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1 Lutas & Utopias | abril de 2015

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2 joaopaulopt.com.br

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sUMÁRIO

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Entrevista

Artigos

Linha do Tempo

Balanço Parlamentar

JP nas Mídias

João Paulo, um ser humano fora de catálogo, por Lygia Falcão

Participação popular na gestão da Prefeitura do Recife, por Múcio Magalhães

Uma liderança a serviço da articulação entre as lutas, por Manoel Santos

Um segundo reencontro, por João Paulo Filho – Jampa

João Paulo fala de sua trajetória, marcada por lutas populares e pela dedicação às pessoas.

Fatos e fotos da atuação política de João Paulo.

A viagem pelos momentos mais marcantes da vida política de João Paulo.

Confira a atuação do mandato de João Paulo na Câmara dos Deputados, com destaque para temas como a saúde da população, a defesa dos trabalhadores, o fortalecimento dos municípios, a mobilidade urbana e o combate à pedofilia.

EXPEDIENTE

Lutas & Utopias

CoordenaçãoLygia Falcão

Equipe editorialJorge NetoKalinne MedeirosLula FalcãoRuth Vieira

DiagramaçãoAndré Menezes

FotosTársio Alvesdemais fotógrafos creditados

Tiragem: 1.000Gráfica: MXM Gráfica & Editora

Recife, abril de 2015Escritório Político João Paulo Rua Dom Vital nº 24, Santo AmaroCEP: 51100-100Fone: 81.3033.2115

@joaopaulo_pt/joaopaulopt13www.joaopaulopt.com.br

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3 Lutas & Utopias | abril de 2015

editorial

Nossa vida é feita de ciclos e depois de 44 anos de luta política, acredito que fecho uma etapa importante em

minha história. A presente publicação é um resumo da minha trajetória, iniciada na Ju-ventude Operária Católica (JOC), no chão da fábrica e nos movimentos populares, no início da década de 70, quando estive lado a lado com outros jovens trabalhadores e militantes polí-ticos, em plena ditadura militar.

De lá para cá, vivi momentos de tensão e de alegria. Tensão inerente à própria militância e, mais tarde, aos embates da vida política. As alegrias foram muitas. Fui prefeito do Recife, por dois mandatos, e contribuí para melhorar a qualidade de vida das pessoas e da cidade, com a redução da mortalidade infantil e com obras e ações cujos benefícios são lembrados e sentidos até hoje, especialmente, pela população mais po-bre. No sindicato, nos movimentos populares, na Assembleia Legislativa e no Congresso Na-cional pontuei a minha atuação em defesa dos mais necessitados e contra as injustiças sociais.

Passado esse tempo e depois das mudanças vividas no Brasil trazidas, especialmente, pe-los governos Lula e Dilma, estamos em uma nova fase. O momento político vivido no Bra-sil, em Pernambuco e no Recife exige estudo, re� exão, responsabilidade e mobilização po-pular para garantia dos direitos fundamentais e para o aprofundamento da democracia. Não podemos permitir que o voto da maioria do povo seja solapado por setores que buscam o

poder a qualquer preço, inclusive defendendo um golpe militar, como assistimos, de forma deplorável, na manifestação do último dia 15 de março. Mas o povo deu uma demonstração, no dia 13 de março, de que não vai permitir retrocessos nos avanços conquistados com muita luta, nos últimos doze anos.

Estou de novo na trincheira para, com espíri-to renovado por nossos sonhos e utopias, reto-mar a luta, pois o tempo não é inimigo quando se tem a consciência da eternidade e a disposi-ção para dar a minha contribuição onde estiver. Quero participar, como sempre participei ao lado do povo, das grandes mudanças ocorridas no país a partir da nossa gestão na Prefeitura do Recife e nos governos de Lula e Dilma. Conti-nuo alinhado ao projeto capaz de reduzir ainda mais as desigualdades sociais, a concentração de riquezas e em favor de um modelo de socie-dade democrática e socialista. Nesse sentido, os programas sociais das gestões petistas foram um grandioso passo de transformação e a ma-nutenção deste projeto depende da permanente mobilização daqueles que acreditam num Brasil mais solidário e com justiça social.

Nas páginas seguintes, amigas e amigos de tantos anos e, em especial, o povo de Per-nambuco poderão conhecer um pouco mais da minha vida, das minhas crenças e da minha disposição para participar das batalhas políti-cas que virão.

Um abraço fraterno! Firme na luta!

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ENTREVISTA / JOÃO PAULO

Uma história de sonhos, lutas e vitórias

Lutas & Utopias – Quais são as suas mais for-tes recordações da infância?

João Paulo – As lembranças de infância res-gatam as � guras do meu pai e da minha mãe. Duas pessoas muito fortes. Papai trabalhava muito, trabalhava demais pra garantir o sus-tento da família. E minha mãe era muito sofri-da e muito trabalhadora, mas, acima de tudo, tinha um enorme amor pelos � lhos; viveu uma vida de doação aos quatro � lhos. Minha avó morreu quando eu ainda era pequeno. Meus avós, por parte de mãe, eram pequenos pro-prietários de terra em Ipojuca. Depois, eles venderam as terras e vieram morar no Recife. Minha avó paterna morava em Alagoas. Lem-bro que um tempo papai � cou sem emprego e nós fomos morar lá. Ficamos quase um ano. Quando ele � cava desempregado, se virava, passava até jogo de bicho. Nessa época, houve um trauma enorme em nossa família: a morte de meu irmão, que tinha o mesmo nome do meu pai, Manoel Messias. Ele foi atropelado por um caminhão. Foi um período muito difí-cil pra todos nós.

L&U – E os estudos?

JP – Tinha problemas, porque eu mudava mui-to de escola em consequência das mudanças do meu pai, por causa de trabalho. O sistema escolar era duro. Naquela época, quem errava ia para a palmatória. Papai procurava nos ensi-nar. A base que eu tenho de matemática foi ele quem deu. Depois da quarta série, � z exame de admissão. Em seguida, � z concurso para a

Escola Técnica Estadual e passei. Lá, estudei música, decoração, artes grá� cas, marcenaria, mecânica e fundição. Foi aí que meu pai encon-trou um emprego � xo, de cobrador de ônibus.

L&U – E você morou em quais lugares?

JP – Morei em Olinda, onde nasci; em Jaboa-tão; no Ibura e em muitos outros bairros do Recife.

L&U – Quais os momentos mais felizes de sua infância?

JP – Meus melhores momentos na infância fo-ram os banhos de mar nas praias de Del Chifre, Rio Doce e Boa Viagem, além dos piqueniques com meus pais em São José da Coroa Grande. Dessa época, tenho ainda as boas lembranças do corso do Carnaval do Recife, quando ia acompanhado do meu tio Chico. Eu também gostava muito de empinar papagaio e de jogar bola de gude e futebol com os amigos.

L&U – E quais eram os seus interesses na lei-tura?

JP – Por in� uência do meu pai, fui muito li-gado à igreja Católica. Então eu estudei cate-cismo, � z primeira comunhão, ia à Via Sacra e à missa todos os domingos. Fui coroinha na igreja em Salgadinho, com Frei Júlio. Eu usa-va aquelas batinas pretas. Todo aquele ritual. E a missa ainda era em latim. Em essência, eu queria buscar o caminho da iluminação. O caminho entre o humano e o divino. Então eu

lia muito, mas muito mesmo, para buscar esse caminho. Eu lia muito sobre pirâmides, sobre o Egito. Tive grandes amigos que me in� uen-ciaram, como os da Sociedade Teosó� ca e da Escola Iniciática dos Magos, com destaque para a doutora Mariza Patrício, já falecida. Também fui muito in� uenciado pelo indiano Krishnamurti, principalmente por causa de seu livro Viagem por Um Mar Desconhecido, que propõe a mutação da mente. Contudo, eu queria mais e foi isso que me levou à me-ditação transcendental e a Maharishi Maheshi Yogi. Sou meditante até hoje. Na meditação, senti que o caminho da iluminação estava mais perto... (risos)

L&U – Esses autores e amigos o ajudaram a descobrir outra concepção do mundo?

JP – Sim! Krishnamurti é um exemplo. Ele questiona a família, o casamento, o amor, a essência dos seus e dos nossos valores. Ele diz que as pessoas não têm medo de morrer, de deixar as coisas às quais são apegadas aqui na Terra. Foi um processo e foi aí que encontrei a JOC, a Juventude Operária Católica, conheci a história de Kardem, que era um padre bel-ga. Ele estudou no seminário e teve uma vida diferente daqueles jovens � lhos de trabalhado-res, que morriam na mina, se embriagavam, entravam num caminho de violência entre eles. Kardem começou a observar que eles não eram assim. Eles eram fruto de um modelo de sociedade. Ele fez uma opção de lutar por salvar os jovens trabalhadores. Ele dizia que, “todo ouro do mundo não vale a vida de um

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jovem trabalhador”. Foi ele quem criou o méto-do ‘ver, julgar e agir’, que é o RVO, Revisão de Vida Operária, pelo qual os jovens fazem uma re� exão do seu dia a dia, do seu trabalho, do valor dos seus salários, do lucro da empresa, das condições de trabalho, das suas atitudes na família. E assim os jovens começam a mudar o seu próprio dia a dia. E eu mudei dessa forma também. Lá em casa, mamãe lavava os pratos, a roupa, jogava o lixo fora. Ela trabalhava por todo mundo. Quando percebi isso, passei a ajudá-la nas tarefas domésticas.

L&U – Você já era operário?

JP – Naquela época, eu estava terminando um curso técnico. Já tinha feito um teste para trabalhar na Telpe. Mas eu � quei tão impres-sionado pelo mundo operário, que � z um teste na fábrica e comecei estagiando como meta-lúrgico na Sosic Industrial. Na verdade, eu fui ser operário como uma opção política mesmo.

L&U – Naquela época já tinha algum tipo de ação política? Como começou a sua militância na fábrica?

JP – Assim que cheguei à fábrica observei que os operários se tratavam muito mal, por apelidos e de forma pejorativa. Aí o peão ia lá, batia o ponto, eu via o nome correto e comecei a chamá-lo pelo nome. Isso trouxe uma mu-dança grande no relacionamento lá dentro. Também criamos uma caixinha de ajuda mú-tua. E começamos a discutir os problemas da fábrica, a nossa organização interna. Criamos

a comissão clandestina e organizamos a luta lá dentro. E em menos de 30 dias, � zemos a pri-meira greve da fábrica.

L&U – Qual foi o motivo da greve?

