luciana moura rufino

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL COMPOSIÇÃO DAS FEZES DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ALIMENTADOS COM RAÇÃO SEM MICROMINERAIS E VITAMINAS, REDUÇÃO DO FÓSFORO INORGÂNICO E ADIÇÃO DE FITASE Luciana Moura Rufino Orientador: Prof. Dr. Eurípedes Laurindo Lopes GOIÂNIA 2006

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Page 1: Luciana Moura Rufino

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

COMPOSIÇÃO DAS FEZES DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ALIMENTADOS COM RAÇÃO SEM MICROMINERAIS E

VITAMINAS, REDUÇÃO DO FÓSFORO INORGÂNICO E ADIÇÃO DE FITASE

Luciana Moura Rufino

Orientador: Prof. Dr. Eurípedes Laurindo Lopes

GOIÂNIA

2006

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i

LUCIANA MOURA RUFINO

COMPOSIÇÃO DAS FEZES DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ALIMENTADOS COM RAÇÃO SEM MICROMINERAIS E

VITAMINAS, REDUÇÃO DO FÓSFORO INORGÂNICO E ADIÇÃO DE FITASE

Dissertação apresentada para

obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto à Escola

de Veterinária da Universidade Federal de Goiás

Área de concentração: Produção Animal

Orientador: Prof. Dr. Eurípedes Laurindo Lopes Comitê de Orientação:

Prof. Dr. José Henrique Stringhini Prof. Dr. Jurij Sobestiansky

GOIÂNIA

2006

Page 3: Luciana Moura Rufino

ii

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

(GPT/BC/UFG)

Rufino, Luciana Moura. R926c Composição das fezes de suínos em terminação alimen- tados com ração sem microminerais e vitaminas, redução do fósforo inorgânico e adição de fitase / Luciana Moura Rufino, 2006. ix, 47 f. : il., tabs. Orientador: Eurípedes Laurindo Lopes. Dissertação ( Mestrado ) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária, 2006. Bibliografia: f. 37-47. 1. Suíno – Alimentação e rações 2. Suíno – Composição das fezes 3. Nutrição animal – Fósforo (Inorgânico) - Redu- ção 4. Nutrição animal –Adição (Fitase) 5. Nutrição animal– Influência -Impacto ambiental I. Lopes, Eurípedes Laurin- do II. Universidade Federal de Goiás. Escola de Veteriná- ria III. Título.

CDU: 636.4.085.3

Page 4: Luciana Moura Rufino

iii

LUCIANA MOURA RUFINO Dissertação defendida e aprovada em 29/03/2006, ela Banca Examinadora constituída pelos professores:

_________________________________________ Prof. Dr. Eurípedes Laurindo Lopes

(ORIENTADOR)

_________________________________________ Prof. Dr. Otto Mack Junqueira

UNESP/Jaboticabal/SP

_________________________________________ Prof. Dr. Romão da Cunha Nunes

Page 5: Luciana Moura Rufino

iv

Pessoa sincera, meiga, muito simples, caridosa, de conhecimentos

adquiridos com as experiências da vida, que tirava de si para favorecer e ver os

outros felizes e assim transmitir tamanha satisfação e realização.

Foi assim que você contribuiu às minhas realizações e objetivos alcançados.

Foi assim que adquiri toda a coragem para enfrentar barreiras e

dificuldades, proporcionando passagem sem cansaço.

Foi observando e convivendo com sua disposição, otimismo e vontade de

viver, que aprendi a não desistir dos meus ideais.

Foi assistindo sua simpleza, seu sorriso otimista mesmo nas horas mais

difíceis que hoje sei encarar os empecilhos com normalidade.

Foi com seu jeito de quem sabia tudo e queria estar sempre mostrando

como fazer é que hoje sinto satisfações em ensinar.

Foi com o seu jeito meigo de lidar e aproximar às pessoas que aprendi e

tenho facilidade em conquistar e fazer amigos.

Foi com suas preocupações e cuidados que aprendi a buscar proximidade

à perfeição em tudo que faço.

Foi assim que pude espelhar-me para realizar tudo da melhor forma.

Foi com base em suas experiências e conhecimentos informais, porém

suficientes para colaborar de forma indireta a este mérito.

Independente de onde estiver você frisou neste plano seu otimismo como o

maior e melhor exemplo de vida. Privilegiados àqueles que puderam conhecer ao

menos um motivo concreto para estar adotando em seus exercícios da vida.

Que o “Ser Maior” continue te protegendo como sempre fez.

Saudades de você, papai.

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v

AGRADECIMENTOS

Primeiramente ao “Ser Superior” por esta oportunidade ímpar e pela força

que tenho em acreditar e concretizar.

Ao meu orientador Prof. Dr. Eurípedes Laurindo Lopes, por sua paciência,

sabedoria e dedicação.

Ao prof. Dr. Romão da Cunha Nunes por sua prontidão em todos os

momentos que precisei.

À profª. Drª Márcia Nunes Bandeira Roner, pelas contribuições e

esclarecimentos somados.

Ao prof. Dr. Otto Mack Junqueira pelo aceite ao convite para compor a

banca examinadora e colaborar com o enriquecimento desta dissertação.

À minha filha Karolina Batista Rufino pela cumplicidade neste estudo.

À minha mãe Ozana Joaquina de Moura Gomes pelo exemplo de garra,

coragem e apoio, mesmo à distância.

Às irmãs: Adriana Moura Rufino e Juliana Moura Rufino pelas

compreensões nos momentos em que não pude estar.

À minha amiga Ana Paula Ázara de Oliveira pelos cuidados, otimismo e

ensinamentos passados através de suas experiências em iniciação científica.

À amiga Elieth Francisco Ferreira pelo incentivo e apoio.

Ao meu amigo Amaury Camilo Valinote, pela colaboração e disposição

sempre que precisei.

À amiga Daniella de Godoi Nasciutti pelo apoio final, que só ela soube

entender e participar comigo.

A todos os amigos, professores e servidores da pós-graduação, os quais

percorreram comigo estes dois anos com maior ou menor proximidade.

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i vi

“O HOMEM É O ÚNICO SER QUE CONSEGUE MODIFICAR O MEIO AMBIENTE EM SEU PRÓPRIO BENEFÍCIO E O TEM MODIFICADO PREJUDICANDO SUA PRÓPRIA ESPÉCIE”

Doralice Pedroso-de-Paiva

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vii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 1

2 OBJETIVOS........................................................................................... 3

2.1 Objetivo geral...................................................................................... 3

2.2 Objetivos específicos.......................................................................... 3

3. REVISÃO DE LITERATURA................................................................. 4

3.1 Composição das fezes e dejetos dos suínos...................................... 4

3.2 Influência da nutrição sobre o impacto ambiental............................... 5

3.3 Minerais............................................................................................... 9

3.4 Vitaminas............................................................................................ 14

3.5 Enzimas.............................................................................................. 15

3.6 Fitase.................................................................................................. 17

3.7 Ácido fítico.......................................................................................... 19

4 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................... 23

4.1 Local................................................................................................... 23

4.2 Instalações.......................................................................................... 23

4.3 Animais............................................................................................... 23

4.4 Tratamentos........................................................................................ 24

4.5 Dietas experimentais.......................................................................... 24

4.6 Delineamento experimental................................................................ 26

4.7 Colheita das fezes.............................................................................. 26

9.8 Variáveis analisadas........................................................................... 26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................. 28

5.1 Níveis médios de nitrogênio, proteína bruta e extrato etéreo nas

fezes.........................................................................................................

28

5.2 Níveis médios de matéria mineral, cálcio e fósforo nas

fezes.........................................................................................................

29

5.3 Níveis médios de ferro, cobre e zinco nas fezes................................ 32

5.4 Níveis médios de sódio, potássio, manganês e magnésio nas fezes. 34

6 CONCLUSÕES...................................................................................... 36

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 37

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RESUMO

O experimento foi conduzido no setor de suinocultura do Departamento de Produção Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás – UFG. O objetivo foi avaliar o efeito da redução de fósforo inorgânico via fosfato bicálcico e a retirada dos suplementos microminerais-vitamínicos associados à adição de fitase sobre os níveis de excreção de nitrogênio, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral, cálcio, fósforo, sódio, potássio, manganês, magnésio, cobre, ferro e zinco nas fezes de suínos em terminação. Foram utilizadas 24 fêmeas de linhagem comercial, com peso de 106 kg aos 154 dias de idade, num delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. Foi feito análise de variância e comparação das médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não foi observado diferença (P>0,05) para nitrogênio, proteína bruta e extrato etéreo, matéria mineral, cálcio, sódio, potássio e magnésio. Observou-se redução (P<0,05) de 47,9% para o fósforo. A ausência de fósforo inorgânico e a ação da fitase podem ter disponibilizado o fósforo orgânico presente no farelo de trigo. Quanto ao ferro houve redução (P<0,05) na excreção. A redução de 1/3 de fósforo inorgânico e a adição de fitase podem ter contribuído a este decréscimo. Houve aumento (P<0,05) na excreção de cobre nas fezes dos animais que receberam ração sem microminerais e vitaminas, sem fósforo inorgânico e com fitase (T6). Este aumento pode ser explicado pela ação da fitase, proporcionando maior disponibilização destes elementos aos animais. Observou-se aumento (P<0,05) na excreção de zinco, o qual pode ter ocorrido devido à presença de fósforo inorgânico e fitase. Porém quando se comparou as fezes dos animais do tratamento T6 com os tratamentos: sem suplementos microminerais – vitamínicos e com fitase (T3); sem suplementos microminerais – vitamínicos, sem 1/3 de fósforo inorgânico e com fitase (T4); e sem suplementos microminerais – vitamínicos, sem 2/3 de fósforo inorgânico e com fitase (T5); houve redução (P<0,05) de 92% na excreção de zinco. Tal fato pode ter ocorrido devido à retirada total do fósforo inorgânico e/ou o uso de fitase. Para manganês observou-se reduçao (P<0,05) ao comparar as fezes dos animais que receberam ração completa (T1) com os demais tratamentos, podendo ser devido a redução do fósforo inorgânico e a adição de fitase nas dietas, além da retirada de microminerais e vitaminas. A retirada dos suplementos microminerais-vitamínicos e/ou a redução do fósforo inorgânico de dietas suplementadas com fitase, mostra-se viável para a reduzir a excreção de fósforo, ferro e manganês nas fezes de suínos em terminação. Palavras-chave: Cobre, enzima, excreção e fitato.

