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PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO Página 1 de 42 Co-financiado pelo FSE e Estado Português Formador (a): Susana Esteves Localidade: Torres Vedras

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PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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Formador (a): Susana Esteves

Localidade: Torres Vedras

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INDICE

INDICE ............................................................................................................................................ 2

OBJECTIVOS GERAIS ...................................................................................................................... 3

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................................. 3

BENEFÍCIOS E CONDIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DOS MESMOS ............................................................. 3

introdução ..................................................................................................................................... 4

PROCESSO DA COMUNICAÇÃO ................................................................................................... 17

COMO FAZER PAGINAÇÃO NO WORD 2007/2010 ............................................................................ 21

A importância das cores. ............................................................................................................. 27

Análise e Planeamento ................................................................................................................ 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 42

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OBJECTIVOS GERAIS

Os formandos no final do curso deverão estar aptos a aplicar correctamente os conhecimentos

e as competências adquiridas ao longo do curso e as competências profissionais.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Definir elementos gráficos para multimédia. Reconhecer, interpretar e aplicar os conceitos de design de comunicação.

BENEFÍCIOS E CONDIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DOS MESMOS

Este manual esta elaborado com base numa linguagem técnica e com base teórica ao que será

apresentado em contexto de sala de aula.

Os formandos poderão ter neste manual um apoio teórico-prático para o desenvolvimento da

sua atividade. O manual deverá ser utilizado como suporte das sessões teórico práticas a

ministrar na sala de formação. Todas as definições, rácios e conclusões estarão presentes

neste manual

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INTRODUÇÃO

A importância do design está na criação de produtos que facilitem a vida das pessoas sem esquecer a importância estética, ou seja, criar coisas funcionais e bonitas. Temos um mercado consumista onde há inúmeros aparelhos com as mesmas funcionalidades e preços. Por isso, hoje em dia o design é o fator decisivo no sucesso ou fracasso de um produto. Assim como um design bem pensado desperta o desejo dos consumidores, um design pobre e mal feito gera uma repulsa enorme.

Um problema encontrado ai é o aparente descaso das empresas com o design de suas marcas e produtos, pois muitas ainda consideram design uma perda de tempo e dinheiro, um gasto supérfluo e desnecessário.

A multimédia é...“ A combinação, controlada por computador, de texto, gráficos, imagens, vídeo, áudio, animação e qualquer outro meio pela qual a informação possa ser representada, armazenada, transmitida e processada sob forma digital, em que existe pelo menos um tipo de media estático (textos, gráficos ou imagens) e um tipo de media dinâmico (vídeo, áudio ou animação).” Nuno Ribeiro

Veremos como aliar estes dois conceitos.

O design é... 1- O desenho de um objecto. 2- Algo que se refere à estética de um objecto. 3- Imaginar coisas diferentes das outras. 4- Um processo que tem em conta a boa forma de um objecto. 5- Um processo para tornar as formas dos objectos mais ao gosto dos clientes. 6- Um processo que permite tornar um objecto mais engraçado. 8- Uma forma de vender. 9- Pode ser comunicação visual. 10- Um processo desenvolvido em equipa. 11- A adequação de uma forma à sua função. 12- Criar objectos que façam rir as pessoas. 13- Camuflar os defeitos dos produtos. 14- Fazer coisas modernas para vender melhor. 15- Um processo que procura dar uma resposta eficaz a uma necessidade. 16- Um instrumento de gestão do mercado. 17- Desenhar uns sites com boa aparência. 18- Uma disciplina que faz uso da criatividade. 19- Uma disciplina onde impera a fantasia. 20- Saber vender frigoríficos a esquimós. 21- Um método no qual se assumem compromissos. 22- Algo que não tem em conta a funcionalidade dos objectos. 23- Algo que permite melhorar um produto existente.

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24- Um processo realizado por etapas. 25- Um método de estudo e proposta de solução de problemas. 26- Fazer coisas novas que muita gente goste. 27- O que dá mais nas vistas. 28- Um método que permite pensar em novas formas para palitos ou outras quaisquer. 29- Um método que procura satisfazer uma função. 30- Uma disciplina que permite harmonizar o ambiente humano. 31- Uma actividade que produz novas realidades. Escola Secundária Eça de Queirós Ano Lectivo 2009/2010 Design de Comunicação e Audiovisuais |10º M 32- Inovação, mesmo quando não se vê. 33- Um contributo indispensável para o esforço de preservação e requalificação do meio ambiente. 34- Um método de acção. 35- Um ato politico. Quando fazemos o design de um produto estamos a fazer uma declaração sobre a direção em que o mundo se irá mover. 36- Um meio de combater a mecanização da sociedade. 37- Um meio para desenvolver produtos ecológicos. 38- Um método para criar produtos únicos e irrepetíveis. 39- Uma obra de arte. 40- Um meio para diferenciar as pessoas por classes sociais. 41- Um meio de desenho. 42- Um meio para fazer esculturas. 43- Um meio para desenvolver produtos para museus. 44- Uma disciplina que determina as propriedades formais dos objectos. 45- Uma marca de iogurte. O Design serve para: - Melhorar as características de uso dos produtos? - Suprir necessidades humanas através dos objectos? - Melhorar a qualidade ambiental? - Determinar a fisionomia dos objectos , conferindo-lhes qualidade estética? - Aumentar a produtividade? - Aumentar o volume de vendas? - Aumentar o volume das exportações? - Aumentar o lucro de uma empresa? - Coordenar o planeamento e execução dos produtos? “ O design procura, essencialmente, satisfazer uma função” Gui Bonsiepe “a função é para o designer o que a saúde é para o médico” “O design é uma metodologia para equacionar e resolver problemas, de que resulta um produto para a satisfação de necessidades humanas e para o controlo do ambiente; quer esse produto seja uma estrutura física e se passe à escala da cidade (urbanismo), da casa (arquitectura), ou do objecto (design industrial), quer se passe ao nível da comunicação visual (design gráfico)”

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A IMPORTÂNCIA DO DESIGN

Muitas pessoas ainda não tem consciência da importância e da eficiência de um bom trabalho de Design. A identidade visual de sua empresa faz toda a diferença no que se diz respeito a imagem que ela passa ao cliente quando ele a visualiza.

Quase todo mundo julga ter habilidades para fazer Design e isso é lógico e perfeitamente compreensível, pois estamos em contato com ele o dia todo através de embalagens, impressos, revistas, anúncios e peças do nosso cotidiano que muitas vezes passam

despercebidas mas que são, bem feitas ou não, por Designers e pessoas que estudaram para isso.

Há muita gente no mercado que se julga capaz de executar trabalhos desse tipo e que na verdade estão ludibriando seus clientes mostrando a eles produtos extremamente ineficientes e insatisfatórios, que desvalorizam o trabalho de suas empresas, desgastando e prejudicando amplamente sua imagem no mercado além de, é claro, desperdiçando seu dinheiro e seus negócios.

É dever do designer, traduzir da melhor forma os anseios e intenções de seus clientes, mostrando a eles a importância de seu trabalho e o quanto a confiança no conhecimento desse profissional, pode transformar a imagem de determinada empresa transmitindo toda a qualidade e eficiência de seu produto ou serviço.

Entende-se por design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais do produto, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos utilizadores. O design é o meio de adicionar valor aos produtos industrializados, levando à conquista de novos mercados. As empresas têm usado o design como poderoso instrumento para introduzir diferenciações nos produtos e destacarem-se no mercado, perante aos seus concorrentes.

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O design surgiu para ser a ferramenta das empresas em busca de um produto melhor.Com o design firmou-se a idéia de que "a forma segue a função", ou seja, aquilo que é bem projetado do ponto de vista funcional acaba tendo uma forma agradável, atraindo o cliente.

Durante sua evolução, o design teve momentos em que representava claramente a cultura de um país ou região: design italiano, americano, alemão, japonês. Com a troca de informações em todo o mundo, e o processo de "globalização", pouco a pouco as diferenças culturais entre produtos de diversos países foram diminuindo, levando à projeção de um produto aceito internacionalmente.Hoje está-se chegando a um equilíbrio: o produto deve ser bem aceito no mundo todo, mas mantendo uma identidade nacional, ou seja, ele deve representar aspectos positivos do país em que foi criado.

O design se manifesta, principalmente, através de duas qualidades: funcionalidade e estilo.As pessoas sempre associam design ao bom gosto, a algo bem-feito. Os melhores recursos que temos para descobrir o design são os nossos sentidos, principalmente os da visão e do tato, empregados no uso do produto ou serviço.

As duas principais formas mais conhecidas de design são:

GRÁFICO - São projetos da marca (logotipo) e do material de papelaria da empresa (papéis timbrados, cartões de visita, etc.), do visual da embalagem, dos cartazes, dos folhetos, das capas de livros e dos discos.

DE PRODUTO - São os projetos de objetos, tais como o aparelho de barba, cadeiras, automóveis e torneiras.

Uma boa embalagem tem tanto design gráfico como design de produto. No design gráfico pode-se observar o "visual" da caixa, as instruções nela impressas, etc. No design de produto é selecionado o material da embalagem, a maneira de usar esse material, o formato (modelo) da embalagem, como será montada, etc.

Outras formas de design estão surgindo:

DESIGN AMBIENTAL - Procura reduzir o impacto causado pela produção em escala industrial sobre o meio ambiente. Promove a utilização de materiais alternativos, combina diferentes matérias primas e evita o desperdício.

DESIGN CÉNICO - Projeta palcos para teatro, música, balé, cenários para cinema e produções de TV.

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DESIGN DE VITRINES - É aplicado nas lojas, melhorando a exposição dos produtos, atraindo consumidores e facilitando as vendas.

WEB DESIGN - Projeto de enderêços (sites) e apresentação gráfica na Internet. DESIGN DE INTERFACE - Projeta as telas dos programas de computador.

DESIGN MULTIMÉDIA – Alia todo o conceito de Design com o potencial da Multimédia.

Até mesmo na comida podemos encontrar o design: no projeto de um novo tipo de massa caseira, esta deverá ser bonita, de rápido cozimento e fácil de embalar. Percebe-se, então, que o design pode estar em quase qualquer lugar. Da cabine das naves espaciais aos aparelhos de barba descartáveis.

