manejo de ordenha e qualidade do leite como processo de … · chaves para a implantação de boas...
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MANEJO DE ORDENHA E QUALIDADE DO LEITE COMO
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM AOS EDUCANDOS
DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
Adriana Iasco Pereira da Silva1
Marcos Augusto Moraes Arcoverde2
Resumo: A idéia principal deste projeto seria associar as aulas teóricas e práticas da
disciplina Produção Animal, para que os alunos do terceiro ano fizessem um acompanhamento e tivessem mais informações quanto á importância de um manejo adequado na ordenha dos animais produtores de leite, aproveitando assim o ambiente que a escola dispõe principalmente onde atua o técnico em agropecuária, facilitando a troca de experiências entre educandos, funcionários e comunidade escolar, tendo ainda como base a experiência de vida dos alunos, auxiliando-os a transformar a realidade em que vivem. Palavras-Chave: Manejo, Aulas Práticas, Leite.
1 Introdução
A disciplina Produção Animal é contemplada em todas as séries do
curso técnico em agropecuária, com grande ênfase em manejo dos animais e
suas devidas particularidades, sendo que a terceira série do curso conta com
duas aulas teóricas e uma prática por semana, a qual ocorre em grupos
separados, caso a turma possua mais de 30 educandos, para que o professor
possa garantir um melhor aprendizado aos educandos.
Com o decorrer dos anos houve uma redução de aulas teóricas e
práticas, bem como, suspensão de algumas disciplinas relacionadas á
pecuária, nas quais as mesmas foram condensadas em apenas uma disciplina,
Produção Animal, ou seja, apesar da redução de aulas houve um aumento de
conteúdo, mas não necessariamente aumento da carga horária aos
educandos, ocorrendo assim, um prejuízo nos setores dos animais devido
acerto abandono e baixa frequência dos alunos aos setores. Cabe salientar
que com esta redução de aulas os alunos estão sendo prejudicados quanto a
sua formação nos conteúdos referentes á agropecuária.
1Professora PDE. Graduada em Medicina Veterinária. Docente em Pecuária no Centro
Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira Pena. 2Professor, Orientador, Mestre, Docente da Universidade Estadual do Paraná, Campus de Foz
do Iguaçu, PR.
No caso do terceiro ano, os conteúdos ministrados são referentes à
criação de animais de grande porte, ou seja, bovinocultura de leite,
bovinocultura de corte, equideocultura e bubalinocultura.
O projeto de implementação pedagógica buscou trabalhar conteúdos da
bovinocultura leiteira, a qual trata de todo o manejo para uma melhor produção
leiteira, bem como sanidade animal, nutrição e alimentação, importância da
atividade leiteira no Brasil,manejo no parto (nascimento da bezerra), manejo da
criação de bezerras e novilhas, alimentação e nutrição nas diferentes fases do
animal, manejo de vacas em produção, manejo de vacas secas, manejo de
ordenha (preparação para a ordenha, seqüência da ordenha, mastite,
instalações da sala de ordenha, tipos de ordenhadeiras, qualidade do leite).
Observa-se uma grande dificuldade em associar as aulas práticas e
teóricas referentes ao conteúdo da disciplina Produção Animal do terceiro ano
integrado á prática do dia a dia, mais especificamente, relacionado ao manejo
correto de ordenha e uma melhor qualidade do leite, pois a ordenha é feita nas
primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando os alunos não estão em
aula, e, desta maneira, não acompanham a ordenha dos animais.
Neste contexto, o projeto de implementação pedagógica - PDE/2013 foi
desenvolvido a fim de proporcionar aos educandos do Centro Estadual de
Educação Profissional Manoel Moreira Pena, da turma do terceiro ano
integrado do curso técnico em agropecuária um conhecimento mais amplo das
fases de ordenha e sua importância e reflexo na qualidade do leite, através da
associação de aulas práticas e teóricas na disciplina Produção Animal, de visita
técnica e da promoção de um dia de campo nas instalações do próprio colégio.