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ABSTRACT This experiment was conducted at the pig production facility of the School of Veterinary Medicine of the Federal University of Goias and aimed to evaluate the effect of inorganic phosphorus reduction and the withdrawal of micro mineral-vitamin supplements associated to the addition of phytase on the excretion levels of nitrogen, crude protein, ether extract, mineral matter, calcium, phosphorus, sodium, potassium, manganese, magnesium, copper, iron and zinc on finishing swine feces. Twenty four 106-kg, 154 day-old commercial females were randomly sorted into six treatments of four repetitions each. Variance analysis and average comparison were performed through Tukey test at 5% probability. There was no difference (P>0,05) for nitrogen, crude protein, ether extract, mineral matter, calcium, sodium, potassium, and magnesium, copper, iron and zinc N, CP and EE, MM, Ca, Na, K and Mg on feces. 47,9% decrease of phosphorus (P<0,05) was recorded. The absence of inorganic phosphorus and the action of phytase may have increased the availability of organic phosphorus from wheat flour. Inorganic phosphorus reduction with phytase addiction may be related to the decrease of iron excretion (P<0,05). There was increase (P<0,05) on excretion of copper and zinc in the animals fed ration without inorganic phosphorus and with phytase (T6). Such increase may be credited to phytase, which should have increased the availability of both elements. However, when feces from animals of treatment T6 were compared with treatments T3, T4, and T5, there was reduction (P<0,05) of 92% on Zn excretion, a fact that could also be credited to phytase action. Reduction of manganese (P<0,05) was observed when comparing data from T1 group with all the other groups, explainable by inorganic phosphorus reduction associated to the addition of phytase, as well as the withdrawal of micro mineral-vitamin supplements. The withdrawal of micro mineral-vitamin supplement and/or the reduction of inorganic phosphorus from diets supplemented with phytase, proved to be viable to reduce the excretion of phosphorus, iron and manganese on finishing swine feces. Key words: copper, enzyme, excretion and phytate.

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1 INTRODUÇÃO

A suinocultura nacional vem adotando modernas técnicas de criação, manejo, alimentação, sanidade e de melhoramento animal o que contribuiu para o bom crescimento ocorrido nas últimas décadas e para o aumento das exportações de carne.

A produção de suínos tem significado econômico e social, pois cria empregos, gera impostos e contribui para fixar o homem no campo.

A exploração de suínos produz grande quantidade de dejetos devido à fisiologia digestiva dessa espécie, a qual tem a capacidade de metabolisar apenas uma pequena parte dos nutrientes ingeridos. Com isso o teor de matéria orgânica e sais minerais totais são considerados alto, causando problemas ao meio ambiente, principalmente ao solo e ao lençol freático. Mesmo passando por tratamento, os dejetos precisam ser manejados corretamente obedecendo às recomendações técnicas para depois serem lançados no solo, quando o objetivo for produção agrícola.

Os dejetos de suínos podem ser considerados a principal fonte de nutrientes para o solo. No entanto, o manejo adequado da adubação torna-se a etapa final do processo de produção dos suínos e uma das etapas iniciais da produção de grãos. Sendo assim, a composição nutricional do dejeto determina a quantidade que pode ser aplicada no solo de forma sustentável. Neste aspecto a concentração de fósforo no dejeto assume grande importância.

O potencial de poluição dos dejetos de suínos pode ser expresso por sua elevada carga orgânica que os caracteriza como biocidas. Ao atingirem os recursos hídricos, demandam o oxigênio retirando-o drasticamente da água e provocando morte dos seres aquáticos.

Uma vez definida a estrutura e forma de produção dos suínos, sob o ponto de vista ambiental, os aspectos relacionados com a nutrição devem ser os primeiros a serem planejados. Isto se explica porque é mais fácil e econômico evitar excessos nutricionais do que arcar com as conseqüências que são os elevados índices de excreção e a dificuldade posterior de dar destino aos nutrientes excretados em excesso.

Sob o ponto de vista nutricional três fatores podem ser considerados relevantes nas quantidades de nutrientes excretadas pelo suíno. Além das perdas endógenas que representam uma fração pequena das perdas totais, a quantidade

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consumida e a eficiência de utilização dos nutrientes assumem importância primordial. Assim, pode se reduzir de forma estratégica quantitativamente alguns nutrientes na dieta e ao mesmo tempo aumentar a eficiência de utilização de muitos outros.

Existem alternativas para reduzir o volume de dejetos e sua composição bromatológica. Estudos recentes utilizando a enzima fitase exógena na ração de suínos em fase de terminação têm confirmado resultados significativos na excreção de fósforo e matéria mineral, reduzindo assim seu poder poluente.

A adição da enzima fitase, além de minimizar o impacto ambiental causado pelos dejetos de suínos, contribui também para a redução dos custos, uma vez que a ração representa cerca de 70% dos custos de produção dos animais. Com isso a enzima possibilitará um melhor aproveitamento do fósforo orgânico pelo animal, podendo então reduzir a adição do fósforo inorgânico na ração.

A literatura técnica e científica demonstra a existência de vasta informação relacionada aos benefícios da nutrição sobre a redução do impacto ambiental. Estes conhecimentos geralmente não são aplicados devido a três fatores: falta de preocupação ambiental dos profissionais responsáveis pela nutrição dos animais; limitantes econômicos à aplicação de determinada tecnologia e falta de conhecimento da existência destas ferramentas nutricionais.

Dentro deste contexto, fazem-se necessárias pesquisas de análises das fezes de suínos em terminação para adequar suas condições de uso no solo e as formulações das rações, atendendo as exigências nutricionais dos animais e lançando mão de recursos nutricionais como o uso da enzima fitase visando minimizar os impactos causados pelos dejetos de suínos no meio ambiente.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral Estudar o efeito da redução do nível de fósforo inorgânico e a retirada

dos suplementos microminerais-vitamínicos associados à adição de fitase na

ração de suínos em fase de terminação sobre a composição das fezes.

2.2 Objetivos específicos

Avaliar o efeito da redução de fósforo inorgânico e a retirada dos

suplementos microminerais-vitamínicos associados à adição de fitase sobre os

níveis de excreção de nitrogênio, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral,

cálcio, fósforo, sódio, potássio, manganês, magnésio, cobre, ferro e zinco nas

fezes de suínos em terminação.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Composição das fezes e dejetos dos suínos

Os suínos aproveitam apenas uma pequena parcela dos alimentos

ingeridos o que contribui para que as fezes tenham de 75% a 85% dos elementos

minerais e 40% da matéria orgânica.

De acordo com KONZEN (1983), os dejetos são compostos por

dejeções (fezes e urina), água desperdiçada pelos bebedouros e de higienização,

resíduos de ração, pêlos e poeira decorrente do processo criatório que, juntos

formam o liqüame ou os dejetos líquidos. Os suínos são ineficientes em transformar os nutrientes oferecidos a

eles em carne. É estimado que somente 35% a 45% do nitrogênio protéico

consumido são transformados em produto animal. Para o fósforo o que

compromete o seu uso é sua baixa digestibilidade em ingredientes de origem

vegetal. O conhecimento de alguns procedimentos em nutrição animal, tais como:

composição nutricional, digestibilidade dos nutrientes, níveis de exigência por

fase, sexo, genótipo e época do ano, permitem uma menor perda de nitrogênio e

fósforo da ordem de 30% a 40%. Assim, por mais eficientes que os programas de

controle da poluição ambiental possam ser considerados, é através da nutrição

que grandes avanços poderão ser obtidos (PENZ JÚNIOR, 2000).

A composição dos dejetos animais está associada ao sistema de

manejo adotado. Os dejetos podem apresentar grandes variações na

concentração de seus componentes, dependendo da diluição e da modalidade

como são manuseados e armazenados (OLIVEIRA, 1994). Já para a COMISSÃO

DE FERTILIDADE DO SOLO RS/SC (1995), os dejetos de suínos possuem

composição química muito variável, em função principalmente da alimentação e

uso da água empregada nos criatórios de suínos.

Os dejetos de suínos apresentam, simultaneamente, vários nutrientes

que se encontra em quantidades desproporcionais em relação àquelas

necessárias para as plantas (BURTON, 1996).

A eficiência média na utilização do nitrogênio da dieta dos suínos é de

29%, do fósforo é de 28% e do potássio apenas de 6% (LUDKE & LUDKE, 2005).

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Conforme os dados do NRC (1998) cerca de: 45% a 60% do nitrogênio, 50% a

80% do fósforo e cálcio, aproximadamente 70% a 95% do cobre, zinco, potássio,

sódio, magnésio, manganês e ferro consumidos são excretados pelos suínos.

De acordo com PALHARES (2005), a quantidade de nitrogênio e

fósforo excretada por um suíno é influenciada por três fatores: a quantidade de

nitrogênio e fósforo consumidos, as proporções de nitrogênio e fósforo

consumidas que são utilizadas para o crescimento e reprodução e a quantidade

de nitrogênio e fósforo representada por secreções, comumente denominado de

nitrogênio e fósforo endógenos, sendo esta a menor parte excretada.

NUNES et al. (2001), avaliaram o efeito da retirada do suplemento

micromineral - vitamínico sobre os níveis de zinco, cobre, ferro e manganês no

esterco de suínos em fase de terminação e concluíram que a inclusão ou a

retirada de vitaminas da ração nesta fase não influenciou nos níveis destes

minerais nas fezes; porém, a retirada de microminerais reduziu os teores dos

minerais nas fezes.

LUDKE et al. (2000a), trabalharam com suínos em crescimento e

avaliaram a quantidade de nitrogênio, fósforo e cálcio consumidos e excretados. À

medida que os níveis de fitase foram aumentados (0, 300, 600 e 900 UF/kg) os

níveis de suplemento inorgânico foram reduzidos. Os teores de cálcio foram

reduzidos em 10% em relação à dieta testemunha (sem fitase e com fosfato

inorgânico) e foram utilizando dois níveis de proteína bruta. Os autores

concluíram que níveis entre 421 a 466 UF/kg da dieta são os que proporcionaram

redução nas quantidades de nitrogênio, fósforo e cálcio excretados, amenizando a

carga de poluição ambiental.

