m04 florais de bach

26
AN02FREV001/REV 4.0 100 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE FLORAIS DE BACH Aluno: EaD Educação a DistânciaPortal Educação

Upload: ivan-sousa

Post on 01-Feb-2016

247 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Módulo 4 do Curso de Florais de Bach

TRANSCRIPT

Page 1: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

100

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação

CURSO DE

FLORAIS DE BACH

Aluno:

EaD – Educação a DistânciaPortal Educação

Page 2: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

101

CURSO DE

FLORAIS DE BACH

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada.É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

Page 3: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

102

MÓDULO IV

6 REMÉDIOS PARA OS QUE SENTEM DESINTERESSE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS 6.1 CHESTNUT BUD (AESCULUS HIPPOCASTANUM)

FIGURA 31 – AESCULUS HIPPOCASTANUM

FONTE:Disponível em:

<http://www.flowersociety.org/images/Chestnut-Bud.jpg.> Acesso em: 20 jun. 2009.

Este floral é feito do broto da árvore White chestnut, da qual nascem botões

lustrosos com a camada externa resinosa de 14 escamas imbricadas, que envolvem

tanto a flor quanto as folhas. O broto está associado ao início de um aprendizado,

pois dele nascerá uma flor da qual será feito outro floral de Bach. A florada ocorre

em abril e maio. A preparação deste dá-se pelo método da fervura.

As virtudes de chestnut bud são o aprendizado e a capacidade de

materialização a partir das experiências da vida.

Page 4: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

103

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

As pessoas no estado negativo de chestnut bud têm dificuldadepara

aprender com experiências; a falta de observação das lições da vida traz uma

consequente necessidade de repetição. O motivo pode ser a indiferença ou total

falta de observação. As pessoas chestnut bud têm dificuldade de fazer avaliações de

uma situação e utilizar as experiências do passado para tomar decisões. Em vez

disso, sentem vontade de entrar em novas aventuras, na base da tentativa e erro, o

que lhes traz frequentemente o fracasso. Quando finalmente adquirem

conhecimento suficiente para se sair bem de uma determinada circunstância,

estarão livres de repetir as situações.

Características que chamam atenção:

Os erros repetem-se muitas e muitas vezes, assim como os argumentos, os

acidentes, etc.;

Frequentemente se esquece das tarefas rotineiras – é distraído e desatento;

Parece muito lento em aprender com a vida, seja por falta de interesse,

indiferença, pressa interior, seja por falta de observação;

As doenças se repetem, como crises de enxaqueca, amigdalites de repetição,

gastrites que surgem sempre diante das mesmas pressões no trabalho;

Crianças que, apesar de advertidas, vivem se esquecendo de levar o lanche da

escola, escrevem de forma errada as mesmas palavras em um ditado;

Alunos de aprendizado lento, com bloqueios mentais, dificuldade no

desenvolvimento.

Page 5: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

104

Transformação potencial

Começam a aprender com a própria experiência e com a dos outros, distanciam-

se de si, e isso lhes permite verem-se como as veem os outros. Nessa base,

novas coisas podem ser aprendidas;

Observam detalhadamente todos os acontecimentos, especialmente os erros que

se manifestam; tendem a manter sua atenção no presente, adquirindo

conhecimento e sabedoria a cada experiência. São pessoas que observam e

aprendem com os outros.

Afirmações

“Eu aprendo a observar os padrões na minha experiência de vida”.

“Eu sou uma alma em evolução espiritual”.

“Eu aprendo alguma coisa nova com cada experiência”. (KAMINSKI e KATZ, 1991).

Caso clínico

Homem, 30 anos. Embora esse caso seja o de um paciente que interrompeu seu tratamento, considero importante apresentá-lo pela conhecida razão de que os erros costumam deixar grandes ensinamentos. Consultou-me porque há cinco meses tem uma úlcera duodenal, razão pela qual sofreu um sério episódio de hematêmese, que afortunadamente cedeu com tratamento clínico. Sendo a úlcera duodenal um clássico quadro de medicina psicossomática, seu médico clínico (alopata), muito criteriosa-mente, encaminhou-o a um psicanalista. Compareceu a meia dúzia de sessões e logo abandonou o tratamento “porque não tinha vontade de pensar”, segundo me disse. Um colega encaminhou-o para que se tratasse com o sistema Bach. Antes de vê-lo, registrei nele o estado mental correspondente a impatiens, já que sua impaciência levou-o a entrar em meu consultório antes que o chamasse, enquanto eu ainda estava ocupada com outro paciente. Na consulta, me diz que sofre de insônia. Adormece e em dez minutos acorda angustiado e inquieto. Toma regularmente psi-cofármacos, além da medicação prescrita para sua úlcera. Há dez dias anda deprimido. Quando lhe perguntei qual poderia ser a causa de sua depressão, respondeu: “Não sei, me nego a pensar”. Durante seu relato, faz piadas e ri de seus sintomas (agrimony).Quando lhe pergunto sobre sua infância, diz que foi normal. Ao pedir-lhe mais detalhes, conta que seu pai

