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Memória da eletricidade Por Weruska Goeking Da máquina a vapor aos softwares de automação 70 O Setor Elétrico / Maio de 2010 Entenda de que forma a automação foi incluída como parte fundamental dos processos industriais e sua influência no desenvolvimento fabril iStockphoto/senorcampesino

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eletricidade

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  • Memria da eletricidade Por Weruska Goeking

    Da mquina a vapor aos softwares de automao

    70 O Setor Eltrico / Maio de 2010

    Entenda de que forma a automao foi includa como parte fundamental dos processos

    industriais e sua influncia no desenvolvimento fabril

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    ckph

    oto/

    seno

    rcam

    pesi

    no

  • O Setor Eltrico / Maio de 2010

    Aautomaosurgiucomoocaminhoparaa

    reduodaparticipaodamohumanasobre

    osprocessosindustriais.Partindodesseconceito,

    podemosdizerqueautilizaoemlargaescalado

    moinhohidrulicoparafornecimentodefarinha,no

    sculoX,foiumadasprimeirascriaeshumanas

    comoobjetivodeautomatizarotrabalho,ainda

    quedeformaarcaica.Essedesenvolvimentoda

    mecanizaoteriaimpulsionadomaistardeo

    surgimentodaautomao.

    Adisseminaodomoinhohidrulicopela

    EuropaOcidentallevouaumcrescimentoda

    produodealimentosnuncaantesobservado.

    Napoca,ummoinhoeracapazdesubstituiro

    trabalhodedezavintehomens.Desdeentoo

    homemtemdirecionadoseuconhecimentopara

    odesenvolvimentodetecnologiasquedesonerem

    suasatividadesbraais.Umexemploamquinaa

    vapor,quecomeouaserutilizadaparamovimentar

    equipamentosindustriaisem1775efezummartelo

    de60quilosdar150golpesporminuto.

    Anecessidadecadavezmaiordeproduzir

    maisemelhorculminounaRevoluoIndustrial,

    ocorridaapartirdasegundametadedosculoXVIII.

    Grandemarcodasubstituiodotrabalhobraal

    pormquinasqueexecutavamamesmatarefacom

    maioreficinciaequalidade,aRevoluoacelerou

    oprocessodetransformaoedesenvolvimentode

    tecnologias.

    MasfoicomaajudadoinventorJamesWatt

    queamquinaavaporsetornoumaiseficiente,com

    aimplantaodoreguladordevelocidade.Assim,

    estavacriadoosistemaqueuniaastecnologias

    pneumticaehidrulica.

    AsmodificaesfeitasporWatttiveramtanta

    importnciaparaoparquefabrildapocaque

    levaramofilsofoalemoKarlMarxaconsiderara

    mquinaavaporcomooitemmaisimportanteda

    grandeindstria.Ascompanhiasdefabricaotxtil

    foramasmaisbeneficiadas,masapenasAlemanha,

    EstadosUnidoseInglaterraseequiparavamem

    capacidadedeproduonesseprimeiroperododa

    revoluoindustrial.

    Asprimeirasmquinasmovidasaeletricidade

    surgiramemmeadosdosculoXIX,graasaesforos

    dediversospesquisadoresentreelesMichael

    FaradayeAndr-MarieAmprequeestudaram

    autilizaodaeletricidadeedomagnetismoem

    conjunto,levandoaodesenvolvimentodemotores

    que,conectadosasistemaseltricos,acionavam

    71

    alavancas.NofinaldosculoXIX,essetipodemotor

    comeouaficarobsoletoedeulugarsmquinas

    queusavamacorrenteeltricaemcirculaoem

    condutoresparainteragircomocampomagntico

    produzidoporimsoueletroms.

    ASegundaGuerraMundial(1939-1945)tambm

    contribuiuparaahistriadocontroleautomtico

    aindaquecomobjetivosmenosnobrescom

    odesenvolvimentodesistemasparaaplicaono

    lanamentodemsseis.

    Deacordocomoprofessordeautomao

    industrialegestodeprojetosdaFundao

    MunicipaldeEnsinodePiracicaba(Fumep),Marcelo

    EurpedesdaSilva,adesvantagemdorelnapoca

    eraanecessidadedefix-loemalgumpontoe

    suatransioparaoutroslocaisdemandavamuito

    trabalho,almdamanutenoconstantedos

    equipamentos.

