manejo ambulatorial do paciente com - fousp · manejo ambulatorial do paciente com hepatite viral...

38
Manejo ambulatorial do paciente com hepatite viral Profa. Dra. Karem López Ortega Faculdade de Odontologia USP Disciplina de Patologia Bucal Centro de Atendimento a Pacientes Especiais

Upload: vuongdieu

Post on 12-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Manejo ambulatorial

do paciente com

hepatite viral

Profa. Dra. Karem López Ortega

Faculdade de Odontologia USP

Disciplina de Patologia Bucal – Centro de Atendimento a Pacientes Especiais

HEPATITES VIRAIS

Hepatite A

Hepatite B

Hepatite C

Hepatite D

Hepatite E

Hepatite G

Hepatite TT

Hepatite B

Hepatite C

Hepatite D

Hepatite SEN

A “Infecciosa”

“Sangue”

Hepatites

virais

Transmissão

entérica

Transmissão

parenteral

? outras

E

NANB

B

D

C

HEPATITES VIRAIS – PERSPECTIVA HISTÓRICA

G

TT

HEPATITES VIRAIS

TIPO VÍRUS GENOMA FAMÍLIA TRANSMISSÃO ANO ø

HEPATITE A

HEPATITE B

HEPATITE C

HEPATITE D

HEPATITE E

HEPATITE G

HEPATITE TT

VHA - HAV

VHB - HBV

VHC - HCV

VHD – HDV

DELTA

VHE - HEV

VHG – HGV

GB-C

TTV

RNA

DNA

RNA

RNA

RNA

RNA

DNA

PICORNAVIRUS

HEPADNAVIRUS

FLAVIVIRUS

VIROIDES

Hep E like

virus

FLAVIVIRUS

CIRCOVIRIDAE

FECAL-ORAL

SEXUAL

PARENTERAL

PERINATAL

PARENTERAL

FECAL-ORAL

PARENTERAL

PARENTERAL

ORO-FECAL

SALIVA

IDEM A HEP B

VHB É REQUERIDO

1973

1989

1977

1980

1995

1965

1997

27 nm

42 nm

Tipos – 1 a 6

Subtipos - a

35 nm

27-34 nm

Vários

genótipos

16

genotipos

HEPATITES VIRAIS

TIPO CRONICIDADE PORTADOR VACINA TRATAMENTO DIAGNÓSTICO/SOROLOGIA

HEPATITE A

HEPATITE B

HEPATITE C

HEPATITE D

HEPATITE E

HEPATITE G

HEPATITE TT

05

Recém nascidos – 80%

Adultos – 5%

85%

Coinfecção – 5-10%

Superinfecção 80%

0%

?

?

N

S

S

S

N

N

?

S

S

N

P/ HBV

N

N

N

ALIMENTAÇÃO

REPOUSO

INTERFERON OU

LAMIVUDINA

INTERFERON +

RIBAVIRINA

NENHUM

NENHUM

?

INTERFERON

1973

1989

1977

1980

N

1965

N

HEPATOPATIAS CRÔNICAS

Controle de infecção cruzada

no consultório odontológico

– Vacinas, EPIs

Funções hepáticas

– Identificação clínica e laboratorial

de alteraçoes funcionais

– Manejo das alterações fisiológicas

durante o tratamento odontológico

Manifestações extra-hepáticas

Manejo de alterações

decorrentes da medicação

sistêmica

Prescrição de fármacos

FUNÇÕES HEPÁTICAS

Produção de proteínas plasmáticas (exceto

imunoglobulinas)

Albumina, fibrinogênio, fatores V, VII, IX, X, XIII

Função excretora - mecânismo de desintoxicação –

drogas e substâncias estranhas

Armazenamento de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e

cobre e ferro.

Metabolismo de hormônios – inativação de hormônios

esteroidais (corticóides), insulina e glucagon

Hidroxilação da vitamina D formando o hormônio 25-

hidroxicolecalciferol

CIRROSE HEPÁTICA

Fibrose, formação

de nódulos e

necrose

Alterações

– Hipertensão portal

– Varizes esofágicas

– Ascite

– Hiperesplenismo

– Ascite

– Encefalopatia hepática

Sistema Portal Área esplâncnica

Fígado

Baço Veia porta

Veia mesentérica

inferior

Cólon esquerdo

Veia

esplênica

Intestino delgado

Cólon direito

Veia mesentérica

superior

Hipertensão Portal - formação de

colaterais A HP leva a formação de colaterais porto-sistêmicas

Colaterais gastro-

esofageanas (varizes)