Page 6: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

105

faleceu quando ele tinha 7 anos. Sua mãe casou-se novamente em pouco tempo e nunca foi muito afetuosa com ele. Na infância e na adolescência, passou por vários colégios; em alguns esteve interno. Quando adulto, viveu em vários países, exercendo diversas profissões, sem ter muito claro o porquê de tantas mudanças. Sempre foi muito ansioso e não tolera a solidão. Por algum tempo, fumou maconha assiduamente (agrimony). Trabalha atualmente em uma empresa importante, mas está planejando ir novamente viver em outro país e fazer outra coisa. A impaciência que eu já havia diagnosticado assim que o paciente chegou confirmou-se na consulta. A insônia que descreve é uma típica insônia de agrimony, remédio que corresponde também aos seus antecedentes: haver fumado muita maconha, pouca tolerância à solidão e suas piadas sobre seus sintomas durante a entrevista. Além disso, me disse que é muito sensível à influência dos outros e que capta todas as suas emoções: “Sou uma esponja”(walnut). Prescrevo uma fórmula composta de agrimony, impatiens e walnut,para que tome quatro gotas a cada três horas, mais ou menos, ou seja, seis vezes ao dia, e marco nova consulta para o mês seguinte. Pouco antes da data da segunda consulta, fico sabendo, pelo colega que o encaminhou, que o paciente anda muito bem. Dorme bem, abandonou os psicofármacos e diminuiu sua medicação antiulcerosa. Digo-lhe que ele não deve abandonar sua medicação nem faltar à segunda consulta. O paciente não compareceu à segunda consulta. Novamente fico sabendo, por meu colega, que ao terminar a medicação voltaram as angústias, a insônia e os sintomas de úlcera. Não voltei a vê-lo. Ao refletir sobre esse tratamento frustrado, dei-me conta do erro que cometi. Não registrei no paciente o estado mental chestnut bud e, relendo minhas anotações, percebi que aparecia com bastante clareza. Efetivamente, o primeiro dado que me levou a pensar em chestnut bud foi a resistência a pensar. Abandonou o tratamento psicanalítico “porque não queria pensar”. Quando lhe pedi que refletisse sobre sua depressão, respondeu-me: “Não sei, me nego a pensar”. Inter-pretei essas respostas como uma característica de agrimony, quando na realidade eram de chestnut bud. O segundo dado que deveria terme orientado era a história prévia do paciente, em que o vemos mudando permanentemente de moradia e de trabalho, não porque estivesse insatisfeito e buscasse novos horizontes, como wild oat, mas porque vivia agitado e queria passar de uma experiência a outra sem se contatar com o presente na sua totalidade, correndo, por assim dizer, atrás de um futuro ilusório. Finalmente, ao não comparecer à segunda consulta, depois de um mês de tratamento bem-sucedido, mostra a dificuldade de aproveitar uma experiência positiva, e isto confirma inteiramente o diagnóstico do medicamento. Este caso mostra a importância de um interrogatório cuida-doso a fim de se fazer o diagnóstico diferencial do medicamento, que em alguns casos é tão simples, e em outros tão complicados. (PASTORINO, 1992).

Page 7: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

106

6.2 CLEMATIS (CLEMATIS VITALBA)

FIGURA 32 – CLEMATIS VITALBA

FONTE: Disponível em:<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/florais-de-bach/clematis.php. Acesso em: 20 jun. 2009.

A virtude de clematis é o ancoramento no tempo presente.

As pessoas que necessitam de clematis são muito criativas e inteligentes,

porém encontram dificuldade de concretizar seus sonhos, porque estão em

constante devaneio, vivendo o futuro em pensamento.

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

Nas pessoas no estado negativo de clematis é frequente encontrarmos um

olhar vago e perdido, indiferença, desatenção, preocupação, tendência ao devaneio

e sonolência. Dormem muito e têm uma palidez marcante, são sonhadoras e des-

ligadas, vivem mais em seus pensamentos do que nas ações.

Falta-lhes concentração, pois seu interesse pelas coisas do presente, e

muitas vezes pela própria vida, é apenas parcial, evitam as dificuldades ou as coisas

desagradáveis, deixando vagar sua atenção e refugiando-se em um mundo ilusório

Page 8: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

107

e irreal. Quando atravessam momentos difíceis, fecham-se mentalmente em um

mundo de fantasias e preferem ficar sozinhas, com seus pensamentos. Quando

adoecem, esforçam-se muito pouco para melhorar – têm fraco interesse pela vida.

São alunos de memória fraca, que “viajam na maionese”, olham para o

professor, mas não o veem, estão com o pensamento distante, raramente se

incomodam em escutar ou lembrar o que foi dito. Podem até mesmo passar por um

amigo na rua sem reconhecê-lo, quando perdidos nos próprios sonhos.

A falta de atenção pode somatizar distúrbios nos olhos e ouvidos, pois esses

órgãos estão sendo utilizados apenas para ver e ouvir internamente. O indivíduo do

tipo clematis é muito sensível e sujeito a influências desfavoráveis do meio, tem a

“aura porosa”, pode sentir e absorver energias negativas do ambiente. “Clematis é o

remédio contra a perda dos sentidos, estados de coma ou qualquer tipo de

inconsciência, pois todas essas condições indicam perda de interesse, imposta ou

não pelas circunstâncias, em relação ao presente”. (CHANCELLOR, 1995).

Características que chamam atenção

Perdido nos seus pensamentos, distraído, sonha acordado, é fantasioso;

Nenhum interesse agudo pela situação presente – vive mais em seu próprio

mundo de fantasia;

Idealista, deseja um futuro melhor, mas como o interesse pelo presente é

indiferente, tem muita dificuldade de realizar os sonhos e atingir seus objetivos;

Reage com a mesma indiferença às boas e às más notícias;

Experimenta facilmente a sensação de mãos e pés frios ou “mortos”, ou a de

vazio na cabeça, flutuação, não raro sentindo-se dopado, como anestesiado.