    Evoluo

    Oconceitodeautomaofoiinstitudonos

    EstadosUnidosapenasem1946,nasfbricas

    automotivase,atualmente,otermosignificaqualquer

    sistemaqueutilizecomputaoequesubstitua

    otrabalhohumanocomointuitodeaumentara

    velocidadeeaqualidadedosprocessosprodutivos,

    aseguranadosfuncionrios,almdeobtermaior

    controle,planejamentoeflexibilidadedaproduo.

    Acriao,em1947,dotransistorajudoua

    impulsionarodesenvolvimentodaautomao,

    poissetratavadeumcomponenteeletrnico

    capazdecontrolarapassagemdacorrenteeltrica

    emdeterminadossistemas.Otransistorabase

    paraqualquerprocessadormoderno,explicao

    especialistaemmanutenodesistemaseltricos

    egerentetcnicodaAdimarco,MarceloPaulino.

    Comousodotransistoredaeletrnica,foipossvel

    odesenvolvimentodosprimeiroscomputadores

    industriais.Emboraomicroprocessamentotenha

    sidocomercializadoapenasapartirdosanos

    1960,foinesseperodoquesurgiramosprimeiros

    robsmecnicosaincorporarsistemasde

    microprocessamentoeunirtecnologiasmecnicase

    eltricas.

    Atofinaldadcadade1960,asempresas

    automobilsticasproduziamemmassa,comrapidez

    equalidade,masnoofereciammuitasopes

    paraosclientes,jquealinhadeproduonoera

    flexvel.Asolicitaodeumcarrocomacessrios

  • especficosoucomumacordiferentedadisponvel

    paraprontaentregapoderialevarmuitosmesespara

    serproduzida,porexemplo.

    Percebendoanecessidadedomercado,aGeneral

    Motors(GM),nosEstadosUnidos,solicitouempresa

    Allen-Bradleyqueconfeccionasseumprodutoque

    conferisseversatilidadeproduo.Aempresa,

    quejproduziacontatoresedispositivoseltricos,

    desenvolveu,em1968,oequipamentochamado

    ControladorLgicoProgramvel(CLP),quesubstituiu

    osantigosrelsepermitiufazermodificaesrpidas

    noprocessoprodutivo.

    ComoCLP,asalteraeseramfeitasapenas

    mudandosuaprogramao,enquantoqueos

    sistemasarelsimplicavammodificaramontagem

    dosequipamentose,muitasvezes,substituiros

    hardwares.OCLPfoiintroduzidonaplantadaGM

    em1969eosEstadosUnidoseaEuropaforamos

    primeirosbeneficiadoscomatecnologiaques

    chegouaoBrasilmaistarde,nosanos1980.

    OsCLPssodispositivosdigitaisquepermitem

    controlaroprocessofabrilgraasaumamemria

    programvelquereneasinstruesquedevem

    serrepassadasparaasmquinasresponsveis

    pelaproduoindustrial.medidaqueoCLPfoi

    incorporadonasindstrias,evoluiueadquiriunovas

    funesehojecapazdeexecutarsequenciamento,

    temporizao,contagem,energizao/desenergizao

    emanipulaodedados,regulaoPID,lgicafuzzy,

    entreoutrasfunes.OsCLPspodemserprogramados

    pormeiodecomputadores,soadequadosparaos

    ambientesindustriaismuitasvezesinspitose

    possuemlinguagemamigvel.

    Aautomaofoiaplicada,aprincpio,em

    indstriasautomobilsticasepetroqumicas.De

    lparacatecnologiasedisseminouparaoutras

    reas,comoindstriasalimentcia,qumica,

    petroqumica,siderrgica,automotivaeassociadas

    (pneus,borracha,etc.).

    Foitambmnadcadade1980quesurgiua

    pirmidedaautomao.Essapirmidedivide

    osnveisdosequipamentosenvolvidosnessa

    tecnologiadeacordocomsuaatuaonaindstria

    emostracomoasinformaessofiltradasdo

    nvel1atchegaraoseutopo.Emcontrapartida,

    asordensvindasdosnveisadministrativos(4e5)

    sorepassadasparaonvel3,quegarantequeas

    tarefassejamrealizadaspelosnveisoperacionais.