Designer é o profissional que elabora o design de um produto. Em uma indústria, o designer desenvolve o projeto do produto. Em parceria com o designer, o projetista faz o detalhamento de algumas peças do produto e, finalmente, o desenhista técnico prepara os desenhos de fabricação. Quem trabalha com design experimenta algumas formas diferentes de criar, gerenciando uma quantidade de desenhos e anotações. Seleciona as soluções mais promissoras e se concentra nelas, aperfeiçoando-as. Finalmente escolhe a que se desenvolveu melhor e cria novas alternativas. A idéia escolhida é aprimorada, até que seja viável a produção.Nesse processo, uma grande variedade de idéias têm chance de sucesso. Algumas delas, descartadas no caminho, podem ser aproveitadas no futuro, com alguma inovação em materiais ou processos de fabricação, mudanças no mercado ou exigências do consumidor. É muito mais fácil inovar se esse é um hábito da empresa. O design costuma trazer soluções inesperadas. Hoje, mais do que nunca, a empresa deve estar preparada para ter sua imagem comparada com a concorrência. Nos mercados nacional e internacional todos estão competindo por um espaço no desejo do consumidor. Disputam preço, qualidade e novidade.No meio de tantas ofertas, o consumidor quer adquirir o produto que melhor atenda as suas necessidades pelo menor preço.Deve-se conquistar o desejo do consumidor no primeiro olhar. Uma vez conquistado, ele facilmente associará o produto à empresa.

Além de ser um importante fator na conquista do consumidor, o design é uma alternativa para a redução dos custos de produção, fazendo uso de diferentes matérias-primas, associadas ou não, e ajudando na racionalização de gastos.O design auxilia as empresas também na área de preservação ambiental, propondo alternativas capazes de reduzir o impacto da utilização dos recursos naturais não renováveis.

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O design é fator diferenciador de produtos e serviços. Ele destaca aspectos, como identidade, qualidade e satisfação do cliente, que são condicionantes fundamentais para a manutenção e conquista de mercados.

O DESIGN NA ERA DIGITAL

A prática da editoração eletrônica, ou do chamado desktop publishing (DTP), nome pelo qual ela é internacionalmente conhecida hoje em dia, foi aparecendo gradualmente nas décadas de 70 e 80, com os primeiros programas processadores de texto e as impressoras de impacto (tipo margarida ou daisywheel), utilizados nas universidades e nas grandes empresas para a confecção in house das artefinais de teses e relatórios de circulação interna ou restrita. Para isso se usavam inicialmente os computadores mainframes, depois os minicomputadores, e finalmente os PCs.

Com a tecnologia do DTP se podia simular e comparar rapidamente uma quantidade muito grande de soluções, em forma de artefinal, para problemas de design gráfico e tipográfico - em número bem maior que aqueles gerados normalmente por métodos tradicionais (e que apareciam até então sob a forma de roughs e layouts aproximados). O custo dos visuais gerados na tela e impressos nas lasers e nos jatos de tinta era mais baixo e o feedback imediato. Havia ainda a possibilidade de se poder desfazer (undo), a qualquer momento, a última ação ou transformação realizada na imagem ou no texto. Se o resultado de uma experiência não satisfizesse o autor, ou fosse resultado de um êrro de operação, se poderia corrigir a falha rapidamente, sem quaisquer penalidades e a um custo ínfimo.

Com isso, os designers eletrônicos passaram a refinar cada vez mais a qualidade de seus layouts, manipulando repetidamente detalhes gráficos em escala cada vez menor, chegando inclusive a poder trabalhar, quando desejável, contornos e detalhes de letras. Para completar o quadro, várias modalidades visuais (textos, desenhos geométricos, gráficos, fotos, pinturas, objetos em 3 dimensões) podiam ser então facilmente geradas e/ou processadas por uma só pessoa e integradas pelo computador gráfico à uma página ou a um slide de apresentação, já que os aplicativos haviam se tornado mais diversificados e fáceis de usar, enquanto a matéria-prima permanecia sendo sempre a mesma: pontos luminosos (pixels), preto-e-branco ou coloridos, numa tela de vídeo.

Em suma, os designers passaram a ter uma maior liberdade para experimentação e um maior controle sobre suas criações. O resultado de qualquer decisão ou manipulação executada por eles era imediatamente mostrado na tela, para ser aceito ou rejeitado pelos mesmos. A gama de alternativas de ação, passíveis de execução a qualquer momento, também foi se tornando cada vez mais ampla, a medida que os programas visuais foram evoluindo.

DESIGN, O PODER DO BELO

A arte de fazer coisas belas, o design, tornou-se um componente vital da economia moderna. O termo design, da língua inglesa, está dicionarizado em português e definido pelo Dicionário

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Aurélio como "concepção de um projeto ou modelo". No mercado de trabalho em empresas de ponta e altamente competitivas, os designers são hoje mais bem pagos e admirados do que os engenheiros e administradores. Um dos primeiros estudiosos a detectar e explicitar essa tendência foi o guru econômico americano Tom Peters. Diz ele: "Posso escrever sem esforço uma centena de situações em que o design é decisivo no mundo. Ele varia da aparência física de um quarto ao artista que faz a maquiagem de um apresentador de televisão. As pausas e os improvisos brilhantes nos discursos de Winston Churchill e os computadores da Apple são materializações de excelência no design. O design é tudo aquilo que torna uma coisa cotidiana mais usável ou desejável. Eu diria que viveremos daqui para a frente em um mundo em que a forma das coisas adquirirá mais e mais poder".

Ao americano Steve Jobs, o chefão da empresa de computadores Apple, citada por Tom Peters, atribui-se o feito de ter salvado sua companhia da falência simplesmente desenhando produtos irresistíveis. O mais recentes deles, o iPod, um pequeno tocador de músicas em MP3, tornou-se uma mania mundial e a grande fonte de receita da empresa de Jobs, superando os computadores Mac em unidades vendidas. Jobs tem uma definição de design que resume como poucos sua importância no mundo atual: "O design é a alma das criações humanas". Pode ser um sacrilégio, mas, se não é a alma, o desenho de um produto tornou-se nos dias de hoje o principal componente de sua trajetória no mercado. A elevação de uma peça qualquer à condição de ícone e sonho de consumo ou seu esquecimento nas prateleiras das lojas depende muito mais da forma que de outras características. Diz Peters: "O design já foi apenas um departamento das indústrias onde se dava o acabamento aos produtos. Hoje ele é, ou pelo menos deveria ser, o centro das atenções de todos. O desenho da gravata do executivo principal, a forma da linha de montagem, a capacidade de comunicação da logomarca da companhia ou a sinalização das portas de emergência fazem parte da mesma mensagem que a empresa emite para o público externo. É por esses sinais aparentes que ela será julgada".

Até pouco tempo atrás, a palavra design evocava produtos de aparência extravagante e, sobretudo, caros. O conceito está hoje totalmente mudado. Pela primeira vez na história, o cuidado estético com objetos, aparelhos, prédios e ambientes não está restrito a uma elite social econômica ou artística, limitado a alguns segmentos da indústria, nem está sendo feito, usado ou adquirido para passar a idéia apenas de refinamento. O apelo estético está em todos os lugares, em todas as coisas e, felizmente, se tornou acessível a quase todos. A origem dessa popularização repousa, em boa parte, numa mudança de percepção por parte da indústria e do comércio. Tradicionalmente, a forma de um produto era mero complemento de sua funcionalidade. No desenvolvimento de um objeto utilitário ou um aparelho, apostavam-se todas as fichas em sua qualidade, eficiência e durabilidade – a aparência era um detalhe adicionado no fim do processo. Criar produtos nos quais a probabilidade de surgir defeitos era próxima de zero foi o mantra entoado pelas corporações. O resultado é que, em inúmeros segmentos, os produtos concorrentes ficaram muito semelhantes. Como se diferenciar e chamar a atenção do consumidor para determinada marca? Resposta: fazendo com que o produto, além de cumprir bem sua função específica, atraia pela beleza, ou pelo estilo inusitado, ou por uma aparência identificada com o próprio jeito de ser e de pensar de seu usuário. Em suma, pelo design.

Essa nova configuração é a economia do design. Apesar do nome, não se trata de um mero fenômeno industrial e comercial, e sim de uma inédita confluência de tecnologia e cultura. A própria expressão design superou a definição original, ligada a peças únicas de decoração, e abrange agora um espaço amplo. Serve para tornar os ambientes de trabalho mais prazerosos, melhorando a produtividade das empresas. Também está presente no hermético desenho dos

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circuitos eletrônicos no chip de memória dos computadores. "Foi o design que conseguiu comprimir dentro de uma ambulância e, mais tarde, de um helicóptero os aparelhos imprescindíveis para emergências médicas", diz Flávio Murachovsky, vice-presidente de tecnologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os objetos de design passaram a ser consumidos em larga escala, tornando o cotidiano das pessoas mais agradável. "Depois de passar um século focados em outros objetivos, como resolver problemas de fabricação e baixar custos, estamos cada vez mais engajados em tornar nosso mundo especial, e o design é fundamental para isso", pondera a filósofa americana Ellen Dissanayake, da Universidade de Maryland.

Se antes o design era uma criação de ateliês, hoje ele representa o bom gosto em escala industrial. No novo xadrez da economia do design, os jogadores são as grandes corporações, como a Philips e a Sony. Mesmo os grandes designers que antes desenhavam para poucos clientes endinheirados, como o francês Philippe Starck e o americano Michael Graves, hoje trabalham para empresas que fabricam suas criações em grande escala e as distribuem para lojas de departamentos e supermercados – e, graças à escala, com preços em conta. Com sua popularização, o design tornou-se um combustível de peso das economias.

Os designers são a parte mais visível de uma nova e cada vez mais influente categoria de profissionais, a daqueles que usam a criatividade como fator-chave nos negócios, na educação, na medicina, no direito ou em qualquer outra profissão. Autor de The Rise of the Creative Class (A Ascensão da Classe Criativa), o americano Richard Florida, professor de economia na Universidade Carnegie Mellon, diz que são eles que estão dando forma ao modo como trabalhamos, aos nossos valores e desejos – ou seja, tornaram-se a grande "filosofia visual" do nosso cotidiano. "Como essa criatividade é o motor do crescimento econômico, em termos de influência a classe criativa está se tornando a classe dominante em nossa sociedade", escreveu Florida.

