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ROTEIRO DE CURSO 2010.1 MICROECONOMIA AUTOR: ANTÔNIO CARLOS PORTO GONÇALVES

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ROTEIRO DE CURSO2010.1

MICROECONOMIAAUTOR: ANTÔNIO CARLOS PORTO GONÇALVES

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SumárioGarantias de Cumprimento

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 3

2. PLANO DE AULA .............................................................................................................................................. 7Bloco I: A lei da oferta e da demanda ............................................................................................. 7Bloco 2: Economia do bem-estar ................................................................................................. 12Bloco 3: Comportamento da empresa e organização da indústria ...............................................16Bloco 4: A economia do setor público .......................................................................................... 23

3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 26

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1. INTRODUÇÃO

1.1. VISÃO GERAL

O panorama social de qualquer grupo de seres humanos é composto por uma imensa quantidade de dados e informações, os quais interagem de forma muito complexa e não evidente à primeira análise. As diversas ciências sociais procuram ordenar e estudar esta multiplicidade de dados e informações. As-sim, a História usa, em geral, um critério de organização temporal e de perio-dização para o entendimento dos fenômenos sociais, na expectativa de que as causas e os efeitos se ordenem de maneira temporal, ou que pelo menos isto ocorra na maioria das vezes.

A Ciência Política tenta classifi car, ordenar, entender os dados sociais a partir da perspectiva do poder – isto é, de seres humanos interagindo e ob-tendo resultados melhores para um grupo e piores para o outro, conforme o poder que cada grupamento consiga amealhar. A Sociologia busca achar con-fi gurações de interdependência entre os grupos humanos, isto é, a formação de coalizões chamadas classes, estados, nações, raças, sindicatos, familias etc, as quais interagem entre si, tudo isto com o objetivo de interpretar os fenô-menos sociais a partir destas confi gurações e de sua dinâmica. A Antropolo-gia faz essencialmente o mesmo que a Sociologia, mas seu foco é, em geral, no passado ou em sociedades do presente fora do “main-stream” geográfi co. Há também abordagens institucionais, éticas e jurídicas, que se concentram em considerar as instituições e as regras desenvolvidas pelos seres humanos para conseguir uma convivência mutuamente benéfi ca ou que analisam o porquê de não conseguirem tal convivência.

A Economia, por sua vez, adota dois pontos de vista diferentes. Na Ma-croeconomia, se considera a evolução dos chamados grandes agregados eco-nômicos – PIB, infl ação, desemprego, exportações etc. – e este ramo do conhecimento é de natureza similar à Sociologia, isto é, busca confi gurações de interdependência, dividindo a sociedade em grupos amplos – empre-sários, banqueiros, trabalhadores, governo – e analisando a sua dinâmica interativa. Mas isso será visto com mais detalhes na parte referente ao curso de Macroeconomia.

A Microeconomia, por sua vez, adota como princípio organizador dos dados sociais que observa o comportamento racional das pessoas, defi nido de forma restrita como sendo a otimização das escolhas, feita por cada indiví-duo, para alcançar seus objetivos, supostamente muito claros e indubitáveis para cada um.

Estes objetivos são considerados também relativamente imutáveis. O “homo economicus” não tem dúvidas e é constante. A pessoa sabe o que

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quer e não muda, mudando apenas as suas circunstâncias. As modifi cações nos dados sociais são então explicadas como decorrentes de mudanças nas circunstâncias das pessoas, dos indivíduos, induzindo a mudanças nas suas escolhas, e então na sociedade como um todo. Os modelos modernos ma-croeconômicos, buscando fundamentos microeconômicos e a unifi cação da economia, construídos a partir da otimização individual, em geral acrescen-tam ainda mais hipóteses simplifi cadoras, talvez simplórias, a esta construção – por exemplo, todas as pessoas são iguais, e assim por diante.

O ponto de vista metodológico microeconômico é reducionista, a redução chegando ao nível do indivíduo. E a agregação, soma simples dos compor-tamentos dos indivíduos, é que explicaria os movimentos sociais como um todo. Apenas recentemente a teoria dos jogos tem construído modelos envol-vendo coalizões supra-individuais. E, como dito acima, é também um ponto de vista metodológico racionalista estrito, ou seja, não é o simples projeto grego de entender o mundo à luz da razão. É o racionalismo utilitário, do comportamento individual maximizador.

Apesar de suas restrições, este ponto de vista da Microeconomia é bem in-teressante, até para servir como balizador, quando se trata de explicar o com-portamento de pequenas unidades econômicas, como os consumidores ou as empresas, sujeitas a mudanças freqüentes nas suas circunstâncias. Para tanto, desenvolve conceitos, como a escassez refl etida nos vários tipos de custos, a regularidade das preferências e da técnica refl etida na classifi cação geral dos bens e dos fatores de produção (em substitutos e complementares), as leis da demanda e da oferta, descritivas de uma ampla gama de fenômenos de troca, o comportamento dos mercados competitivos, o poder de mercado monopó-lico e oligopólico, os custos e os benefícios externos, isto é, as externalidades, e assim por diante. Todos esses conceitos são muito usados, inclusive na le-gislação econômica referente a controles, regulação, determinação de preços, proteção do meio ambiente, e outros campos similares. O entendimento de tais conceitos é, portanto, importante para os profi ssionais da área jurídica.

Em síntese, cada uma das ciências sociais não tem um grupo de fenôme-nos específi cos aos quais se dedica como se fosse seu território. Na verdade, elas adotam estratégias próprias para obter o conhecimento, através do uso de princípios diferentes de organização dos dados e das informações, como se fossem diversos pontos de vista, mutuamente não exclusivos, ordenando o mesmo conjunto de observações, movimentos e reações sociais.

No entanto, é evidente que por usarem princípios diversos para a organi-zação do conhecimento, cada uma das ciências sociais se presta mais à análise de certos fenômenos nos quais a efi ciência explicativa ou interpretativa do princípio que a caracteriza é maior. Daí a aparente especialização “territorial” de cada uma das ciências sociais, quando na verdade qualquer fenômeno so-cial pode ser olhado a partir de vários pontos de vista.

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No caso da Microeconomia, este aparente “território” existe e é o seu cam-po de estudo clássico, que se compõe de conceitos ligados à produção das empresas – custos, formação de preços em várias confi gurações de mercado – e também o comportamento do consumidor e outros assuntos correlatos. Não obstante, o princípio de comportamento racional estrito, claro e imutá-vel para cada pessoa, ordenador dos dados sociais pela Microeconomia, pode ser aplicado em outras áreas menos convencionais. Foi aplicado ao casamen-to, ao divórcio, à divisão de tarefas dentro da família, dentro das cidades, e assim por diante. E, em particular, na análise econômica das leis e do direito, ou seja, as normas jurídicas vistas sob a ótica de sistemas de incentivos e de efi ciência econômica. Idem para a ética, interpretável como uma solução de um jogo interativo entre os seres humanos, suas coalizões etc.

Assim, o curso de Microeconomia ora proposto objetiva a apresentação do material clássico e do menos convencional. A idéia é explorar os principais conceitos microeconômicos, provendo os futuros profi ssionais com as ferra-mentas necessárias para que entendam e possam prever o comportamento dos consumidores, das empresas, dos governos e dos mercados. Também será dada ênfase aos conceitos mais modernos (menos convencionais) de Micro-economia, sobretudo os ligados à Teoria dos Jogos, mostrando sua impor-tância na defi nição das estratégias dos consumidores e das organizações em geral. Aulas e leituras na área de análise econômica das leis também deverão ser apresentadas.

1.2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O objetivo do curso de Microeconomia será explorar os principais concei-tos microeconômicos, tornando possível explicar e talvez prever o comporta-mento das empresas, dos consumidores e dos mercados. Dentre os conceitos clássicos focados no curso estão os ligados à produção e empresas, custos, formação de preços em vários tipos de mercado e comportamento do consu-midor. Também será dada ênfase aos conceitos mais modernos, sobretudo os ligados à Teoria dos Jogos, mostrando sua importância na defi nição das estra-tégias dos consumidores e das organizações em geral. O objetivo será mostrar ao futuro profi ssional que o conhecimento da Microeconomia é fundamental para entender e prever comportamentos, decisões e estratégias.

