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    PROGRAMA DE EDUCAO CONTINUADA A DISTNCIAPortal Educao

    CURSO DE

    FLORAIS DE BACH

    Aluno:

    EaDEducao a DistnciaPortal Educao

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    CURSO DE

    FLORAIS DE BACH

    MDULO I

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para estePrograma de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao ou distribuio

    sem a autorizao expressa do Portal Educao. Os crditos do contedo aqui contido so dadosaos seus respectivos autores descritos nas Referncias Bibliogrficas.

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    SUMRIO

    MDULO I

    1 A VIDA DO DR. EDWARD BACH, CRIADOR DA TERAPIA FLORAL

    2 CONCEITUAO DA TERAPIA FLORAL

    2.1 O QUE A TERAPIA FLORAL

    2.2 O CONCEITO DE DOENA PARA O DR. EDWARD BACH

    3 CONCEITUAO DAS ESSNCIAS FLORAIS

    3.1 O QUE SO ESSNCIAS FLORAIS

    3.2 A DIFERENA ENTRE TERAPIA FLORAL, FITOTERAPIA, AROMATERAPIA E

    HOMEOPATIA

    3.2.1 A diferena entre terapia floral e fitoterapia

    3.2.2 A diferena entre terapia floral e aromaterapia

    3.2.3 A diferena entre terapia floral e homeopatia

    3.3 COMO SO PRODUZIDAS AS ESSNCIAS FLORAIS

    3.4 COMO MANIPULAR OS REMDIOS FLORAIS

    3.5 COMO INDICAR OS REMDIOS FLORAIS

    3.5.1 Como iniciar uma entrevista

    3.5.2 Dosagem e posologia dos remdios florais

    3.5.3 Quantas flores podem ser indicadas de uma s vez

    MDULO II

    1 REMDIOS FLORAIS CONTRA A SOLIDO

    1.1 HEATHER(CALLUNA VULGARIS - URZE)

    1.2 IMPATIENS(IMPATIENS GLANDULIFERA)

    1.3 WATER VIOLET(HOTTONIA PALUSTRIS)

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    2 REMDIOS FLORAIS PARA OS QUE TM SENSIBILIDADE EXCESSIVA A

    INFLUNCIAS E OPINIES

    2.1AGRIMONY2.2 CENTAURY(CENTAURIUM UMBELLATUM)

    2.3 HOLLY(ILEX AQUIFOLIUM)

    2.4 WALNUT(JUGLANS REGIA)

    3 REMDIOS PARA OS QUE SENTEM PREOCUPAO EXCESSIVA COM O

    BEM-ESTAR DOS OUTROS

    3.1 BEECH(FAGUS SYLVATICA)

    3.2 CHICORY(CHICORIUM INTYBUS)

    3.3 ROCK WATER(GUA DE FONTE)

    3.4 VERVAIN(VERBENA OFFICINALIS)

    3.5 VINE(VITIS VINIFERA)

    MDULO III

    4 REMDIOS PARA OS QUE SENTEM MEDO

    4.1ASPEN(POPULUS TREMULA)

    4.2 CHERRY PLUM(PRUNUS CERASIFERA)

    4.3 MIMULUS(MIMULUS GUTTATUS)

    4.4 RED CHESTNUT(AESCULUS CARNEA)

    4.5 ROCK ROSE(HELIANTHEMUM NUMMULARIUM)

    5 REMDIOS PARA OS QUE SOFREM DE INDECISO

    5.1 CERATO(CERATOSTIGMA WILLMOTTIANA)

    5.2 GENTIAN(GENTIANA AMARELLA)

    5.3 GORSE(ULEX EUROPAEUS)

    5.4 HORNBEAN(CARPINUS BETULUS)

    5.5 SCLERANTHUS(SCLERANTHUS ANNUS)

    5.6 WILD OAT(BROMUS RAMOSUS)

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    MDULO IV

    6 REMDIOS PARA OS QUE SENTEM DESINTERESSE PELAS

    CIRCUNSTNCIAS ATUAIS

    6.1 CHESTNUT BUD(AESCULUS HIPPOCASTANUM)

    6.2 CLEMATIS

    6.3 HONEYSUCLE(LONICERA CAPRIFOLIUM)

    6.4 MUSTARD(SINAPSIS ARVENSIS)

    6.5 OLIVE

    6.6 WHITE CHESTNUT(AESCULUS HIPPOCASTANUM)

    6.7 WILD ROSE(ROSA CANINA)

    MDULO V

    7 PARA OS QUE SENTEM DESNIMO OU DESESPERO

    7.1 CRAB APPLE(MALUS PUMILA)

    7.2 ELM(ULMUS PROCERA)

    7.3 LARCH(LARIX DECIDUA)

    7.4 OAK(QUERCUS ROBUR)

    7.5 PINE(PINUS SYLVESTRIS)

    7.6 STAR OF BETHLEHEM(ORNITHOGALUM UMBELLATUM)

    7.7 SWEET CHESTNUT(CASTANEA SATIVA)

    7.8 WILLOW(SALIX VITELLINA)

    8RESCUE REMEDYCOMPOSTO FLORAL DAS EMERGNCIAS

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    MDULO I

    FIGURA 1DR. EDWARD BACHUMA BREVE BIOGRAFIA

    Dr. Edward Bach

    FONTE: Disponvel em:

    Acesso em: 14 dez. 2011.

    1 A VIDA DO DR. EDWARD BACH CRIADOR DA TERAPIA FLORAL

    Em 24 de setembro de 1886 nasceu em Moseley numa pequena vila perto

    de Birmingham, Inglaterra; primognito de trs filhos. Sua famlia tem razes galesas

    e seu pai era dono de uma fundio de bronze. Desta infncia vivida prxima aocampo nasceu o amor de Bach pela natureza. Conta-se que ele realizava longas

    caminhadas pelo campo e pelas montanhas, e que era capaz de ficar horas

    concentrado apreciando a natureza. Era um ser dotado de grande compaixo, pois

    todo sofrimento, seja de que criatura fosse, despertava nele o desejo de ajudar e a

    vontade de amparar e curar. Este trao fez surgir cedo a vontade de ser mdico ou

    pastor.

