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lona.redeteia.com O projeto de conscientização sobre os riscos do câncer de mama nasceu nos Estado Unidos mas chegou ao Brasil em 2002 “É fácil ser especialista em política de agosto a dezembro dos anos eleitorais e, nos outros, esquecer o assunto.” “Deixa eu te contar uma novidade: o Brasil não vai pra frente por sua causa. E não por culpa da Dilma.” Museu da Fotografia de Curitiba traz mostra mundialmente reconhecida sobre retratos da Rússia. “Como em todos os esportes, os joga- dores buscam números expressivos e a quebra de recordes. Na NFL isso parece ser mais marcante do que nos outros esportes.“ “Para muitos essa eleição foi a mais democrática da história, com diversas pessoas discutindo política em diver- sos âmbitos sociais. Bom, tudo parece perfeito certo? Mas não é.” Outubro é conhecido como o mês de combate ao câncer de mama Dilma Rousseff é reeleita presidente com 51,64% Protagonizando a disputa mais acirrada pela presidência da Repú- blica após a democratização do país, Dilma Rousseff, do PT, vence o candidato tucano Aécio Neves Ano XV > Edição 958 > Curitiba, 27 de outubro de 2014 Igor Castro Jorge de Sousa COLUNISTAS OPINIÃO EDITORIAL #PARTIU p. 2 p. 5 p. 5 p. 2 p. 6 p. 4 p.3 O único jornal-laboratório diário do Brasil Foto: Arquivo Agência Brasil Foto: Samir Nosteb

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Page 1: Lona 958 (27/10/14)

lona.redeteia.com

O projeto de conscientização sobre os riscos do câncer de mama nasceu nos Estado Unidos mas chegou ao Brasil em 2002

“É fácil ser especialista em política de agosto a dezembro dos anos eleitorais e, nos outros, esquecer o assunto.”

“Deixa eu te contar uma novidade: o Brasil não vai pra frente por sua causa. E não por culpa da Dilma.”

Museu da Fotografia de Curitiba traz mostra mundialmente reconhecida sobre retratos da Rússia.

“Como em todos os esportes, os joga-dores buscam números expressivos e a quebra de recordes. Na NFL isso parece ser mais marcante do que nos outros esportes.“

“Para muitos essa eleição foi a mais democrática da história, com diversas pessoas discutindo política em diver-sos âmbitos sociais. Bom, tudo parece perfeito certo? Mas não é.”

Outubro é conhecido como o mês de combate ao câncer de mama

Dilma Rousseff é reeleita presidente com 51,64% Protagonizando a disputa mais acirrada pela presidência da Repú-blica após a democratização do país, Dilma Rousseff, do PT, vence o candidato tucano Aécio Neves

Ano XV > Edição 958 > Curitiba, 27 de outubro de 2014

Igor Castro

Jorge de Sousa

COLUNISTAS

OPINIÃO

EDITORIAL

#PARTIU

p. 2

p. 5

p. 5

p. 2

p. 6p. 4

p.3

O único jornal-laboratório diário do Brasil

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LONA > Edição 958 > Curitiba, 27 de outubro de 2014

EDITORIAL OPINIÃO

A presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, foi re-eleita neste domingo. Disso você já sabe. O que você talvez não saiba é que 85% dos seus amigos (ou talvez você mesmo) estão co-metendo crimes nas redes sociais. Preconceito é crime. E isso inclui xingar os nordestinos ou exigir que o sul seja separado do país. Deixa eu te contar uma novidade: 40% da região Sul votou na Dilma. Deixa eu te contar outra novidade: o Brasil não vai pra frente por sua causa. E não por culpa da Dilma.

É sua culpa porque, em janeiro, você não fala mais sobre política, não fiscaliza seus candidatos (to-dos, porque, as principais decisões não são tomadas pelo presidente, e sim por vereadores, senadores e deputados), não lê sobre o assunto e não se interessa por mais nada.

Política não se faz somente nas ur-nas. Política se faz essencialmente nas ruas, todos os dias. Na fila do pão, na consulta médica, na univer-sidade, no trabalho. E sinceramen-te, os políticos não são nada mais, nada menos que um reflexo de seu próprio povo. Então antes de sair nas redes sociais com esse discurso de ódio que não respeita o sistema democrático que rege o país, pare pra pensar nas suas atitudes diá-rias. Democracia é isso, se ninguém te ensinou. A pessoa escolhida pela maioria ganha. Simples assim.

