métodos geofisicos de estudo do interior da geosfera
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Métodos de estudo do interior da
geosfera
Métodos de Estudo
Métodos de Estudo
Directos Indirectos
Os métodos directos são métodos baseados na observação directa de materiais do interior da Terra que se encontram disponíveis à superfície ou próximos desta.
Observação directa da superfície visível
SondagensEstudo dos
materiais que afloram
Métodos Directos
Magmas e Xenólitos
Exploração de jazigos minerais
Métodos Indirectos
Planetologia e Astrogeologia
Métodos Geofísicos
Gravimetria Densidade Geomagnetismo Sismologia Geotermismo
• Os métodos Indirectos são métodos baseados em cálculos e teorias feitos a partir de interpretações de dados obtidos indirectamente que permitem tirar conclusões sobre o interior da Terra.
Densidade Terrestre Pelo facto de a densidade global da Terra ser igual
a 5,5 e a densidades das rochas superficiais terrestres ser igual a 2,8 podemos concluir que no interior da Terra devem existir materiais de densidade muito superior em relação aos materiais da superfície da Terra (materiais metálicos).
Geomagnetismo A Terra possuí um campo
magnético. Este campo magnético é
gerado devido ao núcleo externo da Terra (no estado líquido) possuir um movimento de rotação criando uma corrente eléctrica que se pensa estar no origem do campo magnético Terrestre.
Assim o núcleo deverá ser constituído por materiais metálicos condutores de electricidade.
Influencia do Campo Magnético Certas rochas, como o
basalto, são ricas em minerais ferromagnéticos.
Durante o arrefecimento do magma, formam-se cristais nas rochas magmáticas, que podem ficar magnetizados instantaneamente quando a temperatura desce abaixo de um certo valor, chamado ponto de Curie.
Mineral ferreomagnetico (magnetite) a atrair ferro.
Cristais são “ímanes fósseis” Os Cristais apresentam polaridade igual à do campo
magnético terrestre na altura em que se formaram. Estes conservam essa polaridade e só a perdem no caso
de serem aquecidos acima do ponto de Curie. Os minerais ferromagnéticos das rochas sedimentares
também conservam a polaridade do campo magnético na altura da sua formação.
Palomagnetismo Palomagnetismo – é a Ciência que estuda os
campos paleomagnéticos. Campo Paleomagnético – é o campo magnético
que fica registado nas rochas.
Inversão da Polaridade
O estudo de propriedades magnéticas de lavas solidificadas, nomeadamente de amostras de basalto retiradas dos fundos oceânicos , mostra que o campo magnético tem mudado periodicamente a sua polaridade.
Polaridade Existem “dois tipos” de
polaridade: Polaridade normal – O pólo
norte magnético encontra-se perto do pólo norte geográfico;
Polaridade inversa – o pólo norte magnético encontra-se perto do pólo sul geográfico.
A mudança da polaridade normal para uma polaridade inversa designa-se por Inversão do campo magnético terrestre.
Como se mede o Campo Magnético “fossilizado” das rochas? Magnetómetro – aparelho que
permite medir a intensidade dos campos magnéticos e determinar a direcção e sentido do campo magnético “fossilizado” nas rochas.
Ao percorrermos os fundos oceânicos com este aparelho verificamos que a intensidade do campo magnético em determinadas zonas é superior à intensidade média actual (anomalia positiva), e noutras zonas é inferior (anomalia negativa).
Magnetómetro
Importância do geomagnetismo A existência do campo
magnético terrestre apoia o modelo sobre a composição e as características físicas do núcleo terrestre;
O palomagnetismo fornece informações sobre o passado da Terra pois: Regista inversões da polaridade do
campo magnético terrestre; Apoia a hipótese da deriva
continental e da formação dos fundos oceânicos a partir do rifte;
Permite tirar conclusões sobre a posição dos continentes relativamente aos pólos magnéticos;
Teoria da deriva continental em que segundo esta os continentes actuais já estiveram unidos num supercontinente - Pangeia
Sismologia Muito do conhecimento do interior da Terra proveio do estudo do comportamento
das ondas sísmicas que se propagam através do Globo. Se a Terra fosse homogénea, ou seja, se a composição e propriedades físicas
dos materiais fossem idênticas em qualquer parte do globo, a velocidade das ondas sísmicas deveria manter-se constante em qualquer direcção e a trajectória dos raios sísmicos seria rectilínea.
Na Terra, a velocidade das ondas sísmicas experimenta alterações. As ondas são desviadas e algumas deixam de propagar-se a partir de certa profundidade.
Estes acontecimentos fornecem informações sobre a constituição e as características do globo terrestre.
Propagação das ondas sísmicas num planeta hipoteticamente homogéneo
Propagação das ondas sísmicas na Terra
Geotermismo A principal fonte de energia térmica interna na Terra na actualidade é
devida à desintegração dos elementos radioactivos que se encontram nas rochas.
Determinações feitas em minas e sondagens, mostram que a temperatura aumenta com a profundidade.
Para zonas inacessíveis, a determinação da temperatura é feita com base em cálculos indirectos.
Nas determinações directas verificou-se que a temperatura aumenta 30ºC /km, isto é, 1ºC em cada 33 a 34 metros de profundidade.
Noções: Gradiente Geotérmico - taxa de variação da temperatura com a profundidade, ou
seja, aumento da temperatura por km de profundidade. Grau Geotérmico - número de metros que é necessário aprofundar para que a
temperatura aumente 1ºC.
O calor interno da Terra é o motivo da actividade do nosso planeta e vai-se libertando continuamente através da superfície. A dissipação de calor é constante e denomina-se fluxo térmico , que é avaliado pela quantidade de calor libertada por unidade de superfície e por unidade de tempo.
O fluxo térmico tem um valor muito superior ao somatório das energias de todos os processos sísmicos, vulcânicos e tectónicos da Terra. Em alguns casos esse fluxo é perceptível e espectacular, como acontece nas zonas vulcânicas e fontes termais. Na generalidade porém, não nos apercebemos dessa libertação do calor interno, devido à baixa condutibilidade térmica da crosta terrestre, que determina uma dissipação extremamente lenta.
Fenómenos de vulcanismo que levam à libertação de calor geotérmico