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A RECUPERAÇÃO INTENSIVA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
DIRETORIA DE ENSINO DA REGIÃO DE LIMEIRA
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Material para o aluno
A RECUPERAÇÃO INTENSIVA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
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7º ANO
A RECUPERAÇÃO INTENSIVA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
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Situação de Aprendizagem 1
Feudalismo, em suas relações econômicas, políticas e religiosas
Analise a imagem:
Quem de vocês já sonhou estar em um castelo, mesmo nas mais remotas brincadeiras de infância? Pois
bem, sinta-se convidado a adentrá-los através da magia do texto e das imagens!
Os castelos medievais
Fortalezas e residências
Muitos castelos medievais hoje estão em ruínas;
outros foram transformados em elegantes hotéis que
recebem turistas de todo o mundo; vários deles viraram
museus.
A insegurança que existia na Europa durante os
primeiros séculos da Idade Média, resultado das
contínuas invasões e das guerras internas, explica em
parte por que a paisagem do continente se cobriu de
castelos.
Os primeiros castelos, de madeira, eram construídos com a finalidade de abrigar o senhor e sua família
de controlar e proteger um território, uma aldeia e seus habitantes. Eram um símbolo do poder do senhor e
de sua justiça.
As construções de madeira eram muito frágeis para suportar ataques e cercos. Por isso, a partir do
século XI, os senhores mais enriquecidos passaram a construir seus castelos com pedra.
Castelo de Arundel, na Inglaterra, construído entre os séculos XI e XII
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A construção se iniciava pelas muralhas e terminava com os aposentos do senhor e de sua família. Em
torno do castelo, abria-se um fosso cheio de água que dificultava a aproximação dos inimigos. A
construção de um castelo levava aproximadamente dez anos e ocupava muitos trabalhadores.
O ataque ao castelo
A guerra na Idade Média visava principalmente capturar inimigo e cobrar o resgate. Por isso, o cerco a
um castelo podia durar muito. Inicialmente, o inimigo cercava o castelo e instalava armas – como a
catapulta – em volta das muralhas.
O ataque iniciava-se com o lançamento de rochas e objetos em chamas em direção aos muros e ao
interior da fortaleza. Depois, cobria-se a o fosso com entulho para substituir as pontes levadiças e se
cavava um buraco sob a muralha. Ao entrar no castelo, os atacantes baixavam a ponte que permitia a
entrada dos demais.
Do lado de dentro do castelo, os moradores tomavam providências defensivas: levantava-se a ponte,
armavam-se os guardas nas várias torres sobre as muralhas e, enquanto os guerreiros defendiam a
fortaleza, outros moradores usavam as passagens subterrâneas secretas para pedir socorro aos aliados e
obter alimentos para suportar o cerco. Utilizavam ainda alertas de fumaça, pombos-correio e som de
trombetas e sinos para enviar pedidos de socorro.
Fonte 1
A alimentação da aristocracia
“Depois da carne, do pão e do vinho, essenciais na
alimentação da nobreza, vem os ovos e o queijo,
combinados com a carne nos dias normais ou
alternados com o peixe nos dias de penitência. [...]
Os alimentos são servidos [...] na sala de jantar
onde se encontram a mesa. Nos dias comuns os
pratos são de estanho, cobre, cerâmica ou madeiras
nobres; a baixela de metais preciosos é reservada
aos banquetes. [...] O poderoso come até se saciar;
quem come muito domina os outros.
FLADRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo
(Dir.). História da Alimentação. 2.ed. SP: Estação
Liberdade, 1998. p. 395-397
Fonte 2
Castelo de Penrhyn, situado na cidade de Bangor, no
Reino Unido. O castelo foi construído em 1438 e
passou por duas reformas ao longo de sua história.
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=castelo+de+p
enrhyn&h
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Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Responda.
a) Por que a construção dos castelos foi tão comum na Europa medieval?
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b) Por que os castelos representavam o poder do senhor feudal?
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c) Explique quando e por que os castelos passaram a ser construídos com pedras.
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d) Que elementos do castelo medieval demonstram que ele também servia como fortaleza?
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Analise as fontes
2. Responda às questões sobre o texto da fonte 1.
a) Liste os principais pratos da alimentação da nobreza medieval.
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b) Compare os materiais com que eram feitos os pratos utilizados na sala de jantar dos castelos com os
utilizados na sua casa, estabelecendo diferenças e semelhanças.
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c) Nas refeições, o senhor feudal comia até se saciar. Atualmente, comer continua sendo um costume
valorizado pela sociedade? As camadas mais ricas se destacam por comer demais? Converse com os
colegas sobre o assunto.
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3. Responda às seguintes questões sobre o castelo da fonte 2.
a) Onde o castelo está situado?
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b) Em que século foi construído?