JP – A greve foi por reajuste salarial. Muitos companheiros com mais de dez anos de em-prego tinham estabilidade. Eu me aproximei deles, e eles conduziram a paralisação, pois não poderiam ser demitidos. A estratégia de ação foi essa, em plena ditadura. Depois, as-sumi a coordenação municipal da JOC e mais adiante fui presidente da ACO (Ação Católica Operária) em Pernambuco e conselheiro na-cional.

L&U – Foi nessa época que você foi estudar na Europa?

JP – Eu viajava pelo Brasil com a militância de igreja operária. Foi quando eu recebi o convite para estudar na Europa, feito pelo educador Paulo Freire. Passamos seis meses na França, Itália, Espanha e Portugal. A base dos estudos que � z na Europa incluía política, sociedade e sindicalismo. Eu já tinha 23 anos. Na JOC e na ACO, nós nos encontramos muito com Dom Hélder. Em muitas ações, como a tentativa de expulsão do padre Romano, a prisão de Cajá (Edval Nunes da Silva, o Cajá, foi preso em 1978, por pertencer ao Partido Comunista Re-volucionário). Eu estava naquele dia no DCE, na Rua do Hospício, quando fomos cercados pela cavalaria da PM, com bombas de gás lacri-mogênio e tudo.

L&U – O que o levou para o movimento cató-lico de esquerda?

JP – A tradição cristã da família e depois o en-contro com o sofrimento do povo e as injusti-ças. Foi no processo coletivo junto a JOC que tomei consciência de classe. Uma descoberta! Sempre achei muito bonito na JOC e na ACO a metodologia de trabalho e a forma como as de-cisões eram tomadas. Mesmo mantendo uma relação com o Vaticano, suas decisões eram fruto da discussão coletiva nos congressos de trabalhadores cristãos. Então, todo esse processo contribuiu para que, junto a outros companheiros, iniciássemos um movimento de oposição sindical.

L&U – Além das leituras marxistas, quais as � -guras que mais o in� uenciaram nesse período de militância na juventude?

JP – Vários padres. Um dos mais importan-tes foi Adriano Jansen, um holandês que era padre e depois se casou. Eu o conheci quando ele ainda era padre. Ele domina a metodologia ‘ver, julgar e agir’. Nas nossas reuniões, muitas vezes, a gente passava uma tarde ou um dia para preparar duas horas de reunião, porque ele nunca dizia o que a gente tinha que fazer. Ele sempre nos ajudava com a metodologia, para que nós re� etíssemos e encontrássemos os caminhos... Então, o Adriano foi um cara muito fundamental na minha formação. De-pois veio o padre Romano. Era um suíço, que veio pro Brasil. Foi perseguido pela ditadura militar aqui, respondeu a processo. Queriam

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expulsá-lo do Brasil. Foi uma luta muito grande para não expulsá-lo. Ele tinha uma compreen-são da vida e dos problemas da vida. Teve tam-bém o padre Henrique Cossart, que deu uma enorme contribuição na compreensão da his-tória do movimento operário. Foram muitos! O padre Jorge Parizotto e o padre Agostinho do Rio de Janeiro, que ajudaram na amplia-ção da minha visão de mundo. Dom Hélder também me ensinou muito! O Dom era uma pessoa extremamente humana, capaz de com-preender a essência e, muitas vezes, até os er-ros dos outros.

L&U – E na volta da Europa?

JP – Depois que voltei da Europa, tive um cho-que por causa da ditadura. Para ler Marx e En-gels, a gente tinha que se refugiar na sacristia de uma igreja em Jaboatão. Foi quando tive os primeiros contatos com o pessoal do Partido

Comunista Revolucionário (PCR) e passei a aprofundar os estudos marxistas. O conheci-mento que tenho do marxismo começou aí.

L&U – Voltou para a atuação em que área?

JP – Voltei para a fábrica. Antes de viajar, havia saído da Produsa, que não queria me liberar. Eles não queriam me liberar, de jeito nenhum, para que eu viajasse a Europa. Eu fui obrigado a dizer ao supervisor: “olha, no dia que assumir um posto como o seu, e não tiver coragem de colocar um peão pra fora, eu me demito”. Aí ele me demitiu (risos). Tinha aprendido na JOC a importância de ser um bom pro� ssional, de cumprir com as tarefas, de chegar no horário, de dar produtividade. A não ser quando estivesse na disputa políti-

ca. Então, fui para a Europa, estudei e voltei para a produção. Retomamos aqui a oposição sindical e depois ganhamos o Sindicato dos Metalúrgicos.

L&U – Foi aí que começou a organização da oposição metalúrgica?

JP – Não. A gente já estava organizando a oposição desde antes. Eu fui e voltei para o movimento da oposição. Já tinha reuniões sistemáticas. Aí teve toda a história da Arti-culação Nacional da Oposição (Ananpos), da Conclat e da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da qual fui fundador e primeiro presidente em Pernambuco. Na ver-dade, a proposta da CUT era outra. A propos-ta da CUT era a de criar uma central sindical organizada com os trabalhadores a partir do local de trabalho, que é onde está o cerne da produção capitalista. Uma central organizada

nacionalmente. Uma central de massa, que pudesse aglutinar o conjunto dos trabalha-dores do campo e da cidade. E, por último, a coluna de sustentação era ideológica. Na di-visão da sociedade tem um lado, o lado dos trabalhadores, o lado de quem questiona as bases do capitalismo e propõe o rompimento com a estrutura sindical fascista de Mussoli-ni, com a Carta de Lavoro. Esses princípios estavam na construção da CUT, como uma organização classista e de massa.

L&U – A CUT seguiu esse caminho?

JP – A CUT foi criada, mas � cou no meio termo, uma coisa mista. Ficou atuando por dentro da estrutura sindical. Eu acho que foi, talvez, um dos grandes erros; assimilou muitos

dos vícios da estrutura sindical fascista. E hoje existem muitos sindicatos que não são tão re-presentativos, não têm organização a partir do local de trabalho, nem uma visão de massa. Era uma das di� culdades que eu tive quando pre-feito, pois algumas categorias sempre queriam mais e mais pra si e não tinham uma visão classista. Um exemplo: quando nós chegamos à Prefeitura, 40% dos trabalhadores não re-cebiam nem o salário mínimo. Não havia re-� exão dos sindicatos sobre as categorias que recebiam bem mais do que outras e queriam receber mais ainda.

L&U – Fala um pouco sobre as greves, os con� i-tos nesse período que você estava no movimen-to sindical, já entrando no período da CUT...

JP – Ainda pegamos uma parte da ditadura. Em 78, nas greves de São Bernardo do Campo (SP), eu já estava estudando na Europa. Nas seguintes, no entanto, nós � zemos campanha � nanceira para ajudar o Sindicato dos Metalúr-gicos de São Bernardo. Fomos para as portas de fábrica arrecadar dinheiro para ajudar a luta do ABC. Nessa época, também conseguimos iniciar a articulação da oposição metalúrgica em Pernambuco. Depois de muitos anos é que conseguimos criar uma comissão de negocia-ção sindical. As pessoas não têm ideia do que signi� cou a ditadura. Para criar uma comissão, nós levamos quase dez anos. Era difícil. O sin-dicalista Carlúcio Castanha, por exemplo, foi perseguido e não trabalhou mais em Pernam-buco. Houve muitos outros nessa situação du-rante o regime militar. Mesmo assim, � zemos uma greve de doze dias. Nós mobilizávamos de muitas formas: levávamos ônibus para a frente do Palácio do Governo, fazíamos passeata con-tra a fome... Nessa passeata o DOPS mandou nos chamar para dizer que a caminhada estava proibida. O nosso Sindicato, na Praça Maciel Pinheiro, � cou cercado pela cavalaria, mas nós � zemos o ato lá mesmo.

L&U – Esse foi o momento de maior tensão na sua militância sindical?

JP – Não. Foi um momento de tensão, mas nós tivemos outros de muita tensão, como a

primeira greve geral depois da ditadura, quan-

do tivemos trinta e seis companheiros presos no mesmo dia. A minha equipe foi logo presa às quatro e pouca da manhã. Ficamos circu-lando dentro do carro da polícia até às 9h, e depois fomos levados para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Um dos delegados do DOPS demonstrava muito ódio. Ele � cou com mais ódio ainda na hora em que fomos tirar as fotos para sermos � chados. Ele se irritava porque, na hora da foto, a gente levantava a cabeça. Então ele dizia: “abaixa a cabeça”, e a gente baixava demais (risos).

L&U – Teve mais situações de con� ito?

JP – Sim. Foi quando eu já era deputado es-tadual. Foi um incidente em Sítio Grande.

ENTREVISTA / JOÃO PAULO

“Um ofi cial da Polícia Militar pisou nas minhas costelas, quebrou quatro delas e perfurou um dos meus pulmões. Nunca tinha visto uma expressão de tanto ódio, contra quem não lhe fez nada de pessoal.”

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Um o� cial da Polícia Militar pisou nas minhas costelas, quebrou quatro delas e perfurou um dos meus pulmões. Nunca tinha visto uma ex-pressão de tanto ódio, contra quem não lhe fez nada de pessoal. A nossa disputa era política, de projeto, de visão de mundo. Também já fui espancado em porta de fábrica. Foram muitos con� itos, prisões e demissões.

L&U – Como foi seu período de atuação nos movimentos populares?

JP – Foram dois momentos: um momento da juventude, mais voltado para as questões dos jovens e os seus problemas: o emprego, o uso de drogas, o casamento, as relações familiares. E depois no sindicato, quando priorizávamos também a relação entre os movimentos po-pulares e o movimento sindical. Então, a ne-cessidade de assumir a direção de associações dos moradores. Morava no Ibura, na época, e como o meu nome foi avaliado como o único que teria condição de ganhar a eleição, por cau-sa da atuação sindical fui o candidato a presi-dente da Associação de Moradores. Mas, havia um colegiado que tocava o dia a dia da Asso-ciação e, na verdade, quem de fato assumia a frente da direção era o irmão Ovídio. Tanto que, depois de ganharmos a primeira disputa, ele continuou lá na presidência da Associação. Havia muita solidariedade entre os sindicatos de trabalhadores e as organizações populares. Era um momento de muita efervescência, mas, acima de tudo, de muita criatividade.

L&U – E a formação? Você se preocupou em formar novos militantes?