Nos anos 20, a presidência das grandes corporações era em geral ocupada por um engenheiro. Nos anos 50, o posto muito provavelmente caía no colo de um dos administradores mais brilhantes da empresa. Os advogados reinaram nas décadas de 60 e 70. Nos anos 80, foi a vez dos homens de marketing. Hoje, o líder empresarial precisa ter sólido vínculo com o design e o processo criativo – de outra forma, sua empresa arrisca-se a perder a sintonia fina com o mercado.

O aumento na oferta de produtos com desenho inovador acabou por criar uma via de mão dupla: o consumidor também passou a exigir objetos mais bonitos e com os quais se identifique. "Vivemos uma época única, em que a estética se tornou prioridade porque ficou mais fácil enfeitar nosso dia-a-dia, nossa vida, e desejamos fazê-lo", disse a VEJA a jornalista americana Virginia Postrel, autora do recém-lançado livro The Substance of Style – How the Rise of Aesthetic Value Is Remaking Commerce, Culture & Consciousness (A Essência do Estilo – Como a Valorização da Estética Está Mudando o Comércio, a Cultura e a Consciência). Virginia chama atenção para o fato de que a revolução do design se deu não apenas nos produtos industriais, mas também nos ambientes que frequentamos e nos quais vivemos. Foi justamente ao compreender o papel vital do ambiente na experiência do consumidor que a IDEO, baseada na Califórnia, se tornou a mais inovadora e requisitada empresa de seu ramo nos Estados Unidos. Além de criar produtos e embalagens, ela se especializou em organizar espaços físicos.

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Uma de suas experiências mais interessantes ocorreu com a maior rede de hospitais americanos, a Kaiser Permanente. Para resolver uma série de queixas e problemas ligados ao atendimento, os executivos da Kaiser viam a necessidade de construir novos e caríssimos edifícios. Para ajudá-los a projetar as novas instalações, contrataram a IDEO e logo tiveram uma surpresa. A firma redesenhou os espaços, criando salas de espera mais confortáveis e consultórios menos gélidos. O problema da Kaiser foi resolvido sem a construção de um único prédio novo. "A IDEO nos mostrou que precisamos construir experiências humanas e não edifícios", disse Adam Nemer, da Kaiser, à revista Business Week, que estampou a IDEO na capa de uma de suas últimas edições.

Na arquitetura, os novos cartões-postais que surgem nas grandes metrópoles mundiais mostram que hoje a forma é tão – ou mais – importante que a função. E que a combinação de ambas é imprescindível para o sucesso. Milhares de pessoas vão semanalmente visitar o museu Guggenheim, inaugurado em 1997 em Bilbao, e todos o conhecem por fotografias, mas... alguém é capaz de citar uma única obra que ele abriga? Sabe-se que o Louvre, em Paris, guarda a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, assim como o Museu do Prado, em Madri, hospeda a melhor produção pictórica de Francisco Goya. Quanto ao Guggenheim de Bilbao, sua fama reside na construção, e não em seu acervo. Foram as silhuetas acintosamente assimétricas criadas pelo arquiteto canadense Frank Gehry que transformaram a maior cidade do País Basco num pólo turístico internacional.

Monumentos como esses inevitavelmente convidam à reflexão de que, na era do design, os arquitetos conquistam mais reconhecimento e são mais famosos do que os pintores ou escultores. "O grande desafio do arquiteto contemporâneo é construir obras capazes de atrair cada vez mais pessoas", afirma Ruy Ohtake, que vem ajudando a transformar a paisagem de São Paulo com seus projetos ousados. Entre os prédios erguidos por Ohtake está um hotel em forma de meia-lua (ou meia melancia, dependendo do observador) que causa espanto e faz com que os pedestres (e motoristas) se detenham para apreciá-lo. "Hoje há uma procura cada vez maior pela beleza, as pessoas querem lugares bonitos para morar ou visitar", ele completa. Como se pode deduzir, boa parte das transformações no mundo do design se beneficiou de recentes e significativos avanços na tecnologia. As obras de Frank Gehry só estão de pé graças à utilização do Catia, um software destinado à construção de aeronaves militares que o arquiteto adaptou para criar suas curvas e ondulações. De outra forma, os calculistas levariam anos para projetar cada um de seus prédios.

O mesmo se dá com muito mais força no mundo dos automóveis. "Sem a evolução da computação gráfica, a partir dos anos 90, não seria possível construir os elegantes faróis atuais sem perda de intensidade na transmissão da luz", informa Wagner Dias, responsável pelo setor de design da General Motors do Brasil. A tecnologia avançou também na quantidade e na qualidade de materiais disponíveis. "Há hoje milhares de tipos de plástico, o que permite utilizações desse material nunca antes imaginadas", disse a VEJA Bill Moggridge, um dos fundadores da IDEO.

O design industrial surgiu junto com a Revolução Industrial. Os primeiros designers, a maioria artistas, tinham a tarefa de transformar produtos recém-lançados em artefatos agradáveis ao olhar. Afinal, os ornamentos sempre foram um alimento para o espírito humano. Eles não criavam novas formas, apenas repetiam as já conhecidas inspirados principalmente em linhas neoclássicas e gregas. A primeira grande evolução no design ocorreu na Alemanha dos anos 20, com o surgimento da chamada escola Bauhaus. Fiéis ao espírito modernista da época, seus

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ideólogos, como Walter Gropius, defendiam produtos despidos de qualquer enfeite: o importante era que a forma servisse à função. "Ornamento é crime", decretou certa vez Peter Behrens, um dos designers responsáveis pelas formas que vários utensílios de cozinha até hoje possuem. A segunda fase marcante do design ocorreu nos anos 50. Os avanços tecnológicos da II Guerra permitiram que se criassem produtos mais eficientes com custos mais baixos. Foi a época de popularização dos eletrodomésticos, que ganharam uma aparência mais "moderna", compatível com o notável crescimento econômico dos Estados Unidos. Entre as décadas de 60 e 90, o design acompanhou as mudanças de comportamento na sociedade e beneficiou-se das novas tecnologias, principalmente nos materiais – mas continuou atrelado à funcionalidade. "Sempre defendi que um produto tinha de ser sobretudo funcional, mas hoje admito que a beleza passou a ser uma prioridade do consumidor", disse a VEJA Donald Norman, professor de psicologia da Universidade Northwestern, fundador da firma de consultoria Nielsen Norman e autor do livro Emotional Design – Why We Love (or Hate) Everyday Things (Design Emocional – Por que Adoramos [ou Odiamos] os Objetos do Dia-a-Dia). A liberdade hoje desfrutada pelos designers, arquitetos e estilistas representa não apenas uma tendência, mas uma grande virada ideológica. Através da história, os profissionais dessas áreas acreditavam que um único padrão estético era o correto – o estilo em voga traduzia a verdade e a virtude, e quem dele duvidasse poderia ser tachado de louco. "Os detratores do meu projeto devem ser neuróticos", desabafou certa vez Walter Gropius, diante das críticas a um dormitório que idealizara para a Universidade Harvard. Hoje a liberdade de criação é total. Mas a capacidade de rejeição do público também não conhece limites. Da tensão entre essas duas forças é que surgem aquelas poucas formas que vão marcar seu lugar na história.

O FUTURO PROMISSOR DO WEBDESIGN

Com novas tecnologias surgindo para a web a todo instante, o Webdesign ganha novas tendências, evidenciadas a seguir. Web em portáteis ganha importância A internet em aplicativos portáteis está sendo o assunto principal em Webdesign nos últimos anos. Se grandes empresas estão tomando este cuidado e dando importância para sua presença em dispositivos móveis, não passará muito tempo para que pequenas e médias empresas passem a enxergar que necessitam estar também nesses meios. Menos é mais Está ocorrendo uma mudança de tendências na maneira em que novos websites estão sendo projetados. Layouts complexos e exagerados estão sendo substituídos por layouts simples e limpos com uma atenção maior aos pequenos detalhes, uma grande ênfase em tipografia, e interações mais fortes e ricas com a experiência dos utilizadores. Estéticas mais simples significam páginas mais rápidas, o que se traduz em uma experiência mais rápida em dispositivos móveis e conexões de internet lentas, e menos confiáveis que a banda larga. E também aonde os tamanhos de tela são muito pequenos para suportar o

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excesso de elementos gráficos. Essa tendência de design deverá se estender, senão dominar a estética dos websites em um futuro muito próximo. Consistência Mais do que nunca, os sites deverão refletir uma padronização da identidade visual das empresas. Corporações diversas mundo afora estão percebendo as oportunidades e a eficácia de fazer negócios via internet. Cartões de visita estão sendo substituídos por perfis no Twitter ou Facebook. Cartas, panfletos e papéis timbrados estão sendo substituídos por e-mails marketing e newsletters feitos em HTML. Presenciaremos um futuro onde isso irá acontecerá com frequência. Ferramentas de marketing tradicionais e impressas serão substituídas por novas ferramentas on-line. OS OBJECTOS Quando em Design, falamos de objectos, estamos a considerar as formas materiais fabricadas pelo homem e portadoras de valor de uso. O objecto tem um carácter passivo (não tem vida própria) mas ao mesmo tempo é fabricado. È produto do Homo Faber; actualmente é produto de uma civilização industrial, da qual somos parte constituinte. Civilização que é tanto criadora como dependente de objectos. Desde o machado dos tempos dos tempos primitivos, até às produções mais sofisticadas dos nossos dias, encontramos um desejo comum: adaptação ao meio e criação de uma vida melhor. A cada objecto damos um nome que o caracteriza. As casas (objectos para habitar), as roupas (objectos para proteger o corpo), os talheres (objectos para ajudar a comer), têm connosco relações de carácter utilitário, pelas quais os definimos. Um objecto que não é usado, só o é em potência mas não em realidade. O objecto só se encontra numa base real quando é utilizado. À priori designamos um objecto pelas suas propriedades mais em evidência, quer formais, numa percepção imediata, quer funcionais, pela memória do seu valor de uso. Uma casa, um banco ou uma caixa, têm funções diferentes, mas podem ter todos a mesma forma cúbica. Por isso para a caracterização de um objecto, a posição que este ocupa dentro de uma determinada estrutura é mais importante que a sua forma. A posição que o objecto ocupa, é que vai ajudar a determinar a sua característica predominante. Resta agora saber se a sua forma é ou não é a mais adequada à posição que ocupa dentro dessa estrutura. Estabelecemos, desde logo, uma relação íntima entre a forma do objecto e a função que este vai desempenhar. Assim, a utilização funcional de um determinado objecto é um factor que vai condicionar a sua forma. A riqueza expressiva do objecto demonstra-se considerando dois níveis de linguagem: -um denotativo, que se refere aos significados objectivos dos códigos, sejam eles funcionais ou convencionais. -outro conotativo, que se refere às propriedades subjectivas, às emoções e sentimentos que uma forma nos desperta.