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c) Em qual tipo de fonte histórica podemos classificar esse castelo?
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d) Que características do castelo citadas no texto você reconhece na imagem?
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e) Como esse castelo pode servir aos estudos sobre a Europa medieval?
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Opine
4. Por que é importante, para a cultura européia, preservar os castelos medievais?
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Situação de Aprendizagem 2
As Cruzadas e os contatos entre as sociedades européias e orientais
Analise a imagem:
Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?q=batalha+das+cruzadas+em+vitral
Quem já viu em filmes ou desenhos homens vestidos de armadura ou armados com lanças e escudos?
Pois é, os cavaleiros medievais se vestiam dessa forma! Vamos conhecer em seguida algumas
informações sobre eles!
Cavaleiros Medievais
Introdução
Os cavaleiros medievais eram guerreiros que faziam
parte da nobreza. Na Idade Média (séculos V ao XV), a guerra
era muito comum e os senhores feudais e reis necessitavam de
cavaleiros para fazer a proteção do feudo ou conquistar novas
terras e riquezas. Quanto mais cavaleiros possuía um nobre,
maior seria o seu poder militar.
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=cava
leiros+medievais
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Formação do cavaleiro
Para se tornar cavaleiro era necessário fazer parte da nobreza, pois os equipamentos de guerra
(espada, escudo, elmo, armadura) e o cavalo custavam caro. Os camponeses não tinham recursos para se
tornarem cavaleiros, nem mesmo tempo para o treinamento.
Desde criança, o menino era destinado, pelo pai, para ser um cavaleiro e começava o treinamento. Devia
saber usar as armas, aprender técnicas de combate, preparar o físico, montar o cavalo e valorizar as
atitudes de um cavaleiro. Valentia, fidelidade e lealdade eram características exigidas num cavaleiro
medieval. Ao se tornar adulto, o aprendiz tornava-se cavaleiro através de uma cerimônia. Passava a noite
numa igreja, orando. No dia seguinte devia fazer juramento de lealdade ao seu suserano. Geralmente
ganhavam um terreno (feudo) para construir sua habitação.
Torneios
Os cavaleiros medievais costumavam participar de torneios. Estes eventos festivos contavam com
lutas e disputas entre os cavaleiros de uma região. Era uma das diversões no período do feudalismo.
Participação nas Cruzadas
Os cavaleiros medievais participaram das cruzadas, batalhas em que os cristãos tentaram retomar
a Terra Santa (Jerusalém) das mãos dos muçulmanos.
O nascimento das Ordens Militares
Para proteger os novos territórios cristãos conquistado com as Cruzadas foram criadas as Ordens
Militares. Essas Ordens eram formadas por cavaleiros, sob direção da Igreja, que defendiam a fé cristã por
meio das armas.
A defesa da fé incluía proteger os peregrinos providenciar-lhes alojamento e cuidar deles caso
adoecessem ou se ferissem.
As principais Ordens Militares foram a dos Templários (encarregados de defender o Templo de
Jerusalém) e a dos Hospitalários (que tinham como função providenciar abrigo para os peregrinos e cuidar
deles quando estivessem doentes ou feridos).
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Quadro 1 - UTENSÍLIOS DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO
1. Gorro acolchoado: Servia para apoiar o elmo e amortecer os golpes.
2. Elmo: Capacete de ferro de forma cilíndrica que possuía uma abertura estreita para os olhos e para
a respiração.
3. Cruz Vermelha: Em forma de cruz latina com quatro braços de mesmo formato, que se alargavam
desde o centro até as extremidades.
4. Hauberk: Túnica de cota de malha, de mangas compridas ou curtas, que ia desde o pescoço até
altura dos joelhos. Feita de anéis de ferro entrelaçados, resistia ao corte das espadas.
5. Luvas: Parte externa em cota de malha e palma da mão e parte interna dos dedos em couro para
facilitar o manejo de objetos.
6. Manto branco: Característico da ordem religiosa dos cistercenses, cujo regulamento era seguido
pelos templários.
7. Perneira: Calça de cota de malha que podia ter ou não uma bota do mesmo material.
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Quadro 2 - ALGUMAS ARMAS DE UM CAVALEIRO
8. Escudo: Tinha formato de amêndoa, que ia fazendo uma curva de cima para baixo. Terminava
numa ponta que permitia fixá-la no chão.
9. Espada: Era a principal arma de um cavaleiro. Media cerca de 1 metro e era constituída de lâmina,
punho e botão de punho.
10. Lança: A haste (cabo) era feita de madeira resistente, e a ponta de ferro tinha um losango folha ou
cone. Media de 2 a 3 metros e pesava entre 2 e 5 quilogramas.