    1903-1906 Aos 17 anos alistou-se no Corpo de Cavalaria de

    Worcestershire e tornou-se aprendiz na fundio do pai. A observao das doenas

    fsicas e dos conflitos emocionais a elas associados, entre os operrios (que no se

    http://www.dublinnutricentre.com/index.php?id=60http://www.dublinnutricentre.com/index.php?id=60http://www.dublinnutricentre.com/index.php?id=60
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    podiam se dar o luxo de ter tratamento mdico), bem como o desejo de ajud-los e

    de ajudar a si mesmo, tornaram-se um estmulo para todo o seu trabalho posterior.

    Nesta fase da vida, Bach j fazia crticas medicina, pois achava ostratamentos caros e pouco satisfatrios. E, observando nos funcionrios da fundio

    o aspecto mental da doena, j pensava que poderia existir um mtodo que curasse

    o corpo e tranquilizasse a mente. Depois de prolongada indeciso entre tornar-se

    telogo ou mdico, decidiu-se pelo estudo da medicina.

    1906-1916Com 20 anos entrou na Universidade de Birmingham. Estudou

    medicina em Birmingham e Londres. Finalizou os estudos com o treinamento prtico

    no "UniversityCollege Hospital", em Londres, em 1912, graduando-se mdico.

    Depois de formado, trabalhou como responsvel pelo atendimento de acidentados

    no UniversityCollege Hospital.

    Alm dos diplomas e ttulos que obteve ao se formar, recebeu tambm os

    ttulos de bacteriologista e patologista, em 1913, e o diploma de sade pblica, em

    1914. Neste ano, foi rejeitado para servir na guerra fora do pas, provavelmente por

    sua sade frgil. Entretanto, ficou responsvel por 400 leitos do"University College

    Hospital", com o trabalho no Departamento de Bacteriologia e tambm como

    assistente clnico do Hospital da Escola de Medicina (perodo de 1915 a 1919).

    Trabalhando no departamento de bacteriologia e imunologia, percebeu a

    relao entre certos tipos de bactrias no intestino humano e o surgimento de

    doenas crnicas. Usou diversos tipos de bactrias para preparar vacinas que, de

    incio, aplicou regularmente e, mais tarde, s quando o efeito da primeira dose

    enfraqueceu.

    Atendendo a dezenas de pacientes, dedicando-se integralmente medicina,

    Bach comeou a observar que algumas pessoas com a mesma doena, tratadas

    com o mesmo medicamento, curavam-se e outras no. Percebeu que as pessoas

    reagiam de forma diferente s doenas. O passo seguinte foi entender que as

    pessoas com os mesmos temperamentos reagiam melhor aos mesmos remdios ou

    aos mesmos mtodos de cura. Trabalhou incansavelmente mesmo no se sentindo

    bem e, aps avisos constantes de pr-estafa no respeitados, teve uma severa

    hemorragia em julho de 1917.

    1917Um fato importante na vida de Edward Bach que ele, desde beb,teve uma sade delicada, o que lhe trouxe algumas limitaes, levando-o adesistir

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    de ser cirurgio em um hospital.eimpedindo sua aceitao como militar. Nesse

    ano,enfrentou grave problema de sadefoi operado de um tumor maligno no bao.

    Seu estado era muito delicado e os mdicos disseram-lhe que poderia ter apenastrs meses de vida. Aps algumas semanas de resignao, reagiu e voltou ao

    trabalho no laboratrio. O trabalho intenso e uma formidvel vontade de viver foram

    seus remdios nestes meses de recuperao e, para surpresa de muitos, ele se

    curou. Essa experincia foi o momento crucial de confirmao de que o estado

    mental de uma pessoa est diretamente relacionado (como causa principal)

    doena que afeta o corpo.

    1918-1922 Alcanou o cargo de bacteriologista no Hospital Homeoptico

    de Londres e conheceu a homeopatia, tomou conhecimento do Organon da Arte de

    Curar, de Samuel Hahnemann, e assumiu que aquilo que definia como tox emia

    intestinal era idntico ao conceito de psora de Hahnemann. Encontrou nesse

    sistema muitas das ideias que estava desenvolvendo, como exemplo, tratar o

    paciente e no a doena. Como ele, Hahnemann guiava-se mais pelos sinais

    mentais do que pelos fsicos para descobrir qual o remdio mais adequado para

    cada paciente.

    A partir da, Bach passou a usar o mtodo da diluio e potencializao da

    homeopatia para produzir suas vacinas e outros remdios, preparou as vacinas

    como nosdios homeopticos que, de acordo com o efeito de fermentao do

    acar, dividiu em sete grupos principais:

    Proteus, Dysenterie, morgan. Faecalisalcaligenes, Coli mutabile, Gaertner e

    nmero 7.

    Por sua causa, so chamadas de "nosdiosde Bach". Obteve tratamento

    bem-sucedido de centenas de pacientes. Sob o impulso da homeopatia, passou a

    buscar formas mais suaves e mais naturais de cura. Suas vacinas passaram a ser

    via oral (no mais injetveis) e ele encontrou na natureza os componentes dos

    medicamentos. Iniciou procurando plantas e acabou descobrindo as flores.

    Nessa poca, Bach classificou os chamados sintomas emocionais" dos

    pacientes e finalmente foi capaz de correlacionar cada grupo de bactrias (nosdios)

    a uma determinada atitude emocional da personalidade. A personalidade do

    paciente, o ser humano enfermo, era para ele a principal indicao do tratamentoexigido; o panorama da vida do paciente, suas emoes, seus sentimentos, eram

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    todos pontos de importncia fundamental no tratamento das incapacidades fsicas.