JP – Sim. Sempre foi uma preocupação minha. Na igreja e na fábrica eu aprendi isso, de você deixar os companheiros em condição de conti-nuar a luta... Por isso que organizei cursos de formação na fábrica, depois já na direção do Sindicato, com outros companheiros, organi-zamos mais cursos de formação política para os peões e lideranças operárias. Quando che-guei da Europa, nós criamos a ECOS - Equipe de Comunicação Sindical. Trabalhamos com a ideia de dar uma visão mais pro� ssional à co-municação e formar novos quadros. Formar também trabalhadores que pudessem produ-zir os próprios jornais dentro dos sindicatos. Então estruturamos muitos cursos de forma-ção pra base, para o pessoal da fábrica mesmo. Mas tem outra etapa que começa a partir daí, que são as disputas internas: os egos, a ques-tão da visão de hegemonia, a estrutura do Sin-dicato, a estabilidade... Que são temas que, eu acho, merecem uma re� exão nos dias de hoje.

L&U – A política partidária foi uma conse-quência da militância na Igreja Católica ou no movimento sindical?

JP – A compreensão mais ampla do sistema, de como funciona, e dos limites das lutas nos movimentos sindical e popular fez despertar em nós, trabalhadores cristãos, a necessida-de de ir para outros fronts de luta, a atuação partidária. As primeiras re� exões vieram do convívio com alguns militantes políticos liga-dos ao Polop, à AP e ao PCR – organizações que mantinham contato com a igreja, em maior ou menor grau. Percebíamos que a ação sindical se esgotava na luta por salário, por emprego... Você recuperava um pouco o salário, mas vi-nha a in� ação e corrigia. Fazia-se necessário

tomar o poder, e para assumir o poder era preciso partido. Isso gerou todo um processo de discussão. Num primeiro momento, nós estávamos num movimento de resistência à ditadura. Não havia ainda uma coisa mais cla-ra, do ponto de vista da tomada do poder por meio de um partido político. Mas já sentía-mos a necessidade de destruir a estrutura de sociedade, que reprimia, que prendia e assas-sinava trabalhadores. Então, foi quando nós começamos a discutir a necessidade de criação de um partido político, que rompesse com os partidos tradicionais, que fosse diferente dos partidos comunistas mais tradicionais. Foi quando nós incorporamos a re� exão para criar o PT. Até porque quando estive na Europa, nós estudamos os partidos tradicionais e os de países em transição para o socialismo. Nós estudamos Cuba, os países do leste europeu, Rússia, Romênia, Tchecoslováquia, China, e já começávamos a identi� car, de forma mais clara, alguns desvios. A fundação do PT foi um momento de muito trabalho de conscientiza-ção e mobilização na comunidade para � liação partidária. Depois, também atuei junto ao companheiro Manoel da Conceição na mobi-lização de trabalhadores do campo através do Centru, uma entidade criada por ele que reu-nia trabalhadores do campo e fazia a relação entre a luta sindical no campo e na cidade e aprofundava a compreensão da necessidade de união e solidariedade entre os trabalhado-res rurais e urbanos. Fiz parte da direção do Centru, no início da década de 80. Fizemos a primeira campanha eleitoral do PT em Per-nambuco, em defesa da candidatura de Ma-noel da Conceição para o Governo do Estado. Também, nessa mesma eleição, apoiei Paulo Rubem para deputado federal e a companheira Leocádia da Hora para deputada estadual.

L&U – Nessa época, você era o líder sindical?

JP – Sim. A minha atuação tinha um foco mui-to maior no movimento operário. Em 1985, apoiei a candidatura de Bruno Maranhão a prefeito do Recife. E, em 1986, fui chamado para ser candidato. Já era presidente da CUT e aceitei disputar. Fui o mais votado do PT para deputado estadual. Tive quase 10 mil votos.

L&U – E o PT agora?

JP – O PT, antes de defender uma reforma política pra fora, está precisando fazer uma re-forma política para dentro. Não adianta uma reforma política para fora se nós continuamos com as práticas atrasadas, a exemplo do que acontece no Processo de Eleição Direta (PED), onde há denúncias de compra de voto, do voto ‘garra� nha’. Já está todo mundo enquadrado para votar em uma determinada posi-ção... Você não tem liber-dade para se convencer de outra proposta, de ou-tra tese. Isso eu acho um horror!

L&U – Você in-corporou o mar-xismo, que é uma doutrina materialista.

Como conseguiu juntar isso com a espiritua-lidade e a meditação e transformar tudo em formação e atuação política? Como essas coi-sas con� uíram?

JP – Tem o processo daquela busca que eu fa-lei no início da entrevista. Eu sou uma pessoa apaixonada pelo conhecimento em todas as áreas: na química, na física, na biologia, nas invenções... Onde eu acho que tem conheci-mento, eu vou lá. Foi a leitura de Krishnamur-ti, depois vieram outras � guras, como Tomio Kikuchi. Ele defende que você é o que come. E que o homem está se autodestruindo pela má alimentação, pela falta de exercícios, pela forma de sucumbir ao desejo. Ele faz a relação entre o desejo e a necessidade e a� rma que as pessoas são vencidas pelo desejo de comer, não pela necessidade. Tenho uma alimenta-ção mais saudável possível. Então, eu faço isso na minha vida. Saí da macrobiótica porque, quando descobri a meditação transcendental, mudei a forma de perceber a relação entre o desejo e a necessidade. Vi que estava tratando de forma tensa, abolindo totalmente muitas coisas que eu gosto e gosto muito, gerando muita carga de estresse... Então, eu reduzi a quantidade, mas às vezes eu libero. Um exem-plo claro é que eu adoro chocolate... Com a descoberta da meditação transcendental, me convenci da existência de caminhos na vida com mais harmonia e de que existe uma inteli-gência que paira por todo o universo.

L&U – E do ponto de vista religioso, você se situa como?

JP – No começo, eu queria ser padre e me de-dicar aos outros, poder aconselhar, orientar, dar o melhor de mim pros outros. Fui coroi-nha e ainda estudei no Instituto de Teologia do Recife. Fiz quatro anos o curso de teologia pra leigos. Mas, por outro lado, eu queria ter � lhos, era uma coisa que eu não abri mão; não queria passar por essa vida sem ter � lhos. Acredito num ser supremo e respeito toda for-ma de religiosidade.

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L&U – E quando você percebeu que poderia fazer isso na política? Essa coisa de se dedicar às pessoas?

JP – Eu descobri isso na JOC. Eu faço o que posso. Sempre estou procurando ajudar as pessoas em suas necessidades. Voltando à re-lação com a religião, eu tenho uns momentos de mais questionamentos a tudo.

L&U – Houve algum momento da Prefeitura do Recife que foi muito importante para você?

JP – Foram vários momentos... É muito bom você sentir que o seu trabalho, a sua ação re-percute diretamente na qualidade de vida das pessoas, que é capaz de melhorar a qualidade no dia a dia das pessoas. Agora, após 44 anos de luta, sinto a necessidade de um período de re� exão sobre essa caminhada.

L&U – Você começou a trabalhar em que ano?

JP – Em 1971.

L&U – Você em algum momento sonhou que seria prefeito?

JP – Não, nunca. Nunca sonhei nem ser pre-sidente de sindicato... Na verdade, buscava ter uma estabilidade econômica, para não viver os problemas que meu pai tinha vivido, para garantir o sustento da família. Essa era a mi-nha maior preocupação. Por isso, eu estudava, me dedicava muito. Depois veio a consciência política de que os problemas e as soluções são coletivas... Na Prefeitura do Recife, realizei de forma mais efetiva a prioridade em pensar e resolver os problemas coletivos.

L&U – Você é formado em economia. Por que escolheu este curso?

JP – Eu diria que foi a natureza conspirando a meu favor. Bateu 100% comigo. O curso de Economia tem história, tem cálculo, que eu gosto. Ajuda na compreensão política, na aná-lise de conjuntura. E tem a aplicação, que você utiliza os dados para fazer estatísticas. A eco-nomia une o embasamento político e o social.

L&U – Tem alguma coisa que você está pen-sando em fazer em breve?

JP – Do ponto de vista mais pessoal, já estou

fazendo... Retomei o curso de inglês e, em bre-ve, quero retomar o francês. Agora com Ani-nha, minha neta, voltando a morar na Fran-ça... Então, eu acho que tenho, no mínimo, que dominar a língua um pouco mais...Ainda em relação aos estudos, vou começar agora em março a pós-graduação em Direito do Traba-lho e Processo do Trabalho. Estou revendo al-gumas questões da Economia, principalmente do ponto de vista da aplicação pro� ssional. E pretendo, do ponto de vista político, trabalhar com formação de jovens, que queiram apren-

der e avançar mais nos seus conhecimentos, nas suas experiências para contribuir num projeto político socialista. L&U – Em sua passagem de oito anos na Pre-feitura do Recife, qual foi o momento de maior tensão e o momento mais grati� cante?

JP – Momentos de tensão foram muitos, com destaque para a retirada do transporte clandestino e a construção do Parque Dona Lindu. Mas os momentos de felicidade são inúmeros e os que lembro mais: a retirada das pala� tas de Brasília Teimosa e de famí-lias que moravam sob a Ponte do Limoeiro; a redução da mortalidade infantil; a criação da política municipal de saneamento inte-grado; a construção da Paralela da Caxangá; a recuperação de 250 praças abandonadas em várias áreas da cidade; a preservação e demo-cratização no acesso à cultura e a valorização das nossas agremiações e dos nossos artistas; a criação do Carnaval Multicultural do Recife; a extensão da coleta de lixo para cem por cen-to da cidade; a implantação de uma política habitacional para atender famílias em situa-ções vulneráveis; a implantação do Programa Guarda-Chuva, de Defesa Civil nos morros; a construção do Canal do Cavouco; a implanta-ção e expansão do modelo do SAMU para o Governo Federal; a ampliação do atendimen-to básico de saúde; a criação da Academia da Cidade, programa também levado para as esferas estadual e federal; a implantação do Orçamento Participativo; a criação de uma politica de turismo para o Recife com vários programas que viraram referência nacional; a construção e inauguração da primeira etapa do Parque Dona Lindu; todo o trabalho de preservação, promoção e difusão do frevo no seu centenário com a conquista do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, entre

outros grandes projetos em prol do frevo, a exemplo da parceria com a iniciativa privada para criação do Paço do Frevo. São muitas ale-grias em todas as áreas. Nossa gestão foi um marco! Fizemos muitas parcerias adminis-trativas com os governos Federal e Estadual e iniciativa privada em prol desse grande projeto de cuidar das pessoas, criar, melho-rar e ampliar os serviços públicos oferecidos à população do Recife.

L&U – Em qual circunstância você conheceu Lula?