11. Maça: Bola de ferro com cravos, atada a uma corrente, também de ferro presa à ponta de uma
barra de madeira. Media cerca de 1,20 metro e pesava aproximadamente 6 quilogramas.
Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Responda.
a) Qualquer pessoa podia ser um cavaleiro na Idade Média?
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b) Quais eram as qualidades mais admiradas em um cavaleiro?
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c) Descreva como era a cerimônia para se tornar cavaleiro?
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d) Qual era função de um cavaleiro templário?
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Analise a imagem
2. Responda às questões sobre os quadros 1 e 2.
a) Que utensílios serviam para defesa do cavaleiro? Quais serviam para o ataque.
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b) Há algum elemento relacionado à religião? Qual?
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Situação de Aprendizagem 3
O Renascimento Comercial e Urbano
Analise a imagem:
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As cidades medievais
Cidades: onde a vida fervilha
Como as cidades contemporâneas, as cidades medievais não eram apenas centros de comércio e
produção de diversos artigos. Eram locais de festas, de diversão, de discussão política e filosófica, de
realizações artísticas e disputas de poder.
As semelhanças das cidades daquela época com as de hoje não param por aí. Nelas as pessoas
se cruzavam pelas ruas, se encontravam para conversar e discutir idéias, demonstrando o prazer de estar
com o outro, atitudes típicas da urbanidade.
Ruas e casas urbanas
Estreitas, sinuosas, escuras, com poucos cruzamentos, assim eram as ruas das cidades medievais.
Entretanto, nas cidades mais novas, planejadas pelas autoridades e surgidas a partir do século XII, as ruas
eram nitidamente mais largas e elegantes, com praças arejadas e galpões públicos para a realização de
feiras.
As moradias variavam de acordo com a condição social dos moradores. Os palácios eram
residências de nobres, grandes senhores, príncipes e reis; neles também viviam grandes comerciantes,
banqueiros, médicos famosos, ou seja, os chamados burgueses.
Os artesãos e os lojistas, que constituíam a metade da população urbana, habitavam casas
pequenas, de dois a três cômodos, muitas vezes de dois andares. Em geral, elas funcionavam como
residência ou oficina de trabalho.
As festas medievais
No período medieval, as festas ocorridas nas
cidades tinham principalmente duas funções: a de
imensa alegria, em que se glorificavam a Deus e os
santos, e a de repouso, momento do descanso em um
local onde muito se trabalha. Muitas festas urbanas
foram criadas no decorrer da Idade Média, como o
Corpus Christi, festividade católica comemorada até
A partir do estudo das imagens, pudemos ver como as cidades apresentadas se parecem em alguns
aspectos. Mas será que há diferenças entre elas? Quem vivia nessas cidades medievais? Vejamos o
que o texto nos apresenta!
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hoje em diversos locais do mundo.
Outra festa do período era o carnaval, que se opunha à quaresma. Festa pagã, o carnaval tem
origem em antigas celebrações egípcias e gregas realizadas para pedira aos deuses boas colheitas.
Principalmente na Baixa Idade Média, o carnaval invadiu a cidade, o que desagradava às autoridades.
Seus participantes, geralmente mascarados, entregavam-se ao riso, ao vinho e à diversão.
Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Reescreva em seu caderno as frases incorretas, corrigindo-as
a) O carnaval era uma festa cristã que surgiu no meio urbano.
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b) Eram comuns as festas religiosas, que serviam para glorificar a Deus.
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c) A maior parte da população urbana habitava os palácios.
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d) Em geral, as ruas das cidades eram estreitas e sinuosas.
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Analise compare as fontes
2. Compare a cidade representada na fonte 1 com a que aparece na fonte 2 (ver imagens do início da
aula). Quais aspectos permaneceram? Quais foram modificados?
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3. Aponte duas diferenças e duas semelhanças entre a festa de carnaval representada na fonte 3 e o que
foi descrito ao longo do texto.
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4. Desenhe como você imagina que deviam ser as moradias descritas no texto.
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Opine
5. Na sua cidade, há festas populares celebradas a cada ano? Quais? Você participa delas? Como?
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Situação de Aprendizagem 4
Renascimento Cultural e Cientifico
Analise as imagens:
Imagem 1
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=santa+ceia+leonardo+da+vinci
Imagem 2
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=estudos+de+anatomia+de+leonardo+da+vinci
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Quem será o homem do renascimento que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor,
anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Ah, autor das imagens acima! Bem,
vamos conhecê-lo!
Leonardo da Vinci, o homem universal
A infância do artista
Leonardo da Vinci nasceu na pequena cidade de Vinci,
perto de Florença, na Itália, em 15 de abril de 1542. Sua mãe
era uma camponesa, e seu pai, um rico tabelião que não quis
dar seu sobrenome ao menino. Quando Leonardo ficou famoso,
passou a ser conhecido como Leonardo da Vinci.