    Atualmente,apirmidedaautomaobaseia-seno

    modeloaseguir,queconstanolivroEngenhariade

    AutomaoIndustrial,dosautoresCceroCoutode

    MoraesePlniodeLauroCastrucci.

    Memria da eletricidade 72 O Setor Eltrico / Maio de 2010

    Nveis de pirmide

    Administrao de recursos da empresa. Neste nvel encontram-se os softwares para gesto de vendas financeiras

    Nivel 5:Gerenciamento corporativo Mainframe

    Nivel 4:Gerenciamento de

    planta

    Workstation

    Nivel 3:Superviso

    Workstation,PC,IHM

    Nivel 2:Controple

    CLP,PC,CNC,SDCD

    Nivel 1:Dispositivos de campo, sensores e atuadores

    Sensoresdigitaiseanalgicos

    Nvel responsvel pela programao e pelo planejamento da produo, realizando o controle e a logstica de suprimentos

    Nvel onde se encontram os equipamentos que executam o controle automtico das atividades da planta

    Nvel das mquinas dos dispositivos e dos componentes da planta

    Permite a superviso do processo. Normalmente possui banco de dados com informaes relativas ao processo

    Protocolos

    EthernetMACTCP/IP

    EthernetMACTCP/IP

    ControlNetProfibus FMSFieldbus HSE

    Fieldbus H1CAN

    Profibus DP, PAHartAsl

    LonWorksInterBus

    A pirmide da automao, criada nos anos 1980 divide os nveis dos equipamentos envolvidos de acordo com sua atuao no processo industrial.

  • CLP: o Corao da automao

    AsdiferenasentreoCLPutilizadohojeeospioneirosdadcada

    de1960so:tamanhoreduzido,desempenhodemaisfunesemaior

    capacidadedeprocessamentodedados.Atualmente,oCLPpodeat

    executarfunesdeoutrosequipamentosdonvel1,casoelesvenham

    afalhar.

    ParacomplementaraatuaodoCLP,utilizadoosistemade

    supervisoSupervisoryControlandDataAcquisition(SCADA),que

    tambmfazpartedonvel2.Osistemaprodutivomostradoemuma

    telaespecficapelaInterfaceHomem-Mquina(IHM),ouquandoas

    informaessorepassadasdiretamenteparaumcomputadorSCADA

    compondoosistemasupervisrio.

    Entretanto,antesdodesenvolvimentodossistemassupervisrios,os

    dadosdonvel1apareciamemquadrossinticos,emqueofuncionamento

    adequadodasmquinaseramostradopormeiodeLedselmpadasque

    sinalizavamaoperaodasmquinas.

    Atualmente,emsubstituioaoCLPeaoScada,podeserutilizadoo

    SistemaDigitaldeControleDistribudo(SDCD),quereneasfunestanto

    dosoftwarequantodohardware.Foidesenvolvidoemmeadosdadcada

    de1970pelasempresasHoneywelleYokogawaecapazdesuportarmais

    informaeserealizarmaisprocessos,comosupervisionargrandesmalhas

    complexasdecontrole,comoocasodaindstriadepetrleo.

    Inicialmente,oSDCDeraespecialmenteaplicadoemindstriasde

    processos,comoapetrolfera,comcustobemmaiselevadoqueoCLP,

    que,porsuavez,eramaisutilizadoporempresasautomotivas.Hojeem

    dia,noexisteessadistino,deformaqueosCLPsrealizammuitasdas

    tarefasexecutadaspeloSDCD.

    Achamadaindstriahbrida,porexemplo,podeempregartanto

    SCDCquantooCLPnoprocesso,ouatmesmoosdoisconjuntamente,

    poisjsocapazesdesecomunicar.

    OutrasubstituioaoCLPsurgiuem2002comoProgrammable

    AutomationControler(PAC),queexecutaaindamaisfunesqueo

    primeiroecapazdetrocarinformaescomdiversosequipamentosda

    pirmideeexecutarprogramascomplexos.Apropostadesseequipamento

    realizarasmesmasfunesdeumSDCD,mascomopreoeasimplicidade

    doCLP.