Desfalece com facilidade, tendência para desmaiar;

Memória fraca, não tem o sentido do por menor porque, desinteressado, não se

esforça para prestar a devida atenção;

É muito criativo e tem dons artísticos, mas pela dificuldade em lidar com o lado

prático da vida acaba exercendo atividades comuns, apenas para subsistência.

Page 9: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

108

Transformação potencial

Tornam-se pessoas com vivo interesse por tudo, com mentes sensíveis e

inspiradas;

Decidem dar à criatividade umas expressões materiais, sendo escritores, artistas,

atores, curadores com grande entusiasmo pelo dia a dia, por conseguir apreciar

o grande propósito que existe por trás dela.

Afirmações

“Minha missão relaciona-se com o aqui e agora concreto”.

“Estou pondo em prática minhas aspirações”.

“Estou percebendo cada vez mais as conexões do mundo interior com o exterior”.

(SCHEFFER, 1997).

Caso clínico Paciente de 26 anos, arquiteto. Queixas: sensação de corpo estranho na garganta; dores nas costas depois de um acidente de moto. Anamnese:o paciente sofre há cerca de um ano de problemas na garganta, ou seja, tem a sensação de que há um fragmento ou caco de vidro na garganta. Aos 17 anos, foi operado das amígdalas, e há dois anos, sofreu um acidente de moto, a partir do qual sente sempre dores nas costas;azia éfrequente. O paciente trabalha como arquiteto na firma do pai, com quem tem um bom relacionamento. É filho único e teve uma juventude normal, já quando criança era um sonhador; vive ainda hoje no mundo da fantasia. Diagnóstico: dores nas costas depois do trauma do acidente; sensação de corpo estranho na garganta (a medicina ortodoxa nada descobriu). Primeira associação floral de Bach em 13/11/1990 Clematis – é distraído, está sempre devaneando. Chestnut Bud – encontra continuamente as mesmas dificuldades (sempre se envolve com falsos amigos). Holly – suspeita de que há algo negativo por trás de muitas coisas. Impatiens – forte necessidade de independência. Mustard – ocasionais humores depressivos, sem saber o porquê. Vervain – não consegue suportar injustiças. Transcorrer da terapia: Na primeira semana de ingestão das essências florais, teve sonhos turbulentos, com conteúdo onírico confuso e diversificado. Depois de cada ingestão, os problemas da garganta

Page 10: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

109

desapareceram por algumas horas; depois surgiu forte comichão na garganta. Os sentimentos negativos foram solucionados. Segunda associação floral de Bach em 26/11/1990 Clematis – devaneios. Impatiens – está um pouco impaciente, a necessidade de independência ainda persiste. Mustard – humor melancólico. Elm – sente-se sobrecarregado na firma. Beech – a tolice dos outros o irrita. Gorse – más experiências o tornaram resignado. Por desejo do paciente, repetiu-se a primeira associação a partir de 10/12/1990. Transcorrer da terapia: Menos devaneios, tornou-se mais consciente da realidade. Mais compreensão para com os outros, não somente pensamentos negativos. Ainda tem, de vez em quando, humores depressivos. Agora consegue diferenciar as obrigações profissionais das necessidades pessoais, e não se sente mais sobrecarregado. Terceira associação floral de Bach a partir de 3/1/1991 Chestnut Bud – ainda tem a sensação de encontrar as mesmas dificuldades. Impatiens – o paciente sente-se mais tranquilo, mas ainda não o suficiente. Essências florais escolhidas espontaneamente pelo paciente: Gorse - disposição resignada. Cerato – falta de confiança na própria capacidade. Centaury – o paciente sente-se explorado, bonzinho demais. Transcorrer da terapia: O paciente está agora em condição de aprender com seus erros. Afastou-se totalmente do antigo círculo de amizades, para não ser mais usado por esses “amigos”. Preocupa-se demais com o pai, que foi hospitalizado para uma operação séria. Quarta associação floral de Bach em 21/1/1991 Red chestnut – preocupação excessiva com o pai. Agrimony – por ter medo de conflitos, o paciente esconde pensamentos perturbadores por trás de uma máscara de excessiva alegria. Gorse - estados de resignação. Cerato – falta de confiança no próprio julgamento. Transcorrer da terapia: A preocupação com o pai normalizou-se. O paciente tenta impor sua vontade. Ele está mais confiante em si, sente que os outros já não levam tanta vantagem sobre ele como antes. Ele tem certeza de que algumas coisas precisam ser modificadas e encara essas mudanças com muito otimismo. Quarta associação floral de Bach em 18.03.91 Crab Apple – luta por uma nova ordem. Walnut – para ajudar no novo começo. Hornbeam – contra o “cansaço mental”. Transcorrer da terapia: O paciente se sente muito bem, consegue se defender melhor, aceita os fatos com mais descontração. Agora conhece sua posição, está muito satisfeito com seu “estado de ânimo”. No geral, adotou uma posição positiva diante da vida. Os problemas da garganta diminuíram. Pode-se deduzir que, à medida que a sua alma recuperar o equilíbrio, os problemas da garganta desaparecerão paulatinamente. Encerramento da terapia: Controle em 9/04/1991 – o paciente não tem mais problemas na garganta e sente-se muito bem. As dores nas costas melhoraram um pouco, mas o paciente não as considera mais tão importantes – não se queixa delas. (SCHEFFER, 1999).

