manual de audiologia

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  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

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    MANUAL DE PROCEDIMENTOS EM AUDIOMETRIA

    TONAL LIMIAR, LOGOAUDIOMETRIA E

    MEDIDAS DE IMITNCIA ACSTICA

    FEVEREIRO 2013

    SISTEMA DE CONSELHOS FEDERALe REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA

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    Manual de Procedimentos emAudiometria Tonal,Logoaudiometria

    e Medidas de Imitncia Acstica

    Elaborao: Sistema de Conselhos Federal

    e Regionais de Fonoaudiologia

    FEVEREIRO 2013

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    5/285Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    SUMRIO

    1 - Introduo ................................................................................... 7

    2 - Aspectos Legais .......................................................................... 8

    3 - Ficha Audiolgica ..................................................................... 10

    4 - Modelos de Descrio do Resultado Audiolgico. .................... 23

    5 - Referncias Bibliogrficas......................................................... 25

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    7/287Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    XXXXX1 - INTRODUO

    Frequentemente profissionais de todas as regies consultam osConselhos de Fonoaudiologia em busca de esclarecimentos sobre a

    sistematizao do registro dos resultados de exames audiolgicos.

    Esse questionamento recorrente nas aes de fiscalizao dosConselhos Regionais em servios de Audiologia.

    Com o objetivo de orientar os Fonoaudilogos que atuam em

    Audiologia, o Grupo de Trabalho de Audiologia formado por membros

    do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia,

    revisou e atualizou este manual, que teve sua primeira verso lanada

    em 2009.

    A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) e a AcademiaBrasileira de Audiologia (ABA) participaram como colaboradores,

    proporcionando ao documento aproximao entre os saberes cientficose legais, necessrios a uma prtica profissional em Audiologia dentrodos princpios tcnico-cientficos, legais e ticos.

    Aqui o fonoaudilogo encontrar orientao quanto aos vriosaspectos relacionados prtica da avaliao audiolgica bsica.

    Boa Leitura!

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    8/288Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    2 - ASPECTOS LEGAIS

    O Fonoaudilogo possui um amparo legal que garante sua atuao

    profissional de forma plena, tica e autnoma. Sendo assim, tem odever de conhecer as normativas de sua profisso, principalmenteaquelas que se referem diretamente sua prtica profissional.

    Disponibilizaremos a seguir fontes legais sobre a atuao do

    Fonoaudilogo em Audiologia.

    USE A SEU FAVOR:

    Lei n 6965/81 que define as competncias do Fonoaudilogo,dentre elas, a competncia na avaliao, na terapia e no

    fornecimento de pareceres na rea da audio;

    Cdigo de tica Profissional, que prev deveres, direitos einfraes ticas relacionados prtica profissional, dentre elas, area da audio;

    Resoluo do CFFa n 415, de 12 de maio de 2012, que dispesobre o registro de informaes e procedimentos fonoaudiolgicosem pronturios;

    Resoluo do CFFa n 246, de 19 de maro de 2000, que dispesobre a competncia do Fonoaudilogo, quando no exerccio de suaprofisso, para solicitar exames e avaliaes e d outras providncias;

    Resoluo CFFa n 214, de 20 de setembro de 1998, que dispesobre a atuao do Fonoaudilogo como perito em assuntos de

    sua competncia e d outras providncias.

    Portaria n 19/98, que estabelece Diretrizes e Parmetros Mnimos

    para Avaliao e Acompanhamento da Audio em Trabalhadores

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    9/289Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    2 - ASPECTOS LEGAIS

    Expostos a Nveis de Presso Sonora Elevados Anexo I do

    quadro II, Norma Regulamentadora n 7 do Ministrio do Trabalho

    e do Emprego.

    Resoluo do CFFa n 190, de 06 de junho de 1997, que dispesobre a competncia do Fonoaudilogo em realizar Exames

    Audiolgicos.

    Consulte com frequncia o portal do Conselho Federal de

    Fonoaudiologia e do Conselho Regional de Fonoaudiologia

    de sua jurisdio. Neles se encontram disponveis

    legislaes vigentes e atualizaes normativas sobre o

    assunto.

