manual metodologia usj mar 2011 1

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ PROF.ª MSC. RENATA SILVA PROF. DR. GILSON KARKOTLI ORGANIZADORES MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA DO USJ – 2011-1 São José Março/2011

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS

    CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ

    PROF. MSC. RENATA SILVA PROF. DR. GILSON KARKOTLI

    ORGANIZADORES

    MANUAL DE METODOLOGIA CIENTFICA DO USJ 2011-1

    So Jos Maro/2011

  • SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson (Orgs.). Manual de metodologia

    cientfica do USJ 2011-1. So Jos: Centro Universitrio Municipal de

    So Jos USJ, mar. 2011.

    Metodologia. Pesquisa cientfica. Normalizao. Trabalhos Acadmicos.

    Estgios. TCC. Projeto de pesquisa.

    Prefeitura Municipal de So Jos. Fundao Educacional de So Jos.

    Centro Universitrio Municipal de So Jos USJ.

  • CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS Manual de Metodologia Cientfica do USJ 2011-1 Prof. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.)

    APRESENTAO

    O trabalho intelectual desenvolvido durante a formao universitria exige

    conhecimentos de ordem conceitual, tcnica e lgica, que agrupadas instigam o

    pensamento e o raciocnio cientfico, por meio da utilizao de mtodos e

    procedimentos acadmicos.

    A pesquisa objetiva a produo de conhecimentos por meio do emprego de

    procedimentos cientficos colabora para a resoluo de problemas e processos do

    dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, na

    sociedade, no processo de formao, e outros. (SILVA, 2007); (SILVA, 2006).

    Este conjugado de diretrizes metodolgicas foi desenvolvido em 2008-1 para

    utilizao na Disciplina de Metodologia Cientfica dos Cursos de Administrao e

    Cincias Contbeis do Centro Universitrio Municipal de So Jos. No mesmo ano

    foi solicitado por vrios professores dos referidos Cursos, como tambm do Curso de

    Pedagogia e posteriormente do Curso de Cincias da Religio o uso em sala de aula

    nos trabalhos acadmicos bem como nas orientaes de Estgio e TCC. Em 2010-2

    este Manual foi reelaborado a pedido da Reitoria e Vice-Reitoria Acadmica para

    que oficialmente se tornasse o instrumento de normatizao do Centro Universitrio

    para todos os Cursos de Graduao e Ps-graduao. Durante o desenvolvimento,

    foi fundamental a participao dos Coordenadores de Curso e dos Professores por

    meio de sugestes para melhorar o documento normativo, e da mesma forma o

    constante apoio da Vice-Reitoria Acadmica. Em 2011-1 feita ento a correo do

    Manual de Metodologia do Curso de Administrao, desenvolvido pelo Coordenador

    de Curso. Diante da solicitao da Reitoria Gesto 2011 para que se tenha somente

    um manual para todas os Cursos do USJ foram unidas as informaes j existentes

    neste manual com aquelas disponveis no Manual de Administrao. Portanto,

    resultado deste esforo coletivo foi consolidado neste Manual de Metodologia

    Cientfica do USJ 2011-1 focado aos acadmicos e professores dos Cursos

    Graduao e Ps-Graduao do USJ para a elaborao de trabalhos cientficos.

    As orientaes seguem os critrios estabelecidos pela Associao Brasileira

    de Normas Tcnicas ABNT por meio das NBRs 6023 (referncias) de 2002, 6024

    (numerao progressiva das sees de um documento escrito) de 2003, 6027

    (sumrio) de 2003, 6028 (resumo) de 2003, 10520 (citaes de 2002), 14724

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    (trabalhos acadmicos) de 2005, todas em conformidade com as decises

    institucionais do USJ. Vale esclarecer que a NBR6023 de Referncias (2002) e a

    NBR 10520 de citaes (2002) so obrigatrias em todas as Instituies de Ensino

    Superior no Brasil e que a NBR 14724 de Apresentao de Trabalhos Acadmicos

    (2005) opcional, ficando a critrio da IES fazer suas definies. Desta forma, o

    Manual se baseia na norma opcional NBR14724, em consonncia as necessidades

    e exigncias dos Cursos, por meio dos Coordenadores e Reitoria do USJ.

    relevante salientar que outras instituies podem ento ter outros modelos para a

    apresentao e formatao de seus trabalhos acadmicos j que a norma

    opcional. Portanto preciso seguir as normas de cada IES respeitando assim no s

    a instituio mas tambm professores e alunos, a comunidade acadmica.

    O objetivo deste manual orientar os alunos e professores quanto ao

    desenvolvimento dos trabalhos acadmicos estimulando a padronizao, o uso das

    normas tcnicas e a produo tcnico-cientfica. Assim, apresenta breves

    esclarecimentos sobre a pesquisa cientfica, seus conceitos, modalidades e etapas,

    redao, como tambm as normas metodolgicas quanto a apresentao grfica e

    estruturao, bem como informaes sobre trabalhos acadmicos como artigo

    cientfico, paper, fichamento, resumo, entre outros. Vale salientar que nos apndices

    so apresentadas as explicaes sobre os trabalhos especficos (TCC, Estgio,

    Artigo, e outros) de cada curso do USJ.

    Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa cientfica necessrio

    planejamento cuidadoso e investigao de acordo com as normas da metodologia

    cientfica tanto aquela referente forma como ao contedo. (OLIVEIRA, 2002, p. 62

    apud SILVA, 2007, p. 7)

    A pesquisa um processo planejado solicitando do investigador a execuo

    de diversas atividades relacionadas com a cincia estudada obtendo conhecimentos

    prticos e tericos que ampliam sua experincia de vida. (SILVA, 2007).

    Este manual pretende contribuir para o estudo das teorias, caractersticas e

    perspectivas dos cursos, atravs da produo de documentos tcnico-cientficos

    elaborados pelos acadmicos em conjunto com as orientaes dos professores.

    Assim, so apresentadas a seguir as definies para os trabalhos no USJ, como

    tambm, exemplos da formatao solicitada. Tenha uma excelente pesquisa!!

    Profa. MSc. Renata Silva

    [email protected]

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    Ao ingressar em um curso superior, todo aluno deve buscar conhecer as

    normas de elaborao de trabalhos acadmicos, alm de compreender o que

    leitura de estudo. Essa necessria no cotidiano de estudantes universitrios e,

    como afirma Freire (2001, apud CASTELO-PEREIRA, 2003, p. 55), para estudar

    um texto, apropriar-se da sua significao profunda, necessrio recri-lo,

    reescrev-lo.

    Existem diversos instrumentos que so utilizados na construo do

    conhecimento por meio da leitura de estudo e da escrita na academia como: o artigo

    cientfico, o fichamento, a resenha crtica, o resumo, o posicion paper, bem como o

    Trabalho de Concluso de Curso. Exercendo a tarefa de elaborar esses trabalhos

    acadmicos, o estudante tem a oportunidade de ampliar seu conhecimento e iniciar-

    se no mtodo da pesquisa e da reflexo.

    Prof. Dr.Gilson Karkotli

    [email protected]

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    SUMRIO

    CAPTULO I Renata Silva

    1 PESQUISA CIENTFICA ................................................................................... 8 1.1 MODALIDADES DA PESQUISA ...................................................................... 9

    1.1.1 Natureza ....................................................................................................... 9 1.1.2 Abordagem do problema ........................................................................... 10 1.1.3 Objetivos ..................................................................................................... 10 1.1.4 Procedimentos metodolgicos ................................................................. 11 1.2 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................. 14

    1.2.1 Tema ............................................................................................................ 14 1.2.2 Problema de pesquisa ................................................................................ 15 1.2.3 Objetivos ..................................................................................................... 15 1.2.4 Justificativa ................................................................................................. 16 1.2.5 Fundamentao terica ............................................................................. 16 1.2.6 Procedimentos metodolgicos ................................................................. 17 1.2.7 Coleta de dados .......................................................................................... 17 1.2.8 Anlise e interpretao dos dados ........................................................... 20 1.2.9 Consideraes finais .................................................................................. 21 1.2.10 Redao e apresentao da pesquisa ...................................................... 21 CAPTULO II Gilson Karkotli

    2 REDAO ......................................................................................................... 23 2.1 OBJETIVIDADE E COERNCIA ..................................................................... 23

    2.2 CLAREZA ......................................................................................................... 23

    2.3 PRECISO ....................................................................................................... 24

    2.4 IMPESSOALIDADE ......................................................................................... 24

    2.5 UNIFORMIDADE ............................................................................................. 25

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    CAPTULO III Renata Silva

    3 NORMAS METODOLGICAS .......................................................................... 26 3.1 APRESENTAO GRFICA ........................................................................... 26

    3.2 ESTRUTURA ................................................................................................... 28

    3.3 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS ........................................................................ 31

    3.3.1 Capa ........................................................................................................... 31 3.3.2 Lombada ...................................................................................................... 32 3.3.3 Folha de rosto ............................................................................................. 33 3.3.4 Errata ........................................................................................................... 34 3.3.5 Folha de aprovao .................................................................................... 34 3.3.6 Dedicatria .................................................................................................. 35 3.3.7 Agradecimentos ......................................................................................... 35 3.3.8 Epgrafe ....................................................................................................... 35 3.3.9 Resumo ....................................................................................................... 36 3.3.10 Lista de ilustraes .................................................................................. 37 3.3.11 Lista de tabelas ......................................................................................... 37 3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas .................................................................. 37 3.3.13 Lista de smbolos ..................................................................................... 38 3.3.14 Sumrio ..................................................................................................... 38 3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................ 38