3.2 Influência da nutrição sobre o impacto ambiental Na Europa, a produção animal vem passando por mudanças

objetivando reduzir o impacto ambiental causado pelos dejetos. No ano 2000 a

comunidade Européia implementou o Conselho Diretivo 96/61/EC, que

regulamenta o controle integrado de prevenção e controle da poluição ambiental.

A partir daí, as grandes integrações de aves e suínos só poderão emitir poluentes

Page 16: Luciana Moura Rufino

6

na água e no solo, incluindo nitratos, e no ar, principalmente amônia, dentro de

um limite máximo. Estas condições podem limitar a expansão de empresas em

determinadas regiões. Assim, mais animais por m² poderão ser alojados quando a

emissão de nutrientes não digeridos pelos animais é reduzida. No Brasil já

existem regiões como o Oeste de Santa Catarina, onde a densidade de poluentes

produzidos chega ao nível Europeu.

A ciência da nutrição seria o primeiro elo no processo de gestão

ambiental das granjas, primeiro porque tudo que puder ser alterado

nutricionalmente, a fim de melhorar a qualidade ambiental deste manejo, irá

refletir no dia-a-dia da unidade produtora, chegando até o tratamento dos

resíduos, tornado este mais viável economicamente. Contudo, o uso dos resíduos

de suínos como fertilizante pode ser feito, desde que de forma racional, pautando-

se pelo conceito de balanço de nutrientes (PALHARES, 2005).

A aplicação de grandes quantidades de dejetos no solo pode provocar

o acúmulo de nutrientes resultando nos seguintes prejuízos econômicos: 1.

Menos opções para a diversificação das atividades agropecuárias, pela redução

do número de espécies possíveis de serem cultivadas, em função da diferente

suscetibilidade de cada espécie aos desequilíbrios químicos provocados no solo

(KABATA-PENDIAS, 1995; LÜBBEN et al., 1991); 2. Queda na produtividade de

cereais, especialmente devido ao excesso de nitrogênio (SIEGENTHALTER et al.,

1994); 3. Intoxicação de animais, ocasionada pelo acúmulo excessivo de

determinados nutrientes na forragem, como por exemplo, o cobre, prejudicial a

ovelhas (SIEGENTHALTER et al., 1994; BRANDJES et al., 1996); 4. Menor preço

de venda de produtos, como as hortaliças, depreciadas pela diminuição na sua

qualidade, devido ao acúmulo de metais pesados (SIEGENTHALTER et al.,

1994), ou pela desproporção entre partes vegetativas e reprodutivas ou de

reservas, provocada pelo excesso de nitrogênio no solo (O’KIELY et al., 1994).

É possível reduzir o potencial poluente dos dejetos de suínos mediante

a adoção de técnicas alimentares mais equilibradas. Como por exemplo, a

excreção do nitrogênio é reduzida diminuindo o conteúdo de proteína da dieta e

suplementando com aminoácidos digestíveis, ou ainda, realizar o manejo

nutricional, utilizando dietas diferenciadas, por fase do animal e por sexo, e

acrescentar a enzima fitase (STILLBORN, 1998).

Page 17: Luciana Moura Rufino

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O nitrogênio é encontrado no dejeto de suínos como um produto da

quebra de proteínas e na forma de nitrato ou amônia sendo problema ambiental.

Este transforma em nitrato e movimenta-se facilmente no solo sendo dissolvido na

água. O nitrogênio pode também poluir o ambiente na forma de amônia causando

chuva ácida (LEE & COULTER, 1990). Na produção eficiente o objetivo é

minimizar a sua excreção porque é o componente simples mais caro da dieta do

suíno.

O fósforo é nutriente problema nos dejetos de suínos porque é o fator

limitante no crescimento de certas plantas como as algas em lagoas e rios. Se for

liberado em altas quantidades nas águas de superfícies as algas crescerão muito

rápido causando eutroficação, baixa concentração de oxigênio e mortalidade de

peixes (PENZ JÚNIOR, 2000).

Os acúmulos de fósforo e potássio pelo uso de grandes quantidades

de dejetos animais por períodos longos: vários anos ou décadas, podem causar

desequilíbrio de nutrientes no solo. O efeito do acúmulo excessivo de fósforo

disponível causa deficiências de zinco. Estes efeitos indesejáveis se apresentam

após muitas décadas e requerem tempo e empenho para sua correção. Logo,

junto com os efeitos imediatos sobre as colheitas e a qualidade dos produtos,

bem como sobre a qualidade das águas a curto e longo prazo, os efeitos dos

dejetos nas propriedades físicas e químicas dos solos necessitam ser

considerados (SCHERER et al., 1986).

O uso de grandes quantidades de dejetos numa mesma área pode

acarretar poluição das águas, por causa do excesso de fósforo que fica no solo,

uma vez que as plantas não são capazes de absorver as quantidades aplicadas

através dos dejetos. Quanto maiores às quantidades de fósforo acumulado no

solo, maiores são os riscos de perdas desse elemento por erosão e lixiviação

(SEGANFREDO, 2001).

De acordo com CHAPMAN et al. (1955), quando se utiliza somente o

elemento fósforo na forma orgânica como componente da ração, podem-se

observar muitos transtornos no desempenho dos suínos. Para MOREIRA et al.

(2003), tal fato ocorre porque a maior parte do fósforo contido nos grãos aparece

complexado em uma molécula orgânica chamada fitato. Como conseqüência,

grande parte desse fósforo passa pelo trato digestivo dos animais monogástricos

Page 18: Luciana Moura Rufino

8

praticamente sem ser digerido, sendo excretado através das fezes, provocando

redução no desempenho dos animais e aumentando a poluição ambiental.

Outro nutriente necessário nas dietas dos animais também considerado

potencialmente problemático nos dejetos de suínos é o cobre embora necessário

apenas em quantidades traços este mineral é crítico para o crescimento e saúde

do suíno (LUDKE & LUDKE, 2005).

De acordo com NUNES (1998), assim como os demais microelementos

ingeridos em excesso, o cobre é eliminado nas fezes podendo tornar-se poluente

ambiental.

Conforme PENZ JÚNIOR et al. (1999), no caso dos minerais é sabido

que níveis relativamente baixos de cobre podem causar a morte de peixes, algas

e fungos. OLIVEIRA (1994) citou que níveis de cobre de 0,025 a 0,2 mg/L são

tolerados pelos peixes. O zinco também pode comprometer o desenvolvimento de

peixes e algas.

O uso do cobre como promotor de crescimento aumenta o ganho de

peso e melhora a conversão alimentar nas fases de pós - desmame e

crescimento do suíno. Este efeito não é verificado durante a terminação, acima de

50 kg na maioria dos experimentos relatados e, desta forma o uso de altos níveis

de cobre nesta fase apresenta como desvantagem um elevado custo ambiental

porque a sua concentração nos dejetos é proporcional ao nível usado nas dietas

(LUDKE & LUDKE, 2005).

A concentração média de cobre em dietas de leitões na fase de creche,

na região sul do Brasil nos anos de 1995 e 1996 foi avaliada e constatou-se que

nas rações de 64,6 % das granjas amostradas ela foi superior a 100 ppm. O uso

preventivo deste mineral e do zinco no controle de diarréias e da doença do

edema vem acompanhado do fornecimento de água não potável em creches de

72,3 % das granjas. Também nas fases de crescimento e terminação dos suínos

o valor médio de concentração de cobre nas dietas, em 65 granjas da região sul

do Brasil, foi de 73 ppm e 86 ppm, respectivamente, com 45 % das granjas

apresentando nível acima de 100 ppm nas rações de crescimento e na

terminação 38 % ultrapassam este valor. Considerando os valores médios, as

concentrações de cobre nas dietas ultrapassam respectivamente 18,2 e 24,6

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vezes o nível de exigência no crescimento e terminação especificados no NRC

(1998).

A redução dos níveis de cobre nas dietas de suínos a níveis mais

próximos da exigência nutricional terá como vantagem imediata a melhor

adequação da concentração do mineral nos dejetos possibilitando um melhor

balanço de nutriente solo-planta e uma conseqüente maior sustentabilidade

ambiental no uso do dejeto de suínos como fertilizante (LUDKE & LUDKE, 2005).

A concentração média de cobre em 56 amostras de dejetos suínos nos

anos de 1994 e 1995, no oeste de Santa Catarina, foi de 16 g/m³, sendo

proporcional ao teor de matéria seca no dejeto. A extração com a cultura do milho

alcança 26 a 35 g/ha para uma estimativa de produção de 6.000 kg de milho. A

aplicação de 40 m³ de dejetos/ha ultrapassa em 18 vezes a extração anual

realizada neste nível de produção. Este é o fator médio de redução na

concentração de cobre nas dietas de terminação que pode ser adotado quando

são consideradas as concentrações médias nas rações analisadas por DALLA

COSTA et al. (1999). A concentração do cobre nos dejetos é proporcional ao nível

de sua inclusão na dieta conforme foi determinado por PAYNE et al. (1988) que

observaram concentração de 1500 ppm de cobre na matéria seca de dejetos de

suínos que recebiam em média 251 ppm de cobre na dieta. Estudos demonstram

que suínos em terminação excretaram 6,7 vezes mais cobre quando recebem

dietas contendo 218 ppm ao invés de 32 ppm do mineral.

3.3 Minerais

Os minerais são componentes essenciais das estruturas ósseas e em

combinação com gorduras, proteínas e carboidratos, formam compostos

orgânicos importantes para o funcionamento do organismo (SOBESTIANSKY et

al., 1991).

Os minerais e vitaminas desempenham funções de catalisadores e

coenzimas, componentes da estrutura dos tecidos, cofatores enzimáticos, além

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10

da participação em diversas reações bioquímicas do metabolismo. A maioria não

pode ser armazenada no organismo (MCDOWELL, 1992).

Os minerais têm como funções gerais: participação na manutenção do

estado coloidal da matéria orgânica e regulação de alguma das propriedades

físicas dos sistemas coloidais (viscosidade, difusão, pressão osmótica);

participam também da regulação e equilíbrio ácido-básico; além, são também

componentes ou ativadores de enzimas e outras unidades ou sistemas biológicos.

São considerados essenciais quando atendem os seguintes critérios: presença

em uma concentração constante; deficiência resultante em anormalidades

estruturais; adição à dieta como fator de recuperação e alterações bioquímicas

(NUNES, 1998).

