magia de redenção
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Livro esclarecedorTRANSCRIPT
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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RAMATIS
MAGIA DE REDENO
Obra medinica ditada
pelo esprito Ramats
ao mdium Herclio Maes
Magia de Redeno
"Malgrado aos protestos e censuras. das conservadores e descrentes,
insistimos em advertir os terrcolas de que o "feitio" existe, e s as espritos
completamente liberados dos resgates crmicos so invulnerveis aos seus
efeitos".
Ramats
O Grande Arquiteto, de tempo em tempo, envia
Terra mensageiros ousados e fora de rotina, que expem
mensagens construtivas, mas prematuras, as quais, mais
tarde, so consagradas pela opinio da maioria. Assim foram
Crishna, Moiss, Buda, Confcio, Fo-Hi, Jesus, Kardec e
Ghandi, que arriscaram sua estabilidade no cenrio terrcola,
ousando perturbar os viandantes que trafegam tranqilos
pelas "estradas asfaltadas" dos credos e religies certinhas
em direo ao Paraso. Ramats poderia filiar-se linha
convencional das entidades que transmitem para a Terra assuntos j
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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consagrados. Porm, ele deu preferncia a abordar problemas controvertidos,
desmontando as prateleiras arrumadinhas das mentes condicionadas a clichs
tradicionais.
Obra sem paralelo na literatura espiritualista ocidental, "Magia de
Redeno" analisa objetivamente em que consiste a Magia, o significado do
Ritual, os processos tcnicos de enfeitiamento verbal, mental, atravs de
objetos e animais, da aura humana, a produo de enfermidades etc., e antecipa
as concluses da Medicina Ortomolecular sobre o envelhecimento humano e as
enfermidades, ao tratar do enfeitiamento atravs dos metais organognicos.
Herclio Maes
Herclio Maes, mdium de Ramats, nasceu e
viveu em Curitiba, Paran, por 80 anos (1913-1993).
Completou trs anos do curso de Medicina, que
interrompeu por razes de sade, vindo a formar-se
posteriormente em Direito, profisso que exerceu
paralelamente de Contador.
Aos 30 anos, aps ver aflorar sua
mediunidade, teve contato com Ramats, com o qual
possua laos espirituais de remotas eras. Ciente do
compromisso de trabalho assumido antes de seu reencarne, passou a
psicografar atravs da mediunidade intuitiva a srie de obras de Ramats, que
abrange temas inditos e despertadores, de fcil receptividade ao leitor por
apresentar, de maneira acessvel, o conhecimento inicitico milenar.
Universalista e estudioso das mais diversas correntes espiritualistas, Herclio
Maes foi maon, rosacruz e teosofista. Paralelamente tarefa de psicografia,
foi mdium receitista de rara eficincia. Atravs da Radiestesia, em que era
perito, atendia com o receiturio homeoptico gratuito centenas de enfermos
por semana em um pequeno centro esprita de Curitiba. S aceitava, via de
regra, pacientes desenganados da Medicina; os mais necessitados saam com a
prpria medicao fornecida por ele.
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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A legio de casos complexos. exticos e "incurveis" resolvidos com
assistncia de uma equipe de mdicos do espao nunca foi mencionada por
Herclio, cujo trao marcante de temperamento e de vida era a simplicidade.
Caracterizava-se pela ndole generosa e a singeleza espiritual com que acolhia
a todos e encantava auditrios nas palestras que mesclavam conhecimento
transcendental e permanente bom-humor.
Deixou neste plano a esposa, D Eleonora Maes, companheira de todas
as tarefas, trs filhos (Iara, Zlia e Mauro) e vrios netos.
Dedicatria a Walter Lopes
Irmo e amigo, cujas relaes de trabalho cimentaram nesta existncia
um sincero e recproco afeto espiritual.
Curitiba, agosto de 1967
Herclio Maes
OBRAS DE RAMATIS .
1. A vida no planeta marte Herclio Mes 1955 Ramatis Freitas Bastos
2. Mensagens do astral Herclio Mes 1956 Ramatis Conhecimento
3. A vida alem da sepultura Herclio Mes 1957 Ramatis Conhecimento
4. A sobrevivncia do Esprito Herclio Mes 1958 Ramatis Conhecimento
5. Fisiologia da alma Herclio Mes 1959 Ramatis Conhecimento
6. Mediunismo Herclio Mes 1960 Ramatis Conhecimento
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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7. Mediunidade de cura Herclio Mes 1963 Ramatis Conhecimento
8. O sublime peregrino Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento
9. Elucidaes do alm Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento
10. A misso do espiritismo Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento
11. Magia da redeno Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento
12. A vida humana e o esprito imortalHerclio Mes 1970 Ramatis Conhecimento
13. O evangelho a luz do cosmo Herclio Mes 1974 Ramatis Conhecimento
14. Sob a luz do espiritismo Herclio Mes 1999 Ramatis Conhecimento
15. Mensagens do grande corao America Paoliello Marques ? Ramatis Conhecimento
16. Evangelho , psicologia , ioga America Paoliello Marques ? Ramatis etc Freitas Bastos
17. Jesus e a Jerusalm renovada America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos
18. Brasil , terra de promisso America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos
19. Viagem em torno do Eu America Paoliello Marques ? Ramatis Holus Publicaes
20. Momentos de reflexo vol 1 Maria Margarida Liguori 1990 Ramatis Freitas Bastos
21. Momentos de reflexo vol 2 Maria Margarida Liguori 1993 Ramatis Freitas Bastos
22. Momentos de reflexo vol 3 Maria Margarida Liguori 1995 Ramatis Freitas Bastos
23. O homem e a planeta terra Maria Margarida Liguori 1999 Ramatis Conhecimento
24. O despertar da conscincia Maria Margarida Liguori 2000 Ramatis Conhecimento
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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25. Jornada de Luz Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Freitas Bastos
26. Em busca da Luz Interior Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Conhecimento
27. Gotas de Luz Beatriz Bergamo 1996 Ramatis Srie Elucidaes
28. As flores do oriente Marcio Godinho 2000 Ramatis Conhecimento
29. O Astro Intruso Hur Than De Shidha 2009 Ramatis Internet
30. Chama Crstica Norberto Peixoto 2000 Ramatis Conhecimento
31. Samadhi Norberto Peixoto 2002 Ramatis Conhecimento
32. Evoluo no Planeta Azul Norberto Peixoto 2003 Ramatis Conhecimento
33. Jardim Orixs Norberto Peixoto 2004 Ramatis Conhecimento
34. Vozes de Aruanda Norberto Peixoto 2005 Ramatis Conhecimento
35. A misso da umbanda Norberto Peixoto 2006 Ramatis Conhecimento
36. Umbanda P no cho Norberto Peixoto 2009 Ramatis Conhecimento
Sumrio
Invocao s Falanges do Bem 7
Duas palavras, 8
Explicao necessria, 10
Prefcio, 12
Palavras de Ramats, 15
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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1. Consideraes sobre o feitio, 17
2. Enfeitiamento verbal, 30
3. Enfeitiamento mental, 42
4. Enfeitiamento por meio de objetos, 51
5. Enfeitiamento por meio do sapo, 65
6. Enfeitiamento por meio do boneco de cera, 71
7. Enfeitiamento por meio de metais organognicos,
77
8. Enfeitiamento por meio da aura humana, 85
9. O uso do cabelo na feitiaria, 94
10. O mau-olhado, 99
11. O uso de amuletos e talisms, 106
12. Benzimentos e simpatias, 112
13. As defumaes e as ervas de efeitos psquicos, 123
14. A importncia dos ritos, cerimnias e conjuros, 135
15. A influncia das cores na feitiaria, 141
16. Os males do vampirismo, 148
17. O feitio ante os tempos modernos, 169
18. O feitio e o seu duplo efeito moral, 174
Invocao s Falanges do Bem
Doce nome de Jesus,
Doce nome de Maria,
Enviai-nos vossa luz
Vossa paz e harmonia!
Estrela azul de Dharma,
Farol de nosso Dever!
Libertai-nos do mau
carma,
Ensinai-nos a viver!
Ante o smbolo amado
Do Tringulo e da Cruz,
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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V-se o servo renovado
Por Ti, Mestre Jesus!
Com os nossos irmos de
Marte
Faamos uma orao-.
Que nos ensinem a arte
Da Grande
Harmonizao!
Duas palavras
Estimados leitores:
Novamente temos a satisfao de apresentar-vos mais uma obra
medinica do estudioso e sbio esprito Ramats, atravs da psicografia do
conhecido mdium Herclio Maes, de Curitiba. Trata-se de um prodigioso
estudo e anlise de tudo o que se pode conceber na esfera do feitio ou da
velha "bruxaria". No se trata de obra enfermia, lgubre ou prenhe de
supersties; trabalho sensato e esclarecido, capaz de satisfazer tanto o
homem comum, como o cientista mais exigente.
Analisando, esclarecendo e advertindo, Ramats faz uma incurso
destemerosa no complexo cipoal do feitio, e o autopsia corajosamente luz do
dia, liberto de cangas religiosas e descondicionado de estatutos e preceitos
doutrinistas. Paradoxalmente, Ramats comprova a realidade da "bruxaria",
atravs da prpria cincia do mundo, eliminando a superstio que gera o
ridculo e a crendice que gera o anormal. Ele no s satisfaz o leitor, mas o
conforta, demonstrando que em face da Magnanimidade e Sabedoria do
Criador, mesmo sob o guante do "feitio" molesto e ignbil, o homem redime-
se e apressa a sua ascese espiritual, confirmando o prprio titulo significativo
desta obra: Magia de Redeno.
A obra foi prefaciada por conhecido escritor brasileiro, j falecido, que
se identifica pelas iniciais "J. T.", a fim de evitar qualquer contenda intil com
a parentela humana, do qual, a seguir, transcrevemos alguns tpicos do
excelente prefcio: Magia de Redeno mais uma obra ditada por Ramats,
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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abordando um assunto delicadssimo e controverso, como a prtica de
bruxaria. Os povos supersticiosos e apegados s crendices exageram tolamente
a feitiaria; mas os acadmicos e cientistas negam-na, por fora de superstio
negativa e temerosos de desvalorizarem os seus conhecimentos "positivos"
sobre os fenmenos do mundo material.
Ramats penetrou corajosamente no campo de atividade das foras
ocultas subvertidas pelas mentes vigorosas dos magos das sombras.
