manual inspetores manejadores

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  • Manual Prtico para oManejo Ecolgico de Pragasdos Citros

    111Documentos

    Fevereiro, 2003ISSN 1516-5728

  • Repblica Federativa do Brasil

    Luiz Incio Lula da SilvaPresidente

    Ministrio da Agricultura e do Abastecimento

    Roberto RodriguesMinistro

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Conselho de Administrao

    Jos Amauri DimrzioPresidente

    Clayton CampanholaVice-Presidente

    Alexandre Kalil PiresErnesto PaternianiHlio TolliniLus Fernando Rigato VasconcellosMembros

    Diretoria Executiva da Embrapa

    Clayton CampanholaDiretor-Presidente

    Gustavo Kauark ChiancaHerbert Cavalcante de LimaMariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores

    Embrapa Mandioca e Fruticultura

    Mario Augusto Pinto da CunhaChefe-Geral

    Iguaci Cardoso MatosChefe-Adjunto de Administrao

    Jorge Luiz Loyola DantasChefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

    Walter dos Santos Soares FilhoChefe-Adjunto de Comunicao, Negcios e Apoio

  • Documentos 111

    Hermes Peixoto Santos FilhoAntnio Souza do NascimentoRicardo Lopes de MeloKatia Cristina de Magalhes Abreu

    Manual Prtico para oManejo Ecolgico de Pragas dosCitros

    Cruz das Almas, Bahia2003

    ISSN 1516-5728

    Fevereiro, 2003

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura TropicalMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

  • Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa Mandioca e FruticulturaRua Embrapa, s/nCaixa Postal 007CEP 44380-000, Cruz das Almas, BahiaFone: (75) 621-8000Fax: (75) 621-1118Homepage: http://www.cnpmf.embrapa.brE-mail: [email protected]

    Comit de Publicaes da Unidade

    Presidente: Aristoteles Pires de MatosVice-Presidente: Joo Roberto Pereira OliveiraSecretria: Cristina Maria Barbosa Cavalcante Bezerra LimaMembros: Aldo Vilar Trindade

    Antonia Fonseca de Jesus MagalhesAntonio Souza do NascimentoDavi Theodoro JunghansJorge Luiz Loyola DantasRanulfo Corra Caldas

    Supervisor editorial: Aristoteles Pires de MatosRevisor de texto: Comit de Publicaes LocalCapa: Maria da Conceio BorbaEditorao eletrnica: Maria da Conceio Borba

    1a edio1a impresso (2003): 500 exemplares

    Todos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou emparte, constitui violao dos direitos autorais (Lei no 9.610).

    Embrapa 2003

    Manual prtico para o manejo ecolgico de pragas doscitros / Hermes Peixoto Santos Filho...[et al.]. - Cruzdas Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 200332 p. ; 21cm (Documentos, ISSN 1516-5728; n

    111).

    1. Citros - Pragas 2. Manejo ecolgico I. Ttulo. II. Srie

    CDD - 632.9

  • Autores

    Hermes Peixoto Santos FilhoEng Agr, MSc., Embrapa Mandioca e Fruticultura,Rua Embrapa s/n 44380-000 Cruz das Almas, BA.Telefone (75) 621-8038E-mail: [email protected]

    Antnio Souza do NascimentoEng Agr, DSc., Embrapa Mandioca e Fruticultura,Rua Embrapa, s/n 44380-000 Cruz das Almas, BA.Telefone (75) 621-8030E-mail: [email protected]

    Ricardo Lopes de MeloEstudante de Agronomia, AGRUFBA, Bolsista CNPq/PIBIC. Rua 31 de Agosto, 328 44380-000 Cruz dasAlmas, BA. Telefone (75) 621-3775E-mail: [email protected]

    Katia Cristina de Magalhes AbreuEng Agr, MSc., EBDA, Rua Dorival Caymmi,Itapo, Salvador, BA.E-mail: [email protected]

  • com imensa satisfao que apresento o Manual Prtico para o ManejoEcolgico de Pragas dos Citros como uma ferramenta essencial no controlemais racional de pragas e doenas, privilegiando o uso de inimigos naturais emsubstituio total ou parcial de insumos contaminantes. Nele so encontradasdefinies e orientaes necessrias e complementares para a formao e atuaode pragueiros e manejadores.

    Essa publicao que est sendo disponibilizada para a sociedade umdocumento indispensvel ao monitoramento de pragas e doenas e os resultadosobtidos podero ser correlacionados com os que esto sendo gerados pelasestaes de aviso instaladas na regio, permitindo a elaborao de boletins dealerta para os produtores sobre a possvel ocorrncia de uma determinada pragaou doena, permitindo-os tomar as precaues cabveis com bastanteantecedncia.

    Considero essa publicao como um avano nessa rea da cincia e tenhocerteza que no s contribuir para a sustentabilidade ambiental e econmicados produtores inscritos na Produo Integrada de Citros, mas, tambm, paratodo esse segmento do agronegcio nos Estados da Bahia e Sergipe.