JP – A minha relação com Lula vem desde o início da minha militância sindical, na Opo-sição Sindical Metalúrgica. Na época, ele co-mandava as grandes mobilizações dos meta-lúrgicos em São Paulo. A gente acompanhava o trabalho dele lá. Ele veio pra nossa posse quando nós ganhamos a primeira direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, em 1983. E depois a nossa relação continuou na fundação da CUT e do PT.

L&U – Quais os líderes que � zeram história, que têm a sua admiração?

JP – Gandhi, Mandela, Lula, Fidel, Lênin, Che, Mao, Maharishi e os papas João XXIII e Francisco. Tem ainda Krishnamurti e Roger Garaudy, cujo livro ‘Do Anátema ao Diálogo’, propõe o entendimento entre os comunistas e os cristãos.

L&U – Então, você buscava um caminho da iluminação... Você o encontrou?

JP – Estou encontrando pedaços. Quando encontrar todo, serei imortal (risos). Es-tou buscando o caminho da imortalidade... (mais risos).

L&U – O que você acha do Brasil de hoje?

JP – O Brasil mudou muito nos governos de Lula e Dilma. A maior mudança em 500 anos de história do País. Ocorreu uma transforma-ção estrutural da sociedade, com redução da pobreza e ascensão de mais pessoas a bens de consumo antes restritos aos ricos e à classe média. Mesmo assim, os governos petistas en-frentaram a maior oposição de todos os tem-pos, sob a justi� cativa de que havia casos de corrupção. Ora, esses casos, são comuns e in-toleráveis a muitos governos e à iniciativa pri-vada. É bom lembrar que só foram apurados ri-gorosamente nos governos Lula e Dilma. Mas a oposição continua implacável, especialmen-te, na mídia. A oposição não aceita a derrota nas urnas e passou da divergência à pregação golpista. Esses setores não estão preocupados com mais ou menos corrupção. Estão preocu-pados em defender um modelo que privilegie o mercado e as grandes corporações. Mas nossa luta continuará � rme em busca de novos avan-ços para o país.

ENTREVISTA / JOÃO PAULO

“O PT, antes de defender uma reforma política para fora, está precisando fazer uma reforma política para dentro”

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9 Lutas & Utopias | abril de 2015

“Eu sou uma pessoa apaixonada pelo conhecimento em todas as áreas: na química, na física, na biologia, nas invenções... Onde eu acho que tem conhecimento, eu vou lá.”

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LYGIA FALCÃO

ARTIGO

milenares, crenças religiosas, alimentação sau-dável, meditação transcendental, educação, natação, astrologia tradicional, cultura... É um buscador! Um buscador por conhecimento. Já foi radical macrobiótico num período de sua vida, depois maneirou e manteve-se adepto da alimentação saudável. Através da astrologia tradicional e da meditação transcendental, por exemplo, a sua busca se faz presente, seja para saber da relação do homem com o universo, os planetas, o céu... Seja para penetrar nas áreas re� nadas do conhecimento, ou para compro-var os efeitos antiestresse que a prática de me-ditação causa na � siologia do homem. Noutro momento, se interessa por � cção cientí� ca e a vida na terra, e passa horas assistindo a pro-gramas sobre o tema. Já ouvi muitas vezes ele provocar pessoas dizendo que sua única diver-gência com o grande guru indiano Maharishi Maheshi Yogi (que JP conheceu e conversou), que é o precursor da meditação transcendental no ocidente, é porque o Maharishi morreu... João Paulo não é fácil! Em meio às suas brin-cadeiras, a� rma que busca saber como e o quê fazer para prolongar a vida em séculos ou para não ter de morrer � sicamente.

Desde o início da atuação política, tanto dentro do PT (partido que ajudou a fundar e está � liado até hoje) e nos mandatos que exer-ceu (vereador do Recife, deputado estadual, prefeito do Recife e deputado federal), tais ca-racterísticas de João Paulo causaram (e ainda causam) estranheza. Muitas vezes, são alvo de preconceitos por ser essa � gura humana dife-renciada, que faz política e pratica o que acre-dita. E ele, nesses momentos, sabiamente, com a leveza que cultiva, se diverte com as críticas e piadas que fazem e segue tranquilamente o seu caminho, porque deve acreditar que estará vivo no dia em que a humanidade e a política irão evoluir pra entender que gente é tudo assim. E que ter gente assim na política é muito bom. Gente que gosta de ser gente, simplesmente.

Lygia Falcãoassessora Política de João Paulo desde 1986 e

ex-secretária de Gestão Estratégica e Comunicação do Recife

João Paulo nasceu pra ser revolucionário, pioneiro, gente que sabe cuidar de gente.

P oderia começar com um registro de quando o conheci na década de 80, pra dizer do tanto de tempo que convivo

com este ser. Mas, pra falar do ser humano João Paulo (JP), lembrei agora de uma de� -nição muito boa do poeta Wilson Araújo (ca-rinhosamente tratado por Was). Nessa época em que assessorava a CUT e fazia militância política com o dirigente sindical, João Paulo também assessorava a direção da Associação dos Servidores da Sudene e tinha o privilégio de conversar com o Was e ler o que ele escre-via... E num desses momentos de papos poéti-cos, Was me presenteou o haikai: “João Paulo, animal político que só quer SER humano”. Dis-se tudo! Confesso que, na minha pouca expe-riência, acreditava que JP era o companheiro com quem eu ia mudar o mundo e ainda não tinha tão claro o ensinamento de Che Gueva-ra: “o verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor”.

Poderia também pegar carona no � lme “A pessoa é para o que nasce” do diretor Roberto Berliner e a� rmar que João Paulo nasceu pra ser revolucionário, pioneiro, gente que sabe cuidar de gente. A sua dedicação à causa da hu-manidade vem desde sempre... Ter se tornado líder político e, atualmente, a maior liderança popular de Pernambuco, é a consequencia di-reta do seu amor pelas pessoas. Revolucioná-rio nos ideais e na sua maneira de lidar com todos. Um líder democrático. Talvez por esse jeito de SER de JP, um outro amigo me disse algo mais ou menos assim: “João Paulo é o nos-so Gandhi na política.” A verdade é que, desde o início da sua militância política até hoje, a base

da relação de JP com as pes-soas é a mesma: o amor.

João Paulo se diferen-cia da grande maioria dos

que estão na política: ele é uma criança que se diverte com

a vida. Cultiva a sua relação com o divino, o mistério... É atento às novidades.

Nunca deixou de ser curioso, de querer sa-ber, de buscar respostas em livros, � lmes, con-versas, cursos, palestras, práticas espirituais... É um cara que se interessa pela vida e a imor-talidade, pelo “caminho de todas as possibili-dades”. Não é à toa que, no teste vocacional que fez quando bem jovenzinho, o resultado foi de “pluriapto”. JP não pára! Tem interes-se por � cção cientí� ca, vida na terra, ciências

algo mais ou menos assim: “João Paulo é o nos-so Gandhi na política.” A verdade é que, desde o início da sua militância política até hoje, a base

uma criança que se diverte com a vida. Cultiva a sua relação com o

divino, o mistério... É atento às novidades. Nunca deixou de ser curioso, de querer sa-

ber, de buscar respostas em livros, � lmes, con-versas, cursos, palestras, práticas espirituais... É um cara que se interessa pela vida e a imor-talidade, pelo “caminho de todas as possibili-dades”. Não é à toa que, no teste vocacional que fez quando bem jovenzinho, o resultado foi de “pluriapto”. JP não pára! Tem interes-se por � cção cientí� ca, vida na terra, ciências

João Paulo, um ser humanofora de catálogo

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J oão Paulo foi prefeito do Recife por oito anos e saiu com 88% aprovação popular. Um feito extraordinário, que

merece o respeito e aplauso do povo e provoca debates até hoje. Certamente, esse resultado é a somatória de diferentes fatores, mas todos originados da � rme convicção do gestor: de que era possível governar a partir de uma con-cepção política norteadora de toda a sua ação, verbalizada por ele inúmeras vezes ao a� rmar que governava para toda a cidade, sem abrir mão do compromisso político com a elevação da qualidade de vida e do nível de consciência da maioria do povo, historicamente excluída das políticas públicas e das decisões.

Essa ideia central tem, como pano de fun-do, a defesa de que a participação das pessoas na vida política de um estado democrático não pode se esgotar com o voto para eleger verea-dores, prefeitos e demais cargos eletivos. Que é necessário, para além de inverter as prio-ridades do gasto público, redimensionar a relação entre a democracia representativa e a democracia direta para fortalecer esta última. E isto só é possível com a abertura de canais de participação popular, nos quais o povo exercite o direito de decidir em quê os seus impostos serão gastos.

João Paulo, desde o início do primeiro go-verno, garantiu a criação do Orçamento Par-

ticipativo, enfrentando reações, desde deten-tores de mandatos a lideranças comunitárias. Mas não se limitou ao debate orçamentário, avançando para a discussão das políticas públi-cas. Nessa direção, além de criar a Secretaria de Orçamento Participativo, que foi o instru-mento para que no Recife tenha existido um dos mais representaivos e abrangentes OPs do país, garantiu o fortalecimento dos conselhos municipais e das conferências municipais, me-canismos de decisão e controle, de reconheci-da importância na luta pela democratização do poder público.

Foram muitas as conferências municipais, pre-paradas por reuniões de base, envolvendo milha-res de pessoas, compostas pela via da eleição dos delegados e delegadas. Eles tinham mandato para debater e decidir as linhas de ação das Secretarias de Saúde, Educação, Cultura, Habitação, Direitos Humanos, Mulheres, para � car nestes exemplos.

Participação popular na gestãoda Prefeitura do Recife

O direito da população participar ativamente da gestão que melhorou tanto a qualidade de vida de tanta gente, construiu outro ambiente no Recife.

MÚCIO MAGALHÃES

No mesmo grau de importância, aconteceu com o fortalecimento e a criação de diversos conselhos municipais, constituídos por eleição dos seus membros, funcionando permanente-mente, acompanhando a aplicação das políti-cas, questionando e cobrando a execução das decisões, contribuindo com a consolidação de gestões democráticas e populares.

Outras experiências de menor visibilidade, mas importantes pelo aspecto educativo, fo-ram vivenciadas. As comissões de � scalização das obras do Programa Parceria nos Morros, eleitas em assembleias, as ouvidorias criadas nas principais secretarias, as plenárias temáti-cas por dentro do OP, as coordenações dos ci-clos carnavalescos, juninos e natalinos, eleitas em plenárias, e outras.

