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SÍNTESE DO PROJETO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU - ESPECIALIZAÇÃO EM MÚSICA: PRÁTICAS INTERPRETATIVAS DOS SÉCULOS XX E XXI Natal 2010 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE MÚSICA

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SÍNTESE DO PROJETO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU -

ESPECIALIZAÇÃO EM MÚSICA: PRÁTICAS INTERPRETATIVAS DOS SÉCULOS XX E XXI

Natal 2010

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ESCOLA DE MÚSICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

REITOR José Ivonildo do Rego VICE-REITORA Ângela Maria Paiva Cruz PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG Edna Maria da Silva ESCOLA DE MÚSICA (EMUFRN) DIRETOR Zilmar Rodrigues de Souza VICE-DIRETORA Raquel Carmona Torres COORDENAÇÃO DO CURSO Cleber da Silveira Campos (Coordenador) Fábio Presgrave (Vice-coordenador)

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SUMÁRIO

1. ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS INTERPRETATIVAS CURSO LATO SENSU

....................................................................................................................................................4

1.1 Identificação......................................................................................................................4

2. APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................4

3. NECESSIDADE/IMPORTÂNCIA PARA IES, REGIÃO E ÁREA DO

CONHECIMENTO ..................................................................................................................5

4. OBJETIVOS DO CURSO ...................................................................................................6

4.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................6

4.2 Objetivos Específicos........................................................................................................6

5. REGIME DIDÁTICO ..........................................................................................................7

6. COORDENAÇÃO ................................................................................................................8

7. CARGA HORÁRIA E ESTRUTURA CURRICULAR ...................................................9

8. DISPOSIÇÃO MODULAR ................................................................................................9

8.1 Disciplinas Modulares Específicas ...................................................................................9

8.2 Disciplinas Modulares Coletivas.......................................................................................9

8.3 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).........................................................................10

9. COMPONENTES CURRICULARES..............................................................................10

10. CORPO DOCENTE .........................................................................................................14

11. ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ..........................................14

12. CONTROLE DE FREQUÊNCIA..................................................................................15

13. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ..................................................16

14. CERTIFICAÇÃO.............................................................................................................16

15. DATAS...............................................................................................................................16

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1. ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS INTERPRETATIVAS - CURSO LATO SENSU 1.1 Identificação • Nome: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Música • Ênfase: Práticas Interpretativas do Séc. XX e XXI • Tipo do curso: Especialização • Modalidade: Presencial • Área do conhecimento: Artes • Sub-área: Música 2. APRESENTAÇÃO

Este curso busca suprir a falta de formação especializada na área musical focada no campo das práticas interpretativas (performance), mais especificamente na análise/execução de obras dos séculos XX e XXI.

Considerando o fato de que neste âmbito a pós-graduação no Brasil é algo ainda muito recente, busca-se com este curso consolidar a idéia de que a produção artística é resultante de um intenso estudo, análise, pesquisa e reflexão advindo dos processos de preparação/performance das obras musicais. Sendo assim, acreditamos que os relatos referentes à análise musical assim como a execução de obras pré-determinadas, podem e devem ser reconhecidos como atividades intelectuais de pesquisa em música (vide temáticas atuais dos principais festivais de música, bienais, congressos, etc).

Em relação as atividades de pesquisa em nível de pós-graduação na área musical, é importante destacar que nos EUA, por exemplo, os estudos em nível de doutoramento para instrumentistas, cantores e maestros, foram primeiramente acolhidos nos programas denominados "guarda-chuva”, que conferiam o grau de Education Degree (Ed. D), equivalente ao Ph. D nas demais áreas da ciência. A criação de um título exclusivo para a área musical se deu a partir do ano de 1959, com a criação do grau de Doctor of Musical Arts.

No Brasil, ocorre um maior distanciamento entre a natureza dos conservatórios e das universidades, onde respectivamente, o foco se da nas práticas interpretativas mas sem atividade de pesquisa acadêmica (conservatórios) e uma maior ênfase nos trabalhos de pesquisa na área da teoria musical (universidades),

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apresentando assim uma menor ênfase à “performance documentada”, o que evidencia ainda a antiga discussão entre a "práxis" e a teoria.