1.3. METODOLOGIA

O curso será conduzido através de aulas expositivas, de aulas para debates e de aulas para a resolução de exercícios. Teremos então:

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• 18 Aulas expositivas; ao fi nal de cada aula expositiva serão sugeridos exercícios sobre os temas discutidos.

• 5 Aulas exclusivas para o debate de Questões para Discussão, os quais serão analisados a partir dos conceitos microeconômicos.

• 5 Aulas exclusivas para a resolução de exercícios e esclarecimento de dúvidas.

• 2 Aulas para a realização das provas.

1.4. MÉTODO DE AVALIAÇÃO

A média fi nal dos alunos consistirá na média simples entre duas provas e mais uma nota de participação, que envolve exercícios em sala, trabalhos para casa, freqüência, participação em aula etc.

Cada prova terá como matéria os Blocos descritos no Plano de Aula.Matéria da 1ª prova – Blocos I e IIMatéria da 2ª prova – Bloco III e IV

Caso não alcance a média mínima de 7,0, o aluno fará uma Prova Final, que englobará a matéria de todo o curso.

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2. PLANO DE AULA

BLOCO I: A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA

DURAÇÃO PREVISTA: 11 AULAS

6 aulas expositivas2 aulas para a discussão de Casos2 aulas para a resolução de exercícios1 aula para a realização da 1ª Prova

PARTE 1: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA

Referência bibliográfi ca: Mankiw, caps. 1 e 2; Krugman e Wells, caps. 1 e 2.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 1, Problemas e Aplicações 1 a 5; cap.

2, Questões para Revisão 3, 4 e 6; Problemas e Aplicações 4 e 7. Krugman e Wells, cap. 1, Problemas 4, 5 e 6; cap. 2, Problemas 1 a 5.

PARTE 2: INTERDEPENDÊNCIA E GANHOS COMERCIAIS

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 3; Stiglitz, cap. 3.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 3, Problemas e Aplicações 1 a 5.

PARTE 3: AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 4; Stiglitz, cap. 4.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 4, Problemas e Aplicações 1, 2, 5, 7 e 9.

PARTE 4: ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 5; Stiglitz, cap. 5.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 5, Problemas e Aplicações 1, 2, 4, 6 e 8.

PARTE 5: OFERTA, DEMANDA E POLÍTICAS DO GOVERNO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 6.

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Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 6, Questão para Revisão 4; Problemas e Aplicações 1, 4, 6 e 7.

CASO PARA DISCUSSÃO 1:

XHOSAS E ZULUS

Xhosa é o nome de um grupo étnico sul-africano de onde veio o grande líder Nelson Mandela, o qual lutou vitoriosamente contra o Apartheid. No grupo dos Xhosa, um homem deveria pagar 26 cabeças de gado de dote para a família de sua futura esposa. Assim, um homem rico, com muitas cabeças de gado, poderia ter várias esposas. Havia também “trocas secundárias”, ou seja, um homem poderia adquirir a esposa de outro em troca das tais 26 cabeças de gado.

Entre os Zulus, outro grupo étnico sul-africano, o dote pago para a família da futura esposa era de 11 cabeças de gado. Os Zulus eram grandes guerreiros (mais que os Xhosas) de maneira que muitos homens morriam e mulheres normalmente faziam parte do botim de guerra.

QUESTÕES:

a) Dê uma explicação em termos da lei da oferta e da demanda, para a menor “cotação” das esposas entre os Zulus.

b) O fato de que 26 e 11 eram cotações estabelecidas e tradicionais sugerem o quê a respeito da estabilidade da oferta e da demanda e do progresso técnico nessas sociedades?

c) A “globalização” tenderia a homogeneizar as cotações. Explique o que seria a globalização neste contexto e destaque as vantagens e desvantagens desta tendência. O que os Xhosas exportariam para os Zulus e estes para os Xhosas?

d) Pouco antes da abertura dos contatos entre os dois grupos qual seria o típico comportamento de um especulador Zulu, dada a possibilidade de “trocas secundárias”? É justo uma pessoa se bene-fi ciar porque interpreta melhor os eventos no mundo? E se tiver meramente sorte?

e) Seria justo permitir o contato social e comercial entre os Xhosas e os Zulus?

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CASO PARA DISCUSSÃO 2:

Manifesto Comunista

Marx e Engels, no Manifesto Comunista (1848), falaram que a história do Homem sempre foi marcada pelo confl ito entre o capital e o trabalho, isto é, entre o capitalista (o dono dos meios de produção) e o trabalhador. Conside-re essa questão e responda: não há cooperação entre capital e trabalho?

CASO PARA DISCUSSÃO 3:

PLANO DE COMBATE À GUERRILHA NO LUGAR DA GUERRA ÀS DROGAS (PLANO COLÔMBIA)

Por WFM-CARTACAPITALREVISTA CARTA CAPITAL- 11 Maio de 2005 – Ano XI – Número 341.

No seu primeiro périplo funcional e geoestratégico por países da América do Sul, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, fi cou pou-cas horas em Bogotá. Tempo sufi ciente, no entanto, para anunciar o fi m do Plano Colômbia – que completará os cinco anos estabelecidos em julho – e transmitir a decisão de Bush de continuar a ajuda militar para combater o terrorismo. Numa correta chave de leitura, faliu o Plano Colômbia. O novo foco prioritário será o combate aos insurgentes, considerados por Bush, quer no Iraque, quer na Colômbia, como terroristas.

Com tudo adrede preparado para evitar surpresas e reações verbais no funeral do Plano Colombia, o presidente Álvaro Uribe cumpriu silêncio ob-sequioso. No dia seguinte, já cogitava da nova estratégia antidrogas, em ce-rimônia no Parque Nacional Sierra Nevada de Santa Marta, onde foi encon-trada coca transgênica por um ofi cial da polícia colombiana, desmentido pelo czar antidrogas do governo norte-americano, John Walthers.

O dispendioso e militarizado Plano Colombia teve como carro-chefe a erradicação das áreas de cultivo de folhas de coca, matéria-prima para a ela-boração do cloridrato de cocaína. As áreas objeto das erradicações foram es-colhidas com base em identifi cação por fotografi as de satélite, ou seja, em Putumayo, Caqueta, Meta, Vichada e Vaupes. O forte das erradicações con-sistiu no despejo de toneladas do potente herbicida à base de glifosato, desen-volvido pela multinacional Monsanto.

Esse ingrediente ativo é comercializado com o nome Roundup, sendo fartamente encontrável nas prateleiras dos supermercados e casas de pro-dutos agrícolas brasileiros. As perigosas erradicações manuais em campos

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sob proteção de guerrilheiros e paramilitares, como se percebeu, não ti-nham a velocidade dos ágeis camponeses incumbidos de replantar e ex-pandir as culturas.

Como se sabe, o Plano Colômbia foi elaborado pelo então czar an-tidrogas do governo Bill Clinton, general Barry MacCaff rey. O ob-jetivo estratégico-militar era arrasar os plantios de coca colombia-nos para conseguir, no mercado internacional, escassear a oferta da droga e, por conseqüência, reduzir o lucro vultoso dos narcotrafi can-tes. A falta da cocaína elevaria os preços, tornando proibitiva a compra do banalizado “papelote do pó”. Entretanto, não foi o que aconteceu. Na Colômbia, houve efetiva erradicação de áreas de plantio da coca, a par-tir do derrame de herbicidas. Segundo Bush declarou na última estada na cidade de Cartagena, em 2004 foram fumigados cerca de 130 mil hectares, tendo sobrado apenas 65 mil hectares. Só não contou que as áreas migraram interna e externamente, ocorrendo triplicação da produção no Peru e dupli-cação na Bolívia.

Para Condoleezza Rice, o Plano Colômbia foi um sucesso, conforme decla-rou em entrevista ao jornal El Tiempo. Apenas não conseguiu explicar o por-quê do encerramento de um plano “efi ciente” e que fazia tanto sucesso. Mais uma vez, porém, convém lembrar que, nos últimos 20 anos, a área de cultivo de coca na região andina continua a mesma, ou seja, de 200 mil hectares.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anunciou o fi m do Plano Colombia, plano americano de combate ao narcotráfi co na Co-lômbia. Segundo o artigo apresentado, as caríssimas operações militares dos EUA na Colômbia, de combate à produção de drogas, não surtiram o efeito de reduzir a produção.