Desde pequeno Leonardo mostrou grande talento para
desenho. Aos 17anos seu pai o apresentou a Verrochio, um
artista muito famoso em Florença. Leonardo tornou-se aprendiz
no ateliê de Verrochio, onde aprendeu desde diferentes técnicas
de pintura até a criação de projetos de escultura em mármore e
bronze.
A arte de Leonardo conquista a Europa
Leonardo desenvolveu tanto seu talento que superou o mestre. A partir de então tornou-se um
artista independente e passou a receber convites de pessoas ricas e poderosas, interessadas em contratá-
lo para realizar obras de pintura, escultura, arquitetura e engenharia.
Esses convites levaram Leonardo a trabalhar nas cidades de Florença, Milão, Mântua, Veneza e
Roma. No final da vida, a convite do rei Francisco I, da França, Leonardo foi morar no castelo de Cloux,
perto de Amboise, onde morreu em 2 de maio de 1519.
Os diversos talentos de Leonardo
Já disseram que Leonardo foi “o homem mais curioso da história”. É possível. Ele foi pintor,
escultor, arquiteto, engenheiro, inventor, cientista, cartógrafo. Também fez inúmeros estudos de anatomia,
astronomia e física.
Em todas as áreas em que atuou, Leonardo deu importantes colaborações para as futuras
gerações. Isso não significa que ele obteve sucesso em tudo o que fez. Leonardo falou muitas vezes, e em
outras tantas a falta de recursos tecnológicos na época o impediu de realizar seus experimentos.
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=o+homem+vitruv
iano+leonardo+da+vinci
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Pintura
A pintura mais famosa de Leonardo é a Mona Lisa. O mistério que a acompanha é fruto da extrema
habilidade do artista no uso do sfumato, uma técnica claro-escuro que consiste em desenha os contornos
com clareza, como se vê principalmente nos cantos da boca e dos olhos da Mona Lisa.
Além disso, a figura parece mudar de expressão quando o olhar é fixado em diferentes pontos do
quadro. Essa ilusão é causada pela paisagem atrás da figura, que tem alturas diferentes em cada um dos
lados.
Arquitetura e engenharia
Há registros de projetos de igrejas e residências que, embora nunca tenham sido construídas,
influenciaram muitos arquitetos. É interessante observar como Leonardo utilizava as formas geométricas
em seus desenhos arquitetônicos.
Esse cuidado aparece no projeto de urbnização que realizou para a cidade de Milão. O projeto
previa um complexo sistema de esgotos, o alinhamento de ruas e a criação de vias com dois pavimentos,
sendo o térreo para veículos e o superior para pedestres.
Fonte 1:
Em busca do conhecimento
“[...]Leonardo [juntou] a arte com a ciência. Ao
mesmo tempo que usava sua capacidade de
artista para representar as descobertas
científicas, ele aplicava seu conhecimento
científico no aperfeiçoamento de sua arte. Seu
conhecimento de anatomia ajudou-o a
representar melhor as figuras humanas e
animais; ele utilizou sua compreensão da óptica
para melhorar o emprego da sombra, contraste
e perspectiva, e baseou-se em seus estudos
como geógrafo e geólogo para conferir exatidão
e realismo às suas paisagens”.
WHITE, Michael. Leonardo: o primeiro cientista. Rio de
Janeiro: Record, 2002. p. 23.
Fonte 2
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=monalisa+leonardo
+da+vinci
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Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Construa uma linha do tempo da vida de Leonardo da Vinci com os seguintes acontecimentos:
a) Tornou-se aprendiz de Verrochio.
b) Em 1452, Leonardo da Vinci nasceu.
c) Foi morar no castelo de Cloux.
d) Leonardo faleceu.
e) Trabalhou em Florença, Milão e outras cidades da Itália.
Analise as fontes
2. Responda às questões sobre o texto da fonte 1.
a) Qual o nome da obra? Quando ela foi produzida?
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b) De qual livro ele foi extraído? Qual ano de publicação?
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c) Escreva no caderno a idéia principal do texto.
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3. Observe a fonte 2 e responda às questões.
a) Qual o nome da obra? Quando ela foi produzida?
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b) Que expressões da figura mais se destacam.
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Opine
4. Escreva em seu caderno um pequeno texto dando sua opinião sobre os conhecimentos acerca da vida
de Leonardo da Vinci.
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9º ANO
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Situação de Aprendizagem 1
Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX
Analise a imagem:
Disponível em:
http://patriciaeducadora.blogspot.com/2010/05/o-neocolonialismo-na-africa.html
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Você já pensou na possibilidade de divisão do continente africano como se fosse um bolo? Pois é, essa
comparação pode ser feita com a atitude que as potências mundiais (principalmente européias), tiveram
com relação ao continente africano no início do século XIX!