O direito da população participar ativa-mente da gestão que melhorou tanto a quali-dade de vida de tanta gente, construiu outro ambiente no Recife. Cresceu a auto-estima dos habitantes. Se falava com orgulho de um � lho do povo que foi eleito prefeito e governou bem como poucos. E que criou e praticou o lema “a grande obra é cuidar das pessoas”. E que teve coragem de tirar do papel e do discurso as pa-lavras “participação popular”!

Múcio Magalhãesex-vereador do Recife e

ex-secretário de Governo da Prefeitura do Recife

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A minha caminhada de luta e a do com-panheiro João Paulo se encontraram, nos anos 80, em meio ao processo de

fundação do Partido dos Trabalhadores e de fundação da Central Única dos Trabalhadores, a CUT. João Paulo havia iniciado a sua militân-cia como operário metalúrgico. Desde o início de sua trajetória de luta, uma característica marcante de sua atuação é incentivar a arti-culação intersindical entre as diversas catego-rias. Nessa época, ele representava a principal organização dos trabalhadores sindicalizados de Pernambuco e, assim, foi eleito o primeiro presidente da CUT/Pernambuco.

Com essa marca, o jovem líder foi conquis-tando a admiração dos diversos companheiros envolvidos com o movimento, tanto das cate-gorias urbanas, quanto rurais. Dessa maneira, João Paulo fortaleceu a nossa estratégia políti-ca de garantir que os companheiros do movi-mento pleiteassem cargos políticos nos pode-res Legislativo e Executivo. Essa discussão era extremamente importante se considerarmos que, na época, as únicas opções de lideranças para elegermos estavam ligadas à classe patro-nal ou à classe de pro� ssionais liberais.

Dessa maneira, ele tornou-se o primeiro vereador petista do Recife. Foi eleito deputado Estadual, função na qual realizou um trabalho muito importante de como representante das lutas sindicais e dos diversos segmentos dos movimentos populares.

Um dos momentos marcantes que vivencia-mos juntos na luta se deu na ocupação do can-teiro de obras da Barragem de Itaparica. Era período do regime militar e enfrentamos forte repressão. Para se ter uma ideia, tínhamos 3 mil trabalhadores organizados, por meio dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Per-

nambuco e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Bahia, e paramos cinco mil operários da Mendes Júnior, que atuavam na construção da Barragem. A operação era de risco, pois ha-via mais operários do que manifestantes. Além disso, os policiais dos estados de Pernambuco e da Bahia se mobilizaram em peso para nos expulsar do local.

Foram momentos de muita tensão e pres-são. Havia o risco de uma grande guerra, caso a polícia decidisse partir para o enfrentamento, pois no local, haviam muitas pedras e todos os trabalhadores estavam armados com pedras, decididos a se entregar somente após muitas

pedradas... Contudo, somando a habilidade dos negociadores e a devoção das mulheres, que dobraram o joelho no chão, oraram, (e Deus ouviu!) nós saímos vitoriosos.

Mais adiante, vivenciamos uma luta pela desocupação de uma área urbana, na cidade do Recife, na qual, João Paulo foi defender o povo e teve uma de suas costelas quebradas no confronto com a polícia.

Ele sofreu a repressão como qualquer outro manifestante que estava presente no local. Hoje, se

Uma liderança a serviçoda articulação entre as lutas

MANOEL SANTOS

ele já é magro, naquela época, era mais magro ainda. Em virtude disso, todos os que estavam presentes na manifestação � caram revoltados com a polícia, por ter batido em um deputado, eleito pelo povo, e de porte físico franzino. É importante reforçar a forma aguerrida com a qual João Paulo combatia nas frentes de luta, representando, com muita garra, a categoria.

Sua eleição como prefeito do Recife foi um grande feito, pois ninguém poderia imaginar que uma liderança popular viria a vencer, nas urnas, Roberto Magalhães. João Paulo conse-guiu uni� car o Partido, fazendo uma campa-nha de primeiro turno bastante acertada. No segundo turno, a militância do interior veio para Recife e a Fetape se transformou em um comitê central, através do qual demos uma grande contribuição, indo aos bairros, aos morros, fazendo uma grande mobilização para alcançar a vitória.

João Paulo ganhou um respeito de todos por congregar as áreas urbanas e rurais em sua atuação política. Acreditamos que ele repre-senta bem a categoria sindical e política, bem como exerce uma forte liderança no Partido dos Trabalhadores. Nesse caminho, pretende-mos preservar seu o legado de luta, que se faz importante para o momento atual vivenciado pelo nosso Partido, que é de re� exão e recons-trução da sua metodologia de atuação.

Encontramos na pessoa de João Paulo uma das lideranças extremamente aptas a contri-buir, de maneira brilhante, com o processo de fortalecimento do nosso Partido em Per-nambuco, para que o PT continue livre, forte, independente e protagonista de muitas trans-formações sociais, econômicas e políticas.

Manoel Santosex-sindicalista e deputado Estadual pelo PT

Nesse caminho, pretendemos preservar seu o legado de luta, que se faz importante para o momento atual vivenciado pelo nosso Partido, que é de re� exão e reconstrução da sua metodologia de atuação

ARTIGO

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Um segundo reencontro

JOÃO PAULO FILHO – JAMPA

Entender a vida não é algo fácil. Passado, presente e futuro confundem-se numa noção dinâmica de tempo.

Imagino duas crianças dentro de uma kombi branca sentadas ao lado do pai que dirige atentamente. No rosto do motorista existe uma expressão vigilante, acho que procura algo para se concentrar. Os meninos felizes sonham em ver como e onde seu pai trabalha.

O veículo pára em frente a uma fábrica. A visão dos garotos é bela: o sol crescia atrás das grades de ferro e ofuscava os olhares atentos dos “guris”. Centenas de pessoas esperavam a palavra do homem que acabara de chegar, logo ele se apro-xima, sobe em um pequeno banco de madeira, segura um pequeno megafone e começa a sonhar.

O texto não fala dos feitos do grande ho-mem. Não faz referência a uma narrativa ide-logicamente implicada com causas nobres da mudança social e dos focos de justiça nela con-tidos. Mas não é assim porque isso decorra da inexistência real ou projetada dos méritos. É assim porque � lhos não têm o direito de fazer homenagens. Eles apenas a sentem.

João Paulo Filho – JampaSociólogo

Q uem seria João Paulo para seu � -lho sociólogo? Teriam as palavras do � lho algum alcance para além daqui-

lo que o vínculo familiar permeia e traduz na � gura do homem público, líder sindical operá-rio, parlamentar (nos diversos níveis, munici-pal, estadual e federal), do político gestor da esfera executiva que fez história à frente da Prefeitura do Recife?

Eu diria que � lhos não têm o direito de fazer homenagens aos pais. Eles as sentem. Explico-me. Encontrei o primeiro texto que publiquei na universidade. Um texto curto, meio híbrido, quase um poema escrito em for-ma de prosa. Nele, eu falava sobre uma lem-brança que tinha de meu pai, uma recordação de minha infância. O que importava para um menino pobre que não sabia quem viria a ser seu pai, estar ali, vendo-o trabalhar? Não teria essa história íntima uma conexão com o resto de cada história de vida que, entrecortada ou tocada pelo homem público, une peças de uma engrenagem maior sem as quais seríamos to-talmente desterrados de nós mesmos?

“Bruno Maranhão discursa na campanha pela PCR em 1985. Ao fundo, Paulo Rubem. Ao lado, João Paulo. Baixinho, de olhos abertos, encaro o vazio de um futuro imprevisível...”

Reproduzo o textinho chamado “Reencontro”.

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linha do tempo

Década de 60

Ainda muito jovem, João Paulo engaja-se nas lutas populares, em plena ditadura militar, atuando na Juventude Operária Católica (JOC) e na Ação Católica Operária (ACO). Inicia sua carreira de operário metalúrgico e líder.

2008

Deixa a Prefeitura do Recife com 88% de aprovação popular. E elege seu sucessor,em 1º turno.

2010

João Paulo é eleito deputado Federal.É o mais votado candidato petista à Câmara dos Deputados em todo o país.

1994

Elege-se deputado estadual com amaior votação do Estado de Pernambuco, até então. Recebe 48.892 votos.

1998

É reeleito deputadoestadual e, novamente, obtém a maior votação do Estado. Na Assembleia Legislativa, destaca-se como presidente da Comissão de Defesa da Cidadania.

Legislativa, destaca-se como

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1978

Incentivado pelo educador Paulo Freire, João Paulo viaja a Europa (França, Itália, Espanha e Portugal) para uma temporada de estudos de política e sindicalismo, por meio de bolsa concedida pelo Centro de Estudos da América Latina. De volta ao Brasil, inicia militância no Partido Comunista Revolucionário, então na ilegalidade.

1979

Ajuda a criar o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, ao qual pertence até hoje.

1988

Elege-se como o primeiro vereador do PT no Recife

1990

João Paulo é eleito deputado estadual. Em seu mandato, passa por momentos difíceis. Ao se solidarizar com a luta pela posse da terra dos moradores de Sítio Grande, no Recife, é agredido pela Polícia Militar e tem três costelas quebradas e um dos pulmões perfurado.

2002

Coordena a campanha vitoriosa de Lula à Presidência da República.

2004

Reeleito no 1º turno para a Prefeitura do Recife, com vitória em todas as seções eleitorais, dando prosseguimento a uma gestão inovadora em todas as áreas.

2005

É eleito presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, reelegendo-se para o mesmo cargo em 2007

2014

Disputa a eleição para o Senado e obtém mais de 1,4 milhão de votos. Participa da mobilização para a reeleger a presidenta Dilma.

2000

Numa eleição histórica,João Paulo torna-se o primeiro operário, o primeiro petista e o primeiro afrodescendente a assumir a Prefeitura do Recife.

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Balanço parlamentarPropostas para melhorara saúde da população

M elhorar a qualidade de vida da população brasileira a partir de mais investimentos na saúde foi

um dos compromissos assumidos pelo depu-tado federal João Paulo. Para isso, o petista apresentou dois Projetos de Lei de grande en-vergadura. O PL 7795/14 propõe transformar o programa Mais Médicos em uma política de Estado em caráter permanente, para que a sua continuidade não dependa da coloração parti-dária do governante.

Integrante da Comissão Especial que apro-vou o Mais Médicos na Câmara, ele destaca a necessidade de criação de cursos de medicina em cidades com mais de 500 mil habitantes no interior do país. “Depois vamos direcionar o foco do programa às cidades com mais de 100 mil habitantes, para dar mais oportunidades de assistência médica à população que reside no entorno dessas cidades”, observou.