QUESTÕES:

a) Usando conceitos de elasticidade (ou inelasticidade) da demanda e da oferta, no curto e no longo prazo, explique porque o Plano não deu certo.

b) Ainda usando a tradicional análise de oferta e demanda, teria sido possível que o resultado da operação fosse um aumento de outros crimes? Explique o porquê usando o conceito de crimes comple-mentares e substitutos.

c) Seria mais conveniente, economicamente, os americanos reduzirem (via educação, por exemplo) a demanda por drogas nos EUA? Ou mesmo reprimirem a demanda com punições? Por que não fi zeram isto? É justo descriminalizar o consumo de drogas?

d) Que analogia pode ser feita entre este caso e a decisão do governo bra-sileiro nos anos de 1930 de destruir os estoques de café excedentes?

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TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:

• Trade-off s• Análises normativas e positivas • Custo de oportunidade• Especialização• Interdependência e ganhos comerciais: vantagem absoluta e vantagem

comparativa• Curva de demanda• Preço X quantidade demandada• Curva de Oferta• Preço X quantidade ofertada• Equilíbrio oferta X demanda• Elasticidade da demanda• Elasticidade da oferta• Controle de preços (preços máximos e preços mínimos)

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BLOCO 2: ECONOMIA DO BEM-ESTAR

DURAÇÃO PREVISTA: 7 AULAS

6 aulas expositivas1 aula para a discussão de Casos1 aula para a resolução de exercícios1 aula para a realização da 2ª Prova

PARTE 1: CONSUMIDORES, PRODUTORES E EFICIÊNCIA DOS MERCADOS

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 7; Stiglitz, cap. 10.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 7, Problemas e Aplicações 1 a 5.

PARTE 2: APLICAÇÃO: OS CUSTOS DA TRIBUTAÇÃO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 8.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 8, Questões para Revisão 1 e 2; Pro-

blemas e Aplicações 1, 3 e 7.

PARTE 3: APLICAÇÃO: COMÉRCIO INTERNACIONAL

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 9.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 9, Questões para Revisão 1, 2 e 3;

Problemas e Aplicações 1 e 6.

CASO PARA DISCUSSÃO 1:

Brasil derrota EUA na OMCO Globo, 04/03/2005

Mônica TavaresBRASÍLIA, GENEBRA e RIO

A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu ontem ganho de causa defi nitivo ao Brasil ao considerar indevidos os subsídios concedidos pelos Estados Unidos aos seus produtores de algodão. É a segunda vitória brasileira

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em um ano na disputa com os países ricos – a primeira foi contra a ajuda da União Européia (UE) à produção de açúcar – numa ação que vai benefi ciar outros 13 países. A decisão abre espaço ainda para novas batalhas no ringue do comércio internacional. No relatório, a OMC reconheceu que também são distorcidos os subsídios embutidos no fi nanciamento aos produtores americanos de soja, milho e arroz.

– A decisão da OMC é um marco na negociação agrícola internacional. Ela está deixando claro que não admitirá práticas comerciais predatórias – comemorou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

– Os países em desenvolvimento têm agora um poder de barganha muito maior – afi rmou o especialista Richard Steinberg, professor da Universidade da Califórnia.

O Brasil é o quinto maior produtor e o quarto maior exportador de algo-dão do mundo. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), com a decisão da OMC a atual produção pode dobrar em cinco anos. Em 2004, foram produzidas no país 3,612 milhões de toneladas, das quais 371 mil foram exportadas gerando US$ 1,080 bilhão. Os empresários estimam que o forte subsídio à produção causa prejuízo anual ao produtor brasileiro de US$ 480 milhões.

Amorim: para o país, ‘OMC é insubstituível’

Executivos do setor agroexportador do Brasil comemoraram a decisão da OMC. Segundo o vice-presidente da Associação de Comércio Exte-rior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a posição da OMC não dá mais chances de recurso aos EUA. Já o vice-presidente da Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gilman Viana Rodri-gues, disse que a decisão permitirá de imediato uma recuperação dos preços internacionais do algodão. No início do ano, estavam em tor-no de US$ 1.966 a tonelada, contra US$ 2.816 em janeiro de 2004. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, embarcou on-tem para o Quênia, na África, onde participará de uma mini-reunião minis-terial da OMC. A reunião no Quênia é uma preliminar do encontro de Hong Kong, em dezembro, quando os membros da OMC pretendem retomar as negociações da Rodada de Doha, suspensas desde 2003.

– A OMC para nós é muito importante, insubstituível. As batalhas do algodão e do açúcar, e agora a do frango salgado, nunca teriam sido ganhas num contexto de acordo bilateral, seja com a União Européia seja com os EUA – disse Amorim, antes da divulgação do resultado da OMC no painel sobre algodão.

A organização não-governamental de combate à pobreza Oxfam Interna-tional, de origem inglesa, também elogiou a decisão da OMC.

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– Só entre 2001 e 2003, os pequenos algodoeiros africanos perderam US$ 400 milhões por isso – disse Guilherme Brady, membro do escritório da Oxfam em Brasília.

Na África, a cultura algodoeira sustenta 10 milhões de pessoas. De acordo com a Oxfam, os subsídios do governo americano para o algodão, equivalem a toda a ajuda humanitária dos EUA para o continente africano.

(extraído do site do Ministério das Relações Exteriores – Noticiário 20/07/05)

O Brasil, segundo os jornais, ganhou na OMC a questão do algodão e também do açúcar: os subsídios americanos e europeus devem ser retirados.

QUESTÕES:

Mostre com um gráfi co de oferta e demanda o que acontece com o preço mundial de algodão com a retirada dos subsídios.

No Brasil há consumidores e produtores de algodão. Mostre com um grá-fi co de oferta e demanda o efeito da retirada dos subsídios sobre o compor-tamento das exportações brasileiras, o ganho dos produtores brasileiros e as perdas dos consumidores brasileiros. É possível estimar o valor, por exemplo, dos ganhos dos produtores usando o conceito de excedente? O Brasil, como um todo (consumidores e produtores) perde ou ganha com a nova política?

Se os produtores brasileiros vão ganhar, quanto ganhariam os empresários e os trabalhadores, fatores que se combinam para produzir? Use o conceito de elasticidades relativas na sua resposta.

O ganho brasileiro com a decisão da OMC, em termos distributivos, é re-gressivo dentro do Brasil? Qual seria o seu efeito alocativo dentro do Brasil?

CASO PARA DISCUSSÃO 2

Deputados aprovam restrição à cobrança por estacionamento no Rio 15/02/2005 – 20h55, da Folha Online

A Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou nesta terça-feira, por aclamação, um projeto de lei que restringe a cobrança pelo estacionamen-to em shoppings. A medida deve isentar clientes que efetuarem compras cujo valor equivalha a mais de dez vezes o preço cobrado pelo estacionamento.

Segundo o deputado Gilberto Palmares (PT), autor do projeto, além dos consumidores, a medida deve benefi ciar “os lojistas, que vão vender mais, e o governo do Estado, que poderá aumentar sua arrecadação com as notas fi scais que serão recolhidas para garantir a gratuidade”.

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O projeto prevê ainda que a medida seja divulgada, por cartazes, nas de-pendências do estabelecimento.

QUESTÕES:

a) A proibição de cobrança de estacionamento nos shoppings vai ser paga pelos donos dos shoppings? Vai benefi ciar os lojistas? O custo pode ser repassado aos consumidores? Em que condições?

b) Há o potencial de tal proibição ter efeito distributivo regressivo (use conceitos de elasticidade para responder sobre a incidência da proibição)? Qual seria seu efeito alocativo dentro do Brasil?

TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:

• Economia do bem-estar• Excedente do consumidor• Excedente do produtor• Efi ciência X equidade• Peso morto e custos sociais dos tributos• Preço mundial• Tarifas

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BLOCO 3: COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAÇÃO DA INDÚSTRIA

DURAÇÃO PREVISTA: 7 AULAS

4 aulas expositivas1 aula para a discussão de Casos1 aula para a resolução de exercícios1 aula para a realização da 3ª Prova

PARTE 1: OS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 13; Stiglitz, caps. 7 e 8.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 13, Teste Rápido p. 270; Questão para

Revisão 5; Problemas e Aplicações 1, 2 e 3.

PARTE 1: EMPRESAS EM MERCADOS COMPETITIVOS

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 14; Stiglitz, cap. 8.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 14, Questões para Revisão, 1 e 3; Pro-

blemas e Aplicações 3, 4 e 11.

