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M. E. S. SERVIqO DE FEBRE AMARELLA -__ .__ Instrucgdes para Representantes do Serviso de Febre Amarella em Postos de Viscerotomia Vir. PI-37 5.000-lP-37

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M. E. S. SERVIqO DE FEBRE AMARELLA

-__ .__

Instrucgdes para Representantes do Serviso de

Febre Amarella em Postos de

Viscerotomia

Vir. PI-37 5.000-lP-37

PARTE I

Obtenpo de omtes de figado media&e o emprego do "Vi-0"

Ihnportancia e vamtagens da visC~0~tOmia

Uma das maiores ‘difficuldades na campanha con- tra a ,febre amarel1.a e oonseguir saber, seguramente, OS fpontos em que esta e’xiste.

Sem essa infoamacao combate-se urn inimigo na treva, r&o so Ip,orque o diagnostico definitive de cases ,obscuros de febre am’arella c difficilimo, mas, ainda por ser a sua distinc& corn ,o de outras mole&as que a ,ella se assejmelham, impossivel corn os unicos recursos da ,clinica. A con&Go, sem duvida, reside no co,n- curso das pesquisas de la~borabrio e dentre ellas, prin- cipabmente. no exame histopathologico d’ol. figado de pessoas ifallecidas por doencaa suspeitas.

Se isso so se podia ,obter, ate certo tempo, por meio <de autqpsias ou aberturas parciaes ,dos cadave- res, - ja agora o problemsa simphficou-se e fragmentos de figados podem ser colhidos para exame, po’r uma te,chnica rpratikaimente dacil, rapida e sem inconveni,en- cia de qualquer especie.

10s fragmentos de figados lpodem ser reti:cados, par intermedio ,de urn instrument0 denominado “Vis- cer,otomao”, em tempo minimlo, corn fooma ladequada ao exafme subsequente e sem mutilacFio do cadaver.

“A re&ada de fragmentos de figado wm o “viw Cerotonl~“~ 1150 consthe uma autopsia; ells nada mais e do que uma simples punc@o”. For isso mesmo:

-2-

I) - OS cadaveres nSo ficam mutilados ou de- formados. 0 orificio ou abertura feits pelo instrumen- to e muito pequeno, menor mesmo que as feridas dei- xadas por muitas operafoes praticadas nos vivos e, portanto, nao deve melindrar OS sentimentos dos pa- rentes e amigos do morto. E’ mesmo recommendavel que OS parentes vejam a pequena abertura produzida pelo instrumento, para se convencerem de que o ca- daver nao foi mutilado. Ordinariamente essa abertura nao exige qualquer ,cuidado; mas si !por ella sae urn pouco de sangue ou outro liquid.0, deve ser tapada corn urn pequeno chumaco de algodao, o que 6. fa- cihmo .

2) - ,Por si so, 0 “viscerotomo” P 0 un’ico appa- relho necessario e dispensa outros eqtnpamentos. Alem disso, nao e necessari’o que o cadaver seja tocado por quem faz a punccao; mais ainda. o operador nao pre- cisa sujar-se ou contamirkar-se corn sangue e outros li- quidos do cadaver e, si este ja esta no caixao, nao 6 necessari,o retiral-,o dali, pois a punccZo pode ser feita apenas afastando-se as roupas.

3) - A punccgo e uma manobra facil e rapida, na qua], ordinariamente, r&o se gastam mais que 30 segundos.

INSTRUCc6ES PARA 0 EMPREGO DO

VISCEROTOMO

DescripgBo e manejo - 0 Viscerotomo (Fig. 1) consta de duas partes:

1.” - de uma calha metallica. tendo uma extre- midade disposta de modo a permittir que se possa manter fl irmemente o alpparelho, quando se vse utili-

-3- Sal-o. e cuja ponta opposta apresenta tres laminas cor- tantes, uma em cada parede da calha. As superficies internas das paredes lalteraes do instrumentNo apresen- tam n,a par’te superior urn encaixe longitudinal, sulco que se encurva para baixo junta as laminas cortantes lateraes ja raferidas;

2.0 - de uma lamina de ace flexivel que desliza nos encaixes lateraes citado’s, e que tern !a extremida- de anterior igualmente cortante.