Ao invés de ficar postando essas porcarias na internet, comece a prestar atenção no trabalho dos vereadores da sua cidade. E fiscali-ze-o. Você lembra pra quem votou em 2012? Antes de reclamar da es-fera federal, as pessoas precisam se conscientizar que a esfera es-

tadual e municipal são as grandes responsáveis pelas principais de-cisões, investimentos e qualidade de vida na cidade e estado em que moram. Os vereadores de Curitiba, por exemplo, têm dedicado as tar-des a discutir isenção de IPTU de grandes clubes de futebol – que tem dinheiro sobrando pra pagar o valor no mínimo umas vinte ve-zes. Ou então a ter atitudes pre-conceituosas e chamar centros espíritas de “centro de macumba”, como fez a vereadora Carla Pimen-tel (PSC).Portanto, parem de disse-minar o ódio e o preconceito e se preocupem em fazer coisas boas pelo próximo. O mundo está um caos porque falta amor e respeito ao próximo. E nada vai mudar se o Brasil continuar nesse caminho absurdo de xenofobia. O que falta nesse país é educação. O que falta é a educação que vem de casa.

A disputa foi acirrada. Foram ataques de todos os lados e inúmeras tentativas de desestabiliza-ção dos dois candidatos e de seus partidos. Nes-te domingo, a atual Presidente da República, Dil-ma Rousseff, do PT, foi reeleita com 51,64% dos votos válidos - 54,5 milhões de votos. O senador e candidato à presidente, Aécio Neves, do PSDB, registrou 48,36% dos votos – 51 milhões.

Foi a menor diferença entre dois candidatos à presidência desde as eleições pós-ditadura mi-litar, em 1985. O que representa um importan-te cenário político nos próximos quatro anos: o país está dividido. E Dilma terá uma enorme dificuldade em governar nestas circunstâncias. Em pronunciamento após a divulgação dos re-sultados, o candidato Aécio Neves afirmou que sua prioridade agora é unir o país. “Cumprimen-tei agora há pouco por telefone a presidente re-eleita e desejei a ela sucesso na condução do seu próximo governo. E ressaltei que considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros”, declarou em uma coletiva de imprensa em Belo Horizonte.

Após os ataques que caracterizaram a disputa eleitoral, este pode ser um dos grandes bene-fícios para o povo brasileiro. O clima de “amiza-de”, de “união por um bem maior” pode trazer medidas e resultados positivos nos próximos anos. Afinal, as agressões cometidas por am-bos os candidatos incitou na população um discurso de ódio que chega a dar medo.

É necessário que as pessoas aprendam cada dia mais a respeitar o próximo, a respeitar o siste-ma democrático, a respeitar a autoridade máxi-ma do país. Agora que a escolha foi feita, só nos resta esperar para que os ânimos se acalmem e para que, ao contrário de todos os outros anos anteriores, as pessoas não se esqueçam da política em alguns meses. É necessário fazer política fora das urnas. Fiscalizar os candidatos. Cobrar as promessas feitas. Exigir punições. Lu-tar por direitos iguais. Afinal, é muito fácil ser especialista em política de agosto a dezembro dos anos eleitorais e, nos outros três anos e sete meses, esquecer do assunto.

A união faz a força?Quem estraga o Brasil não são os políticos, é vocêBruna Karas

ExpedienteReitorJosé Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de AdministraçãoArno GnoattoDiretor da Escola de Comunicação e NegóciosRogério Mainardes

Pró-Reitora AcadêmicaMarcia SebastianiCoordenadora do Curso de JornalismoMaria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadoraAna Paula Mira

Coordenação de Projeto GráficoGabrielle Hartmann GrimmEditoresAna Justi, Alessandra Becker e Bruna KarasEditorialDa Redação

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Foto: André Silvestre

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Dilma Rousseff recebeu cerca de 54 milhões de votos no país.

que busquem combater o fator da in-flação; Promover medidas de infraes-trutura que melhorem a qualidade de todos os setores do país; Incentivar o investimento no âmbito industrial, tec-nológico, científico e agrícola.