João Paulo também deu entrada no PL 7972/14, que cria o Cartão Universal de Saú-de para garantir atendimento médico, odon-tológico, laboratorial e farmacêutico a toda população, tanto no serviço público quanto na rede privada. Se for aprovado, o PL agregará de imediato ao sistema milhares de pro� ssionais, além de centenas de hospitais e clínicas, a par-tir de um amplo convênio custeado pelo poder público. “Este convênio sairia bem menos dis-pendioso para o governo do que a construção de novas unidades de saúde”, explica o petista.

A atuação de João Paulo na área da saúde ainda contou com a sua relatoria em outro PL, que pedia a apuração da Polícia Federal nos crimes de falsi� cação, corrupção e adulteração de medicamentos. Antes, a competência para investigar crimes dessa natureza era delegada às polícias estaduais. O parecer do petista foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara.

Transformar o Mais Médicos em um programapermanente e criar o Cartão Universal de Saúde:propostas de João Paulo paramelhorar o atendimento de saúde

Lívia Falcãoatriz e produtora cultural“Confio na força de trabalho de João Paulo e no seu comprometimento com o todo. Porque sempre que lhe dei o meu voto nunca me arrependi. Porque acredito que, cada vez mais, ele está consciente do seu papel na lida política e persevera no seu aperfeiçoamento.”

Clayton Cabralsecretário estadual de Juventude do PT“O carisma, a simplicidade, o bom humor e a sensibilidade de João Paulo chegam a transbordar cativando sempre quem está ao seu redor e tornando cada momento uma aprendizagem.”

Marise Rodriguesjornalista“Tenho um grande orgulho de ser amiga de João Paulo, que conheci no início da minha carreira de jornalista. Foi como repórter, no final dos anos 70, que tive o primeiro contato com aquele jovem magro e alto, que presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco. Cobrindo para a Rádio Clube os muitos movimentos que ele liderou, aprendi a admirar e respeitar aquele homem destemido em tempos duros para os trabalhadores. Os anos passaram e eu, como repórter e depois nas chefias de jornalismo, acompanhei e dei minha parcela à

Rosane Ferreiradeputada federal PV/PR“Franco, leal, um defensor incansável de nosso chão e sua gente. João Paulo Lima é um grande parlamentar.”

carreira brilhante de João Paulo. Ele sempre me abraça com carinho todas as vezes que nos encontramos, com a mesma humildade que conheci lá atrás. E faz questão de dizer a quem estiver por perto que “nosso amor é antigo, dos tempos das portas de fábrica!”.

Rose Beltrãoempresária“Acompanho a trajetória de João Paulo há alguns anos. O admiro pelo seu compromisso com a luta pela igualdade social, bem-estar e segurança para todos, nunca tendo deixado o seu povo sem resposta, sem esperança.”

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Trajetória dedicadaà defesa dos trabalhadores

C om uma trajetória marcada pela defesa da classe trabalhadora, o de-putado João Paulo teve seu trabalho

reconhecido no Congresso ao ser escolhido re-lator da Subcomissão do Mundo do Trabalho, que avaliou 180 projetos de interesse dos tra-balhadores brasileiros.

Na Câmara, o trabalho de João Paulo tam-bém ganhou destaque com sua ação combativa e intransigente pelo arquivamento da PEC da Terceirização (4330/04) na Comissão de Cons-tituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Ele tam-bém foi o autor do Projeto de Lei 5878/13, que dá o direito a todo trabalhador de solicitar a primeira parcela do décimo terceiro salário na data de seu aniversário.

O petista subscreveu o PL 5798/09, que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e criou o Vale-Cultura. O deputado foi o rela-tor da PEC dos Catadores (309/13), que bene-� ciou mais de 500 mil catadores de material reciclável no Brasil, garantindo uma redução de cinco anos no tempo de serviço para � ns de aposentadoria. Os garçons e maitres também foram bene� ciados com o relatório favorável do petista ao PL 6558/09, que regulamenta as duas pro� ssões.

João Paulo ainda se posicionou contrário ao fator previdenciário, que, na sua visão, tem retardado as aposentadorias e retirado direitos conquistados pelos trabalhadores. ‘Esse fator reduz, de forma injusta, os valores das aposen-tadorias’, a� rma.

João Paulo foi presidente doSindicato dos Metalúrgicos de PE,primeiro presidente da CUT/PE e fez parte da primeira direção da CUT nacional.

Luiz Inácio Lula da Silvaex-presidente da República“O companheiro João Paulo tem uma história de vida muito parecida com a minha. Foi sindicalista e

começou cedo na política. Assim como eu, tem sensibilidade social e está sempre pronto para a luta. João Paulo ajudou a construir o

Partido dos Trabalhadores em Pernambuco. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e duas vezes eleito prefeito do Recife. E sem dúvida, foi um dos melhores prefeitos do PT por implantar

políticas públicas voltadas aos que mais precisam. Algumas delas viraram referência nacional, como o SAMU, ampliado para todo o Brasil no meu governo.

É importante dizer que João Paulo é um dos grandes quadros do nosso partido, além de uma liderança comprometida com o povo trabalhador deste país. É um companheiro de luta, de sonho e de vida. João Paulo tem biografia, tem história de parlamentar e de executivo. Fez e continuará fazendo história em Pernambuco e no Brasil.”

Rivaldo Silvareciclador“João Paulo, para mim, é um grande ídolo. Eu morava embaixo da Ponte do Limoeiro, assim como outras 19 famílias. Ele desceu lá e disse à gente que ia voltar para tirar todo mundo dali. E quinze dias depois, ele tava lá com os caminhões para fazer a nossa mudança. Hoje eu posso dizer que tenho uma casa. Graças, primeiramente, a Deus e, depois, a João Paulo.”

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Luiz Inácio Lula da Silvaex-presidente da República“O companheiro João Paulo tem uma história de vida muito parecida com a minha. Foi sindicalista e

começou cedo na política. Assim como eu, tem sensibilidade social e está sempre pronto para a luta. João Paulo ajudou a construir o

Partido dos Trabalhadores em Pernambuco. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e duas vezes eleito prefeito do Recife. E sem dúvida, foi um dos melhores prefeitos do PT por implantar

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Programa de governotem que ser cumprido

Uma das mais importantes Propostas de Emenda à Constituição (PEC) da legislatura passada, que aguarda vo-

tação pelo plenário da Câmara, teve a relatoria de João Paulo. Trata-se da PEC-10, que obriga prefeitos, governadores e até o presidente da República a elaborar e cumprir o programa de governo apresentado na campanha eleitoral.

Segundo o deputado petista, a PEC repre-senta o � m das promessas vazias e irrespon-sáveis que acontecem em muitas campanhas. O relatório de João Paulo foi aprovado por unanimidade na comissão especial destinada a estudar a matéria. A PEC, de autoria do de-

PEC-10, mais conhecida como a PEC da Responsabilidade Eleitoral,determina o cumprimento de um plano de metas com basenas propostas de campanha eleitoral.

putado Luiz Fernando Machado (PMDB/SP), determina, entre outras coisas, que os chefes do executivo encaminhem ao poder legislati-vo, num prazo de 120 dias após a posse, um plano de metas da gestão, elaborado de acordo com as propostas da campanha e registrada na Justiça Eleitoral.

“A PEC-10 vai fortalecer o poder executivo e fazer com que a democracia avance ainda mais no nosso país e com mais controle social”, des-tacou o petista. As regras da lei também deter-minam que os conteúdos do Programa de Metas e Prioridades sejam incorporados nas leis orça-mentárias, para seu efetivo cumprimento.

Balanço parlamentar

1 Chefes do poder Executivo encaminham ao poder Legislativo, no prazo de 120 dias após a posse, um plano de metas da sua gestão, elaborado de acordo com as propostas de campanha eleitoral e registrado na Justiça Eleitoral.

4 Prefeitos de municípios com população inferior a 20 mil habitantes apresentarão Programas de Metas e Prioridades resumidos.

5 Esses compromissos servirão de base à elaboração do Plano Plurianual, a que se refere o Artigo 165 da Constituição Federal.

6 O poder Executivo divulgará amplamente, até 30 de abril, 31 de agosto e 31 de dezembro de cada ano, os relatórios de desempenho da execução dos Programas de Metas e Prioridades.

2 Os conteúdos do Programa de Metas e Prioridades serão incorporados nas leis orçamentárias,para seu efetivo cumprimento.

3 Os Programas de Metas serão imediatamente e amplamente divulgados por meios eletrônicos, alémde outros meiosde comunicaçãode massa.

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Carlinhos de Jesuscoreógrafo e dançarino

“Tive o prazer de conhecer João Paulo como prefeito de Recife e me tornei seu admirador, não só pela pessoa dedicada à sua

cidade, mas, principalmente, pelo modo como trata a cultura. Através dele, conheci a Escola

Municipal de Frevo, um trabalho belíssimo que preserva e incentiva crianças de comunidades à pratica da dança do Frevo. Recife é uma cidade linda. João Paulo

com a sua sensibilidade, carisma, dedicação e amor à cidade, é a cara do Recife.”

Márcio Santosmilitante do PT,jornalista e produtor cultural“Meus primeiros passos foram dados em meio à terra batida da periferia do Recife, assim como João Paulo. Entretanto, minha admiração e identidade com ele vão muito além da origem. E por falar em terra batida, foi justamente durante a sua gestão que a realidade na comunidade onde eu estava inserido começou a mudar. Saneamento, urbanização, escuta popular... Inversão de lógica e prioridades. Hoje, ao seu lado, lutando por um mundo mais justo, agradeço pelo seu comprometimento coletivo e humanidade, características cada vez mais raras no meio político.”

Adriane Brasileiroinstrutora de Meditação Transcendental “Um ser humano extraordinário,com imensa capacidade de se dedicar, sem medir esforços, às causas que promovem melhorias, crescimento e evolução para a sociedade. Sempre preocupado em aliviar a dor daqueles que sofrem. Fiel amigo!”

Alberto Ferreira da Costaprovedor do Real Hospital Português“O valor de um homem está na eficiência do seu trabalho. João Paulo foi, à frente de sua cidade, um exemplo de dedicação e de labor profícuo para melhorar Recife e progredir no sentido da modernidade num misto de tradição.”

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coreógrafo e dançarino “Tive o prazer de conhecer João

Paulo como prefeito de Recife e me tornei seu admirador, não só pela pessoa dedicada à sua

cidade, mas, principalmente, pelo modo como trata a cultura. Através dele, conheci a Escola

Municipal de Frevo, um trabalho belíssimo que preserva e incentiva crianças de comunidades à pratica da dança do Frevo. Recife é uma cidade linda. João Paulo

com a sua sensibilidade, carisma, dedicação e amor à cidade, é a cara do Recife.”