Pata manejar o apparelho, a lamina move1 6 im- pelida para deante e. entso, OS encaixes das paredes lateraes obrigam-n’a a uma curvatura para baixo, ate attingir ,a parede inferior da calha. (Desenho n.O 2). Nessa posicao, (0 viscerotomo passa ‘a ser urn instru- mento fechado, espeoie de estoque, corn quatro faces. terminsdo por tres laminas cortan’tes, podend,o ser in. troduzido atravez da parede abdominal do cadaver, sem provocar 0 arrancamento de qualquer tecido. Quancio a ponta do instrument0 attingir o figad’o’, a iam ina move1 serh puxada par’a traz, o sufficiente para qU? ii.7 trace que sobre ella existe, fique em relaczo ccm o inicio dos encaixes lateraes em que ella deshza. C? instrument0 assim aberto. P impellido lpara dentro dz figado que e cortado pelas quatro laminas, as tres das paredes fixas da calha e a propria lamina movel, e o .fragmento delle assim obtido, vae sendo acommo- dadc dentro da calha. Ap6s essa manobra, 3 lamina move1 2 de novo, impcllida .para deante e assim se compieta a separacao do fragment,02 de fligado.

Opera@0 - A punccao c feita de preferencia na parede abdominal e na parte superior do angulo for- mado pelas bordas das costellas. corn o esterno (Fig. 2) - (Pela den,ominacZo pc’pular essa regiao e co- nhecida coma “vasito da bocca do esbomago”) .

A yoess6a que faz a punccao fica do lade esquerdo do cadaver e. approximando deste o instrumento, apon-

-4- ta-o para .o lado direito, inclinando-o ligeiramente para cima . A esse tempo o titiumento deve estar fechah e c introduzido no ponto indic)ado da cavidade abdo- minal, mediante imp&o tforte (Fig. 3) - Feita a pe- netragso na cavidade, 01 instrument0 6 cautelosamente puxado ate que sejam viatas as pantes lateraes da lami- na in;ferior. Entk 6 novamente inaroduzido cerca de urn centimetro, 6 aberto, e impellddo lpara dentr’o do corpo. Em certos cadaveres nZio se consegue attingir o figa:do na primeira tentativa. ‘Quando Q instrument0 es’tti no figado, tern-se uma sensack de resistencia es- pecbal, mais ou menos corn0 a que se experimenta quando se perfura came macia. E si o instrument0 nso penetrou n,o figado, a sensagZo 6 a de que se esth em uma cavidade. Desde que o operador introduziu so instrument0 aberto e corn elle atravessou toda a ex- ten&o de uma massa que Ihe pareceu ser o figado, o instrumen’to encontra maim resistencia, tocando por dentrol as lpartes duras das costas do cadaver. Che-, gando a esse ponto, o apparelho k fechado, fazendo deslizar !a lamina Imove para frente (Fig. 4). Essa ma- nobra separa a ultima parte do pedaGo de lfigado que foi c,ortado pelas quatro laminas, o qua1 fica preso den- tro do instrumento. A retirada se faz corn urn s6 mo- vimen’to, conservando8 o instrument0 fech’ado. Depois a lamina move1 6 lmais ou menos puxada para f6ra, deixando ver o Ipedago de ffigado extrahido (Fig. 5). Esse peda$o de figado encontrado dentro do instru- mento, deve ser directamente ipessado pana o fiasco de liquid0 conservador, corn o auxilio de urn estilete ou da propria lamina movel, na falta deste (Fig. 6) . Em muit’ols cases, o pedaco de ,figado obtido 6 grande e perfeito, enchendo (todo o instrumento; em outros ca- SOS, porkm, s6 serzo ,obbidos pedacos menores. Esses pedacos pequenos sHo, coma OS m,aiores, penfeitamen- te adequados para OS exames de laboratorio. 0 ope-

-5- rador, de mod.0 algum, deve desanimar, si o pedaco de figado que obteve, nao 6 iperfeito. Para conseguir quantidade bastante de figado, si a primeira tentativa nso satisfez, o ins8tru8mento deve ser reintroduzido pela mesma abertura, mudando-se urn pouco de direcczo at@ que o .operador sinta que vae traspassar a massa do figadco.