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    10/2810Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    3.1. Informaes necessrias:

    Na ficha audiolgica deve constar: local de realizao do exame com endereo e telefone;

    dados pessoais do examinado: nome completo, data de nascimento,

    sexo e nmero do documento de identificao; data da realizao do exame;

    modelo, marca e data de calibrao dos equipamentos; achados da inspeo do meato acstico externo;

    identificao, assinatura e carimbo do profissional responsvelpelo exame.

    dever do fonoaudilogo utilizar seu nome e nmero de

    registro no Conselho Regional no qual estiver inscrito, em

    qualquer procedimento fonoaudiolgico, acompanhado de

    rubrica ou assinatura. (Cdigo de tica - Artigo 6, VII)

    Consiste em infrao tica assinar qualquer procedimento

    fonoaudiolgico realizado por terceiros, ou solicitar que

    outros profissionais assinem seus procedimentos.

    (Cdigo de tica - Artigo 7 , VI)

    3.2. Audiograma e Simbologia

    Os limiares audiomtricos obtidos devem ser dispostos e

    representados graficamente no audiograma, usando sistema de

    smbolos padronizados.

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    11/2811Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    O audiograma deve ser construdo como uma grade na qual as

    frequncias, em Hertz (Hz) esto representadas logaritmicamente na

    abscissa, e o nvel de audio (NA), em decibel (dB) na ordenada. Para

    garantir dimenso padronizada do audiograma, cada oitava na escala de

    frequncias deve ser equivalente ao espao correspondente a 20 dB na

    escala do nvel de audio. O eixo da abscissa deve incluir as frequncias

    de 125 Hz a 8000 Hz com a legenda de Frequncia em Hertz (Hz). O eixoda ordenada deve incluir nveis de audio de -10dB a 120 dB NA com a

    legenda de Nvel de Audio em Decibel (dB).

    O audiograma e o sistema de smbolos recomendados pela ASHA

    (1990) encontram-se nafigura 1e no quadro 1.

    Figura 1: Audiograma recomendado pela ASHA, 1990

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    12/2812Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    Quadro 1: Conjunto de smbolos audiomtricos recomendados noregistro das respostas obtidas na pesquisa de limiares de audibilidade.

    Obs: Adaptao da simbologia audiomtrica foi realizada a partir do proposto pela ASHA (1990).

    Os smbolos audiomtricos esto demonstrados no quadro 1 e foram especificados para poder delinear independente do cdigo de cores as seguintes distines: a) orelha direita da esquerda; b) conduo area de conduo ssea; c) limiares mascarados de no mascarados;d) presena e ausncia de respostas e e) tipo de transdutor (fones, vibrador e alto falante) utilizado para a apresentao do estimulo.

    PROCEDIMENTO DE TESTE ORELHA DIREITA ORELHA ESQUERDA

    VIA AREA (FONES)

    No mascarada o x

    Mascarada

    Ausncia de resposta no mascarada o x

    Ausncia de resposta mascarada

    VIA SSEA (MASTIDE)

    Resposta no mascarada Resposta mascarada [ ]

    Ausncia de resposta no mascarada

    Ausncia de resposta mascarada [ ]

    VIA SSEA (FRONTE)

    Resposta mascarada

    Ausncia de resposta mascarada

    CAMPO LIVRE

    Resposta

    Resposta inespecfica SAusncia de resposta em Campo Livre

    3.3. RESULTADO AUDIOLGICO

    3.3.1 Audiometria Tonal Limiar

    Para o resultado da audiometria tonal deve ser levado em

    considerao quatro aspectos: tipo da perda auditiva, grau da perda

    auditiva, configurao audiomtrica e lateralidade.

    a) Quanto ao tipo de perda auditiva

    O tipo de perda auditiva est relacionado localizao das

    estruturas afetadas do aparelho auditivo.

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    13/2813Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    A classificao do tipo de perda auditiva leva em considerao acomparao dos limiares entre a via area e a via ssea de cada orelha.

    Portanto, imprescindvel realizar a pesquisa dos limiares tonais por

    via area e via ssea. Sem a comparao dos limiares areos e sseos

    no possvel a determinao do tipo de perdaauditiva. Algumas

    classificaes so reconhecidas cientificamente e recomendadas por

    especialistas. No quadro 2, o exemplo de classificao sugerido porSilman e Silverman (1997).

    TIPO DE PERDA CARACTERSTICAS

    Perda AuditivaCondutiva

    Limiares de via ssea menores ou iguais a 15 dBNA elimiares de via area maiores do que 25 dBNA, com gapareo-sseo maior ou igual a 15 dB.

    Perda Auditiva

    Neurossensorial ouSensrio neural

    Limiares de via ssea maiores do que 15 dBNA e limiares

    de via area maiores do que 25 dBNA, com gap areo-sseo de at 10 dB.