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Na rota da mobilidade:trabalhando pelas cidades,pelos cidadãosArticulação para aprovação da Política Nacionalde Mobilidade Urbana foi um marco do mandato.

Um dos assuntos que exigiu maior de-dicação do mandato de João Paulo na Câmara dos Deputados foi a mobilidade

urbana. Com a experiência de quem foi prefeito do Recife por dois mandatos (2001/2008) e pre-sidente da Frente Nacional de Prefeitos em duas gestões (2005/2009), o petista deu grande con-tribuição na articulação da aprovação, no Con-gresso e pelo Governo, da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada pela presidente Dilma Rousse� em 2012.

A Lei 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, determi-na aos municípios o desenvolvimento de Planos de Mobilidade Urbana até abril de 2015. A Lei busca a integração entre os diferentes modos de transpor-te e também a melhoria da acessibilidade e mobi-lidade das pessoas e cargas nos municípios. João Paulo adverte que é necessário que as prefeituras cumpram a medida, para que não � quem impe-didas de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana.

Ainda no quesito da mobilidade, João Paulo Lima se destacou como membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) e relator da Comissão Especial de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por iniciativa de João Paulo Lima, a CDU realizou o primeiro Seminário Nacional sobre Mobilida-de Urbana, reunindo grandes quadros técnicos e representações da sociedade civil, em Brasília. O petista ainda relatou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 179/07, que destina 10% dos recursos arrecadados com a venda de combustí-veis para programas de transporte coletivo urba-no. A medida bene� cia a população de cidades com menos de 50 mil habitantes.

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Dilma Rousseff presidenta da República“João Paulo é um homem público que já mostrou seu preparo e sua competência no sindicalismo, no parlamento e no executivo, quando foi prefeito por duas vezes. É um homem que tem identidade com o povo e que é reconhecido como um dos melhores prefeitos da história do Recife. Sempre contei com o apoio dele em defesa dos projetos e programas sociais que melhoram a vida das brasileiras e brasileiros.”

Rogerio Menesesrepentista e poeta“João Paulo em Recife fezcentenas de coisas boase ensinou que a melhor obraé cuidar bem das pessoas.

João Paulo é um patrimôniodo povo pernambucanoexemplo de gestor públicomilitante e ser humano.”

Anísio Brasileiroreitor da UFPE“João Paulo tem uma trajetória marcada pela coerência e luta em defesa de mais qualidade de vida para a população, com justiça social”.

que exigiu maior de-dicação do mandato de João Paulo na Câmara dos Deputados foi a mobilidade

urbana. Com a experiência de quem foi prefeito do Recife por dois mandatos (2001/2008) e pre-sidente da Frente Nacional de Prefeitos em duas gestões (2005/2009), o petista deu grande con-tribuição na articulação da aprovação, no Con-gresso e pelo Governo, da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada pela presidente

Wladimir Quirinohistoriador“Falar sobre João Paulo é falar sobre o Recife. São indissociáveis. Pois existem duas cidades distintas: uma antes e outra pós João Paulo. Suas ações, enquanto prefeito, são perceptíveis nos bairros da cidade e, principalmente, na felicidade estampada no rosto de cada cidadão. Hoje afirmo, sem medo de errar, que João Paulo foi o melhor prefeito da história do Recife.”

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Dilma Rousseff presidenta da República“João Paulo é um homem público que já mostrou seu preparo e sua competência no sindicalismo, no parlamento e no executivo, quando foi prefeito por duas vezes. É um homem que tem identidade com o povo e que é reconhecido como um dos melhores prefeitos da história do Recife. Sempre contei com o apoio dele em defesa dos projetos e programas sociais que melhoram a vida das brasileiras e brasileiros.”

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Combate à pedofi liafoi destaque do mandato

Para ajudar no combate à pedo� lia, o deputado federal João Paulo trabalhou como relator do Projeto de Lei 6719/09,

aprovado por unanimidade na Câmara e trans-formado na Lei 12.650, que modi� cou os pra-zos de prescrição desse tipo de crime.

O texto, proposto pela CPI da Pedo� lia em 2009, garante às vítimas de abuso sexual mais tempo para denunciar o agressor. O tempo de prescrição passa a contar a partir da data em que a vítima de crime sexual completar 18 anos. Antes, o Código Penal estabelecia que a contagem do prazo começasse na data em que

A lei serve de instrumento para inibir a ação dos pedófilos e reduzir a impunidade.o crime ocorreu.

Para João Paulo, a Lei foi uma vitória de toda sociedade. ‘O entendimento é que, alcan-çando a maioridade, a vítima ganha condições de agir por conta própria. Com a prorrogação do prazo, ela poderá levar o caso à justiça’, a� r-ma o petista.

A Lei 12.650/12 leva o nome da nadadora pernambucana Joana Maranhão (foto), uma forma de homenagear a atleta que teve a cora-gem de denunciar os abusos sofridos durante a infância, por parte de um ex-treinador.

Humberto Costasenador PT/PE“João Paulo construiu em Pernambuco uma carreira política intimamente ligada ao povo, pois soube ouvir os anseios dos mais necessitados e interpretá-los. Acima de tudo porque veio do meio popular e nele permanece até hoje, como aliado das causas da justiça social e da solidariedade. Dessa forma, toda trajetória de João Paulo está ligada aos que mais precisam. Foi assim como líder comunitário, presidente da CUT-PE, vereador, prefeito duas vezes, deputado estadual e deputado federal.”

Julio Lossioprefeito de Petrolina – PE“A administração do então prefeito João Paulo, que tinha como grande meta o ‘cuidado com as pessoas’, foi motivo de inspiração para nossa gestão, que procurou colocar as pessoas em primeiro lugar. Priorizamos assim o atendimento em creches e o programa habitacional, que é o maior do Nordeste. João Paulo ainda foi importante na aproximação de nosso governo com o governo federal. Nos ajudou a construir pontes. Durante última campanha, tive privilégio de conviver mais de perto com João e assim perceber sua forma simples e carinhosa de tratar as pessoas, o que para qualquer homem que milite na vida pública é um exemplo.”

Alceu Valençacantor e compositor“João Paulo é alegria, carnaval, Per-nambuco. Levou para todos os bairros do Recife grandes eventos, demo-cratizando o acesso aos espetáculos. É um dos políticos que manteve o compromisso com a legítima cultura pernambucana.”

Gustavo Coutomédico psiquiatra eex-secretário de Saúde do Recife“Trabalhar com João Paulo foi, sem dúvida, um grande momento na minha vida. Tanto profissionalmente, como médico sanitarista, como na militância política. Foi uma gestão que marcou a construção de um projeto de cidade. Podemos dizer, com muito orgulho, que o êxito do governo de João Paulo é reconhecido hoje no Brasil inteiro. Uma gestão que diminuiu a mortalidade infantil, eliminou a filariose, criou o SAMU, as Academias da Cidade, entre muitas outras políticas e ações exitosas para a melhoria da saúde em nossa capital.”

Balanço parlamentar

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Eduardo Maiaastrólogo“João Paulo apresenta uma síntese entre a ousadia/atrevimento na busca

Jaime Amorimliderança do MST/PE“O Brasil precisa de pessoas como João Paulo, que tem posição política, projeto e sabe para onde a classe trabalhadora deve remar”.

Maria Luiza Aléssioex-secretária de Educação do Recife e professora da UFPE“Tive o privilégio de trabalhar com João Paulo em seu segundo mandato de prefeito do Recife e testemunhar a simplicidade com que ele exercia sua enorme liderança e se fazia respeitar, sobretudo, pelo compromisso na luta por uma sociedade mais justa. Um gestor democrático, que sabia ser exigente, ao mesmo tempo que promovia a autonomia de sua equipe. Essa tem sido a essência de toda sua atuação política: a luta sem trégua por uma sociedade mais justa, por garantias de espaços que assegurem a participação social.”

Maestro Forrómúsico“João Paulo: ser humano sensitivo, polí-tico guerreiro e gestor público realizador.”

Sinézio Rodriguesvereador PT/Serra Talhada (PE)“A maior qualidade de um líder político é a preservação dos seus princípios. João Paulo é um desses líderes que, ao longo de décadas de militância, manteve a sua coerência e os valores que orientam a luta do povo. E representa, para várias gerações, a motivação e a inspiração para continuar nessa trincheira, sem se deixar capitular e jamais defendendo quaisquer interesses que não sejam os da classe trabalhadora.”

Jornal do CommercioRepórter JC4 de dezembro de 2011

Diario de PernambucoDiario Político23 de dezembro de 2011

Jornal do Commercio14 de março de 2015

Diario de PernambucoDiario Político12 de abril de 2012

Diario de PernambucoJoão Alberto18 de março de 2012

Folha de Pernambuco28 de março de 2012

Folha de PernambucoFoco12 de abril de 2012

Diario de PernambucoJoão Alberto17 de junho de 2012

Folha de Pernambuco

pela liberdade & a capacidade de se dedicar às pessoas e de ampliar sua participação. O extraordinário é que ele consegue unir teoria e prática em áreas tão diferentes. Como na ‘Canção Óbvia’, de Paulo Freire (de quem é discípulo e admirador), “Por isto, enquanto te espero trabalharei os campos e conversarei com os homens...meus ouvidos ouvirão mais, meus olhos verão o que antes não viam.”

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Miriam Belchiorpresidenta da Caixa Econômica Federal“Convivo com João Paulo desde a criação do PT e construímos uma relação de admiração e respeito. João Paulo é uma liderança política e um gestor de grandes qualidades. Como prefeito de Recife, deixou marcas importantíssimas na vida das pessoas e da cidade, como

Ciro Bezerraradialista“Eu conheci João Paulo nos anos de 1980. Ele ainda era sindicalista e eu estava iniciando minha vida no rádio pernambucano. Nas coberturas do cotidiano e da política, vi de perto a luta de João pela melhoria na qualidade de vida das pessoas mais necessitadas. Acompanhei a sua gestão como prefeito do Recife, cujo estilo administrativo marcou a história da cidade. Hoje, Tenho uma leve impressão de que, dono desse retrospecto de entrega e batalha na política, João não abrirá mão de sua sina - a militância - com fim do seu mandato. Tenho certeza de que a luta continuará em novas frentes.”