De modo geral os minerais exercem função de construção e

manutenção dos tecidos duros e moles, e regulação dos processos biológicos e

fisiológicos (UNDERWOOD, 1977). Minerais como cálcio e fósforo e magnésio

contribuem para a resistência de ossos e dentes devido à formação de matrizes

complexas que são de natureza inorgânica. Os tecidos moles têm grande

presença de zinco, além de fósforo, magnésio e enxofre. Já na regulação dos

processos biológicos os minerais essenciais funcionam como catalisadores em

sistemas enzimáticos e hormonais como componentes integrais e específicos de

metaloenzimas. Podem também exercer funções como ativadores de certas

metaloenzimas (VIEIRA, 2005).

O fornecimento de microminerais em rações para animais é

normalmente feito com a utilização dos mesmos em formas salinas. As exigências

são muito baixas quando comparadas com as de outros nutrientes, justificando o

baixo questionamento dos nutricionistas com relação à qualidade das fontes

destes elementos nas dietas. Muitas fontes de minerais, como o óxido de zinco,

são resíduos de outras indústrias ou provém de minerações cujo destino não é a

alimentação animal. Nestes materiais a presença de contaminantes é uma

constante. É o caso da presença de metais pesados, como chumbo, cádmio, e

outros como o flúor. Com a intensificação das exigências do Mercado Europeu as

fontes de microminerais inorgânicos têm sido investigadas com relação à

presença de metais pesados, que têm apresentado níveis freqüentemente muito

acima dos aceitos pela normativa do Mercado Comum Europeu (CEC, 1999).

Page 21: Luciana Moura Rufino

11

A absorção intestinal dos minerais está sempre sob interferências que

afetam a utilização dos mesmos. Portanto, é essencial minimizá-las. Há

numerosos fatores antagônicos à sua utilização e que levam às profundas

variações nas taxas e níveis de absorção sob diferentes condições entéricas.

Diferentes minerais podem interagir entre si afetando mutuamente as suas

capacidades de absorção e metabolismo. Estas inter-relações entre minerais

dependem de diferentes causas. Por exemplo, podem ser formados precipitados

insolúveis devido a várias causas como a competição de dois ou mais minerais

pelo mesmo ligante, que pode ser orgânico como o ácido fítico ou mesmo

inorgânico como o fosfato. Ambos podem reduzir completamente a absorção dos

minerais (CABELL & EARLE, 1965; VOHRA et al., 1965). Por exemplo, os fitatos

reduzem a absorção de cobre e zinco (LOWEL et al., 1994; WEDEKIND et al.,

1994). Cobre e molibdênio apresenta forte antagonismo e a similaridade química

entre manganês e ferro pode resultar em competição por mecanismos de

absorção, pois a suplementação de manganês a uma solução contendo ferro

deprime a absorção deste último (SANDSTROM, 1992).

Conforme ASHMEAD (1993) para que os minerais sejam absorvidos

suas moléculas originais devem ser solubilizadas no lúmen intestinal de forma

que os metais ionizados possam ser transportados com o auxílio de proteínas

carreadoras através da membrana celular dos enterócitos. Este processo é

dependente do pH do meio, sendo que o meio ácido do estômago aumenta a

solubilização dos minerais, enquanto que o meio neutro a alcalino do intestino

delgado a reduz. Desta forma, mesmo um metal oriundo de um sal solubilizado no

estômago pode formar precipitados à medida que o mesmo evolui para condições

de pH menos ácido como no intestino delgado. De acordo com CHERYAN (1980)

& MASON et al. (1992), o conteúdo de ligantes disponíveis no caso do ácido fítico

pode acentuar esta situação. Em dietas com altas inclusões de farelo de soja esta

situação pode ser ainda mais acentuada, pois os níveis de fitados em grão de

cereais e oleaginosas pode ser de até três por cento.

A competição entre íons pelos mesmos carreadores encarregados de

transportarem os íons metálicos do lúmen para o citoplasma da célula intestinal é

outro processo que interfere na absorção dos minerais (HILL & MATRONE, 1970).

Os carreadores são moléculas protéicas diminutas que têm ampla capacidade de

Page 22: Luciana Moura Rufino

12

complexar cátions, envolvendo microminerais e/ou macrominerais (STARCHER,

1969). Um caso comum de competição ocorre entre ferro e cobre antagonistas

mútuos. O cobre tem afinidade por pelo menos duas proteínas de membrana que

também ligam ao ferro, transferrina e metalotionina, e a sua ligação com as

mesmas é pelo menos parcialmente responsável pelo efeito inibitório do cobre

sobre o ferro em casos de deficiência deste último (EL SHOBAKI & RUMMER,

1979).

O equilíbrio nutricional no organismo animal para um determinado

mineral pode afetar diretamente a absorção deste mesmo mineral (PATTON,

1997). Por um lado existe interação entre o local de absorção e a concentração

do mineral disponível neste local, e por outro a biodisponibilidade de um mineral a

partir de uma determinada fonte depende diretamente do estado nutricional do

animal para este mineral. Para ROJAS et al. (1994) as diferenças entre as

biodisponibilidades de zinco podem não ser evidentes até que este se torne

limitante na dieta. MENARD & COUSINS (1983) demonstraram que sob

condições de suprimento dietético adequado de zinco a passagem deste

elemento pela membrana do enterócito depende de um carreador associado à

mesma, entretanto, este sistema aumentou significativamente em condições de

depleção de zinco. Mais recentemente, SULLIVAN & COUSINS (1997)

demonstraram que há uma dependência do status nutricional prévio para a

absorção de zinco e que este influencia a transcrição genética da metalotionina,

enzima dependente de zinco.

Conhecer a biodisponibilidade do fósforo é importante, pois rações de

monogástricos devem ser calculadas baseadas no fósforo disponível. O excesso

de fósforo é excretado nas fezes, tonando-se um grande poluente ambiental. De

forma geral, dois terços do fósforo total presente nas sementes está firmemente

ligado ao ácido fítico, formando a fitina (inositol hexafosfato). Como os animais

não dispõem da enzima fitase, que destrói a ligação P – fitina, genericamente

somente um terço do fósforo estaria disponível para os monogástricos. Sabe-se

que isso é muito variável, tanto nos grãos como em outros alimentos, primeiro

porque o conteúdo de fitina não é fixo nos alimentos vegetais e, segundo, certos

vegetais como o trigo, o triticale e a cevada, possuem a enzima fitase, o que

aumenta a disponibilidade do fósforo (NUNES, 1998). Entretanto, KORNEGAY &

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13

YI (1996) relatam que não é conhecido se o fósforo disponível influencia a

atividade da fitase.

A utilização de fitase em dietas de não ruminantes tem demonstrado a

capacidade de melhorar a disponibilidade de minerais. Entretanto, a ação desta

enzima é limitada em dietas de alto teor de cálcio, pois este elemento é inibidor de

sua atividade (ANGEL et al., 2002).

De acordo com SPENCER et al., (2000), dietas baseadas em milho

devem ser suplementadas com fontes de fósforo inorgânico, como o fosfato

bicálcico, para atender as necessidades de fósforo. Devido à baixa disponibilidade

de fósforo nas dietas, altos níveis são excretados nos dejetos.

Conforme WILLIAMS & TAYLOR (1985), a flora microbiana intestinal

dos monogástricos assim como as células do epitélio intestinal secretam a enzima

fitase. Entretanto, a importância dessas fontes de fitase na hidrólise do ácido fítico

é pouca para o aumento da disponibilidade do fósforo dietético vegetal.

A relação Ca:P situa-se entre 2:1 e 1:1, mas mesmo fora destes limites

é possível uma nutrição adequada. A razão para se mencionar que a relação

Ca:P deva ser de 2:1 baseia-se na presença desses elementos na cinza óssea.

Deve-se considerar, entretanto que, com o suprimento abundante de vitamina D

na ração, a relação Ca:P é de menor importância, ocorrendo a melhor utilização

dos dois elementos. Por outro lado, na ausência da vitamina, a assimilação e

utilização do cálcio e do fósforo são pobres, mesmo que os dois elementos

estejam em relação ótima. Deve-se considerar, ainda, que a importância relativa

destes três nutrientes varia com a espécie e de acordo com a função fisiológica

desempenhada pelo animal (NUNES, 1998).

Conforme o mesmo autor, além de ser importante na constituição do

tecido ósseo, o fósforo é um componente essencial dos compostos envolvidos em

quase todos os aspectos do metabolismo. O desempenho animal está

estreitamente relacionado com os níveis de cálcio e fósforo da dieta. A maioria

dos animais necessita de uma relação cálcio/fósforo muito estreita; usualmente

não maior que 2:1.

QUIAN et al. (1996), afirmam que a suplementação de fitase em dietas

para suínos deve ocorrer quando esta dieta apresentar uma relação Ca:P próxima

a 1,2:1. De acordo com OBERLEAS & HARLAND (1996), quando a relação molar

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14

de cátion (cálcio e fósforo) estiver em 2:1 ou 3:1 com o fitato, a formação de

complexo insolúvel será muito maior.

O excesso relativo de fósforo frente ao cálcio pode resultar em algumas

situações danosas. Mesmo quando o cálcio estiver nos limites dos requisitos ou

mais elevado, níveis altos de fósforo podem causar aumento da reabsorção óssea

em animais adultos. A ingestão de fósforo, duas a três vezes os níveis das

necessidades, por longos períodos, causará problemas severos, em razão das

modificações no metabolismo do cálcio. Se a presença de cálcio na dieta for

adequada, o nível de fósforo em 1,5% pode ser tolerado, mesmo com alguma

redução no desempenho dos animais. Cerca de 80% do fósforo requerido pelo

organismo dos animais, participa da formação dos ossos e dentes e 20% são

amplamente distribuídos no organismo, constituintes de fosfoproteínas,

constituinte de fosfolipídeos do sistema nervoso (esfinfomielina, esfingosina),

participa do metabolismo das gorduras, na formação da lecitina, participa de

sistemas enzimáticos (hexose fosfato, adenina fosfato e creatinina fosfato)

importantes no metabolismo dos carboidratos, constituinte das substâncias de

reserva de energia (ADP, ATP), constituinte dos ácidos nucléicos e participa do

equilíbrio ácido-básico (NUNES, 1998).

3.4 Vitaminas

As vitaminas consistem em substâncias heterogêneas constituintes

normais dos alimentos e essenciais à vida. São imprescindíveis ao metabolismo,

porém, não participam como unidade estrutural das células (NUNES, 1998).