    Seu novo objetivo foi diagnosticar atravs dos sintomas emocionais, em vez de faz-

    lo por meio dos dispendiosos exames bacteriolgicos.1920-1928 Abriu um laboratrio em Crescent Park e um consultrio na

    Harley-Street, bem como um ambulatrio para pessoas pobres em Nottingham

    Place. Publicou diversos trabalhos com a colaborao dos mdicos homeopatas F.

    C. Wheeler, Dishington, Patterson e Clarke, como "A relao entre a vacinao e a

    homeopatia", "A toxemia intestinal e sua relao com o cncer" e "A redescoberta da

    psora", e participou de diversos congressos de homeopatia.

    Ao reconhecer que os setes nosdios s poderiam curar manifestaes

    agrupadas sob o conceito de psora e no outras doenas crnicas, foi despertada

    sua vontade de descobrir mais remdios e, sobretudo, remdios "mais puros". Bach

    presumiu que muitos doentes crnicos sentiam uma averso instintiva s drogas

    preparadas com substncias produzidas pela prpria doena. Ele procurou e

    encontrou diversas plantas com uma frequncia vibracional semelhante dos

    nosdios,por exemplo, ornithogalum e morgan.

    A partir de 1928 Uma observao mais intensa dos componentes

    psquicos do surgimento da doena levou-o ao conhecimento intuitivo de

    determinados tipos de personalidade emocional e modos de reao da natureza

    humana. Bach assumiu que as pessoas, conforme pertenam a um destes tipos de

    personalidade emocional, sempre reagiro ao aparecimento da doena de modo

    igual ou semelhante.

    Nessa poca, ele passou a classificar as pessoas segundo tipos

    previamente definidos de comportamento. Acreditava que cada grupo-tipo

    identificado possua sofrimentos comuns, que geravam as doenas epoderiam ser

    tratados e curados com remdios naturais. Como finalmente descobriu, ao tratar o

    temperamento ou o humor do paciente e no a doena, a espcie de doena, seu

    tipo, seu nome e durao no tinham nenhuma consequncia.

    Ali, ento, Bach fez o primeiro teste das plantas impatiens, mimulus e

    clematis, preparando-as (diludos e dinamizados) sob a forma homeoptica.

    Publicou o livro Some New Remedie sand Their Uses (Alguns Novos Remdios e

    seu Uso).

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    A partir de 1930 No auge da carreira mdica, aos 44 anos de idade,

    Edward Bach tomou a sbita deciso de vender o consultrio e o laboratrio londrino

    para dedicar-se integralmente ao estudo dos diferentes tipos de personalidadehumana e busca de plantas curadoras especficas existentes na intocada

    paisagem do Pas de Gales. Bach queimou em uma fogueira os arquivos, ensaios e

    alguns utenslios ligados s suas atividades anteriores, pois agora as viu como um

    mero estgio preliminar para o novo mtodo de cura que estava para descobrir.

    Durante os anos em que viveu no campo caminhou pela natureza, observou-

    a, contemplou-a e, principalmente, sintonizou sua intuio. Cuidou tambm de notar

    os homens, seus tipos, sofrimentos, manias, valores, crenas e doenas. Nesta

    nova fase de pesquisa, seu instrumento principal no era a cincia e sim sua

    intuio, disciplina e capacidade de observao. Alm, claro, da sensibilidade.

    Pois foi por meio desta habilidade que ele testou em si as essncias antes de seus

    pacientes.

    Junto com sua assistente Nora Weeks, Bach encontrou e preparou os nove

    primeiros dos chamados twelve healers ("doze curadores"): impatiens, mimulus,

    clematis, agrimony, chicory, vervain, centaury, cerato e scleranthus, nos arredores

    de Cromer, condado de Norfolk.

    Em maio de 1930, observou o orvalho em uma flor recebendo os raios

    solares, intuiu que aquela gota exposta ao sol poderia estar magnetizada com as

    propriedades energticas da flor. Imediatamente comeou sua pesquisa. Coletava

    as gotas de orvalho de vrias plantas, algumas expostas ao sol, outras que ficaram

    sombra. Testou em si, persistentemente, o efeito de cada um dos orvalhos

    recolhidos. Aps exaustivas pesquisas, Bach avaliou que as gotas expostas ao sol

    poderiam servir como remdios. Ainda em 1930, decidiu testar um mtodo de

    extrao mais simples: colocar as flores em uma jarra com gua exposta ao sol.

    Assim aconteceu a descoberta do novo processo de preparoo mtodo solar.

    Antigos colegas, como Wheeler e Clarke, testaram os novos remdios florais

    em seus pacientes e encorajaram Bach a continuar seu trabalho. O prprio Bach

    tratou gratuitamente os pacientes, nos meses de inverno, com seus novos "remdios

    florais".

    A partir de 1931 Descoberta dos trs ltimos remdios da srie twelve

    healers: water violet, gentiane rock rose.

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    1932Passou dois meses em Londres clinicando, porm no se adaptou

    vida na cidade grande. Durante seu tempo livre, visitou os parques londrinos e

    escreveu dois livros: FreeThyself (Liberta-te a ti mesmo) e Twelve Healers(Os dozeRemdios Curadores). Depois da primeira edio de Free Thyself,no permitiu sua

    republicao, por consider-lo apenas um estgio preliminar para as posteriores

    edies de Heal Thyself (Cura-te a ti mesmo), a primeira formulao de seus

    conhecimentos e de sua filosofia da sade, da doena e da cura.

    Este livro viria a tornar-se sua principal obra. Bach usou deliberadamente

    uma linguagem simples, buscando tornar a publicao tambm compreensvel aos

    leigos. Nessa fase de suas pesquisas, decidiu comear a popularizar suas

    descobertas: escreveu artigos para o pblico em geral e colocou anncios em

    jornais. Imediatamente, o Conselho de Medicina Britnico o advertiu sobre os

    anncios, e chegou a amea-lo com a cassao do diploma mdico se ele

    continuasse a usar colaboradores leigos e a divulgar seusconhecimentos.