Ao refletir sobre a prática docente é necessário considerar que “mudar é
difícil, mas é possível, que vamos programar nossa ação político – pedagógica,
não importa se o projeto com nos comprometemos [...], se de ação sanitária, se
de evangelização, se de formação de mão de obra técnica” (FREIRE, 2002, p.
88).
Assim, mediante o exposto, o objetivo deste artigo é mostrar que as
aulas práticas e teóricas são fundamentais e que devemos buscar novas
formas de relacionamento entre estas duas dimensões da realidade.
2 Fundamentação Teórica
A bovinocultura leiteira representa grande importância para as pequenas
propriedades rurais e para a sociedade como um todo, contudo é necessário o
aprimoramento, manejo sanitário e desenvolvimento de novas tecnologias que
permitam assim uma maior lucratividade por parte dos trabalhadores
envolvidos no setor pecuário.
O que nos mostra Rosa (2009) em dizer:
Os conhecimentos sobre o comportamento das vacas leiteiras e sobre as técnicas corretas para a realização da ordenha são pontos chaves para a implantação de boas práticas de manejo na ordenha e para a obtenção de leite com alta qualidade (ROSA, 2009, p. 09).
Portanto, é de fundamental importância que as condições higiênicas e
técnicas corretas no local de ordenha sejam exemplares, a fim de se evitar
possíveis complicações tais como mastite, o resultado deste manejo adequado
irá ser um leite com alto teor protéico e livre de bactérias patogênicas. De
acordo com Corrêa & Corrêa (1992) a incidência de mastite:
[...] é variável de acordo com o tipo de criação, higiene, fatores predisponentes como: a grande produção leiteira aliada a rações ricas em proteínas, traumas mamários ( pastos sujos, maus tratos, cabeçadas de bezerros lactentes), o tipo e o método de ordenha (1992, p. 118).
Corrêa & Corrêa (1992) ainda mencionam que:
Microrganismos preexistentes na mama e potencialmente patogênicos, ou que são veiculados para a mama a partir do ambiente, ou por ordenhador, ou por teteira contaminada, podem passar a multiplicar-se muito ativamente ou aproveitar baixa resistência local (1992, p. 119).
Desta forma, podemos verificar que é de fundamental importância
associar aos educandos uma nova visão de seus estudos e aprofundar seus
conhecimentos para que se tornem sujeitos participativos e que resolvam e
busquem soluções para situações novas e inesperadas, para tanto, é
necessário que o professor tenha competência e técnicas de ensino a fim de
atingir assim, um ensino aprendizagem de qualidade. O que se percebe é que
o processo de ensino aprendizagem é complexo, o qual traz muitos desafios a
ser vencidos e superados, assim, o trabalho do educador, deve, a partir de
metodologias diversificadas, estimular o raciocínio, a experimentação e a
solução de problemas. Essa ideia é confirmada por Vasconcellos (1995, p. 35)
quando diz que “o trabalho principal do professor não é fazer os alunos se
debruçarem sobre os livros didáticos, mas sim debruçarem-se sobre a
realidade, tentando entendê-la.”
Oportunizar apenas informação aos educandos acrescenta muito pouco
à preparação intelectual, assim, devemos envolvê-los e proporcionar-lhes o
desenvolvimento de habilidades pessoais e interpessoais, a criatividade e as
novas tecnologias existentes, diante disso confirma Vasconcellos, (1995, p. 45)
que “cabe ao educador não apenas apresentar os elementos a serem
conhecidos, mas despertar, como freqüentemente é necessário, e acompanhar
o interesse dos educandos pelo conhecimento”.
Já o educando deve ser um ser ativo, capaz de construir novos
conhecimentos, elaborando novos desafios através de hipóteses, construindo
assim seu modo de agir e pensar, enfim, ter uma nova visão de mundo. A
construção de novos conhecimentos deve acontecer a partir dos
conhecimentos trazidos pelos educandos, o que ocorre geralmente no setor da
pecuária, em que os mesmos trazem já internalizados estes prévios
conhecimentos das relações que estabeleceram com o meio onde vivem,sendo
assim, devemos aceitar e respeitar o conhecimento acumulado dos mesmos e
auxiliá-los e contribuir para o desenvolvimento total da pessoa.