    Jos Eduardo Borges de CarvalhoCoordenador do Programa de Produo Integrada de CitrosEmbrapa Mandioca e Fruticultura

    Apresentao

  • Sumrio

    Introduo.......................................................................9Fundamentos da inspeo de pragas .................................9Classificao das pragas para efeito do manejo ecolgico ...10Inimigos naturais..............................................................10Inspetor de pragas............................................................10Manejador de pragas ........................................................12Princpios da inspeo de pragas .......................................14Ficha de campo ...............................................................14

    Procedimentos para o preenchimento da ficha de campo ................. 16Inimigos naturais ...................................................................... 20Observao ............................................................................. 21Clculo dos ndices ................................................................... 21

    Caderno de campo ...........................................................24Procedimentos para o preenchimento do caderno de campo ............. 24

    Monitoramento de pragas ............................................................... 24Monitoramento de doenas ............................................................. 27

    Referncias bibliogrficas .................................................32

  • Manual Prtico para oManejo Ecolgico dePragas dos Citros

    Hermes Peixoto Santos FilhoAntnio Souza do NascimentoRicardo Lopes de MeloKatia Cristina de Magalhes Abreu

    Introduo

    O Manejo Ecolgico de Pragas tem como um dos objetivos a determinao do

    nvel de controle e o momento mais adequado para se iniciar, de modo que seja

    utilizado um menor nmero de aplicaes de produtos qumicos.

    Fundamentos da Inspeo de Pragas

    Para a execuo do Manejo Ecolgico de Pragas necessrio se fazer inspees

    (amostragem) destas, assim como dos seus inimigos naturais, de modo a

    fornecer dados seguros para as decises a serem tomadas, no s para o seu

    controle, mas tambm para a preservao dos inimigos naturais. Para isto deve-

    se estabelecer uma diviso das pragas de acordo com as suas caractersticas de

    ataque, podendo ser divididas em pragas chaves do grupo I, do grupo II esecundrias.

    1No novo texto da Conveno Internacional para Proteo de Vegetais pragas e doenas so consideradasconjuntamente como pragas. Em alguns trechos do documento a palavra doena utilizada com finalidade didtica.

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Classificao das Pragas para Efeito do ManejoEcolgico

    Pragas Chaves do Grupo I So as pragas que atacam as plantas todos os

    anos, durante o ano todo podendo causar danos severos na planta,

    principalmente nos frutos, ocasionando perdas irreparveis, como a reduo da

    produtividade. Na Bahia, estas pragas, por ordem de importncia so: caro da

    ferrugem, caro da leprose, Clorose Variegada dos Citros, e Ortzia.

    Pragas Chaves do Grupo II - So as pragas de grande risco, podendo causar

    grandes perdas de produtividade, mas s ocorrem em determinadas pocas do

    ano e em certos estgios de crescimento e produo de plantas. So exemplos:

    minadora das folhas, cigarrinhas da CVC, podrido floral (estrelinha), melanose.

    Pragas Secundrias So aquelas que surgem esporadicamente, ano sim, ano

    no, ou ento em uma pequena parte do pomar, s vezes causando danos nas

    plantas, comprometendo a produtividade de todo o pomar, como escama farinha,

    mancha aureolada, mancha graxa, cochonilhas com e sem carapaa etc.

    Inimigos Naturais

    Esse grupo constitudo de insetos, caros e fungos benficos que ajudam ao

    citricultor a combater as pragas, sendo classificado em predadores, parasitides e

    fungos benficos. Na Tabela 1 pode-se observar a relao de algumas pragas e

    seus inimigos naturais.

    Inspetor de Pragas

    O Inspetor Fitossanitrio, tambm conhecido como pragueiro, o profissional

    auxiliar e de confiana do produtor, cuja funo fazer a inspeo dos talhes

    de acordo com as tcnicas do Manejo Ecolgico de Pragas. Ele deve ter como

    principais virtudes, honestidade, curiosidade e agilidade, alm de possuir

    escolaridade que lhe permita preencher a ficha de campo, seu principal

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Tabela 1. Pragas mais relevantes dos citros e seus Inimigos Naturais.

    PRAGAS INIMIGOS NATURAIS

    caro da Falsa FerrugemPhyllocoptruta oleivora

    caros predadores:Euseius citrifolius (Pra); Iphiseiodes zuluagai

    (Ma); Agistemus sp. (Morango)Fungo:

    Hirsutella thompsonii

    caro da leproseBrevipalpus phoenicis

    caro BrancoPolyphagotarsonemus latus

    caros predadores:Euseius citrifolius (Pra); Iphiseiodes zuluagai

    (Ma); Agistemus sp. (Morango)

    Cochonilha OrtziaOrthezia praelonga

    Joaninhas:Azya luteipes; Scymnus sp.; Crisopdeos (Bicho

    Lixeiro) e outrosFungo:

    Verticilium lecanii; Fusarium sp.; Colletotrichumgloesporioides e Beauveria bassiana; Cladosporium

    cladosporioides.Cochonilha Escama farinha

    Pinnaspis aspidistrae

    Cochonilha PardinhaSelenaspidus articulatus

    Parlatria PretaParlatoria ziziphus

    Predadores:Joaninhas (Pentilia egena, Coccidophilus citricola,

    Calloeneis sp.) e Crisopdeos Ceraeochysa cubana,C. everes e Chrysoperla externa.