OBS: Essa imagem está anexada ao material em tamanho grande para melhor visualização.
Infográficos são representações
visuais de informação. Esses
gráficos são usados onde a
informação precisa ser explicada
de forma mais dinâmica, como
em mapas, jornalismo e manuais
técnicos, educativos ou
científicos. É um recurso muitas
vezes complexo, podendo se
utilizar da combinação de
fotografia, desenho e texto.
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Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Partindo das informações que compõem os textos que acompanham o infográfico, responda:
a) Como pode se definir o Neocolonialismo?
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b) Podemos dizer que a figura do bolo representa fielmente a partilha colonial? Justifique sua resposta.
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2. Copie as frases no caderno e anote na frente em cada uma delas o império correspondente:
a) Formou-se tardiamente, apossando-se da Somália e de outras possessões na África.
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b) Apossou-se de um único território na África e foi talvez a colonização mais violenta.
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c) Dominava a Índia, a Austrália e vastos territórios na África.
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d) Entre outros, dominou Camarões e Togo.
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e) Sua experiência colonial se expandiu além do oceano Atlântico.
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f) Ocupou os territórios da Líbia, Eritréia e a Somália.
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g) Sua colônia principal não era na África, mas neste continente apossou-se colônia do Cabo.
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h) Anexou também parte do território chinês.
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Opine
3. Na sua opinião, ainda se pode falar em colonialismo nos dias de hoje? Justifique.
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A RECUPERAÇÃO INTENSIVA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
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Situação de Aprendizagem 2
A Primeira Guerra Mundial
Analise as imagens:
Imagem 1:
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=imagens+da+primeira+guerra+mundial
Imagem 2
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=imagens+da+primeira+guerra+mundial
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A primeira guerra mundial inaugurou uma nova estratégia, a guerra de trincheiras. Vejamos as cruéis
conseqüências que essa estratégia causou na vida dos combatentes!
Cotidiano nas trincheiras
Durante os conflitos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), tantos soldados como seus
familiares, como a imprensa e o governo de vários países acharam que a guerra seria rápida, acreditavam
que os soldados estariam de volta a suas casas o mais breve possível. Ledo engano! A guerra rápida que
estavam esperando durou aproximadamente cinco anos.
Logo no início da guerra os exércitos alemães
planejavam executar o Plano Schlieffen
(tomada da Bélgica, fugindo das fronteiras
francesas, e a conquista de Paris), colocando
o plano em prática, o exército alemão não
alcançou tão facilmente seus objetivos.
As forças francesas, ajudadas pelos
ingleses, resistiram ao avanço alemão a,
aproximadamente, 64 Km de Paris. Começava
uma nova fase da guerra, a chamada guerra
de trincheiras.
As trincheiras protegiam os soldados
das batalhas em campo aberto, porém essa proteção não foi tão eficaz, pois várias trincheiras foram
atingidas quase sempre por bombas e granadas que explodiam e vitimavam milhares de soldados.
O cotidiano nas trincheiras não era fácil, muitos combatentes morriam com as doenças espalhadas
por ratos que dividiam os espaços, os alimentos e a água com os soldados. Quando soldados morriam
dentro das trincheiras, muitas vezes não era possível retirá-los, desta forma, vários corpos se
decompunham nas valas e o odor se tornava insuportável para os soldados.
O dia a dia dos combatentes dentro das trincheiras foi relatado por diversos soldados que viveram
os horrores da Primeira Guerra Mundial:
“A mesma velha trincheira, a mesma paisagem, os mesmos ratos, crescendo
como mato, os mesmos abrigos, nada de novo, os mesmos e velhos cheiros,
tudo na mesma, os mesmos cadáveres no front”. “A mesma metralha, das
duas as quatro, como se sempre cavando, como sempre caçando, a mesma
velha guerra dos diabos”. 1
Disponível em: http://ateliedehistoria.blogspot.com/2009/02/atividades-
primeira-guerra-mundial.html
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Os relatos dos soldados citados acima expressam mais eficazmente a realidade vivida por eles no
front, as experiências angustiantes e dilaceradoras, a rotina, o marasmo: “a mesma paisagem, os mesmos
ratos”. Também demonstra a banalização da vida, a morte se torna uma coisa corriqueira: “os mesmos
cadáveres no front”.
Os depoimentos e experiências dos soldados que viveram e combateram durante a Primeira
Guerra Mundial nos expressa mais fidedignamente a realidade no front, segue o relato da experiência do
Capitão Edwin Gerard Venning:
“Ainda estou atolado na trincheira. (...) Não me lavei. Nem mesmo cheguei a
tirar a roupa, e a média de sono, a cada 24 horas tem sido de duas horas e
meia. Não creio que já tenhamos começado a rastejar como animais, mas
não acredito que me tivesses dado conta se já houvesse começado: é uma
questão de tempo”.2.
