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Manual de Oficina de Realização II – Edição de som e Recursos do Pro Tools

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Introdução ............................................................................................................................. 3 Mapa de som......................................................................................................................... 4 Conhecendo a ilha................................................................................................................. 5

Mesa de som ..................................................................................................................... 5 Amplificador. .................................................................................................................... 7 DAT .................................................................................................................................. 7 MBOX............................................................................................................................... 7

Conhecendo o Pro Tools....................................................................................................... 8 Interface do programa....................................................................................................... 8 Botões de modos de edição............................................................................................... 8 Botões de zoom................................................................................................................. 9 Barra de ferramentas ......................................................................................................... 9 Painel de visualização..................................................................................................... 10 Botões básicos de operação do programa ....................................................................... 10 Trilhas de áudio............................................................................................................... 11 Mostrar / Ocultar............................................................................................................. 11 Arquivos de áudio ........................................................................................................... 12

Começando um projeto ....................................................................................................... 13 Nova sessão..................................................................................................................... 13 Importando as trilhas de áudio e o vídeo ........................................................................ 14 Organizando a timeline ................................................................................................... 15

Recursos externos ............................................................................................................... 19 Recursos externos ............................................................................................................... 20

Biblioteca de som............................................................................................................ 20 DAT, K7, Microfone....................................................................................................... 22

Edição e Efeitos .................................................................................................................. 24 Volume............................................................................................................................ 24 Pans Sonoras ................................................................................................................... 25 Fades ............................................................................................................................... 26 Crossfades ....................................................................................................................... 27 Efeitos Customizáveis..................................................................................................... 28

Exportando o som ............................................................................................................... 29 Bibliografia ......................................................................................................................... 31

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IInnttrroodduuççããoo

O Pro Tools é o programa de edição de som mais utilizado no mercado de áudio

profissional. Criado pela Digidesign, ele oferece um sistema de gravação digital de altíssima qualidade, além de uma grande disponibilidade de recursos tanto operacionais, quanto periféricos.

A ilha de edição da UFF atualizou o seu programa, disponibilizando uma versão mais recente, a 6.4 Le, acompanhado do periférico Mbox. Além disso, é possível encontrar no HD do Mac uma vasta biblioteca de som que serve de grande ajuda no enriquecimento sonoro de um filme. A ilha disponibiliza ainda um amplificador com duas caixas de som, uma mesa de som, além de um aparelho de gravação de áudio digital (DAT), k7 e também um microfone para gravação de voz e dublagens. Infelizmente a sala do Pro Tools não possui um sistema de isolamento acústico adequado, mas isso é algo que está sendo pensado para que se tenha no futuro um verdadeiro estúdio de som, tanto para captação quanto para edição.

Apesar de todo o prestígio do Pro Tools e todos os recursos disponibilizados, ainda existem alguns problemas que fazem com que poucas produções tenham o som devidamente trabalhado. Primeiro porque não são todas as pessoas que sabem de fato operar o Pro Tools e usufruir de seus vastos recursos, uma vez que ele não é tão intuitivo como os demais programas encontrados. Outro problema é o fato da edição de som muitas vezes ser vista como algo secundário na finalização de um filme. Essa visão equivocada acaba comprometendo o filme como um todo, transformando o que poderia ser uma obra magistral em um simples trabalho amador.

Para tentar evitar esse tipo de problema nas produções da UFF e familiarizar as pessoas

com os recursos do Pro Tools, esse manual foi criado, desdobrando e aprofundando as noções já vistas no Manual de Oficina II anterior, resumindo o Manual Do Pro Tools 6.0 LE do Edu Vianna e acrescentando alguns pontos fundamentais para o estudo do som das obras audiovisuais.

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MMaappaa ddee ssoomm

Antes de começar a edição de som propriamente dita é muito importante ter em mãos um mapa de som. O som de um filme, diferentemente do que algumas pessoas pensam, é uma estrutura muito complexa, na qual a harmonia de seus elementos é essencial para que se obtenha um resultado satisfatório e convincente. O mapa de som é um instrumento muito utilizado para se ter uma melhor noção e visão dessa estrutura e assim facilitar o trabalho de edição. Através dele é que poderemos saber se algum som que não foi captado (som direto) deverá ser produzido, ou tirado de alguma biblioteca de som, por exemplo. Existem várias maneiras de se fazer um mapa de som. Quanto a sua forma, ele pode ser feito na vertical ou na horizontal. Se tratando de película, é normal encontrar mapas de som na vertical, mas como os trabalhos realizados em Oficina de Realização II, para a qual esse manual é destinado, são feitos em digital, trabalharemos com o mapa de som na sua forma horizontal por ser mais semelhante à timeline dos programas de edição. Veja um exemplo de mapa de som:

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CCoonnhheecceennddoo aa iillhhaa

Mesa de som

A mesa de som recebe vários canais de entrada e o encaminha para 4 canais de saída. É possível controlar o volume de entrada, equalização e pan de cada canal separadamente.