    Perda Auditiva MistaLimiares de via ssea maiores do que 15 dBNA e limiaresde via area maiores do que 25 dBNA, com gap areo-sseo maior ou igual a 15 dB.

    Quadro 2: Classificao do tipo de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman (1997)

    b) Quanto ao grau da perda auditiva

    O grau da perdaauditiva est relacionado com a habilidade de

    ouvir a fala. Existem diversas classificaes para caracterizar o graudas perdas auditivas. Todas utilizam a mdia dos limiares tonais de

    via area em determinadas frequncias para esse clculo, o que

    gera controvrsias sobre qual dessas classificaes seria a maisadequada. Entretanto, a maioria considera a mdia dos limiares entre

    500, 1.000 e 2.000 Hz. A mais conhecida a classificao de Lloyd e

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    14/2814Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Kaplan (1978), descrita no quadro 3. A escolha da classificao ficaa critrio do profissional, entretanto dever sempre ser referendada. importante ressaltar que no possvel estabelecer grau de

    perda auditiva por frequncia isolada.

    MDIA TONAL DENOMINAO HABILIDADE PARA OUVIR A FALA

    25 dBNA Audio normal Nenhuma dificuldade significativa

    26 - 40 dBNAPerda auditiva degrau leve Dificuldade com fala fraca ou distante

    41 - 55 dBNAPerda auditiva degrau moderado

    Dificuldade com fala em nvel deconversao

    56 - 70 dBNA

    Perda auditivade graumoderadamentesevero

    A fala deve ser forte; dificuldade paraconversao em grupo

    71 - 90 dBNA Perda auditiva degrau severo

    Dificuldade com fala intensa; entendesomente fala gritada ou amplificada.

    91 dB NAPerda auditiva degrau profundo

    Pode no entender nem a fala amplificada.Depende da leitura labial.

    Quadro 3: Classificao do grau da perda auditiva de acordo com Lloyd e Kaplan (1978)

    Outra classificao que pode ser utilizada a recomendadapela BIAP - Bureau Internacional dAudio Phonologie - instituio

    formada por diversas associaes de pases europeus com o objetivoprincipal de nortear a atividade dos profissionais dessas regies. Arecomendao 02/1 de 1997, descrita no quadro 4, tambm est

    disponvel no site www.biap.org.

    Recomendao BIAP 02/1

    Mdia dos limiares auditivos em dB, na via area, nas frequncias

    de 500 Hz, 1kHz, 2kHz e 4kHz.

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    15/2815Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Toda resposta no detectada anotada a 120dB. A soma se divide

    por 4 e arredondada para a unidade superior.

    No caso de surdez assimtrica, o nvel mdio da perda em dB se

    multiplica por 7 no ouvido melhor e por 3 na orelha pior. A soma se

    divide por 10.

    DENOMINAO MDIA TONAL CARACTERSTICAS

    Audioinfranormal

    20 dBNA Trata- se de uma perda tonaldiscreta sem implicao social.

    Deficincia auditivaleve

    21 - 40 dBNA

    Percebe a fala com voz normal,mas tem dificuldade com voz baixaou distante. A maioria dos rudosfamiliares so percebidos.

    Deficincia auditivamoderada

    Grau I: 41 - 55 dBNA A fala percebida se a voz umpouco elevada. O sujeito entendemelhor quando olha a pessoa quefala. Percebe alguns rudos familiares.Grau II: 56 - 70 dBNA

    Deficincia AuditivaSevera

    Grau I: 71 - 80 dBNAA fala percebida se a voz umpouco elevada. O sujeito entendemelhor quando olha a pessoaque fala. Percebe alguns rudosfamiliares.

    Grau II: 81 - 90 dBNA.

    Deficincia AuditivaProfunda

    Grau I: 91 - 100 dBNA

    Nenhuma percepo da palavra.Somente os rudos muito fortes sopercebidos.

    Grau II: 101 - 110dBNA.

    Grau III: 111 - 119 dBNA

    Deficincia AuditivaTotal/ Cofose

    > 120 dBNA No percebe nenhum som.

    Quadro 4 - Classificao do grau da perda auditiva de acordo com BIAP (1997).

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    16/2816Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Audiologia Infantil

    A avaliao audiolgica infantil baseia-se na correlao do

    comportamento da criana frente aos estmulos sonoros apresentados

    durante a avaliao audiolgica.