    Parasitides:Microvespas (Aphytis lingnanensis, A. holoxanthus

    e Encarsia spp.)Fungos:

    Fusarium coccophilum, Nectria flammea eMyriangium duriaei.

    Mosca das FrutasCeratitis capitata

    Anastrepha fraterculus

    Predadores:Formigas, estafilindeos, no solo, aranhas na copa e no

    solo, etc.

    Parasitides:Diachasmimorpha longicaudata, (importada),

    Dorictobracon areolatus, e outros.

    Bicho FuroEcdytolopha aurantiana

    Predadores gerais de lagartas recm-nascidas e prestes a empupar no solo:

    aranhas, formigas, etc.Parasitides:

    Hymenochaonia sp. e Trichogramma sp.

    Larva minadoraPhyllocnistis citrella

    Parasitides:Cirropilus sp., Elasmus sp., Galeopsomyia fausta

    (nativas) e Ageniaspis citricola (importada)Predadores:

    Formigas Solenopsis spp. E Pheydole spp., Oriusinsidiosus, aranhas, Crisopdeos e vespas sociais.

    Cigarrinhas do AmarelinhoOncometopia facialis

    Acrogonia gracilisDilobopterus costalimai

    Bucephalogonia xanthophis

    Predadores:Aranhas e pssaros

    Parasitides:De ovos de Acrogonia gracilis e Dilobopterus

    costalimai (Gonatocerus sp.) e Oncometopia facialis(Trichogrammatidae)

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    instrumento de trabalho. Alm da ficha, o inspetor utiliza prancheta, caneta,

    lupa de bolso de 10 aumentos, saquinhos plsticos, fitas de marcao, canivete

    e tesoura de poda (Figura 1). O inspetor o responsvel pela vistoria nas

    plantas, detectando as pragas e os inimigos naturais existentes, registrando na

    ficha de campo e levando os resultados ao manejador, proprietrio, gerente ou

    outro profissional indicado para atuar como manejador de pragas.

    Manejador de Pragas

    O manejador de pragas o profissional que aps receber treinamento sobre

    princpios, conceitos, tticas e estratgias do manejo ecolgico, analisa

    diariamente as fichas de campo que lhes so entregues pelo inspetor e baseado

    nos dados coletados, determina o nvel de ao, levando em considerao

    aspectos administrativos e gerenciais do pomar (Figura 2).

    O bom manejador no pode esquecer de quatro princpios bsicos do manejo

    ecolgico que so:

    Fig. 1. Instrumentos de trabalho do inspetor de pragas.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    a) busca constante da manuteno e aproveitamento dos inimigos naturais das

    pragas;b) saber que a planta suporta um certo nmero de pragas sem queda na

    produo e qualidade;c) aplicao criteriosa de produtos fitossanitrios seletivos que no causem

    reduo da populao de inimigos naturais e no momento exato quando osnveis de ao so atingidos, procurando sempre diminuir o tempo entre ainspeo e a execuo do controle, que deve ser no mximo de trs dias;

    d) manipular o ambiente, visando desfavorecer as pragas e preservar/aumentaros inimigos naturais de forma eficiente.

    Fig. 2. Posio do inspetor de pragas e manejador de pragas em relao planta.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Princpios da Inspeo de Pragas

    A inspeo de pragas funciona como uma das prticas de controle da qualidade daproduo de citros para o mercado de frutas frescas e tambm para o processamentoda indstria de sucos. A inspeo por amostragem feita para se saber qual omomento exato de agir contra uma praga num talho de citros. Trs tipos deinspeo podem ser utilizados: a inspeo sistemtica, feita para as pragas chaves einimigos naturais a qual conduzida o ano todo; a inspeo ocasional, realizadapara as pragas secundrias, feita ao mesmo tempo que o inspetor est fazendo ainspeo por amostragem (neste caso situam-se as cochonilhas, o declnio, arubelose, a gomose, a escama farinha etc.); e a inspeo monitorada, que aquelaem que se utilizam armadilhas de atrao de adultos das pragas, como armadilhaspara mosca das frutas ou cigarrinhas da CVC (Figura 3).

    Outros princpios que devem ser observados so: o tamanho e unidade daamostra, a casualizao e a freqncia da inspeo.

    A B C

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    Ficha de Campo

    o instrumento de anotao dos resultados da amostragem (Figura 4). Deve haveruma ficha de campo para cada talho a cada amostragem. Com os dados anotadossero calculada as porcentagens que sero repassadas para o caderno de campo quefica no escritrio da propriedade. Esta ficha que ser utilizada, foi elaborada paratalhes de at 5 ha (amostrar 10 plantas) e at 10 ha (amostrar 20 plantas) Omodelo apresentado pode ser adaptado para outras dimenses superiores a 10 ha.