Assim, o educador deve estimular o aprendizado nos educandos sendo
que o domínio de conteúdo é um fator importante e necessário para o
professor, porém não deve deixar de lado as questões relacionadas á didática
e as condições metodológicas.
Muitas vezes precisamos saber mais o “como acontece” para
aperfeiçoar o “como fazer”, pois segundo Paulo Freire o importante é aprender
a pensar - pensar a realidade, e o sujeito que aprende - aprende por meio de
sua experiência, pois o homem, na sua relação com a natureza, sempre foi
estimulado e desafiado em sua curiosidade, e é claro também por necessidade,
a buscar, portanto, respostas e soluções. Bordenave & Pereira (1984) deixam
como exemplo os alunos de ciências agrárias, que trabalham com plantas,
animais e se familiarizam com as práticas e problemas reais da agricultura e da
vida rural, esses alunos vão adquirindo formas e soluções de resolver
problemas e se aprofundar em uma determinada especialidade.
E ainda para exemplificar, Bordenave & Pereira (1984, p. 229)
mencionam que:
A prática de campo no ensino agrícola é essencial, porque situa o aluno diretamente em contato com a realidade e ensina-o a conhecer e resolver os múltiplos e variados problemas que se apresentam nos trabalhos diariamente de campo.[...] O ensino tem que ser objetivo e o aluno deve aprender diretamente no campo, praticando ele próprio, de preferência.
Desta forma, devemos considerar que:
Sejam quais forem os objetivos estabelecidos, o próximo passo será definir o caminho ou estratégia a seguir para facilitar a passagem dos alunos da situação em que se encontram até alcançarem os objetivos fixados, tanto os de natureza técnico profissional, como os de desenvolvimento individual, como pessoa humana e como agente transformador de sua sociedade (BORDENAVE & PEREIRA, 1984, p. 83).
3 Metodologia
O projeto foi realizado no Centro Estadual de Educação Profissional
Manoel Moreira Pena sendo aplicado na disciplina Produção Animal, em aulas
teóricas e práticas, no primeiro trimestre, em que foi usado diversas estratégias
de ensino aprendizagem para que ocorresse o resultado esperado.
O projeto foi apresentado para a comunidade escolar a fim de haver uma
maior participação de professores e funcionários, durante a Semana
Pedagógica no início do ano letivo de 2014, e em seguida no período de início
das aulas aos alunos do terceiro ano do ensino profissional, com os quais
foram levantados diversos problemas mediante discussão e análise da
ordenha, objeto de trabalho durante o trimestre.
O projeto constou de 3 unidades á serem realizadas juntamente com os
alunos, os quais deveriam replicar essas atividades com a comunidade em
geral. Vale ressaltar que o projeto foi desenvolvido com aulas expositivas
teóricas e aulas práticas da disciplina “Produção Animal”.
3.1 UNIDADE 1 - Teste de mastite em todas as vacas em lactação
Esta unidade mostrou aos alunos como a mastite pode causar grandes
prejuízos na atividade leiteira, os educando puderam observar a mastite quanto
ao diagnostico, ou seja, mastite clínica e subclínica, onde é fundamental
identificá-las para o controle da mastite a fim de se fazer um melhor tratamento.
Após a aula teórica sobre o conteúdo, ou seja, a mastite e sua
importância, os alunos foram para o setor de bovinocultura para que pudessem
associar a teoria e a prática de forma na mesma ação.
A turma foi dividida em dois grupos de 16 alunos cada grupo, esses
alunos foram divididos em 4 grupos, sendo que para cada grupo foi
disponibilizado uma vaca em lactação, para que fizessem o processo do teste
de mastite. Os testes realizados foram o da Caneca de Fundo Preto e o Teste
de Mastite CMT (Califórnia Mastite Teste), com o objetivo de diagnosticar as
vacas com mastite clínica e subclínica.