Muito embora este cenário esteja se modificando, podendo ser constatado principalmente a partir do surgimento dos cursos de graduação (bacharelado) em música nas universidades (inclusive com ênfase na música popular), onde são oferecidas várias habilitações específicas para instrumentistas, cantores e regentes, observamos que a produção científica na área da performance musical é praticamente insignificante.

Sendo assim, se faz necessário um projeto de curso onde o foco se da no campo das práticas interpretativas com documentação regulamentada. Mais especificamente, na sistematização dos processos de interpretação de uma obra musical relacionado às nuânces destes processos, as quais envolvem desde os primeiros contatos estabelecidos entre intérprete e obra, produção dos respectivos concertos até a confecção de memoriais escritos nos moldes da pesquisa acadêmica/científica, pertinentes ao âmbito musical.

Nesse sentido, o curso aqui apresentado busca proporcionar elementos que contribuam para subsidiar, de maneira eminentemente prática e contextualizada, a performance musical-científica e ainda relativizada ao contexto da música “atual”, ou seja, a música composta no período que compreende os séculos XX e XXI.

3. NECESSIDADE/IMPORTÂNCIA DO CURSO PARA IES, REGIÃO E ÁREA DO CONHECIMENTO

Com a implementação deste curso em “Práticas Interpretativas em Música dos séculos XX e XXI”, almeja-se à ampliação da oferta dos cursos de pós-graduação (Lato Sensu) da UFRN, aliado as reais necessidades do atual campo de atuação profissional, através da análise dos cursos oferecidos pelas outras IES próximas ao estado do Rio Grande do Norte.

Destaca-se também o fato de que o mesmo estará vinculado a especialização de docentes e ex-discentes da nossa própria instituição, relacionado às atuais ofertas de educação no ensino superior.

No que diz respeito a área musical, essa importância se da sobre o ponto de vista de que a Escola de Música da UFRN (EMUFRN) deve exercer um papel fundamental na formação atual de músicos, com características específicas para atender as demandas de profissionais da esfera mercadológica atual.

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Assim, referindo-se principalmente aos avanços das áreas de atuação deste profissional, a qual requer cada vez mais a aquisição de conhecimento específico para sua inserção, acreditamos que a instituição não deve centrar suas ações apenas nos seguimentos dos cursos atuais oferecidos (básico, técnico e graduação), mas sim, como uma escola de música já reconhecida e consagrada, deve estender suas possibilidades de ensino e atuação para os cursos de pós-graduação (Lato Sensu) buscando também as bases para breve implementação dos cursos de mestrado e doutorado (Stricto Sensu) na área.

Dessa forma, buscamos com esse curso de especialização a capacitação específica de nossos futuros alunos e docentes, relacionados a contextualização e inserção desses profissionais no atual mercado de trabalho.

4. OBJETIVOS DO CURSO 4.1 Objetivo Geral • Dar continuidade à formação de musicistas com graduação em música (bacharelado, licenciatura ou educação artística com habilitação em música) de modo que os mesmos possam atuar como solistas, cameristas e regentes, munidos de ferramentas que possibilitem uma correta e minuciosa interpretação musical no âmbito do panorama da música contemporânea, pautados numa prática reflexiva e analítica. 4.2 Objetivos Específicos • Ampliar os mecanismos para soluções interpretativas e gestuais, por meio do aprofundamento e aperfeiçoamento das técnicas de estudo aplicadas ao repertório do período em questão; • Realizar levantamentos de obras que utilizem tais recursos de instrumentação, executá-las e classificá-las de acordo com os métodos analíticos (tipos e processos de escritura da partitura, por exemplo) desenvolvidos durante o projeto; • Desenvolver recursos que possibilitem ao músico compreender o contexto ao qual está inserido, relativo aos saberes envolvidos numa postura ética e profissional, assim como os aspectos psicológicos e outros temas que envolvem sua performance no palco; • Estudar e refletir sobre as necessidades do músico prático em questão associadas ao atual mercado de trabalho, o qual exige cada vez mais deste

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profissional uma atuação versátil e empreendedora, enfatizando a qualificação desses musicistas de maneira consonante com as atuais demandas da atividade; • Fomentar a produção de artigos sobre a técnica instrumental e interpretação musical. 5. REGIME DIDÁTICO

O regime didático do curso está organizado através da distribuição da carga horária de cada disciplina em forma de disposição modular. Essa distribuição está relacionada a quantidade de horas presenciais alocadas por módulos (40 horas/aula por módulo).