    Aprincipaldiferenaentreapirmideatuale

    autilizadanosanos1980queosnveis1e2no

    estavamintegradosaosnveis4e5atravsdonvel

    3.Assim,asinformaestcnicassobreaproduo

    obtidasnosnveis1e2precisavamserexplanadas

    paraosnveisadministrativospormeioderelatrios.

    Domesmomodo,oscontroladoresdomesmo

    nveldapirmidenotrocavamqualquertipo

    deinformao,oquelimitavaosbenefciosda

    automao,poisoscomputadoressexistiamno

    nvel4datecnologia.Qualquernecessidadede

    integraodedadosparaanliseouparamelhora

    noprocessoprodutivoerafeitapormeiodelongos

    relatrios.Issoperdurouatosanos1980,quando

    surgiramasredesdecomunicao,ouseja,eraa

    primeiravezqueosequipamentosdediversosnveis

    daautomaopoderiamtrocardados.

    Porm,mesmocomosurgimentodasredes

    decomunicao,apenasosequipamentosdeuma

    mesmamarcaconseguiamsecomunicar,poiscada

    fabricantetinhaseuprpriosistema.Aintegraode

    linguagensconhecidacomointeroperabilidade

    ssurgiuem1993comapublicaodanormaIEC

    61131-3,quepadronizouaprogramaodecontrole

    industriale,posteriormente,comaintroduoda

    ISA95,queopadrointernacionalparaintegrao

    deempresasesistemasdecontrole.

    Atualmente,almdaintegraoentreosnveis

    operacionaiseadministrativos,jpossvelintegrar

    diversaspirmides,ouseja,vriasindstriasdeum

    mesmogrupo,porexemplo,podemsecomunicar.

    aglobalizaodaintegraotrazidapela

    automao,afirmaoprofessordocursodeMBAem

    automaoindustrialnaUniversidadedeSoPaulo

    (USP),MarcosYukioYamagushi.

    Hojehcomunicaowireless,massutilizada

    paratransmissodedadosentrecomputadores.De

    acordocomYamagushi,aredewirelessHART(que

    podeserutilizadaparacomunicaoentretodosos

    equipamentosdaautomao),porexemplo,no

    muitoaplicadaporque,apesardeserconfivel,muito

    lenta.Paraseterideia,atransmissoviacabosentreo

    CLPeaIHMlevamilissegundos,enquantoviawireless

    HARTpodelevarat15segundos,diferenadetempo

    que,emumprocessoindustrial,degranderelevncia.

    Por que automao?

    Asprincipaisvantagensdaautomaoconsistem

    emproduzirmaisprodutos,emmenortempoecom

    Memria da eletricidade 74 O Setor Eltrico / Maio de 2010

    O Controlador Lgico Programvel (CLP) um dos equipamentos mais antigos e mais importantes utilizados na automao industrial

  • No incio do sculo XX, os rels temporizados, juntamente com os controles, j eram utilizados na indstria automobilstica Ford, cuja linha de produo automatizada levou produo em massa, que ficou conhecida como Fordismo.

    O Setor Eltrico / Maio de 201075

  • maiorqualidade,comamenorintervenohumana

    possvel.Tambmpossvelotimizarosprocessos

    usandoosequipamentosresponsveispelaproduo,

    deformaaobterseumelhorrendimentoediminuira

    cargaemhorriosdeponta,quandoaenergiamais

    cara,ediminuirosgastoscomaconcessionria.

    Aintroduodaautomaofoimuito

    importanteparaosprocessosprodutivosporque

    seminimizouavariabilidadederesultadosque

    eramuitoaltacomainterfernciadohomem.

    Agoratemosrepetiodeprocessoscomqualidade

    assegurada,afirmaocoordenadordoCentrode

    PesquisaeCapacitaoTecnolgicaemAutomao

    Industrial(EPUSP)convnioentreoDepartamento

    deEnergiaeAutomaoEltricas(PEA)da

    UniversidadedeSoPaulo(USP)eaRockwell,

    CceroCoutodeMoraes.