Colaterais

veia umbilical

Colaterais

retroperitoniais

Colaterais hemorroidárias

Hipertensão Portal As colaterais porto-sistêmicas podem ser

visualizadas endoscopicamente

Varizes Esôfago

Hipertensão Portal As colaterais porto-sistêmicas podem ser

visualizadas ao exame físico

ASCITE

Hiperesplenismo

Hipertensão portal

Aumento na pressão da

veia esplênica faz com

que o baço aumente

seu volume

Destruindo em um ritmo

acelerado todos os

tipos de células

sangüíneas

Plaquetopenia, anemia,

leucopenia

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

EXCREÇÃO DE SUBPRODUTOS DO METABOLISMO – COMPOSTOS NITROGENADOS (AMÔNIA)

AMÔNIA DEVERIA SER TRANSFORMADA EM URÉIA PELO FÍGADO

DEVERIA SER ELIMINADA NAS FEZES E URINA

AUMENTA A CONCENTRAÇÃO DE AMÔNIA NO SANGUE

AMÔNIA EM EXCESO NO CÉREBRO AFETA NEUROTRANSMISORES

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA – CUIDADOS COM VARIZES ESOFÁGICAS E HEMORRAGIAS

Outras co-morbidades

Diabetes

Nefropatias

Problemas pulmonares

Problemas cardíacos

Transplante hepático

MELD – Model of end stage liver disease - de 6 a 40

– INR

– BILIRRUBINAS

– CREATININA

– DIÁLISE

• Na

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES CUTÂNEAS

ICTERÍCIA

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES CUTÂNEAS

ANGIOMAS

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES CUTÂNEAS

ERITEMA PALMAR

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES MUCOSAS

ANGIOMAS

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES MUCOSAS

ICTERÍCIA

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES MUCOSAS

ICTERÍCIA

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES MUCOSAS

PERIO

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES DENTAIS

DENTES

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

ALTERAÇÕES MUCOSAS

ANEMIA

MEGALOBLÁSTICA

AVALIAÇÃO HEPÁTICA

BIOQUÍMICA DO SANGUE - TESTES DE FUNÇÃO HEPÁTICA

TGO (AST; SGOT) –

transaminase glutâmico-oxalacética (aspartato aminotransferase)

TGP (ALT; SGPT) –

transaminase glutâmico-pirúvica (alanina aminotransferase)

Fosfatase alcalina –

GGT – gama-glutamil transferase

AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA

COAGULAÇÃO

HEMOGRAMA COMPLETO

TP – Tempo de protrombina

TTP – Tempo de tromboplastina

TS – Tempo de sangramento

PLAQUETAS

MANEJO CLÍNICO

Evitar drogas antiagregantes plaquetárias – AAS, AINEs

Evitar AINEs – risco de ruptura de varizes

Procedimentos de pequeno porte

TP elevada > que 1 / ½ valor de controle

Plaquetas < 70.000 – ESTAR PREPARADO PARA

ALTERAÇOES DA HEMOSTASIA!!!

TRATAMENTO da hepatite C

Efeitos colaterais do tratamento com interferon alfa e ribavirina na hepatite C

Leucopenia

Neutropenia

Trombocitopenia

Anemia hemolítica

Fadiga

Depressão e outros transtornos psiquiátricos

Sintomas "gripais": febre e dores musculares

Sintomas gastrointestinais: náuseas e perda do apetite

Sintomas respiratórios: tosse e falta de ar

Dificuldade no controle de diabetes

Disfunção na tireóide: hiper ou hipotireoidismo

Sintomas dermatológicos: descamações (rash) e perda de cabelos

Risco aumentado de defeitos de nascença em grávidas

A B C D

Alta prevalência e patogênese

Alta prevalência x controle Necessitam confirmação Observacional

Crioglobulinemia mista Linfoma NH Tireoidite autoimune Psoríase

Gamopatia CA tireóide Neuropatia

Porfiria cutanea Síndrome Sicca Poliarterite Nodosa

Líquen Plano Fibrose pulmonar Síndrome Bechet’s

Diabetes Mellitus Polidermatomiosite

Nefropatia Fibromialgia

Aterosclerose Urticária

Prurido

Pseudo Kaposi

Vitiligo

MANIFESTAÇÕES EXTRA - HEPÁTICAS DA

HEPATITE C

Carrozo M, Gandolfo S; 2003

Zignego AL, Piluso A, Gianinni C; 2008

Análise sobre a associação

entre hepatite C e o líquen

plano oral

Alessandra Rodrigues de

Camargo - 2006

447 artigos – 33 selecionados

Eversole,R

Eversole,R

Liquen plano HCV+

Levantamento Epidemiológico e Análise do Perfil

Imunohistoquímico do Líquen Plano Oral Associado à Hepatite

C – Camargo, AR - 2010

CAPE-FOUSP

[email protected]

www.cape.fo.usp.br