    Bach conseguiu manter sua posio, respondeu que estava divulgando algo

    que era til e importante para as pessoas conhecerem. Este incidente, que terminou

    com a troca de algumas cartas, foi simblico por demonstrar que a terapia floral ia

    alm do campo restrito da medicina, e que esta deveria ser praticada por curadores

    no mdicos. O fato de Bach ter auxiliares no mdicos foi motivo para outro

    problema com este conselho, em 1936, pouco antes do seu falecimento.

    1933 Num desenvolvimento crescente de sua sensibilidade, descobriu e

    preparou mais quatro florais, chamados four helpers (quatro auxiliares): gorse, oak,

    heather e rock water. Bach ofereceu gratuitamente as essncias-me a duas

    grandes farmcias de Londres, sob a condio de que elas vendessem os remdios

    ao pblico pelo preo mais baixo possvel.

    1934-1935 Descobriu os trs ltimos remdios de sua primeira srie :

    wildoat, olive e vine. Formulou o Rescue Remedy Remdio dos Primeiros

    Socorros.

    Bach instalou-se em Sotwell, lugarejo no vale do baixo Tmisa, onde

    tambm crescia a maioria das plantas por ele encontradas at ento. Em Sotwell, o

    desenvolvimento pessoal de Bach alcanou uma nova fase, de extrema

    sensibilidade. Ele experimentou em si mesmo outros estados emocionais negativos.Em cada um desses estados encontrou a planta correspondente. Depois de preparar

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    e ingerir a essncia dessa flor, os sintomas emocionais patolgicos desapareciam

    em poucas horas.

    Foi assim que Bach encontrou, em rpida sequncia e com o apoio de suacolaboradora Nora Weeks, mais dezenove remdios, todos preparados (com

    exceo de White Chestnut) pelo mtodo de fervura por ele criado. Depois de

    completar esta srie, Bach acreditou que, com ela, seu sistema estava concludo e

    encerrada a sua obra.

    Resolveu divulgar sua terapia e seus conhecimentos por meio de um ciclo

    de palestras a um pblico mais amplo. Na noite de seu 50 aniversrio, fez a

    primeira palestra pblica em Wallingford.

    27/11/1936Escreveu Os Doze Remdios Curadores e Outros Remdios,

    com uma descrio clara e simples das 38 essncias e dos 38 estados mentais que

    elas curam. Como a difuso apenas comeava, encarregou seus dois principais

    assistentes dessa tarefa. Em 27 de novembro de 1936, faleceu enquanto dormia

    (parada cardaca). Os colaboradores Nora Weeks e Victor Bullen, indicados por

    Bach como seus sucessores, deram continuidade ao seu trabalho at 1978. Eles,

    por sua vez, determinaram a administrao e custdia de sua obra no Centro Bach,

    as quais so seguidas at hoje.

    2 CONCEITUAO DA TERAPIA FLORAL

    2.1 O QUE A TERAPIA FLORAL

    Segundo a Abreflor (Associao Brasileira de Terapeutas Florais, 2009):

    A terapia floral um mtodo holstico de cura que busca tratar o homem demaneira global, ou seja, em todos os nveis que o compem: energtico,emocional, mental e fsico. Nesse processo teraputico, utilizam-seessncias florais que agem em situaes circunstanciais, ajudando oindivduo a vivenciar internamente tal situao, sem formar bloqueiosenergticos e traumas emocionais. Esta a funo preventiva desta terapia,a base da energia de flores.Em outro momento, as essncias florais agiro como catalisadoras de

    bloqueios e traumas j instalados no nvel inconsciente, que esto levandoo indivduo a somatizaes mentais, emocionais e/ou fsicas. Elas agemvibratoriamente nesses nveis, desbloqueando contedos reprimidos e

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    desmontando sistemas de crenas nos quais esses contedos se apoiam,trazendo-os conscincia, dando assim, ao indivduo, a oportunidade demudar seu modo de pensar, sentir e agir(ABEFLOR, 2009).

    A terapia floral, portanto, tem como maior objetivo equilibrar energtica,

    mental e emocionalmente o indivduo. Libertando-o de padres de comportamento e

    evitando as reaes repetidas diante das situaes de vida, as essncias podem

    tratar as dores da alma, das emoes, dos desequilbrios, das nossas sombras: os

    medos, as ansiedades, as angstias, as depresses, as tristezas, as mgoas, os

    apegos, as frustraes, as raivas.

    uma terapia para os sentimentos, no se aplica, portanto, para doenas

    fsicas. No se tomam nem se indicam florais para bronquite, sinusite, gastrite etc. Oque ocorre que quando a doena fsica uma somatizao de um desequilbrio

    energtico, mental ou emocional, e o indivduo melhora emocionalmente, os seus

    sintomas fsicos tambm melhoram. O terapeuta, porm, no deve se guiar por

    sintomas fsicos para indicar os florais e sim procurar as causas bsicas da doena

    emocional.

    2.2 O CONCEITO DE DOENA PARA O DR. EDWARD BACH

    No seu livro Cura-te a ti mesmo, o dr. Bach fala sobre a sua maneira de

    ver a origem da doena:

    A doena nunca ser curada ou erradicada pelos atuais mtodosmaterialistas, pela simples razo de que a doena, em sua origem, no material. Aquilo que chamamos de doena o resultado ltimo produzidono corpo, o produto final de foras profundas e h muito atuantes; e,mesmo que o tratamento material seja, por si s, aparentemente bem-sucedido, isso nada mais que um alvio temporrio a menos que a causareal tenha sido removida.A moderna tendncia da cincia mdica, ao malinterpretar a verdadeira natureza da doena e se concentrar em termosmaterialsticos no corpo fsico, tem aumentado imensamente o poder dadoena; primeiro, ao desviar o pensamento das pessoas da verdadeiraorigem da doena e, portanto, do mtodo eficaz de atac-la; segundo, aolocalizar a doena no corpo, assim obscurecendo a verdadeira esperanade recuperao e fazendo surgir um poderoso complexo doentio de medo,que nunca deveria ter existido. A doena , no seu cerne, o resultado doconflito entre o Eu Superior e a Personalidade, e nunca ser erradicadaexceto pelo esforo espiritual e mental. Esses esforos, se adequadamentefeitos com compreenso, podem curar e evitar a doena ao remover os