Page 11: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

110

6.3. HONEYSUCLE (LONICERA CAPRIFOLIUM)

Honeysucle é uma trepadeira vigorosa, que floresce de junho a agosto. A essência floral é preparada pelo método de fervura. “A virtude de honeysucle é viver o presente, considerando o passado como experiência e sabedoria”(BARTOLO, 1993).

FIGURA 33 – LONICERA CAPRIFOLIUM

FONTE: Disponível em: <http://vidanatural.fortunecity.com/honeysuckle.html.>

Acesso em: 21 jun. 2009.

“Trata-se do medicamento para se remover da mente as penas e as dores do passado, para neutralizar todas as influências, todos os anseios e desejos do passado, devolvendo-nos ao presente. Viver no passado, quando se trata de um estado mental, não é uma disposição que se limita aos idosos, embora seja mais do que natural que os pensamentos destes se voltem para as lembranças agradáveis dos anos passados, dos amigos e experiências de sua mocidade”. Dr. Bach (BARTOLO, 1993).

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

No estado negativo de honeysucle, o indivíduo volta-se para o passado,

nostalgicamente relembra “os bons tempos”. Escapa do presente com a sensação

de remorso pelo que deixou de fazer ou de saudades pela felicidade que viveu.

“Especialmente durante períodos de infortúnio, aborrecimento ou tristeza, a mente pode voltar-se para a lembrança de um amigo perdido ou para as ambições jamais satisfeitas. Em tais condições, o indivíduo poderá perder seu interesse pelo presente, deixando de fazer o mínimo esforço no sentido de enfrentar as dificuldades existentes; o corpo deve encarregar-se da luta

Page 12: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

111

travada no presente, enquanto a mente revive o passado, sem contribuir para o bem-estar do corpo. Cria-se, assim, um estado desarmonioso de semiestagnação, que impede o fluxo das forças vitais. Enquanto a mente se volta para trás, acompanhada de medo, ansiedade ou tristeza, o corpo está sendo consumido pelo fogo do presente, mantendo-se petrificado com respeito à vida que está pela frente”. (CHANCELLOR, 1995).

Tanto honeysucle quanto clematis não se interessam pelo presente e não

vivem no aqui e agora. A diferença é que honeysucle foge para o passado e não

espera nada de positivo do presente nem do futuro, enquanto clematis foge do

presente para uma vida de fantasia, à espera de um futuro melhor.

Características que chamam atenção

Refere-se constantemente ao passado na conversa com os outros;

Glorifica o passado, rememora melancolicamente os bons velhos tempos;

Não consegue recuperar-se da perda de uma pessoa amada (pai, filho, cônjuge);

Às vezes, as lembranças da infância são inusitadamente pobres;

Não consegue esquecer certo acontecimento do passado, lamenta haver perdido

oportunidades.

Transformação potencial

Torna-se capaz de aprender com as experiências do passado, mas não se prende

a elas;

Aceita a mobilidade da vida e as mudanças, valorizando o passado e apreciando o

presente;

Pode ser capaz de trabalhar com o passado, como arqueólogos, historiadores,

antiquários.

Page 13: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

112

Afirmações

“Eu aprendo com o passado, enquanto o deixo ir”.

“Eu estou centrado em minhas atividades presentes”.

“Eu dedico minha presença plena a este mundo agora”. (KAMINSKI E KATZ, 1991).

Caso clínico

Homem, 35 anos. Este homem, sem saber o porquê, foi ficando depressivo e não conseguia mais trabalhar. Tinha insônia e, ao amanhecer, seu coração disparava e suas mãos transpiravam. Havia se calado durante muitos anos, modificou seu comportamento somente para manter a ilusão de uma família e um casamento seguro. Sofreu muito com a morte do pai e, embora não tivesse demonstrado seu sofrimento à época, sentia necessidade de falar sobre isso. Indicou-se honeysucle para aliviá-lo das recordações do passado e possibilitar seu crescimento e cura no presente. Depois de um mês, sem que fosse necessário trabalhar essa dor em terapia, sua depressão havia passado, mas os outros sintomas ainda persistiam. Indicou-se Honeysucle + Star ofBethlehempara a perda do pai. Após um mês foi possível trabalhar seu passado e ele se sentiu tão bem como há muito tempo. (BARTOLO, 1993).

6.4. MUSTARD (SINAPSIS ARVENSIS)

FIGURA 34 – SINAPSIS ARVENSIS

FONTE: Disponível em:<http://vidanatural.fortunecity.com/mustard.html.>

Acesso em: 21 jun. 2009.

Page 14: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

113

É uma planta anual, de 30 cm a 60 cm de altura, de flores amarelas em

espigas, de maio a junho. A essência floral é preparada pelo método da fervura.

As virtudes de mustard são a alegria e a serenidade

Segundo o dr. Bach, quem toma mustard tem a sensação de despertar-se

lentamente de um sono escuro e pesado.

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

No estado negativo de mustard, as pessoas sentem-se profundamente

deprimidas, de um momento para outro, como se descesse uma nuvem negra sobre

elas. É uma melancolia quase desesperada e desalentadora, sem que haja nenhum

motivo para justificá-la. O estado mustard corresponderia ao das depressões

endógenas da psiquiatria clássica, aparece e desaparece sem explicação, porém,

enquanto se mantém, ela envolve a pessoa como uma nuvem negra que encobre

todo o prazer e a alegria de viver.