PARTE 2: MONOPÓLIO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 15; Stiglitz, cap. 12.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 15, Problemas e Aplicações 1, 2, 6, 7 e 9.

PARTE 3: OLIGOPÓLIO

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 16; Stiglitz, cap. 12.Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 16, Problemas e Aplicações 1, 2, 5 e 10.

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO 1:

William Blackstone, famoso jurista inglês, escreveu Comentaries on the Laws of England (1765-1769), em cujo volume 4 se encontra a seguinte afi r-

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mação: “Th us in France the punishment of robbery, either or without murder, is the same: hence it is, that though perhaps they are therefore subject to fewer robberies, yet they never rob but they also murder. In China, murderers are cut to pieces, and robbers not: hence in that country they never murder on the highway, though they often rob.”

Em vista do texto acima, comente a seguinte afi rmação: “Uma lei penal que estabelece punições iguais para o assalto e para o assalto com homicídio, incentiva os homicídios devido ao custo marginal zero destes e ao benefício marginal positivo para os assaltantes”.

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO 2:

Uma autoridade policial do Rio de Janeiro declarou recentemente que o maior cerceamento aos trafi cantes de drogas leva ao aumento dos seqüestros. Analise a questão em termos de racionalidade, do conceito de elasticidade e de custos de punir o criminoso. Seria efi ciente punir o criminoso que faz parte de um crime organizado de modo similar ao criminoso impulsivo?

CASO PARA DISCUSSÃO 1:

Justiça suspende venda da Varig para TanureFolha de S. Paulo – 15/12/2005

A Justiça suspendeu a venda da FRB Participações, controladora da Varig, para a Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, arrendatário do “Jornal do Brasil” e da “Gazeta Mercantil”. O negócio, de US$ 112 milhões em dez parcelas anuais, havia sido fechado na segunda. A comissão de juízes que cuida da recuperação da companhia aérea tomou a decisão com base em petição do Ministério Público do Estado do Rio, por entender que os credores da Varig deveriam ter aprovado a negociação em assembléia, o que não ocorreu.

O negócio fechado por Tanure envolvia a compra de 25% das ações ordi-nárias e mais usufruto por dez anos de 42% das ações da FRB Participações. Apesar de a FRB Participações não estar em processo de recuperação judicial, mas, sim, a Varig e outras empresas do grupo, o Ministério Público concluiu que a operação, indiretamente, “importou na mudança do controle societá-rio” dessas companhias e, por isso, pediu a nulidade da negociação.

Os juízes, porém, em vez de “anular” o negócio, optaram por “torná-lo inefi caz”. Isso porque, na próxima segunda, em assembléia já marcada, os credores poderão aceitar o negócio proposto por Tanure. “O ato está inefi -

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caz até uma futura decisão dos credores, no dia 19, em sentido contrário”, disse o juiz Paulo Roberto Fragoso, da 8ª Vara Empresarial do Rio. Segundo Fragoso, são os credores os que serão mais afetados em caso de falência ou troca de controle da Varig. Além de Fragoso, cuidam do caso a juíza Márcia Cunha, da 2ª Vara Empresarial, e o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara. A Docas pode recorrer, mas, ainda que isso aconteça, a assembléia dos credores está mantida, segundo os juízes. Até o fechamento desta edição, a empresa não havia decidido o que fazer.

A Justiça também determinou que a empresa Docas “se abstenha da prá-tica de qualquer ato que implique o exercício do status de acionista contro-lador, até eventual deliberação assemblear em sentido contrário”. Apesar da complexidade do assunto, os juízes acreditam que na semana que vem haverá desfecho para o caso Varig. Na assembléia, após decidirem se aceitam ou não a venda para Tanure, os credores vão votar planos de recuperação. O primeiro é o que será apresentado pela Varig. Podem também ser apresentados planos de outros credores e até de Nelson Tanure, caso o negócio com a FRB Parti-cipações seja aceito.

Há ainda a possibilidade de que sejam aprovadas modifi cações para que os planos de recuperação tenham aceitação. Por fi m, mesmo em caso de re-jeição parcial dos planos, a Justiça pode impor uma das soluções propostas, se considerar que será a melhor saída para a Varig. Se todas essas hipóteses de “salvar” a companhia forem rejeitadas pelos credores, o caminho é a falência. Caso contrário, a empresa fi cará dois anos em processo de recuperação, sob fi scalização judicial. A Varig reconhece ter passivo superior a R$ 7 bilhões.

QUESTÕES:

a) Quando uma empresa tem prejuízo, ela sempre tem que fechar as portas?

b) Quando os credores devem, racionalmente, concordar com a con-tinuação do seu funcionamento, apesar do prejuízo? Use o conceito de custo histórico ou irrecuperável para responder.

c) E se alguns poucos credores do grupo resolver não concordar com a proposta aceita pela maioria?

CASO PARA DISCUSSÃO 2:

O caso Nestlé – Chocolates Garoto na ótica dos consumidores27 de Fevereiro de 2004Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

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MICROECONOMIA

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Quem tem medo de monopólio? Todos nós, que somos consumidores, podemos ser prejudicados pelo excessivo poder de mercado de uma única empresa, ou mesmo de um pequeno conjunto de empresas que domina o mercado de um produto.

Quanto mais concorrencial é um mercado, maior a possibilidade de haver disputa de preço. Isso favorece o consumidor que tem maior diversidade na oferta e pode ter à disposição preços mais baixos.

“Quanto mais pulverizado, mais competitivo é o setor; quanto mais oligopolizado, menos competitivo”, (Heron do Carmo, ex-coordenador da pesquisa de custo de vida, da FIPE – Gazeta Mercantil). Os preços sobem menos nos setores em que mais fornecedores disputam a preferên-cia dos consumidores. E resistem mais onde os fornecedores são poucos e poderosos.

Para os consumidores é importante que haja equilíbrio não só entre os produtores, mas também entre produtores e varejistas. A capacidade de ne-gociação das redes de varejo contribui para moderar a alta dos preços. Nélson Sendas, vice-presidente comercial do grupo Sendas, afi rma que, nas nego-ciações de preços, a barganha se torna mais complicada quando há menor número de fornecedores. “Indústrias como a de biscoitos, com muitos con-correntes, não podem impor preços” (Gazeta Mercantil).

Quando uma empresa detém poder econômico tal que lhe permita a atuação no mercado de forma independente e indiferente aos outros agen-tes econômicos, ela poderá assumir comportamentos prejudiciais aos con-sumidores. Isso signifi ca ausência de ambiente concorrencial. A empresa em posição dominante tende a adotar comportamento típico de monopo-lista, aumentando preços e adotando práticas que não adotaria caso hou-vesse concorrência.

Fica claro que a excessiva concentração do mercado, quando acontece, pode prejudicar o consumidor. Existe um organismo que tem a missão de proteger o consumidor contra essas situações, é o CADE – Conselho Ad-ministrativo de Defesa Econômica – vinculado ao Ministério da Justiça. O CADE utiliza critérios técnicos para evitar situações de excessiva concentra-ção do poder de mercado em apenas uma, ou poucas empresas.

A análise do CADE e da Secretaria de Direito Econômico – SDE con-cluiu que a compra da Garoto pela Nestlé gera elevadas concentrações nos mercados de bombons avulsos e tabletes pequenos de chocolates, de caixas de bombons, de ovos de páscoa e de tabletes grandes.

Seria criado um monopólio no mercado de coberturas de chocolate lí-quidas, pois apenas Nestlé e Garoto ofertam esse produto no mercado. A concentração também seria grande no mercado de coberturas de chocolate sólidas. Essas coberturas são utilizadas como insumo básico para as empresas fabricantes de chocolates artesanais e outras. Dessa forma, esses fabricantes,

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MICROECONOMIA

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que necessitam adquirir seus insumos da Nestlé, não teriam fornecedor alter-nativo e caso o insumo venha a subir, terão que repassar o preço ao consumi-dor ou encerrar as atividades.

A análise revelou a existência de altas barreiras à entrada nesses mercados (necessidade de montagem de uma rede de distribuição capilar, fi delidade à marca, investimentos iniciais elevados para construção de unidade fabril). Isto quer dizer que seria praticamente impossível alguma empresa entrar nes-se mercado para concorrer com a Nestlé, no curto prazo.