Enfrentando gregos e troianos, ele expe-se ao ridculo de uns e admirao
de outros; mas, decidido, quebra tabus e sacode dogmas. Suas obras, apesar de
contestadas apressadamente por alguns lderes das elites espritas
conservadoras, ainda temerosos de assuntos complexos e espinhosos, so de
natureza didtica e acessveis mente popular. Tem o odor das coisas agrestes,
de seiva forte, malgrado ser amargosa para os paladares muito aucarados. So
mensagens s criaturas libertas de injunes sectaristas e de preconceitos
religiosos, que se animam de apanhar rosas, onde os velhos e sisudos
jardineiros desistem, por temor dos espinhos!
A est Magia de Redeno, obra corajosa a cuidar de assunto assaz
custico e amargo como o feitio. coisa imprpria de ser comentada entre
os proslitos "sabem tudo", pois obriga a uma incmoda deslocao mental da
paisagem trivial, focalizando calhaus, paus podres, sapos e vboras. O feitio
condimento recusado pelos paladares muito afeitos cozinha comum, pois o
homem habituado a feijo com arroz, arrepia-se diante de uma bacalhoada
superapimentada. A criana amamentada a leite em p entra em estado de
coma com algumas gotas de conhaque.
Existe o feitio? No existe? Que importa? Ramats poupou-nos o
trabalho de fazer tal investigao espinhosa e livrou-nos de muita confuso.
Atravs do seu mdium, criatura despreocupada de crticas, julgamentos
prematuros ou glorificaes do mundo, ele oferece-nos um novo acervo de
esclarecimentos e advertncias sobre a velha arte de "embruxar o prximo",
coisa que a prpria Eva conseguiu satisfatoriamente sobre o ingnuo Ado. A
est a obra para ser autopsiada pelos competentes legistas do labor alheio e
darem o seu veredicto final. Mas, tranqilize-se o leitor, pois ningum ser
"embruxado" s por ler esta obra, salvo se ainda lhe perdura algum velho
desejo latente de "fazer feitio", pois, conforme diz velho adgio: "Quem
deseja perder o vcio de fumar, evite encontrar cigarro aceso!" Alis, todos ns
estamos mais ou menos enfeitiados ou "encantados" em nossa vida humana.
O fumante inveterado est enfeitiado pelo entorpecente da nicotina, o
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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beberro pelo lcool, o carnvoro pela carne e o jogador pelo carteado. Todos
ns precisamos de um bom trabalho de "desmancho", para ento readquirirmos
o nosso comando mental e libertarmo-nos dos "objetos" que nos "embruxam" e
nos obsidiam cotidianamente. H pessoas enfeitiadas pelo orgulho, cime,
pelo amor-prprio ou pelo rancor; outras enfermam pela ao das foras
ocultas da inveja. Por isso, Jesus advertia: "Onde tu estiveres, a estaro tuas
obras!"
E quanto crtica de gregos e troianos, leia-se a histria do mundo! No
so os crticos ou julgadores a priori que injetam, vida ou morte, a qualquer
obra. O povo, com o seu bom senso intuitivo, quem decide a glria ou o
fracasso dos autores. E quanto crena no feitio, isso questo de
oportunidade! H gente que no cr em bruxaria; mas fica aterrorizada, quando
descobre um fio vermelho na bainha da cala, uma coroa de penas de galo no
travesseiro ou um sapo indesejvel a coaxar obstinadamente debaixo da janela
batida pela chuva mida. Cremos que por fora de tal procedimento, a
resposta hbil e cuidadosa de conhecido cientista muito sensato, que assim
disse numa entrevista sobre o feitio: "O feitio uma superstio, com que
certos entendidos conseguem prejudicar o prximo?"
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Explicao necessria
Meus Irmos
Apesar de certa facilidade em psicografar as mensagens espirituais de
Ramats, sempre tive estranha antipatia por esta obra intitulada Magia de
Redeno. H mais de 15 anos que tenho protelado a sua publicao, devido
natureza do seu assunto um tanto desagradvel e complexo. Embora de
formao mstica e filho de me extremamente catlica, acessvel a crenas
mitolgicas e a algumas supersties tradicionais, nutria em mim, at h pouco
tempo, uma invencvel repulsa contra o feitio. Algumas vezes, eu admitia os
absurdos da bruxaria, mas, em seguida, descria, por considerar profunda
humilhao minha categoria de civilizado ocupar-me de semelhantes
fenmenos.
Nasci entre criaturas pobres e inmeras vezes identifiquei o chamado
feitio sob as mais extravagantes manifestaes, coisa comum e freqente nos
cortios, onde se aglomeram criaturas primrias, deserdadas ou frustradas da
sorte. Sem dvida, impressionavam-me os casos de pessoas enfermas, que
readquiriam a sade e at a locomoo, deixando as cadeiras de rodas aps
certos desmanchos de feitiaria processados por pretos velhos, rezadores,
curandeiros, benzedores e entendidos que mandavam abrir travesseiros e
colches ou descobriam mandingas ocultas nos lugares mais incomuns. Cresci
em tal ambiente e a minha crena infantil no feitio foi bastante reforada pelas
histrias e lendas, que ouvia no lar entre a famlia algo supersticiosa.
Mas, ao atingir a maturidade, depois de ter sido sacristo, mentor de
catecismo e mudar-me posteriormente para o protestantismo, fui acometido por
um arras ante ceticismo. A seguir, julguei-me um "leo", que podia libertar-se
facilmente da jaula dos dogmas e preconceitos religiosos. Sacudi a juba de
adolescente, rugindo contra todas as crenas. Eufrico e convicto de ter
descoberto a realidade da vida, proclamava aos quatro ventos o meu ceticismo,
a minha descrena absoluta e o ridculo das msticas humanas! Respirando a
longos haustos o oxignio das novas convices de "homem", rindo e
zombando das devoes e crendices alheias, penetrei no cenrio do mundo
desafiando templos e doutrinas que se nutriam do combustvel da alma imortal,
assim como Dom Quixote se arremessava contra os moinhos de vento!
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Tornei-me ateu! 1 Alis, mais tradicionalmente materialista! E de roldo
l se foram os ouropis e as quinquilharias colhidas na infncia e resguardadas
na mente conservadora, como acontecimentos anticientficos e prprios de
criaturas ingnuas ou primrias. Ria-me, s vezes, sozinho, ao rememorar o
meu temor infantil diante de um sapo de boca costurada ou em face dos
artesanatos dos feiticeiros, que emaranhavam fios, agulhas, resduos, metais e
penas de aves para "enredar" a vida do prximo! Doa-me o corao ante o
sacrilgio s imagens de Cristo, sem braos ou sem pernas, destinadas a
feitios; ou de Santo Antnio, enforcado, jogado nas cisternas de gua, a fim
de arranjar noivo para moa casadoira. E os cachos e punhados de cabelos
tranados com fio vermelho, ornando grotescos bonecos e caricaturas dos
enfeitiados? O feitio era prdigo de imagens em minha infncia. Mas, por
fim, espanquei da mente todos os fantasmas excntricos aderidos
simplicidade da infncia.
Finalmente, passaram-se os anos e a mediunidade manifestou-se em
mim, surgindo Ramats, que logo comeou a interessar gregos e troianos
atravs de suas mensagens inditas, que expunham a vida noutros orbes guisa
de guia de turismo. Aps tantas peripcias, psicografei uma dezena de obras
ditadas por esse eminente esprito, e agora entrego mais esta Magia de
Redeno, cuja publicao retardei 15 anos, at que o esprito de Nh Quim 2
despertou-me dessa indiferena "subconsciente", provinda talvez do meu amor-
prprio, temendo eventual humilhao.
Consideramos a dita obra eletiva s pesquisas e ao interesse dos leitores
simpticos ao seu contedo um tanto esdrxulo; ou ento motivo de censura e
protesto dos lderes de nossa augusta cincia acadmica, a qual vai descobrindo
"oficialmente" aquilo que os velhos alquimistas, bruxos, mesmeristas,
hipnotizadores, magos e curiosos do passado j descobriram "secretamente"!
Hosanas, pois, aos crentes e respeito aos descrentes das obras de Ramats.
Curitiba, 20 de agosto de 1967
Herclio Maes
1 - Lembrando-me dessa poca de quixotesco atesmo, transcrevo a trova n 50, do excelente livrinho psicografado por Chico Xavier, Trovadores do Alm, a qual diz: "Ateu - enfermo que sonha
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Na iluso em que persiste, Um filho que tem vergonha De dizer que o pai existe." 2 - Nh Quim a individualizao perispiritual de um excelente homem, filsofo sertanejo, esprito arguto, gil, finssimo e repentista, que viveu perto do litoral paranaense e cuja obra "Carrapichos de Nh Quim" est sendo ultimada para o prelo. H dez sculos passados, ele foi o discpulo Fuh-Planuh, irmo de uma vestal chinesa, que fugiu de um templo e desposou um tapeceiro hindu, nascendo de ambos a entidade que hoje conhecemos por Ramats. Vide, o rodap do captulo "Enfeitiamento Atravs de Objetos", o esclarecimento de Nh Quim ao mdium.
Prefcio
Estimados Irmos
Magia de Redeno mais uma obra ditada por Ramats abordando um
assunto delicadssimo e controverso, como a prtica de bruxaria. Os povos
supersticiosos e apegados s crendices exageram tolamente a feitiaria; mas os
acadmicos e cientistas negam-na, por fora de superstio negativa e
temerosos de desvalorizarem os seus conhecimentos "positivos" sobre os
fenmenos do mundo material.
Ramats penetrou corajosamente no campo de atividade das foras
ocultas subvertidas pelas mentes vigorosas dos magos das sombras.
Enfrentando gregos e troianos, ele expe-se ao ridculo de uns e admirao
de outros; mas, decidido, quebra "tabus" e sacode dogmas! Suas obras, apesar
de contestadas apressadamente por alguns lderes das elites espritas
conservadoras, ainda temerosos de assuntos complexos e espinhosos, so de
natureza didtica e acessveis mente popular.
Tm o odor das coisas agrestes, de seiva forte, malgrado ser amargosa
para os paladares muito aucarados. So mensagens s criaturas libertas de
injunes sectaristas e de preconceitos religiosos, que se animam de apanhar
rosas, onde os velhos e sisudos jardineiros desistem, por temor dos espinhos!
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Ramats poderia filiar-se mesma linha convencional das entidades
deste lado, que transmitem para a Terra assuntos j consagrados pelo
"imprimatur" esprita. Porm, ele deu preferncia em abordar e analisar
problemas controvertidos e criticveis, embora curiosos e inditos,
desmontando as prateleiras arrumadinhas das mentes condicionadas a clichs
tradicionais, pondo mostra inegveis preciosidades, que no podiam ser
identifica das pelos culos escuros dos conservadores.