Trata-se de uma depressão que tira o interesse pela rotina diária, a pessoa

sente-se sem energia nem vontade de fazer absolutamente nada, ocorre redução de

energia, de modo que todas as funções são reprimidas. O indivíduo torna-se lento,

sem ímpeto, e sua percepção ao que acontece ao redor é reduzida, pois todos os

seus pensamentos voltam-se para ele mesmo. A pessoa sente-se imobilizada,

isolada do mundo por uma camada de desespero, sem conexão com o mundo

exterior.

Características que chamam atenção

Sentimentos melancólicos e depressivos chegam de repente, sem que exista um

motivo claro, de um momento para outro, envolvendo a personalidade como uma

Page 15: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

114

nuvem negra;

Não vê nenhuma condição lógica entre essa condição e o resto de sua vida;

Não há como esconder dos outros este estado de espírito e, apesar de argumentar

consigo mesmo que não há motivo para esta melancolia, não consegue sair dela;

Tem medo das crises depressivas, porque é incapaz de fazer alguma coisa para

debelá-las.

Transformação potencial

Uma alegre serenidade interior, jovialidade e estabilidade que as acompanham

tanto nos dias cinzentos quanto nos ensolarados;

Ainda veem as nuvens negras, mas já não se deixam deprimir por elas.

Afirmações

“Sinto-me cheio de alegria”.

"Estou me erguendo para a luz”.

"Meu coração sente-se livre e feliz”.

"Sou grato pelas horas de dor”. (SCHEFFER, 1997).

Caso clínico

Tratamento de uma crise depressiva no contexto de uma psicose maníaco-depressiva unipolar existente há duas décadas (Brasil). Paciente de 62 anos, funcionária pública. Anamnese e estado de saúde: desde os 40 anos de idade a paciente sofre de crises de depressão. Durante os vinte e dois anos dessa doença, ela já passou por incontáveis crisessem nenhuma razão aparente e com certa regularidade, e geralmente têm curta duração. Ela não tem vontade para nada, é totalmente desmotivada, sente-se vazia e não mostra nenhum ímpeto interior. Vê o mundo descolorido, como se uma imensa nuvem escura o eclipsasse. Seus pensamentos são amedrontadores. Ela só pensa na morte, não aguenta mais. Conversar a deixa tensa; ela sofre muito com essa situação. A paciente conta que tem uma família saudável e

Page 16: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

115

feliz e também que está totalmente satisfeita em sua vida profissional – ela não vê nenhuma razão para esses sentimentos depressivos. Diagnóstico: psicose maníaco-depressiva unipolar. Terapia até o momento: alopática (além da terapia cerletti). Depois da última crise, foi tratada durante cinco semanas com doses diárias de 150 mg de Clomipramin

®

(antidepressivo tricíclico). Durante esse período, sentiu-se melhor. Primeira associação de florais de Bach: Mustard –fases de profunda tristeza; Gorse – resignação; White Chestnut–pensamentos recorrentes. Tratamento suplementar: Clomipramin

®, doses diárias de 50 mg.

Transcorrer da terapia: depois de duas semanas, a paciente sente-se um pouco melhor: conta que está começando a ter esperança. Passadas cinco semanas, todos os sintomas desaparecem. A paciente sente-se bem e voltou a assumir suas tarefas profissionais e familiares. Observação: Este caso ilustra uma experiência bastante frequente: no caso de pacientes com doenças psíquicas, a combinação da terapia floral de Bach com os neurolépticos usuais permite-nos alcançar bons resultados, geralmente em menos tempo e com dosagens menores. (SCHEFFER, 1999).

6.5 OLIVE (OLEA EUROPAEA)

FIGURA 35– OLEA EUROPAEA (ÁRVORE) FIGURA 36– OLEA EUROPAEA

(FLOR)

FONTE: Disponível em: <http://luzcardoso.blogspot.com/2008/08/oliveira-olea-

europaea.html.> Acesso em: 21 jun. 2009.

FONTE: Disponível em:

<http://vidanatural.fortunecity.com/olive.ht

ml.> Acesso em: 21 jun. 2009.

Page 17: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

116

A oliveira, nativa do Mediterrâneo, é uma árvore pequena, de 5 m a 15 m de

altura, permanece verde durante todo o ano, e floresce durante a primavera. A

essência floral é preparada pelo método solar. A inflorescência é o conjunto de 20

até 30 florezinhas brancas.

As virtudes de olive são a capacidade de regeneração e restauração da paz e

do equilíbrio.

“A oliveira beneficia a humanidade através de suas folhas, de sua casca, de seus frutos e da madeira de seu tronco. Ela foi sempre o símbolo da paz e da harmonia. Este remédio, preparado a partir das flores da oliveira, tem o poder de restituir a paz à mente cansada e fortalecer o corpo, quando este se encontra exaurido pelo sofrimento. É o remédio para os que sofreram por um longo período em condições adversas ou que tiveram alguma enfermidade prolongada e penosa que lhes tenha absorvido a vitalidade; suas mentes tornam-se enfraquecidas e exauridas, enquanto sua reserva de forças se esgota”. (CHANCELLOR, 1995).

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

As pessoas no estado negativo de olive sentem-se tão cansadas que têm

vontade de sentar e chorar, se alguém lhes pede para fazer mais alguma coisa.