Outros assuntos priorizados durante a campanha foram: ampliar os recursos para a educação, desde a creche até o ensino profissionalizante e/ou supe-rior; expandir ao máximo os recursos para a saúde e fortalecer o SUS; investir com intensidade em questões que en-volvam a segurança pública; e promo-ver uma reforma política no país.

Curitiba, 27 de outubro de 2014 > Edição 958 > LONA

NOTÍCIAS DO DIA

A candidata à reeleição ao cargo de Presidente da República pelo PT, Dilma Rousseff, venceu o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno do plei-to eleitoral, realizado no último domin-go, dia 26, e governará o país por mais um mandato, a partir de 2015 até 2018.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, Dilma Rousseff alcançou 51,64% da votação válida, resultado que gira em tor-no dos 54 milhões de votos. O candidato da oposição Aécio Neves recebeu 48,36% da votação total, essa porcentagem regis-tra cerca de 51 milhões de votos.

Essa eleição presidencial certamen-te vai ficar marcada na história como a mais acirrada e equilibrada desde o processo de redemocratização por qual o Brasil passou, a partir do ano de 1985, após o fim do período militar que se disseminou pelo país por lon-gos e intermináveis 21 anos.

Em confronto acirrado, Dilma Rousseff vence Aécio NevesAlessandra Becker

Pleito presidencial foi o mais equilibrado desde a redemocratização brasileira; candidata a reeleição petista venceu o tucano com uma vitória apertada nas urnas brasileiras

Ao todo foram oito embates entre di-versos candidatos à presidência desde a retomada do período democrático, mas nenhuma disputa foi tão estreita e incerta quanto a de Dilma Rousseff e Aécio Neves. A disputa presidencial também ficará, infelizmente, marca-da pela extrema intolerância política e pelo excesso de agressões verbais, morais, e sociais, desferidas com inten-sidade pelos eleitores brasileiros atra-vés das redes sociais. Deixando a de-mocracia de lado, parte da população promoveu todos esses atos em “defesa” dos seus supostos candidatos, o que acabou gerando um clima de guerra na internet entre os eleitores divergen-tes em opiniões e partidos.

Durante todo o período da campanha eleitoral, que começou em meados do mês de julho, ambos os candidatos tra-varam ferrenhas críticas um contra o outro, em debates, em passeatas, em comícios, em horários eleitorais, ou mais precisamente, a cada vez que ti-veram uma singela oportunidade.

Dilma Rousseff sempre procurou ex-plorar e exaltar os grandes feitos advin-dos de programas sociais, que em tese, são uma das principais armas usadas ao longo de todas as campanhas elei-torais petistas. Já Aécio Neves, visou

deixar claro que pretendia aprimorar os programas de benfeitoria para a população, mas também não deixou de questionar a candidata à reeleição sobre os escândalos de corrupção que aconteceram nos mandatos do PT, como o mensalão e a operação Lava Jato da Petrobrás.

Alguns desafiosÉ inegável que mesmo com a expressi-va vitória, a presidente Dilma Rousseff terá um longo e difícil trabalho durante esses próximos quatro anos de manda-to. Além da divisão que o país pare-ce passaram, o principal ponto a ser controlado e alinhado novamente é a economia do país, que viveu de altos e baixos durante o mandato inicial da candidata, e teve um crescimento mui-to tímido durante os seus quatro anos anteriores de governo.

O controle e a instabilidade da infla-ção também é outro fator primordial que deve ser visto com muita cautela e atenção pela candidata e toda a sua equipe, para que assim a prosperidade econômica e financeira do Brasil te-nham acréscimos positivos. Pois, atu-almente os dados apontam que os va-lores inflacionários estão acima do teto nacional, girando em torno de 6,7%, quando a meta estável estipulada para

os números é de 4,5%, segundo o Ban-co Central, o BC, e o Conselho Monetá-rio Nacional, o CMN.