    Fig. 3. Diferentes tipos de armadilhas usadas no monitoramento (A) Mc Phail; (B) Jackson; (C) Adesiva

    Amarela.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    PRODUO INTEGRADA DE CITROSPlanilha de amostragem de pragas e doenas dos citros

    Propriedade: _____________________________________________________________________Data:_______________________Responsvel pela avaliao: ______________________________________________ Horrio: _____:_____ s _____:_____Talho: ___________________________________ Variedade: _______________________________ rea: ______________haFase da cultura: Crescimento Vegetativo ( ) Amadurecimento de ramos ( ) Florao ( )

    Chumbinho ( ) Desenvolvimento do fruto ( ) Colheita ( ) Ps colheita ( )

    * caro da Ferrugem: anotar 0 para ausncia e 1 para presena, de frutos com mais de 30 caros/cm2 ** caro e Mancha da Leprose, Estrelinha,CVC, Declnio, L. Minadora, E. Farinha, Ortzia, Cigarrinha, Broca, Gomose, Rubelose, anotar: 0 para ausncia e 1 para presena *** No caso de:CVC, Mancha de Leprose, Declnio, Escama Farinha, Ortzia, Broca da Laranjeira, Gomose, Rubelose e Declnio, marcar os focos e a linha.

    Praga Planta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

    Q1

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    CVC

    Leprose (mancha)

    Declnio

    Escama Farinha

    Ortzia

    Cigarrinha

    Broca laranjeira

    Gomose

    Rubelose

    larvaBichoLixo

    larvaJoaninha adulto

    Aschersonia

    Caracolrajado

    adulto

    INIM

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    Fig. 4. Planilha modelo da ficha de campo que dever ser utilizada pelos Inspetores fitossanitrios.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Procedimentos para o Preenchimento da Ficha deCampo

    caro da ferrugem: Phyllocoptruta oleivoraCom uma lupa de 10 aumentos e 1 cm2 de base, o inspetor dar somente umavisada escolhendo a regio do fruto ainda verde entre a parte exposta ao sol e aregio sombreada pela planta (parte interna). Visar 1 fruto por quadrante daplanta. Em pomares sem frutos observar 4 folhas semi-maduras na sua partesuperior. O fruto ou a folha ser considerado infectado(a) quando na visada,houver 30 ou mais caros, marcando 1 na ficha (Figura 5). Havendo diferentesestgios de frutos assinalar nas observaes o de mais freqncia ( azeitona,bola de pingue-pongue ou bola de bilhar). Para o caso especfico desta praga

    adaptar amostragem de 1% de plantas monitoradas.

    Fig. 5. Grfico para avaliao prtica do caro.

    5 c./cm2 15 c./cm2 30 c./cm2

    caro da leprose: Brevipalpus phoenicisCom uma lupa de 10 aumentos e base de 1 cm2, avaliar dois frutos (maduros,internos). A inspeo ocorre em todo o fruto com vrias visadas, em procura docaro. Encontrando o primeiro caro, interrompe-se a observao e anota-se 1 noquadrinho da ficha. No encontrando caro, pe-se 0 (zero) no quadrinhocorrespondente. Na ausncia do fruto ideal, pode-se visar frutos verdes einternos. Na ausncia total de frutos, coleta-se um ramo interno para procurar ocaro em toda a sua extenso e anota-se 1 ao encontrar o primeiro caro,procedendo-se como na anlise do fruto.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    caros predadores: Iphizeiodes zuluagai e outras espciese FitosedeosDurante o monitoramento do caro da leprose e de outras pragas ou doenas,observar a presena ou ausncia deste inimigo natural (Figura 6), anotando noquadrado correspondente da ficha e exercer um nvel de ao das pragas comprodutos que no comprometam este inimigo natural.

    Podrido floral (estrelinha): Colletotrichum acutatumEm cada quadrante da planta escolher ao acaso, um ramo e tomar umainflorescncia e verificar sinais dos fungos sobre as ptalas. Anotar 1 para florescom sintoma e 0 para flores assintomticas. Observar flores ainda em forma decotonetes ou recm abertas. Se no houverem flores anota-se um trao.

    Larva minadora: Phyllocnistis citrellaExaminar os sintomas da larva, nos nstares I e II em folhas novas de quatroramos brotados, em cada planta. Encontrando a primeira larva, anotar 1 noquadrado e interromper a observao; no encontrando, colocar 0 (zero). Noslocais enrolados na borda da lmina foliar, observar a presena de pupas davespinha Ageniaspis. A sua presena indica controle biolgico (Figura 7). Nasobservaes anotar o nmero de pupas encontradas.