Geralmente são pessoas de vida muito ativa, com tantas obrigações e tarefas que

lhes resta muito pouco ou nenhum tempo para o lazer e o descanso. Como

trabalham até o esgotamento, não têm nenhuma reserva de energia e estão sempre

cansadas. Tudo se transforma em um enorme esforço e deixam de sentir prazer de

trabalhar ou passear, desligam-se de atividades que gostavam de fazer no passado.

O cansaço de olive é diferente do de hornbean. Hornbean tem uma fadiga

mental, incerto sobre se vai levantar da cama e cumprir suas obrigações rotineiras,

mas depois que começa o dia consegue cumprir suas tarefas. Olive não se sente

completamente exaurido em suas forças, sente que não consegue dar mais nem um

passo.

Page 18: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

117

Características que chamam atenção

Exaustão que se segue a um longo período de tensão ou doença física. Olive

auxilia na convalescença de doença prolongada;

A pessoa perde o interesse por fazer coisas que antes gostava, por puro cansaço.

Este sintoma pode ser confundido com depressão;

Não lhe sobraram reservas, sentem-se completamente sem forças, acabada;

Cansaço interior profundo depois de períodos de grande luta e transformação

internas, que gastaram muitas energias psíquicas;

Exaustão após longo período dedicando-se ao cuidado de pessoas doentes na

família;

Sente necessidade de dormir muito, porém não recupera energia.

Transformação potencial

Restauração da vitalidade, da força e até mesmo do interesse pela própria vida;

Deixam de apoiar-se no esforço pessoal para vencer suas dificuldades, confiam

completamente na orientação interior e, dessa maneira, são capazes de enfrentar

até exigências extremas com jovialidade.

Afirmações

“Peço força para fazer o que tenho de fazer”.

“Sinto a energia cósmica fluir dentro de mim”.

“Reconheço as necessidades do meu corpo”. (SCHEFFER, 1997)

Page 19: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

118

Caso clínico

Mulher, 60 anos, viúva. Era, por natureza, uma pessoa ativa e enérgica, inclinada a abusar das próprias forças. Nos últimos três anos, tomara conta do bebê de sua filha enquanto esta trabalhava, encargo que a levou ao ponto da exaustão. A paciente tivera uma vida difícil. O marido havia falecido depois de uma enfermidade prolongada, de modo que ela precisava garantir o próprio sustento para ajudar a filha. Ao procurar-nos, estava à beira do esgotamento total, além de cuspir sangue havia meses. Nutria mágoas por diversas coisas, embora, como ela própria admitiu, não houvesse razão para isso. Prescreveu-se Olive contra sua exaustão, Willow contra sua mágoa e Crab Apple para limpar seu organismo das toxinas da fadiga. Depois de tomar os remédios por um mês, informou que não cuspia mais sangue e que, apesar de ainda cansada, sentia-se muito menos magoada. Prosseguiu tomando os remédios por mais dois meses. Neste período, reapareceu sangue na saliva, mas apenas por pouco tempo. Ela contou ter recuperado totalmente as suas forças, sentindo-se novamente uma pessoa feliz e satisfeita. (CHANCELLOR, 1995).

6.6 WHITE CHESTNUT (AESCULUS HIPPOCASTANUM)

FIGURA 37 – AESCULUS HIPPOCASTANUM FIGURA 38 – AESCULUS (ÁRVORE) HIPPOCASTANUM (FLOR)

FONTE:Disponível em:

<http://vidanatural.fortunecity.com/white.html.>

Acesso em: 22 jun. 2009.

FONTE:Disponível em:

<http://vidanatural.fortunecity.com/white.html.>

Acesso em: 22 jun. 2009.

Page 20: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

119

White chestnut é uma árvore de tronco forte e ereto, atinge até os 30 m de

altura e pode viver cerca de 150 anos. Floresce do fim de maio até o começo de

junho, tem flores masculinas e femininas na mesma inflorescência. As masculinas

são menores e ficam acima das femininas. As flores são brancas e salpicadas de

pontos vermelhos e amarelos. A essência é preparada pelo método solar.

As virtudes de White chestnut são a tranquilidade mental e a capacidade de

discernimento

Quando passamos por momentos em que determinada preocupação ou

acontecimento se fixa em nossa mente e em que somos incapazes de evitar a

conversação mental, as discussões continuam mentalmente depois de já haverem

terminado e as palavras que “eu devia ter dito” são mastigadas mentalmente,

necessitamos da tranquilidade mental de White chestnut.

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

As pessoas no estado negativo de White chestnut remoem os pensamentos

e as preocupações, a mente não descansa com pensamentos repetitivos e

desagradáveis, sobre os quais elas não têm nenhum controle, a ponto de não

conseguir dormir discutindo consig..

Se este estado mental persiste por muito tempo, pode desviar a mente da

pessoa do presente, de modo que ela nem consegue escutar o que lhe é dito, perde

a concentração e a capacidade de fixar atenção no que está fazendo, prejudicando

os estudos e o trabalho. Alguns estudantes confundem a dificuldade de atenção de

White chestnut com pouca memória. Este é um dos medicamentos indicados para

dificuldade de aprendizado, quando é detectado este estado mental.

A falta de concentração pode ser perigosa, podendo ocasionar acidentes,

pois o indivíduo está dirigindo enquanto a sua mente não está no presente, e sim,

Page 21: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

120

procurando resolver problemas pendentes enquanto dirige. Tanto White chestnut

quanto clematis estão desligados do presente, mas, enquanto o sonhador clematis

constrói alegres castelos no ar, o torturado White chestnut espreme a mente

discutindo com ele mesmo a solução dos problemas.