Geralmente, urn peda$o de regular tamanho t? bas- tante, mas si OS pedacos obtidos forem pequenos, se- rgo necessaries uns dois ou tres delles. P6de aconte- cer que uma tentaltiva n8o de resultado e que o ins- trumento apenas traga sangue. Por isso’ nHo se deve de.sanimar, mas voltar a introduzir o instrument0 pela mesma abertura j& feita, dando-lhe direc@es urn ~pou- co differentes, at& obter-se o resultado desejado, coma dicou descripto. Si essas tentativas ,falharem, entgo a instrumen’to lp6de ser intwduzido pela parede do cor- po, em outro ponto que atstinja o figado, sendo repe- tido o process0 geral. Em cases pares, especiaslmente em cadaveres j& decompostos, o instrument0 nHo reti- rar& pedacos de ‘figado. *Quasi semipre, porCm, taes di- gados ja nao se prestariam para OS exames.

Terminada a operacgo, fechaLse a ferida que foi aberta pelo instrumentot, pela simples introducc2o de algodao, corn o auxilio do estilete que acompanha o

instrument0 ou de outro qualquer object0 mais ou me- nos resistente (Fig. 7).

Concl&os taes trabalhos, retira-se a 1,amina mo- vel do “viscerotomo” para faoilitar a lavagem de t’o- das as was partes em agua simples. IDqpois toma-se urn pequeno chuma!co de calgodgo no estilete, molha-se em creolina pura e passa-se em todo o instrumentNo, que 6 novamente 1avad;o em agua; enxuga-se corn al- go&o, tambem preso ao estilete, e passa-se uma bba camada de oleo em todo o apparelho, excapto no eabo.

-6- 0 rotulo .‘Tecido para’ Exame Histologico” (Fras-

co) que esth colado no vidro que recebe a am3stra. deve ser preenchido corn as informac6es epedidas.

0 outro impresso “Tecido para Exames Hisltolti- gicos” deve ser tambem preenchido corn OS mesmos informes.

Necessidade da punc@o ser feita dentro de pcpuco tempo ap6s a morte.

NZO sendo possiveis, ‘OJU pelo menos, sendo muito difficeis OS exames de laboratorio em figados, ja apo- drecidos, i da maior importancia que a lpunc@o seja feita o mais breve possivel ap6s a morte, para se ohter figado em b6as condiC6es.

Deve-se assim emlpregar todo o esforco ,para que a opera+0 seja feita dentr’ol das mprimeiras oito h’oras depois da mkte, pois, de doze horas para cima o exa- me vae-se tornando c,ada vez malis diffkil: corn vinte e quatro ho.ras de morte, 6 quasi impossivel conseguir- se exito, except0 em casts muito especiaes. Ainda as- sim’, entretan’to, 6 de boa pratica mandar a amostra de figado obtida, emboaa sejam menores as probabilida- des de que eila se preste para OS exames.

Cadaveres que devem ou nCo ser punwionados.

Todos cs cadaveres de pessoas victimadas por doenCas mais OLI menos agudas (febris ou Go) que evoluiram num period0 de dez dias ou menos, devem ser punccion8ados.

N8o devem ser punccionados OS wdaveres de pes- seas fallecidas por suicidio, homicidio, accidente, mor- te repentina (molestias do coraF2o) e por parto.

OS cadaveres de creancas de menos de urn anno de idade nZo devem ser puccionados, mlas, si se tra-

-7-

t,ar de obitos de creancas extrangeiras a p~nc@o deve ser feita, desde que o tempo de mColestia tenha sido de dez ‘ou menos dias.

A idade avanfada de urn individuo n&o prejudica a pratica Qa puncc5o desde que a m’ol:estia que o vi- ctimou teve co’mo tempo e duras5o aquelle period0 de dez ou menos dials e se Go se tratjar das excepC6es previslas acima. ,Assim, cadaveres de individuos de 30, 40, 50 e mais annos de idade devem ser indistincta- mente punc&nad,os.

Estes cases tern maior importancia quando se re- ferem a ‘cadaveres de indlividuos, ian’tes moradores na zona rural, que venham a ser sepultados nos districtos, villas ou cidades.

Importancia das puncg6es nos cadaveres das creanqas

Em certas condi@es as creancas Go muito aoom- mettidas pela febre amarella. ‘Par isso deve-se em- pregar todos os esforcos para a obmten@o ,de amostras de figado do,s menores de urn anno tpara cima, mort,os par doencas agud)as, que tenham) evoluido no praso supra citado.