    Tambmemcasodecorteinesperadono

    fornecimentodeenergia,aautomaotambm

    podesertil.possvelfazerumaprogramao

    doCLP(quedelegaasorientaesparaosdemais

    equipamentoseconseguediagnosticarproblemas

    mesmoantesdainterrupodaoperao)paraque

    cargasvitaiscontinuemareceberalimentaopor

    meiodegeradoresoufontesalternativas.

    Contudo,osgeradoreslevamatdezsegundos

    paraentraremoperaoealgunsprocessosno

    podemsofrerqualquerinterrupodeenergia.

    Nessescasos,aautomaosupervisionanobreaks

    quegarantemofuncionamentodascargasatque

    osgeradoresentrememoperao.Sistemascomo

    essesforamdesenvolvidospararedesdeteleviso,

    hospitais,centraisdeprocessamentosdedados,entre

    outros.Muitosdelestrabalhamcomapossibilidade

    defaltadeenergiadeumsegundoacadacincoanos

    naalimentaodascargasconsideradasvitais,mas

    essecritriodependedaespecificaodoprojeto.

    Aautomaotambmpermitiuainclusode

    prticasfabrisquevisammelhorarosprocessos,

    comoprogramadoSixSigma.Asindstriasque

    seguemessemodelodequalidadegarantemapenas

    umdefeitoacadaumbilhodeprodutosfabricados,

    padroestedequalidadeinseridonoBrasilh

    aproximadamente15anos.

    Amanutenooutroitemquepodeser

    beneficiadocomaimplantaodeprocessos

    automatizados,jque,comomonitoramento

    completodasmquinaspossvelverificar

    seufuncionamentoerealizarosprogramasde

    manutenopreditiva.Antesdaautomaoas

    manutenespredominanteseramacorretivaea

    preventiva.Atmesmoestaltimafoimelhorada,

    porque,antesdaautomao,asmquinaseram

    paralisadasperiodicamenteetinhamsuaspeas

    trocadas,mesmoqueaindanoapresentassem

    problema.

    Comonemtudosoflores,umadas

    desvantagensdaautomaoque,aoimplement-

    la,problemasrepentinospodemocorrere,muitas

    vezes,seelesnoforemprevistos,aintervenodo

    homempodenoserpermitida,levandoaerrose

    outrasconsequnciaspiores.

    Outraquestosemprelevantadaquandosefala

    emautomaooeventualaumentododesemprego.

    Deacordocomoengenheiroeletrnico,diretorde

    treinamentoepresidenteeleitodaInstrumentation

    SocietyofAutomation(ISASociedade

    InternacionaldeAutomao),JorgeRamos,no

    hdemissesemmassa,massimumamudana

    noperfildavagadetrabalho.Aprogramao

    humana,saatuaonomais,completa.

    Porisso,anecessidadeconstantedeatualizao

    dosprofissionaisenvolvidosnestareadeforma

    queconsigamacompanharaevoluodasnovas

    tecnologias.

    oquepensaoprofessordoDepartamentode

    EngenhariadeEnergiaeAutomaoEltricas(PEA),

    daUSP,SrgioLuizPereira.Segundoele,preciso

    tercuidadonaaplicaodatecnologiaparaqueela

    tragabenefciosparatodasascamadasdasociedade.

    Aautomaoumapoderosssimaferramentaeo

    empregodelaquepodeserbomouruime,dentro

    deumdesenvolvimentosustentvel,devehavera

    inclusosocial.Issoporqueseelaforempregada

    apenasparasubstituiodoserhumanoeoresultado

    noforinvestidonelemesmoparaquepossaexercer

    outrasatividadesmaisnobres,aautomaopode

    levaraumdesemprego.Eesseaumentodeproduo

    serrevertidoparaquem?,conclui.

    Principais equipamentos

    Onvel1dapirmidedaautomaoo

    chamadochodefbrica,poisonvelem

    queestoasmquinasdiretamenteresponsveis

    pelaproduo.compostoprincipalmentepor

    rels,sensoresdigitaiseanalgicos,inversoresde

    frequncia,conversores,sistemasdepartidaeCentro

    deControledeMotores(CCMs).