Ligar. Botão utilizado para Ligar e Desligar a mesa de som. Certifique-se de que a mesa está ligada antes de começar a trabalhar. Volume de entrada do canal. Controla o volume (Gain) do canal. A posição Standard é 0, que representa o volume nativo de entrada. Note que existem 3 botões ao lado.

Mutting. Deixa mudo o canal. Local. Muda o valor do volume para 0, sem alterar a posição do botão deslizante. PFL. Faz com que o som do canal não seja enviado para as saídas, sendo possível monitora-lo apenas pelos fones ou pela saída monitor.

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Seletor de saída. Seleciona em qual saída este canal irá sair. Note que há dois botões (1-2 e 3-4), estando pressionado, o respectivo canal sairá pela saída determinada. A saída 1-2 vai para o amplificador e a saída 3-4 vai para o Pro Tools. Caso queira gravar um microfone, ou outro dispositivo externo, certifique-se de que o canal pelo qual ele entra está com o seletor 3-4 pressionado. Pan. Define em qual lado sairá o som do canal. Odd representa o canal esquerdo, e Even o canal direito. Se estiver no centro, sairá em ambos. Equalizadores. Alteram a equalização do canal. High. Controla a entrada das altas freqüências. Mid . Controla a entrada das médias freqüências. Low. Controla a entrada das baixas freqüências. Fone de Ouvido. É a saída de monitoração, plug 3/4, também conhecido como Banana, ou P2. O volume de controle diz respeito somente à monitoração. Saídas. Controla o volume de saída. As saídas 1 e 2 controlam o volume do que vai para as caixas de som, e as saídas 3 e 4 controlam o volume do que vai para o pro tools. Cada par se refere ao canal esquerdo (1 e 3) e direito (2 e 4). Canal “Digi OK”. Neste canal entra o som vindo do Pro Tools, o controle deste canal só alterará o volume de monitoração, não alterando em nada seu projeto no Pro Tools. Nota: o seletor de saída deste canal 3-4 nunca deve estar pressionado, senão criará um loop de som, gerando eco ou microfonia.

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Amplificador.

Recebe o som saído da mesa de som, o amplifica e o envia às caixas de som. Certifique-se de que ele está ligado antes de começar a trabalhar. Nota: Deixe os controles de atenuação na posição indicada. Isso para que se tenha uma monitoração fiel.

DAT

Gravador e reprodutor de fitas DAT (Digital Audio Tape). Está ligado diretamente à

Mbox pela conexão S/PDIF, mas também está ligado na mesa, no canal “Entra DAT”. Essa ligação à mesa é usada para a monitoração do som que está saindo da DAT, e para monitoração do trabalho quando o Input Source do Pro Tools estiver marcado para S/PDIF. Para saber como alterar o Input Source, veja o capítulo “DAT, K7, Microfone”.

MBOX

É a interface de conexões do Pro Tools. É por aqui que as informações entram e saem do Pro Tools. Além disso, ele é um núcleo de processamento de áudio, indispensável para o funcionamento do software.

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CCoonnhheecceennddoo oo PPrroo TToooollss Interface do programa

Botões de modos de edição

Como o próprio nome já diz, esses botões definem a forma como a edição poderá ser feita.

Ao movermos uma região, ela se cola à região vizinha. Se selecionarmos uma porção do centro de uma região e ao deletarmos, as pontas restantes vão se unir automaticamente.

Tecla de atalho: F1

Ao tentarmos mover uma região, abre-se uma caixa de diálogo, onde poderemos escrever em vários formatos de tempo – como Time Code, Minutos e Segundos, Compasso e Tempo – onde quer que esta região se inicie ou termine. Podemos também determinar qual o seu tamanho.

Tecla de atalho: F2

Permite que a região seja movida e editada livremente. É a opção mais usada. Tecla de atalho: F3

Cria-se uma grade na trilha fazendo com que as movimentações, edições de região e seleções ocorram de acordo com o valor dessa grade da sessão.

Tecla de atalho: F4

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Botões de zoom

Botão de Zoom Horizontal. Aumentam ou diminuem o zoom no sentido horizontal para todas as trilhas Botão de Zoom Vertical. Aumentam ou diminuem o zoom no sentido vertical para todas as trilhas de áudio. As trilhas de áudio são as trilhas que importam arquivos de áudio (AIFF, WAV, MP3, etc). É o tipo de trilha utilizado na edição dos projetos de oficina, que será explicado neste capítulo. Botão de Zoom Vertical. Aumentam ou diminuem o zoom no sentido vertical para todas as trilhas midi. As trilhas midi são as que trabalham com o formato midi, gerados por um programa de composição ou um teclado ligado ao computador. Botões de Presets de Zoom. Cada botão deste (de 1 a 5) possui um preset de zoom padrão, para mudar este preset para o zoom que estiver na tela no momento, basta clicar em um dos botões com as teclas command + shift pressionadas.

Barra de ferramentas

Os botões da barra de ferramentas são essenciais para o manuseio das trilhas de áudio. É

através deles que se pode andar do início ao fim do arquivo, cortar, selecionar trechos ou mesmo inserir efeitos.