Um dos aspectos a serem contemplados nessa proposta pedagógica é a contextualização dos alunos com as atividades exercidas em caráter atual.

A inserção dos futuros alunos no mundo do trabalho interpretativo/musical aparece nesse panorama como meta principal. Nesse sentido, será mediante a compreensão e simulação do seu próprio cenário que se dará a contextualização dos conteúdos curriculares objetivados. Esses componentes serão significativos se proporcionarem as competências relativas a atuação qualitativa de nossos alunos no mercado profissional e ainda evidenciarem em que momento, no futuro profissional, tais elementos da aprendizagem tornar-se-ão indispensáveis para a compreensão de sua prática artística/operacional.

O trato interdisciplinar no processo de construção do conhecimento aqui também terá prioridade, por consideramos fundamental estabelecer relações entre os componentes a serem estudados e o contexto social e étnico-cultural, atualmente requisitado no campo de atuação profissional. Dessa forma, os componentes curriculares do curso serão desenvolvidos em torno de Projetos Temáticos estabelecidos em comum acordo entre aluno e professor-orientador, de modo a contemplar a interdisciplinaridade objetivada pelo curso. Em termos de implementação, caberá a responsabilidade da orientação e execução desses projetos ao corpo docente , composto por professores lotados na EMUFRN. Devemos ainda ressaltar que, durante todo o curso, o aluno será supervisionado por um professor-orientador, referente a sua área de atuação oferecido pelo programa (professores de Regência, Canto e Instrumento), o qual poderá eventualmente ser substituído, caso seja do interesse de uma das partes e acordado por ambas.

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Assim, acreditamos que ao se estudar e compreender os processos de determinada obra musical sob orientação especializada, é possível abordar aspectos históricos, técnicos, estruturais e interpretativos sem tratar esses componentes de maneira estanque e isolada. Busca-se, ao trabalhar nessa perspectiva, a possibilidade de integração desses conteúdos com os componentes curriculares apresentados, integrando assim as atividades interpretativas/musicais entre sujeito e fenômeno a serem estudados, respectivamente.

Para permitir a execução da proposta pedagógica, o processo de ensino/aprendizagem se ampliam para além do espaço de sala de aula. As atividades formativas se articulam em uma estrutura flexível e integradora, composta por disciplinas teóricas e ateliês de experimentação (oficinas/atividades laboratoriais).

Entende-se por atividades laboratoriais aquelas de natureza prática, ou seja, atividades que proporcionem uma vasta quantidade de opções ao aluno como forma de enriquecer o seu desenvolvimento prático. Os laboratórios são oportunidades para o desenvolvimento da prática musical do período em questão.

6. COORDENAÇÃO Coordenação: Prof. Ms. Cleber da Silveira Campos

Iniciou seus estudos musicais no ano de 1990 no Conservatório Municipal Lira São João em Piedade-SP. Seguiu o aprendizado no Conservatório Dramático Musical “Dr. Carlos de Campos”, em Tatuí-SP. Possui Graduação / Bacharelado em Música - Percussão Erudita pela Universidade Estadual de Campinas (2002), Graduação / Bacharelado em Música - Música Popular (Bateria) pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e é Mestre pelo NICS/UNICAMP (2008). Recentemente, atuou como professor de bateria e percussão erudita na Universidade Adventista de São Paulo (UNASP) e percussão erudita do Conservatório de Tatuí “Dr. Carlos de Campos”. Tem experiência na área de Artes/Música, com ênfase em Instrumentação Musical (Percussão) e Mediação Tecnológica. No campo da pesquisa, destaca-se como autor de vários artigos publicados em periódicos de âmbito nacional e internacional. Atualmente é doutorando pela Universidade Estadual de Campinas e professor de Percussão Erudita e Bateria da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Vice- Coordenação: Prof. Dr. Fábio Soren Presgrave

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Bacharel e Mestre pela Juilliard School of Music (NY). Professor de Violoncelo e Música de Câmara da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Diretor da Escola Municipal de Música de Macaíba e membro do Conselho da Escola de Música de São Braz do Suaçui - MG. Doutor pela UNICAMP.