Renato Filhofotógrafo“Difícil falar do João em poucas linhas, por tudo o que ele fez e pelo o que ele é e representa. Me identifico muito com o João pelo amor ao Recife, o respeito pela cultura, a vontade de acertar e o admiro mais ainda pelo desejo de pontuar de forma positiva na vida das pessoas. João tem uma capacidade enorme de se doar, acompanhado de um sorriso solar que resolve qualquer problema. Salve, salve João Paulo!”

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Folha de Pernambuco9 de setembro de 2014

Diario de Pernambuco5 de setembro de 2014

Jornal do Commercio19 de maio de 2012

Folha de PernambucoFolha Política22 de abril de 2013

Folha de PernambucoFolha Política28 de março de 2013

Diario de PernambucoDiario político26 de junho de 2013

Jornal do CommercioCena Política22 de abril de 2013

Diario de Pernambuco

Paulo Teixeiradeputado federal PT/SP“João Paulo escreveu uma página muito importante da história do Recife.

a urbanização da comunidade Brasília Teimosa, do Parque Dona Lindu, da reformulação da Defesa Civil, que evitou as perdas recorrentes de vidas nos morros da cidade. João Paulo foi o primeiro gestor a reconhecer legalmente a união homoafetiva, ao conceder pensão a um dos cônjuges que era funcionário público municipal. Como deputado federal, teve atuação destacada em defesa das politicas públicas inclusivas dos governos Lula e Dilma. Tenho certeza que ele vai continuar essa vitoriosa trajetória de luta que ele trilhou até aqui.”

Conseguiu destronar as elites que há séculos dominavam Pernambuco e governou para os que mais precisam. João Paulo é dos que Brecht definia como imprescindíveis, porque lutam a vida inteira.”

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Antônio Fernando Saburidoarcebispo de Olinda e Recife“Aproveitando a conclusão do mandato de deputado federal do nosso ex-prefeito do Recife - João Paulo, gostaria de cumpri-mentar o nobre amigo. Uno-me em ação de graças a Deus por mais um mandato que

Pedro Eugênioex-deputado federal PT/PE“João Paulo tem o respeito e a admiração do povo pernambucano pela sua história, forjada na luta operária. E como gestor público que mostrou como é possível governar para todos sem perder de vista a prioridade para a maioria, em geral excluída.”

Samuel Oliveiraempresário do Trade Turístico“Ter feito parte da equipe de João Paulo quando prefeito do Recife, foi uma das experiências mais gratificantes na minha caminhada profissional. Sua incansável capacidade de inovar colocou o turismo do Recife no centro da gestão, levando a que todas as secretarias e os órgãos municipais realizassem ações em prol da atividade, tudo em uma parceria inequívoca com o Trade Turístico local. E o resultado não poderia ser outro: a transformação do Recife em uma cidade verdadeiramente turística, melhor para o recifense e os visitantes.”

Túlio Vieiraprefeito de Surubim/PE“É com alegria que testemunho a luta e a coragem deste homem, que tornou-se um líder importante para todos nós pernambucanos. João Paulo foi prefeito do Recife e governou para os mais pobres. Tive a alegria de contar com o seu apoio quando ocupava o cargo de vice-prefeito do município e agora, na condição de prefeito e ele de deputado federal, estreitamos a parceria. Obrigado João Paulo por todo apoio que tem dado a este município e colocado seu gabinete à nossa disposição e desta maneira garantirmos mais investimento.”

procurou estar voltado para o interesse dos mais humildes e necessitados.”

Diario de PernambucoJoão Alberto9 de março de 2013

Folha de Pernambuco26 de outubro de 2013

Folha de PernambucoPersona9 de julho de 2013

Folha de PernambucoFolha Política30 de julho de 2013

Diario de Pernambuco28 de setembro de 2014

Folha de PernambucoFolha Política18 de outubro de 2012

Jornal do CommercioPinga-Fogo29 de julho de 2012

Folha de PernambucoFolha Política10 de abril de 2013

Diario de PernambucoDiario Político25 de junho de 2014

Diario de PernambucoDiario Político

Folha de PernambucoFolha Política17 de outubro de 2013

Niege Chavesempresária“João Paulo faz toda a diferença na política pela forma como se dedica aos projetos públicos. Deixou marcas importantes no Recife, que ficaram para a história da cidade e nunca serão esquecidas.”

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entos Luciano Duque

prefeito de Serra Talhada/PE“Estar a serviço de todos e ser verdadeiro, infelizmente, não é comum na política, mas o nosso companheiro representa, na essência, essas qualidades. Pauta sua vida pública com a maior seriedade e ativismo social, pois construiu sua história na luta e a serviço de uma causa que sempre foi o cuidar das pessoas.”

José Otávio Meira Linsempresário do Trade Turístico“A pujança do setor de turismo na gestão de João Paulo decorreu da total parceria da PCR com a ABIH-PE e o Recife Convetion . O Recife se reposicionou no cenário turístico nacional e internacional, ganhando a maioria dos prêmios de sucesso atribuída a um destino turístico. A presença de um empresário do setor nesta área da gestão - Samuel Oliveira - foi fator imprescindível para esta simbiose”.

Elói Pietáex-prefeito de Guarulhos (SP) e ex-secretário geral nacional do PT“Acompanhei de perto o período em que João Paulo, então prefeito do Recife, foi presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Eu era um dos vice-presidentes. Vi ali a grande capacidade dele de, ao mesmo tempo, administrar com maestria a sua cidade e olhar pelas cidades do Brasil, isto é, pelo povo brasileiro. Depois continuei a acompanhar o mandato dele de deputado federal por Pernambuco e pelo Brasil. Não tenho dúvida: João Paulo vive sempre com paixão os ideais de uma sociedade mais igualitária.”

Folha de Pernambuco23 de setembro de 2014

Folha de PernambucoFolha Política6 de novembro de 2014

Folha de PernambucoFolha Política14 de março de 2015

Diario de PernambucoDiario Político12 de março de 2014

Folha de PernambucoFolha Política17 de março de 2014

Folha de PernambucoFolha Política12 de abril de 2014

Jornal do Commercio25 de setembro de 2014

Diario de Pernambuco14 de junho de 2014

Diario de Pernambuco

Folha de Pernambuco Diario de Pernambuco14 de junho de 2014

Folha de Pernambuco

Folha de Pernambuco

Jornal do Commercio25 de setembro de 2014

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Bruno Ribeirovice presidente do PT/PE“João Paulo sempre foi diferenciado. Como militante político, como sindicalista, como parlamentar, como prefeito, como cidadão. Sua caminhada e a sua obra anteciparam muitas das contribuições que o PT trouxe ao Recife, a Pernambuco e ao Brasil. Sendo o único operário eleito prefeito do Recife, transformou a cidade antes de outro operário liderar grandes transformações no País. Faz da política o que dela queremos e precisamos : um instrumento de ideais, de diálogo, de luta e de inversão de prioridades.”

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entos Pastor Ovídio

da Igreja Congregacional e liderança popular do Ibura“É um grande privilégio ser seu amigo e ter sido seu vice-presidente na Associação de Moradores do Ibura, quando levamos a cabo, e com muita luta, um arrojado projeto para conseguirmos grandes mudanças e melhorias para a comunidade.”

do Recife, começou a verdadeira revolução do forró pé-de-serra tradicional, com o inesquecível Arlindo dos 8 Baixos e outros. João Paulo, é carismático, leve, além de ser muito atencioso, sincero, e um grande colaborar do sucesso do nosso estado de Pernambuco.”

Roberto Andradeprodutor cultural“Falar de João Paulo é muito fácil! A partir do ano de 2001, seu primeiro mandato de prefeito do

Roberto Andradeprodutor cultural“Falar de João Paulo é muito fácil! A partir do ano de 2001, seu primeiro mandato de prefeito

João Paulo, não apenas o político, mas, também, o ser humano. Aquele sobre quem tanto ouvi falar. Vi, mais de perto, em três meses, mesmo durante uma batalha eleitoral difícil, ele não abrir mão da simpatia. Nesse tempo, um objetivo não veio, mas, como típico de quem sabe o seu papel no mundo e sonha em transformá-lo, não desanimou com uma peça pregada pelo destino. E é assim que aquele que transformou nossa cidade segue com a cabeça sempre erguida, na mesma luta que o une a tantas e tantos.”

Cinara Vieira Coutoestudante de direitodiretora da UEP“Humildade. Um simples adjetivo, mas também uma sábia definição de

Rosane Ferreira“@joaopaulo_pt Vc é um guerreiro, um exemplo de deputado. Bom dia!”

AlbertoKopittke@albertolk“Pra quem não sabe o q é o SUS e só fala mal dele “@joaopaulo_pt: SUS distribui novo medicamento 3×1 contra HIV/AIDS...”

Valdira de Holanda“João Paulo foi o relator da Comissão Especial de Mobilidade Urbana p a Copa e Olimpíadas #Balanço #MobilidadeUrbana...”

Alexandre@xando526 “@joaopaulo_pt Caro ex-prefeito é uma grande ajuda aos nossos irmão sertanejos.”

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entos Jurandir Liberal

vereador do PT no Recife“João Paulo é uma figura que escuta muito e por isso ele acerta. Um exemplo disso é que quando foi prefeito do Recife utilizou um instrumento fundamental para deliberar sobre as ações do município: o orçamento participativo.”

Vera Baroniadvogada e militante do Movimento Negro“Testemunho que ao longo de sua vida pública, como militante operário, dirigente sindical, parlamentar e prefeito do Recife, capital de Pernambuco, João Paulo Lima e Silva sempre honrou, com dignidade, sua origem de raça e classe, contribuindo assim para a democratização e transformação da sociedade”.

Jairo Cabralsindicalista e ex-presidenteda CUT/PE“João Paulo. O operário prefeito que marcou a história do Recife.”

Maria Angelinade Oliveiraeducadora popular“João Paulo desempenhou papel importante como dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos e na fundação da CUT e do PT, tendo como horizonte contribuir para a realização de seu grande sonho:que a classe trabalhadora assuma o papel de protagonista do processo de construção de um modo de produção e distribuição de bens e serviços e de gestão da sociedade mais cooperativo e participativo.”

@BlogDilmaBR3“O Embate das Redes http://blogdadilma.com/features/3359-1emb … @agenciaPT13 @_mariadorosario @joaopaulo_pt @PTSaoPaulo”

@mljdarocha“@joaopaulo_pt os salários nos municípios devem ser repassados pelo federal como é feito com os ACSs. Precisamos de apoio.”

Humberto Costa@humbertocostapt“Ao lado dos companheiros @joaopaulo_pt e @padilhando #maismedicos”

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