Outro desafio que Dilma terá que afrontar de imediato para a composi-ção da equipe do seu segundo man-dato é a escolha do próximo Ministro da Fazenda, já que o atual ocupante do cargo, o ministro Guido Mantega, não integrará mais a equipe política do governo petista, por motivos pessoais. Um dos mais cotados para assumir o cargo é o professor da FGV, Nelson Barbosa, mas nada foi confirmado até então, nem por ele, nem pelo partido.

Principais propostasDentre as metas de maior importância a serem cumpridas durante seu segun-do mandato, a candidata reeleita pelo PT definiu quais serão suas principais áreas de atuação política. As propostas essenciais desse segundo momento no governo de Dilma Rousseff são: traba-lhar para o crescimento da economia, a partir de medidas macroeconômicas

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Dilma Rousseff, do PT, é reeleita com 51,64% dos votos > Foto: Arquivo Agência Brasil

Após resultado oficial, Aécio Neves agradece o apoio dos elei-tores e deseja sorte a Dilma Rousseff > Foto: Valter Campanado

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LONA > Edição 958 > Curitiba, 27 de outubro de 2014

O Outubro rosa nasceu há quase trin-ta anos. Quando surgiu, não tinha esse nome e suas idealizadoras nunca ima-ginariam que chegaria a essas propor-ções. Nascido como o mês de prevenção nacional do câncer de mama, em 1985, a parceria entre a Sociedade americana do Câncer e uma grande farmacêutica americana se tornou o Outubro Rosa em 1997. Antes dessas, muitas iniciativas já eram tomadas por várias ONGs ameri-canas, mas o programa só ganhou força anos depois.

Em 1997, as cidades americanas Yuba e Lodi organizaram ações municipais de prevenção ao câncer de mama. Nesse momento começou a ser associado o movimento ao nome Outubro Rosa. Não há certeza de quando foi iniciada iluminação de prédios públicos e mo-numentos, mas essa ação foi essencial para que a causa ganhasse força. O crescimento foi tamanho, que hoje o mês não é mais dedicado somente a luta contra o câncer de mama, mas a

todas as formas de tumor que afetam as mulheres. As mulheres que sobrevi-vem ao câncer são denominadas, tanto entre si, quanto pelas ONGs de apoio como sobreviventes. Muitas delas são participantes ativas das ONGs e sabem que isso dá muita força para quem ainda sofre com o tratamento. Por isso, muitas das que passam por isso, começam a trabalhar nas ONGs para ajudar os novos pacientes e ajudar na conscientização da doença. O mais im-portante continua sendo a prevenção, pois se descoberto no início, a chance de recuperação da paciente chega a 95%, mas diminuiu gradativamente conforme o tempo passa.

A ONG Humsol tem grande atuação em Curitiba e suas participantes tem uma mensagem em comum: você não pode desistir diante da doença. Maisa gomes, em depoimento a Rede Mercosul diz “Não é ela (a doença) que me supera, eu é que supero ela”. Já Sirley Santos, que Luta com a doença há mais de 21 anos, sabe das di-

ficuldades e é ainda mais con-fiante. “Você tem que brigar, você tem que lutar pela sua vida e eu sei que quem está sendo diagnosticada pode sobreviver por muitos anos.” Entre uma lágrima e outra ela conclui: “Não dá pra desistir, a vida é um dom”.

A relevância do Outubro Rosa não é algo palpável, mas pode ser visto por todas as ações re-alizadas e pelos direitos que essa luta garantiu aos porta-dores de câncer. Ao paciente é válido lembrar que o câncer é uma doença grave prevista pela Lei 7713/88 e por isso os pacientes tem atendimento prioritário. Além disso, se tive-rem aposentadoria por invali-dez concebida pelo SUS terão direito à isenção de impostos sobre esse valor, além de qui-

Outubro Rosa: um mês de luta

Vinicius Arthur Santos

“Você tem que brigar, você tem que lutar pela sua vida.”

tação imediata de financiamentos feitos junto ao governo, ao saque do PIS(Pro-grama de Integração Social), ter seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) liberado de forma rápida e também isen-ção de IPI (Imposto sobre Produtos Indus-trializados) e garantia de medicamentos cedidos pelo SUS de forma vitalícia e transporte gratuito no sistema de trans-porte público da cidade que habita.