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Tomando como exemplo um objecto de produção industrial, vemos que o designer o dota de um determinado número de características formais, que indicam a função a que o objecto se destina. Uma caneta deve parecer que serve para escrever, um banco deve parecer que serve para nos sentarmos nele. O contrário causaria confusão e desagrado. Estes são valores denotativos. A caneta pode ser, ao nível estético, agradável ou desagradável em função das suas propriedades formais, que irão proporcionar no utilizador uma determinada reacção. Estes são valores conotativos. Em qualquer objecto é possível verificar como se articulam em si estes dois níveis, com preponderância de um ou de outro. CLASSIFICAÇÃO As classificações têm um valor relativo a uma determinada etapa do processo de produção. É no entanto um passo a dar necessário a um perfeito conhecimento e sistematização do processo de estudo. Para classificar, começa-se por dividir um conceito genérico, fixando as espécies que nele se acham contidas, estabelecendo uma hierarquia, que vai dos conceitos de maior extensão aos de menor extensão. Para isso tem de se adoptar um critério, ou ponto de vista, que servirá as operações a efectuar. Os critérios de avaliação devem ser tomados como modos de aproximação, porque, cada um desses critérios revela qualquer coisa dos vários papéis do objecto. Assim, com base na leitura de várias classificações, obedecendo cada uma delas a critérios diferentes, revelam-se novas facetas do objecto. Numa classificação genérica podemos dividir os objectos em utilitários e não-utilitários. Utilitários aos objectos de uso material e utilidade imediata. Não-utilitários, aos objectos com funções religiosas, artísticas ou culturais, que embora sejam usados e úteis, são-no a diferentes níveis, onde o homem revela outro tipo de necessidades que não são materiais. Segundo Bergson,” em cada objecto humano há um grau de criatividade e a única separação real entre o objecto de uso e o objecto artístico consiste em medir esse grau de criatividade: operação tão complexa que necessitou de séculos de reflexão e de múltiplas interpretações.” Apesar de ligados entre si por um ponto comum, uso e beleza mantém-se irredutivelmente diferenciados: nenhum utensílio será alguma vez explicado cabalmente como uma obra de arte ou vice-versa. Por mais elaborado que seja o seu mecanismo, o utensílio será sempre intrinsecamente simples, ao passo que a obra de arte que é um complexo de vários estados e níveis de intenções intrincados, por muito simples que o seu efeito possa parecer, será sempre uma coisa intrinsecamente complicada... questão de fundo” (George Kubler, 1972) Mais particularmente podemos agrupar os objectos em famílias. Tais agrupamentos ou divisão podem seguir critérios de: configuração, função ou ainda factores unificantes como o material ou certas características da forma. O Engenheiro Holandês Kalff apresentou uma classificação baseada no tipo de apropriação do produto. Assim teríamos, de um lado, os produtos de uso individual, e do outro, os produtos de uso colectivo. Poder-se-ía estabelecer assim um diagrama bipolar. De um lado teríamos os produtos de menor complexidade estrutural, frascos de perfume, escova de dentes, etc., coincidindo com uma apropriação individualizada e uma carga semântica mais elevada. De outro lado, os objectos com uma complexidade estrutural mais elevada e uma menor carga

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semântica, aviões, navios autocarros, etc., de uso colectivo e de menores possibilidades quanto aos valores psicologico-simbólicos. Partindo das várias classificações possíveis Gillo Dorfles propõe a seguinte esquematização: -objectos de uso individual,com ou sem mecanismo, com funções bem definidas e pouco sujeitos a variações de moda ou de consumo. Boa parte dos electrodomésticos, instrumentos de precisão como os microscópios, aparelhos sanitários, etc. -objectos de uso individual sujeitos a variações periódicas de gosto, ligados à moda, desempenhando uma função limitada e submetidos a um consumo rápido. Roupas elementos decorativos, etc. Objectos “inúteis” fabricados segundo um projecto do tipo industrial, mas sem nenhuma finalidade prática. Em conclusão, pode-se dizer que antes de iniciar uma classificação do objecto é preciso definir um critério que se deverá manter durante toda a operação classificativa. Este critério assentará na definição clara do objecto de estudo, isto é, se está a estudar a sociologia a estética ou a tecnologia do objecto. Da comparação das várias classificações resulta, para um dado objecto, uma maior consciência das suas dimensões psicologico-funcionais. RELAÇÃO SUJEITO / OBJECTO Na civilização em que vivemos estamos rodeados de objectos com as suas mensagens incorporadas. Se quisermos sistematizá-las, podemos referirmo-nos a elas consoante o nível de linguagem, seja conotativo ou denotativo. As primeiras estão dirigidas, geralmente, ao nosso desejo de posse e variam quanto ao género de posse a sugerir: promoção social, inteligência, juventude, etc. As segundas permitem-nos identificar a função do objecto e variam quanto à natureza do produto. O objecto de uso pessoal, desempenha um papel importante de identificação do indivíduo fora de casa. O possuidor de determinados objectos sabe que estes lhe podem proporcionar um tipo de tratamento diferente, por parte daqueles a quem se dirige e especialmente a quem pretende impressionar. Na sociedade actual existe uma hiper-valorização do objecto, cuja posse nos faz permanecer dentro dos cânones sociais admitidos e propagandeados. O papel atribuído ao objecto é a criação de um universo artificial, adaptado à nossa escala e aos nossos interesses. É através dos objectos que se transmitem os próprios modelos culturais, o próprio gosto, no qual se baseia a riqueza económica. É também através deles que o homem conserva a sua memória e identidade. Por isso, o objecto perdeu a sua identidade funcional, na medida em que é consumido em função de outra coisa. De facto, nunca como hoje houve tanta quantidade de objectos a ponto de se tornarem os protagonistas do nosso universo doméstico e do nosso panorama urbano. FUNÇÕES DO OBJECTO Quando nomeamos um objecto, referimo-nos de facto a um tipo, colher, frasco, casa, carro, etc. Em rigor, o que executamos é uma abstracção que resulta da simbiose entre um tipo funcional e um tipo formal, componentes em termos variáveis, já que sem este não é possível realizar e concretizar aquele. Quando analisamos um objecto temos que distinguir as várias funções que nele encontramos, o que podemos realizar, recorrendo à sua classificação em funções principais e funções

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secundárias, conforme o seu papel na definição tipológica do objecto. Assim à função principal de um dado objecto, juntam-se-lhe outras em extensão. -função principal está ligada à essência da utilização de determinado objecto. -função secundária é a capacidade suplementar do objecto apoiar ou alargar a realização da função principal. De uma forma abrangente podemos nomear três tipos de funções:

prática,

estética,

simbólica. Se, por exemplo, pensarmos numa escova de dentes, sabemos que a sua função principal é de ordem prática. Aqui podemos referir a sua função prática enquanto função operativa. função operativa - capacidade de realização de uma determinada tarefa, na qual o objecto é produto auxiliar e extensão do próprio corpo. Se utilizarmos vários objectos, escovas de dentes, na realização de uma instalação, numa galeria de arte, a sua função principal será de ordem estética. se fizermos um slogan do tipo: “cuida dos teus dentes, como cuidas das tuas armas” e lhe acrescentarmos a imagem do objecto, escova de dentes, a função principal será de ordem simbólica. Se tomarmos como exemplo uma caneta, sabemos que com ela conseguimos realizar uma determinada tarefa: escrever. Esta pode ser a sua função principal. Mas há canetas de várias formas materiais e preços. Dependendo destes factores, à sua função principal podemos incorporar uma função secundária. Assim a caneta, para além do seu carácter operativo, assume um carácter simbólico, na medida em que o objecto em questão é consumido em função de outra coisa, onde se incorpora um nível de linguagem conotativo, relacionado com o desejo de posse. PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

A ARTE DE OUVIR Comunicação é um processo de duas vias. Se você não consegue ouvir e entender o que estão dizendo, não há comunicação. Para que uma comunicação seja efetiva, você precisa ouvir ativamente. Isto pode parecer óbvio, na medida que a ação de ouvir é passiva, no entanto existe sim uma grande diferença entre escutar o que está sendo dito e ouvir ativamente e, consequentemente, compreender o significado da comunicação. Vale destacar que esta habilidade está sendo hoje considerada crítica quando o assunto é comunicação. Isso acontece porque normalmente colocamos a responsabilidade e foco da ação no emissor. Como emissores, estamos tão voltados para nós mesmos, cuidando do que queremos comunicar, cuidando dos meios que iremos usar para transmitir e com isso esquecemos de colocar foco no receptor. Quem é meu receptor? Que linguagem será mais adequada? Ele entendeu a mensagem e está pronto a dar o resultado que esperamos?