    A metodologia de avaliao audiolgica utilizada depender da

    idade e do nvel de desenvolvimento da criana a ser avaliada.

    Os mtodos mais utilizados so: Audiometria Comportamental,

    Audiometria Ldica Condicionada, Audiometria de Reforo Visual

    (VRA) e Audiometria de Campo Livre, entre outros.

    Do resultado do exame:

    Em virtude das especificidades encontradas na avaliao infantil,o resultado do exame na criana deve ser detalhado em formato de

    parecer, contemplando dentre outras informaes que o fonoaudilogoconsiderar necessrias, as seguintes: nmero de sesses necessrias finalizao da avaliao, descrio do comportamento e qualidadeda interao da criana com o avaliador, anlise da qualidade da fala,

    exposio dos resultados obtidos, orientaes, e encaminhamentos equipe multiprofissional, caso necessrio.

    importante lembrar que h que se considerar a idade do paciente

    avaliado. Por isso, para analisar os resultados de crianas at 7 anos

    de idade, recomendada a classificao de Northern e Downs (1984)descrita no quadro 5.

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    17/2817Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Mdia Tonal Denominao O que consegue ouvir semamplificao

    15 dBNA Audio normal Todos os sons da fala.

    16 - 25 dBNAPerda auditivadiscreta ou mnima

    As vogais so ouvidas claramente. Podeapresentar discreta dificuldade com asconsoantes surdas.

    26 - 40 dBNAPerda auditiva degrau leve

    Ouve somente alguns dos sons da fala; osfonemas sonoros mais fortes.

    41 - 65 dBNA Perda auditiva degrau moderado

    Perde a maior parte dos sons da fala em umnvel de conversao normal.

    66 - 95 dBNAPerda auditiva degrau severo

    No ouve os sons da fala de umaconversao normal.

    96 dBNAPerda auditiva degrau profundo

    No ouve a fala ou outros sons.

    Quadro 5: Classificao do grau da perda auditiva, para crianas at 7 anos, de acordocom Northern e Downs (1984).

    c) Quanto configurao audiomtrica

    A classificao da configurao audiomtrica leva em consideraoo desenho dos limiares de via area para cada orelha. Segue no

    quadro 6, a classificao de Silman e Silverman (1997) adaptadade Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978).

    Tipo deConfigurao Caractersticas

    Configurao ascendente Melhora igual ou maior do que 5 dB por oitava em direo sfrequncias altas.

    Configurao horizontal Limiares alternando melhora ou piora de 5 dB por oitava em todasas frequncias.

    Configurao descendente leve Piora entre 5 a 10 dB por oitava em direo s frequncias altas.

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    Continua

    Quadro 6: Classificao da perda auditiva de acordo com a configurao audiomtrica.(Silman e Silverman, 1997 adaptada de Carhart, 1945 e Lloyd e Kaplan, 1978)

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    18/2818Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Configurao descendenteacentuada Piora entre 15 a 20 dB por oitava em direo s frequncias altas.

    Configurao descente emrampa

    Curva horizontal ou descendente leve com piora 25 dB poroitava em direo s frequncias altas.

    Configurao em U Limiares das frequncias extremas melhores do que asfrequncias mdias com diferena 20 dB.

    Configurao em U invertido Limiares das frequncias extremas piores do que as frequnciasmdias com diferena 20 dB.

    Configurao em entalheCurva horizontal com descendncia acentuada em umafrequncia isolada, com recuperao na frequnciaimediatamente subsequente.

    Quadro 6: Classificao da perda auditiva de acordo com a configurao audiomtrica.(Silman e Silverman, 1997 adaptada de Carhart, 1945 e Lloyd e Kaplan, 1978)

    d) Quanto lateralidade

    Bilateral: significa que ambas as orelhas apresentam perda auditiva

    ou normalidade auditiva.

    Unilateral: significa que apenas uma das orelhas apresenta perdaauditiva.

    e) Outra descrio associada curva audiomtricaSimtrica: so consideradas curvas simtricas aquelas que

    possuem mesmo grau e mesma configurao audiomtrica.

    Assimtrica: so consideradas curvas assimtricas aquelas quepossuem grau e ou configurao diferentes.

    dever do fonoaudilogo descrever o resultado

    da avaliao audiolgica na ficha do exame para

    audiometria tonal, logoaudiometria e medidas de

    imitncia acstica.

