro décadas a trajetória de dois jovens expatriados brasileiros. En-quanto tenta sobreviver aos medos e humilhações de uma imigrante ilegal em Nova Iorque, Bárbara se apaixona por um ex-traficante em estado terminal e se envolve com uma rede de prostituição. Na Suécia, Paulo, exilado político, passa por um retiro de sem teto em Estocolmo e por todos os tipos de empregos excêntricos, oferecidos pelo governo aos desterrados. Quando finalmente acredita ter encontrado paz ao lado de sua companheira Anna e seu filho recém-nascido, Paulo descobre que as mesmas pessoas que o torturaram no Brasil continuam a persegui-lo.

Vidas provisórias traz de volta personagens de obras anteriores do autor. Um é Paulo, o bravo me-nino que tentou desvendar os mistérios por trás de um misterioso assassinato em Se eu fechar os olhos agora; a outra é Barbara, filha do motorista morto no sequestro que abre A felicidade é fácil. Forçados a levar vidas provisórias, Paulo e Bárbara refletem as mudanças na sociedade brasileira e mundial nos quarenta anos em que se passa o romance. Uma profunda visão do Brasil, projetada de fora por dois exilados em diferentes momentos da história do país.

Status/Publicação: Publicado pela Intrínseca em 2013.

A FELICIDADE É FÁCIL

Edney SILVESTRE

Ambientado durante um dos momentos mais dramáticos da história recente do Brasil, quando, em 1990, o governo confiscou toda a poupança de cada cidadão brasileiro, este livro conta um dia na vida de Mara e do empresário Olavo Bettencourt, a partir do momento em que recebem a notícia do sequestro de uma criança que pode ser o filho do casal. Narrativa de alta intensidade com um elenco de complexos personagens cujos destinos pessoais são diretamente afetados pelos acontecimentos sociais e políticos. Os sequestradores levam a criança errada, um doce menino surdo-mudo, filho do jardineiro e da empregada doméstica do casal Bettencourt, e o leitor conhecerá seu destino somente na última página. O racismo e o ódio às mulheres são expostos pelos personagens e pelo entrecho com profundidade raramente vista na literatura brasileira.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2011. A sair pela Doubleday/Transworld (Grã-Bretanha) e pela Belfond (França), em 2014. Direitos audiovisuais vendidos à Mixer, que pretende lançar o filme no primeiro semestre de 2016.

SE EU FECHAR OS OLHOS AGORA

Edney SILVESTRE

Numa manhã de sol em abril de 1961, enquanto Yuri Gagarin torna-se o primeiro homem a sair da atmosfera da Terra, revelando um universo de possibilidades para a humanidade, numa pequena ci-dade brasileira, dois meninos de doze anos encontram o corpo mutilado de uma bela mulher à beira

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de um lago. Recusando a explicação oficial para o crime – pela qual, motivado por ciúme, o culpado é um frágil dentista –, eles começam sua própria investigação, ajudados por um idoso que vive em um asilo local. Um thriller psicológico que conquistou o Prêmio Jabuti e o Prêmio São Paulo de 2010, este romance revela um cenário perverso envolvendo violência sexual, racismo, corrupção e espúrias alianças políticas durante uma era em que o Brasil inicia o caminho de sua industrialização. Para os meninos, um terrível processo de amadurecimento.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2009; Planeta (Portugal) em 2011; Evro-Giunti (Sérvia) em 2011; Arbeiderspers (Holanda) em 2012; Transworld/Doubleday (Grã-Bretanha) em 2013; Belfond (Fran-ça) em 2013; Mondadori (Itália) em 2013; Blanvalet (Alemanha) em 2013.

O AUTOR

Edney Silvestre é escritor e jornalista. Foi correspondente internacional do jor-nal O Globo e da TV Globo em Nova York. Hoje, apresenta o programa literário do canal a cabo Globonews. Seu trabalho jornalístico está vastamente publicado em vários livros.

O próximo livro de Edney Silvestre, Boa noite a todos, reúne a mesma história em dois gêneros, uma novela e uma peça de teatro, que expõem a dolorosa de-sintegração da memória de uma mulher, uma vez rica e atraente, tentando re-construir mentalmente as perdas que sofreu ao longo da vida. Será lançado pela Record no segundo semestre de 2014.