Após as vacas entrarem na sala de ordenha, começam a serem
preparadas para a ordenha. Neste momento, é feito o pré-dipping, ou seja, são
lavados os tetos mais sujos e secados com papel toalha, passando em seguida
uma solução diluída com hipoclorito.
Antes de iniciar a ordenha propriamente dita, é descartado os 3
primeiros jatos de leite de cada teto, em seguida se faz o teste da Caneca de
Fundo Preto, ejetando o leite na caneca que deve ser movimentada á procura
de grumos de leite (o leite mas títico), mesmo que pequenos. Caso apresente
grumos, a vaca é diagnosticada com mastite clínica.
Em seguida, se realizou o teste CMT( Califórnia Mastite Teste), o qual é
o teste mais eficiente para se verificar a presença de mastite subclínica.
Para realizar esse teste deve-se:
Desprezar os três primeiros jatos de cada teto.
Colocar, em cada divisão da raquete (instrumento específico para o teste), o
leite de cada teto até a primeira marca, equivalente a 2 ml de leite;
Colocar o reagente até a segunda marca, equivalente a 2 ml e mexa a placa
de um lado para outro em movimentos circulares para misturar bem o leite e a
De acordo com o resultado pode se notar que diversos animais
apresentaram quadro de mastite clínica e subclínica, o que auxiliou no
tratamentos dos animais de forma mais adequada.
A seguir, o quadro 1 exemplifica os resultados obtido em um aula teórico
prática.
TABELA 1 - Resultados obtidos em aula teórico-prática conforme a o animal.
VACA
CANECO FUNDO ESCURO
CMT
A Negativo Positivo +/teto anterior
esquerdo;
B Negativo Negativo todos os tetos;
C Negativo Positivo ++/teto anterior
direito e esquerdo;
D Negativo Negativo todos os tetos;
E Positivo Positivo +/ teto posterior
direito;
F Positivo Positivo +/ teto anterior
esquerdo;
G Positivo Positivo +++/ todos os tetos;
H Negativo Negativo todos os tetos;
FONTE: Adriana Iasco Pereira da Silva, 2014
Após os resultados dos exames, foi feito uma discussão juntamente com
os alunos dos grupos. Nesse momento cada grupo apresentou os dados de
seu animal, tais como idade, número de parições, data do último parto,
histórico de mastites passadas, além do resultado dos testes realizados. Na
seqüência, eles responderam os seguintes questionamentos: Como podemos
evitar essas mastites? Qual o tratamento mais indicado para cada animal? A
ordem dos animais com mastite está sendo respeitada, a fim de se evitar
contaminação de outros animais?
Os alunos discutiram para encontrar as respostas e chegaram a
conclusão de que o ambiente onde os animais vivem é predisponente a
mastite, devido ao excesso de exterco próximo aos cochos e a falta de
cuidados higiênicos com o ordenhador e sala de ordenha, sendo esses os
fatores de grande contribuição para os casos da doença.
Um ponto negativo a ser considerado nesta unidade foi a quantidade de
alunos, pois, onde há um grande número de alunos há também conversas
paralelas, e como se sabe as vacas necessitam de muita tranqüilidade no
momento da ordenha para que haja a liberação do leite, o ideal é que houvesse
menos alunos por grupo.
3.2 UNIDADE 2 - Visita Técnica a Star Milk - Céu Azul, PR.
Esta visita teve como propósito mostrar aos alunos que se preparam
para o mercado do trabalho o ambiente real de uma leiteria, bem como seu
funcionamento e suas práticas cotidianas.
A visita técnica foi realizada na propriedade Star Milk, uma empresa
altamente produtora de leite, que visa à tecnologia aliada ao bem estar dos
animais. Esta atividade ocorreu ainda no primeiro trimestre do ano letivo, e teve
duração de 8 horas.