    3 - FICHA AUDIOLGICA

    Continuao

    Tipo deConfigurao Caractersticas

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    19/2819Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Consideraes sobre audiometria ocupacional:

    A audiometria ocupacional deve ser realizada utilizando-se os

    mesmos critrios da audiometria clnica. Entretanto, para a anlise

    dos resultados da audiometria ocupacional devem ser considerados,

    obrigatoriamente, os parmetros preconizados pela Portaria n 19 do

    MTE, de 9 de abril de 1998 que define as Diretrizes e Parmetros

    Mnimos para avaliao e acompanhamento da audio em indivduosexpostos a nveis de presso sonora elevados.

    O fonoaudilogo tem plena autonomia para inserir no laudo

    ocupacional os aspectos clnicos que considerar pertinentes.

    direito do trabalhador o acesso aos seus examesaudiomtricos.

    Fundamentos Legais:

    Permitir o acesso do cliente ao pronturio, relatrio, exame, laudo

    ou parecer elaborados pelo fonoaudilogo, recebendo explicao

    necessria sua compreenso, mesmo quando o servio for contratadopor terceirosCdigode tica da Fonoaudiologia, no seu art. 9, item VII.

    Disponibilizar cpias dos exames audiomtricos aos trabalhadores.

    Portaria 19, item 6.1 d.

    Na identificao e suspeita de Perda Auditiva relacionada ao Trabalho,quando o atendimento for realizado no SUS, compulsria a notificaoda mesma no Sistema Nacional de Notificao de Agravos (SINAN), com

    vistas Vigilncia. Procure o servio de epidemiologia da sua unidade!

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    20/2820Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    3.3.2. Logoaudiometria:

    Logoaudiometria a medida da habilidade do indivduo para

    detectar e reconhecer a fala. Por meio da logoaudiometria possvel

    avaliar o Limiar de Deteco de Fala (LDF), o Limiar de Recepo

    de Fala (LRF/SRT), o ndice Percentual de Reconhecimento de Fala

    (IPRF) e o Limiar de Desconforto de Fala (UCL). Estes exames devemfazer parte da prtica clnica, cabendo ao fonoaudilogo selecionar

    aqueles necessrios para cada caso.

    Destes exames, os resultados do ndice Percentual de

    Reconhecimento de Fala (IPRF) podem ser classificados, comosugerem Jerger, Speaks e Trammell (1968), conforme descrito no

    quadro 7.

    Resultado do IPRF Dificuldade de compreenso da fala

    100% a 92% Nenhuma dificuldade para compreender a fala.

    88% a 80% Ligeira/discreta dificuldade para compreender a fala.

    76% a 60% Moderada dificuldade para compreender a fala.

    56% a 52% Acentuada dificuldade para acompanhar uma conversa.

    abaixo de 50% Provavelmente incapaz de acompanhar uma conversa.

    Quadro 7: Classificao do IPRF (Jerger, Speaks e Trammell, 1968)

    3.3.3. Medidas de Imitncia Acstica

    a) Timpanometria: utilizada para avaliar o funcionamento e

    integridade da orelha mdia.

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    21/2821Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Para o resultado da timpanometria, sugere-se a classificao deJerger (1970), conforme quadro 8.

    Tipo de curva Caractersticas

    Tipo A Mobilidade normal do sistema tmpano-ossicular.

    Tipo Ad Hiper-mobilidade do sistema tmpano-ossicular.

    Tipo Ar Baixa-mobilidade do sistema tmpano-ossicular.Tipo B Ausncia de mobilidade do sistema tmpano-ossicular.

    Tipo CPresso de ar da orelha mdia desviada para pressonegativa.

    Quadro 8: Classificao do timpanograma (Jerger, 1970)

    b) Reflexo Estapediano Contralateral

    Para o resultado dos reflexosacsticos do msculo estapdio na

    condio via aferente contralateral, sugere-se a classificao baseadaem Gelfand (1984) e Jerger e Jerger (1989), conforme quadro 9.

    Presente

    Presente emnveis normais

    Reflexo desencadeado entre 70 e 100dB acima do limiar da via erea

    Presente ediminudo

    Diferena menor ou igual a 65 dBentre o limiar de via area e o reflexoestapediano contralateral.

    Presente eaumentado

    Diferena maior do que 100 dB entreo limiar de via area e o reflexoestapediano contralateral.

    AusenteReflexo no desencadeado at a sada mxima doequipamento

    Quadro 9: Classificao do reflexo acstico estapediano contralateral (Gelfand, 1984 eJerger e Jerger, 1989).