    3.4.1 Introduo ................................................................................................... 39 3.4.2 Desenvolvimento ........................................................................................ 39 3.4.2.1 Ttulos e indicativos numricos das sees ............................................... 40

    3.4.2.2 Apresentao de figura, grfico, quadros e tabelas ................................... 41

    3.4.2.3 Citaes ...................................................................................................... 44

    3.4.3 Consideraes finais ................................................................................. 51 3.5 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS ........................................................................ 51

    3.5.1 Referncias ................................................................................................. 52 3.5.2 Glossrio ..................................................................................................... 68 3.5.3 Apndice ..................................................................................................... 68 3.5.4 Anexo ........................................................................................................... 68 3.5.5 ndice ........................................................................................................... 68

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    CAPTULO IV Gilson Karkotli

    4 TRABALHOS ACADMICOS E TCNICOS-CIENTFICOS ............................ 69 4.1 ARTIGO CIENTFICO ...................................................................................... 69

    4.1.1 Finalidade de um artigo cientfico ............................................................. 69 4.1.2 Estrutura ...................................................................................................... 69 4.2 FICHAMENTO ................................................................................................. 72

    4.2.1 Estrutura do fichamento ............................................................................ 72 4.2.2 Formato ....................................................................................................... 73 4.3 RESENHA CRTICA ........................................................................................ 74

    4.3.1 Estrutura da resenha crtica ...................................................................... 74 4.4 RESUMO ......................................................................................................... 75

    4.4.1 Procedimentos para realizar um resumo ................................................. 76 4.4.2 Estrutura do resumo .................................................................................. 76 4.5 SHORT PAPER ............................................................................................... 77

    4.5.1 Estrutura do short paper ............................................................................ 77 4.6 POSITION PAPER ........................................................................................... 78

    4.6.1 Estrutura do position paper ....................................................................... 79 4.7 TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO TCC ......................................... 80

    REFERNCIAS ....................................................................................................... 95

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    CAPTULO I Renata Silva

    1 PESQUISA CIENTFICA

    A pesquisa objetiva a produo de novos conhecimentos atravs da utilizao

    de procedimentos cientficos. Contribui para o trato dos problemas e processos do

    dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, nas

    aes comunitrias, no processo de formao, e outros.

    A cincia desenvolvida por meio da pesquisa um conjunto de procedimentos

    sistemticos, baseados no raciocnio lgico, com o objetivo de encontrar solues

    para os problemas propostos mediante o emprego de mtodos cientficos e definio

    de tipos de pesquisa. (CERVO; BERVIAN, 2002); (ALVES, 1999)

    O conhecimento torna-se uma premissa para o desenvolvimento do ser

    humano e a pesquisa como a consolidao da cincia.

    A pesquisa, tanto para efeito cientfico como profissional, envolve a abertura

    de horizontes e a apresentao de diretrizes fundamentais, que podem contribuir

    para o desenvolvimento do conhecimento. (OLIVEIRA, 2002, p. 62)

    O desenvolvimento da pesquisa demanda investimentos governamentais

    como tambm de instituies privadas, em cincia e tecnologia, e, ainda, de

    criatividade, rigor, conhecimento e competncia dos pesquisadores - acadmicos

    e/ou cientistas j consagrados. (MENEZES; VILLELA, 2006)

    O pesquisador utiliza conhecimentos tericos e prticos. necessrio ter

    habilidades para a utilizao de tcnicas de anlise, entender os mtodos cientficos

    e os procedimentos, com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas

    formuladas.

    Collis e Hussey (2005, p. 16) ressaltam que o objetivo da pesquisa pode ser:

    * Revisar e sintetizar o conhecimento existente; * Investigar alguma situao ou problema existente; * Fornecer solues para um problema; * Explorar e analisar questes mais gerais; * Construir ou criar um novo procedimento ou sistema; * Explicar um novo fenmeno;

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    * Gerar novo conhecimento; * Uma combinao de quaisquer dos itens acima.

    Os pesquisadores necessitam de mtodos e procedimentos precisos,

    planejamento eficaz, critrios e instrumentos adequados que passem confiana e

    credibilidade tanto aos envolvidos quanto no resultado do trabalho. (MENEZES;

    VILLELA, 2006)

    Os resultados das pesquisas cientficas podem ser encontrados na forma de

    trabalhos tcnico-cientficos, publicados em revistas cientficas, eventos e em

    faculdades e universidades. Dentre os principais tipos de trabalhos tcnico-

    cientficos esto as pesquisas desenvolvidas nos cursos de graduao e de ps-

    graduao: Trabalhos de Concluso de Curso, Monografias (graduao ou

    especializao), Dissertaes (mestrado), Teses (doutorado), e Artigos Cientficos,

    Papers, Resenhas Crticas etc., sendo os trs ltimos solicitados em cursos de

    graduao e ps-graduao.

    Entretanto, estes documentos cientficos possuem especificidades individuais

    como a estrutura e sistemtica, o nvel de investigao, a fundamentao, o grau de

    profundidade, a metodologia, e, a originalidade da pesquisa para a cincia.

    1.1 MODALIDADES DA PESQUISA

    A pesquisa cientfica uma atividade que se volta para o esclarecimento de

    situaes problema ou novas descobertas. Para tal, indispensvel o uso de

    processos cientficos que por sua vez so bem diversos, dependendo do campo de

    conhecimento. Pode ser caracterizada por tipologias e desta forma, segue abaixo a

    elucidao das classificaes da pesquisa:

    a) Do ponto de vista da sua natureza;

    b) Quanto a abordagem do problema;

    c) Referente aos objetivos;

    d) De acordo com os procedimentos tcnicos.

    1.1.1 Natureza

    Do ponto de vista da sua natureza a pesquisa pode ser considerada como:

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    Pesquisa Bsica: objetiva produzir conhecimentos novos, teis para o avano da cincia sem aplicao prtica prevista. Envolve verdades e interesses

    universais (GIL,1999). Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade

    intelectual pelo conhecimento e sua meta o saber. (CERVO; BERVIAN, 2002)

    Pesquisa Aplicada: gera conhecimentos para aplicao prtica dirigidos soluo de problemas especficos. Envolve interesses locais. (GIL, 1999). A

    pesquisa visa aplicao de suas descobertas a um problema. (COLLIS;

    HUSSEY, 2005)

    1.1.2 Abordagem do problema Quanto a forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser:

    Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificvel, o que significa traduzir em nmeros opinies e informaes para classific-los e analis-

    los. Requer o uso de recursos e de tcnicas estatsticas (percentagem, mdia,

    moda, mediana, desvio padro, coeficiente de correlao, e outros). (GIL, 1999).

    Assim, a pesquisa quantitativa focada na mensurao de fenmenos, envolvendo

    a coleta e anlise de dados numricos e aplicao de testes estatsticos. (COLLIS;

    HUSSEY, 2005).

    Pesquisa Qualitativa: considera que h uma relao dinmica entre o mundo real e o sujeito, isto , um vnculo indissocivel entre o mundo objetivo e a

    subjetividade do sujeito que no pode ser traduzido em nmeros. A interpretao

    dos fenmenos e a atribuio de significados so bsicas no processo de pesquisa

    qualitativa. No requer o uso de mtodos e tcnicas estatsticas. O ambiente natural

    a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador o instrumento chave. (GIL,

    1999). A pesquisa qualitativa utiliza tcnicas de dados como a observao

    participante, histria ou relato de vida, entrevista e outros. (COLLIS; HUSSEY,

    2005).

    1.1.3 Objetivos

    Referente aos objetivos a pesquisa pode ser classificada como:

    Pesquisa Exploratria: proporciona maior proximidade com o problema visando torn-lo explcito ou definir hipteses. Procura aprimorar ideias ou descobrir

    intuies. Possui um planejamento flexvel envolvendo em geral levantamento

    bibliogrfico, entrevistas com pessoas que tiveram experincias prticas com o

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    problema pesquisado e anlise de exemplos similares. Assume, em geral, as

    formas de pesquisas bibliogrficas e estudos de caso. (GIL, 1996); (DENCKER,

    2000). Esse tipo de pesquisa voltado a pesquisadores que possuem pouco

    conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, geralmente, h pouco ou

    nenhum estudo publicado sobre o tema. (COLLIS; HUSSEY, 2005).

    Pesquisa Descritiva: visa descrever as caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre variveis. A

    forma mais comum de apresentao o levantamento em geral realizado

    mediante questionrio ou observao sistemtica que oferecem uma descrio

    da situao no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma

    de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos.

    (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). direcionado a pesquisadores que tem

    conhecimento aprofundado a respeito dos fenmenos e problemas estudados.

    Pesquisa Explicativa: aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razo, o por que das coisas, e, por isto, o tipo mais complexo e delicado, j

    que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os

    fatores que determinam ou contribuem para a ocorrncia dos acontecimentos.