Os educandos puderam visualizar na prática a teoria aprendida em sala
de aula sobre os seguintes conteúdos: manejo de ordenha e qualidade do leite,
cuidados com os animais, manejo sanitário, profilaxia, e genética avançada.
Atividades que puderam ser observadas durante a visita foram:
Foi possível observar que os educandos constataram que com a visita
na empresa Star Milk agregou-lhes mais valores, tanto pessoais como
profissional, e voltaram muito motivados para o exercício da futura profissão de
técnico em agropecuária.
A visita técnica transcorreu muito bem, dentro de todas as expectativas
programadas. Após a visita, já em sala de aula, houve um debate sobre as
novas tecnologias e uma comparação com a nossa escola. Nesta atividade não
houve pontos negativos observados.
3.3 UNIDADES 3 - “Dia de Campo - Manejo de Ordenha e Qualidade do Leite"
O dia de campo foi planejado juntamente com os educandos do terceiro
ano, onde ideia neste momento seria unir a teoria á prática, e a prática
realimentar a teoria.
A turma destinada ao Dia de Campo foi o terceiro ano B, do ensino
técnico em Agropecuária, seguindo os seguintes passos:
1. Reunião de toda a turma do terceiro ano do curso técnico para decidir sobre
a realização do dia de campo bem como o local;
2. Seleção de métodos ou meios de comunicação em extensão rural para
reforçar o convite do dia de campo, tais como: reunião com informação, reunião
com demonstração, unidade de demonstração, carta circular ou convite
programa, folder, folheto, cartaz e outros;
3. Verificar a quantidade de pessoas á visitar o Dia de Campo, a fim de
estruturar o local, palestrantes, guias, crachás e outros.
Os temas desenvolvidos pelos alunos foram:
Tema 1: “Cuidados higiênicos na sala de ordenha”.
Tema 2: “Mastite seus cuidados e prevenção”.
Tema 3: “Processo de funcionamento e limpeza da Ordenhadeira”.
Tema 4: “Características Externas de uma boa vaca leiteira”.
Tema 5:“Manejo Sanitário e Profilático em Bovinos de Leite”.
Tema 6: “Cuidados com Bezerros recém Nascidos”.
Tema 7: “Manejo Nutricional em Vacas Lactantes”.
Os grupos foram distribuídos pelo setor da bovinocultura, como a própria
sala de ordenha, bezerreiro, sala de ração e tronco de contenção animal, os
grupos continham em média 6 alunos, onde todos deveriam participar e
interagir com os participantes.
Foi ainda criado um grupo de 05 alunos para auxiliar na organização do
evento, onde os mesmos deveriam promover a propaganda do Dia de Campo,
através da confecção e fixação de cartazes e folders nas escolas, secretaria da
agricultura, cooperativas, rádios, confecção e entrega dos certificados aos
participantes, armação de barracas, recepção das participantes, etc.
A realização do evento foi á partir das 10h00min da manhã, onde os
participantes do colégio começaram a chegar juntamente com seu professor
orientador e foram divididos pelo grupo da organização em grupos de 10 á 15
alunos e encaminhados às estações que estavam identificadas com o titulo do
assunto a ser explanado.
Após a apresentação do Dia de Campo, os participantes preencheram
um questionário com algumas perguntas, e receberam o certificado de
participação do evento, as perguntas eram:
A apresentação do tema proposto foi clara e objetiva?
Suas dúvidas foram sanadas?
O local estava apropriado?
O evento estava organizado?
Ao final do evento toda a turma foi reunida, para que houvesse uma
interação entre as dificuldades durante o processo, bem como a vistoria do
questionário realizado, sendo que a maioria dos participantes elogiaram muito
o evento, desde sua organização e o preparo dos educandos, deixando desta
forma os alunos muito motivados quanto ao Dia de Campo.
