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REDENÇÃO ELEIÇÃO Misael Nascimento e Ivonete Porto

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REDENÇÃOELEIÇÃOMisael Nascimento e Ivonete Porto

Aula 04.Diferentes eleições e a aplicação da redenção na históriaREDENÇÃO

ELEIÇÃOMisael Nascimento e Ivonete Porto

A biblioteca de Joventino

Munido de uma boa biblioteca, acesso à

internet e uma irmandade bíblica, Joventino

prosseguiu orando e estudando sobre a eleição

4.1 Deus elege Cristo e em Cristo

A Bíblia fala sobre a eleição de Cristo

Cânticos do servo(Is 42,1-9; 49.1-6[7]; 50.4-11; 52.13—53.12)

servo ungido e “escolhido” (bā·ḥîr)

Ajuntar o povo Publicar o direito Iluminar os gentios

Isaías 42.1; 49.5-7

O cântico de Isaías 49

O servo é uma pessoa (v.4-7)O servo é Israel (v. 3)

O NT confirma que Jesus Cristo é o eleito de Deus prometido em Isaías

Mateus 12.17-18 | Lucas 9.35

A pedra preciosa e eleita

Isaías 28.16 | 1Pedro 2.4

É nesse sentido que o próprio Cristo “é objeto da predestinação e eleição”

Deus Pai elege Deus Filho como redentor

A Bíblia fala sobre a eleição em Cristo

Efésios 1.4

Deus Pai decidiu nos vincularao corpo de Cristo

–João Calvino

“Esta é segunda prova de que a eleição é soberana; pois se somos eleitos em Cristo, então isso não está em nós mesmos. Não

procede de algo que porventura mereçamos, e sim porque nosso Pai celestial nos

introduziu, através da bênção da adoção, no corpo de Cristo”

–William Hendriksen

“Desde antes da fundação do mundo Cristo foi o Representante e Fiador de todos

aqueles que, em alguma ocasião, seriam recolhidos no redil”

–Turretini

“‘Fomos eleitos em Cristo’, não ‘por causa dele’, o que indica a consideração de Cristo na eleição

como o meio subordinado”

Efésios 1.4 é esclarecido por1Tessalonicenses 5.9 (Turretini)

1Tessalonicenses 5.9 | 2Timóteo 1.9

Isso se encaixa com a eleição de um lugar, de um povo e de indivíduos

4.2 Deus elege um lugar, um povo e indivíduos

Deus escolhe lugares

Deuteronômio 18.6-8

Lugares sagrados Jerusalém

Cidade de “habitação” de seu

“nome” e cumprimento da

promessa pactual feita a Davi

2Crônicas 6.6; 7.16 | Neemias 1.9Salmos 68.16

Deus escolhe um povo

Povo - Sião (lugar)Davi (Rei)

Povo sagrado Israel » Judá » Igreja

A vitória sobre Satanás, após o exílio babilônico, é ancorada nesta eleição

Zacarias 3.2

Atualização de compromissos pactuais

Deuteronômio 4.37; 7.6-8; 10.15

Deus escolhe Israel e Judá somente pela graça

O amor eletivo divino:Reafirmado pelos profetas

Isaías 65.9 | Daniel 11.15

Eleição de Israel e Judá »Eleição da igreja

Êxodo 19.4-6 | 1Pedro 2.9-10

A palavra a Israel é aplicada à igreja, que é “raça eleita”

Jesus, Paulo e João: Os cristãos são “eleitos”

Mateus 24.23-24 | Romanos 8.33a2Timóteo 2.10 | Apocalipse 17.14

Isso não quer dizer que a eleição seja “primeiro em Cristo e corporativa”, como advogam os defensores da graça universal

Deus escolhe indivíduos

Cada pessoa é importante— a dinâmica de aplicação da redenção —

Isaías 45.4 | Apocalipse 7.3-4 2Timóteo 2.19

É preciso evitar confundir o decreto da eleição dos redimidos (na eternidade passada) com a

aplicação histórica da redenção nos eleitos

Parece um mero jogo de palavras, mas não é

4.3 A confusão entre o decreto da eleição dos redimidos e a aplicação

da redenção nos eleitos

Agentes livres ou marionetes?