QUESTÕES:

a) Como a Nestlé/Chocolates Garoto escolheria a quantidade produ-zida e o preço a ser cobrado pelo produto?

b) Como a quantidade produzida pela Nestlé/Chocolates Garoto se compara à quantidade que maximizaria o excedente total, gerando o máximo de bem-estar aos consumidores?

CASO PARA DISCUSSÃO 3:

O mundo pós-Kyoto Apesar da oposição dos EUA, os 157 países reunidos no Canadá decidi-

ram continuar combatendo as emissões de gases-estufa após 2012

JB Online06/01/2006Maya Santana

“Os americanos e os australianos queriam, praticamente, extinguir o Protocolo de Kyoto, que já foi ratifi cado e está em vigor desde fevereiro de 2005. Mas, os países participantes não deixaram. Sob este ponto de vista, considero a 11a conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU um avanço, já que foram neutralizadas as forças poderosas que trabalhavam contra o protocolo”. A avaliação é de Ronaldo Vasconcellos, vice-prefeito de Belo Horizonte e ambientalista histórico, que participou da conferência, no mês passado. Os 157 países signatários do tratado in-ternacional, que não teve a adesão dos Estados Unidos, o maior poluidor do planeta, se reuniram durante três dias, na cidade canadense de Mon-treal para discutir o que deve ser feito quando expirar, em 2012, o tratado que estabelece quotas de emissões dos gases causadores do aquecimento do planeta. A elevação da temperatura da terra é considerada o problema ambiental mais grave do século XXI, por ser responsável pelas mudanças

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climáticas, que têm provocado furacões mais violentos, como o Katrina, e fenômenos como a seca na Amazônia.

As perdas ocasionadas em 2005 por desastres naturais relacionados ao cli-ma, como furacões e tempestades tropicais, chegaram a US$ 200 bilhões, segundo estudo da Fundação Re de Munique, na Alemanha. Os dados foram divulgados na própria conferência. As perdas cobertas apenas por seguros, de acordo com o estudo, foram de mais de US$ 70 bilhões. Segundo a Funda-ção, as perdas em 2004 foram de US$ 145 bilhões.

Posição irredutível – Não é só o vice-prefeito da capital mineira que consi-dera os resultados do encontro no Canadá positivos, embora nada de concre-to tenha sido anunciado, apenas que a questão do pós-Kyoto será discutida novamente este ano. Mas os analistas consideram que, só a disposição mos-trada de querer discutir o assunto já é alvissareiro.

“O Protocolo de Kyoto hoje está mais forte hoje. A histórica primeira Reunião das Partes, que ratifi cou o protocolo, reconheceu a urgência da ame-aça que as mudanças climáticas representam para as populações mais pobres do mundo e, eventualmente, para todos nós”, afi rmou Carlos Rittl, coorde-nador da Campanha de Clima da ONG ambientalista Greenpeace.

Os Estados Unidos, que despejam na atmosfera o equivalente a mais de 25% dos gases que agravam o efeito estufa, mais uma vez, se recusaram a dar a sua con-tribuição para tornar o planeta mais seguro, em termos climáticos. Não só isso. O presidente George Bush alega a adoção do Protocolo de Kyoto prejudicaria a indústria americana, provocando, inclusive, desemprego. Bush também acha que países como o Brasil, Índia e China, também deveriam ter obrigações em relação ao protocolo, já que estão entre as 10 nações que mais poluem o mundo. No caso bra-sileiro, por causa da fumaça proveniente dos incêndios e queimadas na Amazônia.

Na nota que divulgou logo após o encerramento da conferência, a Gre-enpeace disse que “como já era esperado, a administração Bush tentou obs-truir o processo de negociações em Montreal, chegando até, em determina-do ponto, a abandonar a reunião em protesto. Mas, todos os outros países mostraram uma forte determinação em avançar, indiferentes à atitude dos representantes dos Estados Unidos”.

QUESTÃO:

O Tratado de Kyoto cria para os países desenvolvidos a obrigação de redu-zir as emissões de gases do efeito estufa, evitando graves alterações climáticas. Ele estabelece metas para a grande maioria dos países desenvolvidos, que de-verão reduzir suas emissões entre 2008 e 2012, em média, em 5% em relação às emissões registradas em 1990.

Embora esse Tratado possa signifi car, no futuro, a salvação do planeta, os EUA se recusam a assinar o acordo. Por quê?

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TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:

• Custo total e custo médio• Custo fi xo e custo variável• Custo incremental ou marginal• Custos de oportunidade• Custo histórico ou inevitável• Lucro econômico x Lucro contábil• Economias de escala• Mercados competitivos• Monopólio• Oligopólio• Teoria dos jogos e poder de mercado• Equilíbrio de Nash

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BLOCO 4: A ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

DURAÇÃO PREVISTA: 5 AULAS

2 aulas expositivas1 aula para a discussão de Casos1 aula para a resolução de exercícios1 aula para a realização da 4ª Prova

PARTE 1: EXTERNALIDADES

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 10; Stiglitz, cap.11 (p. 194).Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 10, Teste Rápido p. 209; Questões

para Revisão 3; Problemas e Aplicações 1, 2 e 3.

PARTE 2: BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNS

Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 11; Stiglitz, cap.11 (p. 195).Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 11, Teste Rápido p. 230; Problemas e

Aplicações 1, 3, 5 e 7.

CASO PARA DISCUSSÃO 1:

Moradores se queixam de barulho do aeroportoJornal do Brasil, 17/03/2005

O barulho vindo do Aeroporto de Brasília há muito tempo irrita mora-dores do Lago Sul. O incômodo é tanto que a Associação Amigos da Colina Dom Bosco, formada por habitantes de várias quadras, encaminhou uma representação ao Ministério Público buscando soluções para o problema. Se-gundo Antônio Carlos Osório Filho, um dos principais ativistas do grupo, a primeira representação foi encaminhada ao MP há mais de um ano, expondo os transtornos sofridos pelos moradores. Como o processo foi arquivado, os moradores entraram com um recurso na terça-feira, reivindicando mais atenção do MP.

As queixas listadas nos documentos incluem a ausência de licença am-biental e o descumprimento da lei do Distrito Federal que estabelece o nível máximo de ruídos. Segundo Osório, a principal causa do barulho seria a cir-

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culação de aviões antigos, usados no transporte de cargas. Por não possuírem tecnologia de redução de ruídos, esses aviões sofrem uma série de restrições na maior parte dos aeroportos. Em Brasília, no entanto, continuam circu-lando livremente durante a noite. Morador da QI 19 há dois meses, Osório acredita que o barulho vindo do aeroporto prejudica a vida de quem vive nas áreas próximas e cobra maior sensibilidade do MP diante da questão:

– As pessoas aqui não têm paz para dormir. Esperamos que o MP tome as medidas necessárias. Nosso objetivo é que o aeroporto providencie o licen-ciamento ambiental e que o Departamento de Aviação Civil pare de adiar a desativação das aeronaves antigas – afi rmou o morador.

QUESTÃO:

Num aeroporto os aviões causam externalidades negativas (ruído) para os que moram próximo à pista. Qual seria a solução? “Deixa para lá”, “Os incomodados que se mudem”, “Os mais ricos (companhias aéreas e/ou aeroporto) devem pagar”, “Quem chegou primeiro tem o direito”, “Os mais fortes prevalecem” ou outras? Enfi m, encarando o problema como se fosse estritamente de efi ciência econômica:

a) Coloque valores numéricos nos diversos custos envolvidos nas ações alternativas, e determine a solução de efi ciência econômica.

b) É possível que a solução de efi ciência econômica leve num certo aeroporto à opção “Deixa para lá”, e em outro aeroporto à solução “Os incomodados que se mudem”? Explique.

c) Descreva como o teorema de Coase pode levar a se alcançar a solu-ção efi ciente.

d) Descreva também qual é o problema que tipicamente pode levar a não funcionar a idéia de Coase.

CASO PARA DISCUSSÃO 2:

O REFERENDO DO DESARMAMENTO

Um revólver só pode provocar externalidades negativas: a sua única fun-ção é ferir ou matar (exceto nos casos de uso esportivo). No entanto, em outubro de 2005, o governo promoveu um referendo popular para saber se a população concordava com a proibição da venda de armas de fogo e munição em todo o território nacional, e prevaleceu a parcela da população contra o desarmamento, isto é, que achava que cada cidadão deveria ter preservado o seu direito de possuir uma arma.