Nos cadaveres de creancas, si falharem todlabs as tentativas para a pun&o cornmum, a aibertura dei- xada pelo Linstrumento serh alargada uns d’ok centi- metros para cima e para baixo, servindo-se o qpera- dor para’ isso, da pro’pria iponta principal do “Visce- rotorno”. Feito isso, corn o auxilio d’o estilete, podem ser afastados OS teci,dos (pelle, gordura, musculos, in- testinos), perm’ttiindo que o figado seja visto. EntCmo 6 ,f,acil a intrSoduc+o do instrument0 directamente na prqpria massa do figado. A abertura deve ser #tapada’ corn urn chumac;o de alg,od2o, Iprocedendlo-se quanto ao mais. coma ficou descripto.

Desenho N-0 I

Viscerolomo v&lo de cima I;ondo side rehhda 0 lomina flexivel,

iYxhemidade per&-o - cor/arii/,? dd lhce//;?!orno lendo a /ornina f/extve/ na ,aosq?a em que ofrc vessa o parede ubchmina/ do cadaver.

Besenho N-0 3

A mesma exh-em/dade cam a lamina fkwe/ no posi@o em pue peneba no fgadc~

---- ------ -~ -----m

FIGURA 2

Schema da regiao onde se acha localisado o figado

FIGURA 3

0 instrument0 fechado e metido atravhz da pa-

rede abdominal, pouco abaixo do angulo formado pelas costellas ou “vazio da bBc-

ca do estomago.”

FiGURA 4

0 insttumento no seu maior ponto de penetra-

CSO, parado pela resistenci2 das costellas,

na parle posterior do corpo.

FIGURA 5

Retirado o instrumento, a sua lamina move1 6

afastada para mostrar o pedaco de figado, que vem preso na sua parte interna.

FIGURA 6

0 pedaqo de figado extrahido & passado direc-

tamente para o vidro do conservador sem

que seja necessario tocar naquelle.

FIGURA 7

Tapamento da ferida corn urn pequeno chumaco

de algodao que 6 introduzido corn urn sim- ples estilete.

PARTE II

Administra@o do Pcysto

Pessoal

U m posto de viscerotomia co,nsta de urn repre- sentante, contractado pelo Serviqo de Febre Amlarella, e de dois substlitutos, nomeados pelo representan’te.

OS substitut,os devergol passar o “vista” nos attes+ tados e praticar punc@es, nos impedimentos do re- presentan’te. lD#evem ser, portanto, pess6as capazes de desempenhar esses mist&es para o que o representa’nte deverk exercital-os. 0 re,presentante deverk explicar ainda, a cada substitute, a maneira de indagar o tem- po de doenca, e o modo de fazer o registro das notas necessarias, nos attestados. E’ absolutamente precise dar aos substitutes opportunidade de effectuar duas ou tres puncgbes, em presenca do representante, afim de que. em case de necessidade, elles fiquem habilitados a realizar punc@es satisfa’ctorias, quando ~6s.

.

Escriv5o do Registro Civil

Ainda que este serventu’ario nZo esteja intrinse- camente lligad’o ao Posto, su’a relaGgo corn o mesmo 6 ~1, que o representante deve ejstar sempre em conta-

- li - cio calm\ elie, visitando #o seu captorio frequentemente e examinando ahim OS registr’os, afim de verilficar si o res- pecstivo official estg dando a devida cooperaggo.

Attestados de 6bito

A prAtica de viscero8tomlia est6 inteiramente lega- lizada, pelo Decreto N.o 21 .434, de 23 de Maio de 1932. nos artigos abaixo transcriptos:

Art. 52 - “Fica esta’belecida a pratical da “vi.+ cerotomia”, e autopsias systematicas, sempre que in- tecessar a0 Servigo.

9 1.‘; - 0 service delegark poderes a represen- tantes locaes, devidamente instruidos rpara a praltica da “V:scerotomia”, aas quaes serso immediata e olbriga- tormnente notilficados OS obitos que occorram corn menos de onze dias de molestia.