7. CARGA HORÁRIA E ESTRUTURA CURRICULAR

O curso terá uma carga horária total de 360 hs/aula. O mesmo será ministrado por professores da EMUFRN e professores

convidados de outras IES. A estrutura curricular está focada na disposição modular, subdividida em:

(Disciplinas Modulares Específicas e Disciplinas Modulares Coletivas), integradas por projetos temáticos com a seguinte disposição abaixo: • Período: 21/02/11 a 01/02/12 • 01 módulo específico com CH igual à 40 horas (encontros semanais ou quinzenais ou mensais, de comum acordo entre professores e alunos da área específica) distribuídos durante o curso; • 08 módulos coletivos com CH igual à 40 horas - Turno: 2ª a 6ª das 18h às 22h – sábado das 8h às 12h (uma semana por mês); 8. DISPOSIÇÃO MODULAR (10 MÓDULOS) 8.1 Disciplinas Modulares Específicas (01 Módulo com CH igual à 40 horas)

MÓDULOS COMPONENTES CURRICULARES DATA CH

I TÓPICOS ESPECIAIS EM PRÁTICAS INTERPRETATIVAS - PROF. INST. (REGÊNCIA, CANTO, INSTRUMENTO)

14/03/11 a

01/02/12

40

8.2 Disciplinas Modulares Coletivas (08 Módulos com CH igual à 40 horas)

MÓDULOS COMPONENTES CURRICULARES DATA CH

II FUNDAMENTOS DA PESQUISA EM MÚSICA 21/03/11

a 30/03/11

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III PSICOLOGIA DA PERFORMANCE 18/04/11

a 27/04/11

40

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IV ATELIER DE GRAVAÇÃO MUSICAL 16/05/11

a 26/05/11

40

V TÓPICOS ESPECIAIS EM HISTÓRIA E ESTILO MUSICAL (SÉC. XX E XXI)

06/06/11 a

15/06/11

40

VI INFORMÁTICA EM MÚSICA 22/08/11

a 31/08/11

40

VII MÚSICA E EMPREENDEDORISMO 19/09/11

a 28/09/11

40

VIII

ESTUDOS DIRIGIDOS EM PRÁTICA INTERPRETATIVAS

17/10/11 a

26/10/11

40

IX

TÓPICOS ESPECIAIS EM SEMINÁRIOS AVANÇADOS

21/11/11 a

30/11/11

40

8.3 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

MÓDULOS COMPONENTES CURRICULARES MÊS CH

X APRESENTAÇÃO DO PROJETO ARTÍSTICO ORIENTADO (MEMORIAL, PALESTRA e RECITAL)

12/12/11 a

21/12/11

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9. COMPONENTES CURRICULARES (MODELO A SER SEGUIDO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE MÚSICA

PROGRAMA DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU: ESPECIALIZAÇÃO EM MÚSICA

COM ÊNFASE EM PRÁTICAS INTERPRETATIVAS DOS SÉCULOS XX E XXI

PROGRAMA DE CURSO CLARINETE

Amandy Bandeira de Araújo Professor de Clarinete Telefone: (84) 8802-8869 Email: [email protected] I - Caracterização: Carga Horária: 40 hora/aula. Ementa: Desenvolvimento da técnica e do conhecimento do repertório instrumental dos séculos XX e XXI. II – Objetivos:

• Desenvolver/aprimorar o domínio da técnica do instrumento e o senso interpretativo. • Possibilitar a obtenção do nivelamento técnico e instrumental do aluno através de exercícios básicos

que possibilitem a superação de dificuldades ainda existentes. • Aprimorar o desempenho técnico e interpretativo através de técnicas de produção do som, articulação e

fraseado. • Desenvolver métodos de estudo que possibilitem um melhor rendimento com melhor distribuição de

tempo. • Conhecer e dominar as técnicas expandidas para clarinete.

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III – Temas/ Conteúdos:

• Técnicas do clarinete incluindo embocadura, respiração, posição da mão e dos dedos, movimento dos dedos, posição e velocidade da língua, produção do som, afinação, digitações, produção do legato, staccato.

• Habilidades de interpretação de música dos séculos XX e XXI. • O estudo do vocabulário musical e nuances dos séculos XX e XXI • Treinamento de ritmo e leitura de escrita musical não usual. • Estratégias de estudo. • Ajuste de palhetas. • Conjuntura histórica do clarinete no período.