F O OURO DE QUIPAPÁ (L’OR DE QUIPAPÁ)

Hubert TÉZENAS

Recife, 1987. Um corretor de imóveis, Alberico Cruz, testemunha o assassinato de um sindicalista rural. Erroneamente acusado pelo crime, é preso mas consegue escapar em meio a uma rebelião. Para provar sua inocência e salvar a vida, ele se alia a um repórter e segue para uma pequena cidade na região das plantações de cana de açúcar, na esperança de identificar o verdadeiro assassino do sin-dicalista: o repórter suspeita de Kelbian Carvalho, filho do dono de uma destilaria, que reina como um tirano na região. Kelbian secretamente dirige uma mina de ouro no sertão em que utiliza mão de obra escrava. Por acaso, Cruz reconhece o meio irmão e parceiro de Kelbian e o segue, descobrindo a mina. De volta ao Recife, o escândalo irrompe, e a família Carvalho decide livrar-se de Kelbian, que a essa altura se tornou um problema, e comprar o silêncio de Cruz. Este, após hesitar, aceita ser corrompido.

Status/Publicação: Originalmente publicado por L’Écailler (França) em 2013. Vendido para a Vertigo/Autêntica, a sair em 2014.

O AUTOR

Hubert Tézenas nasceu em Paris, em 1962. Após caóticos estudos (três anos na École Normale Sup e três meses na Sciences Po, em Paris), larga tudo abrup-tamente e se muda sozinho para o Brasil, em 1985, apaixonando-se perdida-mente pelo país. Tenta dois ou três empregos em diversas regiões, torna-se tra-dutor de romances sentimentais para financiar suas viagens e vai gradualmente se especializando em literatura noir. De volta à França após dez anos, torna--se tradutor de Robert Crais, Mo Hayder, Ed McBain, Elizabeth George, Tess Gerritsen, Erik Larson. Atualmente trabalha na tradução de Driven, de James Sallis. Sem deixar de lado seu amor pelo Brasil, traduziu recentemente para o francês dois de seus mais importantes autores contemporâneos, Alberto Mussa e Edney Silvestre.

UMA PRAÇA EM ANTUÉRPIA

Luize VALENTE

Uma praça em Antuérpia, segundo romance de Luize Valente, ambientado nos dias de hoje e du-rante a Segunda Guerra Mundial, conta a saga de duas irmãs portuguesas, Olivia e Clarice. Olivia se casa com um português e vem para o Brasil. Clarice casa-se com um judeu alemão e vai morar em Antuérpia, na Bélgica. Ambas vivem felizes, com maridos e filhos, até que a guerra começa, e a Bélgica é invadida. Para escapar do nazismo, a família de Clarice conta com a ajuda do cônsul português Aristides Sousa Mendes, diplomata que salvou milhares de vidas de judeus e não judeus emitindo vistos de trânsito para Portugal, em 1940, enquanto atuou em Bordeaux, na França, e em Antuérpia. A família recebe o visto mas, ao chegar a Portugal, um destino trágico a espera. Destino que vai mudar e marcar a vida das irmãs para sempre por causa de um segredo que só será revelado 60 anos depois.

Status/Publicação: Obra em progresso. A ser publicado pela Record em 2015.

O SEGREDO DO ORATÓRIO

Luize VALENTE

Uma ficção que mistura aventura, mistério e uma saga familiar que atravessa três séculos, este ro-mance traz à tona as raízes judaicas do povo brasileiro através da busca da jovem médica Ioná, que quer descobrir a origem de sua família. Uma jornada que começa no sertão nordestino, passa por São Paulo e chega a Nova York, onde a primeira comunidade judaica foi fundada por judeus vindos do Brasil. A trajetória é marcada por revelações e encontros que vão mudar a vida de Ioná a partir do momento em que ela descobre um segredo guardado há mais de dez gerações.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2012. Publicado pela Nieuw Amsterdam (Holanda), em 2013.

A AUTORA

Luize Valente nasceu no Rio de Janeiro. É documentarista e jornalista, com mais de 20 anos de experiência em televisão. Sempre foi apaixonada por História, com especial fascínio por temas ligados ao judaísmo, às raízes judaicas do Brasil e à saga dos judeus de Portugal. É autora, com Elaine Eiger, do livro Israel: rotas e raízes, e dos documentários Caminhos da memória: a trajetória dos judeus em Portugal, de 2002, e A estrela oculta do sertão, de 2005, exibidos em vários festivais, no Brasil e exterior, e na televisão. Atualmente, é editora no canal a cabo Globonews, tendo passado pela TV Globo, pela Bandeirantes e pelo GNT.

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A HORA DOS RUMINANTES

José J. VEIGA

As reações humanas à mudança e ao novo – repentinas, drásticas e/ou inexplicáveis, este é o tema deste romance. O cenário é Manarairema, uma pacata cidade de interior cuja rotina dos seus habi-tantes é quebrada por acontecimentos inusitados. Primeiro, a chegada de homens estranhos, sisudos e inflexíveis; depois, uma invasão de cães que infestam a cidade por vários dias; e, por último, os bois, centenas, talvez milhares, por todos os cantos, ruas, casas, plantações, rios, e cuja presença parece que nunca terá fim.