Ramats perturba o sono dos crentes ortodoxos, pois cuida de assuntos
esquisitos, como profecias, astros intrusos, planetas habitados, engenhos
siderais, discos-voadores, vises apocalpticas, tcnicas de enfeitiamento,
cncer crmico, escolstica hindu, calendrio sideral, descida anglica,
respirao csmica, umbanda, teosofia, rosacrucianismo e ioga, ainda
estendendo-se a outras "coisinhas sem importncia", como o Prana, ter
Csmico e Fsico, Duplo Etrico, Chacras etc. Para alguns um pretenso
mestre ventilando mensagens esdrxulas, incomodando os acomodados,
trazendo um tempero estranho ao paladar comum! Imprudentemente, ainda foi
mexer com o carnivorismo do "bicho-homem", despertando frias naqueles
que muito apreciam comer carne, fumar e ingerir alcolicos!
Foi tachado de hertico pelos roustanguistas do "corpo fludico"; e de
irreverente pelos espritas crentes de que Jesus "evoluiu em linha reta" quando
biografou o Mestre Amigo sem a fantasia da "imaculada concepo" afirmando
que Maria tambm era sujeita s leis comuns da gentica humana! Ele cometeu
o sacrilgio de afirmar que Jesus, o Instrutor Impecvel, tambm fez a sua
ascenso espiritual to igualzinha como os demais homens, frisando que
cometeu seus pecadilhos, paixes e deslizes alhures, quando ainda estava
submetido didtica dos mundos fsicos! Eriou o plo dos crentes lacrimosos,
mostrando a infncia do Nazareno como um "menino-problema" pois era
honesto, sincero, puro e ntegro, destoando completamente do critrio e dos
hbitos comuns s crianas de sua poca. Negou os milagres de feira atribudos
a Jesus, explicando a incoerncia de ele transformar a gua em vinho, nas
Bodas de Can, cujos convidados, j fartos de beber, s poderiam atingir o
coma etlico com nova proviso de lcool! Esclareceu que o fato de o Mestre
caminhar sobre as guas, multiplicar cinco mil pes e peixes, ou providenciar
outros milagres excntricos, isso no implicaria na transformao de
pecadores, mas apenas criaria uma turba de fanticos deslumbrados por esses
acontecimentos incomuns. Tambm desvestiu Jesus da ira, turbao emotiva e
fria inexplicvel numa entidade anglica, desmentindo que ele houvesse
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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chicoteado os mercadores que faziam suas vendas fora dos muros do Templo
de Jerusalm!
No entanto, as obras de Ramats divulgam-se e aliciam adeptos
incessantemente, porque da ndole humana ter curiosidade pelo que lhe
proibido. O cristianismo sobreviveu, graas s perseguies adversas; o
espiritismo criou flego e imps-se, em definitivo, depois da queima de suas
obras no auto-de-f de Barcelona! So as crticas, os protestos e as
inconformaes dos conservadores que, justamente, incentivam os leitores a
conhecerem Ramats! Quando ainda vivamos na carne, certo literato brasileiro
dizia-nos, convicto: "Querendo chamar a ateno do pblico simples:
proba!" Ademais, o "Grande Arquiteto", como dizem os amigos maons, de
tempo em tempo, envia Terra mensageiros ousados e de imaginao fora da
rotina, que expem mensagens construtivas, mas prematuras, as quais, no
entanto, mais tarde so consagradas pela opinio da maioria. Assim foi
Crishna, Moiss, Buda, Confcio, Fo-Hi, Jesus, Kardec ou Gandhi, que saram
campo afora, arriscando a sua estabilidade no cenrio terrcola, ousando
perturbar os estudantes que trafegam tranqilos pelas "estradas asfaltadas" dos
credos e religies certinhas em direo ao Paraso!
A est Magia de Redeno, obra corajosa, a cuidar de assunto assaz
custico e amargo, como o feitio! coisa imprpria de ser comentada entre
os proslitos "sabem tudo", pois obriga a uma incmoda deslocao mental da
paisagem trivial, focalizando calhaus, paus podres, sapos e vboras! O feitio
condimento recusado pelos paladares muito afeitos cozinha comum, pois o
homem habituado a feijo com arroz arrepia-se diante de uma bacalhoada
superapimentada! A criana amamentada a leite em p entra em estado' de
coma com algumas gotas de conhaque!
Existe o feitio? No existe? Que importa? Ramats poupa-nos o
trabalho de fazer tal investigao espinhosa e livrou-nos de muita confuso.
Atravs do seu mdium, criatura despreocupada de crticas, julgamentos
prematuros ou glorificaes do mundo, ele oferece-nos um novo acervo de
esclarecimentos e advertncias sobre a velha arte de "embruxar o prximo",
coisa que a prpria Eva conseguiu satisfatoriamente sobre o ingnuo Ado! A
est a obra para ser autopsiada pelos competentes legistas do labor alheio e
darem o seu veredicto final. Mas, tranqilize-se o leitor, pois ningum ser
"embruxado" s por ler esta obra, salvo se ainda lhe perdura algum velho
desejo latente de "fazer feitio", pois, conforme diz velho adgio: "Quem
deseja perder o vcio de fumar, evite encontrar cigarro aceso!" Alis, todos ns
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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estamos mais ou menos enfeitiados ou "encantados" em nossa vida humana.
O fumante inveterado est enfeitiado pelo entorpecente da nicotina, o
beberro pelo lcool, o carnvoro pela carne e o jogador pelo carteado! Todos
ns precisamos de um bom trabalho de "desmancho" para ento readquirirmos
o nosso comando mental e livrarmo-nos dos "objetos" que nos "embruxam" e
nos obsidiam cotidianamente. H pessoas enfeitia das pelo orgulho, cime,
amor-prprio ou rancor; outras enfermam pela ao das foras ocultas da
Inveja! Por isso, Jesus advertia: "Onde tu estiveres, a estaro tuas obras!"
E quanto critica de gregos e troianos, leia-se a histria do mundo! No
so os crticos ou julgadores a priori, que injetam vida ou morte a qualquer
obra. O povo, com o seu bom-senso intuitivo, quem decide a glria ou o
fracasso dos autores.
H milhares de exemplos da tolice da crtica precipitada contra o labor
alheio tentando superar o maior critico de todas as eras - o tempo! Diz o poeta
Alfred de Vigny: "A critica uma opinio qualquer de um cavalheiro
qualquer!" Na China, dizia-se da crtica: "O critico um burro amestrado que
pretende ensinar os burros no amestrados!'Voltaire, precipitadamente,
considerou a Divina Comdia de Dante Alighieri o "delrio de um brbaro"; o
famoso Lon Daudet, depois de o apresentarem a Napoleo, no incio de sua
carreira militar, opinou que ali estava um prodigioso imbecil com seus delrios;
crticos franceses acoimaram Balzac, o fabuloso autor da Comdia Humana de
escrevinhador para analfabetos; certo crtico espanhol leu o Don Quixote e
tachou-o de obra de "um enfermo"! Dois filmes terrivelmente combatidos pela
crtica, que os arrasou de incio, ficaram anos em cartaz sob o entusiasmo e o
beneplcito do pblico: foram Belinda e E o Vento Levou. Dizia o poeta
Ramn de Campoamor: Todo es segn el color del cristal con que se mira! E o
povo, que aprecia olhar as coisas com os seus prprios olhos, ento vibra com
a fora emotiva penetrante de sua alma, desprezando os roteiros e guias de
turismo modelados pela crtica do mundo, para decidir-se mediante a sua
prpria convico alicerada no bom senso. Ainda, na China, antes de algum
submeter uma obra razo severa da crtica, era costume enviar um vidro de
remdio para o fgado do crtico. Questo de segurana!
Por isso, melhor deixarmos que o leitor julgue a obra, cumprindo-nos
respeitar, igualmente, a opinio favorvel ou desfavorvel, porque o povo,
realmente, quem h de estigmatizar ou consagrar as mensagens de Ramats.
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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E quanto crena no feitio, isso questo de oportunidade! H gente
que no cr em bruxaria; mas fica apavorada, quando descobre um fio
vermelho na bainha da cala, uma coroa de penas de galo no travesseiro ou um
sapo indesejvel a coaxar obstinadamente debaixo da janela batida pela chuva
mida. Cremos que por fora de tal procedimento, a resposta hbil e
cuidadosa de conhecido cientista muito sensato, que assim disse numa
entrevista sobre o feitio: "O feitio uma superstio, com que certos
entendidos conseguem prejudicar o prximo."
Curitiba, 15 de agosto de 1967
J.T. 1
1 - Por motivos bvios, deixamos de identificar o Irmo J. T., escritor desencarnado no Brasil, que prefere o anonimato a fim de evitar qualquer contenda intil. As iniciais "JT" correspondem ao mais famoso personagem de sua obra "adulta", j incorporado ao imaginrio brasileiro. A irreverncia, a coragem critica e a lucidez irnica e inteligente desse esprito de ex-ateniense plasmaram um estilo inconfundvel, e o leitor que o tiver conhecido, mesmo que s na infncia, no ter dificuldade de reconhec-lo.
Palavras de Ramats
Meus Irmos
Atendendo s recomendaes de nossos maiorais da espiritualidade,
entregamo-vos esta obra de advertncia e esclarecimento sobre o processo de
"feitio e bruxaria", na qual preocupou-nos, exclusivamente, a ventura do ser
humano e jamais o nosso interesse espiritual. No limiar do "Terceiro Milnio"
e do signo mentalista de Aqurio, smbolo dominante dos ares e do clima
astrolgico para a encarnao dos espritos escolhidos direita do Cristo,
necessrio orientar os terrcolas para libertarem-se de prticas e atos, que os
situaro na caravana dos "esquerdistas" estigmatizados para povoarem outro
mundo inferior.
A Terra, a partir do III Milnio, ser promovida a escola planetria
ginasial, requerendo, tambm, a matrcula de alunos j libertos das injunes
instintivas e primrias da animalidade inferior. Malgrado os habituais protestos
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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e censuras dos conservadores e descrentes do texto desta obra, insistimos em
advertir aos terrcolas que o feitio existe e s os espritos completamente
liberados de resgates crmicos so invulnerveis aos seus efeitos ruinosos.