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    22/2822Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Sugere-se registrar os valores da via aferente (fone) utilizando a cor

    da via eferente (sonda). Exemplo:

    Fone OD (aferncia) - Orelha de teste Fone OE (aferncia) - Orelha de teste

    Sonda OE (eferncia) - Cor azul Sonda OD (eferncia) - Cor vermelha

    Ateno: Quando a imitanciometria for registrada separadamente

    da ficha audiolgica, deve-se colocar os dados de identificao dopaciente, assim como carimbar e assinar o impresso computadorizado.

    Entretanto, recomenda-se o registro de todos os dados da

    imitanciometria na ficha de avaliao audiolgica em virtude da poucadurabilidade do impresso trmico.

    As classificaes aqui descritas so sugestes do Sistemade Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia,

    Academia Brasileira de Audiologia e Sociedade Brasileira de

    Fonoaudiologia. No momento de se classificar a perda auditiva, o

    profissional deve considerar: o resultado da avaliao audiolgicacompleta (audiometria tonal limiar por via area e por via ssea,logoaudiometria e medidas de imitncia acstica); no classificarfrequncias isoladas em termos de grau e, principalmente, utilizar

    sempre critrios baseados em evidncias cientficas para aclassificao das perdas auditivas.Alm disso, tambm importanteconsiderar a necessidade de exames complementares, tais como:

    Emisses Otoacsticas - EOA, Potencial Evocado Auditivo de

    3 - FICHA AUDIOLGICA

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    23/2823Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    Tronco Enceflico - PEATE, dentre outros, para a concluso do

    diagnstico audiolgico, sempre que necessrio.

    4.1.Para Audiometria Tonal:

    a) Curvas com mesmo grau, tipo e configurao:

    Curva audiomtrica simtrica, do tipo XXX (Silman e Silverman,

    1997), de grau XXX (Lloyd e Kaplan, 1978) e configurao XXXbilateralmente (Carhart, 1945).

    b) Curvas com grau e/ou tipo e/ou configurao diferentes:

    Curva audiomtrica assimtrica, do tipo XXX direita e XXX

    esquerda, de grau XXX direita e XXX esquerda e configuraoXXX direita e XXX esquerda.

    Ateno: importante sempre citar os autores nos quais se baseoupara descrever o resultado. Lembre-se que o grau da perda auditivapoder mudar de acordo com a referncia cientfica escolhida.

    4.2. Para Logoaudiometria:

    a) Com mesmo desempenho no IPRF em ambas as orelhas:XXX dificuldade para compreender a fala em ambas as orelhas.

    b) Com desempenho no IPRFdiferente entre as orelhas:

    XXX dificuldade para compreender a fala direita e XXX esquerda.

    4.3. Para as Medidas de Imitncia Acstica:

    a) Com mesmo timpanograma e reflexos acsticos estapedianos

    4 - MODELOS DE DESCRIO DO

    RESULTADO AUDIOLGICO

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    24/2824Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    contralaterais em ambas as orelhas:

    Mobilidade XXX de ambas as orelhas mdias (timpanometria

    tipo XXX bilateralmente), com reflexos acsticos estapedianoscontralaterais (presentes em nveis normais/alterados ou

    ausente) nas frequncias XXX em ambas as orelhas.

    b) Com timpanograma e/ou reflexos acsticos estapedianoscontralaterais diferentes entre as orelhas:

    Mobilidade XXX direita e XXX esquerda (timpanometria tipo

    XXX direita e tipo XXX esquerda), com reflexos acsticosestapedianos contralaterais (presentes em nveis normais/

    alterados ou ausente) nas frequncias XXX direita e XXX

    esquerda.

    Lembre-se: A anamnese um procedimento importante na

    avaliao audiolgica, devendo constar no pronturio, e

    no na Ficha Audiolgica.

    4 - MODELOS DE DESCRIO DO

    RESULTADO AUDIOLGICO

  • 5/26/2018 Manual de Audiologia

    25/2825Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

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    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

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    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

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    27/2827Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de

    Imitncia Acstica

    CONSELHOS DE

    FONOAUDIOLOGIA

    Conselho Federal de FonoaudiologiaSRTVS - Quadra 701 Bloco E

    Palcio do Rdio II - Salas 624 / 630CEP: 70340-902 - Braslia-DF

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    Conselho Regional de Fonoaudiologia da 1 RegioRua lvaro Alvim, 21 - 5 andar Centro

    CEP: 20031-010 - Rio de Janeiro-RJFone/Fax: (21) 2533-2916

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