Status/Publicação: Originalmente publicado pela Civilização Brasileira em 1966. A ser relançado pela Companhia das Letras em 2015. Publicado em inglês pela Knopf (EUA), em 1970.

A ESTRANHA MÁQUINA EXTRAVIADA

José J. VEIGA

Livro de contos que combina o elemento de terror com toques refinados de sensibilidade, leveza e lirismo. Algumas histórias são dolorosas, outras macabras, outras ironicamente engraçadas. Todas entremeadas por uma mistura de mistérios, fantasia e realidade.

Status/Publicação: Originalmente publicado pela Civilização Brasileira em 1981. A ser relançado pela Companhia das Letras em 2015. Publicado em inglês pela Knopf (EUA), em 1970.

O AUTOR

Grande nome do realismo mágico brasileiro, José Veiga nasceu em 1915, numa fazenda do interior de Goiás. Aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Faculdade Nacional de Direito. Trabalhou como representante de la-boratório, depois como locutor da Rádio Guanabara. Entre 1945 e 1949, esteve em Londres na função de comentarista e tradutor de programas para o Brasil na BBC. Ao regressar em 1950, trabalhou como jornalista em O Globo e Tribuna da Imprensa. Em 1959, Veiga ganhou o Prêmio Fábio Prado por seu livro de estreia, Os cavalinhos de Platiplanto, coletânea de contos que marcou a escolha de sua assinatura literária, com a decisiva participação do autor e amigo Guimarães Rosa, responsável pela sugestão de inserir o J. entre José e Veiga. Quando seus livros foram considerados “literatura fantástica”, não gostou muito, pois considerava a definição um modismo ao qual era antecessor, mas essa classificação permanece até hoje. O trabalho de Veiga foi consagrado e reconhecido por leitores e crítica também pela abor-dagem político-social contida em sua obra, isso no período da ditadura militar.

São dele também De jogos e festas, A casca da serpente, O risonho cavalo do príncipe, Sombras de reis barbudos, entre outros títulos. O autor goiano ainda traduziu grandes nomes da literatura mundial, como Ernest Hemingway, e seus livros foram publicados em Portugal, Espanha, México, Suécia, Inglaterra, Noruega e Dinamarca, além dos Estados Unidos, pela Knopf. Recebeu o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra poucos anos antes da sua morte, em 1999.

Sua obra completa será relançada pela Companhia das Letras a partir de 2015, ano de seu centenário.

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O ROMANCE INACABADO DE SOFIA STEIN

Ronaldo WROBEL

Sofia Stein tem 90 anos e está perdendo a memória. Para combater o processo, o neto reúne suas ano-tações pessoais sobre o passado na Alemanha nazista, de onde fugira para o Brasil com 22 anos. Neto e avó recontam uma bela história. Sofia amava seu país até Hitler impor o terror que ela desafiou ao pregar a liberdade e dançar jazz nas casas noturnas de Hamburgo. A reconstrução do período, contudo, traz mistérios e incoerências que levam o neto a buscar a verdade na Alemanha e indagar se realmente existem verdades, ou apenas versões. Quem poderá afirmar, de fato, que conhece o pró-ximo? Será que Sofia Stein tinha opções?

Status/Publicação: Inédito. Obra em progresso.

TRADUZINDO HANNAH

Ronaldo WROBEL

Em 1936, Max Kutner é um judeu polonês que trabalha como sapateiro no Rio de Janeiro. Fluente em iídiche, é intimado pela polícia política a trabalhar na censura postal do governo, traduzindo para o português as cartas da comunidade judaica. O regime linha-dura de Vargas teme que judeus conspirem um golpe comunista no país. Com medo de ser expulso e voltar para a Europa, onde Hitler prepara a guerra, o sapateiro assume a tarefa a contragosto e se encanta com as belas cartas que Hannah, uma desconhecida, escreve para a irmã em Buenos Aires. Apaixonado, Max resolve conhecê-la e depara com uma mulher muito diferente do imaginado, aventurando-se por caminhos incertos e tendo grandes surpresas. Traduzindo Hannah retrata a colônia judaica nos trópicos, com seus costumes e figuras lendárias.

Status/Publicação: Publicado pela Record em 2010; Siruela (Espanha) e Métailié (França), em 2012; Giun-tina (Itália) e Aufbau (Alemanha), em 2013. Vendido para a De Geus (Holanda) e Penn (Israel).

O AUTOR

Escritor e advogado, Ronaldo Wrobel nasceu no Rio de Janeiro em 1968 e é autor do romance Propósitos do acaso, dos contos reunidos em A raiz quadrada e outras histórias, e de Nossas festas – celebrações judaicas. Traduzindo Han-nah foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e compôs listas com os dez melhores romances do ano de 2010.

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CLIENTES

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