    Caracteriza-se pela utilizao do mtodo experimental (nas cincias fsicas ou

    naturais) e observacional (nas cincias sociais). Geralmente utiliza as formas de

    Pesquisa Experimental e Ex-post-facto. Mtodo adequado para pesquisas que

    procuram estudar a influncia de determinados fatores na determinao de

    ocorrncia de fatos ou situaes. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000).

    1.1.4 Procedimentos tcnicos

    De acordo com os procedimentos tcnicos a pesquisa pode ser:

    Pesquisa Bibliogrfica: utiliza material j publicado, constitudo basicamente de livros, artigos de peridicos e atualmente com informaes disponibilizadas na

    Internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliogrfico e

    algumas pesquisas so desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliogrficas.

    Sua principal vantagem possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama

    de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar

    diretamente. (GIL, 1999). A tcnica bibliogrfica busca encontrar as fontes

    primrias e secundrias e os materiais cientficos e tecnolgicos necessrios

    para a realizao do trabalho cientfico ou tcnico-cientfico. Realizada em

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    bibliotecas pblicas, faculdades, universidades e, atualmente, nos acervos que

    fazem parte de catlogo coletivo e das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002).

    Pesquisa Documental: elaborada a partir de materiais que no receberam

    tratamento analtico, documentos de primeira mo, como documentos oficiais,

    reportagens de jornal, cartas, contratos, dirios, filmes, fotografias, gravaes

    etc., ou ainda documentos de segunda mo, que de alguma forma j foram

    analisados, tais como: relatrios de pesquisa, relatrios de empresas, tabelas

    estatsticas etc. (GIL, 1999). Localizados no interior de rgos pblicos ou

    privados como manuais, relatrios, balancetes e outros.

    Levantamento: envolve a interrogao direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer a cerca do problema estudado para, em seguida, mediante

    anlise quantitativa, identificar as concluses correspondentes aos dados

    coletados. O levantamento feito com informaes de todos os integrantes do

    universo da pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O levantamento usa

    tcnicas estatsticas, anlise quantitativa e permite a generalizao das

    concluses para o total da populao e assim para o universo pesquisado,

    permitindo o clculo da margem de erro. Os dados so mais descritivos que

    explicativos. (DENCKER, 2000, p. 127)

    Estudo de Caso: envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL,

    1999). O estudo de caso pode abranger anlise de exame de registros,

    observao de acontecimentos, entrevistas estruturadas e no-estruturadas ou

    qualquer outra tcnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivduo, um grupo,

    uma organizao, um conjunto de organizaes, ou at mesmo uma situao.

    (DENCKER, 2000, p. 127). A maior utilidade do estudo de caso verificada nas

    pesquisas exploratrias. Por sua flexibilidade, sugerido nas fases iniciais da

    pesquisa de temas complexos, para a construo de hipteses ou reformulao

    do problema. utilizado nas mais diversas reas do conhecimento. A coleta de

    dados geralmente feita por mais de um procedimento, entre os mais usados

    esto: a observao, anlise de documentos, a entrevista e a histria da vida.

    (GIL, 1999)

    Pesquisa-Ao: concebida e realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes

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    representativos da situao ou do problema esto envolvidos de modo

    cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica no contato direto com o campo

    de estudo envolvendo o reconhecimento visual do local, consulta a documentos

    diversos e, sobretudo a discusso com representantes das categorias sociais

    envolvidas na pesquisa. delimitado o universo da pesquisa, e recomenda-se a

    seleo de uma amostra. O critrio de representatividade dos grupos

    investigados na pesquisa-ao mais qualitativo do que quantitativo.

    importante a elaborao de um plano de ao, envolvendo os objetivos que se

    pretende atingir, a populao a ser beneficiada, a definio de medidas,

    procedimentos e formas de controle do processo e de avaliao de seus

    resultados. (GIL, 1996). No segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o plano

    readequado constantemente de acordo com a necessidade, dos resultados e

    do andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua

    inteno agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000)

    Pesquisa Participante: realizada atravs da integrao do investigador que assume uma funo no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta

    pr-definida de ao. A inteno adquirir conhecimento mais profundo do

    grupo. O grupo investigado tem cincia da finalidade, dos objetivos da pesquisa e

    da identidade do pesquisador. Permite a observao das aes no prprio

    momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de

    dados objetivos sobre a situao da populao. Isto envolve a coleta de

    informaes scio-econmicas e tecnolgicas que so de natureza idntica aos

    adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados podem ser

    agrupados por categorias como: geogrficos, econmicos, educacionais e outros.

    (GIL, 1996)

    Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variveis que seriam capazes de influenci-lo, definem-se as formas de

    controle e de observao dos efeitos que a varivel produz no objeto. (GIL,

    1999). A pesquisa experimental necessita de previso de relaes entre as

    variveis a serem estudadas, como tambm, o seu controle e por isto na maioria

    das situaes invivel quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996).

    geralmente utilizada nas cincias naturais.

    Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o experimento se realiza depois dos fatos. O pesquisador no tem controle sobre as variveis. (GIL, 1999). um tipo de

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    14

    pesquisa experimental, diferindo apenas pelo fato do fenmeno ocorrer

    naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja, neste

    caso, o pesquisador passa a ser um mero observador do acontecimento. Por

    exemplo: a verificao do processo de eroso sofrido por uma rocha por

    influncia do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004).

    Esta pesquisa geralmente utilizada nas cincias naturais.

    1.2 ETAPAS DA PESQUISA

    Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa cientfica necessrio

    planejamento cuidadoso e investigao de acordo com as normas da metodologia

    cientfica tanto aquela referente forma como ao contedo. (OLIVEIRA, 2002, p. 62)

    O planejamento e execuo da pesquisa fazem parte de um procedimento

    sistematizado que compreende etapas que podem ser definidas como: (LAKATOS;

    MARCONI, 2001); (BARROS; LEHFELD, 2000); (CERVO; BERVIAN, 2002):

    a) Delimitao do tema f) Metodologia b) Formulao do problema g) Coleta de dados c) Determinao de objetivos h) Anlise e discusso dos resultados d) Justificativa i) Concluso dos resultados e) Fundamentao terica j) Redao e apresentao da

    pesquisa

    Quadro 1: Etapas da Pesquisa Fonte: elaborado pela autora, 2007.

    Assim, fundamental a apresentao das fases da pesquisa nos documentos

    tcnico-cientficos, citadas no quadro 1, e que so elucidadas a seguir:

    1.2.1 Tema A escolha do tema da pesquisa geralmente um momento de angstia para o

    pesquisador. Este deve considerar alguns critrios (SILVA, 2006a); (GIL, 1996):

    Conhecimento prvio de autores, temas, assuntos, matrias;

    Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa;

    Existncia de bibliografia disponvel no assunto;

    Possibilidade de orientao e superviso adequada dentro do assunto;

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    15

    Relevncia e a fecundidade do assunto.

    A definio do tema dever ser guiada no apenas por razes intelectuais,

    mas por questes como a instituio, o nvel de conhecimento e a perspectiva

    profissional.

    1.2.2 Problema de pesquisa O problema de uma pesquisa algo a ser formulado pelo autor no incio de

    seu processo. A partir de uma viso global do contexto, deve surgir o problema a ser

    pesquisado. Ele deve ser identificado claramente. Delimitar os aspectos ou

    elementos que sero abordados. Deve apresentar a situao problema da pesquisa

    que no necessariamente ser uma limitao.

    A palavra problema no significa uma dificuldade, um obstculo real a ao

    ou a compreenso, mas sim ao foco, o assunto, o tema especfico delimitado e

    formulado pelo pesquisador, para ser alvo de seu estudo e de sua prtica. Pode ser

    uma oportunidade percebida pelo aluno sobre uma temtica a ser pesquisada. Este

    um dos primeiros itens elaborados em uma pesquisa. (SILVA, 2006b)

    Um trabalho de pesquisa deve apresentar uma ou mais perguntas de

    pesquisa, que so os questionamentos que surgem naturalmente a partir da

    descrio do problema.

    Escrito na forma de uma pergunta a ser respondida ao longo da pesquisa, o

    problema deve referir-se especificamente ao interesse a ser investigado pelo autor.

    1.2.3 Objetivos Os objetivos de um projeto de estudos, de pesquisa, no representam

    somente as intenes do autor, mas a possibilidade de obteno de metas,

    resultados, finalidades, que o trabalho deve atingir.

    A linguagem deve ser objetiva, precisa, clara e sem figuras retricas. Do

    ponto de vista tcnico, o objetivo deve sempre iniciar no infinitivo, representando a

    ao que se quer atingir e concluir com o projeto, como: compreender, constatar,

    analisar, desenvolver, capacitar entre outros. Os objetivos classificam-se em objetivo

    geral e objetivos especficos. (SILVA, 2006c)

    O objetivo geral refere-se diretamente ao problema do trabalho. Inicia-se a

    frase do objetivo geral com um verbo abrangente e na forma infinitiva, envolvendo o

    cenrio pesquisado e uma complementao que apresente a finalidade (iniciando no

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    16

    gerndio). J os especficos podem ser considerados uma apresentao

    pormenorizada e detalhada das aes para o alcance do objetivo geral. Tambm

    so iniciados com verbos que admitam poucas interpretaes, e sempre no infinitivo.