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    A B C

    Fig. 6. caros predadores: A Fitosedeo; (B) Iphiseiodes zuluagai; (C) Iphiseiodes zuluagai.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Escama farinha: Pinnaspis aspidistraeObservar a presena nos troncos e ramos secundrios. No caso de se presenciara praga na planta vistoriada anotar 1, e 0 (zero) se no for verificada. Opragueiro deve marcar a planta com uma fita e ir at o incio da rua em que seencontra esta planta e marcar tambm a primeira planta, para facilitar a sualocalizao e controle em reboleira, o mais breve possvel.

    Ortzia: Orthezia praelongaObservar a presena nos troncos e ramos secundrios. No caso de se presenciara praga na planta vistoriada anotar 1, e 0 (zero) se no for verificada. Opragueiro deve marcar a planta com uma fita e ir at o incio da rua em que seencontra esta planta e marcar tambm a primeira planta, para facilitar a sualocalizao e controle em reboleira, o mais breve possvel. Durante a visita opragueiro deve verificar plantas com folhas pretas, mesmo no sendo uma plantaescolhida para a amostragem. Encontrando, proceder da mesma maneira daplanta vistoriada: marcar a planta e a primeira planta da linha onde ela est, parafacilitar a sua localizao e controle em reboleira.

    Cigarrinha: Diversas espciesNa mesma operao de inspeo da larva minadora em ponteiros novos,observar a presena de cigarrinhas. Ao rodear a planta, o inspetor deve observaros ponteiros novos e quantificar 1 para presena e 0 (zero) para ausncia. Paraa avaliao com armadilhas amarelas, anotar a quantidade total de cigarrinhasencontradas por armadilha.

    Fig. 7. (A) larva minadora no I nstar; (B) pupas (salsichinhas) de Ageniaspis citricola, parasitando a larvaminadora.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Broca da laranjeira: Cratosomus flavofasciatusQuando da amostragem das demais pragas, verificar a presena ou ausncia dapraga e/ou de serragem prxima ao tronco e na projeo do ramo. Proceder umainspeo nas demais plantas vizinhas. O pragueiro deve marcar a planta comuma fita e ir at o incio da rua em que se encontra esta planta e marcar tambma primeira planta, para facilitar a sua localizao e controle, o mais brevepossvel.

    Gomose: Phytophthora citrophthora; P. parasiticaDurante a amostragem das demais pragas, verificar a presena ou ausncia desintomas no tronco prximo ao porta-enxerto ou amarelecimento intenso dacopa. Quantificar 1 para presena e 0 (zero) para ausncia. Marcar a planta e aprimeira planta da linha onde ela est, para facilitar a sua localizao e controleem reboleira. Durante a visita o pragueiro deve estar alerta para observar plantascom folhas amareladas, mesmo no sendo uma planta escolhida para aamostragem.

    Rubelose: Corticium salmonicolorDurante a amostragem das demais pragas, verificar a presena ou ausncia desintomas no tronco prximo a primeira forquilha ou amarelecimento de um ladoda copa. Anotar 1 para presena e 0 (zero) para ausncia. Marcar a planta e aprimeira planta da linha onde ela est, para facilitar a sua localizao e controleem reboleira.

    Declnio: Agente causal desconhecidoDurante as inspees, ao rodear a planta, o pragueiro deve observar a presenaou ausncia de plantas com sintomas de declnio, assinalando com um trao paracada planta encontrada, mesmo que no seja a planta a ser monitorada, e colocaro total de plantas no quadrinho correspondente. A transferncia do dado para ocaderno de campo deve ser feita indicando o nmero de plantas observadas e omanejador dever mandar proceder um levantamento total no talho.

    Clorose Variegada dos Citros: Xylella fastidiosaO pragueiro deve observar a planta como um todo, buscando sintomas da CVCem folhas e frutos. Encontrando, assinalar na ficha 1 para presena e 0 (zero)para ausncia. Ao trmino da inspeo do talho, o fato, alm de estar registrado

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    na ficha, deve ser comunicado ao manejador, para que seja feito ummonitoramento em todas as plantas do pomar.

    Mancha de leprose: Vrus (Rabdovirus)O pragueiro ao fazer a inspeo para o caro deve procurar tambm sintomas daleprose em folhas, ramos e frutos. Encontrando, assinalar na ficha 1 parapresena e 0 (zero) para ausncia. Ao trmino da inspeo do talho, o fato,alm de estar registrado na ficha, deve ser comunicado ao manejador, para queseja feito um monitoramento em todas as plantas do pomar. Este procedimentovai estabelecer o nvel de ao a ser adotado.

    Inimigos Naturais

    Bicho lixeiro: Chrysoperla spDurante o monitoramento de outras pragas ou doenas, observar a presena ouausncia do bicho lixeiro. Anotar no quadrado correspondente da ficha, 1 parapresena e 0 (zero) para ausncia de adultos e larvas, e no quadrado referenteao total, a quantidade de plantas com presena do inimigo natural. Atransferncia do dado para o caderno de campo deve ser feita em porcentagemde plantas com presena do inseto.