Tambm no aguardamos louvores prematuros para as explicaes e
consideraes que relacionamos nesta obra sobre os processos de feitiaria. Em
verdade, o principal objetivo de Magia de Redeno advertir os terrcolas
quanto sua tremenda responsabilidade espiritual pelo derrame de sangue de
animais e aves, atravs de matadouros, frigorficos, charqueadas e aougues,
cuja barbrie "civilizada" gera cruciante carma humano e torna-se a principal
fonte de infelicidade terrena. Enquanto o sangue do irmo menor verter to
cruelmente na face da Terra, os espritos desencarnados tambm tero farto
fornecimento de "tnus vital" para a prtica nefanda do vampirismo, obsesso
e feitiaria. Sob a justia implacvel da Lei do Carma, a quantidade de sangue
vertida pelos animais e aves, resulta, por ao reflexa, em igual quantidade de
sangue humano jorrado fratricidamente nos morticnios das guerras e
guerrilhas! Cada matadouro constru do no mundo proporciona a encarnao
de um "Hitler" ou "tila", verdadeiros flagelos, semeadores de sofrimento da
humanidade, como executores inconscientes da lei crmica - a semeadura
livre, mas a colheita obrigatria! Jamais a guerra ser eliminada da face da
Terra, enquanto explorardes a "indstria da morte" mediante esses abominveis
matadouros e frigorficos de aves e animais, pois estes, como os homens, so
filhos do mesmo Deus e criados para a mesma felicidade. A Divindade no
seria to estulta e injusta, permitindo que o homem dito racional seja feliz
enquanto massacrar o irmo menor, indefeso e servial, pois ele tambm sente!
Ademais, os espritos diablicos que obsidiam, vampirizam e enfeitiam,
so os irmos desencarnados ainda escravos da ignomnia do carnivorismo, tal
qual fazeis atualmente. Em verdade, bem diminuta a diferena entre os
vampiros desencarnados, que se satisfazem com o sangue cru, e os vampiros
encarnados, que preferem com-lo ou bat-lo at transform-lo em chourio de
rtulo dourado! Infeliz humanidade terrena, ainda escrava de um crculo
vicioso, em que os "vivos" dotados de razo trucidam os "vivos" irracionais
para beber-lhes o sangue e devorar-lhes as carnes; e ento, depois, enfrentam o
cruciante sofrimento de verem os filhos ou parentes irem para o massacre
organizado dos campos de batalhas! Estadistas, filsofos, psiclogos,
sacerdotes, lderes espiritualistas e governos tm gasto toneladas de papel e
rios de tinta em congressos, campanhas, empreendimentos e confraternizaes
para implantarem a paz do mundo e festejando tais congraamentos com
banquetes de vsceras sangrentas de aves e de animais, cujo sangue vertido
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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exatamente a causa da infelicidade das guerras! A Divindade jamais poderia
rebaixar o seu esprito de justia e amor por todos os seres, concedendo a paz e
a ventura ao homem racional, que firma a sua existncia sobre os escombros
sangrentos do irmo menor!
Convertem-se os terrcolas em escravos do mundo oculto ao servir de "repastos
vivos" dos espritos tenebrosos, vinculados s paixes mais aviltantes! Por isso,
o enfeitiamento e a obsesso alastram-se no vosso mundo, nutridos pelo
sangue derramado das aves, dos animais e dos prprios homens massacrados
carmicamente nas guerras abominveis! Jorra o sangue nos pisos dos
matadouros e avirios modernos sob os gemidos cruciantes dos animais e aves
indefesos; mas jorrar tambm o sangue humano nas ruas, praas, lares e
campos floridos sob a lei de causa e efeito do Carma!
Magia de Redeno, embora no passe de um singelo relato medinico
de muitos assuntos j conhecidos dos ocultistas estudiosos, tambm poder
servir para novas pesquisas e estudos acerca das atividades do Esprito na
matria. No buscamos compilar obra meritria no sentido literrio ou
revelativo, mas, acima de tudo, oferecer modesto compndio de ensinamentos
to velhos como o prprio homem. Basta-nos despertar em alguns leitores
pensamentos e decises mais prudentes em favor da maior vivncia do
Evangelho de Jesus, pois a impiedade para com o infeliz irmo menor gera o
choque de retorno to popularizado, de que "o feitio sempre se volta contra o
feiticeiro"! E jamais algum se integra vivncia evanglica, quando o seu
prazer e a sua ventura ainda dependam do sacrifcio do mais nfimo animal!
Curitiba, 15 de agosto de 1967
Ramats
Nota de Ramats: - Insistimos deliberadamente, nesta obra, e abordamos por diversas vezes em alguns captulos, os assuntos sobre "ter-fsico, prana ou vitalidade, duplo etrico e chacras", porque se trata de temas que dentro em breve sero manuseados intensamente pelos espritos em suas comunicaes elucidativas da realidade espiritual.
Captulo 1
Consideraes sobre o feitio
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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PERGUNTA: - Poderamos conhecer a vossa opinio sobre o
enfeitiamento, o qual tanto negado como reconhecido por muita gente?
No estaremos fazendo solicitao inoportuna e inconveniente?
RAMATS: - Cremos que a vossa mente j deve se encontrar bastante
capacitada para tratar de assunto to importante como o feitio. O progresso
da Cincia e da Tcnica do mundo terreno, no sculo atual, j vos permite
compreender e comprovar que a maioria das supersties, lendas, crendices,
prticas de magia e de alquimia, incompreensveis no passado, possuem algo
de cientfico. Atualmente, a prpria Parapsicologia, disciplina cientfica de
investigao moderna, progride satisfatoriamente buscando solucionar os
fenmenos habituais do psiquismo, independente de concluses a priori, mas
estudando-os pelos fatos que indiquem uma atividade ou origem cientfica.
Mas precisa evitar, sensatamente, a tendncia perniciosa de manejar a cincia a
servio de uma crena espiritual ou atravs de um preconceito religioso. 1
Deste modo, tambm poder estudar e pesquisar o fenmeno do
enfeitiamento. com perfeita iseno de nimo e liberdade de ao.
1 - Alis Ramats tem razo em endossar tal conceito, pois o estudo da Parapsicologia evidentemente suspeito quando o parapsiclogo o faz sob algum condicionamento religioso, como acontece na Frana, em que a escola parapsicolgica chefiada por Roberto Amadou s admite vlidos os experimentos que satisfaam as explicaes catlicas. Atualmente, a investigao parapsicolgica mais sadia, ainda a chefiada por J. B. Rhine, em USA.
PERGUNTA: - Referimo-nos possvel inconvenincia de tratarmos
desse assunto, porque o enfeitiamento, alm de contestado por muitos
espritas que seguem as diretrizes bsicas do Espiritismo codificado, parece-
nos assunto at apavorante para as mentes comuns.
RAMATS: - Em geral, as mentes comuns, quer pela sua ignorncia ou
pelo habitual descontrole mental e emotivo, so justamente as mais
responsveis pelo enfeitiamento verbal, mental e fsico, que ainda se
manifesta na face da Terra. O desconhecimento ou a descrena do feitio no
vos livra dos seus resultados ignbeis e funestos, ainda praticados por quase
toda a humanidade!
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Tambm estranho que os espritas, bem mais esclarecidos do que os
religiosos dogmticos e conservadores, ainda se mostrem temerosos de
examinar o problema da feitiaria e conhecer a verdade sobre o seu processo e
mecanismo fundamental. Jamais poderemos solucionar os problemas
espinhosos ou desagradveis da vida humana, copiando a lenda do avestruz,
que, diante do perigo, enfia a cabea na areia! A bruxaria assunto a ser
examinado e pesquisado com toda iseno de nimo, sem qualquer preconceito
religioso, cientfico ou moral, decorrentes de convenes e sentimentalismos
humanos. melhor que isso seja comprovado ou desmentido, sem quaisquer
temores, do que lhe ignorarem a realidade por falsa suscetibilidade, embora se
trate de assunto desagradvel e controvertido.
PERGUNTA: - Alguns espritas alegam que muito perigoso divulgar-
se em pblico o mecanismo tenebroso do feitio, ante a imprudncia de
contribuirmos para o aumento do mal.
RAMATS: - Sob a nossa opinio, a feitiaria to tradicional um
processo bastante ingnuo e inofensivo, comparada ao pavoroso feitio da
"bomba atmica", que, em poucos minutos, matou mais de 120.000 pessoas no
Japo! Que vos adianta guardar segredos das prticas de bruxaria feitas a
"varejo" quando a frmula da desintegrao atmica ficou disposio dos
bruxos modernos da Cincia, que no hesitaram em perpetrar o mais vasto e
diablico enfeitiamento por atacado, reconhecido pela histria do mundo!
Porventura, o sigilo feito at hoje sobre o feitio contribuiu de algum
modo para eliminar ou reduzir os males advindos de sua prtica malvola?
Qual foi o proveito da cincia terrena ignorando propositadamente a bruxaria,
por consider-la lenda ou superstio, quando tal coisa vem sendo praticada h
milnios e demonstrando resultados malficos? Que o digam as criaturas que j
foram enfeitia das, ou, talvez, os prprios cticos de hoje venham a confirmar,
no futuro, os seus efeitos daninhos, na prpria pele.
Porm, a bruxaria no pode ser investigada sob as mesmas frmulas que
regem os fenmenos do mundo material, pois ela se disciplina por leis vigentes
nos planos transcendentais, s conhecidas dos magos e feiticeiros.
Quanto aos espritas, que opem dvidas realidade do feitio, s
podemos lembrar-lhes o bom-senso admirvel de Allan Kardec, o qual jamais
fugiu de qualquer problema espiritual, mas enfrentou corajosamente o
sarcasmo da cincia e a perseguio clerical, a fim de descortinar ao homem
obscuro do sculo XIX a surpreendente realidade do mundo dos espritos. Mas
o vocbulo feitio, como sinnimo de malefcio, no define apenas a prtica de
bruxaria atravs de objetos preparados por magos-negros ou bruxos, porm
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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refere-se, tambm, s operaes que os feiticeiros modernos mobilizam nos
laboratrios para, depois, desintegrarem milhares de crianas, mulheres e
velhos indefesos!
J tempo de os bruxos cientistas investigarem o trabalho singelo dos
seus velhos colegas, os quais, aps exaustivos esforos e considervel perda de
tempo, s conseguiam atrapalhar a vida de uma criatura. Quanta inveja no
deveria grassar em seus coraes, se pudessem apreciar o eficiente processo da
feitiaria moderna praticado pelos feiticeiros agaloados, que, ao simples toque
de um boto misterioso, podem desencadear a morte de milhares de pessoas?
PERGUNTA: - Mas os espritas kardecistas 2 no admitem o
enfeitiamento como um fato concreto e capaz de causar danos ao prximo
atravs de objetos preparados. Eles aceitam a realidade do fenmeno, to-
somente pela projeo de fluidos ruins, prprios dos maus pensamentos.. RAMATS: - Os espritas, nesse caso, repetem a mesma negativa
habitual dos catlicos e outros religiosos dogmticos, recusando, a priori,
qualquer coisa que no se coadune absolutamente com a sua formao
doutrinria ou religiosa. Tratando-se de adeptos que no ignoram o domnio
nefasto dos espritos desencarnados sobre a humanidade encarnada, que
admitem a sobrevivncia e a comunicao do esprito, a telepatia, a
reencarnao, a Lei do Carma, a pluralidade dos mundos habitados, a terapia
de gua fluida e dos passes medinicos, sempre estranhvel, que ainda
oponham dvida quanto realidade milenria do feitio conseqente
catalisao de foras de objetos e seres vivos!