    Onvel2responsvelpelocontroledetodosos

    Memria da eletricidade 76 O Setor Eltrico / Maio de 2010

    Div

    ulga

    o

    Roc

    kwel

    l

    Inversores de frequncia recebem orientaes do CLP e rapassam os comandos para as mquinas fabris

  • equipamentosdeautomaodonvel1eenglobaos

    controladoresdigitais,dinmicoselgicos,comoos

    CLPs,edesupervisoassociadaaoprocessofabril.

    Essesequipamentostambmsoresponsveispor

    repassaroscomandosdosnveissuperioresparaas

    mquinasdaplantadafbrica(nvel1).SoosCLPs

    quedelegamastarefasparaosequipamentosdo

    nvel1.

    Nonvel3dapirmide,podemserencontrados

    osbancosdedadoscominformaessobrequalidade

    daproduo,relatrioseestatsticas.Ossistemas

    supervisriosconcentramasinformaespassadas

    pelosequipamentosdosnveis1e2easrepassam

    paraosnveisadministrativos(nveis4e5).

    Onvel4responsvelpeloplanejamentoe

    programaodaplantafabril,passandoastarefas

    quedevemserrealizadasparaonvel3que,porsua

    vez,distribuiotrabalhoparaosnveisinferiores.

    Tambmonvelresponsvelpelocontrolee

    logsticadesuprimentos.Jaadministraode

    todososrecursosdaempresaestononvel5,onde

    gerenciadotodoosistema.

    Oscomputadoreslocalizadosnosnveis4e5

    precisamseraltamenteconfiveisepossuirmuita

    memriaparaoarmazenamentodedadosegrande

    capacidadedeprocessamento.Devemcontarcom

    redundnciademquinaedediscorgido,almde

    restritoacessoparagarantiraseguranadetodoo

    sistemadeautomao.

    Asmaisrecentestecnologiasparaautomao

    donvel3sooManufactoryExecutionSistem

    (MES),sistemadegerenciamentodeoperaes,eo

    EnterpriseResourcePlanning(ERP),programaque

    realizaoplanejamentodenegcioselogstica.

    Investimentos

    DeacordocomocoordenadordoEPUSP,Ccero

    Couto,paraarealizaodeumbomprojetode

    automao,precisoqueaempresadeintegrao

    responsvelpeloprojetoentendaperfeitamente

    comoaindstriacontratantedesenvolveseu

    processoprodutivo.Asespecificidadesdecada

    parqueindustrialpedemsempresuasoluo

    particular,mesmoqueacontratadatenhafeito

    automaodeprocessossimilares.

    Porisso,deextremaimportnciaquea

    indstriacontratantedetalhetodooseuprocesso

    demanufaturaeoqueeladesejaobtercom

    aautomao.Umexemplodessecasoentrea

    indstriaeaempresaresponsvelpelaautomao

    deumafbricadeprodutosdelimpezaque

    precisavareduziropreodeumsaboemppara

    manter-secompetitivanomercado.Aautomao

    foitotalmentedesenvolvidacomesseobjetivo:

    minimizaroscustosdoprocessoefazeroproduto

    chegaraoconsumidorfinalcomopreoalmejado

    pelaindstria.

    Onumerrioinvestidonatecnologiadepender

    dotipoedaamplitudedaautomaonafbricae

    oretornodoinvestimentoocorreentretrsecinco

    anos.Aprincipalfontedesseretornoaquedano

    custodefabricaodoprodutocomocrescente

    aumentodaproduo.Comisso,aindstriapode

    escolherentreaumentarsuamargemdelucrosobre

    cadamercadoriaoubaixarseupreocomoaumento

    dasvendas.

    Amanutenodaautomaofeitaanualmente

    e,em90%doscasos,pelosprpriosfuncionrios

    daindstria,quesodevidamentetreinadospela

    empresaresponsvelpelaautomatizao.Acadacinco

    anosprecisotrocarosequipamentoseossoftwares

    responsveispelaautomao,sendonecessriaa

    atuaodaempresaqueimplantouatecnologia.

    O Setor Eltrico / Maio de 201077

    Energia Sadas / Entradas

    Painel: Inversores e softstarters

    Motor 3Motor 6 Motor 5Motor 1 Motor 4Motor 2

    IHM

    CLP

    Ilustrao dos nveis 1 e 2 da automao industrial