O cristianismo não é fatalista

As decisões humanas fazem diferença

Neurociência

Como escolhemos e o que nos faz confiar (ou não) nos outros e em nossas própria decisões

–Mariano Sigman

“Nós somos o que decidimos e o conjunto destas decisões define o

contorno de nossa identidade”

–Mauro Maldonato

“O sentimento de liberdade é uma necessidade profunda, uma tendência natural, que anima o

pensamento. Leva a agir”

–Isaac Bashevis Singer

“Precisamos acreditar na vontade livre: Não temos escolha”

A razão exige a crença na capacidade humana de escolha […] sem isso a ética é impensável

Se não pudermos fazer escolhas […] não podemos ser responsabilizados por nossos atos

Sem a possibilidade de escolher, deixamos de ser agentes morais

Tornam-se ilógicas as admoestações e advertências da Escritura quanto à

conversão e vida santa

Cai por terra a revelação sobre o Dia do Juízo

O problema:Mesmo as ditas decisões administrativas não são absolutamente livres

–José Saramago

“A rigor, não tomamos decisões, as decisões nos tomam a nós”

–Mauro Maldonato

“Foi duro convencer-nos de que a Terra gira em torno do Sol. Mais

duro ainda aceitar que não somos livres”

A Escritura confirmada

O homem é agente moral e espiritual

Ao tomar decisões, ele não é absolutamente livre; não há autonomia, nem objetividade total

Deus reina sobre todas estes agentes e forças

• irracionalidade • estados físicos • inconsciente

• cultura • mídia• circunstâncias [naturais]

• circunstâncias políticas, sociais e econômicas• Satanás

Graça particular

Não nega:

• Que o ser humano toma decisões

• Que o desfrute da salvação exige uma escolha

O problema:

Confundir o decreto da salvação com sua aplicação histórica

Razões[fracas] para

Negação da eleição

incondicional

A Bíblia ensina que, para ser salvo, o homem precisa arrepender-se e crer

AT: Escolher entre Deus e os ídolos

NT: Receber (ou “aceitar”) a Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor

Deuteronômio 30.19-20 | Josué 24.15 Jeremias 3.14a | Joel 2.12-13

João 1.12 | Atos 2.38

O apelo à conversão não apenas destaca a responsabilidade humana diante do juízo divino, mas dá a entender que o homem mesmo é quem

deve criar em si coração e espírito novos

Ezequiel 18.30-32[NR: O contraponto de 36.16-38; 37.1-4]

Estas convocações não são blefesDe fato, os que se arrependerem e crerem serão salvos

Tais textos exigem, de fato, escolha ou resposta humana

O incorreto: Considerar tal aceitação (o contrário de rejeição) de Cristo como fundamento da eleição (cf. cap. 2)

Ela resulta do decreto eletivo

O arrependimento é dom de Deus

Romanos 2.4 | 2Timóteo 2.25 | Hebreus 12.17

O correto: O amor incondicional de Deus é o fundamento único da eleição

Beneplácito » Eleição dos salvos» Eleição de Cristo » Obra de Cristo na história

» Aplicação da salvação na história(pelo Espírito Santo)

1. Pregação do evangelho (convocação ao arrependimento e fé — escolha) [chamado externo]

2. Aplicação do evangelho[chamado interno]

Há uma eleição implementada por Deus na eternidade passada

Há uma aplicação da redenção no coração dos eleitos, na história

Esta aplicação histórica requer a pregação e aceitação do evangelho

Esta última é tornada possível pela obra do Espírito Santo no coração dos eleitos

Isso explica algumas das passagens bíblicas que chamaram a atenção de Joventino

Atos 13.48; 16.14 | 2Coríntios 4.6

O decreto da eleição torna certa uma experiência pactual de escolha de Deus e

rejeição da serpente

[NR: Liturgia batismal (séc. 3):“Renuncio a ti, Satanás, a todo o teu serviço e

a todas as tuas obras”]

Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim (Sl 119.112)

Enquanto cantamos, evangelizamos:

“Meu amigo, hoje tens a escolha:Vida ou morte, qual vais aceitar?

Amanhã pode ser muito tarde,Hoje Cristo te quer libertar”

(Hino 213, “A Última Hora”)

O homem pode compreender e escolher o evangelho somente depois de ser feito “nova criação” pelo poder de Deus

2Coríntios 5.17

O pecador é chamado a escolher, mas não pode fazê-lo; Deus resolve o problema dando vida, desejo e capacidade de

escolha (pelo Espírito Santo) ao pecador incluído no decreto salvífico da eleição

E daí?

A beleza da doutrina:

Deus faz as coisas muito bem

Ele cuida de tudo, do começo ao fim

A maravilha de seu plano está tanto no encaixe perfeito dos detalhes, quanto na

certeza de sua execução

Deus decidiu salvar a cada um de nós, a despeito de nós

Isso deveria nos motivar:

• A crer• A nos dedicar a ele, de todo coração

Petulância?Esta doutrina pode nos conduzir a uma segurança de nossa eleição e salvação?

Como fica a justiça de Deus?A doutrina contribui para ou atrapalha a

devoção e a evangelização?Próximos estudos

REDENÇÃOELEIÇÃOMisael Nascimento e Ivonete Porto