Os objetos materiais utilizados para firmar a feitiaria so apenas os
"ncleos" de energia condensada ou congelada, conforme conceituou Einstein,
sobre a verdadeira natureza da matria. Eis por que os feiticeiros no precisam
arremessar objetos ou coisas materiais sobre as vtimas escolhidas para o
enfeitiamento. Eles dinamizam a energia ou o potencial eltrico contido na
intimidade dos mesmos, produzindo as combinaes fludicas que depois se
projetam funestamente atravs dos endereos vibratrios.
2 - Nota do Mdium: - A pergunta no implica num sentido pejorativo aos espritas kardecistas, mas apenas para distinguir os confrades que seguem estritamente as recomendaes de Mestre Allan Kardec, sem admitir qualquer outra escola espiritualista
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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PERGUNTA: - Que se deve entender por "endereos vibratrios"? RAMATS: - O "endereo vibratrio" o objeto ou coisa pertencente
vtima, e que o feiticeiro depois ajusta ao seu trabalho catalisador de bruxaria.
Serve de orientao para a carga malfica tal qual os polcias fazem o co de
caa cheirar um leno ou algo do fugitivo, do qual esto no encalo.
Assim, o maior xito do feitio fundamenta-se sobre a mesma lei de
afinidade comum dos experimentos de fsica e qumica, a qual disciplina as
relaes e a propriedade dos corpos entre si. Ademais, as coisas impregnam-se
das emanaes dos seus possuidores, e por esse motivo podem servir de
"endereo vibratrio" para as operaes de magia distncia, conforme de
uso e necessidade na bruxaria. Quanto aos efeitos mortificantes que atuam
sobre as vtimas enfeitiadas, os feiticeiros os conseguem atravs da "projeo"
de fluidos agressivos e enfermios, que desdobram nos campos eletrnicos dos
objetos preparados sob o ritual de abaixamento vibratrio.
PERGUNTA: - Tambm temamos escandalizar as naturezas mais
delicadas, e por isso, provocar crticas desairosas em torno da pessoa do
vosso mdium. No poder acontecer isso?
RAMATS: - Comumente, as naturezas delicadas apenas so sensveis
quilo que lhes pode causar prejuzos diretos, enquanto se mantm
desinteressadas dos melodramas alheios. Quanto ao mdium que nos serve de
intrprete, ele sabe que as nossas mensagens, transmitidas normalmente por
seu intermdio, so mesmo de molde a despertar juzos opostos e provocar
celeumas nos espritos mais conservadores.
Alis, no guardamos a presuno de contentar todos os homens, coisa
que no conseguiu o prprio Jesus. Mas preciso que sempre haja algum
disposto a enfrentar a crtica conservadora e remexer nas frmulas
envelhecidas e tradicionais do mundo. Isso ajuda a clarear a crendice
improdutiva e provoca a reao da prpria cincia oficial. Sabe o nosso
mdium, que no labor desagradvel de perturbar o condicionamento habitual
da mente humana, ele no deve sonhar com a glorificao extempornea ou a
compreenso prematura.
PERGUNTA: - Mas o que significa, realmente, o vocbulo feitio? RAMATS: - Feitio, sortilgio, bruxaria e enfeitiamento significam
operao de "magia negra" destinada a prejudicar algum. Antigamente, a
palavra feitio ou sortilgio expressava to-somente a operao de
encantamento, ou no sentido benfico de "acumular foras" em objetos, aves e
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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animais e seres humanos. Da, o feitio significar, outrora, a confeco de
amuletos, talisms, escapulrios e oraes de "corpo fechado", cuja finalidade
precpua era proteger o indivduo.
O encantamento ou enfeitiamento de objetos ou seres sempre implicava
na presena de um mago, porque era um processo vinculado velha magia.
Mas em face de sua proverbial subverso e incitado pelo instinto animal
inferior, o homem logo percebeu nessa acumulao de foras e dinamizao do
ter fsico de objetos ou seres vivos, um timo ensejo para tirar o melhor
proveito a seu favor. Logo surgiram os filtros mgicos e as beberagens
misteriosas, para favorecer amores e casamentos, enquanto se faziam amuletos
com irradiaes nocivas, com finalidades vingativas. A palavra feitio, que
definia a arte de "encantar" a servio do bem, ento passou a indicar um
processo destrutivo ou de magia negra!
PERGUNTA: - Qual a base positiva da operao de feitio?
RAMATS: - O feitio o processo de convocar foras do mundo
oculto para catalisar objetos, que depois irradiam energias malficas em
direo s pessoas visadas pelos feiticeiros. O fenmeno perfeitamente lgico
e positivo, porque toda a ao enfeitiante ativada no campo das energias
livres, em correspondncia com as energias integradas nas coisas, objetos e
seres. O trabalho mais importante dos feiticeiros ou magos consiste em inverter
Os plos dessas foras, empregando-as num sentido agressivo e demolidor,
conforme acontece com as prprias energias da natureza descobertas pelos
homens.
A dinamite usada exclusivamente para romper pedras, calar ruas, praas
ou construir alicerces, um elemento benfeitor. Mas fora maligna e
destrutiva, quando a empregam para a confeco de bombas e artefatos
mortferos, que arrasam cidades indefesas e trucidam homens nos campos de
batalha. O lcool tambm beneficia, quando aplicado na composio de
medicamentos e produtos qumicos, na desinfeco e limpeza domstica; mas
nocivo e degradante, quando embriaga o homem e o instiga ao crime. Alis, o
princpio de dualidade um fundamento comum da prpria vida; h o positivo
e o negativo, o branco e o preto, a luz e a sombra, o macro e o micro, o
masculino e o feminino, a sade e a doena. Conseqentemente, h o elemento
fludico bom e teraputico, que preserva a sade, assim como o enfeitiamento
que produz a enfermidade.
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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PERGUNTA: - De que modo o feiticeiro prepara os objetos de
enfeitiamento?
RAMATS: - Isso ele faz atravs de processos que achamos
desnecessrio esmiuar nesta obra, cuja finalidade de advertncia e no
tratado tcnico de feitiaria. Mas, num sentido geral, os objetos de
enfeitiamento funcionam como "acumuladores" e "condensadores" de foras,
obedientes vontade experimentada dos feiticeiros.
Mas o xito da bruxaria tambm depende da cooperao eficiente dos
espritos desencarnados e comparsas do feiticeiro, os quais se encarregam de
desmaterializar os objetos em questo, transportando as "matrizes" ou duplos
etricos para serem materializados nos travesseiros, colches ou locais onde as
vtimas permanecem freqentemente. Antigamente, os feiticeiros e
experimentados mdiuns das Trevas exauriam-se sob fatigante ritual, enquanto
alguns ingeriam drogas hipnticas, como extratos de papoulas, a fim de lograr
o transe medinico e a sintonia direta com os magos-negros desencarnados.
Havia prticas perigosas e cumpriam-se obrigaes tenebrosas, como ainda
hoje se faz nos servios de Quimbanda e nos "candombls", para o apoio de
entidades poderosas, mas vingativas e cruis!
PERGUNTA: - H alguma diferena na prtica do enfeitiamento
atual, comparada s mesmas atividades tenebrosas de antigamente?
RAMATS: - No h propriamente diferena, mas ensejos novos! A
faculdade medinica est-se generalizando entre os homens, o que permite
interferncia mais positiva dos desencarnados sobre o mundo material. Pouco a
pouco enfraquece-se a fronteira entre o oculto e o visvel aos sentidos fsicos; o
Alm revela-se cada vez mais ntido na tela do mundo terreno. Isso favorece a
penetrao incessante dos desencarnados malvolos, na vida dos encarnados,
no tardando a Crosta terrquea a transformar-se num subrbio das metrpoles
edificadas nas regies do reino astral inferior!
Infelizmente, certa parte de mdiuns de mesa e de terreiro no se ajustam
aos princpios espirituais superiores, pois alm de se exporem vaidosamente s
aventuras criticveis, eles ainda fazem negcios ilcitos com a faculdade
medinica. Os malfeitores do Alm trabalham ativamente no sentido de
proliferar a corrupo no seio do labor espiritual benfeitor, pois sabem que o
planeta Terra enfrenta uma das piores fases de sua estabilidade geolgica e
humana. O "fim de tempos" significa demolio de costumes e tradies, pois
o terreno lavrado para a nova semeadura! Ento prolifera a erva daninha e a
planta benfeitora, erguem-se os edifcios modernos, mas tombam
incessantemente os prdios em runas!
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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Os mestres satnicos so exmios no conhecimento de vibrao,
polaridade, ritmo, transmutao e causalidade do fenmeno "energia e
matria"! E os quimbandeiros da Terra ento cedem o seu cetro ao comando
diablico desencarnado, passando a trabalhar sob o regime de escravido e
cumprindo fielmente as ordens malfeitoras! Ante a covardia dos homens, que
temem enfrentar os seus desafetos no campo raso da vida fsica, o servio de
enfeitiamento aumenta e moderniza-se, porque os feiticeiros modernos se
ajustam, cada vez mais, terminologia cientfica de ondas, raios, eltrons,
tomos, freqncias, oscilaes magnticas, eletricidade biolgica, eletronismo
e ionizao. Os bruxos encarnados transformam-se em agentes representativos
da verdadeira indstria de bruxaria sediada no astral inferior, a qual exerce a
sua vasta atividade nas regies limtrofes do planeta. As confrarias negras do
Alm ampliam a sua capacidade de ao, pois fundam novas filiais tenebrosas
entre os prprios encarnados, graas ao adensamento do ter fsico em torno do
orbe, o qual alimentado pela corrupo e a sangueira da prpria humanidade!
Deste modo, os espritos malfeitores podem atender multiplicidade de
"pedidos" e "contratos" dos clientes encarnados, que desejam afastar o prximo
do seu caminho, ou vingar-se dos seus desafetos, concorrentes e venturosos.
Aqui, o cidado comodista convoca o feitio para expulsar certa famlia do
apartamento que lhe foi prometido; ali, a noiva ou o noivo que rompeu o
compromisso matrimonial, h de sofrer no leito o embruxamento requerido
pela outra parte frustrada; acol, o feitio feito at para se vingar do vizinho,
que no prende a cabra daninha! .