O cotidiano dos soldados nas trincheiras era perpassado por enormes dificuldades, as valas viviam
cheias de águas das chuvas que se misturavam na terra e formavam os barros que grudavam nas meias e
nas botas dos soldados, geralmente quando os barros secavam nos pés dos soldados, muitos tinham que
cortar o couro do pé para conseguir retirar as meias. As febres eram constantes nas trincheiras, as
micoses e frieiras também.
As dificuldades durante a Primeira Guerra Mundial não foram poucas, milhões de soldados
perderam suas vidas dentro das trincheiras e durante a guerra, não importa se eram soldados nazistas,
ingleses, franceses, o que importa é que eram vidas que foram perdidas.
[1] A.A. Milene, Combate no Somme apud JUNIOR, Alfredo Boulos. História Geral. Moderna & Contemporânea. Vol. 2. Ensino
Médio. São Paulo: FTD, 1997, p.199.
[2] MARQUES apud JUNIOR, Alfredo Boulos. História Geral. Moderna & Contemporânea. Vol. 2. Ensino Médio. São Paulo: FTD,
1997, p.200.
Disponível em:
http://www.alunosonline.com.br/historia/cotidiano-nas-trincheiras.html
A “arquitetura” das trincheiras
As trincheiras eram protegidas pelo arame farpado e por postos de metralhadora. Cavavam-se
também trincheiras pela "terra de ninguém" dentro para ouvir o que se passava na posição inimiga ou para
capturar soldados e depois interrogá-los.
As trincheiras tinham habitualmente 2,30 metros de profundidade e 2 metros de largura. Nos parapeitos
das trincheiras eram colocados sacos de areia (os "parados") para absorverem as balas e os estilhaços
das bombas. Numa trincheira com esta profundidade não se conseguia espreitar, por isso, havia uma
espécie de elevação no interior. As trincheiras não eram construídas em linha reta. Muitas eram
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perpendiculares de forma a que se o inimigo conseguisse tomar uma parte da trincheira, estava sujeito ao
fogo das de apoio e das perpendiculares.
Disponível em:
http://turma9-projectoinovar.blogspot.com/2007/10/guerra-das-trincheiras.html
Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Analisando texto:
a) Lendo o relato dos dois soldados que combateram na primeira guerra mundial, quais as conclusões que
podemos tirar? Justifique sua resposta.
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b) Por que as trincheiras eram consideradas locais insalubres?
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c) Podemos concluir que a guerra de trincheiras beneficiava os soldados de um ou outro lado da guerra?
Por quê?
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Analise as fontes
2. Observe a imagem que acompanha o texto.
a) Em quais aspectos podemos relacioná-la ao texto?
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b) Que expressões da figura mais se destacam.
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Opine
4. Escreva em seu caderno um pequeno texto dando sua opinião sobre a eficácia ou não da guerra de
trincheiras.
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Situação de Aprendizagem 3
A Revolução Russa e o Stalinismo
Analise as imagens:
Imagem 1
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=revolu%C3%A7%C3%A3o+russa&um
Imagem 2
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=revolu%C3%A7%C3%A3o+russa
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Alguém já ouviu falar no mistério que envolveu a família do último czar da russo? Vejamos como foi o fim
da família Romanov!
Passado enterrado
Oitenta anos depois de ser morto pelos comunistas com a mulher e os filhos, Nicolau II, o último
czar da Rússia, será sepultado com honras de chefe de Estado
No próximo dia 17 a Rússia fará as pazes com parte de seu passado ao enterrar, com honras de
chefe de Estado, os restos mortais de seu último czar. Odiado pelos comunistas, Nicolau Alexandrovich
Romanov foi destituído do trono em 1917 e assassinado pelos bolcheviques um ano mais tarde, junto com
a mulher e seus cinco filhos. Sua morte foi, durante décadas, um dos maiores segredos do Estado
soviético. Ao longo dos últimos 80 anos os monumentos erguidos em sua homenagem foram derrubados,
seu nome vilipendiado nos livros de História e sua linhagem praticamente extinta. Desde o fim da União
Soviética, no entanto, sua imagem vem sendo reabilitada. Hoje são comuns a venda de ícones com o rosto
do czar nos mercados moscovitas e o casamento de jovens no local onde seu corpo foi encontrado. Além
disso, a Igreja Ortodoxa estuda a possibilidade de canonizá-lo. (...)