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Ouvir ativamente, observar e olhar cuidadosamente seu interlocutor são habilidades importantes, porque desta forma você poderá primeiro reconhecer quem é seu interlocutor e segundo perceber se a mensagem está alcançando seu êxito. Muitos estudos e observações demonstram como é deficiente nossa capacidade de ouvir e quanto tempo, energia e dinheiro é jogado fora por causa disso. O Departamento de Oratória da Universidade de Minesota realizou pesquisas nesse sentido tendo concluído que em media 40% do trabalho diário de um funcionário de escritório é dedicado a ouvir e que a eficiência dessa atividade não passa de 25%. A simples observação das atividades de qualquer pessoa nos mostra claramente que a grande maioria está bem mais preocupada em falar, em se fazer compreender e em persuadir do que em escutar integralmente. A natureza nos deu dois ouvidos e uma só boca. A velha filosofia chinesa ensina que falar é plantar e ouvir é colher. Ouvir é um processo sensorial e emocional que exige atenção e disciplina. Os pontos a seguir levantados são úteis para refletir sobre o assunto e buscar um incremento nessa tão importante capacidade e talvez uma arte - a de ouvir. ENCONTRAR PONTOS DE INTERESSE Não há assuntos desinteressantes mas pessoas desinteressadas. Após as primeiras palavras, nossa atitude, ao invés de encontrar os pontos de interesse, frequentemente é contrária. Assumimos uma postura crítica antes mesmo de podermos avaliar de forma neutra o que se está tentando ouvir. Pode ser muito mais útil e enriquecedor observar: - quais informações, entre as que estão sendo ditas, podem ser importantes? - há algo que pode-me trazer vantagens ou conhecimento? - não pode ser essa uma oportunidade de conhecer melhor o seu cliente O CONTEÚDO E A FORMA Às vezes o que não nos agrada é o tom de voz, a postura, a gesticulação ou mesmo a atitude de quem fala. Neste caso, é importante tomar consciência de que o que nos interessa é o conteúdo, e a responsabilidade da compreensão é nossa. Lembremo-nos de que os grandes avanços da ciência devem-se ao incremento da acuracidade e da sensibilidade dos instrumentos de investigação, isto é, da capacidade de "ouvir" o universo investigado. Fala-se em potência de um telescópio quando na verdade referimo-nos a sua sensibilidade. Por outro lado é absolutamente verdadeiro que grande parte da informação é veiculada por um processo, especialmente no caso da comunicação interpessoal. Gestos, expressões faciais e tom de voz, entre outros ingredientes, não somente dão o colorido, mas às vezes carregam a própria informação. No campo da psicologia, os dados relevantes da relação com o cliente estão contidos no próprio ruído da comunicação, e isto também ocorre tanto nas relações gerenciais como também nas relações familiares, enfim, em todo o encontro humano verdadeiro. No campo da psicologia, os dados relevantes da relação com o cliente estão contidos no próprio ruído da comunicação. Isto também ocorre nas relações humanas em geral. EVITAR OS GRANDES ENTUSIASMOS Um bom orador é capaz de envolver seu público de forma tão profunda que a primeira avaliação pode ser extremamente positiva. Quase sempre essa situação levará a uma rápida

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decepção quando outros dados surgirem. Esse fenômeno é também muito freqüente em outras relações. ENTENDER OU ANOTAR Esta é uma questão que se pode chamar de pedagógica. O ensino elementar tradicional cria certos hábitos dos quais dificilmente nos livramos na idade adulta. Um deles é o de "copiar a lição de casa". Claro que podemos desenvolver a habilidade de ouvir e anotar simultaneamente da mesma forma que aprendemos leitura dinâmica, técnicas de memorização, ou técnica de relaxamento. Mas certamente seremos mais eficazes em ouvir se limitarmos nossas anotações a pontos de interesse, a tópicos ou a expressões chave. Em certos casos, nem isso é necessário quando há textos de apoio ou referências bibliográficas. O melhor mesmo, em quase todos os casos, é aprender a ouvir...e compreender! O SIGNIFICADO DE ATENÇÃO Ouvir depende mais do que se passa na cabeça do ouvinte do que da qualidade do estímulo que chega a nossos ouvidos. O diálogo interno, sempre presente, é o grande ruído, o filtro por onde passam ou não os estímulos até que atinjam nossos centros de audição, de percepção e de compreensão. Atenção pode até significar ausência de tensão, segundo alguns pesquisadores da linguagem. O segredo da atenção está na capacidade de reduzir o diálogo interno. O vozerio antigo que zune em nossas cabeças carregados de preconceitos, preocupações, e ressentimentos, pode ser administrado e atualizado para conceitos, ocupações e sentimentos. Isto permite também a expansão do potencial de escuta ativa, com a liberação da intuição, do pensamento simbólico mais rico e capaz de associações mais amplas e abertura das janelas da compreensão e da criatividade. A QUALIDADE DA PACIÊNCIA Nossa mente é capaz de ouvir com velocidade 4 ou 5 vezes maior do que a da fala. O tempo ocioso decorrente dessa diferença é a principal causa de nossa impaciência. A solução aqui consiste em utilizar esse tempo diferencial para aprofundar a compreensão, elaborar associações e estabelecer correlações com o material já arquivado em nossa memória. Teremos assim já obtido um resultado bem melhor somente a partir de um processo de escuta eficaz. EVITAR A REAÇÃO IMEDIATA Elaborar o que se ouve é bem diferente do que ficar procurando respostas, sejam elas concordantes ou discordantes. Reagir é não ouvir. Se o caso for de responder a perguntas, então é fundamental que se saiba utilizar o tempo interno para buscar alternativas. Caso contrário teremos já uma resposta pronta que, sem dúvida estará disponível no diálogo interno e dificilmente trará algo diferente, atual, construtivo ou criativo. O CONTROLE DAS EMOÇÕES Administrar nosso processo emocional não significa reprimir ou inibir nossas emoções. Pelo contrário, é muito importante que saibamos dar espaço para que elas se

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manifestem de forma natural. Há situações muito freqüentes em que coisas que se ouvem agridem pontos duros de nosso campo emocional, como velhas cicatrizes e valores arraigados. Nesse caso é necessário descobrir alguns desse pontos e tratar de dessensibiliza-los a fim de que materiais importantes não sejam perdidos pela surdez emotiva. FOCALIZAR O INTERLOCUTOR Olhar atentamente para quem fala é uma postura que, além de favorecer a recepção, valoriza quem fala. Algumas pessoas tem o hábito de fechar os olhos para concentrar-se melhor no que ouve, porém essa prática tem suas limitações e é certamente inadequada numa situação de proximidade física. Além disso a mensagem não verbal pode ser extremamente importante. PARAFRASEAR Parafrasear é uma técnica de escuta ativa que ajuda no entendimento do que está sendo dito pelo interlocutor. Se você usar regularmente esta técnica você perceberá o quanto isto clarifica pontos e evita os desentendimentos, muito comuns em comunicação. - eu estou entendendo que ... - o que você quis dizer com ... - se eu sumarizasse sua fala eu ... REFLETIR A MENSAGEM Quando você reflete ou repete a mensagem, você está indo de encontro ao entendimento das palavras. Você estará pensando a frente do tempo, lendo entre as linhas e mostrando ao interlocutor que você já compartilha com seu problema. - você disse que ... - isso significa que ... - poderíamos ajudar você se ... - o resultado que você espera é …. É sempre bom deixar o outro finalizar seus pensamentos assim você não irá atropelálo, tornando-se agressivo e complicando o entendimento da mensagem. Sinais nãoverbais são particularmente facilitadores em mostrar que você está entendendo e manifestando interesse. MANIFESTAÇÕES DE RETORNO Comumente chamado de feedback, o retorno que se dá, de forma não verbal a quem fala pode ser muito útil, exceto quando é feito de forma compulsiva pelo desejo de agradar. O balançar de cabeça demonstrando concordância antes mesmo que alguém complete seu pensamento evidentemente são inadequados. Isto vale também para manifestações de discordância. Por outro lado uma expressão rígida que iniba qualquer retorno não ajudará no processo de comunicação interpessoal. Dar feedback naturalmente sem querer agradar, seduzir, contestar ou disfarçar é uma forma ativa de ouvir e participar da comunicação. OUVIR Já destacamos nas páginas anteriores muito do que acreditamos na habilidade de ouvir ativamente. Lembre-se, essa é das habilidades a mais importante.

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COMO FAZER PAGINAÇÃO NO WORD 2007/2010

Se existe algo em um Trabalho Científico (TC) que coaduna com o estresse do autor, se chama “Paginação”. Pois esta é a parte que a maioria deixa para o final do TC estando o mesmo estressado com pesquisas, leituras, citações, escritas... e quando supõe que o TC está bom, vem o(a) professor(a) de Metodologia e corrige quase tudo. A pessoa sente-se quase que um poviléu da sociedade e o pior de tudo é a ausência de tempo. E quando o autor do TC pergunta ao(a) professor(a) de Metodologia como se faz para paginar, a resposta quase que na sua totalidade é: “Utiliza caixa de texto e retira a borda”. Meu nobre amigo, se você está lendo esta postagem é que algo semelhante deve ter acontecido contigo (pois aconteceu comigo). Porém se utilizar “caixa de texto” e precisar excluir ou acrescentar algo em seu trabalho irá desconfigurá-lo e o estresse aumentará sendo nefasto à conclusão do seu TC. No entanto, o escopo deste tutorial é mitigar seu estresse explicando a maneira correta, seguindo a ABNT, para realizar uma paginação automática, que independe se irá acrescentar ou excluir textos ou páginas em seu TC.

O 1º passo é identificar quais páginas serão numeradas. É importante considerar o que dispõe a ABNT com relação à paginação, onde normatiza que a Capa não é contada e nem numerada e que, a partir da Folha de Rosto, todas as páginas devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas até o Sumário (inclusive), sendo que a partir da Introdução até o final do trabalho todas as páginas serão numeradas seguindo a contagem consecutiva. Simplificando:

a) Elementos Pré-textuais: Capa (obrigatório) – Não é contada. Nem numerada. Lombada (opcional) – conta-se, mas não numera. Folha de rosto (obrigatório) – conta-se, mas não numera. Errata (opcional) – conta-se, mas não numera. Folha de aprovação (obrigatório) – conta-se, mas não numera. Dedicatória(s) (opcional) – conta-se, mas não numera. Agradecimento(s) (opcional) – conta-se, mas não numera. Epígrafe (opcional) – conta-se, mas não numera. Resumo na língua vernácula (obrigatório) – conta-se, mas não numera. Resumo em língua estrangeira (obrigatório) – conta-se, mas não numera. Lista de ilustrações (opcional) – conta-se, mas não numera. Lista de tabelas (opcional) – conta-se, mas não numera. Lista de abreviaturas e siglas (opcional) – conta-se, mas não numera. Lista de símbolos (opcional) – conta-se, mas não numera. Sumário (obrigatório) – conta-se, mas não numera.

b) Elementos Textuais:

Introdução – inicia-se a numeração das páginas na Introdução(1). Desenvolvimento – conta-se e numera sequencialmente. Conclusão – conta-se e numera sequencialmente.

c) Elementos Pós-textuais

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Referências (obrigatório) – conta-se e numera sequencialmente. Glossário (opcional) – conta-se e numera sequencialmente. Apêndice(s) (opcional) – conta-se e numera sequencialmente*. Anexo(s) (opcional) – conta-se e numera sequencialmente*. Índice(s) (opcional) – conta-se e numera sequencialmente.