Sobre a prpria lei evolutiva do mundo oculto, o enfeitiamento cada vez
mais se astraliza, enquanto se reduz no seu processo primitivo feito na face da
Terra atravs de objetos materiais! No h diferena nos seus efeitos, que ainda
se tornam mais rpidos e malficos, mas aumenta o domnio dos
desencarnados sobre os vivos, por intermdio da prtica de enfeitiamento.
PERGUNTA: - Em face de nossa formao espiritista, sempre
julgamos que o ritualismo coisa extravagante e supersticiosa. Que dizeis,
quanto ao ritual usado no processo de enfeitiamento?
RAMATS: - No Universo tudo se move, vibra e circula atravs do ter
transmissor da vitalidade csmica. Conforme seja a variao da escala e do
modo das vibraes, tambm se manifestam os diferentes estados da matria. O
esprito do homem atua num campo de foras em perptua ao vibratria, as
quais se movem em todos os sentidos e tambm obedecem vontade
potencializada dos que conheam as leis de sua regncia e atividade no Cosmo.
Os magos antigos produziam fenmenos excntricos, incomuns e
-
Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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atemorizantes, porque alm de conhecerem profundamente o campo de foras
manifestas pelo microcosmo e macrocosmo, eles eram senhores de uma
vontade poderosa a servio da Mente adestrada no comando do mundo oculto!
Em conseqncia, atravs de rituais que serviam para dinamizar essa
vontade e aglutinar os campos de energias poderosas para "eletrizar" os seus
trabalhos, eles transformavam objetos, aves e animais, conforme o quisessem,
em fontes catalisadoras de fluidos benfeitores ou malficos. O ritual praticado
pelo feiticeiro o mecanismo de exaltao de sua vontade malvola, enquanto
os objetos enfeitiados ou "encantados" desempenham a funo de
acumuladores ou condensadores de foras magnticas, que funcionam no plano
fsico e etreo-astral. Conforme seja o preparo no rito de enfeitiamento, tais
objetos podem funcionar guisa de condensadores captando as energias em
torno do ambiente da pessoa enfeitiada, e depois baixando a freqncia
vibratria at tornar-se enfermia ou constritiva. Isso lembra o que acontece
com certos aparelhos de rdio, cuja m qualidade receptiva ou pssimo
funcionamento ento distorcem, enrouquecem ou inferiorizam a msica
executada e transmitida, de modo lmpido, pela estao radiofnica. .
O ritual, no enfeitiamento, apenas um processo dinmico que
disciplina o desdobramento da operao contra a vtima. Alicia as foras
selvticas do mundo astral inferior e ativa as reaes em cadeia magntica, no
objeto preparado para funcionar como um detonador contnuo no mundo
fludico. Alis, o desmancho ou processo inverso do enfeitiamento, tambm
exige determinado rito, para depois inverter os plos anteriormente firmados
pela concentrao de fluidos coercitivos. Alguns feiticeiros costumam usar
fluidos to agrestes nos enfeitiamentos mais tenebrosos, que o "desmancho"
tambm exige a mobilizao de energias semelhantes para a sua soluo. 3 Mas
o ritual, em sua noo especfica, um processo disciplinador da prpria vida!
3 - Talvez por isso em certas prticas de "desmancho" na Umbanda, os pais de terreiros determinam que o trabalho seja feito beira-mar, junto s cascatas ou no seio da mata virgem, quando o enfeitiamento, provavelmente, teria sido feito com os fluidos originais de tais ambientes.
PERGUNTA: - Como entenderamos que o ritual, em qualquer, circunstncia, um processo disciplinador da prpria vida?
RAMATS: - O ritual, em si, uma operao que disciplina a sucesso
de fases, atos e operaes destinadas a promover o desenvolvimento gradativo
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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e lgico dos acontecimentos da Natureza, em comunho com a atividade do
esprito encarnado. No se trata de um acontecimento excntrico e
supersticioso, mas um processo cientfico e tcnico, presente em todos os
acontecimentos do mundo profano, embora seja mais especfico da esfera
religiosa, inicitica, manica e esotrica. O ritual nada tem de crendice ou
mistrio, mas ordem, graduao tcnica e coerncia desdobrativa, regendo e
consagrando o ritmo, a sucesso e a manifestao das coisas.
Na sua tarefa de enfeitiar objetos, para atingir o "clmax" proveitoso, o
feiticeiro precisa seguir um ritual gradativo e progressivo no seu trabalho,
obedecendo s fases e s leis j consagradas e conhecidas naquele processo. O
ritual de enfeitiamento, em sucessiva ordem processual, determina que o seu
operador primeiramente faa a atrao das foras a serem mobilizadas na
bruxaria; depois dessa fase preliminar, ento deve condens-las nos objetos;
em seguida, gradativamente, dinamiz-los ou "eletriz-los"; e finalmente,
projetar as energias em direo vtima escolhida para a carga enfermia. O
absurdo e contrrio ao ritual seria o feiticeiro dinamizar as energias antes de
capt-las, ou ento projet-las antes de sua potencializao. O ritual, portanto,
no uma entidade oculta, misteriosa ou processo supersticioso inerente
magia e bruxaria, mas uma ao coordenada do princpio ao fim objetivado,
em todo o processo da natureza e atividade da vida humana.
Deus, quando criou o mundo, tambm seguiu um determinado ritual,
pois Ele no o fez de chofre, mas disciplinado por um procedimento gradativo
e sensato, em que primeiramente surgiram as coisas fundamentais e depois as
secundrias. Deus, de incio, fez o planeta Terra, obedecendo ao ritual da
criao; depois, veio a segunda fase, quando criou os mares, os rios e as
florestas; ento, surgiram os pssaros, os animais e os peixes. Mas haveria
inexplicvel insensatez, contrria ao rito da criao, caso os peixes
aparecessem antes dos mares ou os animais antes das florestas.
devido ao ritual j consagrado na cirurgia que o mdico operador
primeiramente troca suas vestes empoeiradas da rua pelo uniforme branco e
limpo; em seguida, lava as mos, depois faz a assepsia do enfermo, apanha o
bisturi, faz a inciso perifrica, aplica os grampos hemostticos, e s ento
inicia a verdadeira interveno com os instrumentos de ao profunda. O xito
de sua interveno no se prende unicamente sua sabedoria, experincia ou
deciso, mas, tambm, obedincia ao ritual rigoroso que lhe disciplina as
atividades cirrgicas e j consagradas pelo tempo e experincia. O mdico
violentaria o ritual cirrgico, caso, primeiramente, lavasse as mos e s depois
desvestisse o traje empoeirado; ou ento usasse a tesoura cirrgica de inciso
interna antes do bisturi do corte perifrico. O ritual, portanto, o modo de fazer
as coisas certas, um desenvolvimento metdico que evita o erro e a confuso.
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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o ritual que no permite ao homem tirar as meias antes de descalar os
sapatos, porque ele tambm coloca as meias antes dos sapatos.
PERGUNTA: - Como poderamos crer de modo mais convincente no
poder malfico de objetos, aves e animais usados em bruxaria?
RAMATS: - Na multiplicidade de operaes no campo do magnetismo
teraputico os seus entendidos tambm usam uma srie de "coisas" e objetos
que favorecem a fixao ou condensao, neles, de energias imponderveis. A
gua, quando fluidificada na terapia espiritista, transforma-se em elemento
intermedirio ou de ligao entre o magnetismo e o doente. H quem
magnetize ou fluidifique garrafas, flores, roupas, mata-borres, alimentos ou
frutos, com finalidade teraputica. Obviamente, o processo de enfeitiamento
tambm perfeitamente realizvel atravs de objetos, os quais so preparados
para imantar e catalisar as energias daninhas. H minerais, como o do rdio e o
do chumbo, cujas partculas, em incessante irradiao, produzem danos na
criatura humana, independente de ser enfeitiado.
PERGUNTA: - Poderamos conhecer o mecanismo exato da ao
desses objetos enfeitiados no campo psquico?
RAMATS: - Os acontecimentos da vida esto intimamente ligados
ao da Energia sobre a Matria. O conceito atual de matria, alis aceito pela
vossa cincia acadmica, o de energia condensada ou fora coagulada. Sendo
assim, a matria, embora partcula de fora condensada, age vigorosamente em
todos os campos vibratrios dos planos etreo-astral e mental onde se originou.
Desde que essa matria ou energia acumulada seja acionada com mais
veemncia, ela aumenta a sua ao nos correspondentes planos vibratrios do
seu natural "habitat". Essa atividade amplia-se tanto quanto seja a capacidade
de se ativar ou excitar a substncia material, fazendo-a repercutir em direo ao
seu campo dinmico natural. Atuando vigorosamente na matria, atuareis
concomitantemente nos planos energticos de onde ela provm, porquanto
houve uma "condensao" ou "aglomerao" para os sentidos fsicos.
Conseqentemente, essa energia presente em todos os corpos e
aprisionada pelos limites da forma, extravasa continuamente, formando as
"auras" dos minerais, vegetais e seres humanos. O campo magntico,
superfcie dos corpos fsicos, rico de radiaes, ou seja, partculas magnticas
que se desagregam continuamente de todas as expresses da vida material.
Visto que as criaturas humanas so tambm "energias condensadas", elas ento
alimentam um campo radioativo em torno de si, e que deixa um rasto ou uma
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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pista de partculas radioativas por onde passam, pelas quais os ces se orientam
utilizando-se do "faro" animal. A tradio de que o enfeitiamento feito no
rasto da vtima absolutamente eficiente e difcil de desmancho, porque a
condensao de fluidos perniciosos feita diretamente no campo magntico da
aura de energia em libertao do enfeitiado. O lenol de partculas radioativas
da vtima, ainda em ebulio e ativo na rea do enfeitiamento, ento favorece
uma imantao mais compacta e profunda na penetrao urica.
Embora considerando-se o extraordinrio senso de orientao que a
"mente-instintiva" 4 proporciona s aves e aos animais, ajudando-os na luta
pela sobrevivncia, com poderes ou faculdades que espantam o prprio
homem, o certo que, durante as suas deslocaes de um lugar para outro, eles
tambm despedem partculas radioativas e deixam verdadeiras pistas
magnticas vibrando no mundo oculto. Assim, os ces e os gatos, quando so
afastados a quilmetros distantes de sua moradia, eis que retomam habilmente
at o ponto de partida, porque seguem o contrrio da prpria pista radioativa
que deixaram anteriormente.
4 - Vide o trabalho de Ramats sobre a "Mente Instintiva", a sair proximamente, nos tpicos referentes ao trabalho que orienta as aves a fazerem os ninhos, a emigrarem para regies mais saudveis; as toupeiras a fecharem suas tocas antes da chegada do inverno; as aves de rapina a encontrarem o animal morto a quilmetros de distncia; as aranhas a fazerem as teias: o joo-de-barro a construir sua casa protegida das tormentas; as abelhas a confeccionarem as colmias to matematicamente precisas; a vida ordeira das formigas, inclusive a sua fuga da margem dos rios, em vsperas de inundaes.