Zoom. Controla o nível de detalhe das ondas de áudio que podem ser visualizadas nas trilhas de áudio. Para usá-la, basta clicar em cima do botão de zoom e, em seguida, clicar sobre a trilha de áudio em que se deseja aproximar ou afastar. Ao clicar sobre a trilha, note que aparecerá um “+” na lupa, isso fará com que seja dado zoom in. Para dar zoom out “-”, mantenha a tecla alt apertada antes de clicar sobre a trilha. Tecla de atalho: trevo + ] (zoom in) ou trevo + [ (zoom out).

Trimmer. Trata-se de um deslocamento do início ou do fim da trilha, muito útil para acertos finos de áudio. Para usá-la, basta aproximar o mouse do fim ou do início da trilha de áudio para que o colchete apareça [ ou ]. Clique sobre a região e arraste-a. Observe que não ocorrerá deslocamento de toda a trilha, mas sim do início ou do final da mesma. TCE. Opção do Standard Trimmer. Ferramenta muito útil para igualar tamanhos de regiões, sonorizar eventos de cenas de filme ou mesmo fazer com que o som tenha uma duração determinada pelo tempo da música. Funciona da mesma forma que o Trimmer, mas ao mudar o tamanho da região, ele também vai processá-la, a comprimindo. Aumentando, vai expandi-la. Cria-se um novo arquivo que se sobrepõe, mas não o destrói.

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Ferramenta de Seleção. Botão básico de operação do programa. É análogo ao cursor de um editor de textos. Ao pressionar e arrastar essa ferramenta sobre uma pista de áudio, ela permanecerá selecionada. Para estender esta edição de seleção para outros tracks, aperte shift e clique nos tracks desejados. A partir disso você pode apagar, copiar ou mover o trecho selecionado.

Mãozinha. Movimenta os elementos dentro das trilhas de áudio sem destruí-los, ou seja, sem realizar modificações em relação ao arquivo original. Pode ser usada também para inserir e editar pontos nas linhas de automação (volume, pan, etc.) Auto-Falante. Passe sobre o ponto da trilha que se deseja escutar da esquerda para a direita. Da direita para a esquerda ouviremos em reverso. Lápis. Permite criar notas midi, editar a velocidade de várias notas midi, desenhar a automoção e os controles de eventos midi e reparar formas de onda de áudio quando o zoom estiver em nível de samples. O nível de samples é o maior nível de zoom.

OBS: Repare, ainda, que abaixo dos botões 2, 3 e 4 existe uma ferramenta de seleção que agrega as três ferramentas em uma só. Dependendo da região onde esteja o cursor do mouse, a ferramenta funcionará de uma determinada maneira. Se a posicionarmos no final da trilha, por exemplo, a ferramenta do Trimmer será automaticamente selecionada. Já se a posicionarmos no meio, poderemos observar a ferramenta de seleção. Para habilitar essa função, basta clicar sobre o retângulo abaixo dos três botões.

Painel de visualização

Exibe numericamente o ponto em que se está trabalhando com o áudio. Indica onde começa, onde termina e qual o tamanho de uma região ou de uma seleção. Start. Mostra o ponto onde começa uma região, nota ou área de edição selecionada. End. Mostra o ponto onde termina uma região, nota ou área de edição selecionada. Lenght. Mostra o tamanho de uma região, nota ou área de edição selecionada.

Botões básicos de operação do programa

Ao lado do Painel de Visualização, existe um campo aonde se encontram os comandos indicados acima, e que servem como um controle remoto na operação da linha vertical que indica o ponto exato onde está sendo executado aquele trecho de áudio. Sua funcionalidade é prática e intuitiva.

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Trilhas de áudio

Parte principal da interface do programa. É aonde são exibidos os arquivos de áudio que estão sendo manipulados naquele momento pelo operador, na forma de ondas. Do lado esquerdo de cada faixa existe um menu próprio com diversos recursos exclusivos de cada trilha.

Nome da Trilha. Clicando duas vezes sobre ele é possível renomear essa trilha dando a ela um nome distinto do arquivo de áudio. Muito útil para a organização das trilhas.

Botão de Habilitação de Gravação, “Rec”. Se este botão estiver pressionado, passará a piscar, indicando que a gravação de uma fonte externa será feita na trilha correspondente ao mesmo.

Botão “Solo”. Ao pressionar este botão, apenas o som correspondente a esta trilha poderá ser ouvido. Todas as demais são excluídas.

Botão “Mute”. Esse botão deixa a faixa correspondente sem som (muda). Deve-se ficar atento para tal botão, uma vez que é recorrente o esquecimento de tal recurso no momento da exportação, por exemplo. Isso implica em um resultado incorreto.

Tamanho da Faixa. Configura, através do clique sobre o botão, o tamanho da trilha de áudio que pode ser visualizada na interface do programa. Possui seis opções: Mini, Small, Medium, Large, Jumbo e Extreme. A mais comumente usada é a Medium, mas o número de trilhas pode exigir modificações. As menores simplificam ou diminuem as informações contidas na trilha. Cada trilha pode ter um tamanho diferenciado das demais.