*Só não serão numerados os Apêndices e/ou Anexos se possuírem estrutura física diferente do trabalho, ou seja, se não fizerem parte do TC ou possuírem paginação própria (por exemplo, cópia de página de jornal, revista, formulário, mapa, etc.).

O 2º passo é inserir “Quebras de Seção” nas páginas que não serão numeradas. Este

passo serve para impedir que apareça a numeração nestas páginas que não devem ser numeradas e pode ser feito da seguinte forma:

a) Clique no final do texto da página que se deseja “quebrar” - clique na aba “Layout da Página” e em “Quebras”. Selecione a opção “Próxima Página” em “Quebras de Seção”, conforme a figura:

Obs.: você só conseguirá visualizar a Quebra de Seção (bem como vários outros elementos) se você selecionar o símbolo ¶ (Mostrar Tudo), visto que essa opção possibilita mostrar todas as marcas de parágrafos e símbolos de formatações ocultos. Para selecionar esta opção basta clicar no símbolo ¶ que aparece na Página Inicial do seu Word 2007/2010, ou pressionar, simultaneamente, as teclas (Ctrl+Shift+*):

Verifique como ficam as páginas que possuem “Quebra de Seção”:

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As páginas em que devem ser inseridas “Quebras de Seção” são as que contêm os Elementos Pré-textuais, mencionados na alínea a) do 1º passo deste Tutorial, até o Sumário, ou seja, do Sumário em diante deve-se inserir “Quebra de Página” e não “Quebra de Seção”.

Lembre-se: os elementos Pré-textuais são contados, mas não numerados e não aparecem no Sumário. O 3º passo é inserir os números das páginas, para tanto, coloque o cursor na primeira página a ser numerada, ou seja, INTRODUÇÃO – clique na aba Inserir – Número de Página – Início da Página – Número sem Formatação 3 (que indica que a numeração será no canto direito da página), conforme a figura abaixo:

Na aba Design, desmarque a opção “Vincular ao Anterior”.

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Ao desvincular as seções anteriores, é necessário apagar as numerações que aparecem nas páginas e que não devem ser numeradas. Para isso selecione a numeração do item anterior (SUMÁRIO) e o apague (delete).

Com isso irá excluir as numerações, desnecessárias, dos elementos Pré-textuais.

Este procedimento não irá alterar a numeração das páginas subsequentes.

O 4º passo é formatar os números das páginas, porém deve-se observar que: a) A numeração das páginas deve ser em algarismo arábico(1), com a mesma fonte

utilizada no trabalho (Arial ou Times New Roman)(2) e com tamanho menor que 12, sendo uniforme(3). Neste caso indica-se a fonte tamanho 10 para que não destoe tanto dos demais textos(4).

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Para isso, selecione os números das páginas e altere a fonte.

É importante lembrar que a Capa, além de não ser numerada também não é contada. Então será preciso contar quantas páginas de elementos Pré-textuais possui o seu TC a partir da Folha de Rosto.

No exemplo utilizado neste Tutorial tem-se apenas duas folhas, a Folha de Rosto e o Sumário(6). Portanto a INTRODUÇÃO (deste exemplo) será a página 3.

Observe que ela aparece como p. 4, pois o Word conta a Capa automaticamente. Para configurar essa numeração basta efetuar as seguintes mudanças:

Se o cabeçalho não estiver aberto, clique 2 vezes em cima do número da página para ativar a aba Design...

...selecione a opção “Número de Página” – Clique em “Formatar Números de Página”.

Na próxima janela marque a opção “Iniciar em”, digite o número da 1ª página que será numerada (lembre-se que se contam todos os elementos Pré-textuais, menos a Capa) a qual neste exemplo é a p. 3 e clique em OK.

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Porém a numeração deve ser colocada no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha(7). Para isso, se o cabeçalho não estiver aberto, clique 2 vezes em cima do número da página para ativar a aba Design (explicado anteriormente) – clique na opção “Cabeçalho Acima” e marque 2cm.

Está Pronta a Paginação do seu Trabalho Científico.

Veja o resultado nas figuras, abaixo, do exemplo:

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A IMPORTÂNCIA DAS CORES.

É possível até comum, a criação de peças gráficas sem nenhum entendimento sobre a Teoria das Cores: você cria uma logomarca, por exemplo, o cliente aprova e está tudo bem, certo? ERRADO! Não é um trabalho profissional e o cliente pode ficar com um produto “verde”, sem perspectivas para o mercado. Sem um estudo de público-alvo, área de aplicação, ramo e atual tendência do mercado seu produto pode não atingir o seu objetivo: o público certo.

Muitos ignoram o fato das cores terem um significado e acreditam que apenas tendo um bom desenho ou boa diagramação, unidos à uma harmonização entre essas cores o trabalho estará bem feito. Sim, o trabalho pode estar bonito, mas se ele não atrair o público no qual ele foi destinado não vai adiantar nada. Imaginem só um produto de criança nas cores preto e branco. Ou uma fachada de Igreja na cor vermelha. Não seria muito atraente ao seu público, não é?

Falaremos um pouco sobre as cores e nos aprofundaremos sobre a aplicação delas no mercado.

Cores Primárias:

Cores primárias são as cores que não são feitas por nenhuma mistura. São elas azuis, vermelhas e amarelas.

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Cores Secundárias:

São cores que surgem da mistura de duas cores primárias.

Cores Complementares:

São as cores opostas no disco de cores. Ex: O vermelho é complementar do verde, o azul é complementar do laranja. As cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes. Raramente se usa apenas cores complementares em um trabalho, o resultado pode ser desastroso.

Cores Análogas:

Cores Análogas são as que aparecem lado a lado no disco de cores. São análogas, porque há nelas uma mesma cor básica.

Por exemplo o amarelo-ouro e o laranja –avermelhado têm em comum a cor laranja. Elas são usadas para dar a sensação de uniformidade. A composição em cores análogas são consideradas elegantes, e podem ser equilibradas com uma cor complementar.

Tom

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O termo tom refere-se a maior ou menor quantidade de luz aplicada à determinada cor. Quando se adiciona preto ele se torna gradualmente mais escuro e essas graduações são chamadas escalas tonais. Para obter escalas tonais mais claras acrescenta-se branco.

A temperatura das Cores:

A temperatura das cores designa a capacidade que a cores tem de parecer quentes ou frias.

Contrastes:

Cores Contrastantes: São cores que quando usadas próximas umas das outras, produzem uma sensação de choque. As cores contrastantes são diretamente opostas no disco das cores. O resultado nem sempre é satisfatório, porém, é usado quando se quer explorar a sensação de choque. Quanto mais forte forem elas, maior será o impacto. Exemplo da cor preto para destacar as demais.

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Contrastes de limite: A cor central é uma mistura das cores laterais. Observe que a faixa central é clareada por cada uma das outras cores, mas do lado oposto. No limite da faixa vermelha, o violeta é clareado pelo azul, e no limite da faixa azul, o vermelho é clareado pelo azul, o violeta é clareado pelo vermelho.

Dicas de combinações:

• Brinque de combinar. Utilize pequenas amostras, desenhe e Use lápis de cor. Faça exercícios. É sério! A prática também é Importante. Desenhe um bloco, ou junte alguns retalhos e verifique: você gostou? O que está faltando? Ficou escuro, coloque mais brilho e diminua o contraste. Ficou muito claro? Que tal acrescentar uma “sombra”? O que irá dar harmonia na combinação, não é só a mistura do amarelo com verde, ou do azul com o rosa, é o complemento do esquema inicial, o balanceamento dos valores. Lembre-se: claro, médio e escuro em harmonia. Estude, aprecie e analise a sua combinação e procure saber qual o objetivo que você quer alcançar com o seu esquema de cor: alegria, seriedade, luminosidade, tranquilidade, inovação, agressividade etc.

O círculo cromático é uma boa ferramenta para combinarmos cores, mas lembre-se de que regras podem ser quebradas.

Se mesmo assim não conseguir, pode ver no site http://www.colorblender.com

Você escolhe uma cor, e ele te dá mais cinco cores que combinam com ela. Simples assim.

Para realizar os trabalhos gráficos nós utilizamos dois sistemas para se reproduzir as cores artificialmente, o RGB e o CMYK.

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O sistema RGB, vem do inglês Red, Green e Blue e é um modelo aditivo no qual o vermelho, o verde e o azul são combinados de várias maneiras para reproduzir outras cores, quando temos as cores em mesma quantidade percebe-se o branco.

Já o esquema CMYK, é a abreviatura de Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (“K”ey- do inglês=chave, pois é a base).Ele funciona com a absorção de luz, é empregado por imprensas, impressoras e fotocopiadoras É o sistema subtrativo de cores, ao contrário do sistema aditivo, o RGB.

Agora que aprendemos como as cores se formam vamos nos aprofundar um pouco mais na sua aplicação.

A APLICAÇÃO DA COR NA PUBLICIDADE E NA PROMOÇÃO DE VENDAS

O uso da cor é de grande influência não somente no campo estético como também nas áreas publicitárias e de promoção de vendas. Diversos fatores são levados em consideração na hora de determinar a cor exata portadora da expressividade conveniente para um tipo específico de mensagem para um produto ou serviço a ser consumido. A cor pode estar diretamente ligada às características da moda, portanto, ao estilo de vida ou à cultura de cada sociedade. A diversificação das cores em relação às do espectro solar deu-se principalmente devido às experiências no campo da química, porém, para integrar o novo em uma sociedade já moldada, são necessárias tentativas significativas e audaciosas feitas através de repetições impositivas para que, com isso, se obtenha uma aceitação praticamente total. Na transmissão de uma mensagem, a publicidade busca, quase sempre, a não fixação nos aspectos negativos da sociedade, criando uma realidade ilusória, bela e feliz e, para

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que alcance seus objetivos, utiliza uma grande arma: as cores. É com o auxílio delas que se pode passar mais claramente o conteúdo emocional ou o impacto que se deseja, embora, paradoxalmente, sejam as cores o fator preponderante do aspecto concreto e real da mensagem plástica. O primeiro fator essencial é o de despertar a atenção, captar a atenção do comprador, ou seja, jogar com o nível da rapidez e da carga emotiva. É a cor do elemento que mais contribui para a transmissão dessa mensagem plástica, ponto primordial da estratégia de marketing, onde um dos principais veículos está a embalagem.