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    fatores bsicos que so a causa primeira da doena. Nenhum esforodirigido apenas para o corpo poder fazer mais do que um consertosuperficial do dano, e nisso no existe cura, pois a causa ainda est ativa epode a qualquer momento voltar a demonstrar sua presena sob outra

    forma.Na verdade, em muitos casos, uma recuperao aparente prejudicial, pois ela oculta do paciente a verdadeira causa de seuproblema; e, na satisfao da sade aparentemente renovada, overdadeiro fator da doena, despercebido pode ficar se fortalecendo. Adoena apenas e to-somente corretiva. Ela no vingativa nem cruel,mas o meio adotado pela nossa Alma para nos mostrar os nossos erros,nos impedir de cometer erros ainda maiores, nos impedir de causarmaiores danos e nos trazer de volta quele caminho da Verdade e da Luzdo qual nunca deveramos ter nos afastado.(SCHEFFER, 1995, 20 p.)

    A causa da doena, para o dr. Bach, seria o conflito do Eu Superior com

    apersonalidade, da sua real misso de vida com os desejos da sua personalidade.

    Segundo ele, existem duas formas de o homem entrar em conflito com o seu Eu

    Superior: no nvel da Personalidade, o homem despreza os "desgnios do Eu

    Superior", e no nvel da Personalidade, o homem peca contra o "Princpio da

    Unidade".

    Assim, qualquer ao contra ns mesmos ou contra os outros afeta o todo,porque, ao causar imperfeio em uma parte ela se reflete no todo, cadapartcula do qual deve, em ltima anlise, tornar-se perfeita (SCHEFFER,

    1995, 21 p.).

    Ambos os conflitos levam desarmonia do Eu Superior com a

    Personalidade. Eles se manifestam como "falhas" ou fraquezas de carter no nvel

    da personalidade, que Bach descreveu como "as verdadeiras doenas bsicas do

    ser humano. Estas seriam: o orgulho, a crueldade, o dio, o egosmo, a ignorncia,

    a indeciso e a avidez.

    Ainda no livro Cura-te a ti mesmo, Bach fala sobre estas doenas bsicas:

    O orgulho se deve, primeiramente, falta de reconhecimento da pequenezda personalidade e de sua absoluta dependncia em relao alma, e quetodos os sucessos que ela pode alcanar no se devem a ela, mas sobnos concedidas pela divindade interior; em segundo lugar, perda dosenso de proporo, do diminuto que somos em meio ao esquema dacriao. Como o orgulho invariavelmente se recusa a dobrar-se emhumildade e resignao Vontade do Grande Criador, ele comete aescontrrias a essa Vontade(SCHEFFER, 1995, 21 p.).A crueldade a negao da unidade do todo e um fracasso emcompreender que qualquer ao adversa ao outro est em oposio ao

    todo, sendo, portanto, uma ao contra a unidade. (SCHEFFER, 1995, 21p.).O dio o oposto do amor, o reverso da lei da criao. Ele contrrio atodo o esquema divino e uma negao do Criador; ele leva apenas a aes

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    e pensamentos que so adversos Unidade e opostos aos que seriamditados pelo amor. (SCHEFFER, 1995, 21 p.).O egosmo tambm uma negao da Unidade e do dever que temos paracom nossos semelhantes, ao colocar os nossos interesses antes do bem da

    humanidade e do cuidado e proteo daqueles que esto nossa volta.(SCHEFFER, 1995, 21 p.).A Ignorncia o fracasso em aprender, a recusa em ver a Verdade quandoa oportunidade se nos oferece, e leva a muitos atos errados, como aquelesque s podem existir nas trevas e no so possveis quando a luz daVerdade e do Conhecimento nos envolve. (SCHEFFER, 1995, 21 p.).A Indeciso, a incerteza e a fraqueza de propsito ocorrem quando apersonalidade se recusa a ser dirigida pelo Eu Superior, e nos leva a trair osoutros atravs de nossas fraquezas.(SCHEFFER, 1995, 21 p.).A avidez leva a um desejo pelo poder. Ela uma negao da liberdade eda individualidade de cada ser. (SCHEFFER, 1995, 22 p.).Cada uma dessas qualidades negativas, quando nela se persiste contra avoz do Eu Superior, ir gerar um conflito que necessariamente se refletir

    no corpo fsico, produzindo um tipo especfico de doena. O orgulho, porexemplo, que arrogncia e rigidez mental, far surgir aquelas doenasque produzem rigidez e endurecimento do corpo.A dor o resultado dacrueldade; atravs do sofrimento pessoal, o paciente aprende a no infligirdor, fsica ou mental, aos outros. As penalidades do dio so a solido, andole violenta e incontrolvel, as exploses nervosas e os estados dehisteria.As doenas introspectivas neurose, neurastenia e estadossimilares so causadas por um excesso de egosmo. A ignorncia e afalta de sabedoria trazem suas prprias dificuldades vida cotidiana e se,alm delas, houver uma resistncia para ver a verdade quando aoportunidade se oferece, as consequncias naturais sero a miopia e umadeteriorao da viso e da audio.A instabilidade mental leva instabilidade fsica, com os vrios distrbios que afetam os movimentos e a

    coordenao. O resultado da avidez e do controle sobre os outros soaquelas doenas que transformam a pessoa em escrava do prpriocorpo, com desejos e ambies restringidos pela doena. (SCHEFFER,1995, 22 p.).

    O princpio de cura de Edward Bach : no lutar contra a doena, mas sim

    trazer os defeitos da personalidade conscincia e criar assim condies para

    poder elabor-los e integr-los de maneira equilibrada. As essncias florais

    ancoram na personalidade as virtudes opostas aos vcios, trazendo, assim, a cura.