Para SOBESTIANSKY et al., (1991), as vitaminas são definidas como

componentes orgânicos exigidos nutricionalmente em pequenas quantidades, são

essenciais ao desenvolvimento normal dos tecidos, ao crescimento e à

reprodução. As vitaminas, em geral, funcionam como catalisadores ou

reguladores metabólicos, podendo ser produzidas em escala industrial por

diferentes métodos, geralmente por síntese química ou como produtos de

fermentação.

Page 25: Luciana Moura Rufino

15

As vitaminas podem ser sintetizadas nos tecidos animais a partir de

substâncias precursoras inespecíficas, denominadas provitaminas. Estas dão

origem somente à vitamina da qual é precursora e as demais podem originar

outras substâncias que não vitaminas. São considerados provitaminas o

betacaroteno, 7-deidrocolesterol e o ergosterol (NUNES, 1998).

Conforme LEHNINGER et al. (1995), as vitaminas são divididas em

duas grandes classes: hidrossolúveis - tiaminas (B1), riboflavina (B2), ácido

nicotínico, ácido pantotênico, piridoxina (B6), biotina, ácido fólico, vitamina B12 e

ácido ascórbico (Vitamina C); e lipossolúveis – A, D, E e K.

As vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e algumas hidrosolúveis (B12,

tiamina e piridoxina) são estocadas pelo organismo, quando em quantidades

adequadas na alimentação. No entanto, outras (niacina, ácido pantotênico e

riboflavina) são menos eficientemente estocadas e sua ingestão em quantidade

excessiva culmina com eliminação via excreção (McGLONE, 2000).

A deficiência vertical de vitaminas pode ocorrer porque cada reação da

mitocôndria (25 sistemas enzimáticos) depende de pelo menos uma vitamina

como coenzima. Uma só vitamina pode participar de várias reações como, por

exemplo, a piridoxina, que participa de cerca de 30. No mesmo sistema podem

participar várias vitaminas. Na formação da hematina (pigmento hemoglobíneo),

estão envolvidas quatro, nesta ordem: B12 e ácido fólico, ácido ascórbico e B12,

e piridoxal. A partir dessa complexidade, pode-se compreender um pouco porque

a deficiência de uma só vitamina não impede, de imediato, que o sistema continue

por algum tempo, retardando o aparecimento dos sinais clínicos. Além disso, uma

vitamina pode substituir, em certas reações e por algum tempo, a ausência de

outra (NUNES, 1998).

3.5 Enzimas

As enzimas exógenas ou aditivos enzimáticos, apesar de não

desempenharem papel nutricional direto, auxiliam o processo digestivo,

melhorando a digestibilidade dos nutrientes. As enzimas comercialmente

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16

produzidas são provenientes de bactérias do gênero Bacillus sp, fungos do

gênero Aspergillus sp e Penicillium sp e leveduras do gênero Saccharomyces.

As enzimas exógenas são produzidas pela aplicação de um inóculo

previamente preparado em laboratório, sobre um substrato específico, em

condições ideais de ambiente que permitam o processo fermentativo. Duas

formas distintas de fermentação são usadas para produção comercial de fitase,

uma em estado seco e outra em estado líquido (WU & RAVINDRAN, 2002).

As enzimas podem ser utilizadas de acordo com sua finalidade, sendo

dois tipos: destinadas a complementar quantitativamente as próprias enzimas

digestórias endógenas dos animais (proteases, amilases, fitases e outras) e

enzimas que esses animais não podem sintetizar (beta-glucanases, pentosanas e

alfa-galatosidades). As principais metas de suplementação enzimática para

suínos são: remover ou destruir os fatores anti-nutricionais dos grãos, aumentar a

digestibilidade total da ração, potencializar a ação das enzimas endógenas e

ainda diminuir a poluição ambiental causada por nutrientes excretados nas fezes

(GUENTER, 2002).

Conforme PENZ JÚNIOR (1998), as enzimas digestivas têm um sítio ativo que permite que elas atuem na ruptura de uma determinada ligação química. Esta ação catalítica é específica e determinada pelas suas estruturas primária, secundária e terciária. Qualquer perda de estabilidade que venha a ocorrer, resultante da alteração de suas estruturas secundária e/ou terciária, fará com que as enzimas percam sua ação catalítica. Vários fatores, como: inibidores protéicos, temperatura, pressão, pH, umidade, presença de certos minerais como o cálcio, de outras enzimas, além do tempo de passagem da digesta e o processo de mistura da ração podem afetar as características tridimensionais das enzimas, comprometendo suas atividades catalíticas. Enzimas que requerem pH próximo do neutro para atuar (enzimas com ação no intestino) devem ser protegidas ao passar pelo estômago, que tem pH baixo e permite a desnaturação das mesmas. O mesmo não ocorre com a pepsina, uma enzima que age em pH baixo.

A temperatura é um dos fatores que mais interfere na ação das enzimas. Quando o alimento é submetido a altas temperaturas, ocorre desnaturação irreversível, fazendo com que os animais não respondam à dieta. Vários experimentos mostram que altas temperaturas, como as utilizadas para a

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17

peletização (70oC), podem reduzir 15% a 25% a atividade da enzima. Uma solução seria adicionar enzimas às rações após o processo de peletização.

As enzimas são produtos secos, e a ausência de água livre aumenta sua estabilidade. Desta forma, quando os níveis de umidade aumentam, as enzimas sofrem hidratação e perdem conseqüentemente sua estabilidade (CAMPBELL 1993).

De acordo com KORNEGAY & YI, (1996), variações de pH entre as diferentes partes do trato gastrintestinal e o tempo de passagem, podem influenciar a eficiência da hidrólise do fitato no trato digestivo. O pH ótimo para ação da fitase comercial varia de 2,5 a 5,5. O pH do estômago varia de 1,0 a 4,5 e o pH do lúmen do trato gastrintestinal aumenta significativamente do duodeno para o íleo. O pH do duodeno varia de 4,8 imediatamente após a ingestão de alimentos, havendo redução gradual até 3,3. Já o pH do jejuno, que representa cerca de 90% do intestino, varia de 5,5 a 6,9.

A secreção enzimática é ativada pela presença do substrato em que ela será responsável pela digestão. Porém, mesmo na presença de substrato existem enzimas que não são secretadas, como: a celulase, hemicelulase, pentosanase, beta-glucanase, xilanase, galactosidase, fitase, etc. Elas não são secretadas porque o código genético dos monogástricos não dispõe da indicação para sua síntese (BALDWIN, 1970).

Para avaliar a interferência dos níveis de cálcio da dieta de suínos sobre a utilização do fósforo fítico, LEI et al. (1994), LIU et al. (1998) e SHELTON et al. (2004) utilizaram dietas com níveis de cálcio menores que as recomendações das tabelas de nutrição, no entanto observaram melhora na utilização do fósforo. Assim, para máxima atividade da fitase, é preciso que os níveis de cálcio mantenham a relação de Ca:P total entre 1,7:1 a 3:1 (BEERS & JONGBLOED, 1992), entretanto KORNEGAY & YI (1996) mencionaram que não se conhece a influência do fósforo disponível na atividade da fitase.

3.6 Fitase A enzima fitase (mio-inositol hexafosfato fosfohidrolase) é uma

fosfatase que catalisa a hidrólise do ácido fítico a fosfato de inositol, myo-inositol e

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18

fósforo inorgânico (JONGBLOED et al., 1994; VATS & BANERJEE, 2004),

conforme pode se visto na Figura 1.

Existem quatro possíveis fontes de fitase para suínos: 1. fitase

intestinal, nas secreções digestivas, 2. fitase endógena presente em alguns

ingredientes das dietas, 3. fitase originada a partir de bactérias da flora

microbiana e 4. fitase produzida por microorganismos exógenos (KORNEGAY &

YI, 1996).

A atividade da fitase na mucosa intestinal de suínos é reduzida, devido

à baixa produção da enzima endógena por estas espécies. Nos suínos, a

atividade da flora microbiana tem atuação no intestino grosso. Assim, a fitase

microbiana produzida por estes microorganismos promove a hidrólise do fitato

liberando o fósforo sem que o animal se beneficie, sendo excretado nas fezes.

Desta forma, a fitase exógena, produzida principalmente por fungos, é a principal

fonte de fitase disponível (REBOLLAR & MATEOS, 1999).

Figura 1 - Liberação de fósforo do ácido fítico pela ação da fitase

Fonte: (PETERSEN, 2001)

Dois tipos de fitases são conhecidos: 3-fitase e 6-fitase. A primeira

produzida por microorganismos e a segunda normalmente produzida por plantas.

A 3-fitase inicia a desfosforilação do fitato na posição três, enquanto a 6-fitase

inicia na posição seis. Seus modos de ação conseqüentemente são diferentes,

assim como suas curvas de pH e temperatura. A 6-fitase apresenta atividade em

pH (5,2) e temperatura de 45°C a 60°C, enquanto a 3-fitase, produzida por uma

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19

cepa de Aspergilus-(Natuphos) apresenta dois pH(s) ótimos (2,5 e 5,5) e

temperatura variando de 35°C a 63°C, sendo mais efetiva (KIES, 1996).

A enzima fitase produzida pelo Aspergillus niger tem sido utilizada com

sucesso nas rações de suínos, com a função de liberar parte do fósforo

complexado na forma de fitato e melhorar a digestibilidade da proteína bruta e dos

aminoácidos e a absorção de minerais.

Uma unidade de fitase (UF ou FTU) é definida, conforme ENGELEN et

al. (1994) como a quantidade de enzima que libera um micromol (mmol) de

fósforo inorgânico por minuto, proveniente do fitato de sódio 0,0015 mol.L-1 a pH

5,5 e temperatura de 37°C.

De acordo com MCKNIGHT (1997), níveis de cálcio acima de 0,70%

em pH 6,0 permitem a reação do cálcio e ácido fítico, formando ao fitato de cálcio,

que é um complexo inacessível à fitase pela competição do cálcio pelos sítios

ativos da enzima (WISE, 1993). Assim, para o desarranjo máximo do fitato, é

necessário que os níveis de cálcio mantenham uma relação de Ca:P total de

1,71:1 e 3:1 (BEERS & JONGBLOED, 1992), embora KORNEGAY & YI (1996)

mencionem que não é conhecido se o fósforo disponível influencia a atividade da

fitase.