    (SILVA, 2006c)

    O verbo utilizado no objetivo geral deve ser amplo e no deve ser o mesmo

    utilizado para um objetivo especfico do mesmo projeto. Lembrando que em um bom

    planejamento assim como em uma execuo e desenvolvimento, fundamental que

    se tenha de maneira clara, qual objetivo se deseja alcanar. (SILVA, 2006a)

    1.2.4 Justificativa

    Demonstra a relevncia e necessidade do estudo do tema escolhido para o

    trabalho. O autor deve informar ao seu leitor sobre a importncia da discusso sobre

    o tema, abordando sua viso de forma geral para a especfica sobre o assunto

    tratado. Em conjunto a isto, devem-se utilizar citaes diretas e indiretas.

    A abordagem da justificativa deve ser tcnica e cientfica, argumentando a

    favor da motivao da pesquisa ao mercado e a formao do pesquisador. Deve ser

    elaborada tendo em vista o seguinte (SILVA, 2006c):

    Por que se pretender realizar esta investigao? Propsito ou inteno;

    Possibilidades (formao, experincia) no desenvolvimento da mesma;

    Importncia do tema (utilidade ou necessidade da investigao).

    O texto dever convencer de que a pesquisa importante, que tem um

    significado cientfico, uma relevncia social. Citar informaes se for o caso, de

    pesquisas j realizadas sobre o tema.

    1.2.5 Fundamentao terica

    Esta fase da pesquisa apresenta o tema proposto fundamentando-o com uma

    reviso crtica de fontes de pesquisa relacionadas ao tema de forma ampla para

    depois especfica. O aluno deve relacionar sua viso sobre o tema fundamentado

    aos acontecimentos atuais e trabalhos j realizados na rea, bem como, opinies de

    autores.

    A fundamentao terica, reviso da literatura ou reviso bibliogrfica

    apresenta os conceitos tericos que nortearo o trabalho. O texto deve ser

    construdo expressando as leituras e os dilogos tericos entre o pesquisador e os

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    autores pesquisados. (SILVA, 2006c). necessrio o cumprimento da ABNT NBR

    10.520 (2002).

    1.2.6 Procedimentos metodolgicos Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa cientfica necessria a

    definio dos procedimentos metodolgicos. Este item deve apresentar as

    modalidades da pesquisa, ou seja, os caminhos e formas utilizadas no estudo.

    Assim, importante citar os tipos de pesquisa e caractersticas do trabalho, que

    conforme Gil (1999) pode ser quanto :

    Natureza da pesquisa (bsica ou aplicada);

    Abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou ambas combinadas);

    Realizao dos objetivos (descritiva, exploratria ou explicativa);

    Procedimentos tcnicos (bibliogrfica, documental, levantamento, estudo de

    caso, participante, pesquisa ao, experimental e ex-post-facto).

    Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa que o estudo

    trata, conforme item 1.1, justificando cada item de classificao e a relao com o

    tema e objetivos da pesquisa. Deve-se fazer uso de citaes para enriquecer a

    argumentao. Toda e qualquer fonte deve ser referenciada precisando data e

    pgina. (SILVA, 2006c)

    1.2.7 Coleta de dados Apresentar como foi organizada e operacionalizada a coleta dos dados

    relativos ao processo de pesquisa. Todas as formas usadas de coleta devem ser

    mencionadas (leituras, entrevistas, questionrios, documentos, observao) e onde

    foram coletadas (identificando o ambiente, a populao e a amostra para a

    pesquisa).

    As principais coletas so:

    Questionrio Esta tcnica de investigao composta por questes apresentadas por escrito

    as pessoas, tem a inteno de identificar o conhecimento de opinies, crenas,

    sentimentos, interesses, expectativas, situaes vivenciadas e outras. (GIL, 1996).

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    Deve-se refletir sobre os objetivos da pesquisa e pass-los para questes

    especficas. As respostas que iro esclarecer o problema da pesquisa. Gil (1999)

    cita trs tipos de questes em relao forma: questes fechadas, abertas e

    relacionadas. J Dencker (2000) acrescenta ainda perguntas com escala na questo

    fechada.

    Antes da aplicao definitiva do questionrio deve ser realizado um pr-teste.

    Este serve para evidenciar possveis falhas na redao do questionrio, como:

    complexidade das questes, impreciso na redao, desnecessidade das questes,

    constrangimentos aos informantes, exausto etc. O pr-teste dever ser aplicado de

    10 a 20 provas, a elementos pertencentes populao pesquisada. (GIL, 1999);

    (DENCKER, 2000)

    Para a distribuio do questionrio, aps a adequao do pr-teste, podem

    ser utilizados os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente (individual

    ou em grupo). Para todos os meios devem-se ter precaues para a aplicao,

    preenchimento e retorno dos questionrios. (LABES, 1998); (GIL, 1999).

    A delimitao da populao/amostra e o tratamento estatstico devem atender

    a dois momentos: seleo e definio do universo; e organizao do questionrio

    tabulao. (LABES, 1998). O universo ou populao o conjunto de seres

    animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracterstica em comum

    [...] dependem do assunto a ser investigado. (OLIVEIRA, 2002, p. 72)

    A amostra de uma pesquisa pode ser conceituada como subconjunto finito de

    uma populao (LABES, 1998, p. 22) e dividida em quatro tipos:

    1) Amostragem Causal ou Aleatria Simples: sorteio/ seleo espontnea da

    amostra;

    2) Amostragem Sistemtica: quando a populao encontra-se ordenada como, por

    exemplo, em subgrupos. Quando se conhece a proporo e a disperso

    geogrfica;

    3) Amostragem Proporcional Estratificada: definida por variveis (sexo, idade, etc.);

    4) Amostragem Probabilstica: possibilidade de todos os elementos serem

    pesquisados aleatoriedade da amostra. Conhecer a probabilidade de

    ocorrncia de um evento.

    A tabulao de questionrios pode se voltar amplitude das

    variveis/categorias, ao cruzamento de variveis e a tabulao manual e

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    processamento eletrnico. Na utilizao de grficos deve-se preocupar com:

    proporcionalidade; ttulo, grandezas numricas, relaes, e outros. (LABES, 1998)

    A anlise dos dados consiste em: relacionar, comparar, medir, identificar,

    agrupar, classificar, concluir, deduzir. Os procedimentos de anlise so: definio de

    variveis, e tabulao (adotando uma ou mais variveis como referncia).

    Entrevista A entrevista uma comunicao verbal entre duas ou mais pessoas com um

    nvel de estruturao previamente determinado, com a inteno de obter

    informaes de pesquisa. uma das tcnicas de coleta de dados mais usadas nas

    cincias sociais. (DENCKER, 2000); (GIL, 1999)

    O pesquisador deve planejar a entrevista delineando o objetivo a ser

    alcanado e cuidando de sua elaborao, desenvolvimento e aplicao. As

    entrevistas podero ser estruturadas (com perguntas definidas) ou semi-estruturadas

    (permite maior liberdade ao pesquisador). (DENCKER, 2000)

    recomendada nos estudos exploratrios a entrevista informal que visa

    abordar realidades pouco conhecidas pelo pesquisador. o tipo de entrevista

    menos estruturada possvel e s se distingue da simples conversao porque tem

    como objetivo bsico a coleta de dados. Utilizam-se como informantes-chaves, que

    podem ser especialistas no tema em estudo, lderes formais ou informais,

    personalidades e outras. (GIL, 1999)

    Em situaes experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma

    experincia vivenciada interessante o uso da entrevista focalizada. utilizado com

    grupos de pessoas que passaram por uma experincia especfica, como assistir a

    um filme, presenciar um acidente e outros. (GIL, 1999)

    A entrevista por pauta apresenta certo nvel de estruturao, pois se guia por

    uma relao de pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacionadas

    entre si. So feitas poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente.

    (GIL, 1999)

    O desenvolvimento de uma relao fixa de perguntas, cuja ordem e redao

    permanecem invariveis para todos os entrevistados (que geralmente so em

    grande nmero) a entrevista estruturada. (GIL, 1999)

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    Observao Constitui elemento fundamental para a pesquisa. utilizada de forma

    exclusiva ou conjugada a outras tcnicas. Pode-se definir a observao como o uso

    dos sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano. (GIL, 1999)

    Segundo os meios utilizados, a observao pode ser estruturada ou no-

    estruturada. De acordo com o nvel de participao do observador, pode ser

    participante ou no-participante. Gil (1999) afirma que a observao participante

    tende a utilizar formas no estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificao,

    que combina os dois critrios considerados: observao simples, observao

    participante e observao sistemtica.

    Na observao simples o pesquisador permanece alheio comunidade,

    grupo ou situao que pretende estudar e observa de maneira espontnea os fatos

    que ocorrem. O pesquisador muito mais um expectador que um ator.

    A observao participante ocorre por meio do contato direto do investigador

    com o fenmeno observado, para recolher as aes dos atores em seu contexto

    natural, considerando sua perspectiva e seus pontos de vista. (CHIZZOTTI, 2001). O

    observador assume o papel de um membro do grupo. (GIL, 1999)

    Nas pesquisas que tm como objetivo a descrio precisa dos fenmenos ou

    teste de hipteses, frequentemente utilizada a observao sistemtica. Pode

    ocorrer em situaes de campo ou laboratrio. O pesquisador, antes da coleta de

    dados, elabora um plano especfico para a organizao e o registro das

    informaes. Para tal, necessrio estabelecer antecipadamente as categorias

    necessrias a analise da situao.