Análise de mercado em função da cor

Em um plano geral de marketing, em uma pesquisa de mercado relativa à cor, deve-se definir se o produto “dá margem a uma procura racional por parte do comprador”, situação esta em que a cor tem um papel fundamental (como os artigos de decoração). Neste caso, mudanças e atualizações são indispensáveis e permitem maior destaque em relação aos concorrentes. Deve-se também levar em consideração a categoria social e a faixa etária do público consumidor potencial. A escolha das cores de um produto deveria sempre preceder a análise do mercado e das tendências do consumidor para que, com isso, seja criado um ambiente adequado ou que antecipe o desejo dele além de prever a ocasionalidade da compra por impulso. Sendo assim, “a cor constitui um pormenor importante, trata-se de um conteúdo de consciência, (…) simples percepção vivida através de nossa sensação visual”. A percepção e recordação das cores estão diretamente ligadas aos sentimentos de prazer ou dor, agrado ou desagrado. Porém, para que se obtenha realmente o resultado desejado, é necessário que se alcance, na memória, o valor intelectual desse reconhecimento (e não somente o emocional/afetivo). É através da cor que se desperta sentimentos, juízos ou avaliação na compreensão de algo lindo, feio, agradável, desagradável, conveniente ou inconveniente, levando sempre em consideração que, por motivos alheios, o grau de recepção da mensagem pode mudar mesmo que por alguns momentos influenciando no comportamento do consumidor. Segundo psicólogos, existem diversos tipos de consumidores: os sentimentais (maior número), os volitivos (“sempre prontos a satisfazerem suas vontades”), os intelectuais (“que estão sujeitos a um processo psicológico de compra” tanto na análise de compra como na utilização de seus produtos ou serviços). Seu comportamento de compra, se alcançado positivamente pela mensagem publicitária, pode levar a compra regular (hábito), coativa (necessidade), de ocasião (economia de recursos), impulsiva (satisfação de desejos surgidos espontaneamente), compra emocional (compensação psicológica/ infantil), compra de prova (experimentação) ou compra planejada (especulação).

Pesquisas de tendências

Deve-se verificar, como primeiro passo, as tendências de cores do momento no setor pesquisado, detectando preferências e cores desgastadas pelo uso, momento este em que a moda pode ser fator decisivo na compra. É necessária atenção em relação a mercados sofisticados (de maior poder aquisitivo) e setores industriais, casos em que geralmente há diferenças em relação ao mercado comum. Dentro da sociedade de consumo, as tendências também possuem uma curva do seu ciclo de vida. O papel das cores, neste caso, é o de auxiliar na renovação do produto e suas formas de agressão que estimulem o homem, lembrando sempre que as tendências são influenciadas

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pelas variáveis tempo, lugar e moda. Nossa atenção se fixa, normalmente, sobre um objeto de 2 a 10 segundos, por isso o criador publicitário deve procurar um detalhe motivador que prolongue a atenção do receptor e, no caso das cores, deve encontrar uma boa harmonia na colocação dos detalhes de modo que evite a fadiga da atenção, pois a vista não pode abranger e distinguir muitos detalhes ao mesmo tempo, ou para que não ocorra o inverso, a dispersão.

A cor que vende a embalagem

A preferência pelas cores está ligada à faixa de idade, à cultura, ao clima, à moradia, à classe social ou mesmo à própria saúde. Sendo assim, para que a embalagem chame a atenção do comprador, estimule a renovação da compra e impulsione o consumidor a ficar fiel à sua marca, devem ser levado em consideração todos os fatores acima citados além do ”despertar da atenção através da imagem colorida”, “a continuidade da atenção do consumidor sobre a embalagem” e “o efeito e a decisão do consumidor através da influência que a embalagem exerce”. O produto está diretamente relacionado a vários elementos como “a imagem da marca”, “a imagem da indústria produtora”, “a qualidade do produto ou serviço”, “a utilidade do produto ou serviço”, “o preço” e “a presença do produto através de uma distribuição eficiente, bem como é influenciado pela “situação econômica”, “os esforços da concorrência”, “a publicidade”, a “promoção de vendas”, esforços de merchandising e “as técnicas de relações públicas. A embalagem é um fator de diferenciação por sua forma, cor e texto além de ser um veículo publicitário direto e atuante. Poderá, desse modo, sugerir o nível de qualidade de seu conteúdo, ou seja, deverá identificar rapidamente o produto, refletir a sua essência e a sua finalidade. “Se o técnico conseguir que a embalagem desperte no comprador a vontade de manuseá-la, o elemento tátil, aliado à lembrança do produto,” ganhará um significativo mérito em relação às demais, pois tornará o produto facilmente distinguível entre os outros da mesma espécie. As cores básicas são as que possuem mais força e nisso não está envolvido o julgamento estético, mas sim um estímulo fisiológico que pode mesmo alterar a respiração ou até modificar a pressão arterial. Já as cores suaves são o oposto. Em suma: “as qualidades básicas que a cor pode oferecer à embalagem são: visibilidade, impacto e atração”. O amarelo, o verde e o vermelho são considerados visíveis em uma embalagem. Existem fatores muito importantes que devem ser considerados embora estejam fora da embalagem propriamente dita, como o ângulo de visão, a clareza da apresentação e a capacidade de visualização rápida. A luminosidade interfere em alto grau na visibilidade sendo a cor amarela a mais eficiente neste caso e em segundo a cor laranja. A cor branca, bem como os tons pastéis, devido à sua luminosidade, dá a ilusão de maior tamanho pois há a ligação física entre tamanho e claridade, já com azul ocorre o oposto, pois a imagem é vista menor. Cores escuras dão a impressão de serem mais pesadas que claras. Um importante cuidado a ser tomado é no caso de cores que possibilitam um jogo óptico, formando pós-imagens negativas que prejudicam a visão e a compreensão. Assim sendo, um display deve apresentar como qualidade primordial a harmonia de todos estes elementos para que possa integrar, eficientemente, os vários produtos expostos sem deixar de atrair o consumidor.

Em relação à cor na marca, mesmo estando sujeitas aos processos de mudanças, Geralmente mantém-se fixas para que, uma vez memorizadas, constituam o pedestal da promoção de vendas, sejam como a presença do dono no produto.

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A cor dos anúncios na imprensa e nos cartazes são imprescindíveis pois atuam diretamente na sensibilidade do receptor aumentando a potência das sensações e impressões. O anúncio de alta qualidade requer matizes suaves e de pontos contrastantes usando somente discriminações tonais. Deverá conter contrastes mais violentos se tiver como intenção um caráter mais dramático, ou seja, deve variar de acordo com o caso. No caso dos cartazes comerciais, sua única função é a de produzir um impacto instantâneo, pois ele é feito para ser olhado rapidamente e, se não possuir clareza no significado da mensagem, pode se tornar negativo quanto aos efeitos da comunicação. Por isso deve ter desenho simples, seguir uma estrutura formal, as áreas serem compactas (sem acidentes de superfície) e possuir cores preferencialmente sem gradação. Para letras a serem lidas à distância utiliza-se, de preferência, o amarelo e o azul. Outros itens onde as cores refletem bons resultados são os catálogos, folhetos, mostruários, calendários, amostras, brindes, entre outros subsidiários da publicidade e do ponto de venda. “Dependendo do produto, catálogos e folhetos devem usar cores sóbrias, não muito fortes, para evitar a dispersão de memorização de produto apresentado.

As cores aplicadas à atividade publicitária

VERMELHO: aumente a atenção, é estimulante e motivador. Ligado a anúncios que indicam calor e energia, artigos técnicos e ginástica; LARANJA: usados em casos semelhantes ao vermelho, porém de forma mais moderada; grande apelação para o apetite; AMARELO: visível à distância; pode dispersar em alguns casos ou indicar luminosidade dependendo de como for utilizado; VERDE: estimulante porém com pouca força sugestiva, oferece sensação de repouso; Costuma caracterizar azeites, verduras, frutas e similares; AZUL: grande poder de atração; neutraliza inquietações; aplicado em anúncios que caracterizam frio; ROXO: acalma o sistema nervoso; usado em anúncios de artigos religiosos, viaturas, Acessórios funerários, etc.; PÚRPURA e OURO: representam valor e dignidade; usado em artigos de luxo; MARROM: esconde a qualidade e o valor, por isso é pouco recomendado em publicidade; pode transmitir sensação de chocolate VIOLETA: entristece o ser humano, também não é muito indicado o seu uso; CINZA: atitudes neutras e diplomáticas; é muito usado em publicidade; PRETO: pouco recomendável (em anúncios de 4 cores) pois deixa o ser humano geralmente frustrado (caso haja excesso); AZUL E BRANCO: estimulante; predispõe simpatia; sensação de paz; AZUL E VERMELHO: estimulante da espiritualidade; AZUL E PRETO: sensação de antipatia; transmite preocupação; desvaloriza a mensagem; VERMELHO E VERDE: estimulante porém de pouca eficácia publicitária VERMELHO E AMARELO: estimulante e eficaz; AMARELO E VERDE: pode produzir atitude passiva; pouco eficiente na publicidade.

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IMPORTÂNCIA DA COR NO ANÚNCIO PUBLICITÁRIO

A cor, através do seu significado, é um elemento muito importante para a publicidade, uma vez que qualquer anúncio joga de alguma forma com os elementos visuais, logo, a cor assume um papel preponderante.