3.7 Ácido fítico

O ácido fítico, fitato, hexafosfato de mio-inositol, ou IP6 (Figura 2) é um

ácido orgânico que contém fósforo, (C6H18024P6), componente natural da maioria

das sementes, constituindo de um 1% a 5% a cinco por cento do peso das

leguminosas e cereais, e respondendo por 60% a 90% do fósforo total

(CHERYAN, 1980, MAGA, 1982, GRAF 1983). Sua formação ocorre durante a

maturação das sementes e dos grãos de cereais, encontrando-se em diversas

formas isoméricas, sendo o hexafosfato de mio-inositol o único que já foi isolado

de plantas (ZHOU & ERDMAN, 1995).

O ácido fítico apresenta várias funções fisiológicas importantes para a

planta durante o seu ciclo vital, incluindo o armazenamento de fósforo e cátions

que fornecem a matéria prima para a formação das paredes celulares, após a

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20

germinação da semente (CHERYAN, 1980). Conforme KESHAVARZ (1999), a

molécula de fitato apresenta alto teor de fósforo (28%) com alto potencial de

quelatação e para SIMONS & VERSTEEGH (1990), dois terços do fósforo total

dos vegetais encontram-se indisponíveis.

O fitato apresenta localização variável nos vegetais. No trigo e arroz, o

fitato é encontrado no pericarpo e aleuroma. No caso do milho mais de 90% está

distribuído no endosperma e concentrado no gérmen. No farelo de soja, como as

outras sementes oleaginosas, o fitato está ligado a proteínas, sendo sua

localização variável. A estrutura, forma e localização do fitato nos vegetais podem

determinar sua interação com outros nutrientes, e assim pode ser importante fator

para determinação da digestibilidade do fitato para os monogástricos (ADEOLA &

SANDS, 2003).

A concentração do fitato nos vegetais varia em função da espécie,

idade, estágio de maturação, cultivar, clima, disponibilidade de água, grau de

processamento e a quantidade de fósforo no solo que a planta absorve e

armazena (ROBERSON, 1999).

A quantidade de ácido fítico varia entre as diversas fontes alimentares

vegetais, o conteúdo no milho e no trigo varia de 66% a 78% do fósforo total, já no

farelo de soja, varia de 45% a 61% (PETERSEN, 2001).

Figura 2 – Ácido fítico ligado a cátions (PETERSEN, 2001)

Em pH neutro, o ácido fítico apresenta um ou dois átomos de oxigênio

carregados negativamente; conseqüentemente, vários cátions minerais, carbo-

cátions de baixo peso molecular e proteínas com valores de pH menor que seu

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21

ponto isoelétrico, pode ser forte ou fracamente quelatados entre dois grupos

fosfatos e com um grupo fosfato, respectivamente (SELLE et al., 2000). Por isso,

o fósforo e outros elementos importantes para a nutrição dos animais estarão

indisponíveis.

A importância do ácido fítico do ponto de vista anti-nutricional, deve-se

principalmente a sua capacidade de formar complexos com cálcio, ferro, zinco,

cobre e magnésio no alimento "in natura" e no trato intestinal, diminuindo assim a

sua biodisponibilidade (CHERYAN, 1980, FORBES, 1984, SGARBIERI, 1987).

Neste sentido, o ácido fítico desenvolve duas ações antinutricionais: inibidor de

protease e a outra por combinação com minerais, formando sais inabsorvíveis no

trato intestinal (KHAN et al. 1991). Além, conforme COSTA et al. (2004), o fitato

diminui a disponibilidade das moléculas de glicose conjugadas.

Como o fitato é uma substância com características antinutricionais

para monogástricos, faz-se necessário adicionar grande quantidade de fósforo

inorgânico às rações, para compensar a indisponibilidade do fósforo orgânico

(BEDFORD, 2000).

A alimentação de suínos baseia-se em ingredientes de origem vegetal,

em especial o milho e o farelo de soja. Esses ingredientes apresentam cerca de

dois terços do seu fósforo complexado na molécula de ácido fítico, não podendo,

portanto, ser utilizados pelos animais monogástricos porque estes não sintetizam

a enzima fitase, necessária para hidrolisar o referido complexo. Em muitos países,

as recentes restrições ambientais fizeram com que os nutricionistas se voltassem

para um cuidadoso manejo da nutrição protéica e mineral para a obtenção de

níveis mais baixos de excreção de nitrogênio e minerais, sem, contudo prejudicar

o desempenho dos animais (COSTA et al., 2004).

A adição da enzima fitase às rações de suínos tem sido estudada com

o objetivo de melhorar a disponibilidade e o aproveitamento do fósforo, nitrogênio

e minerais através da desestruturação do fitato presente nos grãos de cereais

como soja e milho, principais componentes das rações (LUDKE et al., 2002).

O fósforo fítico, juntamente com o excesso de fósforo inorgânico

adicionado às rações, é eliminado nas fezes dos animais. O excesso desse

nutriente no solo traz sérios problemas para o meio ambiente, devido à ocorrência

Page 32: Luciana Moura Rufino

22

dos processos de eutoficação e nitrificação, que provocam diminuição da

quantidade de oxigênio existente nas águas dos rios e lagos, além de

contaminarem o solo e águas subterrâneas (PALHARES, 2005).

Page 33: Luciana Moura Rufino

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Local

O experimento foi conduzido no Setor de Suinocultura do

Departamento de Produção Animal da Escola de Veterinária da Universidade

Federal de Goiás – UFG, no período compreendido entre 16/09/2004 a

19/09/2004.

4.2 Instalações

Os animais foram alojados em um galpão de terminação construído em

alvenaria no sentido leste-oeste, contendo 24 baias dispostas em fila dupla com

um corredor central e pé direito de 3 m de altura. As baias são de piso compacto,

com bebedouro do tipo “chupeta” e comedouro tipo cocho construído em

concreto.

Antes de alojar os animais foram realizadas limpeza e desinfecção

completa. O manejo de limpeza do galpão seguiu a metodologia proposta por

SOBESTIANSKY et al. (1998), que recomendam a retirada diária dos dejetos e a

lavagem das baias duas vezes por semana.

4.3 Animais

Foram distribuídas 24 fêmeas suínas de linhagem comercial ou hibrido

comercial, aos 106 kg de peso vivo e idade inicial de 154 dias, sendo um animal

em cada baia. Os animais foram adquiridos de uma granja produtora de suínos

certificada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), como

sendo GSMD, granja de suínos com o mínimo de doenças.

4.4 Tratamentos

Os tratamentos utilizados foram:

T1. ração completa (grupo controle);

T2. ração completa sem suplemento micromineral – vitamínico/kg de

ração;

Page 34: Luciana Moura Rufino

24

T3. ração completa sem suplemento micromineral – vitamínico/kg de

ração e com fitase;

T4. ração completa sem suplemento micromineral – vitamínico/kg de

ração, sem 1/3 de fósforo inorgânico via fosfato bicálcico e com fitase;

T5. ração completa sem suplemento micromineral – vitamínico/kg de

ração, sem 2/3 de fósforo inorgânico via fosfato bicálcico e com fitase; e

T6. ração completa sem suplemento micromineral – vitamínico/kg de

ração, sem fósforo inorgânico via fosfato bicálcico e com fitase.

4.5 Dietas experimentais

As dietas experimentais foram formuladas a base de milho, farelo de

soja e farelo de trigo. Todas foram isonutritivas, porém com níveis diferenciados

para o elemento fósforo inorgânico, o qual foi retirado até atingir sua eliminação

total (Tabela 1). As exigências dos animais foram atendidas, seguindo as

sugestões das tabelas brasileiras (ROSTAGNO et al, 2000), sendo estas rações

misturadas na fábrica de ração da Escola de Veterinária da UFG, utilizando um

misturador vertical com capacidade de 500 kg.

A enzima, NATUPHOS 5000 ® (BASF NUTRIÇÃO ANIMAL), foi

utilizada na quantidade de 500 UF (Unidades de Fitase)/kg de ração. A enzima é

produzida pelos fungos Aspergillus niger, sendo uma unidade de fitase (UF ou

FTU) definida, segundo ENGELEN et al. (1994) como a quantidade de enzima

que libera um micromol (mmol) de fósforo inorgânico por minuto, proveniente do

fitato de sódio 0,0015 mol. L-1 a pH 5,5 e temperatura de 37ºC. O arraçoamento

foi realizado de forma que os animais se alimentassem à vontade.

De cada partida de ração foi coletada uma amostra para posterior

análise quanto à composição de proteínas, extrato etéreo, cálcio e fósforo de

acordo com a metodologia descrita por SILVA & QUEIROZ (2002). As análises

foram realizadas no Centro de Pesquisas em Alimentos (CPA) da Escola de

Veterinária da UFG.

Page 35: Luciana Moura Rufino

25

Tabela 1. Composição percentual e valores nutricionais calculados das rações experimentais.

COMPOSIÇÃO ALIMENTAR ALIMENTO T1 T2 T3 T4 T5 T6

Milho 72,37 71,68 71,68 71,52 71,34 71,19 F. Soja-46 16,77 16,35 16,35 16,25 16,15 16,04 F. Trigo 7,22 8,83 8,83 9,21 9,62 10,00 Calcário Calcítico 1,20 1,21 1,21 1,46 1,72 1,98 Fosfato Bicálcico 1,17 1,15 1,15 0,78 0,39 0,00 Suplemento Vit2 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Sal 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 L-Lisina-HCL 0,23 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24 Inerte 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 Suplemento Min1 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Fitase 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 DL-MET 99 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

NUTRIENTES Energia Met (kcal/kg) 3270 3270 3270 3270 3270 3270 Proteína (%) 16,70 16,70 16,70 16,70 16,70 16,70 Cálcio (%) 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 P – Disp (%) 0,32 0,32 0,32 0,25 0,18 0,12 P –Total (%) 0,51 0,52 0,52 0,46 0,39 0,32 Na (%) 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 Met (%) 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 Lys (%) 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 1 - Suplemento micromineral, suprindo as seguintes quantidades por kg do produto: 30000mg de Mn, 90000mg de Fe, 16000mg de Cu, 140000mg de Zn, 850mg de I e Co, 200mg. 2 - Suplemento vitamínico, suprindo as seguintes quantidades por kg do produto: 630.000 UI de vit. A, 135.000 UI de vit. D3, 2.475mg de vit. E, 130mg de vit.K3, 101mg de vit. B1, 101mg de vit. B6, 2.025mcg de vit. B12, 1.525mg de Ácido pantotênico, 3.150mg de niacina, 2.500mg de promotor de crescimento e 75,0mg de selênio.