PERGUNTA: - De que modo os objetos enfeitiados podem baixar as
vibraes do ambiente onde permanece a pessoa visada por esse ato de
bruxaria?
RAMATS: - Os objetos usados e trabalhados pelos feiticeiros
desempenham a funo de captadores de energias inferiores e servem de
condensadores, que baixam as vibraes fludicas do ambiente em que so
colocados. Embora sendo matria, tais objetos vibram no campo etreo-astral,
porque so tambm energia condensada. Sob a vontade vigorosa dos
feiticeiros, que agem na intimidade eletrnica da substncia, ou seja, no seu
"elemental", produz-se uma excitao magntica ou superatividade, mas em
sentido negativo, que depois atinge a aura da vtima a que eles esto vinculados
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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pelo processo de bruxaria, rebaixando o campo vibratrio para alimentar
expresses deprimentes de vida oculta.
PERGUNTA: - Qual o sentido desse alimentar expresses deprimentes de vida oculta?
RAMATS: - Assim como o lodo alimento seivoso para as
coletividades microbianas patognicas, a atmosfera magntica viscosa, 5 que
resulta da presena de condensadores enfeitiados, transforma-se em excelente
campo alimentcio para as larvas, embries, bacilos e vibries psquicos
oriundos do mundo invisvel aos acanhados sentidos humanos. Multides
famlicas e colnias microscpicas de larvas e microrganismos em torturada
agitao buscam vorazmente as zonas de"depresso magntica" em torno dos
enfeitiados, para o seu sustento mrbido. Baixam, paulatinamente, do campo
impondervel condensando-se em formas gradativas intermedirias, at
alcanarem o plano fsico, onde a cincia humana, depois, os pressente na
forma de "vrus" e "ultravrus" e demais probabilidades patognicas,
responsabilizando-os por inmeras enfermidades, principalmente na patologia
cancerosa. 6 A ao transformadora dos objetos enfeitiados inverte os plos de
freqncia e o dinamismo natural da energia em liberdade, degradando-a para
uma condio realmente viscosa, decomposta e deteriorada. Essa viscosidade,
como lenol denso de magnetismo, torna-se o elemento intermedirio, ou
revelador, a fim de as coletividades vorazes e destruidoras fazerem o seu
"descenso" vibratrio para o campo material. Elas, ento, gradativamente,
ingressam pela cortina desse magnetismo pegajoso exsudado da aura do
enfeitiado, convergindo para o seu metabolismo fisiolgico e criando-lhe
estados enfermios de origem impondervel e dificlimo de se identificarem
pelos mais abalizados exames mdicos.
5 - Nota de Ramats: - O termo "atmosfera magntica viscosa", aparentemente excntrico, define, realmente, no perisprito, uma condio semelhante ao que ocorre com o corpo fsico, quando envolto pelo lodo mido e pegajoso a se infiltrar pelos poros de modo desagradvel. Os enfeitiados sob forte carga malfica quase sempre acusam em si a sensao mortificante de gelidez, viscosidade ou ento aridez na pele. 6 - Vide a obra Fisiologia da Alma, de Ramats, no captulo "Consideraes Sobre a Origem do Cncer".
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PERGUNTA: - Essas organizaes "psicomicrobianas", de que falais, devem atingir to-somente o enfeitiado, no verdade?
RAMATS: - A ao malfica se exerce principalmente naquele que foi
objetivado para sofrer a carga do fluido depressivo. No entanto, como as "auras
viscosas" dos objetos enfeitiados podem fortalecer-se atravs dos prprios
desequilbrios psquicos das criaturas humanas, que se encontram no raio de
ao do feitio, mesmo as que no foram visadas pela bruxaria podero sofrer
seus efeitos no astral enfermo. H casos em que o impacto enfeitiante ao
incidir sobre a pessoa de aura invulnervel ou imunizada pela prpria
graduao espiritual superior, ento refrata, podendo atingir outro familiar
menos protegido. 7
7 - Ramats explica-nos que qualquer pessoa pode ser enfeitiada, mesmo quando no visada diretamente pelo feiticeiro. No entanto, a sua defesa depende exclusivamente de sua maior ou menor evangelizao! O Dr. M.B., amigo do nosso grupo espiritualista, foi visado por uma carga enfeitiante fortssima; no entanto, dada a sua natureza excepcionalmente humilde, caritativa e evanglica, o impacto do feitio refratou nele e atingiu espetacularmente o co de estimao, o qual sucumbiu rapidamente, enrodilhado sob violenta prostrao. O enfeitiamento tanto provoca a doena psquica na alma humana, por
agir nos centros de foras do comando perispiritual, como atrai nuvens de
bactrias nocivas, que penetram na circulao fisiolgica da criatura. Os
objetos ou seres transformados em fixadores de fluidos nefastos so os agentes
do enfeitiamento, guisa de projetores de detritos fludicos a sujarem a aura
perispiritual da vtima. Criam em torno do enfeitiado um campo vibratrio de
fluidos inferiores, o qual ento dificulta a receptividade intuitiva de instrues
e recursos socorristas a serem transmitidos pelos guias ou conhecidos "anjos-
da-guarda", que operam em faixa mais sutil.
O esforo principal do feiticeiro isolar a vtima desse auxlio psquico,
deixando-a desamparada na esfera da inspirao superior e entregue apenas a
sugestes malvolas que lhe desorientam a atividade financeira, provocam
perturbaes emotivas, condies pessimistas e conflitos domsticos. Assim,
os prejuzos da vtima no campo material aliam-se aos distrbios doentios no
campo psquico, sob o comando exclusivo de almas perversas do mundo
invisvel. E tanto quanto mais a vtima se rebela ou se aflige, em vez de optar
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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pela orao e vigilncia s suas prprias imprudncias emotivas e pensamentos
adversos, ela tambm oferece maior campo de ao favorvel para os espritos
desregrados infelicitarem a sua vida. Pouco importa se a pessoa merece ou no
merece o impacto do feitio, mas a sua segurana e defesa dependem
exatamente de sua maior ou menor integrao ao Evangelho do Cristo! o
estado de "cristificao" proveniente da vivncia incondicional dos
ensinamentos evanglicos, que realmente desintegra toda e qualquer carga
malfica projetada sobre o homem! Sem dvida, so to poucas as pessoas que
j usufruem essa condio superior, que o processo de enfeitiamento ainda
produz efeitos malficos em quase todas as criaturas.
PERGUNTA: - Mas no caso do feitio refratar sobre a pessoa visada e atingir outro ser familiar, isso no um procedimento injusto?
RAMATS: - Como a imunidade psquica contra qualquer das
expresses de enfeitiamento varia de conformidade com a conduta da pessoa
visada, as correntes malvolas atingem e penetram com xito nas auras
perispirituais dos seres humanos, conforme a sua vulnerabilidade urica do
momento.
PERGUNTA: - Por que h criaturas bonssimas, de conduta
reconhecidamente evanglica, que se afirmam vtimas de enfeitiamentos?
Como se explica isso?
RAMATS: - Nem todo o santo de hoje foi magnnimo, virtuoso ou
ordeiro no passado! Certas criaturas, que presentemente se devotam prtica
do bem, ainda no podem furtar-se lei crmica e oferecer defesas seguras
contra as foras destrutivas que movimentaram em existncias pretritas.
Colhem agora os frutos amargos da sementeira imprudente, enquadrados na lei
de que "ser dado a cada um segundo as suas obras"! Ademais, o simples fato
de precisarem reencarnar-se na Terra os obriga a suportarem as contingncias e
as energias agressivas do plano terrestre ainda to primrio.
O enfeitiamento ainda ao perniciosa, produto gerado consciente e
inconscientemente pela maioria dos homens, o qual atinge proporcionalmente a
todos os seres, segundo as suas deficincias e defesas espirituais. E de senso
comum que mesmo um campeo de natao no se livra de perigos, caso seja
obrigado a nadar num rio infestado de jacars.
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PERGUNTA: - Pode o enfeitiamento atingir coletividades, conforme
j nos afirmou um estudioso do assunto?
RAMATS: - Atualmente, rareiam, no vosso mundo, as terrveis fases
de enfeitiamento coletivo, naturais da poca lemuriana e atlntida, em que
certos povos se guerreavam atravs da prtica ignbil da feitiaria, pois os seus
espritos ainda se achavam fortemente ligados a campos de foras do astral
inferior. Esses povos atuavam sobre determinadas "energias elementais" da
natureza, portadoras de uma atividade primria muito agressiva e
exterminavam-se reciprocamente num processo de vinganas incessantes.
Inmeras enfermidades de natureza incurvel, entre as quais se destacam
o cncer e a morfia nervosa, ainda so resultados crmicos de que padecem
muitos espritos participantes da bruxaria coletiva e individual do passado. Faz-
se necessrio o esgotamento completo desse elemental mrbido usado larga e
ainda latente em muitas almas, para que ento desaparea a srie de
manifestaes patolgicas atuais, incurveis. Graas ao pacificadora de
Jesus, criando sublime "egrgora" 8 no vosso mundo e fonte de transfuso da
Luz Divina que aniquila o' reinado da Sombra, diminuiu o xito do
enfeitiamento coletivo. O contato vibratrio mais profundo com a "aura" do
Cristo-Planetrio, e o alimento incessante das preces e sacrifcios dos cristos
nos circos romanos em torno da mesma idia espiritual-libertadora, contribuiu
bastante para anular a eficincia da bruxaria coletiva. No entanto, na Idade
Mdia ainda ocorreram alguns casos de epidemia, alucinaes, histerias
coletivas, degradaes e luxria em massa, cujos desequilbrios psquicos
foram realmente provocados por entidades diablicas encarnadas, em
detestvel simbiose com espritos malvolos.
8 - Egrgora: Composio astral gerada por uma coletividade, pois o pensamento, o desejo e a vontade so foras to reais e mesmo superiores s mais potentes energias da natureza. Debaixo dessa influncia, a matria astral, to plstica, faz-se compacta e toma forma. Ento, essa egrgora torna-se um campo de influncia coletiva, impelindo os que dela se interessam, para realizaes positivas no mesmo gnero. Graas a Jesus, comps-se no mundo a egrgora do Cristianismo, que afora da prpria cogitao humana, continua a influir, atrair e orientar as almas sensveis. Da mesma forma, Hitler comps a terrvel egrgora do Nazismo, a qual ainda insiste evocando adeptos e atuando vigorosa mente ante o menor descuido das autoridades internacionais do mundo.