    1.2.8 Anlise e interpretao dos dados O objetivo da anlise reunir as informaes de forma coerente e organizada

    visando responder o problema de pesquisa. A interpretao proporciona um sentido

    mais amplo aos dados coletados, fazendo a relao entre eles. (DENCKER, 2000)

    Esta etapa pode ser de carter quantitativo ou qualitativo, utilizando vrias

    tcnicas para o tratamento dos dados. conveniente a realizao de uma anlise

    descritiva, apresentando uma viso geral dos resultados, e na sequncia, anlise

    dos dados cruzados, que possibilita perceber as relaes entre as categorias de

    informao, e da anlise interpretativa. (DENCKER, 2000)

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    A estatstica na anlise e interpretao de dados pode ser classificada como

    (LABES, 1998): Estatstica descritiva (descrio e anlise sem inferncias e

    concluses) e Estatstica indutiva (inferncias, concluses, tomadas de deciso e

    previses).

    Assim, a pesquisa deve prezar pela necessidade de apresentao, formal e

    oficial, dos resultados do estudo; explicitao dos objetivos, de metodologia e dos

    resultados; e prioridade fidedignidade na transmisso das descobertas feitas.

    (LABES, 1998)

    Todas as informaes importantes constatadas na pesquisa devem ser

    apresentadas em forma de texto, ou de elementos de apoio ao texto, se for

    necessrio, como figuras, quadros, grficos e tabelas. Pode-se apresentar um

    quadro compreendendo o perodo em que se realizaram as atividades da pesquisa.

    1.2.9 Consideraes finais

    Descreve-se neste momento uma sntese da anlise, algumas sugestes

    tanto de pesquisa, bem como em relao ao tema em questo. Pode-se tambm

    salientar a contribuio e benefcios que o pesquisador se props quando justificou a

    importncia do mesmo no estudo.

    Os resultados devero ser relacionados aos objetivos (geral e especficos) e

    aos possveis benefcios, como tambm, a importncia do tema. Este tpico no

    deve apresentar assunto novo, como tambm, citaes diretas ou indiretas.

    1.2.10 Redao e apresentao da pesquisa O estilo de redao utilizado em pesquisas chamado tcnico-cientfico, [...]

    diferindo do utilizado em outros tipos de composio, como a literria, a jornalstica,

    a publicitria. (UFPR, 2000, p.1).

    Aborda temtica referente cincia, utilizando seu instrumental terico e

    objetivando a discusso cientfica. Utiliza linguagem tcnica ou cientfica em seu

    nvel padro ou culto, respeitando as regras gramaticais.

    Todo texto formado por pargrafos e por isto a preocupao deve ser na

    sua elaborao e harmonia das ideias. O pargrafo formado por um conjunto de

    enunciados que devem convergir para a produo de um sentido. A primeira frase

    de cada pargrafo, denominada tpico frasal, sempre muito importante, devendo

    ter uma palavra forte que possa ser explorada. A m definio dificulta a redao.

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    22

    Assim, devem-se evitar abstraes e lembrar que cada pargrafo deve

    explorar uma s ideia. Explorar vrias ideias ao mesmo tempo torna o texto confuso

    e sem coerncia.

    A construo de sentido no texto relaciona-se com a coeso e a coerncia

    dele. Um texto coerente um conjunto harmnico, em que todas as partes se

    encaixam de maneira complementar, de modo que no haja nada destoante, ilgico,

    contraditrio, ou desconexo. J o texto coeso quando seus vrios enunciados

    esto organicamente articulados entre si, quando h concatenao entre eles.

    Aps os procedimentos de planejamento e execuo, tem-se a divulgao

    dos resultados obtidos na pesquisa. Assim, o pesquisador deve apresent-los

    comunidade cientfica por meio de eventos, revistas, e outros.

    O modelo de apresentao do documento dever seguir as regras definidas

    para sua tipologia (monografia, artigo cientfico, e outros) e a instituio solicitante

    (universidade, revista cientfica, evento e outros).

    A seguir so apresentadas mais informaes sobre as caractersticas da

    redao tcnico-cientfica que devem ser seguidas nos trabalhos acadmicos.

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    23

    CAPTULO II REDAO Gilson Karkotli

    2 REDAO DE TRABALHOS TCNICO-CIENTFICOS

    O estilo da redao de trabalhos tcnico-cientficos e acadmicos diferencia-

    se de outros tipos de composio, como a literria, a jornalstica, a publicitria,

    apresentando algumas caractersticas prprias. Este texto pretende identificar e

    explicar alguns princpios bsicos que devem ser observados na referida redao.

    2.1 OBJETIVIDADE E COERNCIA

    Deve-se observar linguagem direta e simples, obedecendo a uma sequncia

    lgica e ordenada no desenvolvimento das ideias, evitando-se assim, o desvio do

    assunto em questo com consideraes irrelevantes. A exposio deve se apoiar

    em dados e provas e no em opinies que no possam ser comprovadas. Deve-se

    observar tambm a estrutura da frase, o tamanho dos perodos e a organizao dos

    pargrafos. Frases curtas e com nica ideia central so preferidas frases longas

    contendo vrias ideias. Ao dividir o trabalho em partes deve-se cuidar do equilbrio,

    coeso e sequncia lgica entre elas, cuidando-se para que no haja uma

    desproporo entre as diversas partes que o constituem. Ao redigir os ttulos deve-

    se cuidar de sua homogeneidade, no usando ora substantivos para uns, ora frases

    ou verbos para outros.

    2.2 CLAREZA

    O pesquisador deve ser claro na apresentao de suas ideias. Tal clareza de

    expresso obtida em funo do conhecimento que se tem de determinado

    assunto. Se voc no tem ideia bem clara, ntida do que pretende expressar deve

    retomar o fio da meada, relendo suas anotaes ou o texto original. Deve-se evitar

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    24

    ambiguidade, isto , expresses com duplo sentido, para no originar interpretaes

    diversas do que se quer dar. Assim, deve-se usar vocabulrio preciso, evitando- se

    a linguagem rebuscada e prolixa, utilizando a nomenclatura tcnica aceita no

    meio cientfico.

    2.3 PRECISO

    Cada expresso empregada deve traduzir com exatido o que se quer

    transmitir principalmente quanto a registros de observaes, medies e anlises

    realizadas. Deve-se evitar adjetivos que no indiquem claramente propores e

    quantidades, tais como: mdio, grande, pequeno, bastante, muito, pouco, mais,

    menos, nenhum, quase todos, a maioria, metade e outros termos ou expresses

    similares, procurando substitu-los pela indicao precisa em nmeros ou

    porcentagem. Deve-se evitar o uso de adjetivos, advrbios, locues e pronomes

    que indiquem o tempo, modo ou lugar, tais como: em breve, aproximadamente,

    antigamente, recentemente, lentamente, adequado, inadequado, nunca, sempre,

    em algum lugar, provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a

    dvidas sobre a lgica, clareza e preciso da argumentao.

    2.4 IMPESSOALIDADE

    No texto tcnico-cientfico e acadmico utiliza-se, preferencialmente, da

    forma impessoal dos verbos, isto , verbo na terceira pessoa do singular mais a

    partcula se. O uso da primeira pessoa do plural (plural majesttico)

    permitido no caso de relatrios de participao em eventos, ao fazer justificativas

    para ingresso em cursos de ps-graduao, ou em ideaes, apreciaes e

    inferncias no caso de fichamentos, resenhas crticas, papers, entre outros. Deve-

    se atentar para a padronizao da pessoa do discurso ao longo de todo trabalho,

    isto , no permitido usar a forma impessoal e a primeira pessoa do plural no

    mesmo trabalho.

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    25

    2.5 UNIFORMIDADE

    Deve-se manter a uniformidade no decorrer de todo o texto em relao

    aspectos como: forma de tratamento, pessoa gramatical, utilizao de nmeros,

    smbolos, unidades de medida, datas, horas, siglas, abreviaturas, frmulas,

    equaes, fraes, citaes e ttulos das partes do trabalho acadmico etc.

    Portanto, a elaborao de trabalhos acadmicos exige dedicao e

    comprometimento quanto ao estilo de redao. Salienta-se que o hbito da leitura de

    forma geral, mas principalmente aquela leitura de material tcnico-cientfico

    proporciona ao pesquisador maior facilidade na escrita e elaborao de documentos

    acadmicos.

    Alm desta preocupao com a redao fundamental o cumprimento

    tambm das normas metodolgicas quanto a apresentao dos trabalhos. Assim, as

    normas para apresentao grfica e as subdivises dos trabalhos no USJ so

    aquelas definidas pela ABNT (NBR 14724, 2005) para trabalhos tcnico-cientficos

    de carter monogrfico, apresentadas a seguir neste manual.

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    26

    CAPTULO III NORMAS METODOLGICAS Renata Silva

    3 NORMAS METODOLGICAS

    3.1 APRESENTAO GRFICA

    Diante das informaes sobre as formas e tcnicas de pesquisa e da

    importncia da formatao e apresentao grfica dos trabalhos acadmicos,

    seguem as normas para os documentos cientficos do USJ, com base na ABNT NBR

    14.724 de 2005 e mais adiante os modelos visuais destas regras. So elas:

    Papel: folhas brancas de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm), de boa qualidade.