4.6 Delineamento experimental

O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, com seis

tratamentos e quatro repetições, sendo cada animal considerado uma unidade

experimental.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, empregando-se o

programa General Linear Models do SAS (1998).

Page 36: Luciana Moura Rufino

26

4.7 Colheita das fezes

Para a colheita de amostra das fezes foi aplicado o método de adição

de partículas de plástico colorido em uma porção de 300g de ração oferecida aos

animais. No dia 16/09/2004 por volta de 08:00h foi fornecido ração com oito

gramas de marcador inicial (partículas de no máximo 0,7 cm x 0,7 cm de plástico

preto), como marcador fecal. Após a ingestão de toda a ração com o primeiro

marcador, foi oferecido ração sem marcador por um período de 48h,

representando o material a ser coletado para as análises. Após este período,

foram oferecidas no dia 18/09/2004 às 08:00h outras 300 g de ração com

marcador final (plástico vermelho).

O início de colheita de fezes ocorreu com o aparecimento do marcador

inicial e finalizou quando os animais começaram a excretar fezes com o marcador

final. Estas colheitas foram realizadas pela manhã e tarde. As fezes foram

acondicionadas em sacos plásticos e congeladas em freezer a temperatura de -

10ºC. No final do experimento, as fezes foram homogeneizadas e amostradas

(0,50kg), secas em estufa de ventilação forçada (60ºC/72h) e moídas para

análises posteriores.

4.8 Variáveis analisadas

As variáveis analisadas nas fezes foram: nitrogênio, proteína bruta,

extrato etéreo, matéria mineral e os seguintes minerais: cálcio, fósforo,

manganês, magnésio, potássio, sódio, cobre, ferro e zinco. Foi utilizado o

Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Produção Animal (DPA) da

Escola de Veterinária – UFG, para as análises de nitrogênio, proteína bruta,

extrato etéreo e matéria mineral; seguindo a metodologia proposta por SILVA

(1991). A leitura dos minerais foi realizada no Laboratório do Centro de Pesquisa

em Alimentos (CPA/EV), através da técnica de espectrofotometria de absorção

atômica.

Page 37: Luciana Moura Rufino

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Níveis médios de nitrogênio, proteína bruta e extrato etéreo nas fezes Analisando os resultados de nitrogênio, proteína bruta e extrato etéreo

excretados nas fezes (Tabela 2), não foram observadas diferenças entre os

tratamentos (P>0,05), mostrando não haver redução na quantidade destes

nutrientes quando se retirou o suplemento micromineral-vitamínico, reduziu 1/3,

2/3 ou todo o fósforo inorgânico das dietas e suplementado com fitase.

KEMME et al. (1997), HAN et al. (1997a) avaliaram o efeito da

atividade da fitase na digestibilidade fecal aparente de suínos em crescimento e

terminação e observaram aumento na digestibilidade do nitrogênio.

Para avaliar o nível adequado de fitase a ser adicionado em dietas

contendo milho e farelo de soja com dois níveis de proteína bruta em suínos em

crescimento, LUDKE et al. (2000a), observaram melhor aproveitamento do

nitrogênio em suínos alimentados com dietas contendo 16% de proteína bruta.

Em experimento realizado por HAN et al. (1997b) trabalhando com

suínos em crescimento alimentados com dietas contendo fitase, observaram

redução da proteína bruta nas fezes destes animais.

Tabela 2 – Níveis médios de nitrogênio (N), proteína bruta (PB) e extrato etéreo

(EE) nas fezes de suínos em terminação aos 154 dias de idade e

peso vivo médio de 106 kg.

TRATAMENTOS N(%) ns PB (%) ns EE (%) ns Ração completa (T1) 2,80 17,51 9,85 Ração s/ supl. Micro-min/vit. (T2) 2,46 15,41 9,63 Ração s/ supl. Micro-min/vit. + Fitase (T3) 2,69 16,82 8,31 Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 1/3 Pi + Fitase (T4) 2,58 16,10 9,34 Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 2/3 Pi + Fitase (T5) 2,75 17,20 10,28 Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 3/3 Pi + Fitase (T6) 2,77 17,33 11,45

CV (%) 7,00 6,97 21,69 ns: Não houve diferença estatística pelo teste de Tukey (P>0,05)

Apesar de alguns resultados encontrados neste experimento não terem

sido significativos LUDKE et al. (2002), observaram redução na quantidade de

Page 38: Luciana Moura Rufino

28

nitrogênio excretado nas fezes de suínos em crescimento alimentados com dietas

com diferentes níveis de proteína bruta e adição de fitase.

5.2 Níveis médios de matéria mineral, cálcio e fósforo nas fezes

Na tabela 3 observa-se que para os resultados da matéria mineral e

cálcio excretado nas fezes não foram encontradas diferenças (P>0,05) entre os

tratamentos.

Os resultados encontrados por SHAW et al. (2002) discondam dos

resultados de cálcio deste experimento, quando retiraram premix de vitaminas e

minerais, reduziram 2/3 do fósforo inorgânico para suínos em terminação e

observaram redução de cálcio nas fezes.

Tabela 3 – Níveis médios de matéria mineral (MM), cálcio (Ca) e fósforo (P) nas

fezes de suínos em terminação aos 154 dias de idade e peso vivo

médio de 106 kg.

TRATAMENTOS MM(%) ns

Ca (%) ns

P (%)

Ração completa (T1) 15,57 1,31 0,96 a Ração s/ supl. Micro-min/vit. (T2) 15,54 1,50 0,65 ab Ração s/ supl. Micro-min/vit. + Fitase (T3) 14,72 1,36 0,76 ab Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 1/3 Pi + Fitase (T4) 16,04 1,46 0,74 ab Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 2/3 Pi + Fitase (T5) 14,39 1,37 0,62 ab Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 3/3 Pi + Fitase (T6) 15,31 1,57 0,50 b

CV (%) 11.79 14,51 20,60 ns: Não houve diferença estatística pelo teste de Tukey (P>0,05) a, b em cada coluna, para cada fator, médias seguidas de letras iguais, não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05).

Para o fósforo observou-se redução (P<0,05) de 47,9% quando se

compara as fezes dos animais que receberam o tratamento controle (T1) em

relação aos animais que receberam ração sem suplemento micromineral-

vitamínico, sem fósforo inorgânico e com fitase (T6). Este fato pode ser explicado

pela ausência de fósforo inorgânico na ração e pela ação da fitase, a qual pode

ter disponibilizado o fósforo fítico dos vegetais, necessário ao metabolismo dos

animais, reduzindo assim a excreção deste elemento.

Page 39: Luciana Moura Rufino

29

WALZ & PALLAUF (2002), avaliaram o uso da enzima fitase em dietas

para suínos em fase de crescimento e terminação e observaram redução de 44%

na excreção do fósforo e 25% para o cálcio na fase de terminação.

LUDKE et al. (2000a), ao avaliar o nível adequado de fitase a ser

adicionado em dietas contendo milho e farelo de soja com dois níveis de proteína

bruta em suínos em crescimento, observaram melhor aproveitamento do cálcio e

do fósforo pelos suínos alimentados com dietas contendo 16% de proteína bruta.

Em experimento realizado por ZIMMERMANN et al. (2003),

trabalhando com suínos em crescimento, alimentados com dietas contendo trigo e

centeio, concluíram que a adição de fitase microbiana em dietas contendo trigo

para suínos aumenta linearmente a absorção de P. Estas afirmativas confirmam

os resultados encontrados neste experimento apenas no tratamento sem adição

de fósforo inorgânico, com fitase microbiana e 10% de farelo de trigo. Como este

foi o tratamento com maior teor de farelo de trigo e sem adição de fosfato

inorgânico, possivelmente a fitase atuou com maior intensidade liberando o

fósforo fítico contido ali, disponibilizando assim o fósforo suficiente para atender

as exigências dos animais e reduzindo sua excreção nas fezes.

BAXTER et al. (2003), ao avaliar as fezes de suínos em crescimento

alimentados com dietas contendo fitase, observaram redução significativa de até

40% na excreção do fósforo.

Em estudos realizados por YOUNG et al. (1993), observaram redução

do fósforo total nas fezes de suínos em crescimento recebendo ração com fitase.

Em pesquisas realizadas por KONERGAY et al. (1996), avaliando a

excreção de fósforo fecal em suínos em crescimento, observaram que houve

aumento do fósforo excretado quando aumentou do fósforo disponível.

HARPER et al. (1997) desenvolveram estudo com suplementação de

dietas para suínos em crescimento e terminação, com fitase exógena de origem

microbiana e constataram que na dosagem de 500 UF/kg em dietas com baixo

nível de fósforo inorgânico, não houve diferença significativa na digestibilidade de

fósforo, tendo ainda como conseqüência a redução de excreção de fósforo no

ambiente em aproximadamente 21%. Os autores verificaram que suplementar

fitase em dietas à base de milho e farelo de soja, com níveis baixos de fósforo

Page 40: Luciana Moura Rufino

30

para suínos em terminação, tem efeito semelhante ao de suplementá-las com

fosfato inorgânico.

Experimento realizado por FIGUEIREDO et al. (1997), para determinar

as perdas endógenas fecais de fósforo e a ação da fitase na disponibilidade

biológica do fósforo nas raçoes para suínos em crescimento, observaram que a

fitase reduziu o fósforo total excretado nas fezes.

HAN et al. (1997a), fizeram substituição do fósforo inorgânico por fitase

microbiana e concluiram que houve redução do fósforo excretado nas fezes de

suínos em crescimeto e terminação.

Em outros estudos realizados por HAN et al. (1997b), trabalhando com

suínos em crescimento alimentados com dietas contendo fitase, observaram

redução na digestibilidade do fósforo e quando a quantidade excretada foi

convertida para a quantidade de exceção por 100kg de ganho de peso essa

excreção reduziu ainda mais esse teor, chegando a 47,5%.

Trabalhando com leitões em fase de crescimento recebendo ração à

base de miho, farelo de soja, farelo de trigo e suplemento vitamínico e mineral,

com diferentes níveis de fósforo LOPES et al. (1999), concluiram que a excreção

de fósforo fecal e urinário, a absorção e a retenção de fósforo foram influenciados

pelos níveis de ingestão de fósforo. As perdas endógenas fecais não foram

suficientes para atender às exigências de fósforo dos suínos.