    Joaninhas: Pentillia egena, Cicloneda sanguinea, AzyaluteipesDurante o monitoramento de outras pragas ou doenas, observar a presena ouausncia desses insetos. Anotar no quadrado correspondente da ficha, 1 parapresena e 0 (zero) para ausncia de adultos e larvas, e no quadrado referenteao total, a quantidade de plantas com presena do inimigo natural. Atransferncia do dado para o caderno de campo deve ser feita em porcentagemde plantas com a presena dos diferentes tipos de joaninhas.

    Vespinha Ageniaspis: Ageniaspis citricolaNo ramo que estiver avaliando a presena da larva minadora nos nstares I e II, opragueiro examinar as folhas semi-maduras que apresentarem dobras namargem onde estariam as pupas da praga. Encontrando uma folha por ramo, opragueiro deve abrir a dobra e verificar se h salsichas (normalmente emnmero de trs) de colorao castanha, que so as pupas da Ageniaspis citrcola

    20

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    no lugar da pupa da minadora. Isto deve ser feito em quatro folhas por planta,

    anotando no quadrado correspondente da ficha, 1 para presena e 0 (zero) para

    ausncia de folhas com pupas Ageniaspis.

    Aschersonia: Aschersonia aleyrodisDurante o monitoramento de outras pragas ou doenas, observar a presena ou

    ausncia de crostas de cor vermelha amarelada sobre as folhas. Anotar no

    quadrado correspondente da ficha, 1 para presena e 0 (zero) para ausncia de

    colnias do fungo, e no quadrado referente ao total, a quantidade de plantas

    com presena do inimigo natural. A transferncia do dado para o caderno de

    campo deve ser feita em porcentagem de plantas com presena dessas crostas.

    Caracol rajado: Oxistyla pulchellaDurante o monitoramento de outras pragas ou doenas, observar a presena ou

    ausncia desses indivduos. Anotar no quadrado correspondente da ficha, 1 para

    presena e 0 (zero) para ausncia de adultos, e no quadrado referente ao total, a

    quantidade de plantas com presena de caracis. A transferncia do dado para o

    caderno de campo deve ser feita em porcentagem de plantas com a presena do

    caracol rajado.

    ObservaoCom relao s demais pragas secundrias e que no esto expressas na ficha, o

    pragueiro deve observar a presena das mesmas, anotar estes dados na parte

    destinada s observaes (verso da ficha) e comunicar ao responsvel pela

    tomada de deciso, no final do dia, os detalhes da ocorrncia e infestao da

    praga no talho monitorado. Uma praga secundria pode surpreender em

    determinados momentos.

    Clculo dos ndices

    Ao terminar a inspeo, o inspetor ou manejador deve calcular a porcentagem de

    infestao das pragas e presena de inimigos naturais em cada talho, valendo-

    se de dois mtodos:

    21

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Regra de trs simplesExemplo: Calcular a porcentagem de infestao de caro da leprose em um talho

    com 10.000 plantas, onde foram encontrados 12 frutos com a presena da

    praga.

    O nmero de plantas monitoradas neste caso seria 20.

    Avaliando-se dois frutos em cada planta, totalizando-se 40, mas destes apenas

    12 encontravam-se afetados.

    Ora, se todos os 40 frutos tivessem caro, a porcentagem seria 100%. Como s

    foram encontrados 12, a porcentagem de ataque desses 12 frutos obtida com

    uma regra de trs simples:

    multiplicando-se as colunas de forma inversa, tem-se:

    12 frutos40 frutos 100%

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    40 X x = 12 X 100

    40x = 1200

    x=120040

    X=30% de frutos infestados com caro da leprose.

    Tabela de porcentagemUsando-se a Tabela 2, cruzam-se os valores desejados e tem-se a porcentagem

    que se deseja. No caso do exemplo anterior, a verificao se faz da seguinte

    forma: na primeira linha onde esto as visadas totais, escolhe-se o valor 40,

    pois visam-se no total 40 frutos; e, na coluna de visadas que continha caros

    procura-se o valor 12 que foi o nmero de frutos com caro da leprose. Ao

    cruzar a linha com a coluna, encontra-se o valor que de 30% de frutos

    infestados com o caro da leprose.

    22

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Caderno de Campo

    O caderno de campo o documento do escritrio no qual so anotados osdados da amostragem trazida pelo pragueiro em cada talho.

    Os dados de porcentagens sero anotados no caderno (Figuras 8 , 9 e 10), afim de que o mesmo se torne um histrico de tudo que ocorre em determinadotalho ao longo da sua vida til, para otimizar as decises a serem tomadas pelomanejador fitossanitrio. O caderno servir para o controle e decises domanejador, para verificao pelo proprietrio, para inspeo de certificadoras degarantias de origem e para uso de consultores na rea de manejo de pragas. Osdados podem ser transferidos para ele pelos prprios pragueiros, mas em geral,requer pessoa com escolaridade suficiente para processamento dos dados. Ocaderno pode ter as suas planilhas feitas em Word (Microsoft) ou em programade informtica especfico.