Modo Visualizador da Trilha. A forma padrão de visualização das trilhas são as ondas de áudio de um arquivo que esteja contido nessa trilha, waveform. Contudo, existem outras opções de visualização dos arquivos e que ajudam, inclusive, a construir fades e alguns efeitos sonoros. São eles: volume, pan e mute. Para modificar o modo de visualização basta clicar sobre o botão e, em seguida, selecionar a opção desejada.

Mostrar / Ocultar

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Essa lista mostra as trilhas de áudio utilizadas na janela de edição, na ordem em que elas

aparecem. Por aqui é possível mudar a ordem dessas trilhas, clicando sobre elas e arrastando para cima ou para baixo. Ao ocultar uma trilha na lista, ela sumirá também da janela de edição, mas não será deletada.

Arquivos de áudio

É aqui que todo e qualquer arquivo de áudio que está sendo utilizado pelo programa ficará armazenado, em forma de lista. Ao lado do nome do arquivo também aparece se ele é mono ou estéreo. Estes arquivos podem ser arrastados para as trilhas e colocados em qualquer ordem. Qualquer corte nas trilhas de áudio gera novos arquivos, que são automaticamente renomeados e passam a constar nessa mesma lista de arquivos de áudio. Assim se um corte é feito no arquivo “Pista 1”, o novo arquivo aparecerá como “Pista 1(2)” Ao clicar no botão Audio, no alto desta janela, abre-se um menu onde podemos encontrar várias opções para listar os arquivos por tipos de ordem, além de renomear, remover da sessão, deletar, exportar e importar arquivos.

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CCoommeeççaannddoo uumm pprroojjeettoo Nova sessão

Primeiro é preciso abrir o programa. Na maioria das vezes ele estará na área de trabalho

localizada na parte inferior do monitor, conhecida como “dock”: Caso ele não esteja no dock, poderá ser encontrado através do “Finder” (também

localizado no dock).

Aplicativos >> Digidesign >> Pro Tools. >> Pro Tools LE 6.4

Ao se arrastar o ícone do Pro Tools para o dock, ele ali permanecerá e, assim, facilitará o seu acesso.

Com o Pro Tools aberto uma nova sessão deverá ser criada.

Clique em File >> New Session. Uma janela se abrirá para que sejam feitas as configurações do seu projeto:

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1) Save as – o nome do filme que está sendo editado. 2) Escolha a pasta destinada no HD para o seu projeto. Todos os arquivos importados e

modificações feitas no projeto serão salvos nesta pasta selecionada. 3) Áudio File Type – selecione a opção AIFF. 4) Bit Depth – selecione a opção 16 Bit. 5) Sample Rate – selecione a opção 48 kHz. 6) Clique em Save.

OBS¹: Enforce Mac/Pc Compatibility - Selecione este campo caso você pretenda transportar o projeto entre Pro Tools de plataforma MAC e de plataforma PC. OBS²: Na maioria dos casos, tais definições já estarão pré-definidas. Os parâmetros aqui apresentados foram definidos de acordo com o tipo de produção audiovisual encontrado na UFF e o padrão do mercado para tais produções.

Pronto, a sessão já está iniciada. Agora é preciso importar as trilhas de áudio e o vídeo que foram exportados do Final Cut.

Importando as trilhas de áudio e o vídeo As trilhas exportadas da Final Cut e devidamente gravadas em CDs ou DVDs deverão ser agora importadas para o Pro Tools.

1) Insira a mídia no leitor de CD/DVD. 2) Clique no menu em File > Import Audio to Track. 3) Selecione o arquivo a ser importado. Clique em Add. Se o arquivo não estiver em um dos

formatos suportados pelo programa (AIFF, WAV, BWF, SDI, SDII, MP3, AIFL, Quick Time ou Real Audio), terá que ser convertido, fazendo com que a opção Convert permaneça habilitada. Clique nela.

4) Clique em Done. O áudio aparecerá em uma nova trilha criada.

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Após ter importado todas as trilhas de áudio é necessário importar também o vídeo

correspondente que servirá como um guia para a edição de som, uma vez que ele representa o corte final da edição de imagem. (Lembrando que o vídeo deverá ser exportado no formato Quick Time Movie, que é o formato suportado no Pro Tools.) Na barra de ferramentas, clique em Movie >> Import Movie O arquivo de vídeo criará uma trilha acima das trilhas de áudio (caso isso não aconteça é possível movê-lo para o lugar de preferência, o que veremos logo adiante.) e abrirá uma janela automaticamente. Toda vez que o play for acionado a janela exibirá o conteúdo do vídeo, junto com as trilhas de áudio. Organizando a timeline1

Agora que todas as trilhas de áudio já foram importadas, bem como o vídeo, é muito importante que se faça uma organização dessas trilhas, evitando assim possíveis confusões na hora de cortá-las. 1º Passo:

Separar os áudios de todos os planos. É muito importante lembrar que quando foi exportado do Final Cut, o áudio de cada plano

foi distribuído em 4 trilhas de forma escalonada. Seguindo essa lógica, encontraremos na PISTA 1 o áudio do plano 1, 5, 9, 13 e assim por diante. Isso acontecerá também com as demais pistas (2,3 e 4). Dessa forma existirá entre os áudios de cada plano um espaço sem som, denominado “silêncio”.