Características que chamam atenção

Pensamentos não desejados persistem na mente e não podem ser detidos;

Uma preocupação ou um acontecimento não o deixa, consumindo-lhe a mente;

Pensa no “que poderia ter dito” ou no “que deveria ter dito” e também imagina o

que o interlocutor iria lhe responder;

Reprisa mentalmente os problemas, muitas e muitas vezes, procurando algo que

lhe escapou anteriormente;

Hiperatividade mental. Em consequência disso, carece de concentração na vida de

todos os dias (por exemplo, não ouve quando alguém se dirige a ele);

Não desliga dos problemas do dia e vai dormir preocupado, podendo sonhar com

os problemas ou acordar no meio da noite devido aos pensamentos que lhe andam

na cabeça;

Cansado e deprimido durante o dia, a cabeça dá-lhe impressão de estar cheia;

Devido à congestão mental, pode ter dor de cabeça frontal e nos olhos.

Transformação potencial

A mente torna-se calma e tranquila, é capaz de usar construtivamente os poderes

do pensamento;

Adquire paz interior e encontra a solução para os problemas, pois sua mente está

limpa e clara.

Page 22: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

121

Afirmações

“Eu estou quieto interiormente”.

“Eu sei que as respostas que busco surgem de uma mente silenciosa”.

“Eu estou escutando Deus; Deus fala dentro de mim”. (KAMINSKI E KATZ, 1991).

Caso clínico

Paciente de 35 anos, turco radicado na Alemanha. Anamnese:foi trazido ao meu consultório pela mulher, em 02/08/1991. Ele não estava em condições de responder às minhas perguntas e encontrava-se visivelmente sob o efeito de fortes psicofármacos. Não havia barreiras idiomáticas entre nós – sua esposa é alemã (professora) e ele fala bem o alemão. A anamnese mostrou que ele sofria, já havia alguns anos, de uma crescente mania de perseguição (alegava estar sendo perseguido pelos seus compatriotas, com terrorismo telefônico e ameaças pessoais, nunca contra sua mulher). Diversas internações em clínicas psiquiátricas, sempre recebendo altas doses de psicofármacos. Depois da última internação, em julho de 1990, teve uma séria crise de depressão com tentativa de suicídio. Desde então, ininterruptamente estava em licença de saúde; na época da primeira consulta, a empresa já pensava em demiti-lo, a menos que ele se submetesse a uma terapia para recuperar a aptidão ao trabalho. Recusei essa terapia e sugeri ao paciente um tratamento temporário apenas com florais de Bach. Ele e a mulher concordaram. Diagnóstico: psicose esquizo-afetiva. Estado em 02/08/1991:o paciente está nitidamente lento, não mostra nenhuma reação emocional. Terapia no momento: Taxillan

® 100-100-150, Akineton

® ret. 1-1-1, ingestão

temporária de Haldol® e Truxal

®.

Primeira associação de florais de Bach em 2/8/1991: Aspen – extrema sensibilidade; Cherry Plum – sentimentos reprimidos; White Chestnut – pensamentos à roda; Rescue – estado agudo; Mimulus – medos concretos; Mustard – tristeza (escolha intuitiva.) Transcorrer da terapia: cerca de uma semana depois da ingestão da primeira dose, houve melhora sensível; o medo desapareceu. A partir de 30/08, reduziu-se o Taxillan

® a 100 mg à noite (depois de uma conversa

com o neurologista) e foram abandonados todos os outros medicamentos. Desde 02/09, o paciente está trabalhando quatro horas diárias no antigo emprego. Mas ainda não consegue dirigir seu carro. Estado em 05/09/1991: o paciente está atento e dá respostas espontâneas e seguras; sua irradiação total é mais ativa. Porém, persistem as dificuldades para adormecer e os distúrbios durante o sono. Segunda associação de florais de Bach em 05/09/1991: Chicory, Honey suckle e Red Chestnut – forte simbiose no seu relacionamento emocional com o passado;

Page 23: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

122

White Chestnut – ver acima; Rescue – ver acima (escolha intuitiva.) Transcorrer da terapia e estado em 4/10/1991:o paciente está irreconhecível. Vem sozinho ao consultório e me cumprimenta com um largo sorriso e um alegre “Olá” (não estou exagerando!). Ainda toma Taxillan

® 100

à noite, mas só esporadicamente. O sono se normalizou e ele está trabalhando já há uma semana no terceiro turno da linha de produção. A empresa optou por não demiti-lo. Ele voltou a ser um homem plenamente ativo, dirige seu carro e está planejando passar as férias na Turquia. Terceira associação de florais de Bach em 04/10/1991: Chicory– ver acima; Honey suckle – ver acima; Red Chestnut – ver acima. (escolha feita em conjunto com o paciente.) Transcorrer da terapia e estado em 25/10/1991: diante de mim está um homem totalmente equilibrado, foi plenamente reintegrado ao trabalho, com total capacidade de desempenho. Não toma mais Taxillan

®– seu sono

normalizou-se. Hoje ele só veio ao meu consultório para buscar um novo frasco de florais. O último que lhe receitei está vazio. Ele próprio escolheu a nova associação de florais, seguindo sua orientação interior. Quarta associação de florais de Bach em 25/10/1991: Chicory– ver acima; Larch – falta de sentimento de autovalia; Olive – esgotamento depois de um período de profunda tensão emocional; Vervain – uso excessivo da força de vontade; Willow – sente-se desamparado, uma vítima. Resultado: a esposa do paciente disse-me, no começo de dezembro de 1991, que ele me mandava calorosas lembranças, que se sentia muito bem e estava de novo totalmente apto. (SCHEFFER, 1999).