Provavelmente Nicolau II não foi nem o santo descrito pelos monarquistas nem o monstro
apresentado pelos comunistas. Foi o ator meio impotente de um período conturbado por vários conflitos,
dentre eles a desastrosa campanha contra o Japão (1904-1905) e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
A situação caótica da Rússia de seu tempo
causou grande aumento de preços e escassez
generalizada, o que, evidentemente, se traduziu
em distúrbios sociais. Pinta-se um quadro tão
negro que se diz que a taxa de suicídios triplicou
nos últimos anos de seu governo. Com base
nesse cenário, é pouco provável que mesmo um
soberano mais experiente e menos indeciso que
Nicolau II conseguisse evitar a catástrofe. Em
1917 o czar foi obrigado a renunciar ao trono que
sua família ocupava há 300 anos, deixando, nas
mãos dos revolucionários, o governo de um
império que ia do Mar Báltico ao Oceano Pacífico
e que abrigava 130 milhões de pessoas.
Ao largar a coroa Nicolau II foi preso e
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=fam%C3%ADlia+romanov
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levado de trem através da Sibéria até a cidade mineira de Ecaterimburgo, a 1.500 quilômetros de Moscou.
Ali ficou detido, junto com sua família, durante 16 meses em uma pequena casa cercada com muros
altíssimos. Incomunicável, até o fim guardou a certeza de que seus ex-súditos derrubariam os
bolcheviques e o recolocariam no trono. Essa esperança foi sua sentença de morte. Com medo de que os
contra-revolucionários descobrissem o esconderijo, os bolcheviques pressionaram Moscou, que terminou
por enviar um telegrama no dia 16 de julho de 1918 com a ordem de executar os Romanov. Na noite
seguinte o czar, sua mulher e seus cinco filhos, além de quatro empregados e do cachorro de estimação
das crianças, foram levados ao porão da casa e amontoados em uma pequena sala sem móveis. Ali foram
fuzilados por um grupo de camponeses e ex-presidiários comunistas liderados por Yakov Yurovsky, um
fotógrafo profissional. Em poucos segundos os corpos empilhavam-se no chão. Alexei, herdeiro do trono,
tinha 14 anos quando morreu. Era o mais jovem membro da família.
O medo da reação popular fez com que os matadores, a mando de Lenin, tentassem livrar-se das
provas da execução. Os corpos foram esquartejados, queimados com ácido e o que sobrou acabou
enterrado em uma vala comum no meio da floresta siberiana. Lá permaneceram até 1979, quando foram
encontrados por um cineasta e um geólogo. Os dois guardaram segredo do achado por dez anos. Após,
80 anos depois de sua morte, a família imperial ganha a chance de conseguir, enfim, descansar em paz.
Disponível em:
http://epoca.globo.com/edic/19980713/mundo1.htm
Registre em seu caderno
Organize o conhecimento
1. Montando um glossário
Para melhor compreensão do texto, pesquise no dicionário as palavras em destaque na frase, e a
reconstrua com seu sinônimo.
a) Odiado pelos comunistas, Nicolau Alexandrovich Romanov foi destituído do trono em 1917 e
assassinado pelos bolcheviques um ano mais tarde, junto com a mulher e seus cinco filhos.
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b) Ao longo dos últimos 80 anos os monumentos erguidos em sua homenagem foram derrubados, seu
nome vilipendiado nos livros de História e sua linhagem praticamente extinta.
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c) A situação caótica da Rússia de seu tempo causou grande aumento de preços e escassez
generalizada, o que, evidentemente, se traduziu em distúrbios sociais.
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d) Além disso, a Igreja Ortodoxa estuda a possibilidade de canonizá-lo. (...)
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e) Os corpos foram esquartejados, queimados com ácido e o que sobrou acabou enterrado em uma vala
comum no meio da floresta siberiana.
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2. Localize as informações:
a) Quem foi Nicolau Alexandrovich Romanov?
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b) Quem foram os bolcheviques?
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c) Os episódios descritos certamente se referem a uma revolução, no caso, a Revolução que aconteceu na
Rússia. Entre quais eventos importantes apontados no texto ela se situa cronologicamente?
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d) Pelas informações, podemos perceber que a família Romanov ocupava o trono russo havia muito
tempo. É possível saber pelo texto por quanto tempo eles estiveram no poder? Qual era a extensão
geográfica desse império?
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e) Pelo contexto descrito, podemos afirmar que Nicolau deixou seu trono de maneira pacífica? Reescreva
a passagem do texto que justifique sua resposta.
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f) Por que a notícia acima afirma que a família Romanov poderá descansar em paz somente após 80
anos?
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Situação de Aprendizagem 4
A República no Brasil
Analise a imagem:
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?q=lampi%C3%A3o+e+maria+bonita
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Viagem aos tempos de Lampião
“Matou 21, um deles com uma só facada. Pôs para correr três policiais na saída de um baile.
Viajou de carona em trem de bóias-frias, pendurado do lado fora, e afogou dezenas de bicho-de-pé com
querosene. Andou três meses do sertão de Pernambuco até Montes Claros, em Minas, comendo miolo de
chique-chique e casa de árvore [...]