Veja o exemplo:

1 Nesse capítulo eu proponho uma forma de organização da timeline utilizada por mim em meus trabalhos, lembrando

que isso é algo pessoal que pode variar de editor para editor.

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A primeira a coisa a ser feita é tirar esses silêncios, separando assim os áudios de cada plano. Para isso deveremos utilizar a Ferramenta de Seleção. OBS: Lembre-se de dar um zoom na trilha que for cortada, muitas vezes, quando há muito pouco zoom, não conseguimos enxergar o que está acontecendo de fato, causando alguns erros, que apesar de poderem ser reparados, podem atrasar o processo. Arraste o cursor sobre o espaço desejado e aperte delete para apagá-lo. Caso queira desfazer o que foi feito vá em Edit >> Undo (como no Final Cut) ou se simplesmente quiser diminuir (ou aumentar) o espaço cortado, use o Trimmer no início ou no fim da trilha e arraste o quanto for necessário. 2º Passo Tentar diminuir ao máximo o número de trilhas. Quanto menos trilha tiver, melhor é a visualização do projeto, facilitando o trabalhado de montagem.

Use a Mãozinha para arrastar os clipes entre as trilhas. ATENÇÃO Cuidado para não tirar o áudio de sinc! Lembre-se que o áudio está todo sincado com o corte final da imagem. Para isso aperte a tecla control antes de selecionar o clipe. Mantenha a apertada enquanto o estiver arrastando, isso impedirá que ele faça movimentos horizontais, apenas verticais. 3º Passo Renomear as trilhas. Outro fator que auxilia a visualização e evita a confusão na hora de editar, é colocar cada som em uma determinada trilha. Assim, o melhor é chamar as trilhas exportadas direto do filme de “Som Direto”. Caso haja mais de uma trilha pode se atribuir números para elas, ficando então: “Som Direto 1”, “Som Direto 2” e assim por diante. As demais trilhas (caso haja necessidade) poderão ser nomeadas de acordo com seus propósitos. Por exemplo, se é colocado um som de telefone tirado de uma biblioteca de som, eu posso criar uma trilha nova e colocar o nome de “Ruídos”. Dessa forma, todos os ruídos de procedência externa poderão ser colocados nessa trilhas. É possível também criar mais de uma trilha de ruídos utilizando a mesma forma do som direto: “Ruídos 1”, “Ruídos 2”, etc.

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Essa nomenclatura, bem como toda organização da timeline pode variar de acordo com o gosto pessoal do editor. Uma maneira válida é usar siglas como, por exemplo, SD (Som Direto) e assim fazer separações dentro das próprias trilhas de som direto. Exemplo: “SD 1”, “SD 2”, “SD Diálogo”, “SD Ruído”, “SD Ambiente” e assim por diante.

Para criar uma trilha:

Clique em File >> New Track. Para deletar uma trilha:

Selecione a trilha a ser deletada clicando sobre ela. O nome dela aparecerá em azul. Como na figura.

Clique em File >> Delete Track Para mudar a ordem das trilhas, use a lista “Mostrar / Ocultar”, como já foi explicado anteriormente. Dica 1: Algumas vezes devido a algum problema na captação, as trilhas stereo aparecem com gravação em apenas um canal, comprometendo o som do filme. Uma forma de resolver esse problema é duplicando o canal com som em duas trilhas mono, tornando-a stereo novamente, dessa vez com áudio nos dois canais. Para isso proceda da seguinte maneira:

1) Vá em File >> New Track e crie duas trilhas mono.

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2) Como já foi visto, a tecla control evita que o som saia de sinc. Dessa forma, com o control pressionado, selecione com a Mãozinha o arquivo de áudio stereo e o arraste para as duas trilhas mono. Isso possibilitará que o arquivo sem áudio possa ser deletado, selecionando-o e apertando delete.

3) Selecione o arquivo com áudio. Mantenha novamente control pressionado e agora pressione também ao mesmo tempo a tecla option. Isso fará com que o som não saia de sinc ao mesmo tempo em que a trilha é copiada. Com essas teclas pressionadas ao mesmo tempo, arraste o arquivo para a trilha de baixo.

4) Com a tecla shift pressionada, selecione as duas trilhas. Pressione control e arraste os dois arquivos para a trilha stereo original.

Pronto, agora você tem uma trilha stereo com som saindo nos dois canais.

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Dica 2: Muitas vezes pode acontecer de algumas janelas do Pro Tools não aparecerem na tela do computador. Isso acontece freqüentemente com a janela de edição, fazendo com que muitas pessoas achem que há algum problema com programa. Você encontra todas essas janelas em Windows na parte superior do programa. Lá você pode controlar aquelas que você quer que apareça e as que sejam escondidas.