    A essncia floral rock water ancora a qualidade da humildade, que se

    contrape ao orgulho; a essncia willowancora a qualidade do amor incondicional,

    que se contrape ao dio. Cada uma das essncias florais ancora uma qualidade

    diferente, trazendo o indivduo para a harmonia com os propsitos da alma.

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    3 CONCEITUAO DAS ESSNCIAS FLORAIS

    3.1 O QUE SO ESSNCIAS FLORAIS

    Segundo a Abreflor (Associao Brasileira de Terapeutas Florais, 2009):

    Define-se essncia vibracional como o preparado natural, artesanal, quetraz registrado em seu contedo o padro vibracional de uma ou diversasmanifestaes da conscincia originria da Natureza, que entram emressonncia com o campo da conscincia de pessoas, grupos,coletividades, animais, ambientes e ecossistemas, agindo como princpiocatalisador que ativa processos de expanso e transformao daconscincia, despertando seus talentos, virtudes e potenciais latentes, eresultando na restaurao da paz, harmonia e equilbrio.Pela sua prprianatureza vibracional, as Essncias Vibracionais no tm impacto diretosobre a bioqumica do corpo, como tem os alimentos, medicamentosfarmacuticos ou drogas psicoativas. Elas no so medicamentos e nosubstituem com estes meios, sem interferir na ao dos mesmos, pois no

    possuem princpios ativos de natureza material. Elas atuam porressonncia vibratria entre campos mrficos. Apesar de seremutilizadas prioritariamente na forma de gotas a serem ingeridas, suaindicao para terceiros no se configura como prescrio demedicamentos, podendo ento sua indicao ser habilitada a profissionaisde quaisquer reas, desde que capacitados profissionalmente para faz-lo.(ABREFLOR, 2009)

    Esta definio de essncia floral foi retirada de um documento elaborado em

    outubro de 1998, resultado de um longo trabalho realizado pela unio dos

    produtores das essncias florais brasileiras, distribuidores, terapeutas experientes e

    representantes da Abreflor, entregue ao Ministrio da Sade, em Braslia, pelo

    Sinaten, a fim de liberar as essncias florais nas farmcias, uma vez que havia uma

    ao equivocada da Vigilncia Sanitria em todo o Brasil com relao aos florais.

    As essncias florais so remdios, no possuem matria fsica suficiente

    para produzir efeito farmacolgico nos organismos, no interagem com

    medicamentos, no so txicas, podendo ser utilizadas por bebs, gestantes,

    pequenos animais, no existe correlao entre a massa de quem as utiliza e o seu

    efeito, portanto, a dose no tem relao com o peso ou idade de quem ingere as

    essncias.

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    3.2 A DIFERENA ENTRE TERAPIA FLORAL, FITOTERAPIA, AROMATERAPIA EHOMEOPATIA

    3.2.1 A diferena entre terapia floral e fitoterapia

    A fitoterapia o tratamento de doenas por meio de plantas medicinais. Este

    tratamento baseado nos princpios ativos da planta, substncias qumicas que

    exercem efeito farmacolgico. Podem ser bioflavonoides, alcaloides, saponinas,

    taninos, leos essenciais etc. Dependendo da quantidade, podem ser txicos e levar

    morte.

    Os princpios ativos podem estar presentes em todo o vegetal ou em alguma

    de suas partes, como as flores, folhas, frutos, caule, razes ou sementes. Saber qual

    parte da planta a ser utilizada fundamental. Pode-se empregar a planta (extrair o

    princpio ativo) em emplastros, chs, tinturas, extratos fluidos, ps e extratos secos

    encapsulados.

    Na terapia floral usam-se somente flores na preparao das essncias, e

    no outras partes da planta; as essncias florais nunca so txicas, pois tm

    natureza vibracional, no tm matria fsica suficiente para exercer efeito

    farmacolgico; busca tratar doenas emocionais e no fsicas.

    3.2.2 A diferena entre terapia floral e aromaterapia

    A aromaterapia um ramo da fitoterapia. o tratamento de doenas por

    meio de leos essenciaissubstncias qumicas de baixo peso molecular, pois so

    volteis , constitudos por terpenos, sesquiterpenos, cetonas, aldedos, steres,

    fenis etc.

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    Os leos essenciais podem ser extrados de diversas partes das plantas:

    folhas, rizomas, caules, flores, cascas. Por serem extremamente concentrados,

    podem ser txicos quando ingeridos, principalmente os leos de funcho(Foeniculumvulgare) e slvia (Sageofficinalis).

    Podem ser utilizados em banhos, carreados em cremes ou leos para

    massagem, por inalao ou ingesto. Na terapia floral aproveitam-se somente as

    flores na preparao das essncias, e no outras partes da planta; as essncias

    florais nunca so txicas, e tem natureza vibracional, no qumica.

    3.2.3 A diferena entre terapia floral e homeopatia

    A homeopatia um mtodo teraputico vibracional criado pelo mdico

    alemo Samuel Christian Hahnemann (1755-1843), no sculo 19. baseado na lei

    dos semelhantes e tem como ponto de partida drogas de origem animal, vegetal e

    mineral, que passam por diluies e sucusses repetidas, at que nelas no haja

    mais matria, apenas energia.

    Em 1790, traduzindo uma matria mdica sobre a cinchona (China

    officinalis, planta da qualse extrai o quinino, usado no tratamento da malria),

    Hahnemann verificou que pessoas sadias que ingeriam a planta apresentavam febre

    semelhante da malria. Percebendo este fato, ele experimentou a China em si

    mesmo, e teve febre e outros sintomas muito fortes. Posteriormente, Hahnemanne

    colaboradores saudveis conheceram vrias outras substncias que comprovaram a

    sua ideia anterior, de que os sintomas que um medicamento provoca em um

    indivduo sadio so os mesmos que ele vai curar em um indivduo doente.Desta

    observao surgiu o princpio da similitudeO semelhante cura o semelhante.