No BrasilSegundo a Amucc, Associação Brasilei-ra de Portadores de Câncer, a primeira iniciativa foi no dia dois de outubro de 2002. O obelisco do Ibirapuera foi ilu-minado em rosa por um breve período durante a comemoração dos 70 anos do Encerramento da Revolução. Mas o movimento só foi ganhar força em 2008, quando a Fortaleza da Barra, em Salvador, foi iluminada em rosa em ho-menagem ao dia das mães e dia estadu-al da luta contra o câncer, comemorado no terceiro domingo do mês de maio. A grandeza do evento atraiu a atenção da

imprensa e a repercussão a partir desse momento se tornou ainda maior, tendo sendo o momento chave para a disse-minação do outubro rosa no Brasil.

Esportes americanosPor ter sido criada nos Estados Unidos, a campanha ganha muito incentivo dentro das maiores paixões dos ameri-canos: os esportes. Todas as ligas espor-tivas do país como a NFL (Futebol Ame-ricano), MLB (Baseball), NHL (Hóquei) e até mesmo a WWE (Luta Livre) aderem à campanha. São uniformes com de-talhes em rosa, campanhas utilizando atletas, os locais das partidas com o laço rosa, símbolo do Outubro Rosa, repre-sentado em algum lugar. Além disso, a conversão de parte da renda em função das ONGs que trabalham ao redor dos EUA ajudando as mulheres com câncer e suas famílias.

“Movember”Os homens também ganharam o seu mês de lua contra o câncer, nesse caso, o de próstata, que tem como dia de luta mundial o dezessete de novembro. O “Mo-vember”, mistura de moustache (bigode) e november (novembro), nasceu com os mesmos ideais do outubro rosa, mas com o slogan “mudando a cara das doenças masculinas”, por isso o bigode. O projeto iniciado em 1999 na Austrália já ganhou proporções mundiais e arrecadou desde o seu início mais de 174 milhões de dólares.

A cada ano ganha força o movimento que busca conscientizar e ajudar mulheres a respeito do Câncer de mama

GERAL

Obelisco do Ibuapuera foi o primeiro monumento brasileiro iluminado na cor rosa, em 2002 > Foto: Lucas B. Sales

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Em Curitiba, a estufa do Jardim Botânico é um dos pontos que fica iluminado > Foto: Samir Nosteb

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COLUNISTAS

Draft

Politicalizando

Igor Castro

Jorge de Sousa

Curitiba, 27 de outubro de 2014 > Edição 958 > LONA

Lendas

Democracia instável

Como em todos os esportes, os joga-dores buscam números expressivos e a quebra de recordes. Na NFL isso parece ser mais marcante do que nos outros esportes. No último final de semana, dia 19, o Sunday Night Football entre Denver Broncos e San Francisco 49ers entrou para história, e um quarterback também.

O nome dele é Peyton Manning, consi-derado por muitos o melhor da história da NFL. Peyton tem apenas um Super Bowl na carreira, diferentemente do

seu irmão, Eli Manning do New York Giants, que possui dois, conquistados em cima de outro craque: o quarteba-ck do New England Patriots, Tom Brady (casado com a modelo brasileira Gise-le Bündchen). Peyton Manning tem números sensacionais em um esporte onde a estratégia é predominante.

Após o jogo contra o Arizona Cardi-nals, Manning ficou a três touchdowns de entrar na história e quebrar mais um recorde. Naquela partida, o quar-terback completou 506 passes para

Primeiramente gostaria de desejar toda a força do universo para Dilma Rousse-ff. Não será fácil comandar uma nação dividida e controlar as crises econômi-cas e morais que, ela própria auxiliou a se instalarem no Brasil. Mesmo não votando nela, sou brasileiro e vou que-rer sempre o melhor para nossa pátria. Bom, mas sem mais delongas vamos ao assunto que gostaria de debater.

Para muitos essa eleição foi a mais democrática da história, com diversas pessoas discutindo política em diver-sos âmbitos sociais. Bom, tudo parece perfeito certo? Mas não é. Em minha seção eleitoral (no primeiro e segundo turno) e com diversos familiares e ami-gos, a sensação clara que eu obtive foi de uma gigantesca insatisfação com os nomes do cenário político nacional.