Isso tudo foi há 70 anos. Hoje, o antes temido cangaceiro usa camisa muito branca de mangas
compridas com abotoaduras de plástico brilhante nos punhos, chapéu de feltro e sapato mocassim.Está
afundado no sofá do andar superior do modesto sobrado no Jardim Tupi, bairro simples de Belo Horizonte
[...]Aos 96 anos, sua saúde parece muito
boa, danada boa, mas ele guarda apenas
como lembrança incômoda a memória
espantosamente nítida daquele rapaz de
20 e poucos anos que ele foi, e que corria
das volantes, se esquivando das balas e,
eventualmente, extorquindo, matando e
roubando.
José Antonio Souto, ou Zé
Pernambuco, como é conhecido no bairro
mineiro, foi o cangaceiro Moreno, do
bando de Virgílio (cunhado de Lampião,
um dos mais cruentos cangaceiros dos
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anos 1930). Sua mulher, Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha, foi do bando de Lampião, companheira
primeiro de Virgílio e, após sua morte numa tocaia, de Moreno. [...]
Moreno lembra-se com precisão da data em que os dois deixaram o cangaço: 2 de fevereiro de
1940.Desde então, Moreno e Durvinha nunca mais falaram sobre seu passado, sobre os anos em que s
balas ricocheteavam à sua volta e estavam entre os foras-da-lei mais procurados do país.Adotaram um
código de silêncio.Nem os filhos sabiam de algo.Mas o segredo durou até a semana passada.
Moreno e Durvinha foram localizados há alguns dias pelo cineasta cearense Wolney Oliveira [...].
Existem pouquíssimos ex-cangaceiros vivos. Mais raro ainda é encontrar um casal de
cangaceiros, testemunhas privilegiadas da organização social, afetiva, militar e estratégica daquele tipo de
movimento que atravessou o século XIX e chegou à metade do século XX. [...]
„ Por que a senhora entrou para o cangaço?‟ Dona Durvinha, que foi a mais bonita daquele bando
de Lampião – bem mais formosa que Maria Bonita, Moça Velha ou Inacinha.Ela responde de bate e
pronto: „ Porque eu gostava de um cangaceiro(Virgílio).Eu era medrosa.Tinha a Mauser, tinha rifle, tinha
punhal.Mas era só de boniteza‟, lembra Durvinha.Do cangaço, a bela mulher de Virgílio traz, além do atual
marido, um terrível ferimento de rajada de metralhadora na perna esquerda e um pé
semiparalisado,conseqüência de picada de jararaca.[...]
E Lampião, era mesmo aquele sujeito de ruindade pura que diziam? „Era bom. Ele andava na
razão dele. Grosseria foi o que fizeram com ele, com a família dele, a mãe, os irmãos. ‟
Sentados na sala de seu sobrado em Belo Horizonte, cercados
pelos filhos João Batista, Murilo e Neli, Durvinha e Moreno assistem às
imagens que mostram o bando de Lampião em seu acampamento. Vão
reconhecendo velhos companheiros de cangaço. [...]
Mas o momento - chave é quando Durvalina reconhece a si
mesmo, dançando e brincando com as armas. A filha Neri chora. „Como
era bonita, minha mãe! E como era feliz! „ O irmão João Batista [...] diz que [...] esse passado é parte da
história do país, que pode ajudar a esclarecer fatos importantes da vida nação. ‟ Temos orgulho dos
nossos pais. ‟ [...] “
Fonte: MEDEIROS, Jotabê.Viagem aos tempos de Lampião. O estado de S. Paulo, 5 fev.2006.
Acesso em 16 fev. 2009.
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Registre em seu caderno
Localize a informação
1 - Responda
a) O que a matéria informa sobre o passado de José Antonio Souto?
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b) E sobre o passado de sua esposa, Durvalina Gomes de Sá?
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c) Há informações sobre a vida do casal a época em que a matéria foi feita? Quais?
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2- Explique por que os dois ex- cangaceiros, que até recentemente mantinham segredo sobre sua
antiga vida, em 2006 se tornaram conhecidos praticamente em todo o país.
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3- Identifique algumas ações praticadas pelos cangaceiros e que foram citadas no depoimento de
José Antônio.
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Analise e interprete
4- Segundo o filho João Batista, o passado dos seus pais é parte da história do país e pode ajudar a
esclarecer fatos importantes da nossa história. Explique essa idéia, procurando relacioná-la ao
estudo dos relatos orais feitos pelos historiadores.
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5- Observe estas imagens e explique como estas fontes históricas podem servir para o trabalho
dos historiadores.
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Opine
6- Quais adjetivos você acha mais apropriados para caracterizar a figura de Lampião?
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