    Margens: esquerda e superior de 3 cm.; direita e inferior de 2 cm.

    Espaamento entrelinhas: de 1,5 cm. para o texto. Nas citaes longas (mais de 3 linhas), notas de rodap, ttulos de ilustraes e tabelas, bem como fontes

    so em espaos simples. As referncias devem ser separadas entre si por dois

    espaos simples.

    Pargrafo: de 1,25 cm. recuado da margem esquerda. Os pargrafos das citaes diretas longas (mais de trs linhas) devem ser recuados a 4 cm. da

    margem esquerda, com letra menor (recomenda-se 10) e espaamento simples

    entrelinhas.

    Formato do texto: texto justificado sem a separao silbica. Nos elementos pr-textuais so usados em alguns casos o texto centralizado e alinhado a

    direita. As referncias so obrigatoriamente alinhadas a direita.

    Tipo e tamanho da fonte: Arial ou Times New Roman de tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citaes longas, notas de rodap e nmero de pgina.

    Paginao: as pginas so numeradas com algarismos arbicos colocados no canto superior direito da pgina a 2 cm. da borda superior. A capa no contada

    (considerada a pgina zero). A contagem iniciada a partir da folha de rosto que

    no deve receber nenhuma numerao. A numerao inicia nos elementos

    textuais (introduo). As pginas de apndices e anexos recebem numeraes

    contnuas do trabalho.

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    27

    Sees do texto do trabalho: Os ttulos das sees so numerados progressivamente em algarismos arbicos, alinhados margem esquerda,

    dando espao de um caractere entre as numeraes e um ttulo. As principais

    divises do texto so chamadas de sees primrias (captulos). Estas

    subdividem-se em sees secundrias, que se subdividem em tercirias,

    que se subdividem em quaternrias, que se subdividem em quinrias. A

    NBR6024 - 3.3 no prev a sexta seo, acabando na quinta (Ex: 2.1.3.1.4).

    Deve-se evitar o excesso de subdivises de um texto, porque o torna

    muito fragmentado o que interrompe a fluidez da leitura. As sees primrias

    iniciam-se em uma nova folha, na margem superior 3 cm e ao lado da

    margem esquerda 3 cm. Os ttulos dos diferentes nveis de seo devem ser

    diferenciados tipograficamente. Usam-se letras maisculas negritadas para

    sees primrias, letras maisculas sem negrito para as sees secundrias;

    letras minsculas (somente a primeira letra da primeira palavra maiscula)

    negritadas, para sees tercirias; e letras minsculas (somente a primeira letra

    da primeira palavra maiscula), sem negrito, para sees quaternrias e

    quinrias. Exemplo: 3 ADMINISTRAO; 3.1 MARKETING; 3.1.1 Anlise interna; 3.1.1.1 Pontos fortes.

    Itlico: utiliza-se para grafar termos em outro idioma como: check in, resumen, travel, e outras. As palavras estrangeiras j registradas em dicionrios de Lngua

    Portuguesa, bem como os nomes prprios, no devem ser em itlico.

    Aspas: usa-se no incio e no final de citao direta curta (at trs linhas) as aspas duplas; e quando houver as aspas duplas dentro de citaes diretas

    deve-se substituir por aspas simples.

    Notas de rodap: podem ser utilizadas para apresentar alguma explicao ou para aprofundar alguma assunto abordado no texto mas que no foi colocado no

    texto para no desviar a ateno do leitor quanto ao contedo. Portanto, serve

    para explicar algo ou situar o leitor sobre o significado de algo. No caso das

    citaes de trabalhos usa-se o sistema autor-data (referenciando diretamente no

    corpo do texto) mas em livros, principalmente aqueles produzidos por vrios

    autores (captulos) so usadas as notas de rodap para as citaes. Visualmente

    no rodap as notas devem ser colocadas no p da pgina a 2cm. da margem

    inferior em letra 10 alinhadas a esquerda e espaamento simples entrelinhas. O

    texto separado da nota de rodap por um filete. As notas de rodap so

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    numeradas pelo sistema arbico contnuo. Sugere-se a insero de notas

    automaticamente no documento digital. No texto a nota representada pela

    nmero sobrescrito a palavra que se pretende explicar.

    3.2 ESTRUTURA

    Por razes de normalizao, a estrutura dos trabalhos acadmicos foram

    classificadas em elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais, sendo cada uma

    delas com suas subdivises, conforme quadro 1:

    ELEMENTOS ETAPAS

    Pr-textuais

    Capa (obrigatrio) Lombada (opcional) Folha de rosto (obrigatrio) Errata (opcional) Folha de aprovao (obrigatrio) Dedicatria(s) (opcional) Agradecimento(s) (opcional) Epgrafe (opcional) Resumo em lngua verncula (obrigatrio) Resumo em lngua estrangeira (opcional) Lista de ilustraes )opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de smbolos (opcional) Sumrio (obrigatrio)

    Textuais Introduo Desenvolvimento Consideraes Finais

    Ps-textuais

    Referncias (obrigatrio) Glossrio (opcional) Apndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) ndice(s) (opcional)

    Quadro 1: Disposio dos Elementos Fonte: ABNT NBR 14724, 2005

    Quanto a estrutura da pesquisa possvel definir que os elementos pr-

    textuais, tambm chamados de parte preliminar ou ante-texto, compe-se das

    informaes iniciais necessrias para uma melhor caracterizao e reconhecimento

    da origem e autoria do trabalho, descrevendo tambm, sucinta e objetivamente,

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    algumas informaes importantes para os interessados numa anlise mais

    detalhada do tema (ttulo, resumo, palavras-chave). (SILVA, 2006c)

    Os elementos textuais, assim como os pr-textuais, excetuados os elementos

    obrigatrios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho cientfico,

    conforme o tipo de trabalho, rea de conhecimento ou metodologia adotada.

    A estrutura dos trabalhos cientficos quase sempre a mesma,

    compreendendo uma introduo, desenvolvimento e consideraes finais, conforme

    sugesto da ABNT NBR 14724 (2005) de Trabalhos Acadmicos.

    A introduo dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem

    como os problemas, as delimitaes e a metodologia adotada para a realizao do

    trabalho. O desenvolvimento o corpo principal da pesquisa e de estrutura flexvel,

    podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo,

    abandonar pontos importantes como a demonstrao e a anlise dos resultados. Por

    fim, o autor poder escrever suas concluses a respeito da discusso realizada ou

    dos resultados obtidos. neste ponto que o pesquisador ser enftico, ressaltando

    as posies que deseja defender ou refutar. (SILVA; TAFNER, 2006); (ROESCH,

    2001)

    A parte do trabalho que rene os elementos complementares ao texto

    chamada de elementos ps-textuais, que envolve tanto aqueles obrigatrios (como

    as referncias) como aqueles que so extenses do texto (anexo, apndice,

    glossrio e ndice). (ABNT, NBR 14724, 2005)

    As referncias devem ser colocadas em ordem alfabtica dentro das normas

    tcnicas especificadas. Em territrio brasileiro utiliza-se a ABNT NBR 6023 (2002)

    para normalizar as referncias apontadas durante o trabalho. Conforme a ABNT

    NBR (2002, p. 1) [...] esta norma fixa a ordem dos elementos das referncias e

    estabelecem convenes para transcrio e apresentao de informao originada

    do documento e/ou outras fontes de informao.

    S devem ser mencionados nas referncias as fontes ou os autores que

    foram citados no texto. Os documentos consultados, porm no citados, devero

    constar de notas de rodap, no fazendo parte da lista de referncias ou serem

    arrolados em outras listas, denominadas Bibliografia Recomendada, Documentos

    Consultados ou Obras Consultadas, as quais devem figurar logo aps a lista de

    referncias.

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    NDICE

    ANEXO

    PS-TEXTUAIS

    3 CONSIDERAES FINAIS

    2 DESENVOLVIMENTO

    SUMRIO

    LISTAS

    RESUMO

    EPGRAFE

    AGRADECIMENTO

    DEDICATRIA

    1 INTRODUO APNDICE

    GLOSSRIO

    REFERNCIAS

    PR-TEXTUAIS TEXTUAIS

    FOLHA DE APROVAO

    FOLHA DE ROSTO

    CAPA

    A figura 1 demonstra a ordenao dos elementos (opcionais e obrigatrios):

    Figura 1: Apresentao dos Elementos no Trabalho Monogrfico Fonte: Silva, 2008 (adaptado pela autores, 2011).

    A seguir so apresentados os modelos e esclarecimentos dos elementos pr-

    textuais, textuais e ps-textuais.

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    3.3 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS

    3.3.1 Capa (obrigatrio)

    Constituem informaes essenciais a serem fornecidas: identificao da

    instituio de ensino superior e curso na parte superior da folha e aps uma linha em

    branco o nome do(s) autor(es) (alunos) ambos em caixa alta. Na metade da folha o

    ttulo do trabalho (caixa alta) e subttulo se houver, separado do ttulo por dois

    pontos (maiscula e minscula). Na parte inferior da folha a cidade e ano (pode-se

    colocar o ms junto ao ano). Todas estas informaes so em fonte 12,

    espacejamento 1,5 entrelinhas, centralizadas e negritadas

    Salienta-se que os Trabalhos de Concluso de Curso devero ser entregues

    com encadernao em capa dura conforme caracterstica do Curso quanto as cores

    de letras e fundo. Desta forma, no curso de:

    Administrao fundo azul escuro com letras prateadas.