PLANO DE CURSO – CLARINETE

I – Metodologia: O curso será realizado com metodologia presencial em aulas práticas individuais, semanais e laboratório em forma de master-class e palestras. II – Meios: Material didático (a ser adquirido pelo aluno): Obrigatório:

• Instrumento de nível superior. • Palhetas – boas palhetas para aulas e performances (sugere-se o mínimo de 2 caixas de palheta por

semestre). • Espelho para estudo individual. • Metrônomo. • Afinador eletrônico. • CD para estudo de afinação entregue pelo professor. • Gravações das obras que serão trabalhadas no semestre.

Procedimentos e postura:

• O estudante deverá comparecer a aula pontualmente com o clarinete devidamente montado e aquecido. • O uso de aparelho celular nas aulas coletivas e individuais só é permitido apenas em caso de

URGÊNCIA. • Se um aluno precisar cancelar uma aula por qualquer motivo, o professor deverá ser contatado

previamente. • Em caso de justificativa de falta, é preferível que as solicitações sejam feitas por escrito (emails

também podem ser aceitos). • O estudante deverá saber exatamente o que será apresentado na próxima aula. • As atividades (estudos, exercícios, peças etc) só serão consideradas prontas quando for atingido o nível

de performance almejado. • O aluno deverá demonstrar conhecimento da obra a ser trabalhada através de gravações, análises e

literatura. III– Procedimentos de Avaliação da Aprendizagem: A nota final será atribuídas através da média aritmética de 3 notas: 1ª nota (participação e comprometimento com o curso):

• Participação nas aulas de laboratório (aula coletiva), que envolve tocar 2 vezes durante o semestre; • Presença e pontualidade nas aulas; • Participação nos eventos da área de clarinete (recitais, master-classes, simulados de audição etc.).

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2ª nota: • Evolução do aluno durante o semestre, todas as aulas são avaliadas (avaliação contínua); • Capacidade de cumprir as tarefas além do instrumento (ouvir peças, ler biografias, analisar trechos).

3ª nota: • Recital de final de curso, audição de final de semestre ou atividades artísticas.

Critérios de avaliação:

• 8,5 – 10 (Excelente) = Ter completado todas as exigências e tarefas. Tocar o material exigido no andamento indicado pelo compositor ou indicado pelo professor, no estilo adequado e com atenção no fraseado. Poucos erros de execução demonstrando que o aluno estudou com afinco o material regularmente durante todo o semestre. As passagens difíceis foram devidamente trabalhadas.

• 7 – 8,5 (Bom) = Não cumpriu todas as exigências e tarefas, porém apresentou interesse e dedicação. Foi capaz de tocar o material com poucos erros próximo do andamento indicado pelo compositor ou professor. As passagens difíceis precisaram de mais atenção do que foi dado. Houve pouca preocupação com estilo e fraseado da obra.

• 5 – 7 (Aceitável) = Completou aproximadamente 80% das exigências e tarefas. Conseguiu executar as peças sem parar, porém com muitos erros, demonstrando pouco estudo, estudo inadequado ou ambos. Não houve qualquer preocupação com o estilo e fraseado da obra.

• 3 – 5 (Inaceitável) = Completou pelo menos 70% das exigências e trabalhos. Participou das aulas, mas tocou um pouco melhor do que leitura a primeira vista.

• 0 – 3 = Faltou muitas aulas. Não apresentou material satisfatoriamente. Não cumpriu as exigências do semestre demonstrando claro desinteresse.

OBS: Estes critérios serão usados para as aulas individuais e qualquer performance do estudante. Cada aula será avaliada individualmente, será esperado do estudante pelo menos duas performance nas aulas coletivas. Cronograma:

Aulas Conteúdo 1-coletiva • Apresentação do Plano de Curso.

• Definição do Repertório do recital de final de curso. 2-coletiva • Palestra: Técnicas expandidas para Clarinete. 3-coletiva • Literatura do Clarinete no Século XX e XXI. 4 • Diagnóstico da técnica básica do instrumentista.

• Planejamento do plano de melhoramento técnico. 5 • Estudo de técnicas expandidas: G. Farmer - vibrato, glissando, harmônicos,

subtone, frulato, “som de flauta”: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

6 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan - Variação de Timbre: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

7 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan - Variação de Timbre: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

8 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Quartos de tom: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

9 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Quartos de tom: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

10 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan - cantar e tocar: estudos1-3 • Preparação do Repertório.