9 2.0 - Nas localidades em que o Servigo tiver representsnte para a pratica da “viscerotoamia”, as gulas passadas pelo officiai do registro civil, para en- terramento em cemiterio. Capella, egreja ou terrenos partlsculares, s6mente ser?to extrahidas mediante apre- senta+o da deciara<& de obito. tendo o “vista” da- queile representante.

Art. 53 - A opposi@o a essas medidas imtpor;ta na zpplicaSZ,o da mu!ta de 50$000 a l :OOO$OOO e na acttiaC?io immediata da alutoridade policial. a qua1 de- terminar& a realizacgo compulsoria e immediata da au- topsia ou “viscerotomia” .

Art. 57 - Entende-se por “viscerotomia” a pun- c@o para colheital de urn fragment0 de qualquer or- ggo para fins de esclarecimentos diagnosticos”.

0 escrivgo deverg enviar ao representante todas as vias dos attestados,afim de que elle “‘passe ,o’ vista” e ao mesmo tempo. verifiique si o attestado, Joi preen- ch.l’do correctamente, e qua’1 a dura@o da doenCa.

- IL -

0s nossos representantes devem insistir na obser- vancia do’s seguintes ‘pontos para o preenchimento dos attestados de obito:

1) - OS dados das declara@es de obito devem ser escriptos claramente, corn lettras perfeitamente le- giveis.

2) - 0s attestados de 6bito deverzo ser sempre numerados, e estes numeros deverso corresponder aos existentes no livro do registro civil.

3) - 0 nome do fallecido dever6 ser dado por exltenso.

4) - Filiacao - indicar a materna e paterna.

5) - (a) 0 numero correspondente B edade de- vers ser seguido das palavras “Annos”, “Mezes”, “Dias”, “Horas”, conforme o case. Quando n5o hou- ver infformmal@o exacta da edade da pess6a fallecida, essa devera ser dada mediante calculo o mais appro- ximado possivel.

(b) - 0 mesmo crliterio dever& ser adoptado quanto ao tempo de doenca.

Assim, para se annotar “quaanto tempoM;;z;; doente”, dever-se-8 mencionar “Annos”, “Dias”, ou “Hmoras”, de ,accordo corn a dura$o da doenc;a. Si o tempo da do,enca ,f6r dewonhecido, de- ver-se-h obtel-o o mais aplproximadamente possivel, an- notando-o no espaco respective.

6) - Naci#onalidade - Si brasileiro, de que ES- tado. Exempllo: Pernambuco, Alagoas, %o Plaulo, etc. Quando se tratar de extrangeiro, que estivera certa parte de sua vida no Brasil, ainnotar esse temlpo. Exem- plo: Portuguez, 20 annos no Brasil: Allem5o, 30 annos no Brasil.

7) - Profissso - Detalhar a cbasse do trabalho habitual.

- 13- 8) - Residencia habitual - Deve-se considerar

residencia, habitual ;o logar onde a pessba dorme ou

passa a maior parte do tempo duranie o dia. 9) - ‘Quando Go f6r preenchido qu’alquer que-

site, o re;,wesentante dever& annotar o motive no verso da resrpectiva declaracgo de 6bito.

A verifica#o do tempo de doenGa e a lfunccao mais importa’nte do representante, por o.ccasGo de ser passad’ot o “vista” . Nos attestados prepar’ados pelos escrivzes, estes devergo deixar em ,branco o espaco “quanta tempo esteve d’oente”. Esse item devera ser preenchidlo’ pelo representante, depois de cuidadoso in- terrogatorio. outras. poder6

Nos attestados preparados por pessoas

po de doenca. vir j& preenchrdo ,a espaco para o tem-

Ngo obstante, o representante deve sempre verifiicar a exactid da inf,ormac5o, inquirin- dmo cuidadosamente, tal coma si o ternLoo de doenca ainda nZo tivesse sido declarado.

Urn interrogatorio diligente 6 d4a maxi’ma impor- tancia para evi’tar a sonegacgo do tempo1 de doenca. Nunca se deve apenas perguntar:

“Quanto tempo esteve doente”, e annotar a res- posta recebida’. Em vez disso, deve-se fazer uma serie de perguntas habeis, de modo a que se possa ter uma ideia da duracgo da molestia. Perguntas coma as se- guintes, podergo ser fei,tas:

“Como cahiu doente a pes.+a?” “Teve lfebre?” “Em que dia comecou a febre?” “Em que dia calhiu de cama?”