    Buscando minimizar os efeitos txicos das substncias utilizadas,

    Hahnemanncomeou um processo de diluio e sucusso dos medicamentos j

    experimentados, e percebeu que o doente se curava mais rpido e com menos

    sofrimento. Fazendo novamente experimentos com estes medicamentos

    dinamizados em homens sos, comearam a aparecer sintomas emocionais ementais produzidos pela ingesto repetitiva destes medicamentos.

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    Ex.: A intoxicao por ipeca provoca vmitos. Se o vmito tiver as mesmas

    caractersticas do produzido pela ipeca em indivduos saudveis, ao tomar a ipeca

    diluda e dinamizada, vai se curar. Hahnemann acreditava que a causa da doenaera no material, por isso rejeitou a ideia de que deveria ser tratada expulsando-se o

    material ofensivo que a causava, como era prtica comum em sua poca. Em vez

    disso, argumentava que o indivduo precisava ser tratado ajudando-se a fora vital a

    restaurar a harmonia e o equilbrio do organismo.

    Para Hahnemann, a causa das doenas seria o desequilbrio da energia ou

    fora vital. Esta seria responsvel pela manuteno das funes e dos processos da

    vida, ela dinmica e imaterial, e pode ser desequilibrada por distrbios fsicos,

    qumicos, biolgicos e emocionais. Assim um indivduo pode adoecer, manifestar

    uma doena fsica por diversos motivos, inclusive pelos distrbios emocionais, pois

    as emoes tambm podem desarmonizar a fora vital.

    Para descobrir qual o medicamento mais indicado para o paciente, o

    mdico homeopata faz uma grande pesquisa, buscando um nico medicamento que

    corresponda totalidade dos sintomas do paciente: sintomas fsicos, mentais e

    emocionais.

    A homeopatia baseia-se em quatro leis fundamentais:

    Experimentao no homem : medicamento homeoptico deve ser

    experimentado em pessoas ss, a fim de se observarem os sintomas que

    produz no organismo humano.

    Lei de semelhana: necessrio administrar um remdio que produziu

    no homem so os mesmos sintomasde que o enfermo padece.

    Medicamento diludo e dinamizado: o medicamento homeoptico deve

    ser diludo e dinamizado. Desta forma, ele perde matria e ganha poder

    energtico (dinmico).

    Medicamento nico: um s medicamento deve corresponder

    totalidade dos sintomas do paciente.

    A viso do dr.Bach sobre a doena muito prxima da de Hahnemann, no

    sentido de que ambos acreditavam que a origem da doena no material, ou seja,

    no so as bactrias, os vrus ou qualquer outro agente externo o causador de uma

    doena. Tambm perceberam que para uma cura real, devia-se tratar o doente e

    no a doena, considerar importantes todos os sintomas apresentados pelo

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    paciente, inclusive os mentais e emocionais. Estas, porm, so as nicas

    semelhanas das duas terapias.

    A principal diferena a forma como seria restaurado o equilbrio doindivduo. Para a homeopatia, seria por meio de um medicamento semelhante

    doena. Para a terapia floral, pelas virtudes que se oporiam aos vcios da

    personalidade.

    Em um de seus discursos, dr. Bach afirmou:

    E assim, para uma cura completa, devemos usar no s os meiosmateriais, escolhendo sempre os melhores mtodos que sejam conhecidosna arte da cura, como tambm nos esforar ao mximo para eliminarqualquer falha em nossa natureza. Isso porque a cura final e completavem, em ltima anlise, de dentro de ns, da prpria Alma, que, quando opermitimos, irradia harmonia por toda a personalidade. Desse modo,chegamos compreenso de que no combatemos mais a doena com adoena; no opomos mais enfermidade os produtos da enfermidade; notentamos mais eliminar as molstias com substncias que podem caus-lasmas, pelo contrrio, trazemos as virtudes opostas, que ir eliminar afalha. E a farmacopeia do futuro prximo conter apenas os remdios quetenham o poder de trazer o bem, eliminando todos aqueles cuja nicaqualidade resistir ao mal. (SCHEFFER, 1995, 22 p.).

    Outras diferenas:

    Para Hahnemann, a causa da doena seria o desequilbrio da

    energia vital. Para Bach, a doena seria causada pelo conflito da personalidade com

    o Eu Superior.

    Na homeopatia, o ponto de partida para se produzirem os

    medicamentos pode ser animal, vegetal, mineral; na terapia floral, utilizam-se

    somente flores para obteno dos remdios.

    O mdico homeopata prescreve somente um medicamento que

    deve tratar o paciente em sua totalidade; na terapia floral, o terapeuta indica um

    composto com vrias, flores, um buqu.

    O medicamento homeoptico deve ser diludo e dinamizado

    durante movimentos repetidos, chamados de sucusso. Os remdios florais so

    diludos, porm no so dinamizados.

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    3.3 COMO SO PRODUZIDAS AS ESSNCIAS FLORAIS

    As essncias devem ser preparadas nas imediaes do local onde crescem

    as plantas utilizadas para a coleta das flores. So escolhidas plantas sadias e

    vigorosas no podem estar contaminadas por fungos ou parasitas. Devem ainda

    ter se desenvolvido em ambiente sem poluio e nunca terem se submetido a

    nenhum tratamento qumico. Devem estar distantes de regies de agricultura, para

    no haver contaminao por agrotxicos. Utilizam-se apenas as flores mais perfeitas

    e que estejam no auge da florao. As essncias florais so produzidas por dois

    mtodos de preparao: o solar e o de fervura.

    3.3.1 O mtodo solar

    As flores so colhidas no estgio do pleno

    desabrochar da planta, nos locais naturais escolhidos por

    Bach, ao alvorecer, em dias ensolarados e sem nuvens.

    No prprio lugar da coleta, as flores so imediatamente

    colocadas em uma vasilha de vidro ou de cristal

    transparente (com capacidade para meio litro), cheia de

    gua natural de fonte reconhecidamente pura e potvel.