    Cincias Contbeis fundo preto com letras douradas.

    Pedagogia fundo azul royal com letras douradas

    Cincias da Religio em definio.

    Pos-Graduao (Especializao) em Gesto de Defesa Civil fundo verde escuro

    com letras prateadas.

    A seguir apresentado o modelo de capa conforme explicaes iniciais.

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    3.3.2 Lombada (opcional)

    Utilizado geralmente em trabalhos de final de curso. a parte lateral da capa

    que rene as folhas do trabalho, onde devem ser impressos:

    a) nome do autor, impresso longitudinalmente, do alto ao p da lombada;

    b) ttulo do trabalho, impresso da mesma forma que o do autor.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS

    FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ

    CURSO DE ADMNISTRAO

    NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabtica)

    TTULO DO TRABALHO Subttulo (se houver)

    So Jos

    2011

    3 cm

    3 cm

    2 cm

    2 cm

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    3.3.3 Folha de rosto (obrigatrio) Apresenta-se de forma semelhante a capa, com a insero do texto de

    identificao da disciplina, curso e professor solicitante. Neste ltimo, deve-se inserir

    a abreviao da titulao do professor (Esp. para especialista, MSc. ou Ms. para

    mestre e Dr. para doutor). Estas informaes devem aparecer em fonte 11 com

    espaamento simples entrelinhas e recuada a 8cm. da margem esquerda. Apenas o

    ttulo e o subttulo devem estar em negrito, conforme modelo abaixo.

    Salienta-se que o texto de identificao deve seguir o definido pelo trabalho

    que o aluno est elaborando, ou seja, trabalho de concluso de curso, relatrio de

    estgio, projeto de pesquisa e outros.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS

    CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ CURSO DE ADMNISTRAO

    NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S)

    (em ordem alfabtica)

    TTULO DO TRABALHO

    Subttulo (se houver)

    Trabalho elaborado para a disciplina de M.................. C.................... do Curso de .......................... do Centro Universitrio Municipal de So Jos - USJ. Orientador: Prof. MSc. R............ S...........

    So Jos 2011

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    3.3.4 Errata (opcional) Consiste em lista das folhas e linhas onde h erros, com as respectivas

    correes. As informaes so apresentadas em colunas como no exemplo abaixo:

    3.3.5 Folha de aprovao (obrigatrio) Contm o nome do aluno, ttulo do trabalho e subttulo (se houver) em negrito,

    texto de identificao do grau do trabalho (com espaamento simples entrelinhas)

    conforme texto de identificao da Folha de Rosto, e espaos para as assinaturas

    dos professores que avaliaro o trabalho com seus nomes. Todas as informaes

    so em fonte 12). O modelo abaixo refere-se ao TCC.

    ERRATA

    Folha Linha Onde se l Leia-se

    21 7 trabalo trabalho

    NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S)

    (em ordem alfabtica)

    TTULO

    Subttulo

    Trabalho de Concluso de Curso elaborado como requisito parcial para obteno do grau de bacharel .................... do Centro Universitrio Municipal de So Jos USJ avaliado pela seguinte banca examinadora: Orientador: Prof. Fulano de Tal, titulao.

    Prof. Fulano de Tal, titulao

    Prof. Fulano de Tal, titulao

    So Jos, XX de xxxxx de XXXX.

    (data da defesa do TCC)

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    3.3.6 Dedicatria (opcional) O autor dedica sua obra ou presta homenagens (s) pessoa(s). A dedicatria

    deve ser localizada na parte inferior direita da folha e em fonte 12.

    3.3.7 Agradecimentos (opcional) Podero ser feitos agradecimentos assistncia relevante na elaborao do

    trabalho, bem como, da realizao da pesquisa. Todo o texto deve ser em fonte 12,

    inclusive a palavra agradecimentos que deve ser ressaltada em letras maisculas.

    Deve ser na parte superior da folha.

    3.3.8 Epgrafe (opcional) Aparece aps os agradecimentos. Consiste na transcrio de uma frase,

    pensamento, ditado ou parte de um texto que o autor deseja destacar. Apesar de ser

    escrita por outra pessoa, no deve vir entre aspas. A autoria da mensagem deve ser

    apresentada do lado direito, abaixo do texto, fora de parnteses. Epgrafes tambm

    Dedico meu trabalho aaaaaa

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    aaaaaaa.

    AGRADECIMENTOS

    Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

    Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

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    podem ser colocadas na abertura das divises do texto (captulos ou ttulos de

    primeiro nvel). Localizada na parte inferior direita da folha.

    3.3.9 Resumo (opcional) Este item obrigatrio para o Trabalho de Concluso de Curso - TCC. O

    resumo deve apresentar o objetivo geral da pesquisa, o mtodo, os resultados e as

    concluses do trabalho, formando por uma seqncia corrente de frases concisas e

    no de uma enumerao. (ABNT, NBR 6028, 2003).

    O texto deve ser em pargrafo nico, sem recuo, com texto justificado e sem

    recuo de pargrafo, espao simples entrelinhas, sendo apenas a palavra resumo em

    negrito, conforme modelo. Sobre a extenso do resumo, essa norma define de 150 a

    500 palavras para trabalhos acadmicos.

    Aps o resumo, mas na mesma folha, devem ser apresentadas de 3 a 6

    palavras-chave ou termos representativos do contedo do trabalho, separados por

    ponto final.

    RESUMO

    Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

    Palavras-chave: Ttttttt. Mmmmm. Oooooo.

    Talvez uma vez em cada cem anos, uma pessoa pode ter sido

    arruinada por excesso de louvor,

    mas certamente que uma vez em cada

    minuto algum morre por falta dele.

    Cecil G. Osborne

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    37

    3.3.10 Lista de ilustraes (opcional) Deve ser apresentada uma lista para cada elemento (quadro, figura e grfico)

    contendo ttulo, numerao e respectivo nmero de pgina a que se encontra o

    elemento no texto. Recomenda-se que a lista de figuras agrupe elementos como:

    desenho, esquema, fluxograma, fotografias, grficos, mapas, organogramas,

    plantas, quadros, retratos e outros, todos considerados figuras.

    A organizao da lista tem apresentao similar do sumrio e pode, em

    uma mesma folha, aparecer listagem de vrios elementos. Sugere-se a elaborao

    das listas quando no trabalho houver mais de trs inseres daquele elemento. A

    seguir so apresentados os modelos de listas.

    3.3.11 Lista de tabelas (opcional) Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu

    nome especfico, acompanhado do respectivo nmero da pgina (mesmo modelo das listas de

    ilustraes).

    3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Consiste na relao alfabtica de abreviaturas e siglas contidas no texto,

    seguidas do seu significado (expresses ou palavras correspondentes), escritas por

    extenso. Tambm recomendada a elaborao de lista prpria para cada um dos

    tipos (abreviatura ou sigla). A estrutura deve ser a mesma utilizada na lista de

    ilustraes.

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 Distncias rodovirias ................. 11

    Quadro 2 Distncias areas ........................ 11

    Quadro 3 Cronograma ................................ 32

    Quadro 4 Levantamento da Legislao ...... 37

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Mapa de localizao ..................... 12

    Figura 2 Foto Area de Florianpolis .......... 13

    Figura 3 Pilares da sustentabilidade ........... 41

    Figura 4 SISTUR - Sistema de Turismo ...... 45

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1 Sexo ............................................ 15

    Grfico 2 Faixa etria ................................. 16

    Grfico 3 Renda familiar ............................. 17

    Grfico 4 Procedncia ................................ 18

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    3.3.13 Lista de smbolos (opcional) Apresenta o conjunto de smbolos utilizados no texto, na ordem em que

    aparecem, com o respectivo significado. A estrutura deve ser a mesma utilizada nas

    listas anteriores (ilustraes, siglas e outras).

    3.3.14 Sumrio (opcional) Este item obrigatrio para o Trabalho de Concluso de Curso - TCC.

    Consiste na relao enumerada das principais divises e dos elementos ps-

    textuais, na ordem em que aparecem no texto. No sumrio devem-se observar os

    seguintes aspectos: o sumrio tem o ttulo centralizado, negrito, em letras

    maisculas e sem pontuao; a numerao das divises das subdivises (tpicos)

    deve obedecer a utilizada no texto; elementos pr-textuais no devem constar no

    sumrio; e indica a pgina inicial em que se localiza a parte correspondente. (ABNT,

    NBR 6027, 2003)

    3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS

    Os elementos textuais, assim como os pr-textuais, excetuados os elementos

    obrigatrios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho acadmico-

    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................... 4

    2 JUSTIFICATIVA .................................... 6

    3 ADMINISTRAO...... ........................... 8 3.1 MARKETING............................................ 12

    3.1.1 Anlise interna.................................. 14 .

    . 6 CONSIDERAES FINAIS... ................ 52

    REFERNCIAS......................................... 54

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    39

    cientfico. Conforme o tipo de trabalho, rea de conhecimento ou metodologia

    adotada, h distintos modos de organizar o texto.