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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PERGUNTA: - certo que a pessoa enfeitiada pode ser
diagnosticada erradamente pelo mdico, quando se sente adoentada?
RAMATS: - E por que no? Quem est enfeitiado encontra-se
psiquicamente impermeabilizado s fontes que lhe podem fazer bem; propenso
a aceitar as piores sugestes e os conselhos mais prejudiciais do mundo oculto.
O enfeitiamento no feito como simples passatempo, mas de sua funo
precpua prejudicar o prximo. S as pessoas realmente evangelizadas, de
pensamentos otimistas e emoes controladas, podem resistir com maior
eficincia aos impactos da bruxaria.
A pessoa enferma e enfeitiada quase sempre ignora a origem de sua
perturbao, assim como a sua aura conturbada tambm pode influir sobre o
mdico que a examina e lev-lo a um diagnstico impreciso ou errado. H
casos em que os malfeitores das sombras, ligados pelo servio de bruxaria,
induzem as vtimas a consultarem certos mdicos de baixa condio moral e
atraso espiritual, os quais apenas identificam sintomas equvocos e prescrevem
medicamentos incuos e at nocivos.
Aps deambular incessantemente por consultrios mdicos, sofrendo
terapias confusas e at intervenes Cirrgicas desnecessrias, algumas
criaturas s conseguem a sua cura aliando o tratamento fsico renovao
espiritual, ou ajustando a sua mediunidade florescida prematuramente sob a
ao estimulante do feitio, pela freqncia aos centros espritas ou terreiros de
Umbanda. Ento melhoram porque aumentam as suas defesas psquicas
fortificadas pela conduta superior, como tambm ficam sob a guarda de
espritos benfeitores, que os ajudam a dissipar os maus fluidos.
PERGUNTA: - O indivduo luntico tambm pode ser uma vtima de
enfeitiamento?
RAMATS: - Sem dvida, ainda existem crendices e supersties de
povos primitivos, que devem ser rejeitadas devido sua inutilidade e
fundamento tolo! Mas, tambm, preciso examinar tais coisas antes de
qualquer julgamento injusto ou equvoco porque o homem nada cria ou
compe, mas s descobre e inventa o que j foi criado ou inventado por Deus.
Assim, a mais estpida crendice pode ter-se gerado numa base cientfica,
malgrado a sua vestidura exterior excntrica ou insensata. verdade que
alguns mitos e lendas, que parecem desafiar as leis naturais da Terra, so
decalcados de fenmenos exclusivos do mundo astral, os quais ainda vibram na
memria perispiritual do ser encarnado.
Mas no caso do luntico, ele sofre realmente a influncia das fases
lunares, pois excita-se na lua cheia e torna-se melanclico na lua nova. um
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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temperamento manaco, excntrico e profundamente visionrio, cujas idias
fantasiosas modificam-se pelas rpidas mudanas do satlite da Terra. O
fenmeno fcil de explicar: o duplo etrico do luntico de freqncia
vibratria facilmente excitvel pela emanao do ter-fsico lunar. Durante a
poca de seu nascimento e a simultnea formao do corpo vital, a Lua
encontra-se na sua fase mais ascendente possvel. Por isso, ele um
"hipersensvel" e carreia para o seu corpo etrico maior dosagem de emanao
do ter- fsico lunar, sofrendo durante o crescente e a lua nova um maior
excitamento ou afluxo fludico, algo semelhante ao que ela exerce de modo
gravitacional na formao das mars.
Os antigos faziam amuletos ou "acumuladores" de foras para aliviar as
crises dos lunticos, durante a fase mxima da lua cheia, e indicavam-lhe
remdios feitos de plantas lunares, leitosas, frias, antiafrodisacas, de folhas
grandes, ovaladas, redondas, como a couve, o repolho, a alface. Nos casos mais
graves, socorriam-se da papoula-branca, que fornece o pio e a herona, do
sndalo-branco, docemente hipntico, alm de outras flores lunares, como a
rosa-branca, margarida, aucena e o lrio.
PERGUNTA: - Qual a melhor defesa contra as projees de fluidos
malficos gerados por todas as formas de enfeitiamento?
RAMATS: - Sem dvida, a vigilncia incessante contra toda sorte de
pensamentos pecaminosos e emoes descontroladas. Alis, a orao, como
poderoso antdoto de qumica espiritual, tambm traa fronteiras protetoras em
torno do ser humano e decompe os fluidos deprimentes e ofensivos.
Os feiticeiros tudo fazem para evitar que as pessoas enfeitiadas sejam
alerta das quanto realidade da bruxaria. Os seus comparsas desencarnados
desviam do caminho das vtimas quaisquer esclarecimentos ou ensejos
favorveis, que possam associar-lhes doenas, infortnios ou dificuldades
prtica do feitio. Da o motivo por que se cr to pouco na realidade da
bruxaria, pois, na maioria dos casos, os prprios enfeitiados ironizam tal
acontecimento em sua vida. Em geral, a maioria das criaturas alega que nunca
fez mal a ningum; e, por isso, jamais seria enfeitiado, por no merecer tal
coisa!
Captulo 2
Enfeitiamento verbal
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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PERGUNTA: - Que significa enfeitiamento verbal?
RAMATS: - O enfeitiamento ou a bruxaria, na realidade, pode
efetivar-se pela fora do pensamento, das palavras e atravs de objetos
imantados, que produzem danos a outras criaturas. O enfeitiamento verbal
resulta de palavras de crtica antifraterna, maledicncia, calnia, traio
amizade, intriga, pragas e maldies. A carta annima e at mesmo a reticncia
de algum, quando, ao falar, d azo a desconfiana ou dvida sobre a conduta
alheia, isso um ato de enfeitiamento. O seu autor responsvel perante a Lei
do Carma e fica sujeito ao "choque de retorno" de sua bruxaria verbal, segundo
a extenso do prejuzo que venha a resultar, das palavras ou gestos
reticenciosos desfavorveis ao prximo.
A palavra tem fora, pois o veculo de permuta do pensamento dos
homens, os quais ainda no se entendem pela telepatia pura, conforme acontece
noutros planetas adiantados. 1 Consoante a significao, a intensidade e o
motivo da palavra, ela tambm se reveste de igual cota de matria sutilssima
do ter-fsico, sobre aquilo que ela define. Quando a criatura fala mal de
algum, essa vibrao mental atrai e ativa igual cota dessa energia das demais
pessoas que a escutam, aumentando o seu feitio verbal com nova carga
malvola. Assim, cresce a responsabilidade do maledicente pelo carter
ofensivo de suas palavras, medida que elas vo sendo divulgadas e apreciadas
por outras mentes, atingindo ento a vtima com um impacto mais vigoroso do
que o de sua fora original. O malefcio verbal segue o seu curso, pessoa por
pessoa, assim como a bola de neve se encorpa lanada costa abaixo!
1 - Vide o captulo "Idioma, Cultura e Tradies", da obra A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores, Ramats, Editora do Conhecimento. A mobilizao de foras atravs do verbo predominantemente criadora, 2 uma ao de feitiaria de considerveis prejuzos futuros para o seu prprio
autor, pois as palavras despertam idias e estas, pelo seu reflexo moral de
"falar mal" de outrem, produzem a convergncia de foras repulsivas, as quais
se acasalam natureza do pensamento e do sentimento, tanto de quem fala
como de quem ouve. Sem dvida, esta espcie de bruxaria atravs de palavras,
tambm varia conforme a culpa e a responsabilidade da criatura.
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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2 - "No princpio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus", como elucida Joo Evangelista sobre o ato de "pensar" e "materializar" divino. Vide o captulo "Ante o Servio", da obra Nos Domnios da Mediunidade, de Andr Luiz, edio da FEB, pgina 39, em que a praga paterna deu origem paralisia do brao do filho desnaturado.
PERGUNTA: - Podereis explicar-nos melhor esse assunto?
RAMATS: - Evidentemente, a pessoa que fala mal de outrem s por
leviandade, h de ser menos culpada espiritualmente do que quem o faz por
maledicncia, inveja, sarcasmo, dio ou vingana. No primeiro caso, as
palavras no possuem a fora molesta prpria de uma deliberao malvola
consciente. A criatura leviana menos responsvel do que a maldosa; porm,
aquela que se concentra na ao deliberada de prejudicar algum pelo
pensamento, pela palavra ou pela bruxaria atravs de objetos preparados,
movimentando foras tenebrosas contra o prximo, elabora ou cria o seu
prprio infortnio.
PERGUNTA: - H fundamento de que as pragas e maldies tambm,
causam desgraas?
RAMATS: - O homem um esprito ou ncleo espiritual, que
centraliza em si todos os tipos de foras imanentes aos diversos planos de vida.
O corpo fsico a vestimenta transitria de menos importncia no conjunto do
homem, pois a energia que ali se condensa na forma de matria, fora,
incessantemente, a fuga e libertao para retomar ao seu plano original. Essa
energia, aprisionada em todas as formas do mundo, produz na sua exsudao
permanente as diversas auras, que se compem das radiaes dos objetos e
seres. a polarizao resultante do impulso centrfugo da energia condensada,
tentando readquirir a sua vivncia normal ou estado de absoluta liberdade.
Quando o esprito pensa, ele agita todos os campos de foras que
baixaram vibratoriamente at atingirem o seu perisprito e o corpo fsico; assim
projeta em todas as direes energias benfeitoras ou malvolas, criadoras ou
destrutivas, segundo a natureza dos seus pensamentos e sentimentos. A
palavra, portanto, a manifestao sonora, para o mundo exterior, do
sentimento ou pensamento gerado no plano oculto do ser. Deste modo, alm
dela constituir fora duradoura, ainda incorpora no seu trajeto as demais
energias benficas ou malficas que, no seu curso, ativa e desperta nas
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Magia de Redeno Herclio Maes Ramats
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criaturas interessadas no mesmo assunto. Alis, to sutil e influente a palavra,
que certas pessoas, devido a um sentido oculto, chegam a pressentir quando
algum fala mal delas, e as deixa alertas contra algum perigo iminente.
Ademais, as palavras ainda conduzem algo do cunho particular ou
psicolgico da caracterstica individual do seu autor, quando so forjadas por
sentimentos censurveis contra outrem.
PERGUNTA: - Gostaramos de uma explicao mais clara.
RAMATS: - H diferena de "tenso" ou "impacto" no feitio verbal,
ou na praga, quando pronunciado por um homem egosta, avarento, invejoso,
luxurioso ou pusilnime, pois embora sempre seja crueldade causar qualquer
dano ao prximo, a palavra conduz na sua base o fluido gerado pelo pecado
fundamental de cada ser! Servindo-nos de um exemplo, algo rudimentar,
diramos que a maldio do avaren