mauricio de sousa mario sergio cortella · 2018-06-08 · pausa do bicho-carpinteiro ... o papo...

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Lições ilustradas com a Turma da Mônica Mauricio de Sousa Mario Sergio Cortella

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Page 1: Mauricio de Sousa Mario Sergio Cortella · 2018-06-08 · Pausa do bicho-carpinteiro ... O papo nosso de cada dia ... além do óbvio é procurar olhar as coisas de um novo jeito

Lições ilustradas com a Turma da Mônica

Mauricio de SousaMario Sergio Cortella

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Mauricio! Cortella!

Quantotempo!

Desde o lançamento do nosso

livro...Que,

por sinal, está fazendo um sucesso!

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Contamostanta coisa Bacana...

E ainda há muito pra

falar!

Vamos Lançar outro?

Hum...

Será que a Turma da Mônica topa participar

de novo?

SIM!!

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Sumário

Novo jeito de olhar ............................................................................ 8

Coloração do tempo ........................................................................10

Bom dia!.............................................................................................12

Os grandes de verdade ....................................................................14

Falou bonito… Será? ......................................................................16

Arte à mesa .......................................................................................18

Virtude cívica ....................................................................................20

Psiuuuu… ..........................................................................................22

O bem silencioso ..............................................................................24

Não, não… de novo, não! ...............................................................26

Bem lembrado ..................................................................................28

Pausa do bicho-carpinteiro .............................................................30

O papo nosso de cada dia ...............................................................32

Tô chegando .....................................................................................34

Transpiração ou inspiração .............................................................36

Matéria-prima ..................................................................................38

Brinquedo de olhar o céu ................................................................40

No lugar do outro ............................................................................42

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Fazer mais para fazer melhor .........................................................44

Olhar renovado ................................................................................46

Checar antes de espalhar .................................................................48

Foi por pouco ...................................................................................50

Vivendo e aprendendo ....................................................................52

O bom espanto .................................................................................54

Cultivo responsável ..........................................................................56

Vitalidade da arte ..............................................................................58

As medidas de cada um ...................................................................60

O grande Poetinha ...........................................................................62

Mundo fantástico .............................................................................64

A casa de todos nós .........................................................................66

Conexão imediata .............................................................................68

Conhecimento ilusório ....................................................................70

Está, mas não está ............................................................................72

Sai pra lá .............................................................................................74

Energia vital ......................................................................................76

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Novo jeito de olhar

Quando nos habituamos a algumas coisas no nosso dia a dia, nosso olhar se torna distraído. A capacidade de

criar, de reinventar, de renovar está muito ligada à possibilidade de nos desconectarmos daquilo que nos é rotineiro. Nós nos acostumamos com certas coisas e as olhamos sempre do mesmo jeito. E o que nos permite crescer, criar, encontrar soluções, ir além do óbvio é procurar olhar as coisas de um novo jeito.

Esta é uma ideia forte, que pode ser muito debatida no campo da Filosofia. Sabedoria é ser capaz de, também, se espantar com tudo. Sim, porque quem só encontra mesmice no dia a dia, só encontra “o de sempre”, só encontra o habitual, acaba por não se recriar. Qual o risco dessa situação? Tornar-se uma pessoa repetitiva, fechada, com repertório limitado.

O grande pensador Immanuel Kant (1724-1804) tinha uma frase que nos ajuda a refletir: “Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele consegue suportar”.

Questionar, não se contentar com o corriqueiro, procurar olhar para além do óbvio é, portanto, uma forma de inteligência.

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Coloração do tempo

Sabemos que o tempo passa, porém, nem sempre o notamos. A passagem do tempo deixa algumas marcas,

como as rugas na pele ou os cabelos embranquecidos. Mas o tempo cria também cores. E cores inéditas.

O estupendo poeta gaúcho Mário Quintana (1906-1994), no livro Sapato florido, escreve: “Há uma cor que não vem nos dicionários. Essa indefinível cor que tem todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: – a cor do tempo...”. Olha que interessante. Quando a gente pega um documento antigo, uma foto, uma roupa, passa por uma ruazinha, vê os primeiros sapatos, enxerga algumas tabuletas, aparece uma cor que não é definida em nenhum dicionário, que não aparece em lugar nenhum, mas que marca a nossa história. É fácil reconhecer algo que é antigo, que está marcado pela cor do tempo, como tão bem escreveu Quintana.

É uma marca da passagem, da mudança, que, nítida, fica como a “cor do tempo”...

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Bom dia!

Quando eu noto que sou uma pessoa autêntica? Quando aquilo que eu penso, que faço, a maneira

como ajo coincide com aquilo que eu quero ser, com aquilo que eu penso de mim. Isto é, sou autêntico quando não há uma ruptura entre o que eu penso e o que eu faço.

Essa percepção de autenticidade dá vigor à própria identidade de uma pessoa. Eu sou como acho que devo ser, e isso é bom quando aquilo que eu acho que devo ser é bom não apenas para mim, mas para os outros que vivem ao meu redor, para a vida coletiva. O pensador francês Paul Valéry (1871-1945) dizia: “Homem feliz é aquele que, ao despertar, se reencontra com o prazer e se reconhece como aquele que ele gosta de ser”. Olha que frase boa! É uma percepção muito interessante de Valéry sobre felicidade.

Quando você ou eu acordamos, existe mesmo uma grande satisfação em nos reconhecer e gostarmos de ser do modo que somos. Evidentemente, existem também pessoas que se inclinam a fazer coisas equivocadas, que falam de um jeito e agem de outro. Mas, se nós entendemos que o melhor modo de ser é ser decente, nos identificamos com a conduta que escolhemos. E isso nos dá muito prazer em começar o dia.

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