Era um, “vou votar na Dilma porque o Aécio vai acabar com o Bolsa Família”, ou então com o “vou com o Aécio por-que eu quero tirar o PT do poder”. Meus

caros, a que ponto chegamos. Lutamos tanto por um regime democrático, mas a falta de consciência política de nossa população nos está colocando em um limbo complicado de se enxergar saída.

Acho importante frisar que a situação política está realmente complicada em todas as suas esferas. E o maior reflexo disso é a eleição aqui no estado do Pa-raná. Uma câmara de deputados omissa aos desmandos de um governador ruim e mesmo assim eleito no primeiro turno.

Isso tudo sem contar com os fracos candidatos da oposição ao atual man-datário estadual e nomes como Cris-tiane Yared, Felipe Francischini e Maria Victoria Barros conseguindo quatro anos de salários pagos com os nossos impostos. E isso, pelo andar da carru-agem, vai durar por muito tempo no Brasil, levando a cada vez mais o tão perigoso “analfabetismo político”, an-tevisto há tempos pelo dramaturgo alemão Bertold Brecht.

touchdown. Portanto, na próxima par-tida Manning poderia passar o recorde imposto pelo lendário Brett Frave, do meu querido Green Bay Packers, que tinha 508 passes.

Na partida conta os 49ers, em questão de tempo Peyton conseguiu completar os três passes para touchdown e bateu o recorde com 509. Recorde que pode ser cada vez maior. Na última quinta feira, 23, Peyton Manning aumentou o recorde; a vítima da vez foi o San Diego Chargers. Na partida Manning comple-tou mais três passes para TD e achegou aos 512 passes. Poderemos ter mais mudanças nesse número.

Outro jogador que entrou para histó-ria da NFL foi o running back do Dallas Cowboys, Demarco Murray. Após seis jogos, o jogador completou mais de 100 jardas corridas em todas as par-tidas que disputou. Murray precisava manter esse número para entrar para história, assim ele bateria o recorde de jardas corridas por um running back da NFL nos sete primeiros jogos da tem-

porada regular. O que não demorou a acontecer. Na semana sete da tempo-rada regular, contra o New York Giants, bastava que Murray mantivesse sua atuação. Em 28 tentativas de corrida, o running back conseguiu incríveis 128 jardas (das quais 4,5 completadas ape-nas por tentativa).

Agora Murray vai em busca de um re-corde ainda maior: bater o lendário Barry Sanders (que fez a sua carreira no Detroit Lions). Ao todo Sanders con-seguiu 14 partidas seguidas em uma temporada com mais de 100 jardas corridas. Pelo menos a metade Demar-co Murray já conseguiu.

Nada é impossível de acontecer em um esporte tão sensacional como o fu-tebol americano, mas acho que Murray terá que suar muito para bater esse re-corde, já que, convenhamos, é um nú-mero considerável de jogos para per-manecer correndo neste ritmo. O jeito é esperar pelo restante da temporada regular da NFL e ficar de olho em mais possíveis recordes.

A solução é muito clara. É preciso de-bater política nas escolas brasileiras. Não de forma chata e confusa, como normalmente é aplicada à maioria das disciplinas curriculares para nossos jo-vens, e sim como um espaço de con-versa e entendimento.

Transformar nossa juventude em cida-dãos conscientes de seu papel na so-ciedade, deve incluir no pacotes suas decisões políticas. Educação é a arma mestra contra os desmandos dos nos-sos “homens de Brasília”, já que uma sociedade consciente é uma sociedade preparada para escolher seus represen-tantes. E amplio mais, tal debate deve-

ria incluir diversos temas relevantes em nossa sociedade e que muitas vezes são encarados como tabu pela ala conser-vadora da nossa sociedade.

Grandes exemplos disso são as ques-tões da liberação do uso de drogas em território nacional e a dicriminalização do aborto, que são temas de extrema importância e não são discutidos de forma correta em nossa sociedade. Que esses próximos anos sejam de debate e de uma transformação nacio-nal. E para a sociedade, desejo que as manifestações de junho passado ainda valham de algo e nos façam continuar lutando por um Brasil melhor.