4 Considerações Finais
O projeto PDE foi de grande importância para os educandos quanto para
a escola em si. Pois houve um grande envolvimento de todos, as instalações
foram melhoradas, bem como o manejo dos animais, desde sua alimentação
até o manejo sanitário, devido á uma organização maior por parte dos alunos e
ao maior número de aulas práticas no setor em fora do horário convencional
das aulas e da cobrança por parte dos educandos á escola para que
adquirissem medicamentos, reformassem a sala de ordenha, adquirissem
material de limpeza adequado, etc.
Muitas foram as vantagens e desvantagens do projeto, mas enfim ,
todos de grande valia.
Dessa forma, consideram-se a seguir as vantagens atribuídas ao
desenvolvimento do projeto:
Maior comprometimento por parte dos alunos para com a escola;
Melhora das instalações na bovinocultura promovida pela escola;
Participação da comunidade em geral e funcionários e pais dos
educandos que compareceram no evento do Dia de Campo;
Integração de diversas disciplinas, principalmente a disciplina de
Extensão Rural, onde a professora contribuiu com a elaboração de
faixas e folders juntamente com os mesmos além de prepará-los para a
apresentação;
Controle dos animais de forma mais periódica e constante auxiliando no
controle e tratamento da mastite e outras patologias;
Houve uma interação maior dos educandos quanto a experiência de vida
dos mesmos;
De igual forma, ao longo do processo, tivemos as seguintes desvantagens:
Poucas aulas teóricas e práticas para desenvolver o projeto e realizar o
desenvolvimento da ementa destinada ao terceiro ano, pois faltou tempo
para aplicar os conteúdos sobre bubalinocultura e equideocultura,
deixando assim a turma atrasada referente ao conteúdo.
Excesso de alunos nas aulas práticas, principalmente durante a ordenha
das vacas, onde as mesmas necessitam de um ambiente tranqüilo e
silencioso para que haja a ejeção do leite, o que por vezes não
aconteceu devido às conversas paralelas dos educandos no local.
Reclamação, por parte de funcionários, devido ao barulho na sala de
ordenha, movimento no setor da bovinocultura para a organização do
evento e devido às aulas fora do horário.
Portanto o Projeto PDE-2013 - "MANEJO DE ORDENHA E QUALIDADE
DO LEITE COMO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM AOS
EDUCANDOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA", foi fundamental
para a escola, alunos, funcionários, professores e para confirmar que as aulas
práticas e teóricas são fundamentais e interagem entre si, reforçando ainda que
o número de aulas não é suficiente para desenvolver o trabalho docente, tendo
em vista a ementa e formação técnica necessária para o futuro profissional. Foi
possível perceber que o número de aulas práticas não é suficiente para o
desenvolvimento da disciplina Produção Animal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BORDENAVE. J. D.; PEREIRA. A. M. Estratégias de Ensino Aprendizagem. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 1984. CORRÊA, W. M; CORRÊA, C. N. Enfermidades Infecciosas dos Mamíferos Domésticos. 2º ed. São Paulo: Medsi, 1992. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002. ROSA, M. S. Boas Práticas de Manejo: Ordenha. Jaboticabal: Funep, 2009. VASCONCELLOS, C. S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. Cadernos Pedagógicos do Libertad 2. 3ed. São Paulo: Libertad, 1995.
5 ANEXOS
ANEXO 1 - Dia de Campo: Manejo de Ordenha e Qualidade do Leite
FONTE: Arquivo do projeto, 2014
Demonstra a atividade realizada na escola conforme a Unidade 3 do projeto.
Trata-se de exposição realizada pelos educandos do 3° ano do curso Técnico
em Agropecuária.
ANEXO 2 - Dia de Campo, Manejo de Ordenha e Qualidade do Leite
FONTE: Arquivos do projeto, 2014
Demonstração da atividade “Características Externas de uma boa vaca leiteira”
no Centro Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira Pena. Atividade
desenvolvida no Dia do Campo.
ANEXO 3 - Dia de Campo, Manejo de Ordenha e Qualidade do Leite
FONTE: Arquivos do projeto, 2014.
Estudantes de outra instituição (uniforme verde) visitando a exposição Dia do
Campo. Centro Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira Pena.