“Que outros sym!ptomas teve?” “Quando comecaram esses symptomas?” etc., etc. Aa terminar esta skrie de perguntas, quasi sem-

pre, @de-se ter uma ideia da duracgo da doenca. ou

- 14 - pelo meno’s, peia inconstancia das respostas, pode-se perceber que a parte esta occultando a verdade.

Si o representante ficar convencido da falsidade ou inseguranfa da informacao, a puncgao deve ser pra- ticada, annotando-se! no versa da segunda via do cat- testado, c’ motivo.

“Em todos os cases de dez ou menos dias de do- enga, o representante devera !fazer no verso da res- pectiva declara@o de obito. uma annotacao, esclare- cendo si o cadaver ioi cu n50 punccionado. Neste ul-

timo case, isto i. quando ndo houver sido praticada a puncG?io, essa annota$a devera tambem explicar o motivo” .

As segundas vias de todos OS attestados de obito deverao ficar em poder do representante at6 o segun- do dia do mez seguinte, dia em que. sem falta. deverao ser remettidas, pelo correio. em registraido, ao escri- ptorio do Service.

Remeasa de anms!ras,

As amostras devem ser remettidas ao escriptorio estadoal corn a maior brevidade, pelo correio, em re- gistrado. 0 recibo do correio devera ser guardado, ate qa:: o recebimento da amostra seja’ accusado pelo escripterio, pois que as am’ostras extraviadas no cor- reio, n50 ser5o pagas, sem que o representante exhiba esse recibo do registrado.

hlaterial,

Urn supprimento apropriado de todo o material usado na pratica de viscerotomia devera ser mantido em poder do representante. OS pedidos de material deverzo ser feitos corn antecedencia sufficiente para evitar que se acabe cofmpletamente a, respectiva pro- visiio. Si acontecer exgottarem-se OS tubas, a re-

- 15 - quisi@o devera ser feita par telegramma. e as pun- ccoes de cases indicados absolutamente, nao deverao, ser preteridas por esse motivo. Si nenhum tubo existir no Posto, no momenta, de effectuar urn,,, pun@io, esta se tiara da mesma forma, e a amostra obtida lpodera ser pos’ta em urn pequeno fiasco corn alcool, product0 que poderi ser adquirido em qualquer pharmacia. Quando chegarem OS tubas, ial amostra devera ser trans- ferijda para o fiasco de solug de formalina’, e remet- tida para o escriptorio.

Evitar que curiosss vejam 0 viscemtomo e a opera@0

0 V!iscerotomc Go deve ser exhibido a pessoas que Go tenham liga@o corn o serviqo. Na maior par- te dos cases, esses individuos nHo comprehendem o ver- dafdeiro alcance do service e ficam ma1 ,imlpressi80nadNos vendo o instrumento. OS informes dados por taes pes- soas po8der50 causar desnecessaria opposi@o entre as familias em que se verilfiquem cases indicados.

E’ da maior importancia que as punc@es sejam feitas sem a presenca de estranhos, devendol-se, a todo transe, afastar OS curiosos. Quando a opeaa@o for fei- ta em residencia, deve-se ‘ter o cuidado de fechar as portas e janellas. par,a evitar que curilcaos estpreitem ou entrem inesperadarnente no aposent’o. E’ preferivel que o operador trabaihe soslinho; mas, si a lfamilia insistir, urn seu rapresentante poder6 assistir.

Ha localidades em que a puncqBo C mais conve- nientemente feita no cemiterio. Nesses cases, urn ne- crolterio e da mai,or varrtagem. 0s representantes de- verao empregar todos OS esforGos, junto aos prefeitos 0U outras pessoas responsaveis polr cemitenios, no sen- tido de obter a construcC&o de necroterios, onde fb

- 16 - rem necessaries. OS medicos do S. F. A. auxilia&o 0s representantes nessa tentativa.

Quando se tornar precise realizer uma pun@0 em cemiterio ou em qualquer outro local publico, a aperaG s6 devera ser feita ap6s afastamento de toldos OS circumstantes a uma dis:ancia que lhes n5o permit- ta observar c acto. E, si alguem se reccusar, deve-se- Ihe tomar o nome, afi’m de que seja devidamente pu- nido, pelo facto de oppor embaraco a uma medida lie- gal, confcrme est6 previsto no Art. 53, do) Decreto N.o 21.434.