    De modo geral, o texto acadmico-cientfico se inicia com uma introduo, a

    qual se segue o desenvolvimento, finalizando com ou consideraes finais.

    3.4.1 Introduo a apresentao inicial do trabalho. Possibilita uma viso global do assunto

    tratado, com definio clara, concisa e objetiva do tema; e a delimitao precisa das

    fronteiras do estudo em relao ao campo selecionado e ao problema a ser

    estudado. (SILVA, 2006)

    Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR 14724 (2005, p.

    5) a introduo [...] a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitao do

    assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessrios para situar o

    tema do trabalho.

    Assim, a introduo deve apresentar as seguintes etapas: contextualizao do assunto (nvel macro), relevncia do tema (justificativa); pergunta (problema de pesquisa), objetivo da pesquisa (geral), tipos de pesquisa e forma coleta de dados e informaes e os tpicos do desenvolvimento (citar as etapas do trabalho). (SILVA, 2008)

    3.4.2 Desenvolvimento a parte principal, mais extensa e consistente do trabalho. O autor deve

    dividir o desenvolvimento em quantas forem necessrias para dar lgica e

    articulao adequada ao tema que pretende defender. No existe exatamente uma

    norma rgida que oriente esta seo. (SILVA, 2008)

    Conforme a Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR 14724 (2005, p.

    5) o desenvolvimento [...] a parte principal do texto, que contm a exposio

    ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em sees e subsees, que

    variam em funo da abordagem do tema e do mtodo.

    Da mesma forma que na introduo, os elementos que integram o

    desenvolvimento do trabalho podero variar nas suas divises e subdivises, em

    funo da sua natureza e da rea de conhecimento a que pertencem.

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    O desenvolvimento deve apresentar conceitos, teorias e principais ideias

    sobre o tema focalizado. No texto dever haver ideias de autores. As informaes

    devem ser apresentadas de forma integrada, substancial, criativa e lgica.

    O aluno pode utilizar recursos complementares no corpo do texto como os

    elementos de apoio ao texto como grficos, figuras, quadros e grficos.

    A seguir so apresentadas outras regras que devem ser seguidas para os

    ttulos e indicativos numricos; quadros, grficos, tabelas, figuras e citaes.

    3.4.2.1 Ttulos e indicativos numricos das sees

    As partes que dividem o texto de um documento, contendo a exposio

    ordenada do assunto, so denominadas de captulos (divises) e tpicos

    (subdivises). Cada captulo deve apresentar o ttulo e o subttulo. Os ttulos de

    primeira ordem (inteiros como 1, 2, 3, 4 e outros) devem aparecer em pgina nova.

    Segue abaixo modelo sobre os espaos entre os ttulos e texto (pargrafos).

    3 ADMINISTRAO

    (2 linhas em branco)

    Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,

    aaaaaa.

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    aaaaaaaaaaaaaaaaa.

    Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,

    aaaaaa..

    (2 linhas em branco)

    3.1 MARKETING

    (1 linha em branco)

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa,

    aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa,

    aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

    (1 linha em branco)

    3.1.1 Anlise interna

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa,

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

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    41

    A numerao deve ser progressiva e alinhada esquerda. As divises

    (captulos) com seus ttulos de primeiro nvel (3 ADMINISTRAO) devem iniciar em folha distinta. No se utiliza nenhuma pontuao ou caractere entre o nmero e

    o ttulo (ABNT, NBR 6024, 2003). Os ttulos das divises e das subdivises so

    destacados gradativamente, usando-se de forma racional os seguintes recursos:

    TTULO FORMATAO

    3 ADMINISTRAO Letras maisculas e negritas

    3.1 MARKETING Letras maisculas e sem negrito

    3.1.1 Anlise interna Apenas a 1 letra maiscula e todas negritas

    3.1.1.1 Pontos fortes Apenas a 1 letra maiscula; e sem negrito

    Quadro 1: Ttulos e Formatao

    Fonte: elaborado pela autora, 2008.

    No se aconselha o uso de subttulos aps a quinta seo com marcaes

    numricas (3.1.1.1.1.1). Se houver necessidade de subdivises sugere-se utilizar as

    letras minsculas com parnteses ou os marcadores. Todos devem ser alinhados

    margem esquerda, conforme modelo abaixo:

    a) Dcada de 1990

    Processos sociais

    Benefcios familiares.

    3.4.2.2 Apresentao de figura, grfico, quadros e tabelas

    A apresentao dos elementos (figuras, grficos, quadros, tabelas) deve

    conter, alm da exposio do elemento (em boa qualidade), a relao com o

    assunto abordado e anlise de suas informaes.

    So inseridos em um trabalho cientfico quando apresentam dados

    verdadeiramente necessrios compreenso do texto. Recomenda-se a utilizao,

    no desenvolvimento, de elementos como grficos, quadros, tabelas e figuras. Deve-

    se deixar uma linha em branco entre o texto (Pargrafo) e o elemento a ser

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    apresentado e da mesma forma uma linha em branco para iniciar o prximo

    pargrafo aps o elemento.

    Todos os elementos devem conter fonte, podendo esta ser de um livro, de um

    site ou outra fonte de pesquisa e tambm ter sido produzido pelo acadmico, ento

    neste caso deve-se colocar elaborado pelo acadmico. Em todas as situaes

    necessrio a insero do ano que foi retirado/elaborado o elemento (exemplos

    abaixo).

    Figuras

    As figuras devem ser apresentadas centralizadas, com ttulo e fonte abaixo do

    desenho. As fotografias so consideradas e catalogadas como figura, assim como

    desenho, fluxograma, mapas, organogramas, plantas, e outros.

    Figura 1: Mapa de Localizao

    Fonte: Instituto de Planejamento Urbano de Florianpolis, 2007.

    Grficos

    Os grficos devem ter cores bem diferentes para as suas variveis e deve

    evitar o uso de modelo pizza para situaes com mais de quatro variveis, pois

    dificulta a leitura e interpretao das informaes. Devem-se utilizar ento os

    modelos de barras ou colunas. A legenda deve aparecer na lateral direita ou abaixo

    do grfico.

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    2%

    31%

    46%

    17%

    4%

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    Mato Grosso Rio Grande do Sul So Paulo Paran Rio de Janeiro

    Grfico 1: Procedncia de turistas Fonte: elaborado pela autora, 2007.

    Quadros

    Os quadros resumem um conjunto de dados que no so passveis de

    tratamento estatstico, enquanto as tabelas (lista e forma especfica) apresentam

    dados estatsticos. A estrutura do quadro deve apresentar as bordas fechadas

    (molduras). O tamanho da letra dentro do quadro deve estar entre 10 e 12.

    CIDADE KM

    So Paulo 705

    Porto Alegre 476

    Curitiba 300

    Rio de Janeiro 1.144

    Quadro 2: Distncia de Florianpolis a outras cidades Fonte: Guia Floripa, 2007.

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    Tabelas

    As tabelas devem apresentar o ttulo do elemento com numerao arbica

    (fonte 12), a tabela em si, e abaixo a fonte (autor e ano) em letra 10. Estes

    elementos expem dados estatsticos e devem ter a lateral da sua estrutura sem

    borda, conforme modelos abaixo.

    Tabela 1: Notas da Turma 201

    ALUNO ATIVIDADE 1 ATIVIDADE 2 MDIA

    Aline de Oliveira 9 9 9

    Carlos Henrique Vargas 7 8 7,5

    Daniel Santos 8 9 8,5

    Fonte: Souza (2004, p. 71).

    3.4.2.3 Citaes

    Segundo Ruiz (1991, p. 83) Citaes so os textos documentais levantados

    com a mxima fidelidade durante a pesquisa bibliogrfica e que se prestam para

    apoiar a hiptese do pesquisador ou para documentar sua interpretao.

    As citaes, ao contrrio do que possa parecer inicialmente, enriquecem um

    trabalho e demonstram o estudo e a atitude cientfica do autor. As citaes tm

    muitos objetivos, dentre os quais se destacam (SILVA, 2006):

    - corroborar com as ideias ou da tese que o autor defende;

    - contrariar a ideia ou a tese que o autor defende;

    - permitir a identificao do legtimo dono das ideias apresentadas;

    - possibilitar o acesso ao texto original.

    A apresentao das citaes se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002

    da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    Indicao das citaes:

    Para citaes de ideias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o

    sistema Autor-Data, que consiste em mencionar o nome do autor e a data da

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    publicao da obra no prprio texto, deixando as notas de rodap apenas para

    eventuais explicaes que porventura forem necessrias para o melhor

    entendimento do texto. (SILVA, 2006)

    No podem ser includas as fontes em rodap, exceto aquelas pesquisadas,

    porm no citadas no texto.

    Tipos de citaes * Citao direta: meno de uma informao extrada de outra fonte (NBR 10520, 2002, p. 1), isto , transcrio literal extrada do texto consultado, respeitando-se

    redao, ortografia e pontuao original.

    a) Citao de at trs linhas ou curta: a citao de at trs linhas deve ser inserida no pargrafo entre aspas duplas. As aspas simples so utilizadas para

    indicar citao no interior da citao. Exemplos:

    A vida real muitas vezes