LUDKE et al. (2000b) avaliaram as fezes de suínos em crescimento

alimentados com dietas à base de milho e farelo de soja, com ou sem farelo de

arroz desengordurado, suplementadas com minerais e vitaminas e fitase; e

encontraram maior excreção de fósforo nas dietas que continham farelo de arroz

desengordurado. De acordo com os autores este aumento pode ter ocorrido

devido à ação da fitase, a qual pode ter liberado quase todo o fósforo presente,

ultrapassando, assim, as necessidades diárias dos animais, ocasionando maior

excreção.

Ainda no mesmo experimento LÜDKE et al. (2000b), compararam a

eficiência da fitase em relação à do fosfato inorgânico (fosfato bicálcio), quando

adicionado em dietas sem e com farelo de arroz desengordurado fornecidas para

suínos em crescimento e concluiram que a fitase ocasionou redução na excreção

Page 41: Luciana Moura Rufino

31

de cálcio e fósforo, nas fezes somente quando foi suplementada em dietas sem

farelo de arroz desengordurado.

MOREIRA et al. (2003), avaliaram níveis crescentes de fitase (253,

759, 1265 e 1748 UF/kg) em rações à base de milho, farelo de soja e farelo de

arroz desengordurado através da técnica de diluição isotópica, para suínos em

crescimento. Os pesquisadores ressaltam que níveis crescentes da enzima fitase

influenciaram de forma quadrática (P<0,05) o fósforo endógeno fecal, indicando

redução das perdas endógenas até o nível de 966UF/kg de ração.

5.3 Níveis médios de ferro, cobre e zinco nas fezes Na tabela 4 estão expressos os resultados de ferro, cobre e zinco

presente nas fezes dos suínos.

Houve redução (P<0,05) na excreção de ferro, ao comparar fezes de

animais que receberam o tratamento com ração completa (T1) e aqueles que

receberam ração sem microminerais e vitaminas, sem 1/3 de fósforo inorgânico e

com fitase (T4). A redução de 1/3 de fósforo inorgânico na ração pode ter

contribuído para este decréscimo de ferro presente nas fezes e, além disso, a

adição da enzima fitase pode ter favorecido a absorção do ferro complexado na

molécula de fosfato presente nos vegetais da dieta, reduzindo então a sua

eliminação através das fezes.

Houve aumento (P<0,05) na excreção de cobre nas fezes dos animais

que receberam ração sem fósforo inorgânico e com fitase (T6), em relação aos

animais que receberam ração completa (T1). O mesmo foi observado ao

comparar o tratamento T6 com o tratamento sem microminerais e vitaminas, sem

2/3 de fósforo inorgânico e com fitase (T5). Este aumento pode ser explicado pela

ação da fitase, a qual pode ter disponibilizado o cobre complexado no fitato. Além

do mais, a retirada do fósforo inorgânico também pode ter influenciado, pois

quando houve a retirada total do fósforo inorgânico, a excreção do cobre foi ainda

maior.

Page 42: Luciana Moura Rufino

32

Tabela 4 - Médias da composição de ferro (Fe), cobre (Cu) e zinco (Zn) nas fezes

de suínos em terminação aos 154 dias de idade e 106 kg de peso

vivo médio.

TRATAMENTOS Fe (ppm) Cu (ppm) Zn (ppm)

Ração completa (T1) 710,07 a 18,19 c 60,09 abc Ração s/ supl. Micro-min/vit. (T2) 541,25 ab 22,39 abc 8,94 bc Ração s/ supl. Micro-min/vit. + Fitase (T3) 469,66 ab 18,64 abc 86,04 a Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 1/3 Pi + Fitase (T4) 304,35 b 19,52 abc 91,86 a Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 2/3 Pi + Fitase (T5) 446,21 ab 17,11 c 84,92 ab Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 3/3 Pi + Fitase (T6) 436,22 ab 23,33 a 6,90 c

CV (%) 29,72 11,01 57,38 a, b, c em cada coluna, para cada fator, médias seguidas de letras iguais, não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)

Observou-se aumento (P<0,05) na excreção de zinco, nas fezes dos

animais que receberam os tratamentos T3 e T4 em relação àqueles que

receberam o tratamento T2. Pode-se inferir que este aumento ocorreu devido à

presença do fósforo inorgânico e da fitase, a qual pode ter disponibilizado o zinco

presente no fitato, elevando sua excreção nas fezes. Porém quando se comparou

os resultados das fezes dos animais do T6 com os dos tratamentos T3, T4 e T5,

observou-se redução (P<0,05) de 92% na excreção de zinco. Este fato pode ter

ocorrido devido à retirada total do fósforo inorgânico, facilitando o equilíbrio iônico

entre os minerais e/ou o uso de fitase, a qual pode ter disponibilizado o zinco

presente no fitato dos grãos, reduzindo assim sua excreção nas fezes.

Considerando a relação Ca:P a retirada total do fósforo inorgânico pode ter

melhorado esta relação e com a ação da fitase o zinco disponibilizado através do

fitato foi melhor aproveitado pelos animais. Conforme LESKE & COON, (1999) o

excesso de cálcio na ração prejudica a disponibilidade de outros minerais.

Como estes animais se encontravam em fase de terminação estes dois

minerais (cobre e zinco) podem não ter sido bem aproveitados, sendo então

eliminados em maior quantidade nas fezes.

De acordo com CHERYAN, (1980); FORBES, (1984) e SGARBIERI

(1987), a importância do ácido fítico do ponto de vista anti-nutricional, deve-se

principalmente a sua capacidade de formar complexos com cálcio, ferro, zinco,

cobre e magnésio no alimento "in natura" e no trato intestinal, diminuindo assim a

Page 43: Luciana Moura Rufino

33

sua biodisponibilidade. Neste sentido KHAN (1991), confirma que o ácido fítico,

por combinação com minerais, forma sais inabsorvíveis no trato intestinal.

WALZ & PALLAUF (2002), avaliaram o uso da enzima fitase em dietas

para suínos em fase de crescimento e terminação e observaram aumento

significativo na digestibilidade aparente do zinco.

Os resultados de SHAW et al. (2002), concondam com esta redução de

zinco, quando retiraram premix de minerais e vitaminas, reduziram 2/3 do fósforo

inorgânico para suínos em terminação e observaram redução de 74% na

concentração zinco nas fezes.

A incorporação de fitases exógenas na dieta contribui para a

eliminação dos efeitos antinutricionais do ácido fítico (HERNÁNDEZ, 2003).

5.4 Níveis médios de sódio, potássio, manganês e magnésio nas fezes

Para os elementos sódio, potássio e magnésio nas fezes não foi

observado diferença (P>0,05) (Tabela 5). Já para manganês observou-se que

houve redução linear (P<0,05) do elemento ao comparar os resultados das fezes

dos animais que receberam dieta completa (T1) com os demais tratamentos.

Podendo estar diretamente ligada à redução do fósforo inorgânico e a adição de

fitase nas dietas, além da retirada de microminerais e vitaminas. Apesar de que a

retirada de microminerais e vitaminas dos animais em fase de terminação pode

não implicar nos processos vitais e desempenho, uma vez que os mesmos já

atingiram estrutura óssea para suportar o ganho de peso a ser atingido, sendo

estes nutrientes ainda mais importantes para os animais em fase de crescimento.

LIMA et al. (1989) avaliando suínos mestiços submetidos à alimentação

com rações sem suplemento micromineral - vitamínico na fase de terminação,

constataram que em dietas constituídas por milho, farelo de soja, fosfato bicálcico,

calcário e sal, o uso de microminerais e vitaminas tornam-se dispensável.

Page 44: Luciana Moura Rufino

34

Tabela 5 - Médias da composição de sódio (Na), potássio (K), manganês (Mn) e magnésio (Mg) nas fezes de suínos em terminação aos 154 dias de idade e 106 kg de peso vivo médio.

ns: Não houve diferença estatística pelo teste de Tukey (P>0,05)

TRATAMENTOS Na

(ppm) nsK

(ppm) ns

Mn (ppm)

Mg (ppm)

Ns Ração completa (T1) 919,90 495,75 181,66 a 4393,88Ração s/ supl. Micro-min/vit. (T2) 990,04 500,54 134,34 b 4333,06Ração s/ supl. Micro-min/vit. + Fitase (T3) 929,30 500,29 101,83 bc 4144,22Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 1/3 Pi + Fitase (T4) 942,17 469,08 102,15 bc 4483,17Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 2/3 Pi + Fitase (T5) 997,34 489,08 78,38 c 4090,78Ração s/ supl. Micro-min/vit. – 3/3 Pi + Fitase (T6) 764,33 503,25 83,01 c 4182,78

CV (%) 29,23 4,34 16,86 5,96

a, b, c em cada coluna, para cada fator, médias seguidas de letras iguais, não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)

Quando se comparou o tratamento sem microminerais e vitaminas (T2)

com o tratamento com redução de 2/3 de fósforo inorgânico e adicionado fitase

(T5) e; sem fósforo inorgânico e com fitase (T6), notou-se também redução

(P<0,05) dos níveis de manganês excretados nas fezes. Este resultado também

pode ter ocorrido devido à redução e/ou retirada do fósforo inorgânico e a adição

de fitase nas dietas.

Achados de SHAW et al. (2002), em experimento realizado com a

retirada de premix de vitaminas e minerais, reduzindo 2/3 do fósforo inorgânico

para suínos em terminação observaram redução de manganês nas fezes.

WALZ & PALLAUF (2002), avaliaram o uso da enzima fitase em dietas

para suínos em fase de crescimento e terminação e observaram aumento

significativo na digestibilidade aparente do magnésio apenas na fase de

crescimento.

Vale ressaltar que a literatura é escassa com relação à avaliação da

excreção de sódio, potássio, manganês e magnésio nas fezes de suínos.

Page 45: Luciana Moura Rufino

6 CONCLUSÕES

A retirada de microminerais e vitaminas, adição de fitase e a redução

do fósforo inorgânico não influenciaram na excreção de nitrogênio, proteína bruta,

extrato etéreo, matéria mineral, cálcio, sódio, potássio e magnésio, nas fezes de

suínos em terminação.

O uso de fitase, a retirada e/ou a redução do fósforo inorgânico para

suínos em terminação reduziu a excreção de fósforo e manganês.

Page 46: Luciana Moura Rufino

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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