- 17 - bem c.omo OS de testemunhas, e c,olmmunicar o facto ao escriptorio, que tomiac.5 lprovidencias para que OS offen- sores sejam punidos de accord0 corn o codigo criminal do paiz.

Opposi@o por parte da familia cm do publico.

A maneira de venter a opposi+o depende gran- demente da attitude do representante. Elle deve ter sempre em mente que a viscerotomia i uma Npratlica de- finitivamente legalizada e que elle tern toda tautoriza- + do govern0 para leval-a a effeito. Deve sempre ser cortez, mas, a0 ~mesmo tempo, agir corn energia e resoluc5o, para nilo dar ideia de timidez, mas antes, f,azer compreender que esta procedendo; de urn modo t%o delicado quanto Ipossivel, k eJ%ectivaq9o de uma prcvidencia iegalmente osbrigatorka, para o beneficio da populasao em geral.

N’o case de decidida opposic5o o representante recorrera 5 autoridade pomlicial lo.cal, que deve ter sido devidamente instruida para auxilial-o no seu tcabalxho. Deverao ser to’madlos OS names dos oppositores, bem assim OS de diversas testemunhas, e o facto devera ser logo communicado ao escriptorlio do Service. afim de que sejam multados OS cullpados, com80g esta previsto pelo Art. 53 do Regulamento.

Si o representante f6r ameasado physicamente, deve tomar OS nomes e enderecos dos aggressores,

Amostras fraudulentas.

0 Servifo de Febre Amarella j& teve a desagra- davel surpresa de verif’icar que varies d,os seus repre- sentantes de viscerotomia estalvam enviando amo,stras de figado obtidas illegitimamente. Em certos cases, uma s6 amostra foi dividida em varios pedacos, senda estes remettidos cornlo se tivessem side retiradiois de cadaveres d’ifferentes; em outros, foram enviadas amos- tras que n5o pertenciam aos cadaveres mencionadsos: ainda houve cajos em que o temipo de doenga foi fraudulentamente reduzido para tornar maior o nume- ro de punccdes.

Essas tentativas de d6lo ‘foram commettidas pos alguns representan#tes leigos, que, niio dkpondo de CO- nhecimentos scientificos, Go sabiam que OS pahholo- gista:, altamente treinadsos e especialisadcs no tassum- pro, podem distinguir OS figados pelo exame microsco- pica, quasi corn a mesma faciclidade corn que ordina- riamente differenciam-se physionomias.

Si se averigu@r que qualquer representante remet- teu conscientemente amostras illegitimas, ser50 toma- das as seguintes providencias:

1) - DemissHo immediata do representante: 2) - 0 )pagamento de qualquer saldo a favor do

representante dependerh da resultado da investigaGio feitaj pel’o medico do Service ao plosto local.

Por occasGo da visita do medico o representante tern de provar que todas as amostras a se-rem pagas sao de procedencia legitima. A obriga@o de a(presen-

- 18 - tar as pnovas cabe ,so representante: desse modo, si, p,ela IfomrCa das circumstancias, melle 60 pu.der compro- var a legftimidade das a$mlostras, o Service nfio effe- ctuar5 OS pagamentos respectivos.

Si o pagamento de almastras fraudulentas j& tiver sido fe&to, Ia importancia desse paga’mento s’er& deswn- tada ‘do saldo fin,al a que ‘o representante tenha di- reito.

Aviso ao Emriptorio do, Suxvigo, sobre diffiddades e irregularidades.

0 ServiCo solicita, corn 0 maiis vine linteresse, aos seus representantes, que fescrevam ou telegraph’em ao escriptolrbal e’stadoal, communicando irregularidades :ou difficuldades, que encontrem. Esse escriptorio estB em estreito contac’to corn afs autoridades do Estado, e ,dis- p6e de pessoal eqpecialmente exercitado para attender a essas difficuldades. Si sempre que encontrar emba- races, 0 represenfiajnte se communicar corn ,o escrifpto- Co, este lhe servirh de coadjuvante no sprogresso e ef- ficiencia ,do seu (Posto, facukando-lhe, em consequen- cia, melhor recompense dos sew esfiorqos.