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RReeccuurrssooss eexxtteerrnnooss Biblioteca de som No momento da filmagem existem vários fatores que podem impedir que o som seja captado de forma eficiente: vento, conversas, alarmes de garagem, cachorro, etc. Com intuito de minimizar o problema gerado por esses contratempos, e também de enriquecer o som de um filme, foram criadas as bibliotecas de som. A biblioteca de som nada mais é que um vasto acervo de sons de diversas origens. Podem ser encontrados desde ruídos triviais do dia-a-dia até complexos efeitos sonoros, como explosões e raios lasers. A Ilha de Edição de Som da UFF disponibiliza diversas dessas bibliotecas que podem ser encontradas na pasta Bibliotecas de som do HD. Clique em Finder >> Macintosh HD >> Bibliotecas de som

Todas as bibliotecas de som possuem dentro de sua pasta principal diversas outras pastas

contendo arquivos de áudio, separadas de forma temática. Geralmente são nomeadas com números, tanto as pastas quanto os arquivos.

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Para facilitar a localização desses arquivos, dentro da pasta principal haverá um arquivo de texto (txt ou pdf) contendo a descrição de cada arquivo de áudio e seu número correspondente, bem como o número da pasta onde ele se encontra.

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Para importar os arquivos de áudio das bibliotecas de som proceda da mesma maneira que foram importadas as trilhas de áudio do filme. Clique em File >> Import Audio to Track

Selecione a pasta Biblioteca e depois abra a biblioteca que interessar. Abra a pasta com número informado pelo arquivo de texto e em seguida selecione o arquivo a ser importado. Lembrando que se ele não estiver em um dos formatos suportados pelo programa (AIFF, WAV, BWF, SDI, SDII, MP3, AIFL, Quick Time ou Real Audio), terá que ser convertido, fazendo com que a opção Convert permaneça habilitada. Clique nela e depois em Done. O áudio aparecerá em uma nova trilha de áudio criada.

Também há outra maneira de importação direta para a lista dos arquivos de áudio. Abra a

interface do Pro Tools e vá até o local onde ficam os arquivos de áudio: Clique em Audio >> Import Áudio >> selecione o arquivo >> Done Dessa forma o arquivo não criará uma nova trilha de áudio, deixando-o livre para colocá-lo onde preferir. OBS: É possível encontrar nessas pastas além de ruídos, arquivos de som ambiente. É muito importante que se tenha um som ambiente ao longo de toda a seqüência, mesmo que seja um “ambiente de silêncio”, no qual sempre existe um som, por mais imperceptível que seja.

DAT, K7, Microfone Para importar o som de uma fita DAT, K7 ou mesmo para utilizar o microfone, proceda da seguinte maneira:

1) Ligue o aparelho de sua preferência 2) Insira a fita (DAT ou K7) 3) Ajuste os canais de áudio da mesa de som. Suba o volume do Canal “Entra DAT” ou

“K7”. 4) Vá para o Pro Tools

Caso vá capturar a partir da DAT, é necessário alterar o tipo de entrada para S/PDIF, como foi visto no capítulo “Conhecendo a Ilha”. Vá em Setups >> Hardware Setup

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ATENÇÃO Ao alterar o Input Source para S/PDIF, somente entrará e sairá sons por essa interface, ou seja, as conexões analógicas não estarão sendo utilizadas. Caso queira voltar a utilizar a mesa de som (K7, microfone, etc) é necessário voltar o Input Type para Analog. OBS: Ao trabalhar com a conexão S/PDIF é necessário que o DAT esteja ligado e o volume do canal “Entra DAT” não esteja no -∞. Do contrário, nada será reproduzido nas caixas de som.

Pressione o Botão de Habilitação de Gravação na trilha de áudio que desejar.

Pressione o Botão de Habilitação de Gravação nos botões básicos de operação do programa.

Pressione a tecla Play , também nos botões básicos de operação do programa. A gravação começará automaticamente, e você vai notar que a trilha passa a ficar vermelha.

Pressione Play na mídia que está sendo importada (DAT, K7, etc) ou fale no microfone

para que o som possa ser captado. O registro das ondas é feito automaticamente e pode ser observado na trilha que está gravando a mídia.

Quando acabar, pressione Stop tanto nos botões básicos de operação do programa quanto

na mídia física. OBS: É recomendável que, a cada dez minutos, seja feita uma pausa na gravação e reinicie-se do ponto em que a anterior parou. Isso por causa do Buffer do programa, que é limitado e poderá perder toda a informação já repassada se chegar ao limite.

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EEddiiççããoo ee EEffeeiittooss

Depois das trilhas e dos arquivos serem importados e devidamente organizados na timeline, chega à hora da edição propriamente dita. Agora é o momento em que faremos os acertos nos volumes dos áudios e inseriremos alguns efeitos que farão toda diferença ao resultado final da edição de som de um filme.