    Procedimentos para o Preenchimento do Caderno de Campo

    Monitoramento de Pragas

    Na planilha modelo (Figura 8) devero estar anotadas as porcentagens daspragas e inimigos naturais encontradas que foram anteriormente registradas nasfichas de campo.

    Coluna 1. Data da inspeo Anotar aqui as datas das inspees em ordemcronolgica, para que o manejador possa analisar tambm as avaliaespassadas.

    Coluna 2. Ferrugem Anotar a porcentagem de frutos e/ou folhas queapresentarem 30 ou mais caros por centmetro quadrado. Calcular ou consultara tabela no final do Manual para definir a porcentagem. Como sugesto,recomenda-se pulverizar quando 5, 10 ou 15% dos frutos estiverem com trintaou mais caros.

    Coluna 3. Leprose fruto/ramo Anotar a porcentagem de frutos e/ou ramos com apresena de um ou mais caros da leprose. Como sugesto, deve-se iniciar apulverizao quando 10% dos frutos ou dos ramos estiverem com pelo menos umcaro (quando houver sintomas) e 15% quando no houver sintomas, somentenas propriedades com histrico da presena da doena em anos anteriores.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Coluna 4. caro predador Anotar a porcentagem de plantas com a presenados caros predadores

    Coluna 5. Larva minadora Anotar a porcentagem de ramos atacados porlarvas dos instares I e II, lembrando que com o total de ramos com larvas calculada a porcentagem de ramos infestados em relao ao total de visadas.Como sugesto, pulverizar replantas e pomar em formao quando 10% ou maisramos estiverem infestados e 40% ou mais ramos infestados para pomar emproduo.

    Coluna 6. Vespinha Ageniaspis Anotar a porcentagem de dobrinhas compupas, sendo o clculo semelhante ao da infestao por minadora.

    Coluna 7. Ortzia Anotar a porcentagem de plantas inspecionadas com apresena da praga. O controle deve ser em foco inicial abrangendo toda areboleira, exigindo reaplicaes para atingir as ninfas eclodidas do ovissaco apsa pulverizao inicial.

    Coluna 8. Escama farinha Anotar a porcentagem de plantas com a presena dapraga. O controle em reboleira de focos iniciais o efetivo, exigindo reaplicaosomente quando aparecer pequenas cochonilhas (ninfas). Sabe-se que soninfas, passando o dedo que fica manchado com um lquido amarelado,demonstrando estarem vivas.

    Coluna 9. Cigarrinhas de CVC Anotar a porcentagem de plantas com apresena de cigarrinhas. Neste caso, como sugesto, deve-se pulverizar quando10% das plantas estiverem com a presena de uma nica cigarrinha, emreplantas e pomares em formao.

    Coluna 10. Amostragem monitorada de cigarrinhas Utilizar 10 armadilhas(carto amarelo medindo 12 x 7 cm) para cada 5000 plantas, espalhadas pelotalho, dispostas na face norte da planta a 1,5 m da sua altura. Anotarsemanalmente o nmero de cigarrinhas encontradas nas armadilhas. O CAD(cigarrinhas por armadilha por dia) obtm-se dividindo o nmero de cigarrinhascapturadas em todas as armadilhas por 7 e multiplicando-se o resultado pelonmero de armadilhas. Neste caso, como sugesto, deve-se pulverizar quando10 % das armadilhas apresentarem uma cigarrinhas de qualquer uma das 4espcies.

    Coluna 11. Cochonilhas diversas Estas cochonilhas, como so pragassecundrias, devem ter as suas anotaes nas observaes onde deve ser

    25

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    colocada a quantidade de cochonilha por planta visada e comunicar ao

    manejador. No caderno de campo, anotar a porcentagem de plantas com adultos

    ou ninfas sobre o total de visadas. S pulverizar quando encontrar 30% de

    folhas com cochonilhas vivas.

    Coluna 12 - Mosca branca - Como esta uma praga secundria, nas anotaes

    deve constar a presena ou ausncia da praga por planta visada. No caderno de

    campo, anotar a porcentagem de plantas com adultos ou ninfas sobre o total de

    visadas. S pulverizar quando encontrar 30% de folhas com moscas vivas.

    Coluna 13. Mosca das frutas / Sintoma no fruto Anotar a porcentagem de

    plantas com frutos danificados pela praga. Iniciar o controle quando 10% das

    plantas estiverem com frutos danificados. Como sugesto, o controle deve ser

    feito em benzedura com isca txica.

    Coluna 14. Amostragem monitorada de mosca das frutas Anotar a quantidade

    de mosca por armadilha. Iniciar o controle quando o MAD (mosca por armadilha

    por dia) for igual a 1. O MAD obtm-se dividindo o nmero de moscas

    capturadas em todas as armadilhas por 7 e multiplicando-se o resultado pelo

    nmero de armadilhas. A amostragem monitorada s necessria em caso de

    alta incidncia em anos anteriores ou em propriedades que tenham plantios de

    hospedeiras mais preferidas pela mosca (goiaba, acerola, carambola, manga,

    entre outras).