11 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan - cantar e tocar: estudos 4 -7 • Preparação do Repertório.

12 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan - cantar e tocar: estudos 8 – 10. • Preparação do Repertório.

13 • Estudo de técnicas expandidas: G. Farmer - cantar e tocar: estudos I - VI • Preparação do Repertório.

14 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Slap tonging. • Preparação do Repertório.

15- coletiva

• Aula teórica sobre multifônicos.

16 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – multifônicos: exercícios preliminares 1 - 4

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• Preparação do Repertório. 17 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – multifônicos: multifônicos com

digitação 1-3. • Preparação do Repertório.

18 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – multifônicos: multifônicos com digitação 4.

• Preparação do Repertório. 19 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – multifônicos: multifônicos ligados a

notas simples 1 a e b. • Preparação do Repertório.

20 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – multifônicos: multifônicos ligados a notas simples 2 a e b.

• Preparação do Repertório. 21 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para

clarinete I. • Preparação do Repertório.

22 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para clarinete II.

• Preparação do Repertório. 23 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para

clarinete III. • Preparação do Repertório.

24 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para clarinete IV.

• Preparação do Repertório. 25 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para

clarinete V. • Preparação do Repertório.

26 • Estudo de técnicas expandidas: R. Caravan – Estudos de multifônicos para clarinete VI.

• Preparação do Repertório. 27 • Preparação para o recital 28 • Preparação para o recital 29 • Preparação para o recital 30 • Recital 40 • Avaliação do processo de ensino aprendizagem.

• Diagnóstico e planejamento de melhoramento técnico. Bibliografia: CAMPIONE, Carmine. Campione on Clarinet: A Complete Guide to Clarinet Playing and Instruction. Ohio,

EUA: John Ten-Ten, 2001. CARAVAN, Ronald L. Preliminary Exercises & Etudes in Contemporary Techniques for Clarinet: Introductory

Material for the Study of Multiphonics, quarter tones, & Timbre Variation. New York: Ethos Publications, 1979.

DOLAK, Frank. Contemporary Techniques for Clarinet. Lebanon: Studio P/R, 1980. GUY, Larry. Daniel Bonade Workbook. New York: Rivernote Press, 2005. HOEPRICH, Eric. The Clarinet. New Haven, EUA: Yale University Press, 2008. FARMER,Gerald. Multiphonics and Other Contemporary Clarinet Techniques. Rochester, NY: Shall-u-mo

Publications, 1982. HEATON, Roger. The Contemporary clarinet. In The Cambridge Companion to the Clarinet. Edited by Colin

Lawson. United Kingdom: Cambridge University Press,2001 (reprint), pg. 163.

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STEIN, Keith. The Art of Clarinet Playing. Florida: Warner Bros Publications, S/D. Além de peças e métodos recomendados pelo professor (fotocópias serão aceitas). 10. CORPO DOCENTE

DOCENTE COMPONENTE CURRICULAR Dr. Zilmar Rodrigues de Souza Fundamentos da Pesquisa em Musica Ms. Camila Torres Meirelles Psicologia da Performance Ms. Ticiano Maciel D’Amore Jair da Silva Alves

Atelier de Gravação Musical

Dr. Agostinho Jorge de Lima Tópicos Especiais em História e Estilo Musical Dr. Alexandre Reche e Silva Informática em Musica Dr. Zilmar Rodrigues de Souza Musica e Empreendedorismo Professores Orientadores (Ensaio Final) Estudos Dirigidos em Práticas Interpretativas Dr. Silvio Ferraz / Dr. Jônatas Manzolli (UNICAMP)

Tópicos Especiais em Seminários Avançados

Dr. André Luiz Muniz Oliveira Práticas Interpretativas (Regência) Ms. Leandro de Magalhães Gazineu Práticas Interpretativas (Regência) Dra. Elke Beatriz Riedel Práticas Interpretativas (Canto) Dr. Fábio Soren Presgrave Práticas Interpretativas (Violoncelo) Ms. Amandy Bandeira de Araújo Práticas Interpretativas (Clarinete) Ms. Cleber da Silveira Campos Práticas Interpretativas (Percussão Erudita) Dr. Ezequias Oliveira Lira Práticas Interpretativas (Violão) Ms. Camila Torres Meirelles Práticas Interpretativas (Música de Câmara Cont) Dr. Tarcísio Gomes Filho Práticas Interpretativas (Música de Câmara Cont) Dr. Durval Cesetti Práticas Interpretativas (Música de Câmara Cont) Ms. Rogério Lourenço dos Santos Práticas Interpretativas (Música de Câmara Cont)

11. ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á num contexto eminentemente teórico/prático, ou seja, a partir das evidências de desempenho na execução de práticas musicais como recitais, concertos, testes e provas em situações-problema, contextualizadas no respectivo processo da prática musical.