É através da escolha das imagens e da cor que estas contêm, que a publicidade assume um carácter atractivo ou não. Um anúncio com uma enorme quantidade de texto desprovido de imagem e cor adequadas torna-se pouco sedutor para o leitor; ao invés, um anúncio com uma imagem atractiva, cores correctas e acompanhada com uma pequena frase pode funcionar na perfeição. Mas por outro lado, o anúncio publicitário não terá de ser obrigatoriamente a cores: um anúncio pode demonstrar-se atractivo mesmo sendo a preto e branco. O jogo destas duas cores, quando conjugadas adequadamente, pode também prender a atenção do leitor, bem como transmitir diversas ideias. A imagem nestes casos é mais simples e por isso torna-se, assim, mais fácil para a pessoa que vê percepcionar a mensagem contida no anúncio.

Note-se no anúncio que se segue, onde a conjugação do preto e do branco é suficiente para demonstrar e criar no leitor uma reflexão sobre a mensagem que a empresa (The English School) pretende transmitir:

Nota-se assim que o uso e a conjugação das cores possuem um papel fundamental para a percepção e interpretação do anúncio publicitário, uma vez que através das imagens ou palavras soltas pode-se perceber a mensagem mesmo que seja desprovida de textos a explicitar. Outro aspecto importante a realçar, é o facto de as letras do texto se encontrarem conjugadas adequadamente com a cor da imagem.

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As 5 fases de um Projecto multimédia são:

1. Análise e planeamento;

2. Design;

3. Produção;

4. Teste e Validação;

5. Distribuição e manutenção.

ANÁLISE E PLANEAMENTO

A primeira fase do projecto multimédia tem como objectivo realizar uma análise crítica dos vários elementos que constituem a ideia genérica, o conceito da aplicação multimédia interactiva. Este deve ter em conta a viabilidade da aplicação multimédia, procurando preencher as necessidades : se não existir um mercado receptivo, o projecto é quase inconsequente.

É nesta fase que se estabelecem os requisitos necessários para concluir o projecto com sucesso e que se cria um plano global para a realização do mesmo. No final desta fase devem ficar estabelecidos os objectivos a atingir, os requisitos da aplicação final e um plano a realizar durante o projecto.

A metodologia utilizada envolve a criação de diagramas ou esquemas de ideias de forma a determinar qual a informação que está relacionada com o tema.

O planeamento envolve:

Um processo de "chuva de ideias"; Uma descrição do projecto que explicite as suas mensagens e objectivos; O planeamento das competências e recursos necessários; Uma descrição do factor tempo; Planeamento das tarefas; Planear um grafismo criativo; A criação de um protótipo.

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Design

A fase de design de um projecto multimédia consiste na criação da aplicação multimédia

interactiva. Envolve a concepção da funcionalidade e do aspecto da aplicação multimédia,

atendendo aos requisitos e limitações das tecnologias multimédia. Por isso, é muito

importante que os designers dos projectos multimédia compreendam e conheçam as

potencialidades e as limitações dos elementos que fazem parte da aplicação que se encontram

a conceber.

O seu objectivo principal é a produção de um guião que identifique claramente:

A estrutura da aplicação multimédia (o esquema de navegação).

Cada ecrã de aplicação multimédia, isto é, os conteúdos serão apresentados em cada

unidade de apresentação de informação, a respectiva disposição espacial, bem como

as suas características físicas - como a qualidade e o formato;

A interface do utilizador, que resulta da combinação dos conteúdos com os elementos

interactivos que implementam o esquema de navegação.

Os documentos que descrevem o design da aplicação multimédia incluem:

Os mapas de navegação que resultam do design da estrutura

Os storyboards que resultam do design do conteúdo (design dos ecrãs)

Design da interface do utilizador

A interface da aplicação multimédia interactiva é uma mistura dos seus conteúdos multimédia e do seu sistema de navegação.

O sucesso da interface do utilizador depende não só do seu design gráfico e artístico, mas também de outros detalhes, tais como a posição dos elementos interactivos em relação à actividade actual do utilizador dentro da aplicação, da existência de botões que se iluminam sempre que o utilizador os aponta e o tipo de menus que se utiliza.

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Qualquer sistema informático destinado a ser utilizado deve possuir uma interface simples e acessível de usar.

No design de elementos interactivos deve ter-se em conta funções essenciais de navegação como:

Sair da aplicação a qualquer altura; Cancelar uma actividade ou anular uma escolha; Aceder a um mapa de navegação global da aplicação multimédia interactiva.

A disposição dos elementos de controlos e utilização de cor deve ser:

Funcional Sequencial (Ter ) Frequência

O design Técnico produz um documento que se integra no guião da aplicação a produzir durante a fase de design do projecto multimédia, juntamente com os mapas de navegação e os storyboards e interface de computador. O documento descreve o modo como a aplicação será desenvolvida durante a produção. Este deve:

Definir com pormenor a plataforma de desenvolvimento em termos do hardware que será necessário.

Especificar com exactidão as ferramentas de autoria de conteúdos a utilizar durante a produção, bem como os formatos e os conteúdos que permitem criar, ditar e gerar.

Especificar de forma completa e detalhada o ambiente de desenvolvimento a usar.

Descrever quais os módulos de software que constituem a aplicação.

A Produção é a fase em que a aplicação multimédia ganha forma e vida. Consiste em

implementar a aplicação multimédia, incluindo a autoria dos conteúdos (ou programação) da

aplicação multimédia. Esta fase decorre normalmente em 3 ciclos distintos: o ciclo alfa em que

se procede à primeira implementação da aplicação multimédia, o ciclo beta em que se

processam todas as modificações de funcionalidade, de conteúdos e da interface do utilizador,

ficando o desing "congelado", e o ciclo gama em que se finalizam ambos os processos de

autoria e se iniciam os testes, gerando-se a versão gama da aplicação multimédia.

Em termos da variável, que se designou por tarefa, a fase de produção consiste

essencialmente em duas grandes actividades de autoria:

O desenvolvimento e criação de todos os conteúdos multimédia; O desenvolvimento do código da aplicação;

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Em termos de organização temporal das actividades, esta fase abrange três ciclos de desenvolvimento, que ocorrem de forma sequencial:

O Ciclo alfa, em que se procede à primeira implementação completa do guião da aplicação, iniciando-se a autoria dos conteúdos e a autoria da aplicação.

O Ciclo beta, no qual se processam todas as modificações necessárias, quer em termos

de funcionalidade, quer em termos de conteúdos e da interface do utilizador.

Geralmente, estas modificações baseiam-se em testes de facilidade de uso conduzidas

com utilizadores finais e conduzem à versão final do guião da aplicação.

O Ciclo gama, no qual se finalizam ambos os processos de autoria, completando-se o

desenvolvimento dos conteúdos e da aplicação multimédia.

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A Fase de teste e Validação

A fase de Teste e Validação consiste na realização de um conjunto de testes rigorosos que permitem verificar se a aplicação corresponde aos objectivos traçados, se não apresenta defeitos sérios de software, se os conteúdos se encontram correctamente produzidos, se a sua interface é de fácil utilização (simples e acessível), se a aplicação funciona correctamente nas plataformas a que se destina ( em particular com os requisitos mínimos de funcionamento) e se vai de encontro às necessidades do utilizador final.

Os erros devem ser categorizados, devendo igualmente associar-lhes uma prioridade:

Falhas de design e sugestões - incluindo problemas ao nível da interface do utilizador e sugestões relativas ao posicionamento e ao estilo dehotspots, bem como à disposição dos conteúdos nos ecrãs;

Erros de conteúdo - incluindo erros de escrita, erros de conceito, problemas de formatação dos conteúdos e problemas na qualidade dos conteúdos, tais como resoluções demasiado baixas que impedem a correcta interpretação de imagens ou sequências de vídeo.

Defeitos de software - erros técnicos que ocorrem quando se executa a aplicação multimédia, tais como a ocorrência de erros do sistema operativo., problemas ao nível da introdução e da apresentação de dados, cálculos incorrectos e conflitos com outras apresentações.

A associação de prioridades aos erros deve ser feita de acordo com 3 factores:

Severidade do erro - escala de 1 (pouco severo) a 10 (muito severo)

Obscuridade do erro - escala de 1 (pouco obscuro) a 10 (muito obscuro)

Dificuldade de correcção - escala de 1 (muito difícil de corrigir) a 10 (muito fácil de corrigir).

Em seguida, é possível estabelecer uma lista de prioridades para a correcção dos erros, de

acordo com a combinação dos factores acima referidos: Prioridade baixa e Prioridade alta.

A fase de distribuição consiste da criação de uma versão executável da aplicação, da criação de um instalador dos componentes de software da aplicação, da criação da documentação de apoio à instalação e da cópia dos componentes da aplicação para o suporte escolhido, seja um suporte óptico, tal como o CD ou o DVD, ou uma aplicação para distribuição em um sítio Web.

A distribuição depende do tipo da aplicação, pelo que pode envolver actividades distintas. Por

exemplo, uma enciclopédia electrónica necessita que a aplicação seja entregue ao responsável

pela duplicação em massa. Caso se trate de uma aplicação de formatação profissional, a

distribuição envolve um passo essencial de cópia para o suporte escolhido e um segundo passo

em que será distribuída para os vários departamentos da empresa que em que será utilizada.

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Caso se trate de uma aplicação multimédia para ser distribuída sob a forma de um sítio Web,

é necessário proceder à sua instalação no servidor planeado.

O passo inicial desta fase consiste em preparar os ficheiros que constituem a aplicação para

armazenamento no suporte escolhido, de tal modo que a aplicação possa ser instalada pelos

utilizadores finais nos seus computadores.

O segundo passo consiste em verificar a documentação que será incluída com a aplicação, tal

como os manuais do utilizador, e incluir esses documentos em formato digital para que o

utilizador os consulte directamente a partir da aplicação, sem necessitar de os imprimir.

Finalmente, antes de distribuir aos utilizadores finais, é necessário efectuar a sua cópia para

que o suporte óptico escolhido para armazenar os ficheiros de instalação da aplicação

multimédia interactiva.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://design.blog.br/

http://www.marketdesign.com.br

http://portaldasartesgraficas.com/

TÉCNICAS, NBR 6027 Informação e documentação - Manoel Alves Damascena Júnior. Rio de

Janeiro: Impresso no Brasil, 2010.

NBR 14724 - Informação e documentação — Manoel Alves Damascena Júnior. Rio de Janeiro:

Impresso no Brasil, 2010.