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a) Por que o resultado fi nal do referendo foi contra o desarmamento, a despeito das armas de fogo representarem externalidades negativas?

b) Seria interessante que cada um providenciasse sua própria segurança ou seria mais efi ciente ter um sistema de segurança pública? Por quê?

TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:

• Externalidades• Solução do problema: teorema de Coase• Custos de transação• Imposto de Pigou• Exclusão e rivalidade• Bens privados• Bens públicos• Recursos comuns• O problema do “carona”

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MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 26

3. BIBLIOGRAFIA

OBRIGATÓRIA:

MANKIW, N. Gregory, Introdução à Economia. São Paulo: Pioneira Th om-son Learning, 2005.

COMPLEMENTAR:

KRUGMAN, Paul e WELLS, Robin. Introdução à economia. Rio de janei-ro: Elsevier, 2007.

STIGLITZ, Joseph E. & Walsh, Carl E. Introdução à Microeconomia, Rio de Janeiro: Campus, 2003.

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TRANSPARÊNCIAS

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con

sum

idor

pod

e re

duzi

r su

as c

ompr

as d

e fu

bá(e

feito

rend

a).

Se

o pr

eço

de

pêra

au

men

tar,

um

cons

umid

or

pode

au

men

tar

suas

com

pras

de

maç

ãs (

pêra

se

maç

ãs s

ão

subs

titut

os p

ara

o co

nsum

idor

)S

e o

preç

o da

soj

a au

men

tar

um fa

zend

eiro

pod

e re

duzi

r su

a pr

oduç

ão d

e m

ilho,

par

a pr

oduz

ir m

ais

soja

(so

ja e

m

ilho

são

subs

titut

os p

ara

o pr

odut

or).

Mud

ança

s de

Circ

unst

ânci

as

10

Page 38: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 38

Seçã

o 1

Mud

ança

s de

Circ

unst

ânci

as

–A

ho

sped

agem

em

ho

téis

em

M

anau

s e

as

pass

agen

s aé

reas

pa

ra

Man

aus

são

bens

co

mpl

emen

tare

s pa

ra

os

cons

umid

ores

; es

tes

cost

umam

com

prar

um

pac

ote

com

plet

o de

via

gem

.

–O

que

ijo e

o le

ite s

ão s

ubst

ituto

s pa

ra o

pro

duto

r (e

pr

ovav

elm

ente

tam

bém

par

a o

cons

umid

or).

–A

car

ne e

o c

ouro

são

ben

s co

mpl

emen

tare

s pa

ra o

s pr

odut

ores

; qua

ndo

se p

rodu

z m

ais

carn

e, a

umen

ta a

pr

oduç

ão d

e co

uro

e vi

ce v

ersa

. A

car

ne e

o c

ouro

o be

ns c

ompl

emen

tare

s pa

ra o

s co

nsum

idor

es?

11

Page 39: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 39

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

10) D

ê ou

tros

exem

plos

de:

bens

sub

stitu

tos

para

os

cons

umid

ores

.be

ns c

ompl

emen

tare

s pa

ra o

s co

nsum

idor

es.

bens

sub

stitu

tos

para

os

prod

utor

es.

bens

com

plem

enta

res

para

os

prod

utor

es.

bens

que

ser

iam

mai

s de

man

dado

s pe

lo c

onsu

mid

or, s

e a

sua

rend

a au

men

tass

e.

11) C

erto

ou

erra

do?

Jus

tifiq

ue.

a)

Móv

eis

e se

rrag

em

são

bens

su

bstit

utos

pa

ra

o co

nsum

idor

.b)

Álc

ool e

açú

car

são

bens

sub

stitu

tos

para

os

usin

eiro

s de

can

a.

12

Page 40: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 40

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

12)

Um

aum

ento

no

auxí

lio d

esem

preg

o te

nder

ia a

umen

tar

ou d

imin

uir a

taxa

de

dese

mpr

ego

na e

cono

mia

?13

) U

m a

umen

to n

as p

ensõ

es p

agas

pel

o go

vern

o te

nder

ia

a au

men

tar o

u a

dim

inui

r a p

oupa

nça

das

fam

ílias

?14

) O

pre

ço d

a en

trada

de

cine

ma

dobr

a.

O q

ue a

cont

ece

com

as

com

pras

de

entra

da d

e ci

nem

a po

r pa

rte d

os

cons

umid

ores

? E

as

com

pras

de

entra

da d

e te

atro

?15

) O

pre

ço d

o ún

ico

rem

édio

con

tra a

doe

nça

X d

obra

. O

qu

e ac

onte

ce c

om a

s co

mpr

as d

o re

méd

io f

eita

s pe

los

cons

umid

ores

com

a d

oenç

a X

? D

imin

uem

mui

to o

u po

uco?

13

Page 41: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 41

Seçã

o 1

As

Inte

raçõ

es: g

anho

s de

com

érci

o

Um

pro

duto

r po

de fa

bric

ar c

erve

ja a

o cu

sto

de 2

R$/

litro

. S

e ho

uver

pes

soas

dis

post

as a

pag

ar a

té5

R$/

litro

pel

a ce

rvej

a,

surg

e a

poss

ibili

dade

de

pr

odut

ores

e

cons

umid

ores

inte

ragi

rem

favo

rave

lmen

te p

ara

amba

s as

pa

rtes.

S

e a

cerv

eja

foss

e ne

goci

ada

entre

ele

s po

r R

$ 3/

litro

, por

exe

mpl

o, o

s pr

odut

ores

gan

haria

m R

$ 1/

litro

e

os c

onsu

mid

ores

R$

2/lit

ro.

Hav

eria

um

gan

ho c

onju

nto

(soc

ial)

tota

l de

R$

3/lit

ro, c

ham

ado

ganh

o de

com

érci

o.

As

trans

açõe

s (c

omér

cio)

vol

untá

rias

entre

dua

s ou

mai

s pa

rtes

são,

em

ger

al, u

m jo

go d

e so

ma

posi

tiva.

14

Page 42: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 42

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

16)

exem

plos

de

jogo

s de

som

a po

sitiv

a qu

e en

volv

am t

rans

açõe

s co

mer

ciai

s ex

plíc

itas,

com

pa

gam

ento

s em

di

nhei

ro,

e ou

tros

que

não

envo

lvam

pa

gam

ento

s m

onet

ário

s.

E

xpliq

ue

suas

resp

osta

s.

17)

exem

plos

de

jo

gos

de

som

a ne

gativ

a.

Dev

eria

m s

er c

oibi

dos?

18)

O j

ogo

de d

amas

éum

jog

o de

som

a nu

la?

E

xpliq

ue s

ua re

spos

ta.

15

Page 43: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 43

Seçã

o 1

A D

ivis

ão In

tern

acio

nal d

o Tr

abal

ho

O

Bra

sil

expo

rta

carn

e “in

na

tura

”pa

ra

a A

lem

anha

on

de

ébe

nefic

iada

, en

lata

da e

exp

orta

da,

incl

usiv

e pa

ra o

Bra

sil.

Alg

uns

com

enta

rista

s br

asile

iros

dize

m q

ue d

ever

íam

os b

enef

icia

r a

carn

e do

mes

ticam

ente

, já

que

tem

os a

mat

éria

prim

a ba

rata

, de

mod

o a

agre

gar v

alor

no

país

, cria

r em

preg

os e

ass

im p

or d

iant

e.

A A

lem

anha

im

porta

a c

arne

bra

sile

ira “

in n

atur

a”e

a be

nefic

ia.

Alg

uns

com

enta

rista

s al

emãe

s di

zem

que

dev

eria

m p

rodu

zir a

mat

éria

pr

ima

na A

lem

anha

mes

mo,

que

pode

m b

enef

iciá

-la c

om c

usto

s be

m b

aixo

s, d

e m

odo

a ag

rega

r val

or n

a A

lem

anha

, cria

r em

preg

os e

as

sim

por

dia

nte.

Qua

l éa

sua

opin

ião

(isen

ta, s

e po

ssív

el) s

obre

o a

ssun

to?

16

Page 44: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 44

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

19)

Sua

opi

nião

sob

re o

ass

unto

car

ne,

Ale

man

ha x

Bra

sil,

depe

nder

ia d

e in

form

açõe

s so

bre

quem

pro

duz

carn

e “in

na

tura

”mai

s ba

rato

, que

m a

ben

efic

ia m

ais

bara

to e

tc.?

A

espe

cial

izaç

ão n

a pr

oduç

ão (n

o B

rasi

l se

prod

uziri

a ca

rne

“in n

atur

a”e

na A

lem

anha

ela

ser

ia b

enef

icia

da)

pode

ria

traze

r ga

nhos

glo

bais

, a

sere

m d

ivid

idos

ent

re a

s pa

rtes

(Bra

sil e

Ale

man

ha)?

20) A

s m

atér

ias

prim

as d

os e

stad

os b

rasi

leiro

s de

veria

m s

er

bene

ficia

das

nos

esta

dos

indu

stria

lizad

os d

o pa

ís?

Não

se

ria t

ambé

m o

cas

o de

se

pens

ar e

m a

greg

ar v

alor

no

loca

l de

pr

oduç

ão?

E

po

rque

os

es

tado

s m

ais

indu

stria

lizad

os

não

prod

uziri

am

sua

próp

ria

mat

éria

pr

ima,

agr

egan

do v

alor

no

próp

rio e

stad

o?

17

Page 45: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 45

Seçã

o 1

O P

apel

do

Gov

erno

As

inte

raçõ

es d

as p

esso

as, q

ue p

ropi

ciam

gan

hos

soci

ais,

são

poss

ívei

s se

hou

ver:

–In

tera

ções

vol

untá

rias

(aus

ênci

a de

coe

rção

, de

“pod

er

de m

erca

do”)

;–

Inte

raçõ

es a

dequ

adam

ente

inf

orm

adas

(au

sênc

ia d

e de

sinf

orm

ação

del

iber

ada,

de

indu

ção

a er

ros)

;–

Inte

rnal

izaç

ãode

tod

os o

s be

nefíc

ios

e cu

stos

das

de

cisõ

es (

quem

auf

ere

os b

enef

ício

s e

arca

com

os

cust

os

de

cada

de

cisã

o se

ria

o ag

ente

de

ciso

r, ex

clus

ivam

ente

);–

Cum

prim

ento

do

s co

ntra

tos

form

ais

e in

form

ais

deco

rren

tes

das

inte

raçõ

es,

sobr

etud

o no

ca

so

de

açõe

s se

para

das

no te

mpo

.

18

Page 46: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 46

Seçã

o 1

Exem

plos

Qua

ndo

tais

con

diçõ

es n

ão v

alem

, oco

rrem

as

cham

adas

“fa

lhas

de

mer

cado

”, ex

empl

ifica

das

abai

xo.

E a

açã

o co

rret

iva

gove

rnam

enta

l se

just

ifica

.-

Um

mon

opol

ista

exe

rce

seu

pode

r de

ven

dedo

r ún

ico

redu

zind

o de

liber

adam

ente

a p

rodu

ção

para

um

nív

el q

ue

max

imiz

a se

us l

ucro

s, e

não

os

ganh

os s

ocia

is.

(Q

ual

seria

o n

ível

de

prod

ução

que

max

imiz

aria

os

ganh

os

soci

ais?

)-

Um

a em

pres

a, a

o la

nçar

nov

as a

ções

no

mer

cado

, es

cond

e ou

cam

ufla

um

pot

enci

al p

reju

ízo

que

poss

a te

r.

19

Page 47: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 47

Seçã

o 1

Exem

plos

–U

m fu

man

te c

ausa

dan

os à

saúd

e da

s pe

ssoa

s pr

óxim

as, c

om s

ua d

ecis

ão d

e fu

mar

.

–U

ma

pess

oa

tom

a di

nhei

ro

empr

esta

do,

prom

eten

do r

epag

ar o

que

rec

ebe,

e d

epoi

s “e

scol

he”a

inad

impl

ênci

a.

20

Page 48: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 48

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

21)

quat

ro

outro

s ex

empl

os

de

“falh

as

de

mer

cado

”co

rres

pond

endo

aos

ite

ns l

ista

dos

na

trans

parê

ncia

sob

re o

Pap

el d

o G

over

no.

22)

a po

ssib

ilida

de d

e “fa

lhas

de

gove

rno”

ao

tent

ar c

orrig

ir as

“fal

has

de m

erca

do”?

23)

Voc

ê ve

ria

outra

s ju

stifi

cativ

as

para

ão

gove

rnam

enta

l, al

ém d

e co

rrig

ir as

“fa

lhas

de

mer

cado

”? D

iscu

ta o

tem

a.21

Page 49: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 49

Seçã

o 1

Exer

cíci

os P

ropo

stos

Livr

o Te

xto

1 (M

anki

w).

Exe

rcíc

ios

1,

2,

5 e

9 de

P

robl

emas

de

A

plic

açõe

s, p

p.17

.

Livr

o Te

xto

2 (K

rugm

an&

Wel

ls).

Exe

rcíc

ios

4, 5

e 6

de

Pro

blem

as, p

p. 1

5.

22

Page 50: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 50

Seçã

o 1

Bib

liogr

afia

Bás

ica

–Li

vro

text

o 1

. C

ap. 1

, pp

3 a

18.

–Li

vro

text

o 2

. Cap

. 1, p

p. 4

a 1

6.

23

Page 51: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 51

Seçã

o 2

Mod

elos

Eco

nôm

icos

e P

olíti

cas

Eco

nôm

icas

–O

eco

nom

ista

com

o ci

entis

ta.

–M

odel

os e

conô

mic

os e

exe

mpl

os.

–A

nális

e po

sitiv

a versus

anál

ise

norm

ativ

a.–

Cau

sas

do d

ebat

e en

tre o

s ec

onom

ista

s.–

Mic

ro e

Mac

roec

onom

ia.

Aul

a 2

C

onte

údo

da S

eção

1

Page 52: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 52

Seçã

o 2

Mod

elos

Mod

elos

são

util

izad

os p

ara

desc

reve

r asp

ecto

s do

mun

do d

e in

tere

sse

para

o u

suár

io.

Pod

em s

er re

pres

enta

dos

por:

–D

esen

hos

–G

ráfic

os–

Esq

uem

as–

Exp

ress

ões

mat

emát

icas

–Li

ngua

gem

com

um

2

Page 53: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 53

Seçã

o 2

Map

asG

ráfic

o de

ofe

rta e

dem

anda

Dia

gram

a do

flux

o ci

rcul

arN

a Fí

sica

–Le

is d

e N

ewto

nR

eaçõ

es Q

uím

icas

–Á

cido

+ B

ásic

o S

al +

Águ

a

Mod

elos

Exem

plos

3

Page 54: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 54

Seçã

o 2

Dia

gram

a do

Flu

xo C

ircul

ar d

a ec

onom

ia c

omo

um to

do (v

ersã

o se

m

gove

rno)

Mod

elos

Exem

plos

Fam

ílias

Don

as d

os F

ator

es d

e Pr

oduç

ão

Seto

r Pro

dutiv

o(E

mpr

esas

)

Fato

res

deP

rodu

ção

Pag

amen

tos

pelo

s B

ens

e S

ervi

ços

Prod

ução

de B

ens

e Se

rviç

os

Ren

da p

aga

aos

Fato

res

de P

rodu

ção

Ren

da =

Sal

ário

s +

Alu

guéi

s +

Juro

s +

Lucr

os

4

Page 55: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 55

Seçã

o 2

A F

ront

eira

de

Pos

sibi

lidad

es d

e P

rodu

ção

–FP

P

(ver

são

com

doi

s be

ns)

Hip

ótes

e: e

stoq

ue d

e re

curs

os p

rodu

tivos

co

nsid

erad

o fix

o.

Mod

elos

Ex

empl

os Leite

Bis

coito

A

B

C

D

5

Page 56: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 56

Seçã

o 2

A s

ocie

dade

pod

e es

colh

er e

ntre

os

pont

os A

, B, C

, D o

u ou

tros,

sob

re e

sob

a

front

eira

.

Esc

olhe

r qua

nto

de

leite

e b

isco

ito d

esej

a,

gera

dis

cuss

ões

norm

ativ

as, d

e po

lític

a ec

onôm

ica.

Mod

elos

Ex

empl

os Leite

Bis

coito

A

B

C

D

A F

ront

eira

de

Pos

sibi

lidad

es

de P

rodu

ção

-FP

P

(ver

são

com

doi

s be

ns)

6

Page 57: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 57

Seçã

o 2

Aná

lise

Pos

itiva

–D

eter

min

ar o

nde

está

a Fr

onte

ira d

e P

ossi

bilid

ades

de

Pro

duçã

o.

–A

Fro

ntei

ra s

óva

i exp

andi

r se

houv

er m

ais

fato

res

de

prod

ução

ou

mai

s ef

iciê

ncia

no

seu

uso.

Aná

lise

Nor

mat

iva

–D

eter

min

ar q

ual d

os p

onto

s A

, B, C

, D e

tc.

éo

mel

hor,

de a

cord

o co

m a

lgum

crit

ério

.

Aná

lise

Posi

tiva versus

Nor

mat

iva 7

Page 58: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 58

Seçã

o 2

1) N

o gr

áfic

o da

FP

P c

omo

se re

pres

enta

ria u

m a

umen

to

da e

ficiê

ncia

:a)

na p

rodu

ção

de b

isco

itos

b) S

óna

pro

duçã

o de

leite

c) E

m a

mba

s as

indú

stria

s

2)

No

gráf

ico

da F

PP

com

o se

repr

esen

taria

as

cons

eqüê

ncia

s de

um

aum

ento

do

esto

que

de fa

tore

s de

pro

duçã

o es

pecí

ficos

par

a fa

zer b

isco

itos.

Exer

cíci

os P

ropo

stos

8

Page 59: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 59

Seçã

o 2

3)N

o gr

áfic

o da

FP

P, c

omo

se re

pres

enta

ria u

ma

econ

omia

fu

ncio

nand

o in

efic

ient

emen

te?

E e

ficie

ntem

ente

?

4) A

nalis

ando

um

grá

fico

da F

PP

ent

re b

ens

de c

onsu

mo

e be

ns d

e in

vest

imen

to, p

ode-

se c

oncl

uir q

ue, p

ara

aum

enta

r a p

rodu

ção

de b

ens

de in

vest

imen

to, s

eria

pr

ecis

o re

duzi

r a p

rodu

ção

de b

ens

de c

onsu

mo?

Por

que

a re

spos

ta a

est

a pe

rgun

ta é

impo

rtant

e pa

ra o

re

cent

e de

bate

sob

re c

omo

faze

r a e

cono

mia

bra

sile

ira

cres

cer m

ais?

Exer

cíci

os P

ropo

stos

9

Page 60: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 60

Seçã

o 2

5) U

m c

idad

ão a

rgum

enta

ene

rgic

amen

te q

ue n

a FP

P o

po

nto

A é

mel

hor q

ue o

pon

to B

. Ist

o se

ria u

ma

disc

ussã

o de

eco

nom

ia n

orm

ativ

a ou

de

econ

omia

pos

itiva

?

6) A

loca

lizaç

ão e

xata

da

FPP

éum

a di

scus

são

de e

cono

mia

no

rmat

iva

ou p

ositi

va?

Exer

cíci

os P

ropo

stos

10

Page 61: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 61

Seçã

o 2

Na

cons

truçã

o de

mod

elos

épr

ecis

o re

pres

enta

r o

que

ées

senc

ial p

ara

o ob

jetiv

o em

que

stão

e

omiti

r o q

ue é

secu

ndár

io.

–M

apas

rodo

viár

ios

(enf

atiz

am a

s ro

dovi

as)

–M

apas

hid

roló

gico

s (e

nfat

izam

as

mas

sas

d’ág

ua)

–“M

apas

na

esca

la 1

:1 s

ão in

útei

s”, s

ão a

pr

ópria

real

idad

e co

mpl

exa.

–A

s hi

póte

ses

pode

m s

er a

ltera

das

e co

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etad

as, m

as e

m g

eral

aum

enta

a

com

plex

idad

e do

mod

elo.

Hip

ótes

es S

impl

ifica

dora

s na

Con

stru

ção

de M

odel

os

11

Page 62: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 62

Seçã

o 2

Exp

eriê

ncia

s co

ntro

lada

s, d

e la

bora

tório

, típ

icas

da

s ci

ênci

as e

xata

s.

Exp

eriê

ncia

s hi

stór

icas

(não

con

trola

das)

. –

“O la

bora

tório

bás

ico

da e

cono

mia

éa

hist

ória

, po

is é

uma

ciên

cia

soci

al”.

As

expe

riênc

ias

hist

óric

as g

eram

dis

cuss

ões

de

econ

omia

pos

itiva

(int

erpr

etaç

ão d

os d

ados

hi

stór

icos

).

Verif

icaç

ão E

mpí

rica

dos

Mod

elos

e

Seu

Ape

rfei

çoam

ento

12

Page 63: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 63

Seçã

o 2

Est

udo

de fe

nôm

enos

que

eng

loba

m a

eco

nom

ia c

omo

um to

do:

Mac

roec

onom

ia

Est

udo

de fe

nôm

enos

dire

tam

ente

liga

dos

ao

com

porta

men

to d

as fa

míli

as e

das

em

pres

as:

Mic

roec

onom

ia

Mas

, por

coe

rênc

ia e

com

plet

ude,

mod

erna

men

te b

usca

-se

exp

licar

fenô

men

os m

acro

atra

vés

da c

ompo

siçã

o (a

greg

ação

) do

com

porta

men

to m

icro

das

fam

ílias

e d

as

empr

esas

; qua

ndo

poss

ível

.

Mac

roec

onom

ia versus

Mic

roec

onom

ia

13

Page 64: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 64

Seçã

o 2

Exer

cíci

os P

ropo

stos

7)

A g

loba

lizaç

ão, e

vent

o so

cial

que

dec

orre

da

enor

me

redu

ção

do c

usto

de

trans

porte

de

bens

e s

ervi

ços,

e d

o cu

sto

de c

omun

icaç

ão à

dist

ânci

a en

tre a

s pe

ssoa

s, é

uma

evol

ução

mar

cant

e no

mun

do m

oder

no.

–P

ara

ante

cipa

r sua

s co

nseq

üênc

ias,

a c

urto

e a

long

o pr

azo,

épo

ssív

el fa

zer e

xper

iênc

ias

em la

bora

tório

?–

Dev

e-se

usa

r a h

istó

ria c

omo

refe

rênc

ia?

Com

oes

tudá

-la?

14

Page 65: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 65

Seçã

o 2

Exer

cíci

os P

ropo

stos

Man

kiw

, exe

rcíc

ios

2, 6

, 7 e

10

de P

robl

emas

e

Apl

icaç

ões,

pp.

34

e 35

.

Kru

gman

e W

ells

, exe

rcíc

ios

1 a

5 , p

p.32

e 3

3.

15

Page 66: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 66

Seçã

o 2

Bib

liogr

afia

Bás

ica

–Li

vro

text

o 1

. C

ap. 2

, pp

19 a

44.

–Li

vro

text

o 2

. Cap

. 2, p

p. 1

7 a

47.

16

Page 67: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 67

ANTÔNIO CARLOS PORTO GONÇALVES é Diretor Executivo de Cursos Corporativos do IDE (FGV), Professor titular da Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV), da Escola de Pós Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) e da Universida-de Federal Fluminense (UFF); PhD em Economia pela Universidade de Chicago; M.A. em Economia pela Universidade de Chicago; Engenheiro Industrial e Metalúrgico pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).

Page 68: Micro Econom i A

MICROECONOMIA

FGV DIREITO RIO 68

FICHA TÉCNICA

Fundação Getulio Vargas

Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE

FGV DIREITO RIO

Joaquim FalcãoDIRETOR

Fernando PenteadoVICE-DIRETOR DA GRADUAÇÃO

Sérgio GuerraVICE-DIRETOR DE PÓS-GRADUAÇÃO

Luiz Roberto AyoubPROFESSOR COORDENADOR DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM PODER JUDICIÁRIO

Ronaldo LemosCOORDENADOR CENTRO DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE

Evandro Menezes de CarvalhoCOORDENADOR DA GRADUAÇÃO

Rogério Barcelos AlvesCOORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDÁTICO

Lígia Fabris e Thiago Bottino do AmaralCOORDENADORES DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Wania TorresCOORDENADORA DE SECRETARIA DE GRADUAÇÃO

Diogo PinheiroCOORDENADOR DE FINANÇAS

Milena BrantCOORDENADORA DE MARKETING ESTRATÉGICO E PLANEJAMENTO