Os instrumentos utilizados no processo de avaliação deverão refletir a natureza essencial da atividade em questão, condizendo com a lógica da formação por competências, o que pressupõe a revisão dos modelos tradicionais da ação pedagógica.

Serão utilizados, dentre outros, os seguintes instrumentos e estratégias avaliativas: • Observação de desempenho; • Testes de conhecimentos e habilidades; • Exercícios de simulação; • Produção de textos;

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• Seminários; • Aplicação de situação-problema; • Execução de projeto.

O desempenho do aluno será expresso na forma de conceito, advindo das

seguintes notas: A – Ótimo (9,0 a 10,0)

B – Bom (7,0 a 8,9) C – Regular (5,0 a 6,9)

D – Insuficiente (3,0 a 4,9) E – Fraco (1,0 a 2,9)

I – Incompleto

O conceito “I” (incompleto) será atribuído ao aluno que, por motivo alheio à sua vontade, deixar de completar uma parcela dos trabalhos requeridos pela disciplina. Nesse caso, o aluno deverá completar a parcela no prazo estabelecido pelo professor responsável pela disciplina, indicando-se um prazo máximo de 30 (trinta) dias após o término da mesma.

Para aprovação será exigido em cada disciplina o conceito mínimo “C”, e freqüência mínima de 75%. Para aprovação no curso, será exigido conceito final mínimo “B” e freqüência não inferior a 75%. O conceito final no curso será calculado por meio da média aritmética, obtida pela soma das notas nas disciplinas e dividida por dez (total de disciplinas/módulos), transformado, em seguida, no conceito.

O desligamento do aluno do curso, a ser homologado pela Comissão de Pesquisa da EMUFRN, deverá ocorrer a partir da ocorrência de pelo menos duas das situações a seguir: 1) Ser reprovado 1 (uma) vez nos módulo/disciplinas integralizantes; 2) Ter ultrapassado o prazo máximo de duração deste curso; 3) Deixar de realizar o trancamento do curso; 4) Ter insucesso definitivo na apresentação da disciplina final intitulada “Apresentação do Projeto Artístico Orientado (Memorial, Palestra e Recital)”. 12. CONTROLE DE FREQUÊNCIA

A freqüência mínima exigida é de 75% da carga horária total de aulas em cada

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módulo/disciplina. A forma de controle se dará através de anotação das presenças dos alunos em diário de classe pelo professor.

13. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) O trabalho final de Conclusão de Curso (TCC) a ser apresentado pelo aluno

como quesito final de integralização, deverá constar de três partes: Concerto, antecedido de uma palestra e a apresentação escrita de um Memorial (Memória do Recital) versando sobre questões específicas encontradas na obra a ser executada.

A data para apresentação do TCC (concerto, palestra e a apresentação do Memorial), será fixada pela Coordenação do Curso de acordo com o cronograma da disciplina “Estudos Dirigidos em Práticas Interpretativas”. Fica a critério da referida Coordenação, a concessão de no máximo mais 30 (trinta) dias ao candidato que, por motivos justificáveis, deixar de apresentar os trabalhos no período supracitado.

14. CERTIFICAÇÃO

Após a apresentação dos mesmos (devidamente aprovado por comissão constituída por três professores e presidida pelo professor orientador do trabalho), será concedido ao participante do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”, o título de “Especialista em Música com ênfase em Práticas Interpretativas” pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O Certificado do Curso será emitido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFRN. 15. DATAS • Inscrições: 24 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 • Homologação das inscrições: 07 de fevereiro de 2011 • Avaliação: 08 a 11 de fevereiro de 2011 • Divulgação dos Aprovados: 14 de fevereiro de 2011 • Matrícula: 16 a 18 de fevereiro de 2011 • INÍCIO DO CURSO: 14 DE MARÇO DE 2011