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LONA > Edição 958 > Curitiba, 27 de outubro de 2014

Samba do Compositor ParanaenseLocal: Teatro Universitário de Curitiba – TUCData: Toda segunda-feiraHorário: Das 19h30 às 22hIngresso: gratuito

Terça BrasileiraLocal: Teatro do PaiolData: 28 de outubroHorário: 20hIngressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

O Apocalipse Suspense > 110 min > 12 anos

Drácula: A História Nunca ContadaAção > 92 min > 14 anos

Alexandre e o Dia Terrível, Espantoso e HorrorosoComédia > 81 min > Livre

Relatos SelvagensComédia > 120 min > 14 anos

São Petersburgo, Um Olhar AntropológicoLocal: Museu da Fotografia Cidade de CuritibaData: até 9 de novembro, de terça-feira a domingoHorário: das 9h às 18hIngresso: gratuito

Espetáculo Dom QuixoteLocal: Regional Bairro NovoData: 28 de outubroHorário: 10h, 14h e 15h30Ingresso: gratuito

Uma nova ficção que retrata crenças reli-giosas está em exibição nos cinemas. “Apo-calipse” traz a história de Irene (Lea Thomp-son), que encontra seu pai, o piloto Rayford (Nicolas Cage), no aeroporto indo para casa após um longo tempo sem ver sua família.

Enquanto Irene esperava seu voo, milhões de pessoas simplesmente desaparecem no mundo todo sem deixar vestígios. Sem explicações, a população inteira entra em pânico. Com direção de Vic Armstrong e roteiro de John Patus e Paul Lalonde, Apo-calipse tem em seu elenco nomes como Cassi Thomson, Chad Michael Murray, Lea Thompson, Nicky Whelan e Nicolas Cage. O filme é inspirado na série de livros best-sel-lers “Left Behind”, escritos por Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins, e retrata a crença evangéli-ca do arrebatamento.

O Curso de Fotografia Antropológica na Uni-versidade Politécnica de São Petersburgo, na Rússia, produziu a exposição “São Petersburgo, Um Olhar Antropológico”, que ficará em exibi-ção no Museu de Fotografia da Cidade de Curi-tiba até o dia 9 de novembro.

Os alunos do curso ministrado pela professo-ra de fotografia Victorina Radionova, percor-reram as principais cidades russas, famosos museus de São Petesburgo, subúrbios e sets. O

objetivo era mesclar estudos de campo, conte-údos acadêmicos, exploração da cultura russa e opções de lazer no país.

O Museu da Fotografia de Curitiba existe há 16 anos e foi o primeiro do gênero no Brasil. Seu acervo conta com mais de três mil imagens, várias delas assinadas por grandes nomes da fotografia brasileira como Sebastião Salgado, Claudia Andujar, João Urban, Luiz Braga, Bóris Kossoy, Walter Firmo e outros.

Retratos da Rússia em exposição na capital

Nasce o escritor Graciliano RamosEm 27 de outubro de 1892 nascia o escritor brasileiro Graciliano Ramos de Oliveira, mais conhecido apenas por seus dois primeiros nomes.

O autor de obras consagradas como clássicas veio ao mundo na cidade deQuebrangulo, no meio do sertão ala-goense. Graciliano foi o primeiro dos 16 filhos do casal Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ra-mos. Ao longo de sua vida, o escritor envolveu-se na publicação de jornais

e revistas, foi prefeito de uma das ci-dades onde residiu, e trabalhou como diretor da Imprensa Oficial de Alago-as. Também chegou a filiar-se ao par-tido comunista, em 1945. Suas obras abarcam desde publicações para periódicos, até livros infantis, contos, romances, memórias e crônicas. Entre os romances mais conhecidos estão Caetés (1933); São Bernardo (1934); Angústia (1936); e o aclamado Vidas Secas (1938). O escritor faleceu em 1953, aos 61 anos de idade.

Filme baseado em best-seller estreia nos cinemas

ACONTECEU NESTE DIA

#PARTIU

O autor de Vidas Secas chegou a ser prefeito de uma cidade > Foto: Arquivo Blog do Gusmão

Shows

Em Cartaz

Artes Visuais

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Cartaz do filme com Nicolas Cage > Foto: Divulgação