6.7 WILD ROSE (ROSA CANINA)

FIGURA 39 – ROSA CANINA.

FONTE: Disponível em:

<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/florais-de-bach/wild-rose.php.> Acesso em: 23 jun. 2009.

Page 24: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

123

A partir desta roseira-silvestre, foram cultivadas outras espécies. A roseira-

canina é um arbusto perene, que gosta de crescer ao sol. As flores são brancas,

rosa-pálidas ou rosa escura, com cinco pétalas grandes em forma de coração.

Floresce em junho e julho. A essência é preparada pelo método da fervura

As virtudes de wild rose são a motivação interior e a capacidade de viver a

vida plenamente.

As pessoas que precisam de wild rose são as que sentem não poder

modificar sua situação de vida e seguem, resignadas e apáticas, cumprindo as

determinações alheias.

Sintomas devidos ao bloqueio de energia

As pessoas no estado negativo de wild rose desistiram de lutar, resignaram-

se à sua enfermidade, ao seu trabalho frustrante ou à monotonia da vida. Não se

queixam, mas também não se esforçam por melhorar, por encontrar outra ocupação

ou por desfrutar dos prazeres simples da vida, acreditam que seu destino é suportar

as condições que os importunam.

São os pacientes que aceitam ter de conviver com doenças dolorosas e

acreditam que vão acabar se acostumando, não procuram alternativas de

tratamento, recebem um veredicto e o aceitam. Não percebem que o poder para

alterar ou eliminar as condições adversas da vida está em suas próprias mãos.

Assim, elas normalmente passam pela vida impermeáveis à alegria e ao prazer.

Estas pessoas têm dificuldade em enxergar que foram elas que criaram as

situações difíceis nas suas vidas, que as alimentaram e sustentaram, e, portanto,

também podem modificá-las. Estão sempre cansadas; falta-lhes vitalidade e são

companhias aborrecidas.

Page 25: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

124

Não apenas desistiram voluntariamente da luta, mas estão de certo modo

satisfeitas consigo por agir assim, acreditam que assim é que deve ser. Não sofrem

de depressão, mas de falta de ambição e desejo de crescimento, estão passivas,

resignadas e apáticas.

Características que chamam atenção

Desistiu no íntimo, embora as circunstâncias não sejam tão desesperadoras nem

tão negativas;

Não sente absolutamente nenhuma alegria na vida e tampouco alguma motivação

interior, desistiu de se esforçar para atingir mudanças em sua vida;

Fatalmente conformado com tudo, aceita o próprio destino – a vida doméstica

infeliz, o emprego insatisfatório, a doença crônica, etc.;

Cronicamente entediado, parece exausto, indiferente e vazio;

Não se queixa do próprio estado, pois o considera perfeitamente normal, vegeta

apaticamente.

Transformação potencial

Transformam-se em pessoas dotadas de grande interesse em todos os

acontecimentos, mesmo os mais rotineiros, o que lhes traz vitalidade;

Enfrentam as dificuldades da vida com espírito de luta, passam a enxergar as

oportunidades buscando as mudanças.

Page 26: M04 Florais de Bach

AN02FREV001/REV 4.0

125

Afirmações

“Posso sentir a vida tornando-se mais interessante e bela”.

“Estou desenvolvendo programas novos e positivos”.

“Faço jus a tudo o que desejo na vida”. (SCHEFFER, 1997).

Caso clínico

Homem, 40 anos. Era, por natureza, um indivíduo quieto e reservado, in-clinado a se manter calado com respeito a si. Não tinha interesse em con-versas nem fazia tentativa alguma em acompanhá-las. Disse ele: “Estou exausto de tudo isso; então, para que me incomodar tentando falar com os outros?” Estava resignado à sua condição física, porém eventualmente “explodia”, ficando tenso e irritado. Trabalhara em um curtume nos doze meses anteriores, até que lhe surgiram algumas marcas vermelhas, inicialmente nos cotovelos, que depois se espalharam por todo o seu corpo. Ficou hospitalizado durante três semanas, não havendo, contudo, melhora alguma. O paciente, então, mudou de emprego. Estava gostando de seu novo trabalho, o problema de pele havia quase desaparecido, quando as manchas voltaram a se manifestar. A intensa irritação mantinha-o acordado durante a noite. Prescreveu-se Wild Rose, o remédio básico, contra seu sentimento de resignação e sua atitude do tipo “para que me incomodar?”, junto com Cherry Plum contra a perda de controle sobre suas emoções reprimidas, Impatiens contra sua irritabilidade e Crab Apple para limpar-lhe o organismo. Logo no primeiro mês, informou-nos que se sentia melhor e que estava dormindo bem novamente, além de acusar melhora no problema da pele; tivera uma única e branda “explosão” nesse período. Passados quatro meses, o paciente informou que estava bem sob todos os aspectos e a irritação da pele desaparecera por completo. Quatorze anos mais tarde, voltou a escrever-nos informando não ter havido recaída alguma em nenhum de seus sintomas. (CHANCELLOR, 1995).

---------------FIM DO MÓDULO IV-----------------