    A vasilha deixada ao sol, prxima planta, durante trs ou quatro horas. Quando

    as flores mostram os primeiros sinais de fenecimento, so cuidadosamente

    removidas do lquido com um galhinho da prpria planta.

    O lquido misturado na proporo de 50% de brandy (conhaque de vinho).

    Esta primeira preparao: a gua energizada + 50% de brandy recebe o nome de

    tintura-me. A tintura-me novamente diluda em brandy, na proporo de 1:240.

    Resulta deste processo a soluo de estoque (stock bottle), do qual mais tarde, em

    outra etapa de diluio, sero preparados os frascos de dosagem do paciente.

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    As essncias preparadas pelo mtodo solar so as que florescem no final da

    primavera e no vero: oak, gorse, White chestnut, water violet, rock water, mimulus,

    agrimony, rock rose, centaury, scleranthus, wild oat, impatiens, chicory, vervain,clematis, heather, cerato, gentian, olive e vine.

    3.3.2 O mtodo da preparao por fervura

    Em um dia ensolarado e pela manh bem cedo, enche-

    se um recipiente esmaltado ou panela de vidro (com

    capacidade aproximadamente 3,5 litros) com flores, hastes e

    folhinhas da rvore ou arbusto escolhido. Logo a seguir, e

    ainda na vizinhana do prprio local da coleta, o contedo do

    recipiente coberto por um litro de gua pura de fonte e levado ao fogo para ferver

    durante cerca de meia hora. Apaga-se o fogo e deixa-se a panela esfriar prximo

    planta. Depois, o lquido filtrado e processado do mesmo modo que no mtodo

    solar.

    So preparados pelomtodo de fervura os florais dos brotos de rvores e

    arbustos de 18 espcies que florescem no outono eno inverno: cherry plum, elm,

    aspen, beech, chestnut bud, hornbeam, larch, walnut, star of bethlehem, holly, crab

    apple, willow, pine, mustard, red chestnut, honey suckle, sweet chestnut, wild rose.

    3.4 COMO MANIPULAR OS REMDIOS FLORAIS

    Os remdios florais podem ser manipulados em farmcias ou pelos prprios

    terapeutas (neste caso, os terapeutas devem ter procedimentos para esterilizao

    dos frascos e mtodo para preparar o veculo). Coloca-se em um frasco de vidro

    mbar de 30 ml o veculo: gua mineral + 30% de brandy (conhaque de uvas). O

    brandy tem a funo de conservar a soluo. Pingam-se no frasco contendo asoluo de conhaque a 30%, duas gotas da soluo-estoque de cada essncia

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    floral, ou quatro gotas da soluo-estoque do composto Rescueremedy.

    Homogeneizar a soluo com movimentos suaves e est pronto o floral.

    3.5 COMO INDICAR OS REMDIOS FLORAIS

    O terapeuta deve comear fazendo entrevista na qual perceba o estado

    emocional do paciente e qual situao est vivendo naquele momento. Os estados

    fsicos no so considerados, o importante descobrir como a pessoa est reagindo

    emocionalmente aos seus problemas, e quais estados emocionais negativos ela

    apresenta neste momento.

    3.5.1Como iniciar uma entrevista

    Segundo MechthildScheffer, algumas regras bsicas para a entrevista:

    O paciente meu semelhante, ele est no centro do dilogo e deve ser

    aceito tal como e como est neste momento.

    Meus padres de valores precisam ficar em segundo plano. Apesar da

    empatia, o curador deve permanecer na posio de observador. Como a terapia

    floral lida com os sentimentos, nem sempre fcil manter a disciplina interior de

    modo a no reagir emocionalmente aos relatos do paciente.

    Argumentaes, interpretaes, julgamentos, conselhos e perguntas

    que induzam o paciente devem ser totalmente evitados, pois levariam a entrevista

    para o nvel racional sem permitir que a verdadeira situao emocional fosse

    observada. possvel que o paciente os pea explicitamente, no final da entrevista.

    Nesse caso, pode-se encerrar o dilogo transmitindo ao paciente, de modo sucinto,

    apenas os nossos valores baseados na prtica individual o que vem indicar mais

    uma vez a necessidade da experincia pessoal na terapia floral.

    Deixar o paciente falar livremente sobre o problemae anotar as

    impresses. Uma experincia que sempre se confirma na terapia floral de Bach

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    que o paciente, nas cinco ou seis primeiras frases, fala sobre os problemas que mais

    o perturbam no momento e mais bloqueiam sua energia psquica. Com isso, o

    curador experiente j identifica de imediato de 70% a 80% das essncias floraisnecessrias.

    Para os terapeutas iniciantes, que sentem dificuldade em entrevistar, um

    bom instrumento de diagnstico so os questionrios. Nos prximos mdulos

    detalharemos cada uma das essncias florais, e no mdulo final daremos um

    exemplo de questionrio simples, que pode ser aplicado rapidamente.

    3.5.2 Dosagem e posologia dos remdios florais

    A regra geral tomar quatro gotas, quatro vezes ao dia. Como esta uma

    terapia vibracional, o peso e a idade de quem vai tomar os florais so irrelevantes.

    Assim, a dosagem-padro para crianas, adultos e idosos a mesma: quatro gotas,

    quatro vezes ao dia. Em situaes de crise emocional, como um acidente, morte na

    famlia, crises de pnico e outras, pode-se inicialmente tomar quatro gotas do

    composto floral vrias vezes ao dia. Quando se sentir melhor, voltar para a

    posologia padro: quatro gotas, quatro vezes ao dia.

    3.5.3 Quantas flores podem ser indicadas de uma s vez

    Na terapia floral, raramente se indica uma s flor, geralmente feito um

    composto, um buqu. Observando qual a qualidade de que o paciente mais

    necessita naquele momento, o terapeuta indica uma essncia principal e algumas

    outras de apoio. Pode-se associar no mesmo frasco at seis ou sete essncias

    florais.

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