Volume Para ajustar a intensidade sonora do seu filme proceda da seguinte maneira:

1) Vá até o menu ao lado das trilhas de áudio e clique sobre o Modo Visualizador de Trilha. 2) Escolha a opção Volume. A trilha de áudio mudará de aspecto, ficando fosca. No meio irá

surgir uma linha horizontal que indica que todo o som presente naquela trilha está nivelado a intensidade original de captação.

3) Selecione a mãozinha na barra de ferramentas. 4) Ao se aproximar da linha no meio da trilha, o cursor fará a forma de um dedo, ao clicar

sobre ela um ponto será criado. 5) Clique sobre outro ponto.

6) Selecione o trimmer na barra de ferramentas. 7) Agora mova um desses pontos para cima ou para baixo.

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Você notará que a intensidade do som irá aumentar ou diminuir com essa ação. Mais precisamente, a linha deslocada inteiramente “para baixo” indica que todo o som presente naquela trilha de áudio será reproduzido com uma intensidade menor. Já a linha deslocada para cima indica que o som será reproduzido com uma intensidade maior. Pontos intermediários indicam gradações desse parâmetro.

Pans Sonoras É possível refinar a edição do som ao trabalhar a noção de espacialização sonora dentro do programa. Em uma cena de avião em que o mesmo esteja indo da esquerda para a direita do quadro, por exemplo, é possível fazer com que o som do motor desse avião seja emitido inicialmente só na caixa acústica esquerda da TV, depois nas duas e, por último, somente na caixa direita.

Para conseguir esse efeito proceda da seguinte maneira:

1) Vá até o menu ao lado das trilhas de áudio e clique sobre o Modo Visualizador de Trilha. 2) Escolha a opção Pan. A trilha de áudio mudará de aspecto, ficando fosca. No meio irá

surgir uma linha horizontal centralizada, que indica que todo o som presente naquela trilha está sendo direcionado igualmente para as caixas da direita e da esquerda.

3) Selecione a mãozinha na barra de ferramentas. 4) Ao se aproximar da linha no meio da trilha, o cursor fará a forma de um dedo, ao clicar

sobre ela um ponto será criado. 5) Crie mais 2 pontos do outro lado do clipe. 6) Com a própria mãozinha você poderá mover cada ponto separadamente. Com a ferramenta

Trimmer você poderá mover cada linha separadamente.

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7) Agora mova um desses pontos para cima ou para baixo utilizando a Mãozinha.

Você notará que o som irá se deslocar para a caixa acústica da direita ou da esquerda. Mais precisamente, a linha deslocada inteiramente “para baixo” indica que todo o som presente naquela trilha de áudio será reproduzido apenas na caixa da direita. Já a linha deslocada para cima indica que o som será reproduzido na caixa da esquerda. O centro representa reprodução nas duas caixas. Posições intermediárias indicam gradações desses parâmetros. OBS: Não se esqueça de retornar o modo de visualização da trilha para a opção waveform após realizar essas modificações. Caso contrário, você poderá ficar perdido durante a edição como um todo pela falta de padronização das trilhas.

Fades

Ondas sonoras são nada mais do que perturbações presentes na atmosfera e que, ao entrarem em contato com o tímpano humano, geram uma mensagem que é interpretada pelo cérebro como “som”. Essas perturbações são chamadas de “ondas”, que possuem uma freqüência e uma amplitude. Se a amplitude da onda não estiver no valor 0 (zero), isso é suficiente para gerar um som.

No momento da edição de som do filme, inevitavelmente ocorrerão cortes no som (ruídos, vozes, barulho excessivo...). Tais cortes macro desprezam, no entanto, as vibrações mínimas das ondas sonoras. Se você aproximar a trilha sonora com a lupa até o limite máximo vai perceber que a onda não se encontra no 0 (zero) depois de realizados esses cortes. Na prática, isso vai causar uma perturbação nas caixas acústicas que emitirão tal perturbação como um estalo, o que é bastante desagradável e deixa uma sensação de amadorismo no trabalho do sonoplasta.

Para criar um fade:

1) Aproxime o curso do mouse dos cantos superior ou inferior da trilha de áudio. 2) O seguinte símbolo irá aparecer 3) Clique sobre essa região para criar um fade mínimo, imperceptível ao ouvido humano no

que diz respeito à diegese do filme. 4) Se preferir, arraste o fade até o tamanho desejado.

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Para deletar um fade:

Clique sobre o clipe desejado.

Vá em Edit >> Fades >> Delete fade

Crossfades

Em termos gerais, o crossfade é um processo de fusão entre duas trilhas de áudio que torna a passagem de uma para outra suave, sem estalos, cliques ou mudanças bruscas entre ambas. Note que não se trata aqui de um fade como descrito no parágrafo anterior, que aplicava-se para a sessão inicial ou final da trilha. Neste caso, trata-se de duas trilhas que se sucedem. O crossfade pode começar e terminar em qualquer lugar nas respectivas trilhas. O tamanho da área selecionada vai determinar o tamanho do crossfade.