    Coluna 15. Broca da laranjeira - Anotar a porcentagem de plantas inspecionadas

    com a presena da praga. O controle deve ser em foco inicial abrangendo toda a

    reboleira, exigindo reaplicaes.

    Coluna 16. Joaninhas Anotar a porcentagem de plantas com joaninhas.

    Coluna 17. Bicho lixeiro Anotar a porcentagem de plantas com o bicho

    lixeiro.

    Coluna 18. Aschersonia - Anotar a porcentagem de plantas com o fungo

    Aschersonia.

    Coluna 19. Caracol rajado Anotar a porcentagem de plantas com o caracol

    rajado.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Coluna 20. Pulverizaes datas - Situar as datas dessas anotaes sempreprximas das datas das inspees que exigiram nvel de ao. Recomenda-se attrs dias para comear a pulverizao.

    Coluna 21. Pulverizaes Produtos/ doses Colocar os nomes comerciais dosprodutos, dose por pulverizador. Anotar todos os produtos utilizados:inseticidas, acaricidas, fungicidas, bactericidas, adubos foliares etc.

    Coluna 22. Chuva (mm) - Anotar a precipitao em mm de chuva. A data quechoveu deve seguir as datas de inspeo e aplicao do produto. muitoimportante esse dado, pois, pode ser uma causa de insucesso no controle.

    Coluna 23. Tcnico responsvel Nesse campo a pessoa que realizou osclculos e passou os dados percentuais para o caderno, pe a sua assinatura ourubrica.

    Observao: Dados mais complementares sobre produtos qumicos seroanotados na planilha correspondente a agrotxicos constante da Figura 10.

    Monitoramento de doenas

    Na planilha modelo (Figura 9) devero estar anotadas as porcentagens dasdoenas encontradas que foram anteriormente registradas nas fichas de campo.

    Coluna 1. Data da inspeo Anotar aqui as datas das inspees em ordemcronolgica, para que o manejador possa analisar tambm as avaliaespassadas.

    Coluna 2. CVC Anotar o percentual de plantas com sintomas de CVC.Recomenda-se a inspeo em todo o pomar aps encontrar-se uma planta comsintomas de folha ou fruto, realizando a poda fitossanitria das plantas afetadas.

    Coluna 3. Mancha de leprose Anotar a porcentagem de ramos, folhas oufrutos com sintomas de leprose, que ser registrado na ficha de campo, quandose realizar a inspeo para o caro.

    Coluna 4. Podrido floral (Estrelinha) Anotar o percentual de inflorescncias comcinco ou mais flores sintomticas. Como a doena se alastra rapidamente, durantea florada as inspees devem ser sistemticas e a cada semana. Como sugesto,recomenda-se o controle quando 5% das inflorescncias estiverem afetadas.

    27

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Coluna 5. Gomose Anotar a quantidade de plantas encontradas com sintomasdurante a vistoria das demais doenas. O nvel de controle neste caso recomendado planta a planta nas plantas atacadas, aps a inspeo de todo opomar.

    Coluna 6. Rubelose Anotar a quantidade de plantas encontradas com sintomasdurante a vistoria das demais doenas. O nvel de controle neste caso recomendado planta a planta nas plantas atacadas, aps a inspeo de todo opomar.

    Coluna 7. Declnio Anotar a quantidade de plantas encontradas com sintomasdurante a vistoria das demais doenas. O nvel de controle neste caso recomendado planta a planta nas plantas atacadas, aps a inspeo de todo opomar.

    Coluna 8. Pulverizaes datas - Situar as datas dessas anotaes sempreprximas das datas das inspees que exigiram nvel de ao. Recomenda-se attrs dias para comear a pulverizao.

    Coluna 9. Pulverizaes Produtos/ doses Colocar os nomes comerciais dosprodutos, dose por pulverizador. Anotar todos os produtos utilizados:inseticidas, acaricidas, fungicidas, bactericidas, adubos foliares etc.

    Coluna 10. Chuva (mm) - Anotar a precipitao em mm de chuva. A data quechoveu deve seguir as datas de inspeo e aplicao do produto. muitoimportante esse dado, pois, pode ser uma causa de insucesso no controle.

    Coluna 11. Tcnico responsvel Nesse campo a pessoa que realizou osclculos e passou os dados percentuais para o caderno, pe a sua assinatura ourubrica.

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

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  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

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    30

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

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    31

  • Manual Prtico para o Manejo Ecolgico de Pragas dos Citros

    Referncias Bibliogrficas

    GRAVENA, S. et al. Manual Prtico de Inspeo de Pragas. Jaboticabal, 2002.52 p.

    SANTOS FILHO, H.P, et al. Monitoramento de Pragas na Cultura dos Citros.Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2002. 53 p. (EmbrapaMandioca e Fruticultura, Documentos, 102).

    32

  • Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento