minha apostila ont 2014

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ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo Página 1 de 31 CAPÍTULO I ORGANIZAÇÃO Em sentido geral, organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Em administração organização tem dois sentidos: Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos como exemplos temos: empresas; associações, órgãos do governo etc. Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho. A estrutura de uma organização é representada através de seu organograma. CÓDIGOS E NORMAS Desde o início da civilização, existe a necessidade de regras e regulamentos para controlar, de uma forma ou outra, as atividades humanas. Com o advento da revolução industrial, as atividades no campo industrial, começaram a exercer um importante efeito sobre os indivíduos não diretamente envolvidos com os processos de fabricação, tanto os usuários diretos como os não usuários dos produtos destes processos. A falta de regulamentação nas diferentes etapas de um processo de fabricação, ou a não observância de regulamentações existentes, têm ocasionado acidentes e outros problemas que podem ter sérias consequências tanto para os produtores, como para os usuários, para a população em geral e para o meio ambiente. Assim, um dos objetivos primários de um código/norma, é a prevenção de acidentes que poderiam resultar em mortes de pessoas, perdas materiais e contaminação do meio ambiente. Além disso, o uso bem sucedido de códigos e normas pode resultar em uma produção mais uniforme, melhor controle de qualidade, maior rastreabilidade e possibilidade de correção de falhas em produtos e em um método de produção mais sistemático. Mais recentemente, a enorme ampliação das relações econômicas entre as nações, levando tanto a uma aumento da competição como a uma maior necessidade de cooperação e padronização entre empresas de diferentes países, a maior ênfase nas necessidades dos clientes e a maior demanda para a conservação de recursos e proteção do meio ambiente tornaram o uso de normas técnicas(NR) e o desenvolvimento de sistemas de garantia da qualidade (e do meio ambiente) fundamentais para empresas que anteriormente não se preocupavam com estes aspectos. Uma das características mais importantes de uma norma é a sua autoridade. Isto é, uma norma precisa ter um grau de autoridade suficiente para garantir que as suas exigências sejam seguidas por seus usuários. Esta autoridade é assegurada geralmente por organizações reguladoras internacionais, governamentais, industriais ou de consumidores, às quais é dado o poder de policiar as atividades daqueles que falham em seguir as suas regulamentações. Algumas vezes, a autoridade associada a um código pode resultar em punições tais como a exclusão do mercado de um fabricante que não observou os requerimentos da norma. Em alguns casos, grupos de proteção ao consumidor podem exercer eficientemente este tipo de autoridade. Uma outra característica importante é a “interpretabilidade” da norma. Para ser de algum uso, tanto para o fabricante como para o comprador ou usuário, a norma deve ser escrita em uma terminologia clara, concisa e não ambígua. Este aspecto é extremamente importante quando a obediência de uma dada norma se torna um

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ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo

Página 1 de 31

CAPÍTULO I

ORGANIZAÇÃO

Em sentido geral, organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para

arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Em administração organização tem dois

sentidos:

Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos como exemplos

temos: empresas; associações, órgãos do governo etc.

Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.

A estrutura de uma organização é representada através de seu organograma.

CÓDIGOS E NORMAS

Desde o início da civilização, existe a necessidade de regras e regulamentos para controlar, de uma

forma ou outra, as atividades humanas. Com o advento da revolução industrial, as atividades no campo

industrial, começaram a exercer um importante efeito sobre os indivíduos não diretamente envolvidos com os

processos de fabricação, tanto os usuários diretos como os não usuários dos produtos destes processos.

A falta de regulamentação nas diferentes etapas de um processo de fabricação, ou a não observância de

regulamentações existentes, têm ocasionado acidentes e outros problemas que podem ter sérias

consequências tanto para os produtores, como para os usuários, para a população em geral e para o meio

ambiente. Assim, um dos objetivos primários de um código/norma, é a prevenção de acidentes que poderiam

resultar em mortes de pessoas, perdas materiais e contaminação do meio ambiente.

Além disso, o uso bem sucedido de códigos e normas pode resultar em uma produção mais uniforme,

melhor controle de qualidade, maior rastreabilidade e possibilidade de correção de falhas em produtos e em um

método de produção mais sistemático.

Mais recentemente, a enorme ampliação das relações econômicas entre as nações, levando tanto a uma

aumento da competição como a uma maior necessidade de cooperação e padronização entre empresas de

diferentes países, a maior ênfase nas necessidades dos clientes e a maior demanda para a conservação de

recursos e proteção do meio ambiente tornaram o uso de normas técnicas(NR) e o desenvolvimento de

sistemas de garantia da qualidade (e do meio ambiente) fundamentais para empresas que anteriormente não

se preocupavam com estes aspectos.

Uma das características mais importantes de uma norma é a sua autoridade. Isto é, uma norma precisa

ter um grau de autoridade suficiente para garantir que as suas exigências sejam seguidas por seus usuários.

Esta autoridade é assegurada geralmente por organizações reguladoras internacionais, governamentais,

industriais ou de consumidores, às quais é dado o poder de policiar as atividades daqueles que falham em

seguir as suas regulamentações.

Algumas vezes, a autoridade associada a um código pode resultar em punições tais como a exclusão do

mercado de um fabricante que não observou os requerimentos da norma. Em alguns casos, grupos de

proteção ao consumidor podem exercer eficientemente este tipo de autoridade.

Uma outra característica importante é a “interpretabilidade” da norma. Para ser de algum uso, tanto para

o fabricante como para o comprador ou usuário, a norma deve ser escrita em uma terminologia clara, concisa e

não ambígua. Este aspecto é extremamente importante quando a obediência de uma dada norma se torna um

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assunto legal. Uma norma deve também ser prática. Isto significa que o seu usuário deve conseguir atender às

suas exigências e ainda produzir, com lucro, um dado produto que seja útil ao usuário.

Esta “praticabilidade” não é sempre fácil de ser conseguida. Ela requer discussões entre especialistas de

todas as atividades envolvidas com um dado produto ou serviço específico e, também, requer experiência. A

decisão de quanto controle é necessário é muito delicada e deve ser cuidadosamente avaliada, para se evitar o

problema muito comum da obediência à norma se tornar o maior obstáculo a uma produção eficiente e

lucrativa. Por outro lado, em muitos casos, a correta adoção de códigos e de um sistema de garantia da

qualidade em uma empresa é uma forma de se obter importantes ganhos de produtividade e de eficiência e de

se reduzir custos.

Para que o problema anterior seja evitado, muitos códigos são escritos por comitês constituídos por

grupos reguladores governamentais, produtores e representantes de consumidores. Da experiência acumulada

deste grupo, espera-se que o código resultante seja justo e adequado para todos os interessados.

A existência de dispositivos que possibilitem a eventual alteração do código, quando isto for necessário,

é também importante. Isto pode ocorrer quando a experiência acumulada ou o desenvolvimento de novas

técnicas de fabricação, inspeção ou controle indicarem que a alteração, substituição ou abandono de alguns

requerimentos, ou a adoção de novos, sejam necessários.

Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes. Organizar significa

pensar antes de iniciarmos a tarefa.

Mas pensar em quê?

• Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles

exagerados.

• No modo mais barato de fazer a tarefa.

• No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.

• Num procedimento que seja mais rápido.

• Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.

• Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.

• Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause

poluição do ar, da água e do solo.

É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências. O problema surge quando

desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar

uma tarefa. Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso.

Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos materiais

necessários, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar:

• máquinas

• ferramentas adequadas e em bom estado

• matéria-prima

• equipamentos diversos, inclusive os de segurança

• tempo necessário

• pessoas qualificadas, etc.

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Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no trabalho e

reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o trabalho para alcançar bons

resultados.

Produtividade e produção

Com a Revolução industrial houve o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que se

tornaram mais complexas.

No final do século XIX e inicio do século XX houve um aumento da eficiência e competência das

organizações, observou-se que não basta crescer; é preciso crescer com eficiência, ou seja:

Eficácia razão dos objetivos sobre os resultados

Eficiência razão dos objetivos sobre os custos

Obtemos maior produtividade quando organizamos nosso trabalho e tomamos as medidas adequadas

para a sua execução.

Mas o que é produzir com produtividade? É obter um produto de boa qualidade com menor preço de

custo, em menos tempo e em maior quantidade.

Isso é conseguido graças ao desempenho do trabalhador.

A produção é o aspecto da produtividade que indica a quantidade de produtos fabricados numa

determinada unidade de tempo.

Com o crescimento desordenado surge a necessidade de eficiência, e isto ocasionou a divisão do

trabalho gerando uma produção em massa.

Exemplo:

Suponhamos que, numa certa fábrica sejam produzidas dez bicicletas por hora. Esse fato refere-se à

produção. Já a produtividade é algo mais do que isso. Pode ser que as bicicletas não apresentem boa

qualidade que seu custo seja alto. Houve produção, mas não houve produtividade.

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CAPÍTULO II

PRECURSORES DA ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO

Fayol (1841-1925)

Henri Fayol era francês, formou-se Engenheiro de minas e atuou durante muito tempo como diretor de uma

empresa.

A teoria da Administração Científica e Teoria Clássica tinham o mesmo objetivo: A busca da

eficiência das organizações.

Segundo Fayol, em uma indústria existem seis funções:

I.Operação técnica: produção, fabricação.

II.Operação comercial: compra, venda.

III. Operação financeira: gestão de capitais e recursos financeiros.

IV. Operação de segurança: proteção dos bens e pessoas.

V. Operações contábeis: inventário, balanço, custo.

Operação administrativa: Organização, comando, controle.

Resumidamente o que é administrar?

Para Fayol, administrar é:

• Prever;

• Organizar;

• Comandar;

• Coordenar ;

• Controlar.

Prever: sondar o futuro e traçar o programa de ação.

Organizar: constituir os órgãos que desenvolvem a atividade, que é a própria vida da empresa.

Comandar: Dar as diretrizes e as instruções, fazer o pessoal funcionar.

Coordenar: Entrosar, unir, harmonizar todas as atividades, todos os esforços.

Controlar: Verificar se tudo se desenvolve de acordo com o programa traçado.

A mais importante contribuição de Fayol no terreno da organização do trabalho foi o quadro das capacidades.

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TAYLOR

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro

americano Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), que é considerado o pai da administração científica.

Primeiros estudos essenciais desenvolvidos por Taylor

• Em relação ao desenvolvimento do pessoal e seus resultados objetivamente: acreditava

que, oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria

possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.

• Em relação ao planejamento a atuação dos processos: achava que todo e qualquer trabalho

necessita, de um estudo, preliminar, para que seja determinada uma metodologia própria, visando

sempre o seu máximo desenvolvimento.

• Em relação a produtividade e à participação dos recursos humanos; estabelecia a

coparticipação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais

elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade.

• Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais:

introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e

um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício operacional.

Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser

acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as

instruções programadas.

Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a

todos os empregados.

Metodologia do estudo

Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua teoria seguiu um caminho de baixo

para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada

como ciência. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço do operariado da época, o qual era

desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas.

Não havia, na época, interesse em qualificar o trabalhador, diante de um enorme e supostamente

inesgotável "exército industrial de reserva". O estudo de "tempos e movimentos" mostrou que um "exército"

industrial desqualificado significava baixa produtividade e lucros decrescentes, forçando as empresas a

contratarem mais operários.

A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências

externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que

movimenta-se conforme as condições internas e externas, portanto, um sistema aberto e dialético, que oferecia

pagamento diferenciado para quem produzia acima de um certo padrão.

Princípios da Administração Científica

Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas. Tinha por objetivo

resolver os problemas que resultam das relações entre os operários, como consequência modificam-se as

relações humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe

mandam fazer. A gerência planeja e o operário apenas executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas.

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HENRY FORD (1863-1947)

Fordismo Idealizado pelo empresário americano, Henry Ford

fundador da Ford Motor Company, o Fordismo é um modelo de

Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística

na primeira metade do século XX.

Ford utilizou à risca os princípios de padronização e

simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas

avançadas para a época.

Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía

desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a

siderúrgica.

Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão foi atingida: tornar o automóvel tão

barato que todos poderiam comprá-lo.

Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os

veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam enquanto o operário ficava praticamente

parado, realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma

qualificação dos trabalhadores.

O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e grandes instalações, mas permitiu que

Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no

processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".

O Fordismo teve seu ápice no período posterior à

Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que

ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os

Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo de

gestão industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a

frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos

automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. O

motivo disto era que com a cor preta, a tinta secava mais

rápido e os carros poderiam ser montados mais

rapidamente.

A partir da década de 70, o Fordismo entra em

declínio. A General Motors flexibiliza sua produção e seu

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modelo de gestão. Lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão

profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM ultrapassa a Ford, como a maior montadora do

mundo.

Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses no mercado

automobilístico, o Fordismo e a produção em massa entram em crise e começam gradativamente a serem

substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado no Sistema Toyota de Produção.

Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um ponto final no Fordismo.

Organização Racional do Trabalho

Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis,

para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo

médio, afim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a

produção de forma eficaz.

Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função,

como executar e as relações com os demais cargos existentes.

Incentivos salariais e prêmios por produtividade.

Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as

pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade;

Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos;

Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por

uma autoridade centralizada.

Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais.

TOYOTA

O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da

conjuntura desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão após a Segunda Guerra

Mundial, este modo de organização produtiva, elaborado por Taiichi Ohno e que foi caracterizado como

filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.

Os primórdios no Japão

O Japão foi o berço da automação flexível, pois apresentava um cenário diferente dos Estados Unidos e

da Europa; um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassa, e grande disponibilidade de

mão de obra não especializada, impossibilitavam a solução taylorista/fordista de produção em massa.

A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos

modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de

matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua

reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização.

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Contexto histórico pós-guerra e crescimento do Toyotismo

No contexto de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coréia [1] (ocorrida entre 25

de junho de 1950 e 27 de julho de 1953) também foi de grande valia para o Japão, a Guerra provocou

inúmeras baixas de ambos os lados e não deu solução à situação territorial.

Ao decorrer da guerra, os dois lados fizeram grandes encomendas ao Japão, que ficou encarregado de

fabricar roupas, suprimentos para as tropas na frente de batalha, além de caminhões Toyota, o que livrou a

empresa da falência. Essa medida foi conveniente aos Estados Unidos, já que a localização geográfica do

Japão favoreceu o fluxo da produção à Coréia e o aliado capitalista seria importante em meio ao bloco

socialista daquela região. A demanda Norte Americana incentivou a rotatividade da produção industrial e iniciou

a reconstrução da economia japonesa.

Características do sistema

O sistema pode ser teoricamente caracterizado por seis aspectos:

• Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da

inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.

• Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na

mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser

especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses

investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional

divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o

enriquecimento do trabalho.

• Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de

palestras de grandes especialistas norte americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-

americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os

japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a

qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no

toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os

pontos do processo produtivo.

• Sistema just in time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA, no início do

século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II

Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. Em

visita às indústrias automobilísticas americanas, na década de 50, o engenheiro japonês Enji Toyoda

passou alguns meses em Detroit para conhecê-las e analisar o sistema dirigido pela linha fordista

atual. Seu especialista em produção Taichi Ono, iniciou um processo de pesquisa no desenvolvimento

de mudanças na produção através de controles estatísticos de processo. Sendo assim, foi feita uma

certa sistematização das antigas idéias de Henry Ford e por sua viabilização nessa fábrica de veículos.

Surge daí o sistema just in time, que visa envolver a produção como um todo. Seu objetivo é

"produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário", o que foi vital numa

fase de crise econômica onde a disputa pelo mercado exigiu uma produção ágil e diversificada.

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• Personificação dos produtos: Fabricar o produto de acordo com o gosto do cliente.

• Controle visual: Havia alguém responsável por supervisionar as etapas produtivas.

ERA ATUAL

O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos

mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se

complementava naturalmente com a automação flexível.

Outro caso que vem a fazer a diferença é a crise do petróleo que fez com que as organizações que

aderiram ao toyotismo tivessem vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-

prima, ao contrário do modelo fordista. Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas

conquistaram grande espaço no cenário mundial.

A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e

econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que

consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte americano.

Com o choque do petróleo e a consequente queda no padrão de consumo, os países passaram a

demandar uma série de produtos que não tinham capacidade e, a princípio, nem interesse em produzir, o que

favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas.

Contudo, o reflexo do toyotismo no mundo e com ênfase nos países subdesenvolvidos gerou algumas

das fragilidades nas relações trabalhistas, onde os direitos trabalhistas e os vínculos entre proletariado e patrão

têm se tornados frágeis, já que a flexibilidade exige uma qualificação muito alta e sempre focando a redução

dos custos, assim o desemprego tem se tornado algo comum, como uma estratégia para evitar as

reivindicações e direitos que cada trabalhador necessita, portanto, apesar das maravilhas e novidades que o

toyotismo trouxe através da tecnologia nos modos de produção atual, esse mesmo modo desencadeou um

elevado aumento das disparidades socioeconômicas e uma necessidade desenfreada de aperfeiçoamento

constante para simplesmente se manter no mercado.

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CAPÍTULO 3

O ESTUDO DA EMPRESA E SUA ESTRUTURA

Princípios da Organização do Trabalho (do trabalho de Gilberto Cotrim)

Princípios da Divisão do Trabalho

Consiste na decomposição do trabalho em tarefas e operações elementares tornando-o mais fácil,

criando especialidades e, com isso aumentando a eficiência e a perfeição.

É uma técnica muito antiga, que serviu de base para toda a evolução humana; está incorporada a todas

as formas de trabalho e reflete a primeira fase da Organização no procedimento de todos os povos.

Foi estudada e confirmada por Adam Smith.

Vantagens

Economia de tempo e de pessoal;

Diminuição do custo dos bens;

Formação profissional, que é verdadeiro sentindo da Divisão do Trabalho.

Desvantagens

Repetição das tarefas capaz de anular a participação mental do mesmo no trabalho;

Perda do espírito de iniciativa.

Princípio da Racionalização do Trabalho

É um sistema de organização econômica que produz acréscimo de bem estar social, proveniente de uma

redução de preços, aumento da quantidade de bens e melhoramento das qualidades dos mesmos.

A Racionalização visa, principalmente, evitar desperdícios. (Simplificação do trabalho)

Vantagens

Para a empresa Para o pessoal (Trabalhadores)

Elevação da produtividade; Proporciona salários mais elevados;

Maior circulação da capital, trazendo maiores lucros;

Concorre para melhor aproveitamento das aptidões;

Redução de preço de custo. Proporciona melhor aproveitamento do tempo do trabalhador.

Críticas ao princípio

Aumenta a defesa da empresa;

O homem fica subordinado à máquina;

Porém, no sistema racional, a máquina é apenas auxiliar do homem.

A Racionalização é o processo mental básico, presente em todas as fases da Organização,

constituindo instrumento.

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DIAGRAMA DO PROCESSO ORGANIZACIONAL E ADMISTRATIVO

A Organização

A empresa

Conceito: empresa do latim “prelensus” significa empreendimento organizado cujo objetivo é produzir ou

prestar serviços e obter uma remuneração condigna; através do lucro, a seus empreendedores e empregados.

Conceitua-se empresa com a entidade econômica que fixa entre os seus principais objetivos obter lucro.

Entidade econômica, por sua vez, pode ser conceituada como um conjunto econômico vinculado a um

sujeito jurídico, isto é, a entidade com o seu patrimônio. A entidade econômica abrange, portando, dois

elementos essências:

O patrimônio ou conjunto de valores econômicos.

A pessoa ou entidade que possui e administra esse patrimônio.

A empresa é constituída pelos fatores de produção, são eles:

a) Natureza- matéria-prima

Matéria-prima: é o material necessário à fabricação dos bens. É o meio que, transformado, dará origem ao

produto.

Ex.: na confecção de um sapato é utilizado o couro. O couro é a matéria-prima do calçado.

b) Mão-de-obra: é o esforço humano necessário ao comando do processo produtivo. Constitui-se na união de

pessoas treinadas e capazes de produzir o que a empresa se propõe a realizar.

c) Equipamento: são meios utilizados pela mão-de-obra para transformar matéria-prima em produto,

auxiliando o homem na obtenção dos bens, com maior produtividade.

Ex.: Ferramentas; maquinas; EPI; etc.

d) Trabalho: é a aplicação das atividades humanas na produção.

e) Capital: é toda a quantidade econômica aplicada.

f) Tecnologia: conjuntos de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um

determinado ramo de atividade.

Notas:

1ª) Na prática podermos definir empresa como a reunião de capital e mão-de-obra.

2ª) Onde o capital representa os bens da empresa, as máquinas, instalações, prédios, produtos (mercadorias)

e matéria-prima (natureza). E a mão-de-obra é representada pelas pessoas que irão operacionalizar (trabalho)

a empresa utilizando a tecnologia.

Racionalização

Organização

Administração

Previsão Planejamento Implantação

Comando Coordenação

Controle

Aumento da Produtividade

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Os fatores da produção

A formação da riqueza social depende de alguns fatores produtivos. A economia considera,

tradicionalmente, três fatores de produção: A Terra ou a Natureza, O Trabalho e o Capital.

A Terra ou Natureza – representada pela soma de todos os recursos naturais que podem ser utilizados

e transformados pelo homem.

O trabalho – representado pelos recursos humanos aplicados nas atividades de utilização e

transformação dos recursos naturais, visando à produção de bens.

O Capital – assume a forma de dinheiro, matérias-primas, equipamentos e instalações, aplicados na

produção, na forma a gerar riquezas.

Recursos

1º) Organograma Geral de uma Empresa

2º) Organograma Geral de uma Empresa Comercial

Para desenvolver suas atividades, a empresa comercial ou qualquer outro tipo precisa de recursos.

Os recursos que empresas necessitam são os seguintes:

Recursos Humanos – são as pessoas que desenvolvem atividades na empresa.

Ex.: gerente, supervisores, vendedores, escriturários e vitrinistas.

Recursos Materiais – são os recursos representados pelo dinheiro investido na empresa.

Ex.: capital, veículos, instalações, máquinas, vitrines, telefones e estoque.

Recursos Administrativos – são os recursos relacionados à administração de empresas.

Combinação dos Fatores de Produção da empresa

Vimos que a produção de riquezas, constituída de bens e serviços, depende da posse, do uso e da

aplicação dos fatores da produção.

Com o desenvolvimento da sociedade, as necessidades humanas, que antes se resumiam no alimento e

no abrigo, aumentaram consideravelmente. O homem moderno necessita de inúmeros bens e serviços que

atendem tanto às suas necessidades básicas como àquelas ligadas ao seu conforto e bem-estar.

EMPRESA

Fornecedores

Governo

Mercado

Bancos

EMPRESA

Fornecedores

Governo

Mercado

Bancos

Recursos Humanos

Recursos Administrativos

Recursos Materiais

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Para que a produção pudesse atender à crescente demanda de bens por parte da sociedade, foi

necessário organizá-la, cada vez mais racionalmente, de modo a se obter o maior rendimento possível dos

fatores da produção.

No mundo moderno, as atividades econômicas se caracterizam pela produção de bens e serviços dos

mais diversos tipos de empresa.

Definida, sucintamente, a empresa é a produtora ou o organismo econômico através do qual são

reunidos e combinados os fatores da produção tendo em vista o desenvolvimento de um determinado ramo de

atividade econômica, para obtenção de bens e/ou serviços, objetivando o lucro.

A classificação econômica e jurídica das empresas

Vimos quais são os fatores da produção e como são reunidos e combinados, através de unidades

produtoras denominadas empresas. Vejamos agora como as empresas podem ser classificadas segundo o

ramo de atividades econômicas a que se dedica, e a forma jurídica a que se revestem.

Classificação econômica

O conjunto de atividades de produção e distribuição de riquezas de uma sociedade, isto é, sua

economia, pode ser divido em três setores básicos:

1. O setor primário – que compreende agricultura, a pecuária e a exportação dos recursos naturais,

minerais, vegetais e animais.

2. O setor secundário – abrangendo a indústria e toda sorte de transformação de bens.

3. O setor terciário – compreendendo os serviços, isto é, o comércio, as atividades financeiras, as

atividades de transporte, de comunicações, de ensino, de atendimento médico e hospitalar etc.

Estando necessariamente incluídas num dos três setores básicos, podemos apresentar a seguinte

classificação das empresas, do ponto de vista de suas finalidades empresarias e dos ramos de atividade

econômica aos quais dedicam:

Empresas extrativas – extraem e coletam os recursos naturais, sejam minerais, vegetais

ou animais ( a caça, a pesca a mineração etc.).

Empresas agropecuárias, compreendendo:

a) Agrícolas – plantam, cultivam e colhem os recursos naturais, sejam minerais,

vegetais ou animais ( a caça, a pesca, a mineração etc.).

b) Pecuária – criam, reproduzem e exploram os derivados de animais bovinos, equinos,

suínos, etc.

Empresas de serviços, compreendendo:

a) Comerciais – lojas, bares, magazines, butiques, feiras, armazéns, farmácias etc.

b) Financeiras – bancos, companhia de seguros, financiadores etc.

c) Transportes – aéreos, marítimos, rodoviários e ferroviários etc.

d) Comunicações – rádio, televisão, imprensa, telégrafo etc.

e) Diversos – hospitais, casas de saúde, hotelaria, turismo, serviços públicos etc.

As atividades comerciais, em termos econômicos, são considerados serviços, pois são intermediárias

entre produtor e consumidor, realizando, assim, a distribuição dos bens.

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Conceito de Empresa e Entidade

Uma vez conhecidos os fatores de produção, estamos em condições de compreender o papel da

empresa no sistema econômico de um país.

A empresa representa a organização econômica com a finalidade de reunir ou combinar os fatores de

produção, tendo em vista produzir mercadorias e serviços para satisfação das necessidades humanas.

A economia moderna – mesmo considerando o processo de globalização com fusões e aquisições

empresarias – é a caracterizada pela existência de muitas e das mais variadas empresa produtoras de

mercadorias e serviços de consumo.

Nos sistemas econômicos capitalistas, como o nosso, também chamado de livre-empresa ou livre-

mercado, elas são constituídas para obtenção de lucro, (diferença entre o menor custo de produção e o maior

preço de vendas das mercadorias ou dos serviços). É para obter certa margem de lucro que o homem de

dispõe e reunir ou combinar os fatores de produção por intermédio da empresa. Quando o preço de venda das

mercadorias ou dos serviços for menor que o custo de produção a empresa terá prejuízo ao invés de lucro.

Depois destas considerações, nosso conceito de empresa pode ser assim enunciado:

“Empresa é um organismo econômico destinado à produção de mercadorias e/ou serviços, com o

objetivo de lucro para o empresário.”

O lucro das empresas tem dois destinos:

Ser distribuídos entre sócios ou acionistas;

Permanecer no giro dos negócios, figurando com reserva a acréscimo de capital.

Os organismos com fins não lucrativos são denominados entidades, tais como ONGs (Organizações Não

Governantes), clubes esportivos, fundações educacionais, etc.

O conceito de entidade não difere muito do conceito de empresa, a não ser quando à lucratividade do

empreendimento.

Os resultados alcançados pelas entidades são chamados de superávits ou déficits.

Os superávits (excesso de receitas sobre as despesas) são incorporados ao patrimônio da entidade, não

havendo distribuição entre os diretores ou membros associados. No caso de ocorrer déficit (excesso de

despesas sobre as receitas), o seu total permanece em suspenso para ser amortizado com superávits.

Constituição e Forma Jurídica

Para desenvolver suas atividades, as empresas necessitam estar legalmente constituídas.

As leis brasileiras distinguem as pessoas físicas da pessoas jurídicas da seguinte forma:

Pessoa física – é o individuo perante o Estado, no que diz respeito aos seus direitos e

obrigações.

Pessoa jurídica – perante o Estado, é a associação de duas ou mais pessoas numa

entidade, com direitos e deveres próprios e, portando, distintos daqueles indivíduos que a

compõem.

Sociedades

As empresas podem tornar de forma individual, quando representadas por um único empresário

(proprietário) que responda pelos seus negócios, e da sociedade, quando duas ou mais pessoas se associam e

constituem uma entidade com personalidade jurídica, para fins tributários.

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ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo

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De acordo com o novo CC (Código Civil), há diferenças

entre constituir-se uma sociedade simples e uma sociedade

empresária, porém, o empresário é participante de ambas. Um

empresário individual pode exercer uma atividade empresarial a

partir de sua pessoa física, e que no caso de uma constituição de

uma pessoa jurídica, passa a ser uma sociedade empresária.

Porém, uma sociedade empresária tem a necessidade de

um objetivo de uma atividade própria de um empresário, ou seja,

que exerce atividade econômica organizada para a produção ou

circulação de bens ou serviços, além das sociedades acionárias.

Uma sociedade simples não exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de

bens e serviços. Ela destina-se principalmente a cooperativas (força de lei), atividades intelectuais, científicas,

literárias ou artísticas que unem capitais e criam uma pessoa jurídica sem a adoção de uma organização

empresarial.

Uma sociedade caracteriza-se quando duas ou mais pessoas unem-se a fim de organizarem uma

empresa para desfrutar de seu exercício e assumir suas responsabilidades, através de um contrato social.

Pode-se diferenciar empresário, sociedade empresária e sociedade simples facilmente, onde:

Empresário: Constitui-se empresário individual, toda e qualquer pessoa, antes considerada autônoma,

que pretende circular bens ou serviços através de uma pessoa física.

Sociedade Simples: É caracterizada pela

formação de uma pessoa jurídica apenas

para o esforço de profissionais

desempenharem melhor suas funções,

temos como exemplo consultórios

médicos, dentários, escritórios de

advocacia, entre outros.

Sociedade Empresária: Caracteriza-se

pela união de empresários que, ao

contrário da sociedade simples, têm como objetivo exercer uma atividade econômica organizada,

constituindo elemento de empresa. Temos como exemplos de sociedade empresária as formas de

como devem se constituir sociedades anônimas e sociedades limitadas, entre outras.

Sociedade por firma ou nome coletivo – trata-se da associação de duas ou mais pessoas, operando

sob nome ou afirma em comum, comercialmente, industrialmente, etc., respondendo todos os sócios para

com os direitos e deveres da firma sem qualquer limite.

Sociedade em Comandita Simples: Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples, tomam partes

sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente

pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.

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Uma das características da sociedade em comandita simples é o fato de que nem todos os sócios

podem ser gerentes. A gerência da empresa fica a cargo dos sócios comanditados ou, dentre eles, ao que for

ou aos que forem designados no contrato social.

Sociedade por quotas de responsabilidade limitada – neste caso, as responsabilidades dos sócios

para com as obrigações sociais, os direitos e deveres, é limitada ao valor do capital e respondem pelos

direitos e deveres da firma, e os que entram apenas com o trabalho, isentando-se da responsabilidade

solidária para com tais direitos e deveres.

Sociedade anônima – é a famosa S.A., onde o capital social é constituído à base de subscrição, isto é,

dividido em ações de um mesmo valor nominal, geralmente variando as quantidades em que são

possuídas pelos diversos acionistas. Os direitos e deveres da sociedade e as obrigações sociais são

assumidos pelos acionistas, em função de ações cujo poder detêm.

Sociedade cooperativa – é finalidade precípua da sociedade cooperativa, suprir as necessidades de

seus associados, sejam, essas necessidades, de consumo, de produção, de trabalho etc. O capital social

não é fixo, variando conforme aumenta ou diminui o número de associados.

Sociedade por conta de participação – conforme dispõe o Código Comercial Brasileiro, esta sociedade

ocorre quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, se reúnem sem firma social,

para lucro comum, em uma ou duas operações de comércio, determinadas, trabalhando um, alguns ou

todos, em seu nome individual para o seu fim social. Esta sociedade, por conta de participação existem

dois tipos de sócios:

a) O ostensivo, que é único que se obriga para com terceiros e;

b) O oculto, que fica unicamente obrigado para com o mesmo sócio por todos os resultados

das transações e obrigações sociais empreendidas nos termos precisos do contrato.

Empresa Privadas, Públicas e Mistas.

Há ainda, outro ângulo pelo qual podemos classificar as empresas. Trata-se do grau de propriedade, isto

é: da origem social do capital e dos participantes que constituem a empresa. Nesse sentindo, podemos

distinguir três espécies de empresas quanto o grau de propriedade:

Empresas privadas – o capital social que as constitui é de origem privada ou particular.

Consequentemente, assim será sua administração e gerência, arcando estes particulares com

seus direitos e deveres. As empresas privadas, como vimos, podem aparecer sob a forma de

firma individual ou de sociedades. No caso de sociedades, podem assumir qualquer dos tipos

que mencionamos.

Empresas públicas – são empresas que exploram um ramo de atividade que, por

conveniência, segurança ou interesse social, está confiando ao poder público municipal,

estadual ou federal, provindo do Governo as verbas para seu funcionamento, assim como sua

gerência e administração.

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Empresas de economia mista – são sociedades por ações de participação pública e

privada, com a diferença de que a União, o Estado ou Município, no caso, serão os sócios

majoritários, detendo a maioria das ações e portando, o controle administrativo. Estas

empresas, em geral, executam serviços de utilidade pública.

Estruturas das empresas no Brasil

Nos dias de hoje, as empresas têm sido estruturadas de acordo com as funções exercidas pelos seus

respectivos órgãos e do relacionamento hierárquico e funcional entre eles. E não de acordo com sua estratégia

adotadas, o que seria mais correto. A estrutura busca a melhor forma de se organizar e se desenvolver um

bom trabalho, objetivando sempre a redução dos custos e o aumento dos lucros.

Não existe um modelo ideal de estrutura organizacional. O importante é que ela funcione de maneira

eficaz, atingindo os objetivos e cumprindo a missão da organização. Atualmente, a organização mais

recomendável para cada empresa vai depender de sua realidade. Existem várias formas de se administrar uma

empresa, como as que serão mostradas ao decorrer do trabalho, porém, a tendência atual são organizações

horizontalizadas compostas por órgãos temporários. Ex.: força tarefa, fazendo uso da terceirização.

Composição das Empresas:

Estrutura - Organização de cada empresa. Nível estratégico.

Processos - Meios para chegar aos resultados. Nível tático.

Resultados - Os objetivos, o que realmente se espera da

empresa alcançado através das operações.

Classificação das Empresas

Quanto à Receita Bruta Anual

Empreendedor Individual (EI)

Microempresa (ME)

Empresa de Pequeno Porte (EPP)

Empresa de Médio Porte (EMP)

Empresa de Grande Porte (EGP)

Quanto ao número de Empregados

O SEBRAE utiliza o critério por número de empregados do IBGE como critério de classificação do

porte das empresas, para fins bancários, ações de tecnologia, exportação e outros.

Indústria:

Comércio e Serviços

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Capitulo 4

Organograma

Definição

Organograma (organo=grãos + grama=gráfico) – é a representação da estrutura organizacional, onde

são configurados os diversos órgãos, cargos ou funções, com as respectivas, linhas de autoridade e

subordinação.

Objetivos

O organograma pretende proporcionar a visualização da estrutura de um organismo.

Importância do Organograma

A elaboração do organograma também possibilita o planejamento da distribuição das funções primárias, do

fluxograma das principais rotinas, da preparação do layout e do plano de classificação de cargos. Nenhuma

providência de Organização é viável sem existência do organograma que constitui, em uma análise, a base do

organismo. O organograma deve possuir um caráter dinâmico ser altamente flexível e funcional, possibilitando

uma integração sistemática e sinérgica entre todos os setores da empresa. Deve ser estruturando visando a

satisfação de seus clientes, os quais devem ser colocados no topo da pirâmide. Organizacional.

Tipos de organogramas

Existem vários tipos de organogramas, os principais são: o Organograma Clássico, o Organograma Radial e o

Organograma Circular.

Organograma Clássico ou Linear – é basicamente, um organograma composto de

retângulos (que representam os cargos ou órgão) que são ligados entre si por linhas (que

representam as relações de comunicações entre elas). Quando as linhas são horizontais, elas

representam relações laterais de comunicação. Quando são verticais, representam relações de

autoridade (do superior sobre o subordinado) ou relações de responsabilidade (do subordinado

ao superior);

Organograma Radical ou Setorial – é elaborado através de Círculos Concêntricos, cada

qual representando um nível hierárquico. A autoridade máxima se localiza no centro do

organograma, diminuindo o nível hierárquico à medida que se aproxima da periférica.

Organograma Circular – é elaborado em círculos concêntricos que representam os

diversos hierárquico traçados em linhas pontilhadas ou tracejadas. As linhas cheias

representam os canais de comunicação existentes entre órgãos (ou cargos). Os órgão s são

representados por retângulos ou círculos.

Os princípios de construção, devem ser representados da seguinte forma:

1º) NIVEL – Órgãos Liberativos – órgãos de comando (do qual emanam ordens, que

decidem);

2º) NIVEL – Órgãos Executivos – gerenciam o foi deliberado;

3º) NIVEL – Órgãos de Função Técnica - são os que planejam e controlam a execução;

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4º) NIVEL – Órgãos Operacionais – os que realizam operações. Quanto a ligação dos órgão:

Linha de comando (fluxo de operações) e Linha de assessoria (fluxo de informações).

Tipos de organograma

I- Linear ou Clássico

II- Em Barras

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CAPÍTULO 5

Fluxograma

Conceito

É o gráfico que representa o fluxo de dados, informações, formulários e documentos da organização.

Representação grafia de operações, transportes, inspeções e estoques na sequência em que ocorrem,

definindo em fluxo de trabalho. É o diagrama do fluxo de material, que concede uma visão pratica de grande

valia aos analistas, constituindo-se na versão gráfica do processo.

O Processo e o Fluxograma

A análise do processo estuda o fluxo de trabalho que interliga o homem e a máquina, descrevendo a

sequência em que as operações ocorrem. O objetivo principal dessa analise é investigar a possibilidade de

simplificar o processo ao se conhecerem todas as suas fases, minimizando o tempo gasto na sua realização.

Objetivos

Permite a percepção dos detalhes complexos de um processo de trabalho;

Permite o levantamento de fluxos de processos operacionais e gerenciais;

Permite estabelecer referencias para diagnósticos de situações atuais e servir de instrumento de

proposta de melhoria dos processos existentes;

Consulta e orientação sobre os procedimentos adotados em relação as rotinas de trabalho;

Treinamento de funcionários novos;

Referencial para auditoria.

Tipos de Fluxogramas

Existem vários tipos de fluxogramas, os principais são: o vertical, o horizontal e de blocos.

a) Fluxograma Vertical – também denominado gráfico de analise de processo. A sua

elaboração se baseia nos símbolos ou convenções; é e onde existem colunas verticais e linhas

horizontais. Nas colunas verticais estão os símbolos ou convenções (de operação, transporte,

controle, espera e arquivamento).

b) Fluxograma Horizontal – enfatiza as pessoas ou órgãos que participam de uma

determinada rotina ou procedimento. É muito utilizado quando uma rotina envolve vários órgãos ou

pessoas, permitindo visualizar a parte que cabe a cada um comprar a distribuição das tarefas para

um possível racionalização ou redistribuição do trabalho.

c) Fluxograma de Blocos – é um fluxograma que representa a rotina através de uma

seqüência de blocos, cada qual com um significado e encadeados entre si. É muito utilizado pelos

analistas de sistemas para representação dos sistemas, isto é, para indicar entradas, operações,

saídas, conexões, decisões, arquivamentos etc constituem o fluxo ou a seqüência das atividades

dos sistemas.

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Símbologia

OBS: Outros símbolos poderão ser criados, porém deverão aparecer numa legenda.

Exemplos:

Início/Fim do Processo Processo Tomada de Decisão

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Capitulo 6

Cronograma – Gráfico de Gantt

Conceito

É um gráfico que serve para estabelecer e controlar a execução de um projeto ou programa de trabalho

criado pelo americano Henry Gantt.

Objetivos

Estabelecer as atividades e acompanhar a execução, estabelecendo seu inicio e fim de

forma geral e também das etapas intermediárias de um processo de trabalho.

Permitir que sejam observadas as seguintes variáveis: tempo, progresso do trabalho,

produção final orçada e ritmo de entrega, sempre que se tratar de acompanhamento da produção.

Representação Gráfica

O tempo de execução das atividades programadas e das executadas é geralmente

representado por barras horizontais duplas com caracteres diferentes, isto é, umas representam

as atividades programadas e outras as executadas.

A diferença entre os caracteres das barras é feita, geralmente, por meio de cores, sendo

indicados por legenda.

O programa de trabalho poderá ser mensal, quinzenal ou possuir outras formas de

especificação do tempo de duração das atividades, de acordo cm as conveniências do trabalho a

ser realizado.

Exemplo:

Legenda:

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Capitulo 7

Relações Humanas no Trabalho

Introdução

Como devo agir?

Depois de passar nove meses solando no aconchego do ventre materno, num belo dia fui expulso do

“paraíso” e comecei a encontrar pessoas... Êta, bichinho difícil de conviver que é essa tal de “pessoa”! e se

fosse apenas uma seria fácil, mas são várias...

Ensinaram-me uma série de regras e de repente tiram-me do convívio familiar para a escola. Que

sofrimento aprender a conviver na escola! E foi um sofrimento longo, até que concluiu o ensino médio. Agora,

vou para empresa. Vou trabalhar. Como será?

Hoje é o meu primeiro dia de trabalho e já possuo várias responsabilidades, pois disseram-me que devo

ser O MELHOR, que não posso errar, que devo vestir-me adequadamente, ser criativo, etc..., etc..., etc...

Como devo agir?

A partir desta leitura podemos observar que trata-se de um trabalhador envolvido num pânico exagerado

para o qual existe solução.

As empresas estão exigindo muito de candidatos as suas vagas, mas não é nada que uma boa formação

profissional não resolva.

O SER HUMANO É UM SER SOCIAL QUE NASCE, CRESCEM E SE DESENVOLVE EM GRUPOS.

Logo, alem da formação profissional adequada temos que saber conviver com o outro.

A empresa atual está interessada em manter no seu quadro funcional pessoas que apresentam equilíbrio

emocional. Por isso, incluiu no processo seletivo procedimentos que avaliam o quociente emocional (QE) do

futuro empregado.

A este aspecto denominados INTELIGENCIA EMOCIONAL, que nada mais é do que o uso inteligente

das emoções.

Aprenda a utilizar sua inteligência emocional a seu favor (intrapessoal) e para melhorar seu

relacionamento com as pessoas (interpessoal).

INTRAPESSOAL – Está relacionada ao autoconhecimento, ou seja, saber o que esperam de você, o

seu papel na empresa, sua postura profissional, como controlar seus ímpetos, como ativar sua

automotivação;

INTERPESSOAL – Esta relacionada a maneira como você trata o outro. Lembre-se que nenhum ser

humano gosta de ser mal tratado. Na empresa estamos o tempo todo, lidando com clientes, sejam

internos ou externos. Logo, utilize uma linguagem acessível para que a comunicação se efetive,

conquiste a confiança das pessoas , demonstre boa vontade ao atender as pessoas, enfim, seja

receptivo.

VISÃO HOLÍSTICA

Do grego, hólos = inteiro, completo. No mundo do trabalho vivemos num ciclo onde indivíduo, empresa

e mercado de trabalho mantém uma relação de interdependência.

INDIVÍDUO -> CARGO -> SEÇÃO -> DEPARTAMENTO ->

<- MERCADO DE TRABALHO <- EMPRESA <-

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O indivíduo investe em sua formação profissional, ingressa na empresa, ocupa um cargo onde

prevalecem seus interesses particulares (por exemplo, garantir sua sobrevivência). Consequentemente, faz

parte de uma seção e passa a defender os interesses e passa a defender interesses profissionais da equipe. A

seção faz parte de um departamento que investe nos interesses da empresa e esta pode por fim devolver o

indivíduo ao mercado do trabalho, quando o mesmo não estiver mais atendendo as suas expectativas,

retornando ao processo inicial.

Aparentemente, este parece um processo negativo para o trabalhador, mas se analisarmos com a “visão

holística” perceberemos que ocorre um crescimento profissional do indivíduo e que a experiência adquirida

servirá de suporte para um novo emprego. Logo, a empresa que o demitiu ao contratar um novo empregado

também poderá receber alguém mais preparado.

O Processo da Comunicação

O estudo das relações humanas é baseado nos processos da comunicação social, o relacionamento

humano se estabelece através da comunicação seja ela falada, escrita, gesticulada, sinalizada, etc.

Independendo do estilo sempre estarão presentes os elementos da comunicação.

Os elementos da comunicação

a) emissor

b) receptor

c) canal ou meio

d) mensagem

Para que a comunicação se efetive todos os elementos devem estar presentes e claros. Caso contrário,

surgem as BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO que devem ser eliminadas para não gerarem graves

consequências negativas no transcorrer do trabalho.

BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO SOLUÇÕES

Falta Uso do meio adequado

Falta de clareza Uso de linguagem compatível a do receptor

O envio de recados Envio de mensagens escritas

Mensagem não compreendida Repetição simplificada da mensagem

Feedback

É o retorno na comunicação, ou seja, confirmação da compreensão da mensagem.

Caso o feedback não se efetive o processo da comunicação deve ser reiniciado, mas com o cuidado em

atender a capacidade de compreensão do receptor.

Comunicação Funcional

Estabelece-se através da comunicação escrita formal, através de moradores, circulares internas (CI’s),

relatórios, ofícios, etc. Sua maior vantagem é permitir arquivamento da documentação para posteriores

consultas.

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Relacionamento Funcional

Conceito

É o relacionamento que se dá no local de trabalho através de ordens de serviços, troca de informações,

experiências profissionais e de execução de tarefas.

Subdivide-se em: formal e informal.

formal – é o que está previsto no organograma;

informal – baseia-se mas relações extra- profissionais e se entendem entre todos os setores

da empresa, independente de hierarquia.

Chefia e Liderança

Chefe – ocupante de um cargo, normalmente, imposto ao grupo;

Líder - surge naturalmente no grupo e exerce sobre o mesmo uma influência muito forte.

Características do Líder

exemplo;

força de vontade;

iniciativa;

energia;

determinação e direção;

resolução.

Tipos de Chefia

AUTORITÁRIA OU

AUTOCRÁTICA

LIBERAL, ANÁRQUICA OU

LAISSES-FAIRE

DEMOCRÁTICA OU

LIDERADA

Dá ordem e decide sozinho;

Não se importa com o pensamento do

subordinado;

Predomina a sua vontade;

Não considera as necessidades do

grupo.

Não interfere nas decisões;

Limita-se a aceitar a vontade do

grupo;

Deixa estar para ver como é que

fica;

Age como mero observador.

Decide junto ao grupo;

Ouve os subordinados para depois

decidir;

Admite modificar suas decisões;

Respeita os limites de cada um.

Analisando friamente concluiríamos que tipo de chefia liderada é a mas perfeita, mas não podemos

esquecer que cada situação no trabalho é a única, com a necessidade de punições, ponderações, elogios,

incentivos adequados, portanto, o bom chefe é o coerente.

Retomando o texto “Como devo agir?”, concluímos que não há motivo para pânico diante de situações

novas, seja ela um emprego, um curso ou um namoro, uma decisão a ser tomada, enfim, o novo assusta, mas

traz o mais importante que o aprendizado, a experiência. Não tenha medo de errar, simplesmente evite repetir

erros, mas se repeti-los não se desespere , faz parte da natureza humana errar.

É uma ilusão tentarmos dominar corretamente todas as situações, assim permitimos que ansiedade nos

domine e adoecemos, de STRESS, doença nova, pouco conhecida, mas que assim como Aids mata.