Para aplicá-lo, faça o seguinte:

1) Com a ferramenta de seleção selecione o trecho da trilha de áudio em que se processará o crossfade. Ele pode iniciar e acabar em qualquer ponto da primeira e da segunda trilha.

2) Vá à barra de ferramentas e clique em Edit > Fades > Create Fades. 3) Configure o formato dos fades

a) Ao pressionar este botão, é possível ouvir o resultado (preview) do crossfade configurado. b) Preview do áudio somente da primeira trilha. c) Preview do áudio somente da segunda trilha. d) Clicando nesse botão, as formas de onda desaparecem, restando somente as curvas de fade. e) Clicando nesse botão, veremos separadamente o crossfade aplicado em cada onda, ou seja, a forma de onda do fade-in e do fade-out. f) Clicando nesse botão, veremos a forma de onda do fade-in e do fade-out superpostos. g) Nesse botão, veremos a forma de onda do fade-in e do fade-out somados. h) Aumenta o zoom da forma de onda. i) Diminui o zoom da forma de onda. j) Área aonde é possível visualizar as modificações e o formato final do crossfade.

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l) Esse parâmetro configura o formato da curva que será utilizada no fade-out da trilha número 1. Existem sete configurações disponíveis, sendo que a curva padrão formata um fade contínuo ao longo do trecho selecionado. Ao optar pelas demais opções, muda-se a velocidade desse fade. De uma forma geral, o desenho das curvas já é bastante intuitivo para dar a idéia do fade. Até como um exercício, vale a pena testar os vários parâmetros e ouvir o preview para comparar as modificações entre eles. m) Esse é um recurso que melhora o áudio em situações nas quais o volume das trilhas é muito baixo. Marque-o quando necessário. n) Possui as mesmas características do Out Shape, mas desta vez aplicadas ao fade-in da trilha número 2.

4) Clique em OK. O fade será gerado automaticamente.

Efeitos Customizáveis

A exemplo do que acontece no Final Cut em termos de efeitos de imagem, o Pro Tools conta com uma gama muito grande de efeitos que podem ser adicionados a sua trilha de áudio. A possibilidade de configuração de tais efeitos segundo parâmetros pré-definidos faz da possibilidade de utilização desses efeitos ilimitada, criando um vasto campo de experimentação.

Para inserir tais efeitos, faça o seguinte:

1) Selecione um trecho do áudio em sua trilha de áudio. 2) Na barra de ferramentas, clique em Audio Suite. 3) Escolha uma das opções disponíveis e clique sobre o nome. Muitas das opções desdobram-

se em pequenas opções menores, sendo que seria impossível descrever aqui o efeito de cada elemento para o áudio selecionado.

4) Configure os parâmetros da sua escolha. Existe a opção de ouvir o preview de suas modificações, o que evita o processamento de uma trilha sem que a mudança a ser feita seja propriamente aquela tentada da primeira vez.

5) As opções mais utilizadas são o Echo (eco), o Reverb (reverberação) e o Gain (ganho).

6) Clique em OK. O trecho selecionado passará a reproduzir com o efeito processado.

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Depois que o som de seu filme estiver todo editado, é a hora de exportar o arquivo para

inseri-lo novamente no Final Cut.

Clique em File >> Bounce to Disk

Uma janela se abrirá para que sejam feitas as configurações:

1) Bounce Source - Selecione a opção A 1-2 (Stereo), que criará um arquivo final estéreo de dois canais (2.0).

2) File Type - Escolha a opção BMF (.WAV), que é aceita pelo Final Cut. 3) Format - Escolha a opção Multiple Mono. 4) Resolution - Aqui, deve-se escolher a mesma taxa que foi adotada no momento em que se

criou uma nova sessão. No caso, 16 bit. 5) Sample Rate - Também se deve optar pelo mesmo valor do projeto, que é de 48.000 kHZ. 6) Conversion Quality - Selecione a opção Best, que proporcionará a melhor qualidade

possível de conversão 7) Na janela inferior selecione Convert After Bounce, que proporciona a melhor qualidade

possível de áudio em função da conversão dos arquivos ser feita somente após o Bounce, e não durante (que poderia comprometer o processo).

5) Depois que o som já tiver sido exportado, você só precisa gravar em um CD ou DVD e levar para a Ilha Final Cut para que o áudio possa ser colocado junto com o vídeo e seu projeto possa ser finalizado.

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Para gravar em um CD ou DVD use a ferramenta Toast Titanium, sua utilização é fácil e intuitiva.

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- Manual de Oficina II (ênfase em finalização). Projeto de Monitoria 2007. Alunos: Felipe Sembalista Haurelhuk e João Cláudio Oliveira. Orientado pela Professora Elianne Ivo Barroso.

- VIANNA, Edu. Manual do Pro Tools 6.0 LE. Rio de Janeiro, RJ.

Editora Música e Tecnologia, 2004.

- RODRÍGUEZ, Angel. A dimensão sonora da linguagem

audiovisual. São Paulo, SP. Editora Senac São Paulo, 2006