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Palavras

1. As seis palavras mais importantes:

ADIMITO QUE O ERRO FOI MEU.

2. A cinco palavras mas importantes:

VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO.

3. As quatro palavras mais importantes:

QUAL A SUA OPNIÃO?

4. As três palavras mais importantes:

FAÇA O FAVOR.

5. As duas palavras mais importantes:

MUITO OBRIGADA.

6. A palavra mais importante:

NÓS (EQUIPE)

7. A palavra menos importante:

EU.

Os dez mandamentos das relações humanas

1- FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animador quanto uma palavra de saudação,

particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.

2- SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e

somente14 para sorrir.

3- CHAME as pessoas pelo nome. A musica mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio

nome.

4- SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.

5- SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo o prazer.

6- INTERERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você

não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.

7- SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar

confiança, e elevar os outros.

8- SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do

outro, e o lado de quem está certo.

9- PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça,

aprenda e saiba elogiar.

10- PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que

fazemos para os outros.

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Capitulo 8

Ética Profissional

O que é Ética?

A ética é uma disciplina filosófica que estuda as Normas de Comportamento adequadas para um bom

relacionamento entre os seres humanos.

Código de Ética Profissional

O código apresenta a seguinte orientação:

1) julgue-se igual ao seu colega independente do seu nível cultural ou profissional.

2) forneça sempre ajuda aos colegas.

3) saiba receber orientação de trabalho de colegas ou superiores.

4) troque ideias com os companheiros, sempre que houver necessidade.

5) mantenha o local de trabalho sempre em ordem e condições de uso.

6) quando não souber fazer, não faça, peça ajuda.

7) informe aos colegas o risco de acidentes do trabalho.

8) dê ideias para solucionar problemas de trabalho, não se preocupando se serão aceitas ou não.

9) transmita princípios morais no ambiente de trabalho.

10) ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidencias dos colegas.

11) seja responsável e cumpra com suas obrigações.

12) faça critica e concorde somente com a critica construtiva.

13) opine sempre educadamente quando algo estiver errado, sem medo de repreensão.

14) seja honesto com a empresa (fábrica), com os colegas, com os superiores e consigo mesmo.

15) mude de opinião quando perceber que está errado.

16) seja pontual nos horários de trabalho e compromissos.

17) respeite a opinião dos colegas.

18) faça sempre o trabalho certo

19) atualiza-se na sua profissão constantemente.

20) mantenha-se sempre atualizado.

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Capitulo 9

Normalização

As Normas Técnicas são documentos que estabelecem:

Requisitos de qualidade;

Desempenho;

Segurança;

Procedimentos;

Formas;

Dimensões;

Classificações ou terminologias;

Glossários;

Maneiras de medir ou de determinar características do produto, processo ou serviço.

Normalização no Brasil

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Forum Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de

Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por

representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros

(universidades, laboratórios e outros).

Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta

Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.

Introdução

Geral

As normas da família NBR ISO 9000, relacionadas abaixo, foram desenvolvidas para apoiar organizações,

de todos tipos e tamanhos, na implementação e operação de sistemas da qualidade eficazes.

NBR ISO 9000 - descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a

terminologia para estes sistemas.

NBR ISO 9001 - especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde uma organização

precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam os requisitos do cliente e os

requisitos regulamentares aplicáveis e objetiva aumentar a satisfação do cliente.

NBR ISO 9004 - fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do sistema de

gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da organização e a satisfação

dos clientes e das outras partes interessadas.

NBR ISO 19011 - fornece diretrizes sobre auditoria de sistemas de gestão da qualidade e ambiental.

Juntos estes documentos formam um conjunto coerente de normas sobre sistema de gestão da qualidade

facilitando a compreensão mútua no comércio nacional e internacional.

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ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo

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Princípios de gestão da qualidade

Para conduzir e operar. com sucesso. uma organização, é necessário dirigi-la e controlá-la de maneira

transparente e sistemática. O sucesso pode resultar da implementação e manutenção de um sistema de

gestão que é concebido para melhorar, continuamente, o desempenho, levando em consideração, ao mesmo

tempo, as necessidades de todas as partes interessadas. A administrando uma organização contempla a

gestão da qualidade dentre outras disciplinas de gestão.

Oito princípios de gestão da qualidade foram identificados como uma forma de melhoria do desempenho

de uma organização. Eles têm como objetivo ajudar as organizações a alcançarem um sucesso sustentado.

a) Foco no cliente

Organizações dependem de seus clientes e, portanto, é recomendável que atendam as necessidades atuais e

futuras do cliente, e seus requisitos do cliente e procurem exceder as expectativas.

b) Liderança

Líderes estabelecem uma unidade de propósito e o rumo da organização. Convém que eles criem e

mantenham o ambiente interno, no qual as pessoas possam ficar totalmente envolvidas no propósito de

alcançar os objetivos da organização.

c) Envolvimento de pessoas

Pessoas de todos os níveis são a base de uma organização, e seu total envolvimento possibilita que as suas

habilidades sejam usadas para o benefício da organização.

d) Abordagem de processo

Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são

gerenciados como um processo.

e) Abordagem sistema para a gestão

Identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados, como um sistema, contribui para a eficácia e

eficiência da organização no sentido desta alcançar os seus objetivos.

f) Melhoria contínua

Melhoria contínua do desempenho global da organização deve ser um objetivo permanente da organização.

g) Tomada de decisão baseada em fatos

Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações.

h) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores

Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de benefícios mútuos aumenta a

capacidade de ambas de agregar valor.

Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a base para as normas de sistema de gestão da

qualidade na família NBR ISO 9000.

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Normalização – são critérios estabelecidos entre as partes interessadas – técnicos, engenheiros, fabricantes,

consumidores e instituições – para padronizar produtos, simplificar processos produtivos, e com isso garantir

um produto confiável, que atenda as suas necessidades.

Normas – dentro do processo de normalização; normas – são documentos que contêm informações técnicas

para uso de fabricantes e consumidores. Norma – aquilo que se estabelece como base ou medida para a

realização ou a avaliação de alguma coisa. (Dicionário do Aurélio – Nova Fronteira)

Norma Técnica - documento técnico que fixa padrões reguladores visando garantir a qualidade do produto

industrial, a racionalização da produção, transporte e consumo de bens, a segurança da pessoas, a

uniformidade dos meios de expressões e comunicação, etc.

Órgãos encarregados das fiscalizações no Brasil

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas (produtos e serviços) – muito importante na

indústria.

SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial – criado em 1973, pela Lei

Federal nº5966.

CONMETRO – Conselho Nacional DE Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

INMETRO - Instituto Nacional DE Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Obs: e no atual modelo de Normalização.

C.N.N - criado 1992, Comitê nacional de Normalização e o O.N.S – Organismo de Normalização

Setorial.

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Obs: sempre que se fala em ISO 9000, lembre-se de:

Cliente;

Certificação

Programa de Qualidade

Treinamento

Fornecedores

Parcerias e

Gestão de Qualidade.